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Distribuição geográfica dos Vulcões e Tectónica de Placas
A distribuição dos vulcões à superfície do Globo não é uniforme. Há zonas de grande
actividade que contrastam com outras onde, na actualidade, não há manifestações vulcânicas.
- Onde é que podemos encontrar vulcões?
As zonas do globo onde ocorre actividade vulcânica coincidem,
de modo geral com as zonas de elevada sismicidade.
Zona Circumpacífica
(Anel de fogo do Pacífico)
Dorsais
Médio-
oceânicas Cintura Mediterrânico-asiática
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Distribuição Mundial dos Vulcões
A maior parte dos vulcões rodeia a costa do Pacífico (zona circumpacífica),
formando o Anel de Fogo do Pacífico (A). Entre eles podem citar-se os vulcões Pinatubo e o
Monte Santa Helena.
Outros distribuem-se pelo Mediterrâneo, como o Etna, o Vesúvio e o Stromboli,
formando a Cintura Mediterrânico-asiática (B).
Outros ainda, como no caso do Vullcão dos Capelinhos (Faial – Açores) localizam-
se ao longo das dorsais médio-oceânicas, como é o caso da Dorsal Médio-Atlântica (C).
vulcões
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Em Portugal, o vulcanismo primário activo
está praticamente reduzido ao arquipélago dos
Açores, sendo histórica a erupção do vulcão
dos Capelinhos, no Faial, que durou mais de
um ano.
Todas as ilhas da Região Autónoma da
Madeira (Madeira, Porto Santo, Desertas e
Selvagens) são de origem vulcânica. As
erupções que conduziram à sua formação
iniciaram-se há mais de 20 Ma. Tendo em
conta que a últimas erupções ocorreram há 1,7
Ma considera-se o vulcanismo primário extinto.
Podemos encontrar testemunhos de
actividade eruptiva, nomeadamente, os Arcos
da Galheta e de S. Jorge, as grutas de S.
Vicente, e uma imponente formação de rocha
vulcânica em Porto Santo.
Apesar de o vulcanismo primário estar inactivo há Ma, é possível encontrar
testemunhos dessa actividade no passado, nomeadamente, na Estremadura
(Lisboa, Mafra, Monsanto, Loures e Odivelas), no Algarve, no Alentejo e em Trás-
os-Montes.
Porto Santo
Arquipélago
da Madeira
Faial – Vulcão dos Capelinhos
Arquipélago
dos Açores
Portugal
Continental
Distribuição Nacional …..
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A localização dos vulcões ocorre preferencialmente em determinadas zonas, em que há estruturas
que são consideradas grandes acidentes tectónicos:
1. Nas Fronteiras Convergentes de Placas Litósfericas ocorre Vulcanismo de subducção;
2. Nas Fronteiras Divergentes de Placas Litósfericas ocorre vulcanismo de vale de rifte;
3. Vulcões Intraplacas
Vulcões e Tectónica de Placas
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1. Fronteiras Convergentes de Placas Litósfericas: vulcanismo de subducção
Cerca de 80% dos vulcões terrestres activos e fenómenos a eles associados ocorrem em
zonas de subducção.
A colisão de duas placas (O -> <- O ou O -> <- C) obriga à subducção da placa
mais densa e à obducção da placa menos densa. A partir de certa profundidade, as condições
de Pressão e Temperatura levam à fusão da placa que mergulhou formando-se um magma
de natureza intermédia. Este magma, de origem pouco profunda, costuma originar erupções
do tipo explosivo.
A colisão de duas placas oceânicas forma arcos de ilhas vulcânicas – arco
insular (indonesia, Filipinas,…). A colisão de uma placa oceânica com uma continental origina
um arco vulcânico (cadeias montanhosas costeiras, como por exemplo, os Andes).
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Limites convergentes e vulcanismo
Colisão (O -> <- C)
Colisão (O -> <- O)
Um arco insular é
um tipo de arquipélago formado
por processos tectónicos,
quando uma placa tectónica é
subductada sob uma outra,
com produção de magma.
Trata-se de um tipo de arco
vulcânico (cadeia de montanhas
ou ilhas vulcânicas localizadas
perto das margens dos
continentes e que são formadas
em zonas de subducção de
placas tectónicas). .
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As Ilhas Marianas são um exemplo clássico de um arco vulcânico, uma
cadeia de montanhas ou ilhas vulcânicas em arco, localizadas em zonas de subducção
de placas tectónicas, neste caso, na região do Oceano Pacífico ocidental onde a Placa
do Pacífico se encontra com a Placa das Filipinas.
Arco vulcânico
Ilhas Marianas
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2. Fronteiras Divergentes de Placas Litósfericas: vulcanismo de vale de rifte
O afastamento de placas tectónicas ( O <- -> O) ou (C <- -> C) origina sistemas
de fissuras na crusta, com milhares de km, através dos quais o magma ascende à superfície.
Estes magmas, geralmente oriundos de zonas pouco profundas, são de
natureza basáltica (magma básico), e costumam originar erupções do tipo efusivas e/ou
mistas.
Exemplos: Crista Médio-oceânica e Rifte Valley Africano.
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Limites divergentes e vulcanismo
Islândia – ilhas formadas por de
rochas vulcânicas emanadas a partir do rifte
médio-atlântico e também a partir de um ponto
quente.
