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RELATÓRIO ANUAL 
ENTREGAS 
PARA A 
SOCIEDADE 
SAIBA COMO OS RECURSOS 
DO BNDES FORAM 
APLICADOS EM 2013. 
MAIS DE 270 MIL EMPRESAS 
FORAM BENEFICIADAS COM 
APOIO DO BANCO, QUE ATINGIU 
R$ 190 BILHÕES EM 
1.144.262 OPERAÇÕES. 
Estratégia 
As realizações do BNDES no 
que diz respeito a prioridades, 
como o setor de infraestrutura, 
a promoção da competitividade, 
a inclusão social e produtiva, a 
inovação, o socioambiental e o 
desenvolvimento regional. 
Visão 
corporativa 
Gestão, informações financeiras 
e recursos humanos também 
são temas deste relatório, 
que direciona a conteúdos 
aprofundados on-line.
MISSÃO 
Promover o desenvolvimento sustentável 
e competitivo da economia brasileira, 
com geração de emprego e redução das 
desigualdades sociais e regionais. 
VISÃO 
Ser o Banco do desenvolvimento do Brasil, 
instituição de excelência, inovadora e proativa 
ante os desafios de nossa sociedade. 
VALORES 
Compromisso com o desenvolvimento 
Espírito público 
Excelência 
Ética
Sumário 
Desenvolvimento 
de competências 
Sustentabilidade 
financeira 
Relacionamentos 
Práticas de gestão 
Geração de 
conhecimento 
Competitividade 
das empresas 
brasileiras 
p. 36 
p. 34 
p. 32 
Inclusão 
social e produtiva 
Inovação, 
socioambiental e regional Infraestrutura: 
um setor decisivo 
Mensagem 
do presidente 
O Banco do 
desenvolvimento 
do Brasil 
Processo e 
governança 
O BNDES em números 
Estratégia e 
visão de futuro 
Produtos 
Mensagem 
do ministério 
Editorial 
p. 3 
p. 4 
p. 5 
p. 6 
p. 8 
p. 10 
p. 12 
p. 16 
p. 18 
p. 20 
p. 24 
p. 28 
p. 40 
p. 44
Editorial 
O BNDES vem, ano a ano, trabalhando para aproximar- 
-se do paradigma de relato integrado, uma iniciati-va 
internacional que visa à construção de parâme-tros 
comuns para que as organizações, públicas e 
privadas, informem suas atividades. É um empenho 
por mais transparência e estabilidade no sistema 
econômico mundial. 
Em seu Relato Anual, o BNDES tem como objetivo 
apresentar a seus públicos de interesse os destaques 
de sua atuação no ano de 2013, enfocando as dimen-sões 
econômica, social e ambiental. 
Este ano, pela primeira vez, o Relato do BNDES con-ta 
com esta edição em revista, concebida para ser a 
porta de entrada para aqueles que buscam conhecer 
como o Banco gera valor para a sociedade, para seus 
clientes e para a economia brasileira. Com uma lin-guagem 
acessível e dinâmica, esta revista apresenta a 
atuação do BNDES a partir dos capitais e das perspec-tivas 
do Mapa Estratégico da empresa. 
O Relato 2013 conta ainda com uma versão esten-dida, 
em formato PDF – o Relatório Anual técnico, 
com mais informações operacionais e financeiras. Ao 
longo dos textos desta revista, o leitor é direciona-do 
a conteúdos nessa e noutras plataformas digitais 
nas seções “Saiba Mais”. Em todas as peças, o Ban-co 
dá continuidade ao uso de indicadores da Global 
Reporting Initiative (GRI), num total de 18, sinaliza-dos 
ao longo desta revista por meio do ícone “ ”. 
O período relatado vai de janeiro a dezembro de 
2013 e diz respeito a todo o Sistema BNDES, que inclui 
o BNDES em suas seis instalações – no Distrito Federal, 
Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Recife (PE), Mon-tevidéu 
(Uruguai) e Joanesburgo (África do Sul) –, 
bem como as subsidiárias BNDES Participações S.A. 
(BNDESPAR), que atua no mercado de capitais; Agên-cia 
Especial de Financiamento (FINAME), dedicada 
ao fomento à produção e comercialização de má-quinas 
e equipamentos; e BNDES PLC, localizada em 
Londres (Reino Unido). 
Em consequência de arredondamento, a soma dos números nos gráficos 
pode não ser exata, assim como a soma dos percentuais dos gráficos pode 
não totalizar 100. Pelo mesmo motivo, pode haver pequena variação entre 
valores apresentados ao longo do relatório. 
SAIBA MAIS 
Relato integrado 
International Integrated 
Reporting Council 
Relatório Anual 
técnico 2013
Mensagem do ministério 
Os indicadores do BNDES, em 2013, refletem o estreito ali-nhamento 
do Banco às necessidades do setor produtivo e às 
diretrizes do Governo Federal. A instituição tem focado suas 
atividades em três pilares básicos: infraestrutura, competivida-de 
e inclusão produtiva, além da atenção especial às micro e 
pequenas empresas. 
Com desembolsos da ordem dos R$ 190 bilhões no ano pas-sado, 
alta de 22% na comparação com 2012, o Banco, mais 
uma vez, foi ator fundamental para expansão e manutenção 
do dinamismo da economia. Esses valores estiveram atrelados 
a investimentos totais na casa dos R$ 396 bilhões, em função 
das contrapartidas exigidas pelo próprio Banco em suas ope-rações 
de financiamento. 
Como se pode notar, os números deste relatório, sempre 
superlativos, demonstram a importância do BNDES para a 
execução de projetos estruturantes e imperativos para o de-senvolvimento 
do país. Fato esse que consolida a instituição 
como principal instrumento de financiamento de longo prazo 
da economia brasileira. 
Nesse contexto, as ações do Banco encontram total aderên-cia 
às políticas de estímulo à produção industrial e de comér-cio 
exterior implementadas pelo MDIC para o enfrentamen-to 
da conjuntura econômica internacional desfavorável dos 
últimos anos. 
Olhando pelo retrovisor, ao longo de mais de seis décadas, o 
BNDES tem um amplo leque de serviços prestados ao desen-volvimento 
do Brasil. Quando se olha para frente, o Banco é 
peça fundamental para a superação dos desafios que estão 
por vir em temas como o da sustentabilidade, por exemplo. 
Digo isso pela convicção de que, seja qual for o desafio do 
país, o BNDES terá participação essencial na sua superação. 
Parabéns a todos os colaboradores do Banco pela contribui-ção 
ao desenvolvimento do Brasil! 
Mauro Borges 
Ministro do Desenvolvimento, Indústria 
e Comércio Exterior (MDIC)
Mensagem do presidente 
No ano de 2013, o investimento teve expansão marcante, a despeito das 
dificuldades que o contexto internacional continuou impondo sobre a 
economia brasileira. O crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo de 
6,3% – em que se destacam máquinas e equipamentos, com 10,1% – si-tuou- 
se bem acima do crescimento do PIB (2,3%). Institucionalmente, os 
destaques foram a partida vigorosa do programa de concessões de logísti-ca 
e o leilão do campo Libra do pré-sal. 
O BNDES contribuiu de modo relevante para esse desempenho. Os inves-timentos 
alavancados por seus financiamentos representaram 25,6% da 
Formação Bruta de Capital Fixo do país, criando ou mantendo, direta e 
indiretamente, 5,9 milhões de empregos durante o período de inversão. 
Sua atuação de suporte técnico foi também proeminente na estruturação 
dos projetos de logística, que fizeram deslanchar os leilões de rodovias e 
de aeroportos, além da contribuição para projetos de saúde, saneamento 
e mobilidade urbana de estados e municípios. 
Para assegurar o desempenho favorável dos investimentos, o Banco 
desembolsou R$ 190,4 bilhões, 22,1% acima do valor nominal de 
R$ 156 bilhões registrados em 2012. 
O BNDES tem compromisso de longa data com a infraestrutura e a indús-tria. 
Em 2013, bem como nos últimos anos, vale chamar a atenção para 
o avanço de outras prioridades estratégicas. É seguidamente recorde o 
percentual de desembolsos do Banco para as MPMEs. A participação das 
regiões Norte e Nordeste também tem sido ao menos equivalente a sua 
contribuição para o PIB. O apoio à economia verde foi três vezes o valor 
histórico de 2007 e, para inovação, esse indicador foi 16 vezes superior 
com referência ao mesmo ano, o que mostra que essas são crescentemen-te 
prioridades efetivas do BNDES e do Brasil. 
A solidez financeira do BNDES é uma das bases essenciais que permitem 
dar continuidade a esses múltiplos esforços de desenvolvimento. Outra é 
uma estrutura de governança marcada por decisões colegiadas, desde a 
entrada de uma operação até sua aprovação, e análises submetidas a sis-temas 
de pesos e contrapesos, em que há presença decisiva de seu corpo 
técnico profissional. 
A transparência é outro compromisso permanente e crescente do BNDES. 
Dentre os canais de contato direto com a sociedade, destacam-se 
a Ouvidoria, o Serviço de Informação ao Cidadão e o portal 
www.bndes.gov.br/transparencia. O BNDES também se submete ao es-crutínio 
do Congresso Nacional e dos órgãos oficiais de regulação e controle. 
Por fim, não é demais repetir que é missão precípua do BNDES possibili-tar 
a expansão do investimento como proporção do PIB, algo fundamen-tal 
para garantir a sustentabilidade do crescimento. Nos últimos anos, o 
BNDES atendeu à necessidade de manter irrigado o financiamento nacio-nal 
de longo prazo. Ao mesmo tempo, o Banco sempre trabalhou para 
fortalecer o mercado de capitais, buscando atrair para ele empresas e in-vestidores, 
bem como induzindo boas práticas de governança corporativa. 
Nos próximos anos, tais esforços precisarão cada vez mais se somar, de 
forma a potencializar uma firme expansão do crédito privado e do merca-do 
de capitais no financiamento de longo prazo. 
Luciano Coutinho 
Presidente do BNDES 
A tabela abaixo resume os principais 
destaques na destinação de recursos. 
Desembolsos de 2013 
(em R$ bilhões) 
Infraestrutura 62,2 
Indústria 58,0 
Micro, pequenas e médias 
empresas (MPME) 63,5 
Norte e Nordeste 39,4 
Economia verde 24,4 
Inovação 5,2 
Variação em relação 
a 2012 (%) 
Infraestrutura 17,5 
Indústria 21,7 
Micro, pequenas e médias 
empresas (MPME) 26,8 
Norte e Nordeste 14,6 
Economia verde 17,2 
Inovação 58,6
O Banco do desenvolvimento do Brasil 
Financia a 
exportação e a 
internacionalização 
das empresas 
brasileiras 
Contribui 
para o 
desenvolvimento 
regional 
Apoia a 
execução de 
estratégias de 
desenvolvimento 
sustentável 
Promove 
a criação e 
manutenção de 
empregos 
Contribui 
para a 
formulação 
de políticas 
públicas 
Apoia a 
inclusão social 
e produtiva 
Um banco dedicado a desenvolver um país. Principal executor da política de investimentos do 
Governo Federal, o BNDES tem uma missão desafiadora e grandiosa, que o coloca em uma con-dição 
sem par. 
Para fazer face ao desafio, o Banco dispõe de um conjunto de políticas e procedimentos e diver-sos 
produtos e mecanismos de apoio financeiro, técnico e institucional, que orientam e operacio-nalizam 
sua atuação a partir de uma visão integrada de desenvolvimento sustentável. 
Empresa pública federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-terior, 
o BNDES tem suas ações orientadas pelo Conselho de Administração, pelo Comitê de Au-ditoria 
e pelo Conselho Fiscal e presta contas para diversas instâncias de governo: Ministério da 
Fazenda, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Banco Central, Congresso Nacional, 
Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas da União. 
PROCESSOS CONHECIMENTO PESSOAS 
RELATÓRIO ANUAL 2013 6
Estimula 
atividades de 
maior dinamismo 
e risco, como 
inovação e 
economia verde 
Contribui para o 
fortalecimento do 
mercado de capitais e 
para o desenvolvimento 
de uma indústria 
financeira de longo 
prazo no país 
Sustenta o 
crédito em 
momentos de 
crise 
Amplia a 
infraestrutura 
econômica, 
urbana e 
social 
Financia projetos 
em todo o 
território nacional 
e para clientes de 
todos os portes 
Fortalece a 
capacidade 
produtiva e a 
competitividade 
Artigo: 
A contribuição 
dos bancos de 
desenvolvimento 
para o financiamento 
de longo prazo 
Complementa o 
sistema financeiro 
privado contribuindo 
para o fluxo de 
investimentos na 
economia 
Os bancos de desenvolvimento são instituições públicas que surgiram na década 
de 1940, no esforço de reconstrução pós-guerras mundiais e, desde então, vêm 
cumprindo papel relevante para o desenvolvimento socioeconômico, conforme 
os diferentes estágios dos países onde atuam, em cenários tanto de estabilidade 
quanto de crise. 
Cada instituição tem sua forma de operar, mas, em comum, todas aplicam capital 
intelectual, humano, social e financeiro – este, em geral, de fontes públicas – para 
auxiliar a implementação de políticas e contribuir para que os setores privado e 
público assumam riscos e desafios em investimentos estratégicos de longo prazo, 
destacando-se, nas últimas décadas, a crescente atenção para a integração das 
dimensões econômica, social e ambiental do desenvolvimento. 
RELACIONAMENTOS RECURSOS FINANCEIROS 
SAIBA MAIS 
Estrutura 
organizacional 
RELATÓRIO ANUAL 2013 7
Processo e governança 
O envio de consulta ao Banco – 
diretamente ou por meio dos 
parceiros –, com informações da 
empresa e do projeto para o qual 
o cliente pretende receber apoio, 
marca o início do processo. 
Em 2013, foram recebidos 
pedidos de financiamento que 
totalizaram R$ 277,4 bilhões. 
Há diversos canais pelos quais os 
interessados podem se informar 
a respeito dos tipos e condições 
de apoio que o Banco oferece 
e de como iniciar esse primeiro 
contato: como a Central de 
Atendimento (0800 7026337), 
o serviço de atendimento 
empresarial presencial e o site, 
com destaque para a ferramenta 
on-line Mais BNDES. 
Há três tipos de operações de financiamento. As operações diretas e 
indiretas não automáticas seguem as mesmas etapas, diferenciando-se 
pela participação de agente financeiro intermediário nessa última 
modalidade. Criadas para ampliar o acesso ao crédito, as operações 
indiretas automáticas também têm o mesmo passo a passo, porém ocorrem 
num processo mais ágil e com maior participação do agente financeiro. 
O BNDES avalia, de acordo 
com parâmetros previamente 
estabelecidos, se o pedido 
contribui para o desenvolvimento 
sustentável e competitivo do 
país e se o interessado apresenta 
as condições necessárias para 
assumir o financiamento. Nesta 
fase também são identificados 
os produtos financeiros mais 
adequados para atender à 
solicitação de apoio. Ainda nesta 
primeira etapa, as operações 
passíveis de classificação são 
identificadas segundo o perfil de 
risco ambiental. Os gráficos ao 
lado mostram o perfil de risco dos 
projetos classificados em 2013 
(mais detalhes na página 23). 
MERCADO DE CAPITAIS 
As operações do BNDES no Mercado de Capitais, por meio de sua subsidiária 
BNDESPAR, obedecem a um processo adaptado às especificidades de ações dessa 
natureza, mas que também respeita os princípios de segregação de função e de 
decisões colegiadas. 
O Banco está trabalhando 
para reduzir o tempo mínimo 
de contratação dos financia-mentos, 
mantendo a seguran-ça 
das operações financeiras 
que, graças à qualidade das 
análises realizadas, apresen-tam 
taxas de inadimplência 
significativamente abaixo da 
Atividade relacionada a riscos de 
impactos ambientais significativos ou 
de alcance regional. 
Atividade associada a impactos 
ambientais mais leves ou locais. 
Atividade não apresenta, em 
princípio, risco ambiental. 
O social e o ambiental, a ino-vação 
e o desenvolvimento 
regional são dimensões con-sideradas 
nas diferentes fases 
do processo de concessão do 
apoio financeiro, na avalia-ção 
de impactos e na indução 
de investimentos integrados 
aos projetos. 
Consulta 
Enquadramento 
Todas as solicitações de apoio financei-ro 
que chegam ao Banco são analisadas 
segundo princípios de segregação de 
função – ou seja, cada etapa de uma 
operação de financiamento envolve di-ferentes 
equipes –, com decisões toma-das 
em colegiados. 
A concessão de apoio financeiro é um 
dos mais importantes processos do 
BNDES. Suas etapas variam de acordo 
com o valor do financiamento pre-tendido 
e da participação de agentes 
parceiros – entre eles, a maioria das 
instituições financeiras do país –, que 
podem permanecer como intermedi-ários 
na operação de financiamento, 
assumindo total ou parcialmente o 
risco de crédito (de não pagamento) 
da operação. As operações são assim 
classificadas: diretas, indiretas não au-tomáticas 
e automáticas. 
EM VALOR 
EM QUANTIDADE 
DE PROJETOS 
As análises de enquadramento 
são encaminhadas a um comitê, 
formado por empregados de 
todas as áreas do Banco, que 
delibera sobre o acolhimento. 
OPERAÇÕES 
DIRETAS 
A partir de 
R$ 20 milhões 
sem agente 
financeiro 
OPERAÇÕES 
INDIRETAS NÃO 
AUTOMÁTICAS 
A partir de 
R$ 20 milhões 
com agente 
financeiro 
OPERAÇÕES 
INDIRETAS 
AUTOMÁTICAS 
Até R$ 20 milhões 
com agente 
financeiro 
A 
B 
C 
B C 
A 
A 
B 
C 
média do sistema financeiro 
nacional. Um avanço impor-tante 
em 2013 foi a criação 
do Comitê Gestor do Processo 
de Concessão de Apoio Finan-ceiro, 
responsável por zelar 
pela eficácia e eficiência 
desse processo fundamental 
para o BNDES. 
1 
Segurança e agilidade Temas transversais 
EM FOCO 
RELATÓRIO ANUAL 2013 8
Efetividade 
Além do acompanhamento de cada 
projeto apoiado, o Banco vem aper-feiçoando 
impactos diretos e indiretos do con-junto 
criado, em 2013, importante projeto 
corporativo chamado Efetividade. 
Os pedidos 
aprovados são contratados 
segundo os padrões jurídicos 
do Banco. Destaca-se a 
chamada Cláusula Social 
presente nos contratos, 
que explicita o combate à 
discriminação de raça ou de 
gênero, ao trabalho infantil e 
ao trabalho escravo no Brasil, 
prevendo que a comprovação 
desses atos ilícitos pode 
resultar na suspensão ou 
vencimento antecipado 
da operação. 
A partir de novo conjunto de 
informações enviadas pelo interessado 
ou pelo agente financeiro, os pedidos 
enquadrados passam por uma análise 
aprofundada, realizada por equipes 
técnicas multidisciplinares especializadas 
no setor econômico do projeto. 
Nesse momento, são avaliadas as garantias 
oferecidas e é feito estudo da viabilidade 
econômico-financeira do projeto, com 
análise do mercado, da estratégia 
empresarial e da governança da empresa. 
Os aspectos sociais e ambientais da 
iniciativa são analisados, de acordo com 
a Política Socioambiental do BNDES e 
com diretrizes que tratam das questões 
socioambientais particulares de cada setor. 
Outro instrumento de apoio às análises é 
a Metodologia de Avaliação de Empresas 
(MAE), que avalia ativos intangíveis, 
como o grau de compromisso de uma 
companhia com a responsabilidade social 
e ambiental e práticas associadas. 
Nas operações indiretas automáticas, 
mais rápidas, o agente financeiro 
enquadra e analisa o pedido de 
financiamento. Após aprovar o crédito, o 
parceiro pede a homologação ao Banco, 
sem a qual não há liberação de recursos. 
A análise técnica é submetida à 
aprovação da Diretoria do BNDES. 
Análise e aprovação 
Contratação 
o monitoramento dos 
de suas ações para o desen-volvimento 
do país. Para isso, foi 
Desembolso e acompanhamento 
Política de 
Inovação 
Política de 
Entorno 
Política 
Socioambiental 
SAIBA MAIS 
Os recursos são liberados 
em etapas, conforme a 
realização de partes do projeto. 
O BNDES analisa documentos 
de comprovação de uso do 
financiamento, de acordo com 
cronograma físico-financeiro, 
e faz visitas aos projetos 
apoiados. Esse trabalho de 
acompanhamento é essencial 
para a mitigação do risco de 
crédito e garante ao Banco um 
conhecimento profundo 
dos diversos setores da 
economia brasileira. 
No caso das operações 
indiretas, o agente financeiro 
desempenha a atividade de 
acompanhamento detalhado e 
o BNDES monitora as operações 
por amostragem. 
2 
RELATÓRIO ANUAL 2013 9
Produtos 
Atender a necessidades variadas de apoio financeiro com uma visão de desenvolvimento abran-gente 
é um dos desafios do BNDES. Para tanto, o Banco conta com portfólio de políticas e de 
diferentes produtos e instrumentos de apoio, sempre em linha com as políticas governamentais 
e afinados com o momento econômico e as demandas do país. Esse portfólio permite a realiza-ção 
de financiamentos reembolsáveis e não reembolsáveis, de operações de mercado de renda 
fixa e renda variável e a prestação de garantias. 
PRODUTOS 
Os produtos definem a sistemática de operacionalização do financiamento e são desenhados para permitir o apoio 
a empreendimentos públicos e privados, bem como à produção, comercialização e aquisição de bens e serviços, 
atendendo a clientes de diferentes portes. A operação pode ser diretamente com o BNDES, ou por meio de uma rede 
de agentes financeiros credenciados, nas formas de apoio indireta não automática e automática. 
Os produtos podem ser caracterizados per se – caso do Cartão BNDES­– 
ou estão atrelados a linhas e programas, 
que têm condições específicas por setores da economia e tipos de beneficiários e investimentos. 
Existem também fundos para financiamento reembolsável, em que a origem dos recursos e a regulamentação para 
o apoio são externas ao BNDES – caso do Fundo da Marinha Mercante e do Fundo Clima. Toda a aplicação desses 
fundos é feita por meio de um produto do BNDES. 
O Banco atua ainda com produtos de mercado de capitais, por meio da subscrição de valores mobiliários, títulos 
corporativos em ofertas públicas e fundos de investimento. 
RECURSOS NÃO REEMBOLSÁVEIS 
Os recursos não precisam ser reembolsados e têm aplicação restrita em projetos de caráter social, cultural, ambien-tal, 
científico e tecnológico, complementando o apoio financeiro reembolsável do BNDES para esses temas estraté-gicos. 
Os recursos têm origem em parte do lucro do Banco, como o Fundo Social, ou em doações externas, como o 
Fundo Amazônia. Vale ressaltar que, no caso de descumprimento das condições do financiamento não reembolsável, 
a instituição beneficiada é obrigada a restituir os recursos ao Banco. 
FUNDOS GARANTIDORES 
Há ainda fundos que complementam garantias de financiamentos do BNDES, como o Fundo Garantidor de Inves-timentos 
(FGI), importante instrumento para ampliar o acesso ao crédito das micro, pequenas e médias empresas. 
Nesse caso, não há desembolsos para as operações, apenas pagamentos ao agente que assumiu o risco de crédito 
nos casos de inadimplência. 
EM FOCO 
As Políticas Operacionais (PO) consolidam a regulamentação do portfólio de políticas, produtos e instrumentos 
financeiros do BNDES e são acompanhadas regularmente para atualização. 
Ao longo do ano de 2013, as POs foram revisadas e estão em vigor desde fevereiro de 2014. Alinhadas às diretrizes 
do governo, têm foco na manutenção e ampliação do investimento, ao mesmo tempo em que abrem espaço à maior 
participação do setor privado no financiamento de longo prazo. 
O portfólio de instrumentos foi simplificado e as novas condições permitem alteração gradativa dos níveis de partici-pação 
do Banco e do perfil de custo financeiro, com redução de participação em Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) 
e ampliação de outras moedas nas operações de financiamento. Os setores prioritários contam com os menores 
custos financeiros, os maiores prazos e os maiores percentuais de participação do Banco. 
Paralelamente à revisão, foi mantido o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do Governo Federal para 
a aquisição ou apoio à exportação de bens de capital e investimentos em inovação, com suas condições reade-quadas 
para 2014. 
