Breve abordagem dos principais conflitos e acontecimentos que ocorreram no Oriente Médio desde o século 19, como a Diáspora Judaica, o Sionismo, a Partilha (1947), o início dos conflitos entre palestinos e judeus, a Guerra de Suez, a criação da OLP, a Guerra dos Seis Dias, Guerra de Yom Kipur, a Intifada, os Acordos de Paz (Oslo I e II), a Guerra Irã-Iraque, Invasão do Kuwait, Guerra do Golfo, Guerra do Iraque (2003), entre outros fatos marcantes.
2. Países que compõem o
Oriente Médio
-Afeganistão, Arábia Saudita, Bahrain,
Catar, Emirados Árabes Unidos, Iêmen,
Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait,
Líbano, Omã, Síria e Turquia;
-A região que compreende o Oriente
Médio está localizada na porção oeste
do continente asiático, conhecida
como Ásia ocidental;
4. Oriente Médio
-População em torno de 260 milhões de
habitantes;
-Berço das três maiores religiões do mundo:
•Judaísmo
•Cristianismo (predominante no Brasil)
•Islamismo
-Concentra cerca de 60% do petróleo do
planeta (concentrados na Arábia, Kuwait,
Iraque e Irã)
5. Oriente Médio
-Veremos que os conflitos não estão
relacionados com religião e sim por disputas
territoriais;
-A região possui o que podemos chamar de
“coquetel explosivo”:
•religiões diversas
•localização estratégica
•petróleo
6. Diásporas judaicas
-A expulsão dos judeus (anos 70
d.C) comandada pelo general
romano Tito os forçou a uma nova
diáspora, que alcançou a Ásia, a
Europa e o norte da África.
-Posteriormente, Jerusalém foi
ocupada por palestinos (em sua
maioria islâmicos)
8. Sionismo
No fim do século 19, há o retorno dos judeus
a Palestina – o “movimento sionista”;
Os ingleses, após a Primeira Guerra ,
comprometeram-se a ajudar os judeus a
construir um estado livre e independente
em território palestino, buscando assim
enfraquecer os árabes e conquistar
vantagens econômicas na região .
9. Palestinos x Judeus
O descontrolado ingresso de judeus na
Palestina acarretou sérios problemas já às
vésperas da Segunda Guerra: as áreas
de assentamento judeu e palestino não
foram delimitadas; com isso, esses grupos,
de características étnicas e religiosas tão
diferentes, tiveram que compartilhar o
mesmo território, que resultou em na
crescente hostilidade entre ambos.
10. Partilha - 1947
Com o fim da Segunda Guerra, onde a
Alemanha Nazista dizimou
aproximadamente 6 milhões de judeus,
criou-se um cenário onde a existência de
uma pátria para os judeus era latente;
O fato sensibilizou a opinião pública
mundial e revigorou a ideia de criação de
um Estado judeu na Palestina. Em 1947, em
assembleia realizada pela Organização das
Nações Unidas (ONU), presidida pelo
brasileiro Oswaldo Aranha, foi deliberada a
divisão da Palestina em dois Estados, o
Estado Judeu e o Estado Árabe.
11.
12. Palestinos x Judeus
Logo, os palestinos se sentem prejudicados e
recebem o apoio de outros países árabes;
Em 1948, há oficialmente a criação do Estado
de Israel – a Guerra é deflagrada;
13. Vitória de Israel – fim de
1949
No final de 1949, Israel vence e
ainda aumenta seu território para
cerca de 70%;
Provisioriamente, palestinos ficam
sem país, já que o restante ficou sob
controle de outro países árabes;
14. Guerra de Suez - 1956
Construído entre 1859 e 1869, o Canal de Suez
é o mais longo do mundo. São 163 quilômetros
que ligam o porto egípcio Port-Said, no mar
Mediterrâneo, a Suez, no Vermelho;
A posição estratégica, que permite que
mercadorias sejam transportadas da Europa à
Ásia – sem contornar a África –, gerou uma
disputa internacional, encerrada há mais de
50 anos;
Ingleses e franceses, acionários do canal, com
o auxílio de Israel (proibido de navegar em
águas egípcias), atacaram o Egito em
retaliação à campanha nacionalista do
presidente Gamal Abdel Nasser para legitimar
o local;
15. Guerra de Suez - 1956
Nasser tinha por objetivo medir forças
com os Estados Unidos, que se negaram
a financiar a construção de uma
barragem, além de recuperar o controle
do canal;
Em um discurso da época, Nasser
afirmou que a briga acontecia porque
“este canal é propriedade do Egito”. A
Guerra do Canal de Suez durou uma
semana – os egípcios foram derrotados.
