SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 33
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Departamento de Pediatria
Internato em Pediatria I – PED I
Atualização em Dermatite Atópica
Orientador: Dr. Leonardo Moura Ferreira de Souza
Doutorandos:
Atos Macedo
Cristal Han
Fellipe Figueiredo
Leilane Melo
Ranna Brito
Artigo de Revisão
Definição
 É uma dermatose inflamatória crônica de etiologia
multifatorial.
 Caracterizada por prurido intenso e xerose cutânea.
 É uma erupção eczematosa pruriginosa recorrente que
geralmente se inicia nos primeiros anos de vida.
Epidemiologia
Afeta cerca de 5 a 20 % das crianças em todo o mundo .
A prevalência nos Estados Unidos é em torno de 11%.
Brasil: estudo ISSAC(International Study of Asthma and Allergy
Diseases in Childhood):
Entre 6 e 7 anos de idade: prevalência média de dermatite atópica foi
7,3% e dermatite grave de 0,8%;
Entre 13 e 14 anos: a prevalência média de dermatite atópica foi de
5,3% e dermatite grave de 0,9%.
90% dos casos tem um início antes dos cinco anos de idade.
Etiopatogenia
Disfunções de barreira epidérmica e imunológica
Disfunção de barreira epidérmica:
Permeabilidade da epiderme = interações complexas de
queratinócitos diferenciados(corneócitos) na superfície
da pele + grupos de proteínas estruturais(filagrina)+ lípidios .
Rompimento desses elementos por defeitos hereditários,
trauma, diminuição da umidade, falta de hidratação,alteração do
pH, infecção  agentes antigênicos e irritantes penetram a
barreira e entram em contato com células do sistema
imunológico liberação de mediadores pró-
inflamatóriosdermatite atópica
Etiopatogenia
Etiopatogenia
Na fase crônica:
Células de Langerhans
Macrófagos
IL-1
Th2
IL-4, IL-13, IL-5 e fator liberador de histamina
Manifestações Clínicas
Sintoma Chave: Prurido
Manifestações secundárias:
Xerose
Liquenificação
Infecções Secundárias
Manifestações Clínicas
Lactente: 2 meses a 2 anos
Lesão Característica
Eczema Agudo
Locais
Face(região malar)
Pescoço
Couro cabeludo
Superfície extensora dos membros
Área das fraldas poupadas
Menos Comum
Deltóide
Região anterior do tórax
Manifestações Clínicas
Criança: 2-12 anos
Locais
Regiões extensoras e flexoras
Dobras cubitais e poplíteas
Dorso de mãos
Tornozelos
Pescoço
Processo
Prurido + xerose + liquenificação
 Sucessivas crises
Manifestações clínicas
≥ 12 anos
Lesão:
Liquenóide (placas)
 Locais:
Punho
Dorso da mão
Pescoço
Pálpebras inferiores
Manifestações Clínicas Associadas
Xerodermia
Sudorese agrava o quadro
Manifestações Clínicas Associadas
Pitiríase Alba
Manifestações Clínicas Associadas
Ceratose pilar
Manifestações Clinicas Associadas
Hiperlinearidade palmar
Manifestações Clinicas Associadas
Infecções Cutâneas
Manifestações Clinicas Associadas
Prega de Dennie-Morgan
Complicações
Infecções bacterianas:
Staphylococcus aureus (78 a 100%)
Superinfecção: crostas melicéricas cobrindo as placas
eczematozas.
Infecções virais:
IVAS, verrugas, molusco contagioso, HZV, herpes simples
Infecções fúngicas:
Trichophyton rubrum, Ptirosporum orbicularis e Ptirosporum ovale
Couro cabeludo, face e pescoço
Diagnóstico
Presença de prurido cutâneo somado a 3 ou mais dos
seguintes critérios:
História de prurido envolvendo áreas flexurais ou cervical.
História pessoal de asma ou rinite alérgica ou HF de doença
atópica em parente de 1º grau para <4anos.
História de pele seca generalizada no último ano.
Dermatite atual envolvendo áreas flexurais (ou região malar/
fronte/ face externa do membros em pct <4a).
Início das lesões de pele antes dos 2a (pct>4a).
Presença de 1 ou mais manifestações atípicas de DA.
Williams HC et al. The U.K Working Party´s diagnostic criteria for atopic dermatitis.III.Independent hospital