Apoio financeiro Mais BNDES 
SAIBA MAIS 
RELATÓRIO ANUAL 2013 10
PRINCIPAIS PRODUTOS 
DESEMBOLSOS E NÚMERO DE OPERAÇÕES − 2013 
BNDES Não 
reembolsável 
iniciativas de caráter 
social, cultural, 
ambiental, científico 
ou tecnológico 
BNDES Exim 
exportação pré e 
pós-embarque 
BNDES Finem 
financiamento a 
empreendimentos 
BNDES Finame 
Leasing 
arrendamento 
mercantil de 
máquinas e 
equipamentos 
nacionais 
418 
R$ 10,0 bilhões 
CARTÃO BNDES 
759.729 
Cartão BNDES 
crédito rotativo, 
pré-aprovado, 
para aquisição de 
produtos, insumos e 
serviços cadastrados 
BNDES 
Automático 
financiamentos a 
empreendimentos de 
até R$ 20 milhões 
BNDES FINAME AGRÍCOLA 
BNDES Finame 
produção e 
comercialização 
de máquinas e 
equipamentos 
nacionais 
BNDES Mercado 
de Capitais 
(produto operado 
pela subsidiária 
BNDESPAR) 
subscrição de valores 
mobiliários, 
títulos corporativos 
em ofertas públicas 
e fundos de 
investimento 
BNDES MERCADO DE CAPITAIS 
BNDES Finame 
Agrícola 
produção e 
comercialização 
de máquinas e 
equipamentos 
agrícolas nacionais 
R$ 0,4 bilhão 
R$ 0,2 bilhão 
218 
BNDES NÃO REEMBOLSÁVEL 
R$ 9,7 bilhões 
457 
BNDES EXIM 
R$ 5,6 bilhões 
410 
BNDES EXIM 
BNDES FINAME LEASING 
R$ 11,3 bilhões 
BNDES FINEM 
543 
R$ 14,6 bilhões 
BNDES AUTOMÁTICO 
123.525 
R$ 3,5 bilhões 
87 
R$ 12,2 bilhões 
68.574 
R$ 58,1 bilhões 
188.097 
BNDES FINAME 
R$ 64,9 bilhões 
BNDES FINEM 
2.204 
POR VALOR 
POR NÚMERO DE OPERAÇÕES 
OPERAÇÃO DIRETA 
OPERAÇÃO INDIRETA NÃO AUTOMÁTICA 
OPERAÇÃO INDIRETA AUTOMÁTICA 
RELATÓRIO ANUAL 2013 11
190 
R$ 
bilhões 
DESEMBOLSADOS EM 
1.144.262 
OPERAÇÕES 
Cenário econômico 
Os desembolsos do BNDES em 2013 refletiram os 
esforços da instituição para a sustentabilidade do 
crédito na sequência da crise de 2008 e da crise 
europeia. Em sintonia com o cenário atual de re-tomada 
dos investimentos e sob orientação do 
Governo Federal, o Banco prevê o início de um 
processo cauteloso de moderação de suas ativida-des 
nos próximos anos. Nesse sentido, os enqua-dramentos 
e aprovações de 2013 já apresentaram 
discreto recuo de 7% e 8%, respectivamente. 
Controle 
Em 2013, o BNDES recebeu diligências e passou por 
auditorias, que, juntas, totalizaram 706 demandas 
por informações, todas devidamente tratadas. 
SAIBA MAIS 
Desempenho 
2013 
Estatísticas 
Operacionais do 
Sistema BNDES 
R$ 5,2 BILHÕES 
INOVAÇÃO 
R$ 19,5 BILHÕES 
DESENVOLVIMENTO 
SOCIAL 
R$ 24,4 BILHÕES 
ECONOMIA 
VERDE 
O BNDES em números 
Presente em todos os setores da eco-nomia, 
o Banco atende a clientes das 
cinco regiões do país e de diferentes 
portes, de micro e pequenas empresas 
a grandes companhias, setor público e 
terceiro setor. 
Nas suas ações, tem, como orientação 
estratégica, o estímulo à inovação, ao 
desenvolvimento local e regional e ao de-senvolvimento 
socioambiental, aspectos 
que elegeu como os mais importantes do 
fomento econômico no contexto atual. 
Em 2013, foram desembolsados R$ 190 
bilhões, com destaque para o crescimen-to 
de 17,5% em relação a 2012, em in-fraestrutura, 
um setor prioritário, para 
o alcance de novos recordes no apoio a 
micro, pequenas e médias empresas e à 
inovação e para a sustentação dos pata-mares 
de desembolsos para as regiões 
Norte, Nordeste e Centro-Oeste. 
A ilustração a seguir apresenta os prin-cipais 
números do desempenho opera-cional 
do BNDES em 2013. 3 
4 
5 
RELATÓRIO ANUAL 2013 12
Distribuição dos desembolsos por região 
NORTE 
SUL 
CENTRO-OESTE 
NORDESTE 
46% 
SUDESTE 
23% 
7% 
11% 
13% 
AGROPECUÁRIA 
INFRAESTRUTURA 
INDÚSTRIA 
COMÉRCIO/SERVIÇOS 
33% 
27% 
10% 
30% 
GRANDE 
MPME 
GRANDE 
67% 
33% 
MPME 
4% 
96% 
Os patamares de desembolso nas regiões do país mantiveram-se está-veis 
em relação aos anos anteriores, destacando-se um aumento para 
a Região Sul. 
(em valor) 
Distribuição dos desembolsos por setor 
(em valor) 
Distribuição dos desembolsos 
por porte de cliente 
(em valor) 
Distribuição do número de operações 
por porte de cliente 
O apoio ao segmento das micro, pequenas e médias empresas (MPME) 
e pessoa física continua expressivo: 96% das operações de apoio finan-ceiro 
realizadas em 2013 são deste segmento. 
Responsáveis pelos grandes investimentos na economia, as companhias 
de maior porte são fundamentais para o desenvolvimento do país. Das 
1.000 maiores empresas brasileiras do ranking divulgado pelo jornal 
Valor Econômico em agosto de 2013, 783 foram financiadas pelo BNDES 
no período de cinco anos, de 2007 a 2012. 
RELATÓRIO ANUAL 2013 13
O Banco registrou lucro líquido de 
R$ 8,150 bilhões em 2013, mantendo-se 
no mesmo patamar dos R$ 8,126 
bilhões registrados no ano anterior.* 
O desempenho expressivo se sustenta, 
a exemplo de outros anos, apesar do 
Passivo total Ativo total 
momento do mercado de capitais e do 
processo de redução das taxas cobradas 
pelo BNDES, em linha com o esforço do 
Governo Federal de estimular o investi-mento 
produtivo. 
2009 2010 2011 2012 2013 
Fluxo de caixa por 
fonte de recursos 
O retorno das operações do 
BNDES constitui a principal fon-te 
de recursos para execução de 
seu orçamento de desembolsos 
e investimentos. 
77,4% 
Retorno 
das operações 
Tesouro Nacional 
Monetização 
de ativos 
FAT 
Outras 
8,3% 
8,4% 
2,8% 
3,1% 
* Os valores referentes a 2012 divulgados anteriormente foram ajustados para fins de comparação conforme 
requerido pelas normas de contabilidade. 
387 
bilhões 
549 
bilhões 
625 
bilhões 
715 
bilhões 
782 
bilhões 
O BNDES em números 
SAIBA MAIS 
Desempenho 
2013 
Informações 
Financeiras 
RELATÓRIO ANUAL 2013 14
Carteira de crédito e repasses 
Créditos classificados entre os níveis AA e C, considerados de baixo risco, representam 99,7% 
da carteira total, percentual superior à média de 93,3% do Sistema Financeiro Nacional (SFN). 
Inadimplência BNDES X SFN 
3,2% 
0,15% 
3,6% 3,6% 
0,14% 0,06% 
BNDES 
SFN 
3,0% 
4,3% 
0,20% 
0,01% 
2009 2010 2011 2012 2013 
A inadimplência atingiu 0,01% em 31.12.2013, a menor taxa da história do BNDES, refletin-do 
a gestão e a qualidade desta carteira, a consistência das políticas operacionais e o papel 
do BNDES como banco de desenvolvimento. O volume de renegociações realizadas durante 
2013, que equivale a 1,2% da carteira, é mais um indicador que confirma essa qualidade. 
Outros ativos 
Títulos e valores mobiliários 
Composto por títulos públicos e de-bêntures 
(títulos de dívida emitidos 
por empresas), que representam uma 
das formas de apoio do BNDES. 
Participações societárias 
Compreende ações aportadas como 
capital no BNDES pela União e parti-cipações 
societárias de caráter mino-ritário 
e transitório – um instrumento 
de apoio ao processo de capitalização 
e desenvolvimento de companhias 
nacionais, bem como de fortalecimen-to 
do mercado de capitais. A redução 
de 9,3% na comparação 2012-2013 
foi provocada pela desvalorização da 
carteira, acompanhando o momento 
do mercado de capitais. 
Tesouro Nacional 
Desde 2010, o TN é o principal credor 
do BNDES. O custo destes recursos 
está majoritariamente atrelado à Taxa 
de Juros de Longo Prazo (TJLP). 
Fundo de Amparo ao 
Trabalhador (FAT) 
Fonte de recursos assegurada pela 
Constituição Federal com custo atre-lado 
principalmente à TJLP. Dentro de 
limites estabelecidos na própria Cons-tituição, 
parte destes recursos pode 
ter seu custo atrelado ao dólar. 
Captações no exterior 
Patrimônio líquido 
Com o objetivo de aumentar a ca-pacidade 
operacional e fortalecer 
sua estrutura de capital, em 2013 o 
BNDES celebrou com a União um ins-trumento 
elegível a capital no valor 
de R$ 15 bilhões. 
Indicadores prudenciais 
Mínimo Apurado 
Índice de 
Basileia 11,0% 19,2% 
Índice de 
Capital Principal 4,5% 10,7% 
Índice de 
Capital Nível 1 5,5% 12,8% 
Lucro líquido 
Resultado de participações 
Resultado da intermediação 
financeira 
Despesas tributárias 
Outras receitas/(despesas) 
Resultado (em R$ milhões) 
3.990 
5.815 
(2.784) 
(286) 
(4.879) (3.549) (3.618) (4.751) 
Resultado de intermediação financeira 
O aumento de 7,6% diante de 2012 é explicado pelos efeitos positivos da provisão para 
risco de crédito, que representa a expectativa de perda no recebimento das operações de 
crédito. Mudanças nessa expectativa podem resultar em aumento da despesa com provi-são 
ou reversão de provisão constituída a maior em períodos anteriores, situação esta que 
ocorreu em 2013. 
Resultado de participações societárias 
Resultado influenciado por condições de mercado, que se apresentaram desfavoráveis nos 
últimos dois anos. 
Riqueza gerada e distribuída 
Importante indicador de avaliação do papel 
social, a Demonstração do Valor Adicionado 
(DVA) apresenta, segundo uma visão global 
de desempenho, a contribuição da empresa 
na geração de riqueza para economia na 
qual está inserida e sua efetiva distribuição 
entre os empregados, o governo, os agentes 
financiadores e seus acionistas. A riqueza ge-rada 
e distribuída pelo BNDES em 2013 foi de 
R$ 14.431 milhões, desempenho 9,7% supe-rior 
ao de 2012. 
Valor adicionado distribuído | 2013 
2009 
6.159 
6.962 2.644 2.452 
9.891 7.205 11.578 12.457 
(1.258) 
(1.570) 
(2.478) (2.008) 
2010 2011 2012 2013 
0,6% 
30,1% 
34,1% 
8,8% 
26,4% 
Remuneração de capitais próprios 
Colaboradores 
Impostos, taxas e contribuições 
Lucros retidos 
Aluguéis 
6.735 
9.913 
9.048 
8.126 8.150 
Debêntures BNDESPAR 
As captações no exterior e as debêntu-res 
BNDESPAR constituem fontes adi-cionais 
de recursos às captações nos 
mercados doméstico e internacional. 
Operações compromissadas 
Outras obrigações 
6 
RELATÓRIO ANUAL 2013 15
Estratégia e visão de futuro 
DESENVOLVER O PAÍS 
E DESENVOLVER-SE 
Em todo o mundo, os bancos de de-senvolvimento 
estão debruçados sobre 
questões de curto e de longo prazo. 
Tanto as relacionadas aos desafios na-cionais 
para o desenvolvimento – em 
um cenário global de incertezas econô-micas 
e financeiras, oportunidades para 
inovação, e demandas sociais e ambien-tais 
crescentes –, como as que dizem 
respeito a suas atividades: regulação 
e governança, captação de recursos e 
sustentabilidade financeira, formas de 
trabalho e cooperação, avaliação de 
efetividade, diálogo e transparência. 
Essa também é a agenda do BNDES, 
marcada por suas peculiaridades insti-tucionais 
e pelos desafios do desenvol-vimento 
brasileiro dos próximos anos. 
O Planejamento Estratégico Corpo-rativo 
da instituição orienta todas as 
ações do Banco em quatro grandes 
perspectivas: Desenvolvimento Sus-tentável 
e Competitivo, Sustentabili-dade 
Financeira, Processos Internos e 
Aprendizado e Competências. 
A primeira diz respeito ao desenvol-vimento 
que o Banco busca para o 
Brasil, baseado nos planos de gover-no 
e no momento econômico atual. 
As demais perspectivas, embora tam-bém 
estejam articuladas ao ambiente 
externo, são voltadas ao desenvolvi-mento 
do BNDES, de seus produtos, 
processos e governança. 
A gestão da estratégia é um pro-cesso 
participativo em diferentes 
instâncias internas e é monitorada 
trimestralmente por um comitê do 
qual participam diretores e superin-tendentes, 
para acompanhamento 
da evolução do BNDES na direção 
dos objetivos estabelecidos. 
Para os próximos anos, o cenário re-força 
a necessidade de ampliação e 
modernização da infraestrutura, da 
inclusão social e produtiva, da inova-ção, 
da produtividade e competitivi-dade, 
da inserção internacional das 
empresas brasileiras, da sustentabi-lidade 
socioambiental, da promoção 
de desenvolvimento regional e da 
maior aproximação com seus públi-cos 
de interesse. 
EM FOCO 
O ano de 2013 foi marcado pelo ama-durecimento 
e a institucionalização 
das práticas de planejamento e gestão 
da estratégia, com a formalização des-se 
processo. 
Um dos frutos da gestão da estraté-gia 
é a concepção anual da carteira de 
projetos corporativos para a melhoria 
da qualidade e eficiência da atuação 
do Banco e de seus resultados para a 
sociedade. Em 2013, essa carteira foi 
composta com dez projetos relaciona-dos 
a: Inovação; Gestão da Sustenta-bilidade; 
Internacionalização; África, 
América Latina e Caribe; Instrumentos 
de Renda Fixa; Garantias; Relaciona-mento 
Externo; AGIR e governança de 
processos; Gestão Estratégica de Pes-soas; 
e Efetividade. 
À luz do planejamento estratégico 
e dos capitais utilizados pelo 
BNDES para a promoção do 
desenvolvimento sustentável e 
competitivo, foram organizadas, 
em quatro blocos, as principais 
realizações de 2013: 
• Promoção do desenvolvimento: 
entregas para a sociedade 
brasileira 
• Práticas de gestão e 
relacionamentos: processos, 
parcerias e diálogo 
• Sustentabilidade financeira: uma 
instituição sólida 
• Desenvolvimento de 
competências: capacitação, 
reconhecimento e 
desenvolvimento dos 
empregados 
RELATÓRIO ANUAL 2013 16
Promoção do 
DESENVOLVIMENTO 
Infraestrutura: 
um setor decisivo 
Inovação, 
socioambiental e regional 
Inclusão social e produtiva 
Competitividade das 
empresas brasileiras 
Geração de conhecimento 
Práticas de gestão e 
RELACIONAMENTOS 
Desenvolvimento 
DE COMPETÊNCIAS 
Ambiente inovador 
Desenvolvimento 
profissional e pessoal 
Gestão estratégica de pessoas 
SUSTENTABILIDADE 
financeira 
Integração de produtos 
financeiros 
Estrutura patrimonial 
Gestão de riscos e retorno 
Práticas de gestão 
Relacionamentos 
RELATÓRIO ANUAL 2013 17
Série de desembolsos para infraestrutura 
(em R$ bilhões) 
Destaques do apoio à infraestrutura em 2013 
(em R$ bilhões) 
48,7 
2009 
52,4 
56,1 
52,9 
62,2 
2010 2011 2012 2013 
ENERGIA 
20,0 
EM FOCO 
Estruturação de projetos 
Estruturação de concessões de 
dois aeroportos, o Galeão, no Rio 
de Janeiro, e Confins, em Minas 
Gerais, cinco trechos rodoviários 
(BR-050 GO-MG, BR-060/153/262 
DF-GO-MG, BR-163 MT, BR- 
163 MS e BR-040 DF-GO-MG) e 
de dois projetos de saneamen-to 
básico e distribuição de água. 
Estima-se que os consórcios ven-cedores 
desses leilões investirão, 
nos próximos trinta anos, mais de 
R$ 38 bilhões. 
Concessões 
Aprovado apoio financeiro para os 
planos de investimento dos aeropor-tos 
de Guarulhos e Viracopos, em 
São Paulo, e Brasília, no Distrito Fe-deral, 
visando à ampliação e moder-nização 
dessas unidades, que foram 
objeto de leilão em 2012. 
Transmissão de energia 
Projetos de expansão da rede de 
transmissão de energia estão entre 
as aprovações mais expressivas de 
2013, no montante de R$ 4,7 bi-lhões. 
Essas iniciativas são de grande 
importância para o sistema de ener-gia 
brasileiro, pois contribuirão para 
a adição de energia renovável ao 
parque gerador e promoverão inter-câmbio 
energético entre as regiões 
do país, o que maximiza a comple-mentaridade 
dos aproveitamentos 
energéticos das fontes hidrelétrica, 
eólica e biomassa, evitando desper-dícios 
de recursos. 
Saneamento 
Aprovação de apoio às empresas 
Prolagos Concessionária de Serviços 
Públicos de Água e Esgoto, no Rio de 
Janeiro, Águas de Andradina S.A., 
Águas de Castilho S.A. e Foz do 
Brasil − Rio Claro, em São Paulo, 
e Cia. de Saneamento do Paraná 
(Sanepar) na ordem de R$ 880 mi-lhões, 
bem como o apoio ao estado 
de Espírito Santo para aporte de ca-pital 
na Companhia Espírito Santen-se 
de Saneamento (Cesan). 
LOGÍSTICA 
9,4 
Educação 
Implantação do Projeto Inova Belo 
Horizonte (MG), uma parceria pú-blico- 
privada, que visa à construção, 
instalação completa de mobiliário e 
parcial de equipamentos, forneci-mento 
de materiais pedagógicos e 
serviços de alimentação e merenda. 
O escopo contempla 32 unidades 
de educação infantil e cinco escolas 
municipais de ensino fundamental, 
com 18.880 crianças atendidas, re-duzindo 
31,8% do déficit de vagas 
do ensino infantil e 40% do déficit 
de vagas do ensino fundamental no 
município de Belo Horizonte, apenas 
com essa operação. 
A ampliação e modernização das redes de 
logística, energia, comunicações, mobilidade 
urbana, saneamento, saúde, educação e 
segurança, bem como o aperfeiçoamento 
da gestão pública voltada ao planejamento 
e operacionalização desses investimentos, 
são uma alavanca para o desenvolvimento. 
Avanços em infraestrutura promovem 
a melhoria da qualidade de vida da 
população, integram as regiões e aumentam 
a competitividade e a produtividade 
de empresas em todas as atividades 
econômicas, motivo pelo qual esse setor 
tem recebido apoio expressivo do BNDES, 
principalmente no âmbito do Programa de 
Aceleração do Crescimento (PAC). A partir 
de 2013, o Banco reforçou sua atuação em 
articulação com o Governo Federal para o 
PAC Mobilidade e o programa de concessões 
de infraestrutura de logística de transporte e 
energia, este com investimentos estimados 
em US$ 235 bilhões. 
O apoio à infraestrutura conta com condições favo-ráveis 
de financiamento em relação a prazos e custos 
financeiros, o que, além de garantir a viabilidade de 
projetos de maior risco e complexidade, é decisivo 
para que os serviços públicos tenham tarifas menores 
ao entrar em operação. 
Além de conceder apoio financeiro, o BNDES auxilia 
os governos federal e estaduais na estruturação de 
concessões e de parcerias público-privadas (PPP). Em 
2013, o Banco ajudou na elaboração dos parâmetros 
para as concessões à iniciativa privada de aeroportos, 
rodovias e redes de água e esgoto. 
Em linha com o objetivo de fortalecer o mercado de 
capitais brasileiro e contribuir para o aumento dos in-vestimentos 
privados em infraestrutura, o apoio do 
BNDES inclui produtos de renda fixa e variável e passa 
também pela compra de participação em companhias 
que possam disputar os leilões de concessões públicas 
e prospectar novos negócios. 
Infraestrutura: um setor decisivo 
RELATÓRIO ANUAL 2013 18
Mobilidade urbana 
Três contratações importantes de 
mobilidade urbana em metrópoles 
ocorreram em 2013, referentes a 
financiamentos para a implantação 
da Linha 15 do Metrô de São Paulo, 
para a execução da Linha 4 do Me-trô 
da cidade do Rio e de plano de 
investimento da concessionária Su-perVia, 
que opera a rede ferroviária 
da região metropolitana da capital 
fluminense. Os contratos têm valores 
de, respectivamente, R$ 1,7 bilhão, 
R$ 4,3 bilhões e R$ 1,6 bilhão. 
Saúde 
Segunda etapa das obras de im-plantação 
e instalação de mobiliário 
e de equipamentos para o Hospital 
Metropolitano de Belo Horizonte, 
em parceria público-privada com o 
município de Belo Horizonte (MG). 
O projeto contempla ainda a con-cessão 
administrativa da operação 
gerencial do hospital. A unidade 
ocupará 41,2 mil m2, distribuídos 
em 11 andares, com capacidade 
total de 320 leitos. O projeto prevê 
investimento total de R$ 216 mi-lhões, 
sendo 70% (R$ 173 milhões) 
financiados pelo BNDES. 
Rodovias 
Programa de construção, ampliação e 
readequação de rodovias distribuídas 
por todo o estado de Goiás, bem como 
construção de pontes, viadutos, pra-ças 
de pesagem e outras obras, todas 
em fase de execução, com interven-ção 
em aproximadamente 2 mil km 
de extensão de rodovias. 
Programa Mato Grosso Integrado, 
Sustentável e Competitivo, vinculado 
ao Plano de Desenvolvimento do Es-tado 
“MT+20”, o qual define as di-retrizes 
estratégicas de longo prazo 
do estado. Os projetos financiados 
pelo BNDES visam mitigar gargalos 
logísticos, com investimentos na 
pavimentação de aproximadamente 
2 mil km de rodovias, aumentando 
a malha pavimentada estadual em 
49%. O financiamento previsto é de 
R$ 1,4 bilhão, devendo os investi-mentos 
ser efetuados até 2016. 
No Mato Grosso do Sul, são vinte 
trechos rodoviários apoiados, so-mando 
mais de 1,3 mil km de exten-são 
de rodovias. 
Road show 
do Governo Federal 
Em linha com o apoio ao programa 
de concessões de infraestrutura do 
Governo Federal, o BNDES partici-pou 
do esforço para divulgar opor-tunidades 
a investidores estrangei-ros, 
em road shows em cidades 
dos Estados Unidos, Canadá, Reino 
Unido, França e China, voltados 
para representantes de fundos so-beranos, 
bancos de investimentos, 
consultorias e empresas operado-ras 
de serviços de utilidade pública. 
Essa iniciativa foi estruturada como 
um dos frutos do projeto corporati-vo 
Internacionalização. 
Um importante resultado do projeto corporativo de 
Instrumentos de Renda Fixa foi o lançamento, em 
2013, do produto BNDES Debêntures de Infraestru-tura, 
que busca estimular emissões de debêntures (tí-tulo 
de crédito de sociedades anônimas) por projetos 
do setor. Esse novo produto foi concebido para que, 
em uma primeira etapa, o Banco apoie, em parceria 
com o mercado de capitais, emissões de debêntures 
de projetos em montante de até R$ 300 milhões. O 
objetivo é a construção de uma carteira composta 
por debêntures com menor potencial de acessar uma 
base ampla de investidores. Uma vez formada essa 
carteira diversificada de títulos, o Banco estruturará 
um fundo de investimento em debêntures do setor 
de infraestrutura. Esse fundo, por sua vez, buscará 
esforço amplo de distribuição e pulverização de suas 
cotas, com o objetivo de trazer novos investidores 
para participar do financiamento dos projetos de in-fraestrutura 
do Brasil. 
Outro projeto corporativo, para responder à comple-xidade 
crescente das operações de investimento, no-tadamente 
do Programa de Investimentos em Logísti-ca 
do Governo Federal, avançou na questão de garan-tias, 
estudando esquemas para project finance (forma 
de engenharia financeira suportada contratualmente 
pelo fluxo de caixa de um projeto, utilizando como 
garantia os ativos e recebíveis do empreendimento) 
e apoiando a estruturação da Agência Brasileira Ges-tora 
de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF) e do 
Fundo Garantidor de Infraestrutura (FGIE). 
No apoio à infraestrutura, o BNDES também observa, em 
especial, os impactos dos investimentos de maior escala, 
atento às medidas mitigadoras socioambientais e às opor-tunidades 
para o território, de acordo com sua Política de 
Atuação no Entorno de Projetos. Assim, o Banco contri-bui 
para a execução das estratégias de desenvolvimento 
do país, a geração de novos postos de trabalho e maior 
nível de renda para os habitantes das regiões investidas. 
Atuação no mercado de capitais (em R$) 
TELECOMUNICAÇÕES 
2,7 
Na carteira de investimentos do BNDES, por meio de sua subsidiária 
BNDESPAR, no mercado de capitais, destacam-se as participações nas 
seguintes empresas: 
ODEBRECHT TRANSPORT (OTP): holding com participa-ção 
em 19 outras empresas de diversos setores de infraes-trutura: 
rodovias, logística e mobilidade urbana. 
