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ACIDEZ, CALAGEM E O USO DO GESSO
EM PASTAGEM
Engº Agrº JOÃO LUIZ BONFIM
FZEA-USP
Manejo de Solos e Nutrição de
Plantas Forrageiras (ZAZ 5752)
Qualidade e Produtividade Animal
jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
Introdução
�

Para produção de carne a pasto com qualidade é
preciso um manejo eficiente que leve a um rendimento
da forragem

�

Os solos agricultáveis do Brasil são na maioria ácidos
e de baixa fertilidade

�

O objetivo desse trabalho é apresentar e discutir
esses problemas e também as práticas para amenizálos
jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
Acidez, Calagem e Uso do Gesso em
Pastagem
�

Aspectos técnicos

�

Aspectos econômicos e administrativos

jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
Aspectos Técnicos
�

A ACIDEZ do solo associa-se a presença de íons H+ e
Al+3 em forma permutável

�

NATURALMENTE os solos tropicais são ácidos:
-pela ppt, lixivia as bases
-ausência de min. 1ários e 2ários (reposição sol. solo)

�

“Artificialmente” promove-se acidificação
-fertilizantes (SO4 e NO3NH4)
jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
�

Grande parte da degradação das terras com pecuária na
Amazônia se deve à perda da fertilidade, envolvendo :
1- aumento da acidez; 2- redução das bases (Ca, Mg e
K); 3- redução de micronutrientes; 4- redução do teor de
P; 5- aumento no teor de Al (DEMATTÊ, et al.).

jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
Efeitos do pH
�

pH 4,5 a 5,5 maioria das terras do Brasil (IDEAL 6,5)

�

Íons H+ [ ] adequada pH 6,5 (<IDEAL> excesso ou falta)
DISPONIBILIDADE de nutrientes (< a pH 6,5)
SOLUBILIDADE elementos tóxicos (Al+3)
FIX. BIOLÓGICA de N2 ATM (ambiente ác. prejudicial
ao desenvolvimento de bactérias e fungos)
Pastagens com leguminosas executam essa simbiose

�
�
�

�

necessidade de CORREÇÃO gerada
jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
Corretivos da Acidez do Solo
�

Agente neutralizador: OH-

�

Os corretivos devem ter componentes básicos/alcalinos
para “GERAR” OH-

�

Calcário (CaCO3 e MgCO3),
Cal e
Escórias (CaSi3 e MgSi3)

jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
Ação Neutralizante
Reação 1
CaCO3(calcário) + H2O(solo) = Ca+2 + CO3-2
CO3-2 + H2O(solo) = HCO3- + OHReação 2
Al+3(solo) + 3OH- = Al(OH)3
Reação 3
ARGILAou -H+ + 2OH- = ARGILAou =Ca + 2H2O
HÚMUS -H+
HÚMUS
jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
Relação entre saturação por bases(V%) e a produção
relativa de MS em forrageiras (CRUZ et al., 1994).
PR %

100
80
60
40
20
0
0

4 8 10 10 22 22 35 38 40 47 50 58 70

V%
jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
Restrição ao Desenvolvimento Radicular
�
�
�

�

Deve-se elevar a exploração radicular
Quantidade de raízes x produção
Reconhecer fatores limitantes a esse desenvolvimento,
para atenuá-los e progredir na produção
Fatores: Físico (compactação)
Químico (ausência de nutrientes, Al tóxico)
Biológico (nematóide)

jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
�

Há correlações diretas entre produtividade e o volume de
raízes, assim como também há correlações indicando o
crescimento radicular em função do teor de Cálcio
(RISCHEY & SILVA, 1982).

�

A deficiência em Ca empobrece o sistema radicular, com
sensível redução de seu tamanho (morte das gemas na
ponta da raiz)

�

O Mg representa 2,7% da molécula de CROROFILA
Vetor de P na formação de proteínas

jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
GESSO
�

CaSO4.2H2O(gesso) + H2O(solo) = Ca+2 + SO4-2 + CaSO40

�

O CaSO40 é altamente solúvel e contribui para ppt de
complexos químicos solúveis neutros: MgSO40
K2SO40

Al+3(solo) + SO4-2 = AlSO4+

sulfato de Al NÃO TÓXICO

jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
�

A aplicação de GESSO em pastagens possui efeito:

FERTILIZANTE (Ca e S)
CONDICIONADOR DE SUBSOLO (eleva teor de Ca+2 e
reduz sat. Al+3)
S é essencial na qualidade da forragem
(componente dos aminoácidos metionina e cistina)

jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
Produção de MS e absorção de nutrientes pela
leucena (cv. Cunningham) para diferentes doses de
gesso (SOUSA et al., 1983).
Dose de
Gesso