validation. Br J Dermatol 1994;131:406-16.
Evolução
Curso crônico (períodos de exacerbações e remissões).
Início precoce do eczema relacionado a maior gravidade.
25% dos casos persistem na fase adulta (associação com
eczema flexural precoce e alergia respiratória).
Tratamento
Primeiro passo:
1. Esclarecer a família e o paciente sobre a natureza crônica
da doença.
2. Transmitir orientações de autocuidados e informações
atualizadas sobre o tratamento.
Manejo Básico
Três pilares fundamentais:
1. Afastamento de fatores irritantes desencadeantes;
2. Hidratação adequada e contínua da pele;
3. Controle da inflamação e do prurido com medicamento.
Manejo Básico
Identificação e eliminação de fatores desencadeantes:
1. Diversos alérgenos podem estar envolvidos;
2. Comuns:
a) Detergentes
b) Sabões
c) Amaciantes
d) Roupas sintéticas
e) Etiquetas
f) Materiais abrasivos
g) Poluentes, produtos químicos
h) Condições extremas de temperatura e umidade.
Manejo Básico
Recomendações:
1. Utilizar sabão de glicerina neutro para roupas em geral;
2. Lavar roupas novas antes do uso (redução do formaldeído e
outros irritantes);
3. Preferir vestuário de tecido 100% algodão;
4. Sabonetes e xampus a base de aveia e sem perfume;
5. Banho rápido com temperatura amena;
6. Evitar banhos de imersão;
7. Instituir medidas visando controlar aeroalérgenos (medidas
ambientais anti-ácaros).
Manejo Básico
Recomendações:
1. Alérgenos alimentares:
a) História detalhada para identificar alimentos suspeitos de
relação com o quadro;
b) Realizar teste cutâneos;
c) Determinação de IgE específica;
d) Dieta de exclusão do alimento suspeito por 2 semanas.
Manejo Básico
Hidratação:
1. Essencial na prevenção e controle da dermatite atópica;
2. Restabelece a barreira cutânea, evitando a perda exagerada de
água transepidérmica;
3. Recomenda-se hidratantes essencialmente de aveia;
4. Hidratantes petrolados são indicados nas peles mais ressecadas e
podem ser associados a óleos;
5. Evitar hidratantes com:
a) Uréia;
b) Corantes ;
c) Perfumes.
Tratamento medicamentoso
Corticosteróides Tópicos: reduzem a inflamação e o prurido;
Uso depende da gravidade das lesões;
Divididos em baixa, média e alta potência;
Cremes ou Pomadas;
Efeitos adversos: Acne, estrias, hipopigmentação, telangiectasias e
atrofia de pele.
Tratamento medicamentoso
Anti-histamínicos orais: diminuir o prurido;
a. Dexclorfeniramina e Hidroxizina: uso recomendado em
lactentes e pré-escolares pelo efeito sedativo;
b. Loratadina e Cetirizina: outras gerações recomendadas;
Tratamento medicamentoso
Inibidores da
Calcineurina: são
derivados macrolídeos que ao
inibirem a Calcineurina,
impedem a transcrição de
Interleucinas(IL-2,IL-4,IL-5 e
IL-10) e a ativação das células T
Tratamento medicamentoso
Inibidores da Calcineurina:
a. Tacrolimo: bloqueio da IL-2. Apresentação: Pomada a 0,03%
(crianças 2-12anos) e 0,1% (crianças +12anos), aplicada 2x/dia
em dermatite atópica moderada a grave. Efeitos adversos:
queimadura ou ardência local.
b. Pimecrolimo: inibe TNF-α, a liberação de histamina e triptase.
Indicado a partir dos 06 meses de vida. Apresentação: Creme a
1% 2x/dia por até seis meses. Efeitos adversos: ardor e
queimação.
Tratamento avançado
Inibidor de Leucotrienos (Montelucaste): usado em pacientes
com discreta resposta ao anti-histamínicos e CE;
Imunomoduladores sistêmicos: após falha no tratamento
preventivo e tópico. Ex.: Ciclosporina, Azatioprina e
Interferon-δ.
Obrigado.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Aula de feridas e curativos - Completa
Aula de feridas e curativos -  CompletaAula de feridas e curativos -  Completa
Aula de feridas e curativos - CompletaSMS - Petrópolis
 