1 bilhão 
TRIUNFO PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS: holding 
que atua em diversos setores de infraestrutura no Brasil: ro-dovias, 
portos, cabotagem, geração de energia e aeroportos. 
286 
milhões 
OCEANA: empresa dedicada à construção e serviços de 
afretamento de embarcações de apoio marítimo de baixo 
custo para setor de petróleo e gás. 
105 
milhões 
MOBILIDADE URBANA 
3,5 
Os desembolsos para mobilidade 
urbana foram destinados a 12 
operações e representaram um 
aumento de 105% em relação a 
2012, quando as liberações para o 
segmento foram de R$ 1,7 bilhão. 
O crescimento é uma tendência, 
em função da realização dos in-vestimentos 
previstos no âmbito 
do PAC Mobilidade. 
RELATÓRIO ANUAL 2013 19
11,2 
11,7 
10,9 
13,3 
22,1 
17,2 
18,8 
21,0 
Petróleo e gás 
2009 
2010 
2011 
2012 
As novas demandas de produção 
no pré-sal exigem grandes investi-mentos 
em inovação. O BNDES está 
financiando o plano de investimen-tos 
em pesquisa e desenvolvimento 
(P&D) da Petrobras e o Centro de 
Pesquisa no Parque Tecnológico 
da Ilha do Fundão (RJ) da empresa 
francesa Vallourec, especializada em 
soluções tubulares e fornecedora de 
tubos e conexões para poços de pro-dução 
e exploração offshore. 
Criatec II 
71,7 
Iniciado em 2013, o Fundo Criatec II 
tem prazo total de dez anos e o ob-jetivo 
de investir em empresas inova-doras 
com faturamento de até R$ 10 
milhões, nos setores de Tecnologia da 
Informação e Comunicação, Biotec-nologia, 
Novos Materiais, Nanotecno-logia 
e/ou Agronegócios. A iniciativa 
almeja apoiar o desenvolvimento de 
ecossistemas locais de inovação, a 
implantação de melhores práticas de 
governança e gestão e a difusão das 
culturas empreendedora e de capital 
de risco. O patrimônio total com-prometido 
é de R$ 186 milhões, e a 
BNDESPAR irá integralizar 66,5%. 
20,7 
30,1 
29,7 
Chamada pública 
Na estratégia de desenvolvimento de 
uma indústria de venture capital que 
seja parceira do Banco na ampliação 
dos recursos voltados a empresas ino-vadoras 
de menor porte, foi aprovada 
a realização de chamada pública para 
seleção de Fundo de Investimento 
em Participações (FIP) para empresas 
dos setores aeronáutico, aeroespa-cial, 
defesa e segurança. O FIP é uma 
parceria com a Embraer, a Agência de 
Fomento do Estado de São Paulo S.A. 
(Desenvolve São Paulo) e a Finep, 
com patrimônio comprometido esti-mado 
de R$ 130 milhões. 
Os desafios regionais, socioambientais e da 
inovação para o desenvolvimento sustentável 
e competitivo do Brasil demandam que o 
BNDES priorize o fomento tanto à promoção 
de investimentos com foco em cada uma 
dessas dimensões, como às possibilidades 
de integração dessas dimensões entre si 
e com as diferentes formas de atuação e 
projetos apoiados pelo Banco. Assim, dada 
a transversalidade desses temas, além dos 
destaques ora apresentados, a atuação 
socioambiental, regional e de inovação do 
BNDES também permeia as demais entregas 
para a sociedade brasileira ressaltadas ao 
longo deste relatório. 
Inovação 
Fundamental para melhorar o posicio-namento 
competitivo das empresas bra-sileiras 
e promover o desenvolvimento, 
a inovação é prioritária para o BNDES. 
Ela contribui para a criação de empre-gos 
qualificados e para o aumento da 
eficiência produtiva, gerando valor eco-nômico 
e social sustentado para o país. 
Para orientar suas prioridades no apoio 
a essa dimensão, o BNDES utiliza principalmente como 
referência o Plano Brasil Maior e a Estratégia Nacional 
de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI). 
Em março de 2013, foi lançado o Plano Inova Empresa, 
do Governo Federal. Com R$ 32 bilhões em recursos 
para as empresas brasileiras investirem em inovação 
e tecnologia, ele tem o BNDES e a Finep Inovação e 
Pesquisa como agentes executores. O plano refletiu 
num aumento do número de consultas de projetos de 
inovação já ao longo do ano e deve contribuir para a 
continuidade do crescimento dos desembolsos totais 
para inovação em 2014. 
O Banco vem ampliando e diversificando a carteira 
de projetos, somando esforços tanto no apoio com li-nhas 
de financiamentos específicas, que contam com 
baixos custos financeiros, como na atuação em renda 
variável, a partir do investimento direto ou por meio 
dos fundos nos quais é cotista. Assim, é possível ofe-recer 
produtos flexíveis às necessidades e realidades 
das empresas de base inovadora e tecnológica. 
A atuação do BNDES é também fundamental no fo-mento 
a ecossistemas inovadores que se alinham na 
Série de desembolsos por regiões 
(em R$ bilhões) 
Norte Nordeste Sudeste Sul 
10,7 
20,1 
Centro- 
Oeste 
2013 
Inovação, socioambiental e regional 
EM FOCO 
3 
13,8 
25,7 
87,0 
72,4 
98,0 
68,2 
43,1 
29,1 
20,9 
11,4 
11,3 
RELATÓRIO ANUAL 2013 20
geração de projetos produtivos, engendrando uma 
rede complexa de agentes, tais como fundos de investi-mento, 
incubadoras, empreendedores e universidades. 
A dimensão territorial é um desafio permanente em 
um país com a extensão e diversidade econômica, 
sociocultural e ambiental do Brasil. E o BNDES tem 
adotado diversas escalas para trabalhar o tema do de-senvolvimento 
39 
55 
104 
185 
Óleos vegetais 
88 
64 
Unindo inovação e sustentabilidade 
ambiental, a tecnologia de trans-formação 
de açúcares vegetais de 
baixo custo em óleos de alto valor 
pode substituir ou melhorar os óleos 
derivados de petróleo, vegetais e 
gorduras animais. A implantação 
da primeira unidade de produção 
em grande escala desses óleos re-nováveis 
no Brasil, da joint venture 
Solazyme e Bunge, teve financia-mento 
de R$ 246 milhões aprovado. 
Regional 
104 
154 
Outro avanço na área de química 
verde promete aumentar a produti-vidade 
dos combustíveis renováveis 
brasileiros. Trata-se do etanol de 
segunda geração (2G), ou etanol ce-lulósico, 
que utiliza não só o caldo, 
como também o bagaço e a palha 
da cana, resíduos da produção do 
etanol comum (1G). Em 2013, o 
BNDES apoiou duas empresas que 
regional. 
O Banco mantém operações com todos os estados 
brasileiros e com diversos municípios. A partir de 
2012, a atuação com entes federativos estaduais se 
potencializou com a edição de dois novos programas, 
o Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e 
Distrito Federal (Proinveste) e o Programa Especial de 
Apoio aos Estados (Propae). Esses financiamentos têm 
contribuído para o aperfeiçoamento da infraestrutu-ra 
local e para o desenvolvimento regional, por meio 
da melhoria da qualidade de vida da população e da 
implantação de infraestrutura para suporte de ativi-dades 
econômicas. 
Outra escala de atuação local e regional é a do entorno 
de projetos, que conta com diferentes instrumentos de 
apoio. Essa estratégia integra a abordagem de desenvol-vimento 
territorial sustentável em função de financia-mento 
de atividades econômicas. O objetivo é promover 
o desenvolvimento nas áreas de influência de projetos 
financiados pelo BNDES, mobilizando a atuação inte-grada 
do empreendedor-âncora, do poder público e de 
demais agentes interessados. Uma das ferramentas é a 
promoção de uma agenda de desenvolvimento participa-tiva, 
discutida e desenhada pelo e para o território, consi-derando 
a nova dinâmica econômica e social e as oportu-nidades 
catalisadas pelo projeto de investimento. Alguns 
projetos já estão sendo trabalhados com essa abordagem, 
que também orienta as discussões sobre os investimentos 
sociais das empresas (gráfico nesta página). 
Na escala macrorregional, ampliando os níveis de in-vestimento, 
os montantes desembolsados para todas 
as regiões aumentaram em 2013; embora, quanto à 
participação relativa, tenha havido uma reorganiza-ção 
entre as cinco macrorregiões, com um aumento 
da Região Sul em relação às demais. 
Linha de Investimentos Sociais de Empresas (ISE) Série de desembolsos para inovação* 
(em R$ bilhões) 
(Finep) 
(Finep) 
5,2 
(Finep) 
* Valores Finep são parte do total indicado no gráfico. 
estão apostando na tecnologia, a 
Granbio e a Raízen, responsáveis pe-las 
primeiras unidades de etanol 2G 
do Brasil. A disseminação do etanol 
celulósico no Brasil poderá promover 
a diminuição do atual patamar de 
custos do setor, contribuindo para 
estimular novos investimentos, maior 
geração de emprego e renda e a redu-ção 
da importação de combustíveis. 
2009 
2010 
2011 
2012 
2013 
26 
53 
Desembolsos (em R$ milhões) No de operações 
0,6 
1,4 
2,7 
1,0 
3,3 
1,1 
1,9 
2009 2010 2011 2012 2013 
continua 
Etanol 2G 
7 
RELATÓRIO ANUAL 2013 21
Socioambiental 
O BNDES financia projetos com obje-tivos 
predominantemente sociais ou 
ambientais e também conta com pro-dutos 
e instrumentos de apoio a outros 
setores, com condições financeiras que 
podem ser diferenciadas em função de 
padrões de sustentabilidade. 
Os indicadores de apoio ao Desenvol-vimento 
Social e à Economia Verde e 
Mudanças Climáticas, formulados para 
aferir os esforços do BNDES em relação 
a outras instituições financiadoras de 
desenvolvimento nacionais e interna-cionais, 
apontam avanços no desempe-nho 
dos desembolsos em 2013. 
Dentre os focos ambiental e social es-pecíficos, 
destaca-se a ampliação con-sistente 
do apoio a iniciativas voltadas 
à preservação de importantes regiões naturais do pla-neta 
e ao aumento da eficiência energética no país, 
por meio do Fundo Amazônia, do Fundo Social Inicia-tiva 
BNDES Mata Atlântica e do Fundo Clima. 
Outro destaque é a Linha de Investimentos Sociais de 
Empresas (ISE), que vem crescendo em volume e no 
aperfeiçoamento de projetos (gráfico na página ante-rior). 
Com condições financeiras diferenciadas, é uma 
ferramenta importante para a indução de práticas so-cialmente 
responsáveis nas empresas apoiadas pelo 
Banco nos mais diversos setores econômicos. Entre os 
investimentos, que são adicionais e não obrigatórios 
por força da lei, os mais comuns são: a formação de 
mão de obra especializada nas comunidades locais, 
investimentos na infraestrutura local e em educação 
e saúde, bem como o estímulo a novas atividades eco-nômicas, 
a fim de melhorar a qualidade de vida da 
população tanto nas áreas de influência dos projetos 
financiados como em âmbito nacional. 
2009 
2010 
2011 
2012 
19,9 8,6 
18,0 10,6 
18,5 7,7 
20,8 17,1 
Em 2013, foram apoiados 104 proje-tos, 
entre os quais: o Programa Cata-vento, 
da empresa Renova, com orça-mento 
total de R$ 9,4 milhões e atua-ção 
em toda a região do Alto Sertão 
da Bahia. São mais de 15 projetos que 
visam ao desenvolvimento do territó-rio, 
com quatro dimensões de impac-to: 
socioeconomia, cultura e patrimô-nio, 
meio ambiente e desenvolvimen-to 
organizacional. Destacam-se ações 
voltadas para a geração de renda: na 
produção agrícola familiar para o pro-grama 
da merenda escolar; educação 
ambiental comunitária para assegurar 
a qualidade da água; organização das 
cadeias produtivas da mandioca e do 
tomate; oportunidades de trabalho 
para mulheres costureiras; e cultivo de 
frutas no sertão. 
Composição dos desembolsos para 
economia verde em 2013 
Transporte de carga (10,0%) 
Outros (0,4%) 
Visando à inclusão social por meio 
do acesso à bioenergia, vale ressaltar 
o apoio aos investimentos sociais da 
Rio Branco Transmissão de Energia, 
para a produção de biocombustível 
(diesel vegetal) na comunidade de 
Nova Cintra, da Região do Juruá, 
no estado do Acre. Será implantada 
uma unidade de craqueamento ca-talítico 
de óleos e gorduras, com o 
aproveitamento do subproduto da 
extração primária do óleo de muru-muru, 
buriti e outros. As comunida-des 
já comercializam os óleos para o 
mercado de cosméticos, mas há um 
excedente considerável de óleo que 
não atinge os padrões de qualidade 
aceitáveis. Esse combustível será usa-do 
para geração de energia e para o 
transporte fluvial. 
Floresta 
Florestas (4,3%) 
O BNDES está apoiando a restau-ração 
de mais de 24 mil hectares 
de Mata Atlântica por meio de fi-nanciamento 
reembolsável (linha 
BNDES Florestal) e não reembolsável 
(Iniciativa BNDES Mata Atlântica). 
O Banco avançou na execução dos 
projetos de sua carteira, sendo um 
deles considerado o maior do Brasil, 
com 21 mil hectares. Em 2013, foi 
iniciada a restauração, com as duas 
modalidades de financiamento, em 
2.676 hectares. 
Série de desembolsos para economia 
verde e desenvolvimento social 
(R$ bilhões) 
Economia 
verde 
Desenvolvimento 
social 
2013 
24,4 19,5 
continuação 
EM FOCO 
Linha ISE 
Inovação, socioambiental e regional 
5 4 
Energias renováveis e 
eficiência energética (29,3%) 
Transporte público de 
passageiros (11,5%) 
Gestão da água e esgoto (5,3%) 
Gestão de resíduos sólidos (2,0%) 
Melhorias agrícolas (0,2%) 
Hidrelétricas 
(acima de 30 MW) (35,3%) 
Adaptação a mudanças climáticas e 
gestão de riscos de desastres (1,6%) 
RELATÓRIO ANUAL 2013 22
O Banco também aborda as dimensões social e am-biental 
na concessão de apoio financeiro a projetos 
de diferentes setores. No processo de avaliação, na 
forma direta e indireta não automática, o Banco ob-serva 
a conformidade socioambiental – com estrito 
rigor ao cumprimento da legislação brasileira e do li-cenciamento 
ambiental por parte das empresas; ava-lia 
o risco ambiental do projeto; e induz oportunida-des 
para aprimoramento dos investimentos e da ges-tão 
das empresas na dimensão socioambiental. Essa 
abordagem visa não só aumentar a competitividade 
dos negócios, mas também reforçar os potenciais im-pactos 
sociais e ambientais positivos do projeto, com 
inclusão social e respeito e valorização dos ativos am-bientais. 
Em 2013, 439 pedidos enquadrados foram 
passíveis de classificação ambiental, e o gráfico a se-guir 
mostra o perfil de risco ambiental da carteira de 
enquadramento. 
O BNDES apura o volume de interações com clientes em 
relação a riscos e oportunidades ambientais e sociais to-mando 
como critério o conjunto de operações diretas 
em que a interlocução sobre os aspectos socioambien-tais 
do projeto é mandatória (classificadas com maior 
potencial de risco ambiental, categoria A) e o conjunto 
de operações diretas em que houve fomento a investi-mentos 
sociais das empresas. Em 2013, o BNDES man-teve 
interlocução em relação a riscos e oportunidades 
ambientais e sociais com 134 empresas. 7 
No âmbito do Projeto Corporativo Gestão da Susten-tabilidade, 
o BNDES fez também uma autoavaliação 
sobre suas políticas, governança, produtos, práticas e 
procedimentos relacionados com a integração das di-mensões 
social e ambiental em sua atuação. O traba-lho 
teve como objetivo identificar oportunidades de 
melhoria e teve como referência a minuta de resolu-ção 
do Banco Central (Bacen), colocada em audiência 
pública em setembro de 2012, a qual irá definir regras 
sobre responsabilidade socioambiental para todo o 
sistema financeiro nacional. 
AHE Belo Monte 
Um dos maiores desafios do país é o 
desenvolvimento sustentável do en-torno 
do AHE (Aproveitamento Hi-drelétrico) 
Belo Monte. Dando con-tinuidade 
a sua atuação na região, 
em setembro de 2013, o BNDES 
contratou um projeto, no âmbito 
do BNDES Fundo de Estruturação de 
Projetos (BNDES FEP), para apoiar os 
atores locais na construção de uma 
Agenda de Desenvolvimento Terri-torial 
(ADT). A conclusão dos tra-balhos 
está prevista para o último 
trimestre de 2014. 
Composição dos desembolsos para 
desenvolvimento social em 2013 
O BNDES apoia os estados na im-plementação 
coordenada de inves-timentos 
que contribuem para o 
desenvolvimento regional, como no 
exemplo do estado do Pará. São pro-jetos 
estruturantes para o desenvol-vimento 
e a integração de diversas 
macrorregiões socioeconômicas do 
estado. No setor de logística, des-taca- 
se a recuperação da PA-150, 
importante eixo rodoviário norte-sul, 
que liga a Grande Belém a Marabá, 
porta de entrada do eixo econômi-co 
da mineração no sudeste do es-tado. 
No setor de mobilidade, cabe 
mencionar a implantação de novo 
sistema de transporte hidroviário na 
cidade de Belém, com a reforma e 
modernização de terminais de passa-geiros 
e, no setor de saúde, o apoio 
à construção do hospital regional 
Abelardo Santos, de alta e média 
complexidade, na região metropoli-tana 
da cidade. 
Regional 
Perfil de risco ambiental da carteira classificada 
Em valor Em quantidade de projetos 
34% 
48% 
18% 
47% 
14% 
39% 
Atividade relacionada a riscos de impactos ambientais significativos 
ou de alcance regional 
Atividade associada a impactos ambientais mais leves ou locais 
Atividade não apresenta, em princípio, risco ambiental 
Saúde (10,8%) 
Educação (2,6%) 
Inclusão produtiva (0,6%) 
Gestão pública (0,4%) 
Desenvolvimento 
urbano e regional (31,4%) 
Outros* (53,4%) 
Responsabilidade social 
das empresas (0,8%) 
1 
* Este item compreende as operações dos programas Proinveste e Propae. 
Como nesses programas não há abertura setorial, seus valores não 
puderam ser distribuídos em cada rubrica específica. 
A 
B 
C 
RELATÓRIO ANUAL 2013 23
O apoio às micro, pequenas e 
médias empresas (MPME) de 
diversos setores e cadeias produtivas 
e à geração de trabalho e renda 
exige que o BNDES mantenha um 
portfólio de produtos e instrumentos 
de financiamento para garantir e 
ampliar o acesso ao crédito. 
O ano de 2013 foi marcado por bons resultados no 
apoio a MPMEs, segmento que mais cria empregos no 
país. Os desembolsos tiveram expansão de 27% em 
relação a 2012, uma alta que supera a própria taxa 
de crescimento das liberações globais do Banco. Fo-ram 
financiadas mais de 270 mil empresas por meio 
do Cartão BNDES e de outros instrumentos voltados, 
por exemplo, para a produção e a comercialização de 
máquinas e equipamentos novos, projetos de investi-mento 
e capital de giro. 
Série de desembolsos e número de operações por porte de cliente 
Número de operações 
Desembolsos (em R$ bilhões) 
23.711 
367.018 
112,4 
23,9 
2009 
43.350 
566.544 
122,8 
45,6 
2010 
53.299 
843.147 
89,2 
49,7 
2011 
38.822 
989.618 
105,9 
50,1 
2012 
43.014 
1.101.248 
126,9 
63,5 
2013 
GRANDE 
MPME 
Foram mais de 
1 milhão de 
operações com 
274.610 micro, 
pequenas e 
médias empresas 
(de um total 
de 279.515 
empresas) 
EM FOCO 
Reciclagem 
O município de Duque de Caxias 
(RJ) tem o primeiro polo de recicla-gem 
do Brasil. A região da cidade 
onde funcionava o lixão de Jardim 
Gramacho, desativado em junho de 
2012, agora conta com dois galpões 
voltados para recebimento, triagem, 
enfardamento e estocagem de resí-duos 
para venda, que vão empregar 
de forma profissional, inicialmente, 
140 catadores. A iniciativa é resulta-do 
de uma parceria entre o BNDES, 
a Secretaria Estadual do Ambiente 
do Rio de Janeiro (SEA), a Fundação 
Banco do Brasil (FBB) e a Petrobras, 
para a qual o Banco contribuiu com 
R$ 300 mil, destinados aos estudos 
de viabilidade para a construção 
do polo. O objetivo é que o espaço 
onde funcionava o lixão tenha, no 
total, oito galpões com maquinário, 
duas unidades de processamento de 
resíduos, além de um centro admi-nistrativo 
para cursos de qualificação 
profissional e uma creche. A ideia é 
promover a inclusão socioprodutiva 
de mais de 400 ex-catadores. 
Inclusão social e produtiva 
3 
Cartão BNDES 
A Homemade Alimentos, localizada 
em Itupeva (SP), foi a primeira cliente 
do Cartão BNDES a solicitar financia-mento 
para contratar o serviço de 
design de embalagens. Com a solu-ção 
da nova embalagem em mãos, 
a empresa voltou a utilizar o cartão, 
dessa vez para comprar máquinas e 
equipamentos para readaptação do 
processo produtivo. Com a remode-lagem 
dos potes de geleias e mel, a 
pequena empresa conquistou quatro 
prêmios, viu seu faturamento dupli-car 
e alcançou o segundo lugar em 
vendas de geleias no Sudeste. 
Cobertura 
O Centro-Oeste é a nova região do 
Brasil a ter Cartão BNDES em todos 
os seus municípios. O marco foi atin-gido 
com a emissão do cartão para o 
empresário Aílton Marcos, dono da 
mercearia Casa Marcos, em Trombas 
(GO), município de 3,5 mil habitan-tes 
a 412 quilômetros de Goiânia. 
A Região Sul foi a primeira a atingir 
100% de cobertura. Na Região Nor-deste, 
Pernambuco é o novo estado 
a ter Cartão BNDES em todos os 
seus municípios. O feito foi celebra-do 
com a entrega do produto aos 
microempresários Sidinei Silva e Léia 
Miranda, proprietários da empresa 
Kota Construções, loja de materiais 
de construção de Carnaubeira da 
Penha, município de 12 mil habitan-tes 
a 480 km de Recife. Em seus 11 
anos de existência, o Cartão BNDES 
já realizou mais de 2,6 milhões de 
operações e atende, atualmente, 
empreendimentos de menor porte 
em 97,3% dos municípios brasileiros. 
Portal do Cartão BNDES 
RELATÓRIO ANUAL 2013 24
Lançado em 2003, o Cartão BNDES oferece crédi-to 
rotativo e pré-aprovado de até R$ 1 milhão para 
aquisição de produtos credenciados em seu portal de 
operações na internet. Em 2013, o cartão encerrou o 
ano com 23.853 fabricantes cadastrados, o que repre-sentou 
um aumento de 13% em relação ao período 
anterior, e bateu novos recordes de desembolsos. 
Dedicado a complementar as garantias exigidas nos 
financiamentos e, portanto, a ampliar o acesso ao 
crédito, o Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) 
registrou crescimento, em 2013, tanto no número de 
operações garantidas quanto no valor total financiado 
pelo Banco com a garantia (mais detalhes na próxima 
página). O Fundo conta com a participação do Tesouro 
Nacional, do BNDES e, até dezembro de 2013, de vin-te 
outras instituições financeiras – incluindo grandes 
bancos de varejo, bancos de montadoras, agências de 
fomento e bancos de desenvolvimento regionais. 
Principais produtos e programas no apoio a MPMEs 
Instrumentos 2013 
(R$ bilhões) % total 
Variação % 
em relação 
a 2012 
BNDES Finame/PSI 43,7 68,8 75,0 
Cartão BNDES 10,0 15,8 5,0 
Progeren 3,7 5,9 -30,4 
Programas 
agrícolas 2,7 4,2 19,1 
Outros 3,4 5,3 -57,6 
Total 63,5 100,0 26,8 
O Programa de Sustentação do Investimento (PSI), lança-do 
como parte das medidas do governo para mitigar os 
efeitos da crise financeira internacional sobre a economia 
brasileira, vem permitindo que as empresas brasileiras 
mantenham seus planos de investimento. 
O produto atingiu novos recordes, com R$ 10 bilhões em 
desembolsos, em 760 mil operações, números, respecti-vamente, 
5% e 7% superiores aos observados em 2012. 
Os desembolsos do Programa BNDES de Apoio ao Fortale-cimento 
da Capacidade de Geração de Emprego e Renda 
(BNDES Progeren), outro instrumento que respondeu, na 
crise, pelo atendimento da demanda por programa capital 
de giro a MPMEs, tiveram esperado recuo. Esse declínio 
deve se manter nos próximos anos, quando se prevê maior 
participação de outras instituições financeiras nesse tipo 
de operação de crédito. 
continua 
Convivência com a seca 
Em apoio ao Programa Água para 
Todos, do Governo Federal, o BNDES, 
por meio de parcerias com a 
Fundação Banco do Brasil (FBB) e 
com a Associação Programa Um 
Milhão de Cisternas (AP1MC), ini-ciou 
a implantação de 20 mil cister-nas 
de segunda água (voltada para 
produção) no Semiárido. Além da 
construção das cisternas, o BNDES 
irá apoiar a implantação de bancos 
comunitários de sementes, para 
preservar, selecionar e armazenar 
as sementes nativas adaptadas ao 
Semiárido brasileiro. 
