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Lição 1 – 3EM
Atividade I
Leia com atenção o texto abaixo.

Procura da Poesia
Carlos Drummond de Andrade

Não faças versos sobre acontecimentos.
Não há criação nem morte perante a poesia.
Diante dela, a vida é um sol estático,
não aquece nem ilumina.
As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.
Não faças poesia com o corpo,
esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica.

Tua gota de bile, tua careta de gozo ou dor no escuro
são indiferentes.
Não me reveles teus sentimentos,
que se prevalecem de equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.
[...]
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio.
[...]
Chega mais perto e contempla as palavras.
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível que lhe deres:
Trouxeste a chave?
[...]

1. Simplificando, o poema pode ser dividido em duas partes: a) o que o autor não considera importante para a poesia; b)
o que ele considera essencial para a poesia. Identifique essas duas partes e explique-as, justificando com elementos do
texto.
2. Qual é a chave a que se refere o poeta?
3. Transcreva palavras ou expressões que têm sentido conotativo e explique-as, em relação à temática do texto.
4. Transcreva algumas metáforas do texto.

Atividade II
Como você interpreta a mensagem dos quadrinhos abaixo?




Atividade III
Leia o fragmento de texto a seguir.
-- Liza, você conhece o significado da palavra “férias”?
-- Já disse que não gosto de gracejos de manhã.
-- Conhece ou não, Liza?
-- Claro que conheço. Não me tome por uma tola.
-- E o que significa?
-- Afastar-se para descansar no mar e na praia. E agora suma daqui com as suas tolices, Samuel.
-- Não posso imaginar como conhece a palavra.
-- Não quer dizer logo o que está pensando? Por que eu não deveria conhecê-la?
-- Alguma vez já tirou férias, Liza?
-- Ora, eu...
Ela parou de falar.
-- Em cinquenta anos, alguma vez já teve férias, minha pequena e tola esposa?
                                                                  Steinbeck, J. A leste do éden. São Paulo: Círculo do livro, s.d.

Por que Samuel duvida que sua mulher saída o significado da palavra “férias”? Explique.

Atividade IV
Dê os sentidos da palavra teto, na charge.




Atividade V
Leia o fragmento de texto e responda às perguntas.
         Já moça, tentando burilar um conto, embatuquei de repente num qualificativo para Lua. Meu pai veio em meu
auxílio e me fez ver como era inútil pretender acrescentar mais atributos a todos os que se acham implícitos nessa
palavra, tão cheia de poder evocativo: Ela já em si branca de prata, misteriosa, leitosa, bela, comovedora, tudo e
qualquer adjetivo só pode empobrecê-la. As coisas têm um nome pelo qual devem ser chamadas: é o substantivo que
importa e que necessita ser preservado em todo o seu valor. Mas, se eu insistisse em mostrar minha Lua sob um ângulo
diferente, então teria que lançar mão de outras formas inesperadas, capazes de produzir um impacto no leitor. Sugeriu-
me “Lua de abril”, que aceitei prontamente.
         Por outro lado, e sem entrar em contradição, mostrou-me que é pela escolha dos adjetivos que se reconhece um
escritor. Comentando certa frase, em que eu mencionava um “fino agradecimento”, elogiou a combinação: esse fino
modificava a qualidade do agradecimento, indicando que quem o escrevera gostava de cultivar os bons autores.
                                                             Maria Julieta Drummond de Andrade. Jornal do Brasil, 26/10/1982.

1. Segundo o pai da autora do texto, “as coisas têm um nome pelo qual devem ser chamadas: é o substantivo que
importa e que necessita ser preservado em todo seu valor”. Como você interpreta essas palavras?
2. Por que para ele é inútil adjetivar a Lua?
3. A autora foi elogiada pelo uso do adjetivo em “fino agradecimento”. Que outros adjetivos poderiam modificar
agradecimento?

Atividade VI
Proposta de Redação - Fuvest 1980
Leia atentamente:
quot;Uma indignação, uma raiva cheia de desprezo crescia dentro do peito de Vicente Lemes à proporção que ia lendo os
autos. Um homem rico como Clemente Chapadense e sua viúva apresentando a inventário tão-somente a casinha do
povoado! Veja se tinha cabimento! E as duzentas e tantas cabeças de gado, gente? E os dois sítios no município onde
ficaram, onde ficaram? Ora bolas! Todo mundo sabia da existência desses trens que estavam sendo ocultados.
Ainda se fossem bens de pequeno valor, vá lá, que inventário nunca arrola tudo. Tem muita coisa que fica por fora. Mas
naquele caso, não. Eram dois sítios, duzentas e tantas reses, cuja existência andava no conhecimento dos habitantes da
região. A vila inteira, embora ninguém nada dissesse claramente, estava de olhos abertos assuntando se tais bens
entrariam ou não entrariam no inventário.
Lugar pequeno, ah, lugar pequeno, em que cada um vive vigiando o outro!
Pela segunda vez Vicente Lemes lavrou o seu despacho, exigindo que o inventariante completasse o rol de bens, sob
pena de a Coletoria Estadual o fazer.
Aí, como quem tira um peso da consciência, levantou-se do tamborete e chegou à janela que dava para o Largo,
lançando uma olhadela para a casa onde funcionava o Cartório. Calma, a vila constituída pelo conjunto de casas do
Largo.quot;
                                                 (fragmento de O Tronco, romance de Bernardo Élis, publicado em 1956)

Imagine os possíveis desfechos da situação apresentada no texto de Bernardo Élis.
Componha então duas breves redações que consistam respectivamente em:
a) um desfecho trágico (limite: quinze linhas)
um desfecho cômico (limite: quinze linhas)

