1. Siemens, G.
Universidade Aberta de Portugal
Mestrado: Pedagogia do ELearning
Modelos de Educação à distância
Grupo: Bruna Mazzer Nogueira, Eliane Gonçalves Ciolfi e Marta Saraiva
Dezembro de 2014
2. Contexto Tecnológico e Educacional no séc. XXI
Observam-se, como características marcantes dos modelos educacionais até o século XIX, processos de
aprendizagem lineares e pouco interativos. O avanço das TIC abre as portas para novas propostas, baseadas na
interatividade e no uso de imagens, sons, pesquisa, movimento. Com a internet e com a criação das redes de
comunicação, surgem novos termos, como o ciberespaço e a cibercultura (LÉVY apud SILVA, 2013). O primeiro termo
é entendido como um ambiente de comunicação que advém da interligação de computadores em escala mundial e
relaciona-se à infraestrutura material de comunicação digital, às informações que ali circulam e às pessoas envolvidas.
Já a cibercultura diz respeito às técnicas, às práticas, às atitudes, às formas de pensamento e valores que se
desenvolvem junto ao ciberespaço.
Apesar dos benefícios trazidos pelas tecnologias digitais, é preciso ter cautela ao adotar um ponto de vista
demasiadamente positivo em relação à sua utilização na educação. Por exemplo, é questionável defendermos a noção
de “inclusão social”, uma vez que a igualdade social plena é uma idealização. Apesar de o acesso a computadores e à
internet rápida terem se popularizado nos últimos anos, eles ainda não fazem parte da vida de uma parcela
considerável da população mundial. (BRAGA, 2013)
Porém, mesmo com os obstáculos vivenciados por docentes e aprendizes, as práticas educacionais não podem
ficar alheias à notável tendência de ampliação do uso das TICs pelos diferentes grupos sociais, incluindo aqueles
classificados como economicamente desfavorecidos. Vivenciamos hoje o início de uma nova geração de pedagogias,
dando margem a novas discussões, novas ideias, propostas e interpretações. Behaviorismo, cognitivismo e
construtivismo têm sido as teorias mais frequentemente utilizadas na educação, mas é importante lembrar que todas
elas foram pensadas em uma época na qual a tecnologia oferecia impactos completamente diferentes dos notados
hoje. (Siemens, 2004)
3. George Siemens - Sobre o Autor
George Siemens é canadense e PhD (University of Aberdeen) em
sensemaking and wayfinding in complex information settings.
É autor de livros e artigos e professor assistente no Center for
Distance Education, pesquisador e estrategista no Technology
Enhanced Knowledge Research Institute, no Athabaska University, Canadá. É fundador e presidente
do Complexive Systems Inc, Pesquisa aprendizagem, networks, ambientes digitais, redes e
tecnologias sociais. Tem um vasto currículo como palestrante sobre a influência de tecnologias na
educação, organizações e sociedade, tendo palestrado em mais de 30 países. Seus trabalhos
possuem grande reconhecimento nacional e internacional. É considerado o ‘pai’ do conectivismo e
também foi o precursor dos MOOCs. Várias informações e produções suas podem ser encontradas
online.
Siemens mantém o blog elearnspace (www.elearnspace.org/blog) e o site www.connectivism.ca
4. O Conectivismo
O conectivismo é compreendido como uma pedagogia baseada em rede. Com o aparato da
internet, as estruturas das redes se materializaram e constituíram-se como redes de aprendizagem.
Para Siemens, o aprendizado ocorre tanto internamente quanto externamente, residindo não
apenas na mente do indivíduo, mas também em uma rede que pode ser acessada e alterada por
outros. Mattar (2013) explica que “a cognição e a aprendizagem são distribuídas não apenas entre
pessoas, mas também entre artefatos, já que podemos descarregar trabalho cognitivo em dispositivos
que são mais eficientes que os próprios seres humanos na realização de tarefas” (p.57).