Agroecologia 
Em 2013, o BNDES, a Secretaria 
Geral da Presidência da República, 
o Ministério do Desenvolvimento 
Agrário, o Ministério da Agricul-tura, 
Pecuária e Abastecimento, 
o Ministério do Meio Ambiente, o 
Ministério do Desenvolvimento So-cial 
e Combate à Fome, a Secretaria 
Nacional de Economia Solidária do 
Ministério do Trabalho e Emprego, 
a Companhia Nacional de Abasteci-mento 
(Conab), a Empresa Brasileira 
de Pesquisa Agropecuária (Embra-pa) 
e a Fundação Banco do Brasil 
celebraram um Acordo de Coo-peração 
Técnica, com a finalidade 
de coordenar ações voltadas para 
a implementação do Programa de 
Fortalecimento e Ampliação das Re-des 
de Agroecologia, Extrativismo e 
Produção Orgânica (Ecoforte). Esse 
programa é parte integrante do 
Plano Nacional de Agroecologia e 
Produção Orgânica (Planapo – Brasil 
Agroecológico) e visa incentivar o 
direcionamento dos fundos e ações 
de governo existentes para iniciati-vas 
da sociedade civil de promoção 
de agroecologia e produção orgâ-nica, 
possibilitando ampliar e for-talecer 
a produção, manipulação e 
processamento de produtos orgâni-cos 
e de base agroecológica, tendo 
como público prioritário mulheres e 
juventude de agricultores familia-res, 
assentados da reforma agrária, 
povos e comunidades tradicionais 
e suas organizações econômicas, 
tais como empreendimentos rurais, 
cooperativas e associações, consi-derando 
também os da agricultura 
urbana e periurbana. 
RELATÓRIO ANUAL 2013 25
EM FOCO 
O apoio a projetos de agricultura fami-liar 
é outro destaque na democratização 
do acesso ao crédito. Em parceria com 
bancos de desenvolvimento, bancos coo-perativos, 
cooperativas de crédito e ou-tras 
instituições, o BNDES vem atuando 
em projetos com o objetivo de com-bater 
a pobreza rural e promover a in-clusão 
socioprodutiva de agricultores 
familiares, médios produtores rurais e 
assentados da reforma agrária. Entre as 
iniciativas, ressalta-se a realização de in-vestimentos 
coletivos, como obras civis, 
instalações em infraestrutura agropecuária, bem como 
aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas e in-centivo 
do cooperativismo de produção, por meio dos 
recursos dos Programas Agropecuários do Governo 
Federal, do Programa Nacional de Fortalecimento da 
Agricultura Familiar (Pronaf), do Programa Nacional 
de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e, tam-bém, 
com recursos não reembolsáveis do Fundo Social, 
este composto com parte dos lucros do BNDES. 
Tendo como referência as políticas públicas federais, 
o BNDES avançou na constituição de parcerias públi-cas 
e privadas, ampliando a escala de atuação tanto 
Resultados do Fundo Garantidor para Investimentos − comparação 2012-2013 
20% 35% CRESCIMENTO DE INCREMENTO DE 
NO NÚMERO DE OPERA-ÇÕES 
APOIADAS COM 
GARANTIA DO FUNDO 
Mais de 50% dos 
Cooperativa de arroz 
Com 1.387 associados, a Cooperati-va 
dos Trabalhadores Assentados da 
Região de Porto Alegre atua em 23 
assentamentos, distribuídos em 15 
municípios da Grande Porto Alegre. 
O principal produto é o arroz agroe-cológico, 
com cerca de 17 mil to-neladas 
produzidas na última safra, 
em uma área de 3.411 hectares. A 
cooperativa também produz leite 
(140 mil litros por mês), hortaliças, 
frutas e ervas medicinais. Os projetos 
apoiados pelo Banco contemplaram, 
entre outros itens, a aquisição de 
escavadeiras para limpeza e desas-soreamento 
de canais de irrigação e 
drenagem, a recuperação de solos, a 
montagem de secador, a implanta-ção 
de engenho de beneficiamento 
e a instalação de levantes para irriga-ção. 
A cooperativa pretende dobrar 
a capacidade de seus silos e estuda 
a implantação de uma planta de par-boilização 
de arroz. 
no valor total financiado 
com garantia do FUNDO 
beneficiários obtiveram 
crédito do BNDES pela 
PRIMEIRA VEZ 
O Fundo já garante ope-rações 
em todos os esta-dos 
do Brasil desde 2011 e 
vem registrando expansão 
mais acelerada nas regiões 
NORTE E NORDESTE. 
Essas regiões apresentaram 
crescimento de, respecti-vamente, 
57% e 101% 
nos valores financiados. 
continuação 
ELEVAÇÃO NO VALOR MÉDIO 
DAS OPERAÇÕES GARANTIDAS 
com destaque para programas como BNDES 
Progeren e BNDES PSI Ônibus/Caminhões 
Cooperativa de arroz no Rio Grande do Sul 
Foto: Marcos Matias Cavalcante, empregado do BNDES 
Inclusão social e produtiva 
RELATÓRIO ANUAL 2013 26
no meio urbano como no rural, com destaque para a 
disseminação de tecnologias sociais nos projetos de 
convivência com a seca no semiárido e o lançamento 
do Programa Terraforte, que objetiva a promoção da 
agroindustrialização de assentamentos da reforma 
agrária. Além dessas ações, citam-se o apoio comple-mentar 
a investimentos de inclusão produtiva dos es-tados 
da federação e a atuação em conjunto com a 
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para 
estímulo aos pequenos empreendimentos da agricul-tura 
familiar que fornecem alimentos para os progra-mas 
governamentais. 
Por fim, vale ressaltar que o Fundo Amazônia tam-bém 
tem trazido importantes resultados para a inclu-são 
socioprodutiva, com sustentabilidade ambiental. 
Entre os 14 projetos aprovados pelo Fundo em 2013, 
metade tem como objetivo principal o apoio a ativi-dades 
produtivas sustentáveis por meio do fortaleci-mento 
de diversas cadeias produtivas, como pesca, se-mentes 
florestais, borracha e castanha, além do apoio 
à agricultura familiar. As iniciativas apoiadas visam 
propor soluções que aliem a produção e a conserva-ção 
ambiental, representando uma alternativa de de-senvolvimento 
sustentável para a Região Amazônica 
e suas populações. 
Combate à pobreza rural em 2013 
Somente por meio do Pronaf representando um AUMENTO DE 
FOI DESEMBOLSADO 
R$ 1,7 BILHÃO EM 
60 MIL EM RELAÇÃO AO VALOR 
OPERAÇÕES 
Fundo Garantidor 
para Investimentos 
O Banco Regional de Desenvolvi-mento 
do Extremo Sul (BRDE) é um 
importante agente financeiro do 
BNDES, tendo se posicionado entre 
os dez maiores repassadores de re-cursos 
em 2013. O BRDE é também 
um agente habilitado perante o Fun-do 
Garantidor para Investimentos 
(FGI) e sua experiência é um exemplo 
concreto do potencial do Fundo para 
a ampliação do acesso ao crédito no 
Brasil. Os números são evidência dis-so. 
No ano de 2013, nas operações 
de repasse feitas por esse agente 
financeiro com a garantia do FGI, 
percebe-se que o índice de novos 
beneficiários foi quase duas vezes 
superior ao registrado nas operações 
que não contaram com o apoio do 
Fundo. Trata-se de um caso repre-sentativo 
de como as instituições fi-nanceiras 
podem utilizar esse instru-mento 
para expandir suas carteiras 
de operações e, consequentemente, 
o volume de investimentos no seg-mento 
de MPMEs. 
11% 
DESEMBOLSADO EM 2012 
Expansão do cooperativismo 
em Territórios da Cidadania 
O BNDES, as Cooperativas de Cré-dito 
Cresol Baser e Cresol Central 
assinaram contratos de colabora-ção 
financeira não reembolsável. 
O projeto visa promover a inclusão 
produtiva por intermédio da expan-são 
do crédito, do cooperativismo 
e da realização de investimentos 
coletivos, para o combate à pobre-za 
rural, destacadamente em Terri-tórios 
da Cidadania. Está prevista a 
implantação e/ou reestruturação de 
cinquenta cooperativas singulares ou 
postos avançados de atendimento, 
com objetivo de ampliar o acesso ao 
microcrédito produtivo e às demais 
linhas de crédito do Pronaf para a 
população rural concentrada em Ter-ritórios 
da Cidadania localizados nas 
regiões Norte, Sudeste e Sul do país, 
promovendo a inclusão e educação 
financeira. Além da ampliação da 
rede de atendimento, o projeto con-templa 
a realização de investimen-tos 
coletivos, tais como obras civis, 
instalações em infraestrutura agro-pecuária, 
além de aquisição de má-quinas 
e equipamentos agrícolas, 
com o objetivo de auxiliar os agri-cultores 
na produção e em seu ar-mazenamento 
e transporte. Como 
contrapartida social, a Cresol Baser 
e a Cresol Central deverão operar as 
linhas de financiamento do Pronaf 
(preferencialmente o Grupo “B”, 
voltado para famílias de agricultores 
socialmente mais vulneráveis), com 
recursos repassados pelo BNDES. 
RELATÓRIO ANUAL 2013 27
EM FOCO 
É essencial fomentar investimentos 
que permitam às empresas brasileiras 
explorar oportunidades e superar 
desafios em seus mercados de 
atuação. Esses investimentos, somados 
àqueles direcionados à ampliação 
da infraestrutura, da inovação, da 
sustentabilidade socioambiental, 
do desenvolvimento regional e da 
inclusão social e produtiva (temas das 
páginas anteriores), são fundamentais 
para o desenvolvimento competitivo 
da economia nacional. 
À abordagem sistêmica da competitividade, acres-centa- 
se uma visão setorizada do apoio do BNDES 
às empresas brasileiras, com destaque para o forta-lecimento 
das cadeias produtivas da indústria e do 
comércio exterior. 
A industrialização recente e acelerada de diversos paí-ses 
emergentes trouxe novos desafios à indústria na-cional, 
que teve sua competitividade arranhada espe-cialmente 
nos segmentos tradicionais da cadeia. Neste 
momento, compreender as novas dinâmicas de cada 
setor, identificar os subsetores estratégicos e atuar 
na formulação de instrumentos adequados à nova 
realidade é essencial para o BNDES potencializar os 
esforços federais em prol da competitividade da 
Série de desembolsos para indústria (em R$ bilhões) 
63,5 
78,8 
43,8 
47,7 
2009 2010 2011 2012 2013 
Indústria de base 
O BNDES desembolsou cerca de 
R$ 17 bilhões para os setores de 
gás e petróleo, químico, minerome-talúrgico 
e de base florestal, que 
contribuíram para o fortalecimento 
do posicionamento estratégico das 
empresas, para a redução da pressão 
sobre a balança comercial brasileira e 
trouxeram oportunidades para atua-ção 
no entorno dos projetos apoia-dos. 
Os financiamentos a empresas 
de base florestal, tanto de pesquisa 
e desenvolvimento quanto de mo-dernização 
e ampliação da capaci-dade 
produtiva, proporcionaram o 
aumento da competitividade global 
da celulose brasileira. 
Cinema 
Em 2013, o BNDES intensificou o seu 
apoio ao parque exibidor de cine-ma. 
Desde 2010, o apoio por meio 
do Programa BNDES para o Desen-volvimento 
da Economia da Cultura 
(BNDES Procult) se soma ao Pro-grama 
Cinema Perto de Você, 
que opera com recursos do Fun-do 
Setorial do Audiovisual (FSA), 
do qual o BNDES é agente finan-ceiro. 
Na parceria com a Agên-cia 
Nacional do Cinema (Ancine), 
o objetivo é estimular a descentrali-zação 
do parque exibidor, por meio 
da abertura de salas em cidades de 
porte médio e bairros populares das 
grandes cidades. Em 2013 foram 
apoiadas 130 salas de cinema, sendo 
78 salas 3D. Os cinemas beneficia-ram 
nove estados, nas regiões Norte, 
Nordeste, Sul e Sudeste. A expansão 
do parque exibidor contribui para 
fortalecer a indústria cinematográfi-ca 
nacional ao facilitar o acesso da 
população ao cinema e ampliar o 
mercado interno. 
Competitividade das empresas brasileiras 
58,0 
Cinema em Imperatriz (MA) 
Foto: Adriano de Almeida, Clara Comunicação 
RELATÓRIO ANUAL 2013 28
Destaques do apoio à indústria em 2013 (em R$ bilhões) 
QUÍMICA E PETROQUÍMICA 
10,3 7,9 
MATERIAL DE TRANSPORTE 
ALIMENTOS E BEBIDAS 
indústria brasileira. A criação do Pro-grama 
BNDES Prodesign, voltado para 
a diferenciação de bens de consumo, é 
um exemplo de uma iniciativa do Banco 
nesse sentido. Ela se soma a seu portfó-lio 
de produtos e instrumentos de apoio 
financeiro, incluindo aqueles relaciona-dos 
ao mercado de capitais nacional, 
como o estímulo à realização de ofertas 
públicas iniciais de ações e à listagem 
de empresas no segmento da bolsa de 
valores brasileira idealizado para tornar 
o mercado de ações acessível a compa-nhias 
emergentes, o Bovespa Mais. 
Cabe também mencionar o Programa Fundo Clima, que possui al-gumas 
das condições financeiras mais atrativas do BNDES e tem por 
estratégia incentivar a difusão de tecnologias mais eficientes do 
ponto de vista climático e ainda não utilizadas em escala comercial 
no Brasil, contribuindo para que a economia brasileira se prepare 
para competir em uma economia de baixo teor de carbono. 
Para fomentar a indústria de bens de capital, o Banco atua não só 
no financiamento ao parque produtivo, mas também no apoio à 
aquisição de máquinas e equipamentos nacionais, registrados no 
Credenciamento de Fabricantes Informatizado (CFI). Em 2013, o Pro-grama 
de Sustentação do Investimento (PSI) do Governo Federal no-vamente 
teve destaque no apoio a essa indústria, tanto em números 
de operações como em desembolsos. 
continua 
Aquicultura 
Apesar do grande potencial, a aqui-cultura 
no Brasil ainda é uma ativi-dade 
em desenvolvimento e de baixa 
produtividade. Tendo em vista a si-nergia 
entre a atividade e as políticas 
públicas de redução da pobreza, o 
BNDES apoiou a instalação de um 
processo inovador de mecanização 
no cultivo e beneficiamento de me-xilhão 
em Palhoça (SC), em favor da 
empresa Cavalo Marinho. Trata-se 
de uma nova tecnologia no mer-cado 
nacional, capaz de aumentar 
a produtividade e reduzir os custos 
de produção. O projeto prevê, ain-da, 
o desenvolvimento em conjunto 
com a Universidade Federal de Santa 
Catarina da produção controlada de 
larvas de mexilhão e uso de coleto-res 
artificiais de sementes de larvas, 
substituindo o método predatório de 
retirada de sementes de costões. 
Engenharia automotiva 
O investimento em engenharia é 
fundamental para a construção de 
uma indústria automotiva competi-tiva, 
sendo esta uma das principais 
cadeias de dispersão de novas tec-nologias. 
Ciente disso, o BNDES tem 
empenhado esforços para a criação 
de programas e linhas com condições 
favoráveis à engenharia e inovação, 
financiando diversos projetos de pes-quisa 
e desenvolvimento da cadeia 
automotiva. Estima-se que pelo me-nos 
36,6% dos veículos leves ven-didos 
no Brasil em 2013 tenham ao 
menos algum componente cuja en-genharia 
foi financiada pelo BNDES. 
Semicondutores 
Há mais de dez anos o BNDES man-tém 
como foco prioritário o apoio 
à construção da indústria microele-trônica 
no Brasil. Em 2013, o Banco 
contratou quatro projetos de desen-volvimento 
de circuitos integrados 
(R$ 61 milhões) e dois projetos para 
fabricação de chips (R$ 64 milhões). 
Outra área de fronteira em TICs, a 
eletrônica orgânica, também é vista 
como promissora e recebeu apoio de 
R$ 37 milhões no período. O aden-samento 
produtivo nessas duas áreas 
é fundamental para ajudar o país a 
reverter um déficit superior a US$ 22 
bilhões do Complexo Eletrônico. 
11,2 
RELATÓRIO ANUAL 2013 29
O CFI do BNDES, que adota critérios de 
conteúdo nacional, encerrou o ano de 
2013 com 455 novas empresas credencia-das, 
totalizando 10.752 fabricantes, um 
incremento de 4,4% em relação a 2012. 
Um vetor importante para a melhoria 
das condições de operação das empre-sas 
é a inserção internacional, que am-plia 
o mercado para seus produtos e in-centiva 
a constante atualização de tec-nologias, 
processos e práticas de gestão. Com ganhos 
de eficiência e produtividade também no atendimen-to 
ao mercado interno, a atuação internacional das 
empresas traz muitos benefícios para o país, criando 
empregos para brasileiros e contribuindo para gerar 
saldos positivos na balança comercial. 
O BNDES apoia a exportação de bens e serviços e tam-bém 
operações em solo estrangeiro, buscando ofere-cer 
às empresas brasileiras condições de igualdade 
com seus concorrentes no mercado internacional. 
continuação 
Série de desembolsos para exportação (em US$ bilhões) 
8,3 
11,3 
6,7 
5,5 
7,1 
2009 2010 2011 2012 2013 
EM FOCO 
Novos instrumentos 
Em 2013, foram criados um produ-to 
para aquisição de bonds corpo-rativos 
no mercado internacional e 
uma linha de apoio à exportação por 
meio de bancos parceiros. A Linha 
BNDES Exim Automático é voltada 
para a exportação de bens de capital 
e operada por mais de trinta bancos, 
na América Latina e na África, que 
assumem o risco de crédito. A possi-bilidade 
de o BNDES assumir o risco 
direto do importador ou do exporta-dor 
em algumas operações contri-buiu 
para a expansão de sua atuação 
em novos países, como África do Sul, 
Colômbia e Portugal. 
Conteúdo nacional 
A indução da fabricação no país de 
componentes com maior conteúdo 
tecnológico propicia a criação de 
empregos mais qualificados e a atra-ção 
de novos investimentos. Nesse 
sentido, vale registrar a metodologia 
adotada em 2013 para credencia-mento 
e apuração do conteúdo local 
dos aerogeradores para a indústria 
eólica. A presença de mais fabri-cantes 
no setor trouxe maior com-petitividade 
à geração eólica, o que 
permitiu significativa expansão dos 
parques eólicos na matriz elétrica, 
aliada a uma trajetória decrescente 
do custo da energia comercializada. 
Indústria farmacêutica 
A biotecnologia moderna é trajetó-ria 
de fronteira na indústria farma-cêutica, 
que vem permitindo ampliar 
as possibilidades de tratamento em 
áreas diversas. A internalização de 
competências nesta rota é a priori-dade 
do BNDES no Complexo Indus-trial 
da Saúde. Em 2013, o Banco 
apoiou a BIOMM S.A. na implanta-ção 
de uma unidade industrial para 
a produção de insulina humana 
recombinante, cujo processo utili-za 
tecnologia brasileira patentea-da 
em diversos países e permitirá 
maior acesso da população ao tra-tamento 
de diabetes. 
Competitividade das empresas brasileiras 
RELATÓRIO ANUAL 2013 30
Para acompanhar as empresas brasilei-ras 
na conquista de mercados interna-cionais 
e atuar como um catalisador de 
oportunidades, o BNDES adotou a estra-tégia 
de constituir escritórios internacio-nais. 
Em 2013, como resultado de mais 
um projeto corporativo, foi inaugurado 
o escritório de representação em Jo-anesburgo, 
na África do Sul, principal 
centro industrial e financeiro da África. 
As novas instalações serão um ponto de referência para empresas bra-sileiras 
que buscam oportunidades no continente e visam incrementar 
o comércio exterior e os negócios entre os países africanos e o Brasil. 
O papel da subsidiária do Banco em Londres, no Reino Unido, foi re-forçado 
em 2013 para possibilitar a execução de atividades financei-ras 
operacionais. E, na América Latina, a partir de seu escritório em 
Montevidéu, no Uruguai, a ênfase deu-se na identificação de novos 
mercados e na redefinição da rede de relacionamentos com bancos e 
agências de desenvolvimento, bancos comerciais locais, empresas bra-sileiras, 
organismos multilaterais, entidades empresariais e governos. 
1,1 2,0 1,2 1,3 
MÁQUINAS E 
EQUIPAMENTOS 
VEÍCULO, REBOQUE E 
CARROCERIA 
OUTROS EQUIPAMENTOS 
DE TRANSPORTE 
CONSTRUÇÃO 
Destaques do apoio à exportação em 2013 (em US$ bilhões) 
Internacionalização e exportação 
Cabe registrar a conclusão da opera-ção 
com a Braskem Idesa destinada à 
implantação de um complexo petro-químico 
para a produção de etileno 
e de polietileno, no México, em con-junto 
com as agências multilaterais 
Banco Interamericano de Desenvol-vimento 
(BID) e International Finance 
Corporation (IFC), o banco de desen-volvimento 
do México – a Nacional 
Financiera –, as agências de crédito 
à exportação Export Development 
Canada (EDC) e Intesa Sanpaolo 
(SACE) e os bancos comerciais. 
O BNDES dobrou sua participação 
dos financiamentos às exportações 
de jatos comerciais da Embraer, com-parativamente 
com 2012, em núme-ro 
de aeronaves. A principal opera-ção 
teve como importador uma linha 
aérea norte-americana, a Republic 
Airline, com um financiamento de 
19 aeronaves. A segunda opera-ção 
mais relevante foi para um im-portador 
venezuelano, a Conviasa, 
com dez aeronaves. Em ambos os 
casos, as operações contaram com 
o Seguro de Crédito à Exportação 
(SCE), com lastro em recursos do 
Fundo de Garantia às Exportações 
(FGE) do Tesouro Nacional. Ademais, 
cabe mencionar a diversificação dos 
mercados para os quais a carteira de 
financiamento de aeronaves contri-buiu, 
apoiando a exportação de um 
jato comercial para a linha aérea do 
Cazaquistão denominada AirAstana. 
O BNDES, o Banco Interamericano 
de Desenvolvimento (BID) e La Cor-poración 
Financiera de Desarrollo 
(COFIDE) firmaram contrato com a 
Empresa de Generación Huallaga 
(EGH) para financiar a construção 
da Central Hidroelétrica de Chaglla, 
no Peru. A EGH é controlada pela 
Odebrecht Energia, do grupo 
Odebrecht, e é a primeira participa-ção 
da empresa brasileira no setor de 
concessão de energia elétrica fora do 
país. O financiamento do BNDES será 
destinado a apoiar a exportação de 
bens e serviços nacionais de alto valor 
agregado para a construção da usina. 
Desempenho no apoio à exportação 
RELATÓRIO ANUAL 2013 31
O BNDES tem a preocupação de conhecer, 
debater e, também, propor soluções aos 
desafios do desenvolvimento econômico, 
social e ambiental brasileiro. O Banco tem 
diversas formas de atuação nesse campo. 
As análises e projeções elaboradas pelo 
BNDES são disponibilizadas à sociedade 
por meio de estudos e publicações, da 
participação em seminários, do patro-cínio 
a eventos para discutir os rumos 
do país, da organização de atividades 
abertas ao público nas instalações do 
Banco, além do atendimento a pesqui-sadores 
e interessados em suas análises 
da economia. 
Merece destaque o trabalho no âmbi-to 
do comitê de Arranjos Produtivos, 
Inovação, Desenvolvimento Local, Re-gional 
e Socioambiental (CAR-IMA), 
dedicado ao debate e estímulo ao re-corte 
regional e territorial na atuação 
do BNDES. Ao mobilizar as atenções dos 
executivos e técnicos do Banco e de par-ceiros 
externos, buscou-se identificar as 
diferentes ações do Banco que refletem 
no desenvolvimento das cinco macror-regiões 
do país e seus territórios e, também, descor-tinar 
oportunidades para aprimoramento das ações 
e instrumentos operacionais, em prol do desenvolvi-mento 
mais equilibrado, coordenado e sustentável. 
As reuniões contaram com a participação de renoma-dos 
especialistas externos, representantes dos meios 
acadêmico e empresarial, de órgãos governamentais 
e demais instituições parceiras de cada região. A Re-gião 
Norte inaugurou a série de debates, e a Sudeste 
encerra seus encontros no início de 2014. Foi estrutu-rada 
a organização de cinco livros, um para cada ma-crorregião, 
na coleção intitulada: Um Olhar Territorial 
para o Desenvolvimento. 
Como outra forma de promover o conhecimento, 
anualmente, desde 1977, o Prêmio BNDES de Econo-mia 
estimula a pesquisa no campo da ciência econô-mica 
pura e aplicada segundo a perspectiva nacio-nal, 
regional ou setorial. Concorrem dissertações de 
mestrado e teses de doutorado ainda não publicadas, 
aprovadas pelos centros de pós-graduação em econo-mia 
do país. 