Exame físico do sist. respiratório
Exame físico do sist. respiratórioExame físico do sist. respiratório
Exame físico do sist. respiratórioresenfe2013
 
Hiper e hipotireoidismo
Hiper e hipotireoidismoHiper e hipotireoidismo
Hiper e hipotireoidismoEdienny Viana
 
Fisioterapia dermatofuncional em queimados
Fisioterapia dermatofuncional em queimadosFisioterapia dermatofuncional em queimados
Fisioterapia dermatofuncional em queimadosNay Ribeiro
 
Exame físico do Tórax
Exame físico do TóraxExame físico do Tórax
Exame físico do Tóraxpauloalambert
 
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)Guilherme Sicuto
 
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de TannerEstadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de Tannerblogped1
 
Semiologia para Enfermagem No Caminho da Enfermagem Lucas Fontes
Semiologia para Enfermagem No Caminho da Enfermagem Lucas FontesSemiologia para Enfermagem No Caminho da Enfermagem Lucas Fontes
Semiologia para Enfermagem No Caminho da Enfermagem Lucas FontesLucas Fontes
 
Assistência ao Paciente Grande Queimado
Assistência ao Paciente Grande QueimadoAssistência ao Paciente Grande Queimado
Assistência ao Paciente Grande QueimadoJanaína Lassala
 
Slide Seminário Hanseníase
Slide Seminário HanseníaseSlide Seminário Hanseníase
Slide Seminário HanseníaseNathy Oliveira
 
Introdução à dermatologia
Introdução à dermatologiaIntrodução à dermatologia
Introdução à dermatologiaKaren Von Kossel
 
Infeções dos tecidos moles
Infeções dos tecidos molesInfeções dos tecidos moles
Infeções dos tecidos molesDalila_Marcao
 
Crise Convulsiva Febril
Crise Convulsiva Febril Crise Convulsiva Febril
Crise Convulsiva Febril Brenda Lahlou
 
Aula prevenção de lesão por pressão (LP)
Aula prevenção de lesão por pressão (LP)Aula prevenção de lesão por pressão (LP)
Aula prevenção de lesão por pressão (LP)Proqualis
 
Tipos de cobertura
Tipos de coberturaTipos de cobertura
Tipos de coberturaDessa Reis
 

Was ist angesagt? (20)

Aula de feridas e curativos - Completa
Aula de feridas e curativos -  CompletaAula de feridas e curativos -  Completa
Aula de feridas e curativos - Completa
 
Exame físico do sist. respiratório
Exame físico do sist. respiratórioExame físico do sist. respiratório
Exame físico do sist. respiratório
 
Hiper e hipotireoidismo
Hiper e hipotireoidismoHiper e hipotireoidismo
Hiper e hipotireoidismo
 
Fisioterapia dermatofuncional em queimados
Fisioterapia dermatofuncional em queimadosFisioterapia dermatofuncional em queimados
Fisioterapia dermatofuncional em queimados
 
Queimaduras
QueimadurasQueimaduras
Queimaduras
 
Exame físico do Tórax
Exame físico do TóraxExame físico do Tórax
Exame físico do Tórax
 
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
 
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de TannerEstadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
 
Hipertireodismo e Tireoidites
Hipertireodismo e Tireoidites   Hipertireodismo e Tireoidites
Hipertireodismo e Tireoidites
 
Semiologia para Enfermagem No Caminho da Enfermagem Lucas Fontes
Semiologia para Enfermagem No Caminho da Enfermagem Lucas FontesSemiologia para Enfermagem No Caminho da Enfermagem Lucas Fontes
Semiologia para Enfermagem No Caminho da Enfermagem Lucas Fontes
 