19. Guerra dos Seis Dias - 1967
Mesmo após a Guerra de Suez, o
clima permanecia tenso entre Israel
e os países árabes Egito, Jordânia e
Síria;
Em junho de 1967, Israel invadiu a
Faixa de Gaza, a península do Sinai
no Egito, a Cisjordânia e as colinas
de Golã na Síria, tornando-se, assim,
uma potência ocupante dessas
áreas.
21. Guerra de Yom Kippur - 1973
O episódio começou com um contraataque inesperado do Egito e Síria.
Coincidindo com o dia do feriado judaico
Yom Kippur, Egito e Síria cruzaram as linhas
de cessar-fogo no Sinai e na Colinas do
Golã, respectivamente, que vinham
capturadas, por Israel, já em 1967 durante a
Guerra dos Seis Dias.
Durante os primeiros dias, egípcios e sírios
avançaram recuperando partes de seus
territórios. O cenário começou a se inverter
para o lado de Israel na segunda semana de
lutas.
22. Intifada - 1987
A Primeira Intifada, também chamada Guerra
das Pedras, foi uma manifestação
espontânea da população palestina contra
a ocupação israelense, iniciada em 9 de
dezembro de 1987, com a população civil
palestina saindo as ruas e atirando paus e
pedras contra os militares israelenses;
Israel se manifesta argumentando que a
devolução de terras será gradual (já que em
1978 houve a devolução da Penísula do Sinai
– um deserto - para os palestinos);
Porém, as regiões onde eles estavam mais
concentrados era a Faixa de Gaza e a
Csjordânia;
23. Acordos de Paz
No início dos anos 90 a OLP é
reconhecida pelo mundo e ganha força;
Ela, então, retira de seus planos a
destruição do Estado de Israel. Criando
condições para que acordos mútuos de
paz entre palestinos e israelenses
aconteçam;
24. Oslo I - 1993
Por esse acordo, Israel devolveria a
Faixa de Gaza e Jericó; a Palestina
cessaria os ataques terroristas e
buscaria a Paz;
Conhecido como “Terra por Paz”;
Sua assinatura foi feita na Casa
Branca;
25. Yasser Arafat (OLP), Bill Clinton
(EUA) e Yitzhak Rabin (Primeiro
Ministro de Israel)
27. Assassinato de Yitzhak Rabin
1995
O Primeiro Ministro é assassinado por um
extremista judeu israelense, acusando-o
de traição a pátria judaica;
Em 1996, há o segundo acordo, Oslo II,
que previa a devolução total da
Csjordânia até 1999 – as tropas israelenses
deveriam sair do território;
28. Oslo II – barreiras a sua
aplicação
O governo israelense foi retardando ao
máximo a saída da Cisjordânia por
interesses como:
• Água subterrânea;
• Cidades históricas para israelenses e
palestinos;
• Cerca de 300 mil colonos israelenses
judeus ocupando a região (e avessos a
devolução de terras).
29. Ariel Sharon – Fim dos
acordos de Paz
Toma o poder em 2000 e põe fim aos
acordos de paz estabelecidos em Oslo I e
II;
Põe fim as politicas de entrega de terras,
mesmo porque ele alega que os palestinos
não cessaram os ataques terroristas;
31. Guerra Irã-Iraque - 1980
Irã e Iraque possuem diferenças históricas.
Apesar de ambos seguirem a religião
muçulmana, a corrente majoritária no
Iraque e na maioria dos países árabes é a
sunita, enquanto que no Irã predomina o
xiismo, ambos diferindo basicamente em
relação à questão da linha sucessória do
profeta Maomé. Além disso, o Iraque é um
país de língua árabe, e o Irã possui a sua
própria língua, o persa.
32. Guerra Irã-Iraque - 1980
Os regimes políticos também são bastante
distintos: enquanto o Iraque mantém até hoje
um governo de inspiração ocidental e secular,
o Irã é um regime controlado por líderes
religiosos, os aiatolás, altos dignitários do
segmento xiita do islã.