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  • 1. Lição 1 – 3EM Atividade I Leia com atenção o texto abaixo. Procura da Poesia Carlos Drummond de Andrade Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina. As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam. Não faças poesia com o corpo, esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica. Tua gota de bile, tua careta de gozo ou dor no escuro são indiferentes. Não me reveles teus sentimentos, que se prevalecem de equívoco e tentam a longa viagem. O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia. [...] Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de escrevê-los. Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam. Espera que cada um se realize e consume com seu poder de palavra e seu poder de silêncio. [...] Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível que lhe deres: Trouxeste a chave? [...] 1. Simplificando, o poema pode ser dividido em duas partes: a) o que o autor não considera importante para a poesia; b) o que ele considera essencial para a poesia. Identifique essas duas partes e explique-as, justificando com elementos do texto. 2. Qual é a chave a que se refere o poeta? 3. Transcreva palavras ou expressões que têm sentido conotativo e explique-as, em relação à temática do texto. 4. Transcreva algumas metáforas do texto. Atividade II Como você interpreta a mensagem dos quadrinhos abaixo? Atividade III Leia o fragmento de texto a seguir. -- Liza, você conhece o significado da palavra “férias”?
  • 2. -- Já disse que não gosto de gracejos de manhã. -- Conhece ou não, Liza? -- Claro que conheço. Não me tome por uma tola. -- E o que significa? -- Afastar-se para descansar no mar e na praia. E agora suma daqui com as suas tolices, Samuel. -- Não posso imaginar como conhece a palavra. -- Não quer dizer logo o que está pensando? Por que eu não deveria conhecê-la? -- Alguma vez já tirou férias, Liza? -- Ora, eu... Ela parou de falar. -- Em cinquenta anos, alguma vez já teve férias, minha pequena e tola esposa? Steinbeck, J. A leste do éden. São Paulo: Círculo do livro, s.d. Por que Samuel duvida que sua mulher saída o significado da palavra “férias”? Explique. Atividade IV Dê os sentidos da palavra teto, na charge. Atividade V Leia o fragmento de texto e responda às perguntas. Já moça, tentando burilar um conto, embatuquei de repente num qualificativo para Lua. Meu pai veio em meu auxílio e me fez ver como era inútil pretender acrescentar mais atributos a todos os que se acham implícitos nessa palavra, tão cheia de poder evocativo: Ela já em si branca de prata, misteriosa, leitosa, bela, comovedora, tudo e qualquer adjetivo só pode empobrecê-la. As coisas têm um nome pelo qual devem ser chamadas: é o substantivo que importa e que necessita ser preservado em todo o seu valor. Mas, se eu insistisse em mostrar minha Lua sob um ângulo diferente, então teria que lançar mão de outras formas inesperadas, capazes de produzir um impacto no leitor. Sugeriu- me “Lua de abril”, que aceitei prontamente. Por outro lado, e sem entrar em contradição, mostrou-me que é pela escolha dos adjetivos que se reconhece um escritor. Comentando certa frase, em que eu mencionava um “fino agradecimento”, elogiou a combinação: esse fino modificava a qualidade do agradecimento, indicando que quem o escrevera gostava de cultivar os bons autores. Maria Julieta Drummond de Andrade. Jornal do Brasil, 26/10/1982. 1. Segundo o pai da autora do texto, “as coisas têm um nome pelo qual devem ser chamadas: é o substantivo que importa e que necessita ser preservado em todo seu valor”. Como você interpreta essas palavras? 2. Por que para ele é inútil adjetivar a Lua? 3. A autora foi elogiada pelo uso do adjetivo em “fino agradecimento”. Que outros adjetivos poderiam modificar agradecimento? Atividade VI Proposta de Redação - Fuvest 1980 Leia atentamente: quot;Uma indignação, uma raiva cheia de desprezo crescia dentro do peito de Vicente Lemes à proporção que ia lendo os autos. Um homem rico como Clemente Chapadense e sua viúva apresentando a inventário tão-somente a casinha do
  • 3. povoado! Veja se tinha cabimento! E as duzentas e tantas cabeças de gado, gente? E os dois sítios no município onde ficaram, onde ficaram? Ora bolas! Todo mundo sabia da existência desses trens que estavam sendo ocultados. Ainda se fossem bens de pequeno valor, vá lá, que inventário nunca arrola tudo. Tem muita coisa que fica por fora. Mas naquele caso, não. Eram dois sítios, duzentas e tantas reses, cuja existência andava no conhecimento dos habitantes da região. A vila inteira, embora ninguém nada dissesse claramente, estava de olhos abertos assuntando se tais bens entrariam ou não entrariam no inventário. Lugar pequeno, ah, lugar pequeno, em que cada um vive vigiando o outro! Pela segunda vez Vicente Lemes lavrou o seu despacho, exigindo que o inventariante completasse o rol de bens, sob pena de a Coletoria Estadual o fazer. Aí, como quem tira um peso da consciência, levantou-se do tamborete e chegou à janela que dava para o Largo, lançando uma olhadela para a casa onde funcionava o Cartório. Calma, a vila constituída pelo conjunto de casas do Largo.quot; (fragmento de O Tronco, romance de Bernardo Élis, publicado em 1956) Imagine os possíveis desfechos da situação apresentada no texto de Bernardo Élis. Componha então duas breves redações que consistam respectivamente em: a) um desfecho trágico (limite: quinze linhas) um desfecho cômico (limite: quinze linhas)