Assistência ao Paciente Grande Queimado
Assistência ao Paciente Grande QueimadoAssistência ao Paciente Grande Queimado
Assistência ao Paciente Grande Queimado
 
Dermatite atopica
Dermatite atopicaDermatite atopica
Dermatite atopica
 
Slide Seminário Hanseníase
Slide Seminário HanseníaseSlide Seminário Hanseníase
Slide Seminário Hanseníase
 
Introdução à dermatologia
Introdução à dermatologiaIntrodução à dermatologia
Introdução à dermatologia
 
Infeções dos tecidos moles
Infeções dos tecidos molesInfeções dos tecidos moles
Infeções dos tecidos moles
 
Crise Convulsiva Febril
Crise Convulsiva Febril Crise Convulsiva Febril
Crise Convulsiva Febril
 
Aula prevenção de lesão por pressão (LP)
Aula prevenção de lesão por pressão (LP)Aula prevenção de lesão por pressão (LP)
Aula prevenção de lesão por pressão (LP)
 
Febre
Febre Febre
Febre
 
Semiologia da Febre
Semiologia da FebreSemiologia da Febre
Semiologia da Febre
 
Tipos de cobertura
Tipos de coberturaTipos de cobertura
Tipos de cobertura
 

Andere mochten auch

Andere mochten auch (11)

Dermatite atopica
Dermatite atopicaDermatite atopica
Dermatite atopica
 
Dermatite atópica 1 A
Dermatite atópica  1 ADermatite atópica  1 A
Dermatite atópica 1 A
 
Aula 3 dermatologia i 2015
Aula 3 dermatologia i  2015Aula 3 dermatologia i  2015
Aula 3 dermatologia i 2015
 
Canino, Cocker Spaniel, M, 10 anos
Canino, Cocker Spaniel, M, 10 anosCanino, Cocker Spaniel, M, 10 anos
Canino, Cocker Spaniel, M, 10 anos
 
7 DoençAs Seborreicas
7 DoençAs Seborreicas7 DoençAs Seborreicas
7 DoençAs Seborreicas
 
5 DoençAs Hipersensibilidade
5 DoençAs Hipersensibilidade5 DoençAs Hipersensibilidade
5 DoençAs Hipersensibilidade
 
Palestra antinflamatórios em Veterinária
Palestra antinflamatórios em VeterináriaPalestra antinflamatórios em Veterinária
Palestra antinflamatórios em Veterinária
 
Dermatitits atopica
Dermatitits atopicaDermatitits atopica
Dermatitits atopica
 
Dermatite de contato
Dermatite de contatoDermatite de contato
Dermatite de contato
 
aula 8 - CF2
aula 8 - CF2aula 8 - CF2
aula 8 - CF2
 
Micoses superficiais
Micoses superficiaisMicoses superficiais
Micoses superficiais
 

Ähnlich wie Dermatite Atópica - Revisão de Artigo

dermatiteatopicacrianca-220218140220 (1).pdf
dermatiteatopicacrianca-220218140220 (1).pdfdermatiteatopicacrianca-220218140220 (1).pdf
dermatiteatopicacrianca-220218140220 (1).pdfSimoneGuerraMoreiraB
 
Palestra sobre Eritema- Filipe Gustavo pptx
Palestra sobre Eritema- Filipe  Gustavo pptxPalestra sobre Eritema- Filipe  Gustavo pptx
Palestra sobre Eritema- Filipe Gustavo pptxFilipe Francisco
 
Shirley - 20/09/2012
Shirley - 20/09/2012Shirley - 20/09/2012
Shirley - 20/09/2012Anais IV CBED
 
Curso enfermagem dermato.pediat. - 20/09/2012
Curso enfermagem dermato.pediat. - 20/09/2012Curso enfermagem dermato.pediat. - 20/09/2012
Curso enfermagem dermato.pediat. - 20/09/2012Anais IV CBED
 
Eczema.PatologiasDermatologia.Resumida..ppt
Eczema.PatologiasDermatologia.Resumida..pptEczema.PatologiasDermatologia.Resumida..ppt
Eczema.PatologiasDermatologia.Resumida..pptAlberto205764
 