O BNDES também investe na geração de conhecimen-to 
apoiando, com recursos não reembolsáveis prove-nientes 
do BNDES Fundo de Estruturação de Projetos 
(BNDES FEP), a produção de estudos técnicos ou pes- 
Geração de conhecimento 
EM FOCO 
Perspectivas do 
Investimento 
A publicação Perspectivas do Investi-mento 
aborda a estrutura produtiva 
da economia brasileira com proje-ções 
setoriais de investimentos para 
os quatro próximos anos e é fruto 
do compartilhamento e integração 
do conhecimento no BNDES. Essa 
obra contribui para o conhecimento 
das tendências e determinantes do 
investimento e, desse modo, para 
formulação de políticas de fomento 
ao desenvolvimento brasileiro. 
O papel dos bancos de 
desenvolvimento 
Para maior compreensão da socieda-de 
quanto ao papel das instituições 
financeiras públicas, o BNDES iniciou 
uma linha de pesquisa sobre os ban-cos 
de desenvolvimento. Os produtos 
gerados foram um banco de informa-ções 
sobre instituições selecionadas, o 
artigo “Bancos de desenvolvimento, 
além dos países emergentes” (publica-do 
no Valor Econômico de 25.6.2013) 
e o trabalho “A contribuição dos ban-cos 
de desenvolvimento para o finan-ciamento 
de longo prazo”, publicado 
na Revista do BNDES 40. 
Revista do BNDES e 
BNDES Setorial 
Estes periódicos constituem espaços 
importantes de manifestação das re-flexões 
dos empregados do Banco. A 
Revista traz artigos sobre economia 
brasileira e desenvolvimento econô-mico, 
enquanto o BNDES Setorial 
contém textos sobre a estrutura pro-dutiva 
da economia do país, com o 
objetivo de divulgar parte do conhe-cimento 
técnico do BNDES aplicado 
à análise de projetos. 
Resultado do 33º Prêmio 
BNDES de Economia 
A última edição do prêmio contou 
com 28 teses de doutorado, inscritas 
por 13 centros de pós-graduação em 
Economia de universidades brasilei-ras. 
A tese vencedora foi Causas e 
consequências do crime no Brasil, de 
Daniel Ricardo de Castro Cerqueira, 
da Pontifícia Universidade Católica 
do Rio de Janeiro. 
Na categoria Mestrado, foram 55 
dissertações, inscritas por 18 cen-tros 
de pós-graduação em Econo-mia 
de universidades brasileiras. A 
dissertação vencedora foi O setor 
de internet no Brasil: uma análise da 
competição do mercado de acesso, 
de Marcelo de Carvalho Pereira, da 
Universidade Estadual de Campinas. 
Perspectivas do 
Investimento 
Artigo: 
A contribuição 
dos bancos de 
desenvolvimento para 
o financiamento de 
longo prazo 
Revista do BNDES 
BNDES Setorial 
Prêmio BNDES 
de Economia 
RELATÓRIO ANUAL 2013 32
quisas relacionadas ao desenvolvimento econômico e 
social que possam orientar a formulação de políticas 
públicas ou que propiciem, direta ou indiretamente, 
a geração de projetos de elevado retorno social que 
possam implicar significativos investimentos públicos 
ou privados. No ano de 2013, é válido registrar a con-tratação 
de estudo sobre a diversificação da indústria 
química brasileira e de estudo sobre a viabilidade de 
produção de biocombustíveis nos países-membros 
da União Econômica e Monetária do Oeste Africano 
(UEMOA) – potencial mercado para internacionaliza-ção 
de empresas brasileiras. 
Em âmbito internacional, o BNDES participou de 
eventos para trocar conhecimento e discutir temas re-levantes 
e fez também grande esforço de divulgação 
para promover oportunidades de investimentos, res-saltando 
seu papel para a economia e para a estabili-dade 
institucional do Brasil. O BNDES esteve presente 
em importantes fóruns econômicos internacionais em 
Washington, Boston, Los Angeles, Nova York (EUA), 
Davos (Suíça), Londres (Reino Unido), Madri (Espa-nha), 
Moscou (Rússia) e Paris (França). Em road shows 
(rodadas de negócio) para divulgar oportunidades 
na infraestrutura brasileira; em fóruns de sustenta-bilidade 
ambiental em Copenhague (Dinamarca), 
Washington (EUA), Veneza (Itália) e Viena (Áustria), 
e nos encontros anuais de entidades internacionais, 
como a União Africana, o Banco Africano de Desen-volvimento, 
o Banco Mundial e o Banco Interamerica-no 
de Desenvolvimento (BID). 
O BNDES também tem procurado prestar contas à so-ciedade 
de sua atuação de fomento ao investimento. 
Ao comparar com as informações relativas ao apoio 
do BNDES, o conhecimento do desempenho do inves-timento 
tem sido importante também para avaliar 
seus impactos na economia. Tem sido possível mos-trar 
a importante contribuição do Banco para o au-mento 
do investimento e a importância anticíclica do 
seu apoio. De fato, a própria análise dos desembolsos 
do Banco e da sua importância contribui para anteci-par 
o comportamento da Formação Bruta de Capital 
Fixo* e mostra que aumentos das operações de cré-dito 
estão relacionados a aumentos do investimento 
períodos à frente. 
* Esse indicador mede o quanto as empresas aumentaram 
seus bens de capital – aqueles usados para produzir outros 
bens, como máquinas, equipamentos e material de constru-ção. 
Esse controle é fundamental para verificar se a capaci-dade 
de produção do país está crescendo e, também, se os 
empresários estão otimistas em relação ao futuro. 
Relação entre os desembolsos do Banco e o 
aumento do investimento dos empresários 
Nesse estudo, foi feita a análise dos 
impactos do BNDES na economia, 
mostrando a relação entre os desem-bolsos 
do Banco e o aumento do in-vestimento 
dos empresários (medido 
pelo Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística – IBGE, por meio do in-dicador 
chamado Formação Bruta 
de Capital Fixo). Dessa maneira, foi 
possível demonstrar a contribuição 
do Banco para o aumento do inves-timento 
e a importância do seu apoio 
como força anticíclica – amenizando 
ciclos de crises ou recessões e contri-buindo 
para a recuperação do inves-timento. 
Os dados operacionais do 
BNDES foram utilizados também para 
antecipar o comportamento da For-mação 
Bruta de Capital Fixo no Brasil. 
Em cenários de desaceleração nos 
investimentos – como durante a 
crise de 2008 e a crise na zona do 
euro, mais recente –, o BNDES atuou 
vigorosamente, contribuindo para 
a recuperação dos investimentos, 
como demonstra o gráfico a seguir. 
Por outro lado, em momentos de 
retomada do investimento, o BNDES 
pode moderar sua atuação. 
Formação Bruta de Capital Fixo (FBKF) e desembolsos do BNDES 
(em R$ bilhões, a preços de 2013)* 
(valores reais de 2013) 
41 
500 
115 
686 
FBKF 
518 
42 
569 
48 
648 
72 
736 
83 
833 
113 
872 
124 
837 
132 
889 
158 
2005 2010 
Desembolsos BNDES 
(valores reais de 2013) 
2004 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 
* Exclui desembolsos BNDES Exim Pré e Pós-embarque; giro, ajuste fiscal, 
fusão/aquisição; internacionalização e mercado de capitais. 
RELATÓRIO ANUAL 2013 33
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  • 4.
  • 5. MISSÃO Promover o desenvolvimento sustentável e competitivo da economia brasileira, com geração de emprego e redução das desigualdades sociais e regionais. VISÃO Ser o Banco do desenvolvimento do Brasil, instituição de excelência, inovadora e proativa ante os desafios de nossa sociedade. VALORES Compromisso com o desenvolvimento Espírito público Excelência Ética
  • 6. Sumário Desenvolvimento de competências Sustentabilidade financeira Relacionamentos Práticas de gestão Geração de conhecimento Competitividade das empresas brasileiras p. 36 p. 34 p. 32 Inclusão social e produtiva Inovação, socioambiental e regional Infraestrutura: um setor decisivo Mensagem do presidente O Banco do desenvolvimento do Brasil Processo e governança O BNDES em números Estratégia e visão de futuro Produtos Mensagem do ministério Editorial p. 3 p. 4 p. 5 p. 6 p. 8 p. 10 p. 12 p. 16 p. 18 p. 20 p. 24 p. 28 p. 40 p. 44
  • 7. Editorial O BNDES vem, ano a ano, trabalhando para aproximar- -se do paradigma de relato integrado, uma iniciati-va internacional que visa à construção de parâme-tros comuns para que as organizações, públicas e privadas, informem suas atividades. É um empenho por mais transparência e estabilidade no sistema econômico mundial. Em seu Relato Anual, o BNDES tem como objetivo apresentar a seus públicos de interesse os destaques de sua atuação no ano de 2013, enfocando as dimen-sões econômica, social e ambiental. Este ano, pela primeira vez, o Relato do BNDES con-ta com esta edição em revista, concebida para ser a porta de entrada para aqueles que buscam conhecer como o Banco gera valor para a sociedade, para seus clientes e para a economia brasileira. Com uma lin-guagem acessível e dinâmica, esta revista apresenta a atuação do BNDES a partir dos capitais e das perspec-tivas do Mapa Estratégico da empresa. O Relato 2013 conta ainda com uma versão esten-dida, em formato PDF – o Relatório Anual técnico, com mais informações operacionais e financeiras. Ao longo dos textos desta revista, o leitor é direciona-do a conteúdos nessa e noutras plataformas digitais nas seções “Saiba Mais”. Em todas as peças, o Ban-co dá continuidade ao uso de indicadores da Global Reporting Initiative (GRI), num total de 18, sinaliza-dos ao longo desta revista por meio do ícone “ ”. O período relatado vai de janeiro a dezembro de 2013 e diz respeito a todo o Sistema BNDES, que inclui o BNDES em suas seis instalações – no Distrito Federal, Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Recife (PE), Mon-tevidéu (Uruguai) e Joanesburgo (África do Sul) –, bem como as subsidiárias BNDES Participações S.A. (BNDESPAR), que atua no mercado de capitais; Agên-cia Especial de Financiamento (FINAME), dedicada ao fomento à produção e comercialização de má-quinas e equipamentos; e BNDES PLC, localizada em Londres (Reino Unido). Em consequência de arredondamento, a soma dos números nos gráficos pode não ser exata, assim como a soma dos percentuais dos gráficos pode não totalizar 100. Pelo mesmo motivo, pode haver pequena variação entre valores apresentados ao longo do relatório. SAIBA MAIS Relato integrado International Integrated Reporting Council Relatório Anual técnico 2013
  • 8. Mensagem do ministério Os indicadores do BNDES, em 2013, refletem o estreito ali-nhamento do Banco às necessidades do setor produtivo e às diretrizes do Governo Federal. A instituição tem focado suas atividades em três pilares básicos: infraestrutura, competivida-de e inclusão produtiva, além da atenção especial às micro e pequenas empresas. Com desembolsos da ordem dos R$ 190 bilhões no ano pas-sado, alta de 22% na comparação com 2012, o Banco, mais uma vez, foi ator fundamental para expansão e manutenção do dinamismo da economia. Esses valores estiveram atrelados a investimentos totais na casa dos R$ 396 bilhões, em função das contrapartidas exigidas pelo próprio Banco em suas ope-rações de financiamento. Como se pode notar, os números deste relatório, sempre superlativos, demonstram a importância do BNDES para a execução de projetos estruturantes e imperativos para o de-senvolvimento do país. Fato esse que consolida a instituição como principal instrumento de financiamento de longo prazo da economia brasileira. Nesse contexto, as ações do Banco encontram total aderên-cia às políticas de estímulo à produção industrial e de comér-cio exterior implementadas pelo MDIC para o enfrentamen-to da conjuntura econômica internacional desfavorável dos últimos anos. Olhando pelo retrovisor, ao longo de mais de seis décadas, o BNDES tem um amplo leque de serviços prestados ao desen-volvimento do Brasil. Quando se olha para frente, o Banco é peça fundamental para a superação dos desafios que estão por vir em temas como o da sustentabilidade, por exemplo. Digo isso pela convicção de que, seja qual for o desafio do país, o BNDES terá participação essencial na sua superação. Parabéns a todos os colaboradores do Banco pela contribui-ção ao desenvolvimento do Brasil! Mauro Borges Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)
  • 9. Mensagem do presidente No ano de 2013, o investimento teve expansão marcante, a despeito das dificuldades que o contexto internacional continuou impondo sobre a economia brasileira. O crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo de 6,3% – em que se destacam máquinas e equipamentos, com 10,1% – si-tuou- se bem acima do crescimento do PIB (2,3%). Institucionalmente, os destaques foram a partida vigorosa do programa de concessões de logísti-ca e o leilão do campo Libra do pré-sal. O BNDES contribuiu de modo relevante para esse desempenho. Os inves-timentos alavancados por seus financiamentos representaram 25,6% da Formação Bruta de Capital Fixo do país, criando ou mantendo, direta e indiretamente, 5,9 milhões de empregos durante o período de inversão. Sua atuação de suporte técnico foi também proeminente na estruturação dos projetos de logística, que fizeram deslanchar os leilões de rodovias e de aeroportos, além da contribuição para projetos de saúde, saneamento e mobilidade urbana de estados e municípios. Para assegurar o desempenho favorável dos investimentos, o Banco desembolsou R$ 190,4 bilhões, 22,1% acima do valor nominal de R$ 156 bilhões registrados em 2012. O BNDES tem compromisso de longa data com a infraestrutura e a indús-tria. Em 2013, bem como nos últimos anos, vale chamar a atenção para o avanço de outras prioridades estratégicas. É seguidamente recorde o percentual de desembolsos do Banco para as MPMEs. A participação das regiões Norte e Nordeste também tem sido ao menos equivalente a sua contribuição para o PIB. O apoio à economia verde foi três vezes o valor histórico de 2007 e, para inovação, esse indicador foi 16 vezes superior com referência ao mesmo ano, o que mostra que essas são crescentemen-te prioridades efetivas do BNDES e do Brasil. A solidez financeira do BNDES é uma das bases essenciais que permitem dar continuidade a esses múltiplos esforços de desenvolvimento. Outra é uma estrutura de governança marcada por decisões colegiadas, desde a entrada de uma operação até sua aprovação, e análises submetidas a sis-temas de pesos e contrapesos, em que há presença decisiva de seu corpo técnico profissional. A transparência é outro compromisso permanente e crescente do BNDES. Dentre os canais de contato direto com a sociedade, destacam-se a Ouvidoria, o Serviço de Informação ao Cidadão e o portal www.bndes.gov.br/transparencia. O BNDES também se submete ao es-crutínio do Congresso Nacional e dos órgãos oficiais de regulação e controle. Por fim, não é demais repetir que é missão precípua do BNDES possibili-tar a expansão do investimento como proporção do PIB, algo fundamen-tal para garantir a sustentabilidade do crescimento. Nos últimos anos, o BNDES atendeu à necessidade de manter irrigado o financiamento nacio-nal de longo prazo. Ao mesmo tempo, o Banco sempre trabalhou para fortalecer o mercado de capitais, buscando atrair para ele empresas e in-vestidores, bem como induzindo boas práticas de governança corporativa. Nos próximos anos, tais esforços precisarão cada vez mais se somar, de forma a potencializar uma firme expansão do crédito privado e do merca-do de capitais no financiamento de longo prazo. Luciano Coutinho Presidente do BNDES A tabela abaixo resume os principais destaques na destinação de recursos. Desembolsos de 2013 (em R$ bilhões) Infraestrutura 62,2 Indústria 58,0 Micro, pequenas e médias empresas (MPME) 63,5 Norte e Nordeste 39,4 Economia verde 24,4 Inovação 5,2 Variação em relação a 2012 (%) Infraestrutura 17,5 Indústria 21,7 Micro, pequenas e médias empresas (MPME) 26,8 Norte e Nordeste 14,6 Economia verde 17,2 Inovação 58,6
  • 10. O Banco do desenvolvimento do Brasil Financia a exportação e a internacionalização das empresas brasileiras Contribui para o desenvolvimento regional Apoia a execução de estratégias de desenvolvimento sustentável Promove a criação e manutenção de empregos Contribui para a formulação de políticas públicas Apoia a inclusão social e produtiva Um banco dedicado a desenvolver um país. Principal executor da política de investimentos do Governo Federal, o BNDES tem uma missão desafiadora e grandiosa, que o coloca em uma con-dição sem par. Para fazer face ao desafio, o Banco dispõe de um conjunto de políticas e procedimentos e diver-sos produtos e mecanismos de apoio financeiro, técnico e institucional, que orientam e operacio-nalizam sua atuação a partir de uma visão integrada de desenvolvimento sustentável. Empresa pública federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-terior, o BNDES tem suas ações orientadas pelo Conselho de Administração, pelo Comitê de Au-ditoria e pelo Conselho Fiscal e presta contas para diversas instâncias de governo: Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Banco Central, Congresso Nacional, Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas da União. PROCESSOS CONHECIMENTO PESSOAS RELATÓRIO ANUAL 2013 6
  • 11. Estimula atividades de maior dinamismo e risco, como inovação e economia verde Contribui para o fortalecimento do mercado de capitais e para o desenvolvimento de uma indústria financeira de longo prazo no país Sustenta o crédito em momentos de crise Amplia a infraestrutura econômica, urbana e social Financia projetos em todo o território nacional e para clientes de todos os portes Fortalece a capacidade produtiva e a competitividade Artigo: A contribuição dos bancos de desenvolvimento para o financiamento de longo prazo Complementa o sistema financeiro privado contribuindo para o fluxo de investimentos na economia Os bancos de desenvolvimento são instituições públicas que surgiram na década de 1940, no esforço de reconstrução pós-guerras mundiais e, desde então, vêm cumprindo papel relevante para o desenvolvimento socioeconômico, conforme os diferentes estágios dos países onde atuam, em cenários tanto de estabilidade quanto de crise. Cada instituição tem sua forma de operar, mas, em comum, todas aplicam capital intelectual, humano, social e financeiro – este, em geral, de fontes públicas – para auxiliar a implementação de políticas e contribuir para que os setores privado e público assumam riscos e desafios em investimentos estratégicos de longo prazo, destacando-se, nas últimas décadas, a crescente atenção para a integração das dimensões econômica, social e ambiental do desenvolvimento. RELACIONAMENTOS RECURSOS FINANCEIROS SAIBA MAIS Estrutura organizacional RELATÓRIO ANUAL 2013 7
  • 12. Processo e governança O envio de consulta ao Banco – diretamente ou por meio dos parceiros –, com informações da empresa e do projeto para o qual o cliente pretende receber apoio, marca o início do processo. Em 2013, foram recebidos pedidos de financiamento que totalizaram R$ 277,4 bilhões. Há diversos canais pelos quais os interessados podem se informar a respeito dos tipos e condições de apoio que o Banco oferece e de como iniciar esse primeiro contato: como a Central de Atendimento (0800 7026337), o serviço de atendimento empresarial presencial e o site, com destaque para a ferramenta on-line Mais BNDES. Há três tipos de operações de financiamento. As operações diretas e indiretas não automáticas seguem as mesmas etapas, diferenciando-se pela participação de agente financeiro intermediário nessa última modalidade. Criadas para ampliar o acesso ao crédito, as operações indiretas automáticas também têm o mesmo passo a passo, porém ocorrem num processo mais ágil e com maior participação do agente financeiro. O BNDES avalia, de acordo com parâmetros previamente estabelecidos, se o pedido contribui para o desenvolvimento sustentável e competitivo do país e se o interessado apresenta as condições necessárias para assumir o financiamento. Nesta fase também são identificados os produtos financeiros mais adequados para atender à solicitação de apoio. Ainda nesta primeira etapa, as operações passíveis de classificação são identificadas segundo o perfil de risco ambiental. Os gráficos ao lado mostram o perfil de risco dos projetos classificados em 2013 (mais detalhes na página 23). MERCADO DE CAPITAIS As operações do BNDES no Mercado de Capitais, por meio de sua subsidiária BNDESPAR, obedecem a um processo adaptado às especificidades de ações dessa natureza, mas que também respeita os princípios de segregação de função e de decisões colegiadas. O Banco está trabalhando para reduzir o tempo mínimo de contratação dos financia-mentos, mantendo a seguran-ça das operações financeiras que, graças à qualidade das análises realizadas, apresen-tam taxas de inadimplência significativamente abaixo da Atividade relacionada a riscos de impactos ambientais significativos ou de alcance regional. Atividade associada a impactos ambientais mais leves ou locais. Atividade não apresenta, em princípio, risco ambiental. O social e o ambiental, a ino-vação e o desenvolvimento regional são dimensões con-sideradas nas diferentes fases do processo de concessão do apoio financeiro, na avalia-ção de impactos e na indução de investimentos integrados aos projetos. Consulta Enquadramento Todas as solicitações de apoio financei-ro que chegam ao Banco são analisadas segundo princípios de segregação de função – ou seja, cada etapa de uma operação de financiamento envolve di-ferentes equipes –, com decisões toma-das em colegiados. A concessão de apoio financeiro é um dos mais importantes processos do BNDES. Suas etapas variam de acordo com o valor do financiamento pre-tendido e da participação de agentes parceiros – entre eles, a maioria das instituições financeiras do país –, que podem permanecer como intermedi-ários na operação de financiamento, assumindo total ou parcialmente o risco de crédito (de não pagamento) da operação. As operações são assim classificadas: diretas, indiretas não au-tomáticas e automáticas. EM VALOR EM QUANTIDADE DE PROJETOS As análises de enquadramento são encaminhadas a um comitê, formado por empregados de todas as áreas do Banco, que delibera sobre o acolhimento. OPERAÇÕES DIRETAS A partir de R$ 20 milhões sem agente financeiro OPERAÇÕES INDIRETAS NÃO AUTOMÁTICAS A partir de R$ 20 milhões com agente financeiro OPERAÇÕES INDIRETAS AUTOMÁTICAS Até R$ 20 milhões com agente financeiro A B C B C A A B C média do sistema financeiro nacional. Um avanço impor-tante em 2013 foi a criação do Comitê Gestor do Processo de Concessão de Apoio Finan-ceiro, responsável por zelar pela eficácia e eficiência desse processo fundamental para o BNDES. 1 Segurança e agilidade Temas transversais EM FOCO RELATÓRIO ANUAL 2013 8
  • 13. Efetividade Além do acompanhamento de cada projeto apoiado, o Banco vem aper-feiçoando impactos diretos e indiretos do con-junto criado, em 2013, importante projeto corporativo chamado Efetividade. Os pedidos aprovados são contratados segundo os padrões jurídicos do Banco. Destaca-se a chamada Cláusula Social presente nos contratos, que explicita o combate à discriminação de raça ou de gênero, ao trabalho infantil e ao trabalho escravo no Brasil, prevendo que a comprovação desses atos ilícitos pode resultar na suspensão ou vencimento antecipado da operação. A partir de novo conjunto de informações enviadas pelo interessado ou pelo agente financeiro, os pedidos enquadrados passam por uma análise aprofundada, realizada por equipes técnicas multidisciplinares especializadas no setor econômico do projeto. Nesse momento, são avaliadas as garantias oferecidas e é feito estudo da viabilidade econômico-financeira do projeto, com análise do mercado, da estratégia empresarial e da governança da empresa. Os aspectos sociais e ambientais da iniciativa são analisados, de acordo com a Política Socioambiental do BNDES e com diretrizes que tratam das questões socioambientais particulares de cada setor. Outro instrumento de apoio às análises é a Metodologia de Avaliação de Empresas (MAE), que avalia ativos intangíveis, como o grau de compromisso de uma companhia com a responsabilidade social e ambiental e práticas associadas. Nas operações indiretas automáticas, mais rápidas, o agente financeiro enquadra e analisa o pedido de financiamento. Após aprovar o crédito, o parceiro pede a homologação ao Banco, sem a qual não há liberação de recursos. A análise técnica é submetida à aprovação da Diretoria do BNDES. Análise e aprovação Contratação o monitoramento dos de suas ações para o desen-volvimento do país. Para isso, foi Desembolso e acompanhamento Política de Inovação Política de Entorno Política Socioambiental SAIBA MAIS Os recursos são liberados em etapas, conforme a realização de partes do projeto. O BNDES analisa documentos de comprovação de uso do financiamento, de acordo com cronograma físico-financeiro, e faz visitas aos projetos apoiados. Esse trabalho de acompanhamento é essencial para a mitigação do risco de crédito e garante ao Banco um conhecimento profundo dos diversos setores da economia brasileira. No caso das operações indiretas, o agente financeiro desempenha a atividade de acompanhamento detalhado e o BNDES monitora as operações por amostragem. 2 RELATÓRIO ANUAL 2013 9