Em 1979, Saddam Hussein assume o Iraque
(apoiado pelos EUA);
Na mesma época, o aiatolá Ruhollah Khomeini
também assume o poder – ele é totalmente
contra os EUA e a cultura ocidental;
Em 1980, Saddam invade o Iraque, em uma
guerra que gera muito desgaste para ambas
as partes;
34. Guerra Irã-Iraque - 1980
O conflito terminaria a 20 de agosto de
1988, resultando em um considerável
enfraquecimento do regime iraniano, que
apesar disso, conseguiu manter intacta
sua revolução. Aparentemente, Saddam
Hussein obteve o que queria, ou seja, inibir
a influência iraniana na região;
35. Invasão do Kuwait - 1990
Em julho de 1990, Saddam Hussein, então
presidente do Iraque, acusou o Kuwait de
causar a queda dos preços do petróleo e
retomou antigas questões de limites
territoriais, além de exigir indenizações.
Como o Kuwait não cedeu, em 2 de
agosto de 1990, tropas iraquianas
invadiram o Kuwait, com a exigência do
presidente Saddam Hussein de controlar
seus vastos e valiosos campos de petróleo.
Este acontecimento provocou uma reação
imediata da comunidade internacional.
36. Invasão do Kuwait
Houveram vários roubos em joalherias e
bancos kuwaitianos;
Dois dias após a invasão (4 de agosto),
cerca de 6 mil cidadãos ocidentais foram
feitos reféns e conduzidos ao Iraque, onde
alguns deles foram colocados em áreas
estratégicas.
Nesse dia, o Conselho de Segurança da
ONU impôs o boicote comercial, financeiro
e militar ao Iraque. Em 28 de agosto,
Saddam respondeu a essa decisão com a
anexação do Kuwait como a 19ª província
do Iraque.
37. Guerra do Golfo - 1991
Perante o desenvolvimento do conflito, a
ONU, em 29 de novembro, autorizou o uso da
força, caso o Iraque não abandonasse o
território do Kuwait até 15 de janeiro de 1991.
Uma coalizão de 29 países, liderada pelos
EUA, foi mobilizada.
A atividade diplomática intensa fracassou, e
em 17 de janeiro de 1991 um massivo ataque
aéreo foi iniciado.
Do conjunto de nações participantes,
destacam-se os Estados Unidos, a GrãBretanha, a França, a Arábia Saudita, o Egito
e a Síria.
39. Guerra do Golfo - 1991
Em março de 1991 os EUA libertam o Kuwait
– o maior objetivo é reduzir o preço do
petróleo e Saddam voltar para seu território;
O preço é estabilizado;
Saddam continua no poder e, cada vez
mais, é motivo de preocupação em outras
nações;
40. Guerra do Iraque - 2003
O mundo vivia ainda o clima de
insegurança após os atentados de 11 de
setembro de 2001 às torres do World Trade
Center, em Nova York, quando o então
presidente George W. Bush, em discurso
durante Assembleia Geral da ONU, um ano
depois, plantou as raízes de uma política de
defesa que defendia a invasão do Iraque,
sob o argumento de que o país possuía
armas de destruição em massa.
41. Guerra do Iraque - 2003
Sem a aprovação do Conselho de
Segurança da ONU, forças americanas e
britânicas invadiram o Iraque, a partir da
fronteira com o Kwait, em 20 de março de
2003. Menos de um mês depois, as forças
de coalizão tomam Bagdá, mas não
encontram o presidente Saddam Hussein.
O número de civis mortos nos sete anos de
guerra está entre 97 mil a mais de 106 mil,
de acordo com a ONG Iraq Body Count.
Entre os militares, foram quase 5 mil mortes,
além de um sem-número de feridos (veja
quadro).
42. Guerra do Iraque - 2003
O ex-ditador iraquiano seria localizado
em dezembro de 2003. Acusado por
diversos crimes, entre os quais um
massacre de xiitas em 1982, o
julgamento de Saddam se arrastaria por
mais de três anos. Em novembro de
2006, uma corte de Bagdá o condenou
por crimes contra a humanidade. A
sentença final foi a forca. Um vídeo feito
por celular da execução de Saddam
publicado na internet causou polêmica
pelo tratamento dado ao ex-líder do
Iraque.
43. Guerra do Iraque - 2003
O Iraque, que já ostentou um dos mais altos
padrões de vida da região, viu a pobreza
aumentar sob os anos de governo Saddam
e vive uma crise humanitária sem escalas
desde o início da invasão americana, em
2003.
Além dos custos humanitários, a guerra tem
seu preço. Relatório divulgado em julho
pelo Serviço de Pesquisas do Congresso dos
EUA revelou que o país já gastou mais de
US$ 1 trilhão na chamada guerra ao terror,
que inclui Iraque e Afeganistão. O valor faz
dos conflitos os mais caros desde a
Segunda Guerra Mundial.