Eczema.Medicina.Geral.Nivel.Superior (1).ppt
Eczema.Medicina.Geral.Nivel.Superior (1).pptEczema.Medicina.Geral.Nivel.Superior (1).ppt
Eczema.Medicina.Geral.Nivel.Superior (1).pptAlberto205764
 
2011 02 doenças exantemáticas na infância
2011 02 doenças exantemáticas na infância2011 02 doenças exantemáticas na infância
2011 02 doenças exantemáticas na infânciaLeonardo Savassi
 
Cuidados basicos de higiene
Cuidados basicos de higieneCuidados basicos de higiene
Cuidados basicos de higieneJoanaPaiva16
 
Dermatofitose x dermatofilose
Dermatofitose x dermatofilose Dermatofitose x dermatofilose
Dermatofitose x dermatofilose iaavila
 
Doenças-Biologia-COTUCA
Doenças-Biologia-COTUCADoenças-Biologia-COTUCA
Doenças-Biologia-COTUCAeld09
 
Risco+biologico+hc[1]
Risco+biologico+hc[1]Risco+biologico+hc[1]
Risco+biologico+hc[1]itsufpr
 
doenças ocupacionais na saúde para profissionais de enfermagem
doenças ocupacionais na saúde para profissionais de enfermagemdoenças ocupacionais na saúde para profissionais de enfermagem
doenças ocupacionais na saúde para profissionais de enfermagemjanenfa95
 
ISC V - ITPAC PORTO
ISC V - ITPAC PORTOISC V - ITPAC PORTO
ISC V - ITPAC PORTOITPAC PORTO
 
Protocolo do herpes
Protocolo do herpesProtocolo do herpes
Protocolo do herpestvf
 
Resumo ivas, asma, pac, bva
Resumo ivas, asma, pac, bvaResumo ivas, asma, pac, bva
Resumo ivas, asma, pac, bvaLívia Zadra
 

Ähnlich wie Dermatite Atópica - Revisão de Artigo (20)

dermatiteatopicacrianca-220218140220 (1).pdf
dermatiteatopicacrianca-220218140220 (1).pdfdermatiteatopicacrianca-220218140220 (1).pdf
dermatiteatopicacrianca-220218140220 (1).pdf
 
Palestra sobre Eritema- Filipe Gustavo pptx
Palestra sobre Eritema- Filipe  Gustavo pptxPalestra sobre Eritema- Filipe  Gustavo pptx
Palestra sobre Eritema- Filipe Gustavo pptx
 
Shirley - 20/09/2012
Shirley - 20/09/2012Shirley - 20/09/2012
Shirley - 20/09/2012
 
Curso enfermagem dermato.pediat. - 20/09/2012
Curso enfermagem dermato.pediat. - 20/09/2012Curso enfermagem dermato.pediat. - 20/09/2012
Curso enfermagem dermato.pediat. - 20/09/2012
 
Eczema.PatologiasDermatologia.Resumida..ppt
Eczema.PatologiasDermatologia.Resumida..pptEczema.PatologiasDermatologia.Resumida..ppt
Eczema.PatologiasDermatologia.Resumida..ppt
 
Eczema.Medicina.Geral.Nivel.Superior (1).ppt
Eczema.Medicina.Geral.Nivel.Superior (1).pptEczema.Medicina.Geral.Nivel.Superior (1).ppt
Eczema.Medicina.Geral.Nivel.Superior (1).ppt
 
2011 02 doenças exantemáticas na infância
2011 02 doenças exantemáticas na infância2011 02 doenças exantemáticas na infância
2011 02 doenças exantemáticas na infância
 
saude_da_criana_9184.pptx
saude_da_criana_9184.pptxsaude_da_criana_9184.pptx
saude_da_criana_9184.pptx
 
Cuidados basicos de higiene
Cuidados basicos de higieneCuidados basicos de higiene
Cuidados basicos de higiene
 
Dermatofitose x dermatofilose
Dermatofitose x dermatofilose Dermatofitose x dermatofilose
Dermatofitose x dermatofilose
 