  • 14. Produtos Atender a necessidades variadas de apoio financeiro com uma visão de desenvolvimento abran-gente é um dos desafios do BNDES. Para tanto, o Banco conta com portfólio de políticas e de diferentes produtos e instrumentos de apoio, sempre em linha com as políticas governamentais e afinados com o momento econômico e as demandas do país. Esse portfólio permite a realiza-ção de financiamentos reembolsáveis e não reembolsáveis, de operações de mercado de renda fixa e renda variável e a prestação de garantias. PRODUTOS Os produtos definem a sistemática de operacionalização do financiamento e são desenhados para permitir o apoio a empreendimentos públicos e privados, bem como à produção, comercialização e aquisição de bens e serviços, atendendo a clientes de diferentes portes. A operação pode ser diretamente com o BNDES, ou por meio de uma rede de agentes financeiros credenciados, nas formas de apoio indireta não automática e automática. Os produtos podem ser caracterizados per se – caso do Cartão BNDES­– ou estão atrelados a linhas e programas, que têm condições específicas por setores da economia e tipos de beneficiários e investimentos. Existem também fundos para financiamento reembolsável, em que a origem dos recursos e a regulamentação para o apoio são externas ao BNDES – caso do Fundo da Marinha Mercante e do Fundo Clima. Toda a aplicação desses fundos é feita por meio de um produto do BNDES. O Banco atua ainda com produtos de mercado de capitais, por meio da subscrição de valores mobiliários, títulos corporativos em ofertas públicas e fundos de investimento. RECURSOS NÃO REEMBOLSÁVEIS Os recursos não precisam ser reembolsados e têm aplicação restrita em projetos de caráter social, cultural, ambien-tal, científico e tecnológico, complementando o apoio financeiro reembolsável do BNDES para esses temas estraté-gicos. Os recursos têm origem em parte do lucro do Banco, como o Fundo Social, ou em doações externas, como o Fundo Amazônia. Vale ressaltar que, no caso de descumprimento das condições do financiamento não reembolsável, a instituição beneficiada é obrigada a restituir os recursos ao Banco. FUNDOS GARANTIDORES Há ainda fundos que complementam garantias de financiamentos do BNDES, como o Fundo Garantidor de Inves-timentos (FGI), importante instrumento para ampliar o acesso ao crédito das micro, pequenas e médias empresas. Nesse caso, não há desembolsos para as operações, apenas pagamentos ao agente que assumiu o risco de crédito nos casos de inadimplência. EM FOCO As Políticas Operacionais (PO) consolidam a regulamentação do portfólio de políticas, produtos e instrumentos financeiros do BNDES e são acompanhadas regularmente para atualização. Ao longo do ano de 2013, as POs foram revisadas e estão em vigor desde fevereiro de 2014. Alinhadas às diretrizes do governo, têm foco na manutenção e ampliação do investimento, ao mesmo tempo em que abrem espaço à maior participação do setor privado no financiamento de longo prazo. O portfólio de instrumentos foi simplificado e as novas condições permitem alteração gradativa dos níveis de partici-pação do Banco e do perfil de custo financeiro, com redução de participação em Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e ampliação de outras moedas nas operações de financiamento. Os setores prioritários contam com os menores custos financeiros, os maiores prazos e os maiores percentuais de participação do Banco. Paralelamente à revisão, foi mantido o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do Governo Federal para a aquisição ou apoio à exportação de bens de capital e investimentos em inovação, com suas condições reade-quadas para 2014. Apoio financeiro Mais BNDES SAIBA MAIS RELATÓRIO ANUAL 2013 10
  • 15. PRINCIPAIS PRODUTOS DESEMBOLSOS E NÚMERO DE OPERAÇÕES − 2013 BNDES Não reembolsável iniciativas de caráter social, cultural, ambiental, científico ou tecnológico BNDES Exim exportação pré e pós-embarque BNDES Finem financiamento a empreendimentos BNDES Finame Leasing arrendamento mercantil de máquinas e equipamentos nacionais 418 R$ 10,0 bilhões CARTÃO BNDES 759.729 Cartão BNDES crédito rotativo, pré-aprovado, para aquisição de produtos, insumos e serviços cadastrados BNDES Automático financiamentos a empreendimentos de até R$ 20 milhões BNDES FINAME AGRÍCOLA BNDES Finame produção e comercialização de máquinas e equipamentos nacionais BNDES Mercado de Capitais (produto operado pela subsidiária BNDESPAR) subscrição de valores mobiliários, títulos corporativos em ofertas públicas e fundos de investimento BNDES MERCADO DE CAPITAIS BNDES Finame Agrícola produção e comercialização de máquinas e equipamentos agrícolas nacionais R$ 0,4 bilhão R$ 0,2 bilhão 218 BNDES NÃO REEMBOLSÁVEL R$ 9,7 bilhões 457 BNDES EXIM R$ 5,6 bilhões 410 BNDES EXIM BNDES FINAME LEASING R$ 11,3 bilhões BNDES FINEM 543 R$ 14,6 bilhões BNDES AUTOMÁTICO 123.525 R$ 3,5 bilhões 87 R$ 12,2 bilhões 68.574 R$ 58,1 bilhões 188.097 BNDES FINAME R$ 64,9 bilhões BNDES FINEM 2.204 POR VALOR POR NÚMERO DE OPERAÇÕES OPERAÇÃO DIRETA OPERAÇÃO INDIRETA NÃO AUTOMÁTICA OPERAÇÃO INDIRETA AUTOMÁTICA RELATÓRIO ANUAL 2013 11
  • 16. 190 R$ bilhões DESEMBOLSADOS EM 1.144.262 OPERAÇÕES Cenário econômico Os desembolsos do BNDES em 2013 refletiram os esforços da instituição para a sustentabilidade do crédito na sequência da crise de 2008 e da crise europeia. Em sintonia com o cenário atual de re-tomada dos investimentos e sob orientação do Governo Federal, o Banco prevê o início de um processo cauteloso de moderação de suas ativida-des nos próximos anos. Nesse sentido, os enqua-dramentos e aprovações de 2013 já apresentaram discreto recuo de 7% e 8%, respectivamente. Controle Em 2013, o BNDES recebeu diligências e passou por auditorias, que, juntas, totalizaram 706 demandas por informações, todas devidamente tratadas. SAIBA MAIS Desempenho 2013 Estatísticas Operacionais do Sistema BNDES R$ 5,2 BILHÕES INOVAÇÃO R$ 19,5 BILHÕES DESENVOLVIMENTO SOCIAL R$ 24,4 BILHÕES ECONOMIA VERDE O BNDES em números Presente em todos os setores da eco-nomia, o Banco atende a clientes das cinco regiões do país e de diferentes portes, de micro e pequenas empresas a grandes companhias, setor público e terceiro setor. Nas suas ações, tem, como orientação estratégica, o estímulo à inovação, ao desenvolvimento local e regional e ao de-senvolvimento socioambiental, aspectos que elegeu como os mais importantes do fomento econômico no contexto atual. Em 2013, foram desembolsados R$ 190 bilhões, com destaque para o crescimen-to de 17,5% em relação a 2012, em in-fraestrutura, um setor prioritário, para o alcance de novos recordes no apoio a micro, pequenas e médias empresas e à inovação e para a sustentação dos pata-mares de desembolsos para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A ilustração a seguir apresenta os prin-cipais números do desempenho opera-cional do BNDES em 2013. 3 4 5 RELATÓRIO ANUAL 2013 12
  • 17. Distribuição dos desembolsos por região NORTE SUL CENTRO-OESTE NORDESTE 46% SUDESTE 23% 7% 11% 13% AGROPECUÁRIA INFRAESTRUTURA INDÚSTRIA COMÉRCIO/SERVIÇOS 33% 27% 10% 30% GRANDE MPME GRANDE 67% 33% MPME 4% 96% Os patamares de desembolso nas regiões do país mantiveram-se está-veis em relação aos anos anteriores, destacando-se um aumento para a Região Sul. (em valor) Distribuição dos desembolsos por setor (em valor) Distribuição dos desembolsos por porte de cliente (em valor) Distribuição do número de operações por porte de cliente O apoio ao segmento das micro, pequenas e médias empresas (MPME) e pessoa física continua expressivo: 96% das operações de apoio finan-ceiro realizadas em 2013 são deste segmento. Responsáveis pelos grandes investimentos na economia, as companhias de maior porte são fundamentais para o desenvolvimento do país. Das 1.000 maiores empresas brasileiras do ranking divulgado pelo jornal Valor Econômico em agosto de 2013, 783 foram financiadas pelo BNDES no período de cinco anos, de 2007 a 2012. RELATÓRIO ANUAL 2013 13
  • 18. O Banco registrou lucro líquido de R$ 8,150 bilhões em 2013, mantendo-se no mesmo patamar dos R$ 8,126 bilhões registrados no ano anterior.* O desempenho expressivo se sustenta, a exemplo de outros anos, apesar do Passivo total Ativo total momento do mercado de capitais e do processo de redução das taxas cobradas pelo BNDES, em linha com o esforço do Governo Federal de estimular o investi-mento produtivo. 2009 2010 2011 2012 2013 Fluxo de caixa por fonte de recursos O retorno das operações do BNDES constitui a principal fon-te de recursos para execução de seu orçamento de desembolsos e investimentos. 77,4% Retorno das operações Tesouro Nacional Monetização de ativos FAT Outras 8,3% 8,4% 2,8% 3,1% * Os valores referentes a 2012 divulgados anteriormente foram ajustados para fins de comparação conforme requerido pelas normas de contabilidade. 387 bilhões 549 bilhões 625 bilhões 715 bilhões 782 bilhões O BNDES em números SAIBA MAIS Desempenho 2013 Informações Financeiras RELATÓRIO ANUAL 2013 14
  • 19. Carteira de crédito e repasses Créditos classificados entre os níveis AA e C, considerados de baixo risco, representam 99,7% da carteira total, percentual superior à média de 93,3% do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Inadimplência BNDES X SFN 3,2% 0,15% 3,6% 3,6% 0,14% 0,06% BNDES SFN 3,0% 4,3% 0,20% 0,01% 2009 2010 2011 2012 2013 A inadimplência atingiu 0,01% em 31.12.2013, a menor taxa da história do BNDES, refletin-do a gestão e a qualidade desta carteira, a consistência das políticas operacionais e o papel do BNDES como banco de desenvolvimento. O volume de renegociações realizadas durante 2013, que equivale a 1,2% da carteira, é mais um indicador que confirma essa qualidade. Outros ativos Títulos e valores mobiliários Composto por títulos públicos e de-bêntures (títulos de dívida emitidos por empresas), que representam uma das formas de apoio do BNDES. Participações societárias Compreende ações aportadas como capital no BNDES pela União e parti-cipações societárias de caráter mino-ritário e transitório – um instrumento de apoio ao processo de capitalização e desenvolvimento de companhias nacionais, bem como de fortalecimen-to do mercado de capitais. A redução de 9,3% na comparação 2012-2013 foi provocada pela desvalorização da carteira, acompanhando o momento do mercado de capitais. Tesouro Nacional Desde 2010, o TN é o principal credor do BNDES. O custo destes recursos está majoritariamente atrelado à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) Fonte de recursos assegurada pela Constituição Federal com custo atre-lado principalmente à TJLP. Dentro de limites estabelecidos na própria Cons-tituição, parte destes recursos pode ter seu custo atrelado ao dólar. Captações no exterior Patrimônio líquido Com o objetivo de aumentar a ca-pacidade operacional e fortalecer sua estrutura de capital, em 2013 o BNDES celebrou com a União um ins-trumento elegível a capital no valor de R$ 15 bilhões. Indicadores prudenciais Mínimo Apurado Índice de Basileia 11,0% 19,2% Índice de Capital Principal 4,5% 10,7% Índice de Capital Nível 1 5,5% 12,8% Lucro líquido Resultado de participações Resultado da intermediação financeira Despesas tributárias Outras receitas/(despesas) Resultado (em R$ milhões) 3.990 5.815 (2.784) (286) (4.879) (3.549) (3.618) (4.751) Resultado de intermediação financeira O aumento de 7,6% diante de 2012 é explicado pelos efeitos positivos da provisão para risco de crédito, que representa a expectativa de perda no recebimento das operações de crédito. Mudanças nessa expectativa podem resultar em aumento da despesa com provi-são ou reversão de provisão constituída a maior em períodos anteriores, situação esta que ocorreu em 2013. Resultado de participações societárias Resultado influenciado por condições de mercado, que se apresentaram desfavoráveis nos últimos dois anos. Riqueza gerada e distribuída Importante indicador de avaliação do papel social, a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) apresenta, segundo uma visão global de desempenho, a contribuição da empresa na geração de riqueza para economia na qual está inserida e sua efetiva distribuição entre os empregados, o governo, os agentes financiadores e seus acionistas. A riqueza ge-rada e distribuída pelo BNDES em 2013 foi de R$ 14.431 milhões, desempenho 9,7% supe-rior ao de 2012. Valor adicionado distribuído | 2013 2009 6.159 6.962 2.644 2.452 9.891 7.205 11.578 12.457 (1.258) (1.570) (2.478) (2.008) 2010 2011 2012 2013 0,6% 30,1% 34,1% 8,8% 26,4% Remuneração de capitais próprios Colaboradores Impostos, taxas e contribuições Lucros retidos Aluguéis 6.735 9.913 9.048 8.126 8.150 Debêntures BNDESPAR As captações no exterior e as debêntu-res BNDESPAR constituem fontes adi-cionais de recursos às captações nos mercados doméstico e internacional. Operações compromissadas Outras obrigações 6 RELATÓRIO ANUAL 2013 15
  • 20. Estratégia e visão de futuro DESENVOLVER O PAÍS E DESENVOLVER-SE Em todo o mundo, os bancos de de-senvolvimento estão debruçados sobre questões de curto e de longo prazo. Tanto as relacionadas aos desafios na-cionais para o desenvolvimento – em um cenário global de incertezas econô-micas e financeiras, oportunidades para inovação, e demandas sociais e ambien-tais crescentes –, como as que dizem respeito a suas atividades: regulação e governança, captação de recursos e sustentabilidade financeira, formas de trabalho e cooperação, avaliação de efetividade, diálogo e transparência. Essa também é a agenda do BNDES, marcada por suas peculiaridades insti-tucionais e pelos desafios do desenvol-vimento brasileiro dos próximos anos. O Planejamento Estratégico Corpo-rativo da instituição orienta todas as ações do Banco em quatro grandes perspectivas: Desenvolvimento Sus-tentável e Competitivo, Sustentabili-dade Financeira, Processos Internos e Aprendizado e Competências. A primeira diz respeito ao desenvol-vimento que o Banco busca para o Brasil, baseado nos planos de gover-no e no momento econômico atual. As demais perspectivas, embora tam-bém estejam articuladas ao ambiente externo, são voltadas ao desenvolvi-mento do BNDES, de seus produtos, processos e governança. A gestão da estratégia é um pro-cesso participativo em diferentes instâncias internas e é monitorada trimestralmente por um comitê do qual participam diretores e superin-tendentes, para acompanhamento da evolução do BNDES na direção dos objetivos estabelecidos. Para os próximos anos, o cenário re-força a necessidade de ampliação e modernização da infraestrutura, da inclusão social e produtiva, da inova-ção, da produtividade e competitivi-dade, da inserção internacional das empresas brasileiras, da sustentabi-lidade socioambiental, da promoção de desenvolvimento regional e da maior aproximação com seus públi-cos de interesse. EM FOCO O ano de 2013 foi marcado pelo ama-durecimento e a institucionalização das práticas de planejamento e gestão da estratégia, com a formalização des-se processo. Um dos frutos da gestão da estraté-gia é a concepção anual da carteira de projetos corporativos para a melhoria da qualidade e eficiência da atuação do Banco e de seus resultados para a sociedade. Em 2013, essa carteira foi composta com dez projetos relaciona-dos a: Inovação; Gestão da Sustenta-bilidade; Internacionalização; África, América Latina e Caribe; Instrumentos de Renda Fixa; Garantias; Relaciona-mento Externo; AGIR e governança de processos; Gestão Estratégica de Pes-soas; e Efetividade. À luz do planejamento estratégico e dos capitais utilizados pelo BNDES para a promoção do desenvolvimento sustentável e competitivo, foram organizadas, em quatro blocos, as principais realizações de 2013: • Promoção do desenvolvimento: entregas para a sociedade brasileira • Práticas de gestão e relacionamentos: processos, parcerias e diálogo • Sustentabilidade financeira: uma instituição sólida • Desenvolvimento de competências: capacitação, reconhecimento e desenvolvimento dos empregados RELATÓRIO ANUAL 2013 16
  • 21. Promoção do DESENVOLVIMENTO Infraestrutura: um setor decisivo Inovação, socioambiental e regional Inclusão social e produtiva Competitividade das empresas brasileiras Geração de conhecimento Práticas de gestão e RELACIONAMENTOS Desenvolvimento DE COMPETÊNCIAS Ambiente inovador Desenvolvimento profissional e pessoal Gestão estratégica de pessoas SUSTENTABILIDADE financeira Integração de produtos financeiros Estrutura patrimonial Gestão de riscos e retorno Práticas de gestão Relacionamentos RELATÓRIO ANUAL 2013 17
  • 22. Série de desembolsos para infraestrutura (em R$ bilhões) Destaques do apoio à infraestrutura em 2013 (em R$ bilhões) 48,7 2009 52,4 56,1 52,9 62,2 2010 2011 2012 2013 ENERGIA 20,0 EM FOCO Estruturação de projetos Estruturação de concessões de dois aeroportos, o Galeão, no Rio de Janeiro, e Confins, em Minas Gerais, cinco trechos rodoviários (BR-050 GO-MG, BR-060/153/262 DF-GO-MG, BR-163 MT, BR- 163 MS e BR-040 DF-GO-MG) e de dois projetos de saneamen-to básico e distribuição de água. Estima-se que os consórcios ven-cedores desses leilões investirão, nos próximos trinta anos, mais de R$ 38 bilhões. Concessões Aprovado apoio financeiro para os planos de investimento dos aeropor-tos de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e Brasília, no Distrito Fe-deral, visando à ampliação e moder-nização dessas unidades, que foram objeto de leilão em 2012. Transmissão de energia Projetos de expansão da rede de transmissão de energia estão entre as aprovações mais expressivas de 2013, no montante de R$ 4,7 bi-lhões. Essas iniciativas são de grande importância para o sistema de ener-gia brasileiro, pois contribuirão para a adição de energia renovável ao parque gerador e promoverão inter-câmbio energético entre as regiões do país, o que maximiza a comple-mentaridade dos aproveitamentos energéticos das fontes hidrelétrica, eólica e biomassa, evitando desper-dícios de recursos. Saneamento Aprovação de apoio às empresas Prolagos Concessionária de Serviços Públicos de Água e Esgoto, no Rio de Janeiro, Águas de Andradina S.A., Águas de Castilho S.A. e Foz do Brasil − Rio Claro, em São Paulo, e Cia. de Saneamento do Paraná (Sanepar) na ordem de R$ 880 mi-lhões, bem como o apoio ao estado de Espírito Santo para aporte de ca-pital na Companhia Espírito Santen-se de Saneamento (Cesan). LOGÍSTICA 9,4 Educação Implantação do Projeto Inova Belo Horizonte (MG), uma parceria pú-blico- privada, que visa à construção, instalação completa de mobiliário e parcial de equipamentos, forneci-mento de materiais pedagógicos e serviços de alimentação e merenda. O escopo contempla 32 unidades de educação infantil e cinco escolas municipais de ensino fundamental, com 18.880 crianças atendidas, re-duzindo 31,8% do déficit de vagas do ensino infantil e 40% do déficit de vagas do ensino fundamental no município de Belo Horizonte, apenas com essa operação. A ampliação e modernização das redes de logística, energia, comunicações, mobilidade urbana, saneamento, saúde, educação e segurança, bem como o aperfeiçoamento da gestão pública voltada ao planejamento e operacionalização desses investimentos, são uma alavanca para o desenvolvimento. Avanços em infraestrutura promovem a melhoria da qualidade de vida da população, integram as regiões e aumentam a competitividade e a produtividade de empresas em todas as atividades econômicas, motivo pelo qual esse setor tem recebido apoio expressivo do BNDES, principalmente no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A partir de 2013, o Banco reforçou sua atuação em articulação com o Governo Federal para o PAC Mobilidade e o programa de concessões de infraestrutura de logística de transporte e energia, este com investimentos estimados em US$ 235 bilhões. O apoio à infraestrutura conta com condições favo-ráveis de financiamento em relação a prazos e custos financeiros, o que, além de garantir a viabilidade de projetos de maior risco e complexidade, é decisivo para que os serviços públicos tenham tarifas menores ao entrar em operação. Além de conceder apoio financeiro, o BNDES auxilia os governos federal e estaduais na estruturação de concessões e de parcerias público-privadas (PPP). Em 2013, o Banco ajudou na elaboração dos parâmetros para as concessões à iniciativa privada de aeroportos, rodovias e redes de água e esgoto. Em linha com o objetivo de fortalecer o mercado de capitais brasileiro e contribuir para o aumento dos in-vestimentos privados em infraestrutura, o apoio do BNDES inclui produtos de renda fixa e variável e passa também pela compra de participação em companhias que possam disputar os leilões de concessões públicas e prospectar novos negócios. Infraestrutura: um setor decisivo RELATÓRIO ANUAL 2013 18
  • 23. Mobilidade urbana Três contratações importantes de mobilidade urbana em metrópoles ocorreram em 2013, referentes a financiamentos para a implantação da Linha 15 do Metrô de São Paulo, para a execução da Linha 4 do Me-trô da cidade do Rio e de plano de investimento da concessionária Su-perVia, que opera a rede ferroviária da região metropolitana da capital fluminense. Os contratos têm valores de, respectivamente, R$ 1,7 bilhão, R$ 4,3 bilhões e R$ 1,6 bilhão. Saúde Segunda etapa das obras de im-plantação e instalação de mobiliário e de equipamentos para o Hospital Metropolitano de Belo Horizonte, em parceria público-privada com o município de Belo Horizonte (MG). O projeto contempla ainda a con-cessão administrativa da operação gerencial do hospital. A unidade ocupará 41,2 mil m2, distribuídos em 11 andares, com capacidade total de 320 leitos. O projeto prevê investimento total de R$ 216 mi-lhões, sendo 70% (R$ 173 milhões) financiados pelo BNDES. Rodovias Programa de construção, ampliação e readequação de rodovias distribuídas por todo o estado de Goiás, bem como construção de pontes, viadutos, pra-ças de pesagem e outras obras, todas em fase de execução, com interven-ção em aproximadamente 2 mil km de extensão de rodovias. Programa Mato Grosso Integrado, Sustentável e Competitivo, vinculado ao Plano de Desenvolvimento do Es-tado “MT+20”, o qual define as di-retrizes estratégicas de longo prazo do estado. Os projetos financiados pelo BNDES visam mitigar gargalos logísticos, com investimentos na pavimentação de aproximadamente 2 mil km de rodovias, aumentando a malha pavimentada estadual em 49%. O financiamento previsto é de R$ 1,4 bilhão, devendo os investi-mentos ser efetuados até 2016. No Mato Grosso do Sul, são vinte trechos rodoviários apoiados, so-mando mais de 1,3 mil km de exten-são de rodovias. Road show do Governo Federal Em linha com o apoio ao programa de concessões de infraestrutura do Governo Federal, o BNDES partici-pou do esforço para divulgar opor-tunidades a investidores estrangei-ros, em road shows em cidades dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França e China, voltados para representantes de fundos so-beranos, bancos de investimentos, consultorias e empresas operado-ras de serviços de utilidade pública. Essa iniciativa foi estruturada como um dos frutos do projeto corporati-vo Internacionalização. Um importante resultado do projeto corporativo de Instrumentos de Renda Fixa foi o lançamento, em 2013, do produto BNDES Debêntures de Infraestru-tura, que busca estimular emissões de debêntures (tí-tulo de crédito de sociedades anônimas) por projetos do setor. Esse novo produto foi concebido para que, em uma primeira etapa, o Banco apoie, em parceria com o mercado de capitais, emissões de debêntures de projetos em montante de até R$ 300 milhões. O objetivo é a construção de uma carteira composta por debêntures com menor potencial de acessar uma base ampla de investidores. Uma vez formada essa carteira diversificada de títulos, o Banco estruturará um fundo de investimento em debêntures do setor de infraestrutura. Esse fundo, por sua vez, buscará esforço amplo de distribuição e pulverização de suas cotas, com o objetivo de trazer novos investidores para participar do financiamento dos projetos de in-fraestrutura do Brasil. Outro projeto corporativo, para responder à comple-xidade crescente das operações de investimento, no-tadamente do Programa de Investimentos em Logísti-ca do Governo Federal, avançou na questão de garan-tias, estudando esquemas para project finance (forma de engenharia financeira suportada contratualmente pelo fluxo de caixa de um projeto, utilizando como garantia os ativos e recebíveis do empreendimento) e apoiando a estruturação da Agência Brasileira Ges-tora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF) e do Fundo Garantidor de Infraestrutura (FGIE). No apoio à infraestrutura, o BNDES também observa, em especial, os impactos dos investimentos de maior escala, atento às medidas mitigadoras socioambientais e às opor-tunidades para o território, de acordo com sua Política de Atuação no Entorno de Projetos. Assim, o Banco contri-bui para a execução das estratégias de desenvolvimento do país, a geração de novos postos de trabalho e maior nível de renda para os habitantes das regiões investidas. Atuação no mercado de capitais (em R$) TELECOMUNICAÇÕES 2,7 Na carteira de investimentos do BNDES, por meio de sua subsidiária BNDESPAR, no mercado de capitais, destacam-se as participações nas seguintes empresas: ODEBRECHT TRANSPORT (OTP): holding com participa-ção em 19 outras empresas de diversos setores de infraes-trutura: rodovias, logística e mobilidade urbana. 1 bilhão TRIUNFO PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS: holding que atua em diversos setores de infraestrutura no Brasil: ro-dovias, portos, cabotagem, geração de energia e aeroportos. 286 milhões OCEANA: empresa dedicada à construção e serviços de afretamento de embarcações de apoio marítimo de baixo custo para setor de petróleo e gás. 105 milhões MOBILIDADE URBANA 3,5 Os desembolsos para mobilidade urbana foram destinados a 12 operações e representaram um aumento de 105% em relação a 2012, quando as liberações para o segmento foram de R$ 1,7 bilhão. O crescimento é uma tendência, em função da realização dos in-vestimentos previstos no âmbito do PAC Mobilidade. RELATÓRIO ANUAL 2013 19