Produção de
MS

Nutrientes absorvidos
Ca

t/ha

Mg

S

kg/ha

0

3,1

38

17

5

2

4,8

62

24

8

4

4,5

54

23

8

6

6,8

110

36

15

jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
MOBILIDADE x SOLUBILIDADE
GESSO : 2,5 g/l
CALCÁRIO : 0,014 g/l (180 vezes menor)
�

O ânion sulfato do gesso tem movimentação mais
rápida, com isso maior lixiviação no perfil, sempre
acompanhado de um cátion (bases)

jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
Distribuição Relativa (%) do sistema radicular de
milho com 90 dias cultivado (SOUSA et al., 1983)
PROFUNDIDADE SEM
6t
cm
GESSO GESSO/ha
15

53

34

30

27

25

45

10

12

60

8

19

75

2

10

jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
Diagnosticar NG via amostragem (20-40cm)
Ca < 5mmolc/dm3 ou
sat. Al (m) > 30%
CRITÉRIOS de recomendação (dose)
1) Dose em função da classe textural (qto+arenosos >dose)
2) Dose em função da textura solo e tipo de forragem (leg)
NG(kg/ha) = argila(g/kg) x 6
Não se vê necessidade de incorporação do insumo

jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
�

LATOSSOLOS e AREIAS QUARTZOSAS, possuem
drenagem livre entre horizontes no perfil, portanto são
mais responsivos a aplicação de gesso (PRADO,
1989).

jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
Aspectos Econômicos e Administrativos
�
�

�

�

Tomada de DECISÃO
Dúvidas como: custos de aquisição do corretivo, de
logística, de assessoria...(da nova tecnologia)
Desafio: usar eficientemente o corretivo para
otimização dos resultados
Salto na produtividade e obtenção de lucros

jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
Custos x Receita
DÉCADA

1970

100

180

14%

2000
�

ha
(US$)

ANIMAL REC.LÍQ/
(US$)
ANO

500

250

1,3%

FNP

jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
�

Trato das pastagens alheias

�

CANA X PASTAGEM, mais vantajoso tratar da cultura
da cana (arrendada) do que do pasto dos outros

�

Produtores eficientes estão abandonando
arrendamentos
(DESTILARIA ANDRADE S/A, Pitangueiras-SP)

jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
DEGRADAÇÃO
�

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�

�

50% do rebanho bovino do Brasil encontra-se em
50 milhões de ha de cerrado
80% dessa área (40 milhões de ha) está
DEGRADADA
O que explica a baixa lotação e a baixa produção
nacional de carne bovina por unidade de área:
0,5 UA/ha e 3,5@/ha/ano, respectivamente
Frutos do “extrativismo pastoril” promovido sobre as
pastagens
jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
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  • 1. ACIDEZ, CALAGEM E O USO DO GESSO EM PASTAGEM Engº Agrº JOÃO LUIZ BONFIM FZEA-USP Manejo de Solos e Nutrição de Plantas Forrageiras (ZAZ 5752) Qualidade e Produtividade Animal jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 2. Introdução � Para produção de carne a pasto com qualidade é preciso um manejo eficiente que leve a um rendimento da forragem � Os solos agricultáveis do Brasil são na maioria ácidos e de baixa fertilidade � O objetivo desse trabalho é apresentar e discutir esses problemas e também as práticas para amenizálos jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 3. Acidez, Calagem e Uso do Gesso em Pastagem � Aspectos técnicos � Aspectos econômicos e administrativos jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 4. Aspectos Técnicos � A ACIDEZ do solo associa-se a presença de íons H+ e Al+3 em forma permutável � NATURALMENTE os solos tropicais são ácidos: -pela ppt, lixivia as bases -ausência de min. 1ários e 2ários (reposição sol. solo) � “Artificialmente” promove-se acidificação -fertilizantes (SO4 e NO3NH4) jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 5. � Grande parte da degradação das terras com pecuária na Amazônia se deve à perda da fertilidade, envolvendo : 1- aumento da acidez; 2- redução das bases (Ca, Mg e K); 3- redução de micronutrientes; 4- redução do teor de P; 5- aumento no teor de Al (DEMATTÊ, et al.). jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 6. Efeitos do pH � pH 4,5 a 5,5 maioria das terras do Brasil (IDEAL 6,5) � Íons H+ [ ] adequada pH 6,5 (<IDEAL> excesso ou falta) DISPONIBILIDADE de nutrientes (< a pH 6,5) SOLUBILIDADE elementos tóxicos (Al+3) FIX. BIOLÓGICA de N2 ATM (ambiente ác. prejudicial ao desenvolvimento de bactérias e fungos) Pastagens com leguminosas executam essa simbiose � � � � necessidade de CORREÇÃO gerada jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 7. Corretivos da Acidez do Solo � Agente neutralizador: OH- � Os corretivos devem ter componentes básicos/alcalinos para “GERAR” OH- � Calcário (CaCO3 e MgCO3), Cal e Escórias (CaSi3 e MgSi3) jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 8. Ação Neutralizante Reação 1 CaCO3(calcário) + H2O(solo) = Ca+2 + CO3-2 CO3-2 + H2O(solo) = HCO3- + OHReação 2 Al+3(solo) + 3OH- = Al(OH)3 Reação 3 ARGILAou -H+ + 2OH- = ARGILAou =Ca + 2H2O HÚMUS -H+ HÚMUS jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 9. Relação entre saturação por bases(V%) e a produção relativa de MS em forrageiras (CRUZ et al., 1994). PR % 100 80 60 40 20 0 0 4 8 10 10 22 22 35 38 40 47 50 58 70 V% jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 10. Restrição ao Desenvolvimento Radicular � � � � Deve-se elevar a exploração radicular Quantidade de raízes x produção Reconhecer fatores limitantes a esse desenvolvimento, para atenuá-los e progredir na produção Fatores: Físico (compactação) Químico (ausência de nutrientes, Al tóxico) Biológico (nematóide) jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 11. � Há correlações diretas entre produtividade e o volume de raízes, assim como também há correlações indicando o crescimento radicular em função do teor de Cálcio (RISCHEY & SILVA, 1982). � A deficiência em Ca empobrece o sistema radicular, com sensível redução de seu tamanho (morte das gemas na ponta da raiz) � O Mg representa 2,7% da molécula de CROROFILA Vetor de P na formação de proteínas jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 12. GESSO � CaSO4.2H2O(gesso) + H2O(solo) = Ca+2 + SO4-2 + CaSO40 � O CaSO40 é altamente solúvel e contribui para ppt de complexos químicos solúveis neutros: MgSO40 K2SO40 Al+3(solo) + SO4-2 = AlSO4+ sulfato de Al NÃO TÓXICO jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 13. � A aplicação de GESSO em pastagens possui efeito: FERTILIZANTE (Ca e S) CONDICIONADOR DE SUBSOLO (eleva teor de Ca+2 e reduz sat. Al+3) S é essencial na qualidade da forragem (componente dos aminoácidos metionina e cistina) jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 14. Produção de MS e absorção de nutrientes pela leucena (cv. Cunningham) para diferentes doses de gesso (SOUSA et al., 1983). Dose de Gesso Produção de MS Nutrientes absorvidos Ca t/ha Mg S kg/ha 0 3,1 38 17 5 2 4,8 62 24 8 4 4,5 54 23 8 6 6,8 110 36 15 jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 15. MOBILIDADE x SOLUBILIDADE GESSO : 2,5 g/l CALCÁRIO : 0,014 g/l (180 vezes menor) � O ânion sulfato do gesso tem movimentação mais rápida, com isso maior lixiviação no perfil, sempre acompanhado de um cátion (bases) jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 16. Distribuição Relativa (%) do sistema radicular de milho com 90 dias cultivado (SOUSA et al., 1983) PROFUNDIDADE SEM 6t cm GESSO GESSO/ha 15 53 34 30 27 25 45 10 12 60 8 19 75 2 10 jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 17. Diagnosticar NG via amostragem (20-40cm) Ca < 5mmolc/dm3 ou sat. Al (m) > 30% CRITÉRIOS de recomendação (dose) 1) Dose em função da classe textural (qto+arenosos >dose) 2) Dose em função da textura solo e tipo de forragem (leg) NG(kg/ha) = argila(g/kg) x 6 Não se vê necessidade de incorporação do insumo jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 18. � LATOSSOLOS e AREIAS QUARTZOSAS, possuem drenagem livre entre horizontes no perfil, portanto são mais responsivos a aplicação de gesso (PRADO, 1989). jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 19. Aspectos Econômicos e Administrativos � � � � Tomada de DECISÃO Dúvidas como: custos de aquisição do corretivo, de logística, de assessoria...(da nova tecnologia) Desafio: usar eficientemente o corretivo para otimização dos resultados Salto na produtividade e obtenção de lucros jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 20. Custos x Receita DÉCADA 1970 100 180 14% 2000 � ha (US$) ANIMAL REC.LÍQ/ (US$) ANO 500 250 1,3% FNP jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 21. � Trato das pastagens alheias � CANA X PASTAGEM, mais vantajoso tratar da cultura da cana (arrendada) do que do pasto dos outros � Produtores eficientes estão abandonando arrendamentos (DESTILARIA ANDRADE S/A, Pitangueiras-SP) jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)
  • 22. DEGRADAÇÃO � � � � 50% do rebanho bovino do Brasil encontra-se em 50 milhões de ha de cerrado 80% dessa área (40 milhões de ha) está DEGRADADA O que explica a baixa lotação e a baixa produção nacional de carne bovina por unidade de área: 0,5 UA/ha e 3,5@/ha/ano, respectivamente Frutos do “extrativismo pastoril” promovido sobre as pastagens jlbonfim@hotmail.com (FZEA USP)