Doenças-Biologia-COTUCA
Doenças-Biologia-COTUCADoenças-Biologia-COTUCA
Doenças-Biologia-COTUCA
 
Trabalho cap. 17
Trabalho cap. 17Trabalho cap. 17
Trabalho cap. 17
 
Amigdalite ppt
Amigdalite pptAmigdalite ppt
Amigdalite ppt
 
Risco+biologico+hc[1]
Risco+biologico+hc[1]Risco+biologico+hc[1]
Risco+biologico+hc[1]
 
Sarampo
SarampoSarampo
Sarampo
 
doenças ocupacionais na saúde para profissionais de enfermagem
doenças ocupacionais na saúde para profissionais de enfermagemdoenças ocupacionais na saúde para profissionais de enfermagem
doenças ocupacionais na saúde para profissionais de enfermagem
 
ISC V - ITPAC PORTO
ISC V - ITPAC PORTOISC V - ITPAC PORTO
ISC V - ITPAC PORTO
 
Protocolo do herpes
Protocolo do herpesProtocolo do herpes
Protocolo do herpes
 
Resumo ivas, asma, pac, bva
Resumo ivas, asma, pac, bvaResumo ivas, asma, pac, bva
Resumo ivas, asma, pac, bva
 
Clinica medica em Enfermagem
Clinica medica em EnfermagemClinica medica em Enfermagem
Clinica medica em Enfermagem
 

Mehr von blogped1

Roteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de PuericulturaRoteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de Puericulturablogped1
 
Febre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota InformativaFebre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota Informativablogped1
 
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...blogped1
 
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016blogped1
 
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de VidaABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vidablogped1
 
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infânciaDiagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infânciablogped1
 
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN blogped1
 
Psoríase na infância
Psoríase na infânciaPsoríase na infância
Psoríase na infânciablogped1
 
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilitiesRevised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilitiesblogped1
 
Sinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana AgudaSinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana Agudablogped1
 
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites MediaOtite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Mediablogped1
 
Paralisia Facial
Paralisia FacialParalisia Facial
Paralisia Facialblogped1
 
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016blogped1
 
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranulomaGiant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranulomablogped1
 
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.blogped1
 
Hipoglicemia Neonatal
Hipoglicemia  Neonatal Hipoglicemia  Neonatal
Hipoglicemia Neonatal blogped1
 
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura ConceitualSíndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitualblogped1
 
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...blogped1
 
Icterícia neonatal
 Icterícia neonatal  Icterícia neonatal
Icterícia neonatal blogped1
 
Picnodisostose
PicnodisostosePicnodisostose
Picnodisostoseblogped1
 

Mehr von blogped1 (20)

Roteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de PuericulturaRoteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de Puericultura
 
Febre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota InformativaFebre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota Informativa
 
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
 
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
 
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de VidaABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
 
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infânciaDiagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
 
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
 
Psoríase na infância
Psoríase na infânciaPsoríase na infância
Psoríase na infância
 
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilitiesRevised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
 
Sinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana AgudaSinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana Aguda
 
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites MediaOtite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
 
Paralisia Facial
Paralisia FacialParalisia Facial
Paralisia Facial
 
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
 
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranulomaGiant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
 
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
 
Hipoglicemia Neonatal
Hipoglicemia  Neonatal Hipoglicemia  Neonatal
Hipoglicemia Neonatal
 
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura ConceitualSíndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
 