  • 24. 11,2 11,7 10,9 13,3 22,1 17,2 18,8 21,0 Petróleo e gás 2009 2010 2011 2012 As novas demandas de produção no pré-sal exigem grandes investi-mentos em inovação. O BNDES está financiando o plano de investimen-tos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Petrobras e o Centro de Pesquisa no Parque Tecnológico da Ilha do Fundão (RJ) da empresa francesa Vallourec, especializada em soluções tubulares e fornecedora de tubos e conexões para poços de pro-dução e exploração offshore. Criatec II 71,7 Iniciado em 2013, o Fundo Criatec II tem prazo total de dez anos e o ob-jetivo de investir em empresas inova-doras com faturamento de até R$ 10 milhões, nos setores de Tecnologia da Informação e Comunicação, Biotec-nologia, Novos Materiais, Nanotecno-logia e/ou Agronegócios. A iniciativa almeja apoiar o desenvolvimento de ecossistemas locais de inovação, a implantação de melhores práticas de governança e gestão e a difusão das culturas empreendedora e de capital de risco. O patrimônio total com-prometido é de R$ 186 milhões, e a BNDESPAR irá integralizar 66,5%. 20,7 30,1 29,7 Chamada pública Na estratégia de desenvolvimento de uma indústria de venture capital que seja parceira do Banco na ampliação dos recursos voltados a empresas ino-vadoras de menor porte, foi aprovada a realização de chamada pública para seleção de Fundo de Investimento em Participações (FIP) para empresas dos setores aeronáutico, aeroespa-cial, defesa e segurança. O FIP é uma parceria com a Embraer, a Agência de Fomento do Estado de São Paulo S.A. (Desenvolve São Paulo) e a Finep, com patrimônio comprometido esti-mado de R$ 130 milhões. Os desafios regionais, socioambientais e da inovação para o desenvolvimento sustentável e competitivo do Brasil demandam que o BNDES priorize o fomento tanto à promoção de investimentos com foco em cada uma dessas dimensões, como às possibilidades de integração dessas dimensões entre si e com as diferentes formas de atuação e projetos apoiados pelo Banco. Assim, dada a transversalidade desses temas, além dos destaques ora apresentados, a atuação socioambiental, regional e de inovação do BNDES também permeia as demais entregas para a sociedade brasileira ressaltadas ao longo deste relatório. Inovação Fundamental para melhorar o posicio-namento competitivo das empresas bra-sileiras e promover o desenvolvimento, a inovação é prioritária para o BNDES. Ela contribui para a criação de empre-gos qualificados e para o aumento da eficiência produtiva, gerando valor eco-nômico e social sustentado para o país. Para orientar suas prioridades no apoio a essa dimensão, o BNDES utiliza principalmente como referência o Plano Brasil Maior e a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI). Em março de 2013, foi lançado o Plano Inova Empresa, do Governo Federal. Com R$ 32 bilhões em recursos para as empresas brasileiras investirem em inovação e tecnologia, ele tem o BNDES e a Finep Inovação e Pesquisa como agentes executores. O plano refletiu num aumento do número de consultas de projetos de inovação já ao longo do ano e deve contribuir para a continuidade do crescimento dos desembolsos totais para inovação em 2014. O Banco vem ampliando e diversificando a carteira de projetos, somando esforços tanto no apoio com li-nhas de financiamentos específicas, que contam com baixos custos financeiros, como na atuação em renda variável, a partir do investimento direto ou por meio dos fundos nos quais é cotista. Assim, é possível ofe-recer produtos flexíveis às necessidades e realidades das empresas de base inovadora e tecnológica. A atuação do BNDES é também fundamental no fo-mento a ecossistemas inovadores que se alinham na Série de desembolsos por regiões (em R$ bilhões) Norte Nordeste Sudeste Sul 10,7 20,1 Centro- Oeste 2013 Inovação, socioambiental e regional EM FOCO 3 13,8 25,7 87,0 72,4 98,0 68,2 43,1 29,1 20,9 11,4 11,3 RELATÓRIO ANUAL 2013 20
  • 25. geração de projetos produtivos, engendrando uma rede complexa de agentes, tais como fundos de investi-mento, incubadoras, empreendedores e universidades. A dimensão territorial é um desafio permanente em um país com a extensão e diversidade econômica, sociocultural e ambiental do Brasil. E o BNDES tem adotado diversas escalas para trabalhar o tema do de-senvolvimento 39 55 104 185 Óleos vegetais 88 64 Unindo inovação e sustentabilidade ambiental, a tecnologia de trans-formação de açúcares vegetais de baixo custo em óleos de alto valor pode substituir ou melhorar os óleos derivados de petróleo, vegetais e gorduras animais. A implantação da primeira unidade de produção em grande escala desses óleos re-nováveis no Brasil, da joint venture Solazyme e Bunge, teve financia-mento de R$ 246 milhões aprovado. Regional 104 154 Outro avanço na área de química verde promete aumentar a produti-vidade dos combustíveis renováveis brasileiros. Trata-se do etanol de segunda geração (2G), ou etanol ce-lulósico, que utiliza não só o caldo, como também o bagaço e a palha da cana, resíduos da produção do etanol comum (1G). Em 2013, o BNDES apoiou duas empresas que regional. O Banco mantém operações com todos os estados brasileiros e com diversos municípios. A partir de 2012, a atuação com entes federativos estaduais se potencializou com a edição de dois novos programas, o Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal (Proinveste) e o Programa Especial de Apoio aos Estados (Propae). Esses financiamentos têm contribuído para o aperfeiçoamento da infraestrutu-ra local e para o desenvolvimento regional, por meio da melhoria da qualidade de vida da população e da implantação de infraestrutura para suporte de ativi-dades econômicas. Outra escala de atuação local e regional é a do entorno de projetos, que conta com diferentes instrumentos de apoio. Essa estratégia integra a abordagem de desenvol-vimento territorial sustentável em função de financia-mento de atividades econômicas. O objetivo é promover o desenvolvimento nas áreas de influência de projetos financiados pelo BNDES, mobilizando a atuação inte-grada do empreendedor-âncora, do poder público e de demais agentes interessados. Uma das ferramentas é a promoção de uma agenda de desenvolvimento participa-tiva, discutida e desenhada pelo e para o território, consi-derando a nova dinâmica econômica e social e as oportu-nidades catalisadas pelo projeto de investimento. Alguns projetos já estão sendo trabalhados com essa abordagem, que também orienta as discussões sobre os investimentos sociais das empresas (gráfico nesta página). Na escala macrorregional, ampliando os níveis de in-vestimento, os montantes desembolsados para todas as regiões aumentaram em 2013; embora, quanto à participação relativa, tenha havido uma reorganiza-ção entre as cinco macrorregiões, com um aumento da Região Sul em relação às demais. Linha de Investimentos Sociais de Empresas (ISE) Série de desembolsos para inovação* (em R$ bilhões) (Finep) (Finep) 5,2 (Finep) * Valores Finep são parte do total indicado no gráfico. estão apostando na tecnologia, a Granbio e a Raízen, responsáveis pe-las primeiras unidades de etanol 2G do Brasil. A disseminação do etanol celulósico no Brasil poderá promover a diminuição do atual patamar de custos do setor, contribuindo para estimular novos investimentos, maior geração de emprego e renda e a redu-ção da importação de combustíveis. 2009 2010 2011 2012 2013 26 53 Desembolsos (em R$ milhões) No de operações 0,6 1,4 2,7 1,0 3,3 1,1 1,9 2009 2010 2011 2012 2013 continua Etanol 2G 7 RELATÓRIO ANUAL 2013 21
  • 26. Socioambiental O BNDES financia projetos com obje-tivos predominantemente sociais ou ambientais e também conta com pro-dutos e instrumentos de apoio a outros setores, com condições financeiras que podem ser diferenciadas em função de padrões de sustentabilidade. Os indicadores de apoio ao Desenvol-vimento Social e à Economia Verde e Mudanças Climáticas, formulados para aferir os esforços do BNDES em relação a outras instituições financiadoras de desenvolvimento nacionais e interna-cionais, apontam avanços no desempe-nho dos desembolsos em 2013. Dentre os focos ambiental e social es-pecíficos, destaca-se a ampliação con-sistente do apoio a iniciativas voltadas à preservação de importantes regiões naturais do pla-neta e ao aumento da eficiência energética no país, por meio do Fundo Amazônia, do Fundo Social Inicia-tiva BNDES Mata Atlântica e do Fundo Clima. Outro destaque é a Linha de Investimentos Sociais de Empresas (ISE), que vem crescendo em volume e no aperfeiçoamento de projetos (gráfico na página ante-rior). Com condições financeiras diferenciadas, é uma ferramenta importante para a indução de práticas so-cialmente responsáveis nas empresas apoiadas pelo Banco nos mais diversos setores econômicos. Entre os investimentos, que são adicionais e não obrigatórios por força da lei, os mais comuns são: a formação de mão de obra especializada nas comunidades locais, investimentos na infraestrutura local e em educação e saúde, bem como o estímulo a novas atividades eco-nômicas, a fim de melhorar a qualidade de vida da população tanto nas áreas de influência dos projetos financiados como em âmbito nacional. 2009 2010 2011 2012 19,9 8,6 18,0 10,6 18,5 7,7 20,8 17,1 Em 2013, foram apoiados 104 proje-tos, entre os quais: o Programa Cata-vento, da empresa Renova, com orça-mento total de R$ 9,4 milhões e atua-ção em toda a região do Alto Sertão da Bahia. São mais de 15 projetos que visam ao desenvolvimento do territó-rio, com quatro dimensões de impac-to: socioeconomia, cultura e patrimô-nio, meio ambiente e desenvolvimen-to organizacional. Destacam-se ações voltadas para a geração de renda: na produção agrícola familiar para o pro-grama da merenda escolar; educação ambiental comunitária para assegurar a qualidade da água; organização das cadeias produtivas da mandioca e do tomate; oportunidades de trabalho para mulheres costureiras; e cultivo de frutas no sertão. Composição dos desembolsos para economia verde em 2013 Transporte de carga (10,0%) Outros (0,4%) Visando à inclusão social por meio do acesso à bioenergia, vale ressaltar o apoio aos investimentos sociais da Rio Branco Transmissão de Energia, para a produção de biocombustível (diesel vegetal) na comunidade de Nova Cintra, da Região do Juruá, no estado do Acre. Será implantada uma unidade de craqueamento ca-talítico de óleos e gorduras, com o aproveitamento do subproduto da extração primária do óleo de muru-muru, buriti e outros. As comunida-des já comercializam os óleos para o mercado de cosméticos, mas há um excedente considerável de óleo que não atinge os padrões de qualidade aceitáveis. Esse combustível será usa-do para geração de energia e para o transporte fluvial. Floresta Florestas (4,3%) O BNDES está apoiando a restau-ração de mais de 24 mil hectares de Mata Atlântica por meio de fi-nanciamento reembolsável (linha BNDES Florestal) e não reembolsável (Iniciativa BNDES Mata Atlântica). O Banco avançou na execução dos projetos de sua carteira, sendo um deles considerado o maior do Brasil, com 21 mil hectares. Em 2013, foi iniciada a restauração, com as duas modalidades de financiamento, em 2.676 hectares. Série de desembolsos para economia verde e desenvolvimento social (R$ bilhões) Economia verde Desenvolvimento social 2013 24,4 19,5 continuação EM FOCO Linha ISE Inovação, socioambiental e regional 5 4 Energias renováveis e eficiência energética (29,3%) Transporte público de passageiros (11,5%) Gestão da água e esgoto (5,3%) Gestão de resíduos sólidos (2,0%) Melhorias agrícolas (0,2%) Hidrelétricas (acima de 30 MW) (35,3%) Adaptação a mudanças climáticas e gestão de riscos de desastres (1,6%) RELATÓRIO ANUAL 2013 22
  • 27. O Banco também aborda as dimensões social e am-biental na concessão de apoio financeiro a projetos de diferentes setores. No processo de avaliação, na forma direta e indireta não automática, o Banco ob-serva a conformidade socioambiental – com estrito rigor ao cumprimento da legislação brasileira e do li-cenciamento ambiental por parte das empresas; ava-lia o risco ambiental do projeto; e induz oportunida-des para aprimoramento dos investimentos e da ges-tão das empresas na dimensão socioambiental. Essa abordagem visa não só aumentar a competitividade dos negócios, mas também reforçar os potenciais im-pactos sociais e ambientais positivos do projeto, com inclusão social e respeito e valorização dos ativos am-bientais. Em 2013, 439 pedidos enquadrados foram passíveis de classificação ambiental, e o gráfico a se-guir mostra o perfil de risco ambiental da carteira de enquadramento. O BNDES apura o volume de interações com clientes em relação a riscos e oportunidades ambientais e sociais to-mando como critério o conjunto de operações diretas em que a interlocução sobre os aspectos socioambien-tais do projeto é mandatória (classificadas com maior potencial de risco ambiental, categoria A) e o conjunto de operações diretas em que houve fomento a investi-mentos sociais das empresas. Em 2013, o BNDES man-teve interlocução em relação a riscos e oportunidades ambientais e sociais com 134 empresas. 7 No âmbito do Projeto Corporativo Gestão da Susten-tabilidade, o BNDES fez também uma autoavaliação sobre suas políticas, governança, produtos, práticas e procedimentos relacionados com a integração das di-mensões social e ambiental em sua atuação. O traba-lho teve como objetivo identificar oportunidades de melhoria e teve como referência a minuta de resolu-ção do Banco Central (Bacen), colocada em audiência pública em setembro de 2012, a qual irá definir regras sobre responsabilidade socioambiental para todo o sistema financeiro nacional. AHE Belo Monte Um dos maiores desafios do país é o desenvolvimento sustentável do en-torno do AHE (Aproveitamento Hi-drelétrico) Belo Monte. Dando con-tinuidade a sua atuação na região, em setembro de 2013, o BNDES contratou um projeto, no âmbito do BNDES Fundo de Estruturação de Projetos (BNDES FEP), para apoiar os atores locais na construção de uma Agenda de Desenvolvimento Terri-torial (ADT). A conclusão dos tra-balhos está prevista para o último trimestre de 2014. Composição dos desembolsos para desenvolvimento social em 2013 O BNDES apoia os estados na im-plementação coordenada de inves-timentos que contribuem para o desenvolvimento regional, como no exemplo do estado do Pará. São pro-jetos estruturantes para o desenvol-vimento e a integração de diversas macrorregiões socioeconômicas do estado. No setor de logística, des-taca- se a recuperação da PA-150, importante eixo rodoviário norte-sul, que liga a Grande Belém a Marabá, porta de entrada do eixo econômi-co da mineração no sudeste do es-tado. No setor de mobilidade, cabe mencionar a implantação de novo sistema de transporte hidroviário na cidade de Belém, com a reforma e modernização de terminais de passa-geiros e, no setor de saúde, o apoio à construção do hospital regional Abelardo Santos, de alta e média complexidade, na região metropoli-tana da cidade. Regional Perfil de risco ambiental da carteira classificada Em valor Em quantidade de projetos 34% 48% 18% 47% 14% 39% Atividade relacionada a riscos de impactos ambientais significativos ou de alcance regional Atividade associada a impactos ambientais mais leves ou locais Atividade não apresenta, em princípio, risco ambiental Saúde (10,8%) Educação (2,6%) Inclusão produtiva (0,6%) Gestão pública (0,4%) Desenvolvimento urbano e regional (31,4%) Outros* (53,4%) Responsabilidade social das empresas (0,8%) 1 * Este item compreende as operações dos programas Proinveste e Propae. Como nesses programas não há abertura setorial, seus valores não puderam ser distribuídos em cada rubrica específica. A B C RELATÓRIO ANUAL 2013 23
  • 28. O apoio às micro, pequenas e médias empresas (MPME) de diversos setores e cadeias produtivas e à geração de trabalho e renda exige que o BNDES mantenha um portfólio de produtos e instrumentos de financiamento para garantir e ampliar o acesso ao crédito. O ano de 2013 foi marcado por bons resultados no apoio a MPMEs, segmento que mais cria empregos no país. Os desembolsos tiveram expansão de 27% em relação a 2012, uma alta que supera a própria taxa de crescimento das liberações globais do Banco. Fo-ram financiadas mais de 270 mil empresas por meio do Cartão BNDES e de outros instrumentos voltados, por exemplo, para a produção e a comercialização de máquinas e equipamentos novos, projetos de investi-mento e capital de giro. Série de desembolsos e número de operações por porte de cliente Número de operações Desembolsos (em R$ bilhões) 23.711 367.018 112,4 23,9 2009 43.350 566.544 122,8 45,6 2010 53.299 843.147 89,2 49,7 2011 38.822 989.618 105,9 50,1 2012 43.014 1.101.248 126,9 63,5 2013 GRANDE MPME Foram mais de 1 milhão de operações com 274.610 micro, pequenas e médias empresas (de um total de 279.515 empresas) EM FOCO Reciclagem O município de Duque de Caxias (RJ) tem o primeiro polo de recicla-gem do Brasil. A região da cidade onde funcionava o lixão de Jardim Gramacho, desativado em junho de 2012, agora conta com dois galpões voltados para recebimento, triagem, enfardamento e estocagem de resí-duos para venda, que vão empregar de forma profissional, inicialmente, 140 catadores. A iniciativa é resulta-do de uma parceria entre o BNDES, a Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (SEA), a Fundação Banco do Brasil (FBB) e a Petrobras, para a qual o Banco contribuiu com R$ 300 mil, destinados aos estudos de viabilidade para a construção do polo. O objetivo é que o espaço onde funcionava o lixão tenha, no total, oito galpões com maquinário, duas unidades de processamento de resíduos, além de um centro admi-nistrativo para cursos de qualificação profissional e uma creche. A ideia é promover a inclusão socioprodutiva de mais de 400 ex-catadores. Inclusão social e produtiva 3 Cartão BNDES A Homemade Alimentos, localizada em Itupeva (SP), foi a primeira cliente do Cartão BNDES a solicitar financia-mento para contratar o serviço de design de embalagens. Com a solu-ção da nova embalagem em mãos, a empresa voltou a utilizar o cartão, dessa vez para comprar máquinas e equipamentos para readaptação do processo produtivo. Com a remode-lagem dos potes de geleias e mel, a pequena empresa conquistou quatro prêmios, viu seu faturamento dupli-car e alcançou o segundo lugar em vendas de geleias no Sudeste. Cobertura O Centro-Oeste é a nova região do Brasil a ter Cartão BNDES em todos os seus municípios. O marco foi atin-gido com a emissão do cartão para o empresário Aílton Marcos, dono da mercearia Casa Marcos, em Trombas (GO), município de 3,5 mil habitan-tes a 412 quilômetros de Goiânia. A Região Sul foi a primeira a atingir 100% de cobertura. Na Região Nor-deste, Pernambuco é o novo estado a ter Cartão BNDES em todos os seus municípios. O feito foi celebra-do com a entrega do produto aos microempresários Sidinei Silva e Léia Miranda, proprietários da empresa Kota Construções, loja de materiais de construção de Carnaubeira da Penha, município de 12 mil habitan-tes a 480 km de Recife. Em seus 11 anos de existência, o Cartão BNDES já realizou mais de 2,6 milhões de operações e atende, atualmente, empreendimentos de menor porte em 97,3% dos municípios brasileiros. Portal do Cartão BNDES RELATÓRIO ANUAL 2013 24
  • 29. Lançado em 2003, o Cartão BNDES oferece crédi-to rotativo e pré-aprovado de até R$ 1 milhão para aquisição de produtos credenciados em seu portal de operações na internet. Em 2013, o cartão encerrou o ano com 23.853 fabricantes cadastrados, o que repre-sentou um aumento de 13% em relação ao período anterior, e bateu novos recordes de desembolsos. Dedicado a complementar as garantias exigidas nos financiamentos e, portanto, a ampliar o acesso ao crédito, o Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) registrou crescimento, em 2013, tanto no número de operações garantidas quanto no valor total financiado pelo Banco com a garantia (mais detalhes na próxima página). O Fundo conta com a participação do Tesouro Nacional, do BNDES e, até dezembro de 2013, de vin-te outras instituições financeiras – incluindo grandes bancos de varejo, bancos de montadoras, agências de fomento e bancos de desenvolvimento regionais. Principais produtos e programas no apoio a MPMEs Instrumentos 2013 (R$ bilhões) % total Variação % em relação a 2012 BNDES Finame/PSI 43,7 68,8 75,0 Cartão BNDES 10,0 15,8 5,0 Progeren 3,7 5,9 -30,4 Programas agrícolas 2,7 4,2 19,1 Outros 3,4 5,3 -57,6 Total 63,5 100,0 26,8 O Programa de Sustentação do Investimento (PSI), lança-do como parte das medidas do governo para mitigar os efeitos da crise financeira internacional sobre a economia brasileira, vem permitindo que as empresas brasileiras mantenham seus planos de investimento. O produto atingiu novos recordes, com R$ 10 bilhões em desembolsos, em 760 mil operações, números, respecti-vamente, 5% e 7% superiores aos observados em 2012. Os desembolsos do Programa BNDES de Apoio ao Fortale-cimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda (BNDES Progeren), outro instrumento que respondeu, na crise, pelo atendimento da demanda por programa capital de giro a MPMEs, tiveram esperado recuo. Esse declínio deve se manter nos próximos anos, quando se prevê maior participação de outras instituições financeiras nesse tipo de operação de crédito. continua Convivência com a seca Em apoio ao Programa Água para Todos, do Governo Federal, o BNDES, por meio de parcerias com a Fundação Banco do Brasil (FBB) e com a Associação Programa Um Milhão de Cisternas (AP1MC), ini-ciou a implantação de 20 mil cister-nas de segunda água (voltada para produção) no Semiárido. Além da construção das cisternas, o BNDES irá apoiar a implantação de bancos comunitários de sementes, para preservar, selecionar e armazenar as sementes nativas adaptadas ao Semiárido brasileiro. Agroecologia Em 2013, o BNDES, a Secretaria Geral da Presidência da República, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento, o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério do Desenvolvimento So-cial e Combate à Fome, a Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, a Companhia Nacional de Abasteci-mento (Conab), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embra-pa) e a Fundação Banco do Brasil celebraram um Acordo de Coo-peração Técnica, com a finalidade de coordenar ações voltadas para a implementação do Programa de Fortalecimento e Ampliação das Re-des de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica (Ecoforte). Esse programa é parte integrante do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo – Brasil Agroecológico) e visa incentivar o direcionamento dos fundos e ações de governo existentes para iniciati-vas da sociedade civil de promoção de agroecologia e produção orgâ-nica, possibilitando ampliar e for-talecer a produção, manipulação e processamento de produtos orgâni-cos e de base agroecológica, tendo como público prioritário mulheres e juventude de agricultores familia-res, assentados da reforma agrária, povos e comunidades tradicionais e suas organizações econômicas, tais como empreendimentos rurais, cooperativas e associações, consi-derando também os da agricultura urbana e periurbana. RELATÓRIO ANUAL 2013 25
  • 30. EM FOCO O apoio a projetos de agricultura fami-liar é outro destaque na democratização do acesso ao crédito. Em parceria com bancos de desenvolvimento, bancos coo-perativos, cooperativas de crédito e ou-tras instituições, o BNDES vem atuando em projetos com o objetivo de com-bater a pobreza rural e promover a in-clusão socioprodutiva de agricultores familiares, médios produtores rurais e assentados da reforma agrária. Entre as iniciativas, ressalta-se a realização de in-vestimentos coletivos, como obras civis, instalações em infraestrutura agropecuária, bem como aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas e in-centivo do cooperativismo de produção, por meio dos recursos dos Programas Agropecuários do Governo Federal, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e, tam-bém, com recursos não reembolsáveis do Fundo Social, este composto com parte dos lucros do BNDES. Tendo como referência as políticas públicas federais, o BNDES avançou na constituição de parcerias públi-cas e privadas, ampliando a escala de atuação tanto Resultados do Fundo Garantidor para Investimentos − comparação 2012-2013 20% 35% CRESCIMENTO DE INCREMENTO DE NO NÚMERO DE OPERA-ÇÕES APOIADAS COM GARANTIA DO FUNDO Mais de 50% dos Cooperativa de arroz Com 1.387 associados, a Cooperati-va dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre atua em 23 assentamentos, distribuídos em 15 municípios da Grande Porto Alegre. O principal produto é o arroz agroe-cológico, com cerca de 17 mil to-neladas produzidas na última safra, em uma área de 3.411 hectares. A cooperativa também produz leite (140 mil litros por mês), hortaliças, frutas e ervas medicinais. Os projetos apoiados pelo Banco contemplaram, entre outros itens, a aquisição de escavadeiras para limpeza e desas-soreamento de canais de irrigação e drenagem, a recuperação de solos, a montagem de secador, a implanta-ção de engenho de beneficiamento e a instalação de levantes para irriga-ção. A cooperativa pretende dobrar a capacidade de seus silos e estuda a implantação de uma planta de par-boilização de arroz. no valor total financiado com garantia do FUNDO beneficiários obtiveram crédito do BNDES pela PRIMEIRA VEZ O Fundo já garante ope-rações em todos os esta-dos do Brasil desde 2011 e vem registrando expansão mais acelerada nas regiões NORTE E NORDESTE. Essas regiões apresentaram crescimento de, respecti-vamente, 57% e 101% nos valores financiados. continuação ELEVAÇÃO NO VALOR MÉDIO DAS OPERAÇÕES GARANTIDAS com destaque para programas como BNDES Progeren e BNDES PSI Ônibus/Caminhões Cooperativa de arroz no Rio Grande do Sul Foto: Marcos Matias Cavalcante, empregado do BNDES Inclusão social e produtiva RELATÓRIO ANUAL 2013 26
