3. A Economia da Cultura, ao lado da Economia do Conhecimento (ou da Informação), integra o que se convencionou chamar de Economia Nova, dado que seu modo de produção e de circulação de bens e serviços é altamente impactado pelas novas tecnologias, é baseado em criação e não se amolda aos paradigmas da economia industrial clássica. O modelo da Economia da Cultura tende a ter a inovação e a adaptação às mudanças como aspectos a considerar em primeiro plano. Nesses setores a capacidade criativa tem mais peso que o porte do capital (Ministério da Cultura). http://www.cultura.gov.br/site/2008/04/01/economia-da-cultura-um-setor-estrategico-para-o-pais/. Acesso em 26 de outubro de 2009.
4. INTRODUÇÃO: A Produção Artesanal de Objetos – Artesanato – consiste na atividade realizada pelo artesão que, contando apenas com as próprias mãos, ou com a ajuda de ferramentas simples – às vezes alguns meios mecânicos –, resulta em artefatos cujas características distintivas são: conhecimento e prática do artesão sobre todas as etapas da produção e; especificidade cultural (cada região possui um artesanato com características únicas).
5. INTRODUÇÃO: Tais características imprimem à produção artesanal o caráter de uma verdadeira obra, indo além da mera mercadoria da indústria capitalista. Enquanto obra, a produção artesanal de objetos é um aspecto distintivo da cultura material, sendo, por isso, peça fundamental da identidade cultural de um povo. O Estado de Minas Gerais engloba a maior diversidade nacional no que diz respeito à produção artesanal. Isso se deve tanto à variedade e qualidade da matéria-prima (Tupynambá, 2009), quanto à diversidade e à originalidade da obra final.
6. INTRODUÇÃO: Este setor apresenta importância crucial na economia mineira em todas as regiões existentes neste Estado tão diverso. É o setor que hoje possui o maior dinamismo na economia mundial, registrando crescimento de 6,3% ao ano, enquanto o conjunto da economia cresce a 5,7% (IBGE). No Brasil atuam 320 mil empresas voltadas à produção cultural, que geram 1,6 milhões de empregos formais. Ou seja, as empresas do setor da cultura representam 5,7% do total de empresas no país e são responsáveis por 4% dos postos de trabalho. O salário médio mensal pago pelo setor é de 5,1 salários mínimos, equivalente à média da indústria, e 47% superior à média nacional (IBGE).
7. INTRODUÇÃO: Diante deste contexto, uma proposta para o desenvolvimento e inovação torna-se imperativa, pois possibilitará a melhoria das condições da produção artesanal e de vida do artesão.
8. OBJETIVO: Conhecer, caracterizar e melhorar a Produção Artesanal de Objetos do Vale do Mucuri por meio da pesquisa, do desenvolvimento tecnológico e da inovação na Cadeia Produtiva, visando a identificação dos produtos e processos, a identificação e superação de gargalos tecnológicos e outros, a valorização destes produtos, a maior qualificação do artesão e sua produção, a introdução de novas tecnologias e a divulgação nos mercados nacional e internacional, a partir do Projeto Estruturador Arranjos Produtivos Locais – APL – Plataforma Pólos de Inovação do Norte e Nordeste de Minas Gerais da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – SECTES.
9. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Sensibilizar, mobilizar e organizar os Artesãos para a busca da melhoria da qualidade da produção artesanal de objetos do Vale do Mucuri; Identificar: artesãos e suas condições de vida; produto (características dos materiais e artefatos); processo produtivo (descrição das etapas de produção e das tecnologias aplicadas; custos, margens de lucro, etc.); gargalos tecnológicos, logísticos e outros; entidades que representam ou auxiliam os artesãos (grupos, associações, cooperativas); redes de articulação profissional (fornecedores, parceiros, atravessadores etc) e estratégias de comercialização (incluindo-se a distribuição, pontos de venda etc); mercado consumidor.
10. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Fomentar a inovação tecnológica na cadeia produtiva; Investir no melhoramento das técnicas utilizadas; Pesquisa de iconografias locais, que sejam significantes e representativas da região – arquivamento dos dados; Elaborar banco de dados com informações dos produtores (sócio-econômico-culturais, condições de produção, equipamentos, técnicas utilizadas e outros dados técnicos referentes à produção); Sistematização dos dados obtidos; Busca de novas tecnologias e sua difusão por meio de cursos de capacitação;
11. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Desenvolver sistema de monitoramento por georeferencimanto dos Artesãos e da Produção para comparação entre o período antes e depois da intervenção do projeto; Buscar linhas de crédito para Artesãos junto às instituições financeiras e divulgar as já existentes; Buscar a ampliação do espaço da Produção Artesanal de Objetos do Vale do Mucuri nos mercados nacional e internacional, por meio de eventos e ações de marketing; Criar Centro de Inovação do Artesanato do Vale do Mucuri; Fortalecer o sistema associativista no setor e na região por meio de criação e fortalecimento de cooperativas e associações de artesãos.