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
 
Icterícia neonatal
 Icterícia neonatal  Icterícia neonatal
Icterícia neonatal
 
Picnodisostose
PicnodisostosePicnodisostose
Picnodisostose
 

Dermatite Atópica - Revisão de Artigo

  • 1. Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN Departamento de Pediatria Internato em Pediatria I – PED I Atualização em Dermatite Atópica Orientador: Dr. Leonardo Moura Ferreira de Souza Doutorandos: Atos Macedo Cristal Han Fellipe Figueiredo Leilane Melo Ranna Brito Artigo de Revisão
  • 2. Definição  É uma dermatose inflamatória crônica de etiologia multifatorial.  Caracterizada por prurido intenso e xerose cutânea.  É uma erupção eczematosa pruriginosa recorrente que geralmente se inicia nos primeiros anos de vida.
  • 3. Epidemiologia Afeta cerca de 5 a 20 % das crianças em todo o mundo . A prevalência nos Estados Unidos é em torno de 11%. Brasil: estudo ISSAC(International Study of Asthma and Allergy Diseases in Childhood): Entre 6 e 7 anos de idade: prevalência média de dermatite atópica foi 7,3% e dermatite grave de 0,8%; Entre 13 e 14 anos: a prevalência média de dermatite atópica foi de 5,3% e dermatite grave de 0,9%. 90% dos casos tem um início antes dos cinco anos de idade.
  • 4. Etiopatogenia Disfunções de barreira epidérmica e imunológica Disfunção de barreira epidérmica: Permeabilidade da epiderme = interações complexas de queratinócitos diferenciados(corneócitos) na superfície da pele + grupos de proteínas estruturais(filagrina)+ lípidios . Rompimento desses elementos por defeitos hereditários, trauma, diminuição da umidade, falta de hidratação,alteração do pH, infecção  agentes antigênicos e irritantes penetram a barreira e entram em contato com células do sistema imunológico liberação de mediadores pró- inflamatóriosdermatite atópica
  • 6. Etiopatogenia Na fase crônica: Células de Langerhans Macrófagos IL-1 Th2 IL-4, IL-13, IL-5 e fator liberador de histamina
  • 7. Manifestações Clínicas Sintoma Chave: Prurido Manifestações secundárias: Xerose Liquenificação Infecções Secundárias
  • 8. Manifestações Clínicas Lactente: 2 meses a 2 anos Lesão Característica Eczema Agudo Locais Face(região malar) Pescoço Couro cabeludo Superfície extensora dos membros Área das fraldas poupadas Menos Comum Deltóide Região anterior do tórax
  • 9. Manifestações Clínicas Criança: 2-12 anos Locais Regiões extensoras e flexoras Dobras cubitais e poplíteas Dorso de mãos Tornozelos Pescoço Processo Prurido + xerose + liquenificação  Sucessivas crises
  • 10. Manifestações clínicas ≥ 12 anos Lesão: Liquenóide (placas)  Locais: Punho Dorso da mão Pescoço Pálpebras inferiores
  • 11.
  • 18. Complicações Infecções bacterianas: Staphylococcus aureus (78 a 100%) Superinfecção: crostas melicéricas cobrindo as placas eczematozas. Infecções virais: IVAS, verrugas, molusco contagioso, HZV, herpes simples Infecções fúngicas: Trichophyton rubrum, Ptirosporum orbicularis e Ptirosporum ovale Couro cabeludo, face e pescoço
  • 19. Diagnóstico Presença de prurido cutâneo somado a 3 ou mais dos seguintes critérios: História de prurido envolvendo áreas flexurais ou cervical. História pessoal de asma ou rinite alérgica ou HF de doença atópica em parente de 1º grau para <4anos. História de pele seca generalizada no último ano. Dermatite atual envolvendo áreas flexurais (ou região malar/ fronte/ face externa do membros em pct <4a). Início das lesões de pele antes dos 2a (pct>4a). Presença de 1 ou mais manifestações atípicas de DA. Williams HC et al. The U.K Working Party´s diagnostic criteria for atopic dermatitis.III.Independent hospital validation. Br J Dermatol 1994;131:406-16.
  • 20.
  • 21. Evolução Curso crônico (períodos de exacerbações e remissões). Início precoce do eczema relacionado a maior gravidade. 25% dos casos persistem na fase adulta (associação com eczema flexural precoce e alergia respiratória).