  • 31. no meio urbano como no rural, com destaque para a disseminação de tecnologias sociais nos projetos de convivência com a seca no semiárido e o lançamento do Programa Terraforte, que objetiva a promoção da agroindustrialização de assentamentos da reforma agrária. Além dessas ações, citam-se o apoio comple-mentar a investimentos de inclusão produtiva dos es-tados da federação e a atuação em conjunto com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para estímulo aos pequenos empreendimentos da agricul-tura familiar que fornecem alimentos para os progra-mas governamentais. Por fim, vale ressaltar que o Fundo Amazônia tam-bém tem trazido importantes resultados para a inclu-são socioprodutiva, com sustentabilidade ambiental. Entre os 14 projetos aprovados pelo Fundo em 2013, metade tem como objetivo principal o apoio a ativi-dades produtivas sustentáveis por meio do fortaleci-mento de diversas cadeias produtivas, como pesca, se-mentes florestais, borracha e castanha, além do apoio à agricultura familiar. As iniciativas apoiadas visam propor soluções que aliem a produção e a conserva-ção ambiental, representando uma alternativa de de-senvolvimento sustentável para a Região Amazônica e suas populações. Combate à pobreza rural em 2013 Somente por meio do Pronaf representando um AUMENTO DE FOI DESEMBOLSADO R$ 1,7 BILHÃO EM 60 MIL EM RELAÇÃO AO VALOR OPERAÇÕES Fundo Garantidor para Investimentos O Banco Regional de Desenvolvi-mento do Extremo Sul (BRDE) é um importante agente financeiro do BNDES, tendo se posicionado entre os dez maiores repassadores de re-cursos em 2013. O BRDE é também um agente habilitado perante o Fun-do Garantidor para Investimentos (FGI) e sua experiência é um exemplo concreto do potencial do Fundo para a ampliação do acesso ao crédito no Brasil. Os números são evidência dis-so. No ano de 2013, nas operações de repasse feitas por esse agente financeiro com a garantia do FGI, percebe-se que o índice de novos beneficiários foi quase duas vezes superior ao registrado nas operações que não contaram com o apoio do Fundo. Trata-se de um caso repre-sentativo de como as instituições fi-nanceiras podem utilizar esse instru-mento para expandir suas carteiras de operações e, consequentemente, o volume de investimentos no seg-mento de MPMEs. 11% DESEMBOLSADO EM 2012 Expansão do cooperativismo em Territórios da Cidadania O BNDES, as Cooperativas de Cré-dito Cresol Baser e Cresol Central assinaram contratos de colabora-ção financeira não reembolsável. O projeto visa promover a inclusão produtiva por intermédio da expan-são do crédito, do cooperativismo e da realização de investimentos coletivos, para o combate à pobre-za rural, destacadamente em Terri-tórios da Cidadania. Está prevista a implantação e/ou reestruturação de cinquenta cooperativas singulares ou postos avançados de atendimento, com objetivo de ampliar o acesso ao microcrédito produtivo e às demais linhas de crédito do Pronaf para a população rural concentrada em Ter-ritórios da Cidadania localizados nas regiões Norte, Sudeste e Sul do país, promovendo a inclusão e educação financeira. Além da ampliação da rede de atendimento, o projeto con-templa a realização de investimen-tos coletivos, tais como obras civis, instalações em infraestrutura agro-pecuária, além de aquisição de má-quinas e equipamentos agrícolas, com o objetivo de auxiliar os agri-cultores na produção e em seu ar-mazenamento e transporte. Como contrapartida social, a Cresol Baser e a Cresol Central deverão operar as linhas de financiamento do Pronaf (preferencialmente o Grupo “B”, voltado para famílias de agricultores socialmente mais vulneráveis), com recursos repassados pelo BNDES. RELATÓRIO ANUAL 2013 27
  • 32. EM FOCO É essencial fomentar investimentos que permitam às empresas brasileiras explorar oportunidades e superar desafios em seus mercados de atuação. Esses investimentos, somados àqueles direcionados à ampliação da infraestrutura, da inovação, da sustentabilidade socioambiental, do desenvolvimento regional e da inclusão social e produtiva (temas das páginas anteriores), são fundamentais para o desenvolvimento competitivo da economia nacional. À abordagem sistêmica da competitividade, acres-centa- se uma visão setorizada do apoio do BNDES às empresas brasileiras, com destaque para o forta-lecimento das cadeias produtivas da indústria e do comércio exterior. A industrialização recente e acelerada de diversos paí-ses emergentes trouxe novos desafios à indústria na-cional, que teve sua competitividade arranhada espe-cialmente nos segmentos tradicionais da cadeia. Neste momento, compreender as novas dinâmicas de cada setor, identificar os subsetores estratégicos e atuar na formulação de instrumentos adequados à nova realidade é essencial para o BNDES potencializar os esforços federais em prol da competitividade da Série de desembolsos para indústria (em R$ bilhões) 63,5 78,8 43,8 47,7 2009 2010 2011 2012 2013 Indústria de base O BNDES desembolsou cerca de R$ 17 bilhões para os setores de gás e petróleo, químico, minerome-talúrgico e de base florestal, que contribuíram para o fortalecimento do posicionamento estratégico das empresas, para a redução da pressão sobre a balança comercial brasileira e trouxeram oportunidades para atua-ção no entorno dos projetos apoia-dos. Os financiamentos a empresas de base florestal, tanto de pesquisa e desenvolvimento quanto de mo-dernização e ampliação da capaci-dade produtiva, proporcionaram o aumento da competitividade global da celulose brasileira. Cinema Em 2013, o BNDES intensificou o seu apoio ao parque exibidor de cine-ma. Desde 2010, o apoio por meio do Programa BNDES para o Desen-volvimento da Economia da Cultura (BNDES Procult) se soma ao Pro-grama Cinema Perto de Você, que opera com recursos do Fun-do Setorial do Audiovisual (FSA), do qual o BNDES é agente finan-ceiro. Na parceria com a Agên-cia Nacional do Cinema (Ancine), o objetivo é estimular a descentrali-zação do parque exibidor, por meio da abertura de salas em cidades de porte médio e bairros populares das grandes cidades. Em 2013 foram apoiadas 130 salas de cinema, sendo 78 salas 3D. Os cinemas beneficia-ram nove estados, nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste. A expansão do parque exibidor contribui para fortalecer a indústria cinematográfi-ca nacional ao facilitar o acesso da população ao cinema e ampliar o mercado interno. Competitividade das empresas brasileiras 58,0 Cinema em Imperatriz (MA) Foto: Adriano de Almeida, Clara Comunicação RELATÓRIO ANUAL 2013 28
  • 33. Destaques do apoio à indústria em 2013 (em R$ bilhões) QUÍMICA E PETROQUÍMICA 10,3 7,9 MATERIAL DE TRANSPORTE ALIMENTOS E BEBIDAS indústria brasileira. A criação do Pro-grama BNDES Prodesign, voltado para a diferenciação de bens de consumo, é um exemplo de uma iniciativa do Banco nesse sentido. Ela se soma a seu portfó-lio de produtos e instrumentos de apoio financeiro, incluindo aqueles relaciona-dos ao mercado de capitais nacional, como o estímulo à realização de ofertas públicas iniciais de ações e à listagem de empresas no segmento da bolsa de valores brasileira idealizado para tornar o mercado de ações acessível a compa-nhias emergentes, o Bovespa Mais. Cabe também mencionar o Programa Fundo Clima, que possui al-gumas das condições financeiras mais atrativas do BNDES e tem por estratégia incentivar a difusão de tecnologias mais eficientes do ponto de vista climático e ainda não utilizadas em escala comercial no Brasil, contribuindo para que a economia brasileira se prepare para competir em uma economia de baixo teor de carbono. Para fomentar a indústria de bens de capital, o Banco atua não só no financiamento ao parque produtivo, mas também no apoio à aquisição de máquinas e equipamentos nacionais, registrados no Credenciamento de Fabricantes Informatizado (CFI). Em 2013, o Pro-grama de Sustentação do Investimento (PSI) do Governo Federal no-vamente teve destaque no apoio a essa indústria, tanto em números de operações como em desembolsos. continua Aquicultura Apesar do grande potencial, a aqui-cultura no Brasil ainda é uma ativi-dade em desenvolvimento e de baixa produtividade. Tendo em vista a si-nergia entre a atividade e as políticas públicas de redução da pobreza, o BNDES apoiou a instalação de um processo inovador de mecanização no cultivo e beneficiamento de me-xilhão em Palhoça (SC), em favor da empresa Cavalo Marinho. Trata-se de uma nova tecnologia no mer-cado nacional, capaz de aumentar a produtividade e reduzir os custos de produção. O projeto prevê, ain-da, o desenvolvimento em conjunto com a Universidade Federal de Santa Catarina da produção controlada de larvas de mexilhão e uso de coleto-res artificiais de sementes de larvas, substituindo o método predatório de retirada de sementes de costões. Engenharia automotiva O investimento em engenharia é fundamental para a construção de uma indústria automotiva competi-tiva, sendo esta uma das principais cadeias de dispersão de novas tec-nologias. Ciente disso, o BNDES tem empenhado esforços para a criação de programas e linhas com condições favoráveis à engenharia e inovação, financiando diversos projetos de pes-quisa e desenvolvimento da cadeia automotiva. Estima-se que pelo me-nos 36,6% dos veículos leves ven-didos no Brasil em 2013 tenham ao menos algum componente cuja en-genharia foi financiada pelo BNDES. Semicondutores Há mais de dez anos o BNDES man-tém como foco prioritário o apoio à construção da indústria microele-trônica no Brasil. Em 2013, o Banco contratou quatro projetos de desen-volvimento de circuitos integrados (R$ 61 milhões) e dois projetos para fabricação de chips (R$ 64 milhões). Outra área de fronteira em TICs, a eletrônica orgânica, também é vista como promissora e recebeu apoio de R$ 37 milhões no período. O aden-samento produtivo nessas duas áreas é fundamental para ajudar o país a reverter um déficit superior a US$ 22 bilhões do Complexo Eletrônico. 11,2 RELATÓRIO ANUAL 2013 29
  • 34. O CFI do BNDES, que adota critérios de conteúdo nacional, encerrou o ano de 2013 com 455 novas empresas credencia-das, totalizando 10.752 fabricantes, um incremento de 4,4% em relação a 2012. Um vetor importante para a melhoria das condições de operação das empre-sas é a inserção internacional, que am-plia o mercado para seus produtos e in-centiva a constante atualização de tec-nologias, processos e práticas de gestão. Com ganhos de eficiência e produtividade também no atendimen-to ao mercado interno, a atuação internacional das empresas traz muitos benefícios para o país, criando empregos para brasileiros e contribuindo para gerar saldos positivos na balança comercial. O BNDES apoia a exportação de bens e serviços e tam-bém operações em solo estrangeiro, buscando ofere-cer às empresas brasileiras condições de igualdade com seus concorrentes no mercado internacional. continuação Série de desembolsos para exportação (em US$ bilhões) 8,3 11,3 6,7 5,5 7,1 2009 2010 2011 2012 2013 EM FOCO Novos instrumentos Em 2013, foram criados um produ-to para aquisição de bonds corpo-rativos no mercado internacional e uma linha de apoio à exportação por meio de bancos parceiros. A Linha BNDES Exim Automático é voltada para a exportação de bens de capital e operada por mais de trinta bancos, na América Latina e na África, que assumem o risco de crédito. A possi-bilidade de o BNDES assumir o risco direto do importador ou do exporta-dor em algumas operações contri-buiu para a expansão de sua atuação em novos países, como África do Sul, Colômbia e Portugal. Conteúdo nacional A indução da fabricação no país de componentes com maior conteúdo tecnológico propicia a criação de empregos mais qualificados e a atra-ção de novos investimentos. Nesse sentido, vale registrar a metodologia adotada em 2013 para credencia-mento e apuração do conteúdo local dos aerogeradores para a indústria eólica. A presença de mais fabri-cantes no setor trouxe maior com-petitividade à geração eólica, o que permitiu significativa expansão dos parques eólicos na matriz elétrica, aliada a uma trajetória decrescente do custo da energia comercializada. Indústria farmacêutica A biotecnologia moderna é trajetó-ria de fronteira na indústria farma-cêutica, que vem permitindo ampliar as possibilidades de tratamento em áreas diversas. A internalização de competências nesta rota é a priori-dade do BNDES no Complexo Indus-trial da Saúde. Em 2013, o Banco apoiou a BIOMM S.A. na implanta-ção de uma unidade industrial para a produção de insulina humana recombinante, cujo processo utili-za tecnologia brasileira patentea-da em diversos países e permitirá maior acesso da população ao tra-tamento de diabetes. Competitividade das empresas brasileiras RELATÓRIO ANUAL 2013 30
  • 35. Para acompanhar as empresas brasilei-ras na conquista de mercados interna-cionais e atuar como um catalisador de oportunidades, o BNDES adotou a estra-tégia de constituir escritórios internacio-nais. Em 2013, como resultado de mais um projeto corporativo, foi inaugurado o escritório de representação em Jo-anesburgo, na África do Sul, principal centro industrial e financeiro da África. As novas instalações serão um ponto de referência para empresas bra-sileiras que buscam oportunidades no continente e visam incrementar o comércio exterior e os negócios entre os países africanos e o Brasil. O papel da subsidiária do Banco em Londres, no Reino Unido, foi re-forçado em 2013 para possibilitar a execução de atividades financei-ras operacionais. E, na América Latina, a partir de seu escritório em Montevidéu, no Uruguai, a ênfase deu-se na identificação de novos mercados e na redefinição da rede de relacionamentos com bancos e agências de desenvolvimento, bancos comerciais locais, empresas bra-sileiras, organismos multilaterais, entidades empresariais e governos. 1,1 2,0 1,2 1,3 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS VEÍCULO, REBOQUE E CARROCERIA OUTROS EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE CONSTRUÇÃO Destaques do apoio à exportação em 2013 (em US$ bilhões) Internacionalização e exportação Cabe registrar a conclusão da opera-ção com a Braskem Idesa destinada à implantação de um complexo petro-químico para a produção de etileno e de polietileno, no México, em con-junto com as agências multilaterais Banco Interamericano de Desenvol-vimento (BID) e International Finance Corporation (IFC), o banco de desen-volvimento do México – a Nacional Financiera –, as agências de crédito à exportação Export Development Canada (EDC) e Intesa Sanpaolo (SACE) e os bancos comerciais. O BNDES dobrou sua participação dos financiamentos às exportações de jatos comerciais da Embraer, com-parativamente com 2012, em núme-ro de aeronaves. A principal opera-ção teve como importador uma linha aérea norte-americana, a Republic Airline, com um financiamento de 19 aeronaves. A segunda opera-ção mais relevante foi para um im-portador venezuelano, a Conviasa, com dez aeronaves. Em ambos os casos, as operações contaram com o Seguro de Crédito à Exportação (SCE), com lastro em recursos do Fundo de Garantia às Exportações (FGE) do Tesouro Nacional. Ademais, cabe mencionar a diversificação dos mercados para os quais a carteira de financiamento de aeronaves contri-buiu, apoiando a exportação de um jato comercial para a linha aérea do Cazaquistão denominada AirAstana. O BNDES, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e La Cor-poración Financiera de Desarrollo (COFIDE) firmaram contrato com a Empresa de Generación Huallaga (EGH) para financiar a construção da Central Hidroelétrica de Chaglla, no Peru. A EGH é controlada pela Odebrecht Energia, do grupo Odebrecht, e é a primeira participa-ção da empresa brasileira no setor de concessão de energia elétrica fora do país. O financiamento do BNDES será destinado a apoiar a exportação de bens e serviços nacionais de alto valor agregado para a construção da usina. Desempenho no apoio à exportação RELATÓRIO ANUAL 2013 31
  • 36. O BNDES tem a preocupação de conhecer, debater e, também, propor soluções aos desafios do desenvolvimento econômico, social e ambiental brasileiro. O Banco tem diversas formas de atuação nesse campo. As análises e projeções elaboradas pelo BNDES são disponibilizadas à sociedade por meio de estudos e publicações, da participação em seminários, do patro-cínio a eventos para discutir os rumos do país, da organização de atividades abertas ao público nas instalações do Banco, além do atendimento a pesqui-sadores e interessados em suas análises da economia. Merece destaque o trabalho no âmbi-to do comitê de Arranjos Produtivos, Inovação, Desenvolvimento Local, Re-gional e Socioambiental (CAR-IMA), dedicado ao debate e estímulo ao re-corte regional e territorial na atuação do BNDES. Ao mobilizar as atenções dos executivos e técnicos do Banco e de par-ceiros externos, buscou-se identificar as diferentes ações do Banco que refletem no desenvolvimento das cinco macror-regiões do país e seus territórios e, também, descor-tinar oportunidades para aprimoramento das ações e instrumentos operacionais, em prol do desenvolvi-mento mais equilibrado, coordenado e sustentável. As reuniões contaram com a participação de renoma-dos especialistas externos, representantes dos meios acadêmico e empresarial, de órgãos governamentais e demais instituições parceiras de cada região. A Re-gião Norte inaugurou a série de debates, e a Sudeste encerra seus encontros no início de 2014. Foi estrutu-rada a organização de cinco livros, um para cada ma-crorregião, na coleção intitulada: Um Olhar Territorial para o Desenvolvimento. Como outra forma de promover o conhecimento, anualmente, desde 1977, o Prêmio BNDES de Econo-mia estimula a pesquisa no campo da ciência econô-mica pura e aplicada segundo a perspectiva nacio-nal, regional ou setorial. Concorrem dissertações de mestrado e teses de doutorado ainda não publicadas, aprovadas pelos centros de pós-graduação em econo-mia do país. O BNDES também investe na geração de conhecimen-to apoiando, com recursos não reembolsáveis prove-nientes do BNDES Fundo de Estruturação de Projetos (BNDES FEP), a produção de estudos técnicos ou pes- Geração de conhecimento EM FOCO Perspectivas do Investimento A publicação Perspectivas do Investi-mento aborda a estrutura produtiva da economia brasileira com proje-ções setoriais de investimentos para os quatro próximos anos e é fruto do compartilhamento e integração do conhecimento no BNDES. Essa obra contribui para o conhecimento das tendências e determinantes do investimento e, desse modo, para formulação de políticas de fomento ao desenvolvimento brasileiro. O papel dos bancos de desenvolvimento Para maior compreensão da socieda-de quanto ao papel das instituições financeiras públicas, o BNDES iniciou uma linha de pesquisa sobre os ban-cos de desenvolvimento. Os produtos gerados foram um banco de informa-ções sobre instituições selecionadas, o artigo “Bancos de desenvolvimento, além dos países emergentes” (publica-do no Valor Econômico de 25.6.2013) e o trabalho “A contribuição dos ban-cos de desenvolvimento para o finan-ciamento de longo prazo”, publicado na Revista do BNDES 40. Revista do BNDES e BNDES Setorial Estes periódicos constituem espaços importantes de manifestação das re-flexões dos empregados do Banco. A Revista traz artigos sobre economia brasileira e desenvolvimento econô-mico, enquanto o BNDES Setorial contém textos sobre a estrutura pro-dutiva da economia do país, com o objetivo de divulgar parte do conhe-cimento técnico do BNDES aplicado à análise de projetos. Resultado do 33º Prêmio BNDES de Economia A última edição do prêmio contou com 28 teses de doutorado, inscritas por 13 centros de pós-graduação em Economia de universidades brasilei-ras. A tese vencedora foi Causas e consequências do crime no Brasil, de Daniel Ricardo de Castro Cerqueira, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Na categoria Mestrado, foram 55 dissertações, inscritas por 18 cen-tros de pós-graduação em Econo-mia de universidades brasileiras. A dissertação vencedora foi O setor de internet no Brasil: uma análise da competição do mercado de acesso, de Marcelo de Carvalho Pereira, da Universidade Estadual de Campinas. Perspectivas do Investimento Artigo: A contribuição dos bancos de desenvolvimento para o financiamento de longo prazo Revista do BNDES BNDES Setorial Prêmio BNDES de Economia RELATÓRIO ANUAL 2013 32
  • 37. quisas relacionadas ao desenvolvimento econômico e social que possam orientar a formulação de políticas públicas ou que propiciem, direta ou indiretamente, a geração de projetos de elevado retorno social que possam implicar significativos investimentos públicos ou privados. No ano de 2013, é válido registrar a con-tratação de estudo sobre a diversificação da indústria química brasileira e de estudo sobre a viabilidade de produção de biocombustíveis nos países-membros da União Econômica e Monetária do Oeste Africano (UEMOA) – potencial mercado para internacionaliza-ção de empresas brasileiras. Em âmbito internacional, o BNDES participou de eventos para trocar conhecimento e discutir temas re-levantes e fez também grande esforço de divulgação para promover oportunidades de investimentos, res-saltando seu papel para a economia e para a estabili-dade institucional do Brasil. O BNDES esteve presente em importantes fóruns econômicos internacionais em Washington, Boston, Los Angeles, Nova York (EUA), Davos (Suíça), Londres (Reino Unido), Madri (Espa-nha), Moscou (Rússia) e Paris (França). Em road shows (rodadas de negócio) para divulgar oportunidades na infraestrutura brasileira; em fóruns de sustenta-bilidade ambiental em Copenhague (Dinamarca), Washington (EUA), Veneza (Itália) e Viena (Áustria), e nos encontros anuais de entidades internacionais, como a União Africana, o Banco Africano de Desen-volvimento, o Banco Mundial e o Banco Interamerica-no de Desenvolvimento (BID). O BNDES também tem procurado prestar contas à so-ciedade de sua atuação de fomento ao investimento. Ao comparar com as informações relativas ao apoio do BNDES, o conhecimento do desempenho do inves-timento tem sido importante também para avaliar seus impactos na economia. Tem sido possível mos-trar a importante contribuição do Banco para o au-mento do investimento e a importância anticíclica do seu apoio. De fato, a própria análise dos desembolsos do Banco e da sua importância contribui para anteci-par o comportamento da Formação Bruta de Capital Fixo* e mostra que aumentos das operações de cré-dito estão relacionados a aumentos do investimento períodos à frente. * Esse indicador mede o quanto as empresas aumentaram seus bens de capital – aqueles usados para produzir outros bens, como máquinas, equipamentos e material de constru-ção. Esse controle é fundamental para verificar se a capaci-dade de produção do país está crescendo e, também, se os empresários estão otimistas em relação ao futuro. Relação entre os desembolsos do Banco e o aumento do investimento dos empresários Nesse estudo, foi feita a análise dos impactos do BNDES na economia, mostrando a relação entre os desem-bolsos do Banco e o aumento do in-vestimento dos empresários (medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, por meio do in-dicador chamado Formação Bruta de Capital Fixo). Dessa maneira, foi possível demonstrar a contribuição do Banco para o aumento do inves-timento e a importância do seu apoio como força anticíclica – amenizando ciclos de crises ou recessões e contri-buindo para a recuperação do inves-timento. Os dados operacionais do BNDES foram utilizados também para antecipar o comportamento da For-mação Bruta de Capital Fixo no Brasil. Em cenários de desaceleração nos investimentos – como durante a crise de 2008 e a crise na zona do euro, mais recente –, o BNDES atuou vigorosamente, contribuindo para a recuperação dos investimentos, como demonstra o gráfico a seguir. Por outro lado, em momentos de retomada do investimento, o BNDES pode moderar sua atuação. Formação Bruta de Capital Fixo (FBKF) e desembolsos do BNDES (em R$ bilhões, a preços de 2013)* (valores reais de 2013) 41 500 115 686 FBKF 518 42 569 48 648 72 736 83 833 113 872 124 837 132 889 158 2005 2010 Desembolsos BNDES (valores reais de 2013) 2004 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 * Exclui desembolsos BNDES Exim Pré e Pós-embarque; giro, ajuste fiscal, fusão/aquisição; internacionalização e mercado de capitais. RELATÓRIO ANUAL 2013 33