15. METODOLOGIA: ETAPA 1: DIAGNÓSTICO SITUACIONAL E PROPOSITIVO DA CADEIA PRODUTIVA Identificação de 90 artesãos e suas condições de vida; Definição a Cadeia da Produção Artesanal de Objetos na região estudada; Mapeamento os processos produtivos e as tecnologias aplicadas (descrição das etapas de produção e das tecnologias custos, margens de lucro, etc.); Pesquisa de iconografias locais, que sejam significantes e representativos da região – arquivamento dos dados; Obtenção informações sobre mercado consumidor; Identificação dos gargalos tecnológicos, logísticos e outros esta Cadeia Produtiva;
16. METODOLOGIA: Proposição de ações visando resolução dos gargalos apontados; Apontamento de potencial de mercado para a produção artesanal de objetos dos municípios atendidos; Sistematização dos dados obtidos, produção e divulgação de relatórios no Portal do Pólo de Inovação de Teófilo Otoni;
17. METODOLOGIA: ETAPA 2:TERMOS DE COOPERAÇÃO E PARCERIAS Para a viabilização deste projeto serão assinados termos de cooperação entre os parceiros – SECTES, INDI, UEMG, Prefeituras Municipais, Entidades de fomento a Cultura, SEC, entre outros.
18. METODOLOGIA: ETAPA 3: SENSIBILIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO Produção de material (didático e de divulgação) gráfico e audiovisual para auxiliar nesta etapa; Sensibilização por meio de visitas para apresentação da proposta da equipe do projeto, informantes-chave, entidades e órgãos parceiros; Avaliação da proposta original por meio das demandas levantadas durante a sensibilização do diagnóstico realizado pela equipe do projeto, informantes-chave, entidades e órgãos parceiros; Mobilização por meio de encontros realizados pela equipe do projeto e parceiros;
19. METODOLOGIA: ETAPA 4: INTERVENÇÃO TÉCNICA Definição dos cursos de capacitação a serem implantados, a partir do conhecimento dos itens anteriores; Formação de Instrutores, incluindo os conhecimentos específicos sobre a região e a cidade focada; Busca de novas tecnologias e sua difusão por meio de cursos de capacitação; Análise dos resultados obtidos.
20. METODOLOGIA: ETAPA 5: IMPLANTAÇÃO DO CENTRO DE INOVAÇÃO DA PRODUÇÃO ARTESANAL DO VALE DO MUCURI Planejamento das ações para o funcionamento burocrático e logístico; Levantamento de documentação e guarda da memória já pesquisada. Pesquisa em bibliotecas, casas de cultura e memória oral nas cidades escolhidas; Levantamento de um mailing de lojas de artesanato, no Brasil, museus de arte popular, casas de cultura em Minas Gerais e Estados mais importantes da União, órgãos governamentais estaduais e federais ligados ao artesanato, colecionadores de arte popular; Formação de estagiários locais para capacitação de uso de mídias como instrumento de comunicação e divulgação.
21. METODOLOGIA: ETAPA 6: DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES DO CENTRO DE INOVAÇÃO Criação e formatação do material de divulgação: folders, catálogos, vídeos, cartões, etc; Realização de contatos com órgãos ligados ao turismo de Minas, para parcerias e divulgação; Elaboração do portal do artesanato e associações locais, nele disponibilizando lista de artesãos e associações, catálogos de produtos e integração com a rede Teia/MG; Realização de levantamento e registro documental da iconografia encontrada nas localidades escolhidas;
22. METODOLOGIA: Elaboração de cursos de formação continuada para os artesãos; Fomento à elaboração de produtos que possam ter novos modelos e novas identidades visuais; Divulgação do trabalho realizado através das peças publicitárias e ações na mídia.
23. RESULTADOS ESPERADOS: O desenvolvimento da Cadeia da Produção Artesanal de Objetos do Vale do Mucuri por meio da Pesquisa e Inovação, promovendo o fortalecimento do setor produtivo e a inserção do produto em novos segmentos de mercado (nacional e internacional) a partir de estudos de mercado e planejamento estratégico, eventos e ações de marketing, incentivando o empreendedorismo e o associativismo, visando maior formalização dos artesãos e, evidentemente a melhoria da qualidade e valorização destes produtos inerentes à Cultura Brasileira, gerando trabalho e renda para o artesão.
24. RESULTADOS ESPERADOS: Identificação, caracterização, melhoria da qualidade da Produção Artesanal de Objetos do Vale do Mucuri; Disponibilização de banco de dados com todas as informações coletadas, relacionadas ao produtor e à sua produção; Capacitação dos artesãos; Desenvolvimento de novas tecnologias e sua difusão; Estudos de mercado e elaboração de plano estratégico para viabilização e ampliação do mercado consumidor do setor; Produção de material (didático e de divulgação) gráfico e audiovisual; Desenvolvimento de centro de inovação; Sistema de monitoramento dos Artesãos e da Produção baseado em georeferenciamento;