  • 22. Tratamento Primeiro passo: 1. Esclarecer a família e o paciente sobre a natureza crônica da doença. 2. Transmitir orientações de autocuidados e informações atualizadas sobre o tratamento.
  • 23. Manejo Básico Três pilares fundamentais: 1. Afastamento de fatores irritantes desencadeantes; 2. Hidratação adequada e contínua da pele; 3. Controle da inflamação e do prurido com medicamento.
  • 24. Manejo Básico Identificação e eliminação de fatores desencadeantes: 1. Diversos alérgenos podem estar envolvidos; 2. Comuns: a) Detergentes b) Sabões c) Amaciantes d) Roupas sintéticas e) Etiquetas f) Materiais abrasivos g) Poluentes, produtos químicos h) Condições extremas de temperatura e umidade.
  • 25. Manejo Básico Recomendações: 1. Utilizar sabão de glicerina neutro para roupas em geral; 2. Lavar roupas novas antes do uso (redução do formaldeído e outros irritantes); 3. Preferir vestuário de tecido 100% algodão; 4. Sabonetes e xampus a base de aveia e sem perfume; 5. Banho rápido com temperatura amena; 6. Evitar banhos de imersão; 7. Instituir medidas visando controlar aeroalérgenos (medidas ambientais anti-ácaros).
  • 26. Manejo Básico Recomendações: 1. Alérgenos alimentares: a) História detalhada para identificar alimentos suspeitos de relação com o quadro; b) Realizar teste cutâneos; c) Determinação de IgE específica; d) Dieta de exclusão do alimento suspeito por 2 semanas.
  • 27. Manejo Básico Hidratação: 1. Essencial na prevenção e controle da dermatite atópica; 2. Restabelece a barreira cutânea, evitando a perda exagerada de água transepidérmica; 3. Recomenda-se hidratantes essencialmente de aveia; 4. Hidratantes petrolados são indicados nas peles mais ressecadas e podem ser associados a óleos; 5. Evitar hidratantes com: a) Uréia; b) Corantes ; c) Perfumes.
  • 28. Tratamento medicamentoso Corticosteróides Tópicos: reduzem a inflamação e o prurido; Uso depende da gravidade das lesões; Divididos em baixa, média e alta potência; Cremes ou Pomadas; Efeitos adversos: Acne, estrias, hipopigmentação, telangiectasias e atrofia de pele.
  • 29. Tratamento medicamentoso Anti-histamínicos orais: diminuir o prurido; a. Dexclorfeniramina e Hidroxizina: uso recomendado em lactentes e pré-escolares pelo efeito sedativo; b. Loratadina e Cetirizina: outras gerações recomendadas;
  • 30. Tratamento medicamentoso Inibidores da Calcineurina: são derivados macrolídeos que ao inibirem a Calcineurina, impedem a transcrição de Interleucinas(IL-2,IL-4,IL-5 e IL-10) e a ativação das células T
  • 31. Tratamento medicamentoso Inibidores da Calcineurina: a. Tacrolimo: bloqueio da IL-2. Apresentação: Pomada a 0,03% (crianças 2-12anos) e 0,1% (crianças +12anos), aplicada 2x/dia em dermatite atópica moderada a grave. Efeitos adversos: queimadura ou ardência local. b. Pimecrolimo: inibe TNF-α, a liberação de histamina e triptase. Indicado a partir dos 06 meses de vida. Apresentação: Creme a 1% 2x/dia por até seis meses. Efeitos adversos: ardor e queimação.
  • 32. Tratamento avançado Inibidor de Leucotrienos (Montelucaste): usado em pacientes com discreta resposta ao anti-histamínicos e CE; Imunomoduladores sistêmicos: após falha no tratamento preventivo e tópico. Ex.: Ciclosporina, Azatioprina e Interferon-δ.

Hinweis der Redaktion

  1. Disfunção de barreira epidérmica se dá nos queratinócitos e celulas de Langerhans e a Disfunção da barreira imunológica é pela ativação da resposta Th2 ao invés da Th1.
  2. Infecção viral: vulnerabilidade devido a uma diminuição da atividade de células natural killer e linfócitos T supressores Infecção fúngica é mais frequente em pct com dermatite atópica do que no restante da população.
  3. Centrado nas manifestações clínicas
  4.   Resumindo, as pomadas são mais pegajosas, deixam mais resíduos que os cremes, devendo ser aplicada em uma área mais restrita e ser evitada em aplicações facias. Os cremes, logo, são mais agradáveis ao toque, não deixam a sensação de oleosidade podendo ser utilizados numa área maior.