O conectivismo é uma proposta teórica bastante recente e, portanto, encontra-se em
construção. Daquilo já desenvolvido, destacam-se alguns princípios que o orientam:
[...] a necessidade humana de externar o conhecimento para dar-lhe sentido e a necessidade de
enquadramento/estruturas, conceitos para dar sentido ao real; o negociar socialmente (o
significado) o que se institui como conhecimento; estabelecer conexões para a necessidade para
manter a aprendizagem contínua; a capacidade para conhecer-se mais (que pode ser
considerada a mais crítica) do que o que (já) é conhecido; a capacidade de conexões entre
ideias, áreas e conceitos (uma das capacidades determinantes); a atualização como a verdadeira
intenção de todas as atividades conectivistas; a tomada de decisão como no processo de
aprendizagem, a escolha do que se quer aprender e prever as mudanças da realidade a ser
alterada. (MACHADO & FARIAS, p. 414, 2012)
5. Princípios do Conectivismo
A aprendizagem e o conhecimento
se completam em um ambiente
com diversidade de opiniões.
Recursos que facilitam as interações
A aprendizagem é um processo que
consiste na conexão de nós
especializados e fontes de informação
confiáveis.
Enriquecimento da aprendizagem
6. A aprendizagem pode residir em
dispositivos não humanos.
Distribuição de conhecimento em
diferentes sistemas.
Uso do computador
George Siemens diria que o cano é
mais importante do que o que corre
dentro do cano.
A capacidade de ver conexões entre
ideias, conceitos e áreas é fundamental.
Promover e manter conexões é
necessário para facilitar a
aprendizagem.
A capacidade de saber
mais é mais importante do
que aquilo que sabemos
num determinado
momento.
7. O conhecimento não é estático.
É essencial manter o
conhecimento atual e rigoroso.
A rede oferece-nos novas formas de
aprendizagem e organização.
atualização do conhecimento
8. Tomar decisão é processo de
aprendizagem.
As decisões tidas como corretas hoje, podem
estar erradas amanhã devido às rápidas
mudanças que afetam a realidade social.
Na Era Digital, a capacidade de análise e o desenvolvimento de
competências de busca da informação é mais importante do que a
aquisição de conhecimentos estáticos.
Para o conectivismo é essencial o estabelecimento de uma rede de
relações que possibilite ao sujeito orientar-se no seu processo de
procura de informações.
9. Vídeos Sugeridos
Para quem tiver interesse em conhecer um pouco mais da teoria conectivista, segue abaixo uma
relação de links para vídeos disponíveis online sobre o assunto:
Networked Student → https://www.youtube.com/watch?v=XwM4ieFOotA
Entrevista com Siemens para Fundación Telefónica (EducaRed) em 2012 →
https://www.youtube.com/watch?v=V3LUFOjR17M
Entrevista de Siemens dada à Universidade Aberta de Portugal → http://vimeo.com/30589659
10. Referências
BRAGA, D. B. Ambientes Digitais. Reflexões teóricas e práticas (2013). São Paulo: Cortez.
MACHADO, C. e FARIAS, M. A. A. Das Teorias Pré-Tecnológicas às Abordagens Colaborativas (2012). Universidade do
Minho. Disponível em <http://ticeduca.ie.ul.pt/atas/pdf/273.pdf> Acessado em dezembro 2014.
MATTAR, J. Web 2.0 e redes sociais na educação.(2013).São Paulo: Artesanato Educacional.
__________.(2013).Aprendizagens em ambientes virtuais: teorias, conectivismo e MOOCs. São Paulo: PUC-SP e UAM.
Disponível em: http://www4.pucsp.br/pos/tidd/teccogs/artigos/2013/edicao_7/2-aprendizagem_em_ambientes_virtuais-joao_
mattar.pdf
SIEMENS, G. Conectivismo: Uma Teoria de Aprendizagem para a Idade Digital (2004). Disponível em:
<http://usuarios.upf.br/~teixeira/livros/conectivismo%5bsiemens%5d.pdf> Acessado em dezembro 2014.
SILVA, R. S. Gestão de EAD: Educação a Distância na Era Digital. São Paulo: Novatec Editora Ltda, 2013, 1ª edição.
http://www.elearnspace.org/about.htm
http://www.educause.edu/members/george-siemens
http://www.wikipedia.com
https://www.youtube.com/watch?v=V3LUFOjR17M
http://www.midiamidia.com.br/wp-content/uploads/2013/07/6content-1024x1024.jpg
http://www.mercadosdofuturo.com.br/conectivismo-e-aprendizagem/
http://br.masternewmedia.org/ensino_tecnologias_de_educacao/aprendizagem-informal/o-futuro-do-ensino-e-informal-e-movel-
entrevista-a-teemu-arina-20070413.htm
Imagens:
http://uoc1112-usodelasticactividad5.wikispaces.com/file/view/nodos.png/283721952/416x253/nodos.png
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