Erupção na zona de rifte - Islândia
Ponto quente
Rifte médio-atlântico exposto
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Limites divergentes e vulcanismo
Rifte Valley Africano
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3. Vulcões Intraplacas Continental e Intraplaca Oceânica
Vulcanismo associado à ascensão de massas de magma provenientes de zonas
mais profundas do manto - plumas térmicas ou mantélicas – que alcançam a superfície em
determinados pontos – hot spots.
A deslocação da placa tectónica sobre os referidos pontos gera uma cadeia
linear de ilhas vulcânicas.
Neste caso, os magmas, provém de zonas mais profundas do manto, e
desencadeiam vulcanismo tipo efusivo/misto.
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Por vezes existe actividade vulcânica no interior das placas litosféricas
(actividade vulcânica intraplacas). Frequentemente esse vulcanismo origina ilhas que
emergem das águas, outras vezes mantos de basalto nos continentes (exemplo: Manto
de lava do Decão) e nos fundos oceânicos.
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Formação de uma cadeia linear de ilhas a a partir de um ponto quente
Estas colunas de
rocha quente e
deformável ascendem
e acabam por fundir
originando magmas
A libertação destes
magmas origina
pontos quentes com
actividade vulcânica
(de tipo central ou
fissural)
Na fronteira entre o
manto e o núcleo,
pode iniciar-se a
formação de plumas
térmicas ou
mantélicas.
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Ideias-chave ….
A distribuição geográfica dos vulcões está relacionada com as placas litosféricas, sendo de
considerar:
- Vulcanismo associado a fronteiras divergentes (A) – vulcanismo de vale de rift,
predominantemente efusivo, com derrame de lavas basálticas (lavas básicas, pouco
viscosas);
- Vulcanismo associado a fronteiras convergentes (B,C,D) – vulcanismo de
subducção, do tipo explosivo (lavas muito ácidas, viscosas) ou misto;
- Vulcanismo intraplaca (E), do tipo efusivo/misto, associado à existência de pontos
quentes relacionados com a presença de plumas térmicas ou mantélicas.
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Em Portugal, o vulcanismo primário activo está praticamente reduzido ao
arquipélago dos Açores, sendo histórica a erupção do vulcão dos Capelinhos, no Faial,
que durou mais de um ano. (Actividade página 132)
AÇORES – Contexto Tectónico
Contexto geológico do Arquipélago dos Açores
Tectonicamente,
as ilhas do arquipélago dos
Açores situam-se na
chamada Junção Tripla
dos Açores (zona de
contacto de três placas
tectónicas – placa Africana,
placa Euroasiática e Placa
Norte-americana)
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Contexto Tectónico do Arquipélago dos Açores
O RT faz parte da
chamada Falha Açores-Gilbraltar,
que é subdividida em diferentes
troços com comprimentos e
comportamentos tectónicos
diferentes:
• BG – Banco de Gorringe
• FG – Falha de Glória
• RT – Rifte da Terceira
A Dorsal Médio-Atlântica é
cortada por diversas falhas activas, como:
- Zona de fractura Norte dos Açores
- Zona de fractura Faial-Pico
- Zona de fractura do Banco Açor
- Zona de fractura do Banco Princesa Alice
- Falha transformante de S. Jorge.
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Vulcanismo no Arquipélago dos Açores
As últimas
erupções importantes nos
Açores foram submarinas:
• Faial – erupção dos Capelinhos
(1957/8);
• Terceira – Vulcão Oceânico da
Serreta (1998-2000).
Dado o seu enquadramento geotectónico, a região dos Açores apresenta
importante actividade vulcânica e sísmica.
Existem registos de 26 importantes erupções vulcânicas que ocorreram em
S.Miguel, Terceira, S.Jorge, Pico, Faial e no mar. Algumas destas erupções foram subaéreas e
de natureza efusiva. Contudo, também há registos de erupções subaéreas explosivas.
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Vulcanismo no Arquipélago dos Açores
A análise da idade geológica calculada para cada uma das ilhas mostra que, em
termos gerais, as ilhas mais afastadas da Dorsal Médio-Atlântica são as mais antigas.
Neste contexto, a
ilha de Santa Maria é a mais
antiga (8,12 Ma) e a ilha do Pico
é a mais jovem (250.000 anos).
Nos Açores é
normal a ocorrência de
microssismos (sismos de
magnitude inferior a 3 – escala
de Ritcher) associados às falhas
activas existentes nessa região.
Periodicamente ocorrem ainda
sismos de maior intensidade,
que têm causado alguma
destruição (Exemplo: Faial 1998
sismo de magnitude 6).
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S. Miguel, Terceira
e Faial são as zonas onde são
frequentes os sismos sentidos
(zona de maior sismicidade)
Nas ilhas de Pico e
S.Jorge há, comparativamente,
menor número de sismos
sentidos e de menor intensidade.
As ilhas de
Graciosa e Santa Maria
evidenciam baixa sismicidade,
com poucos sismos sentidos.
Ilhas de Flores e
Corvo, são zonas de reduzida
sismicidade.
Carta de Sismicidade dos Açores (2005)
Observatório vulcanológico da e Sismológico da Universidade dos Açores
http://www.cvarg.azores.gov.pt/Cvarg/CentroVulcanologia/actividadesismovulcanica
O Rifte da Terceira e o sistema de falhas activas associadas constituem os principais sistemas
geradores de sismicidade dos Açores.
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Riscos e Benefícios da Actividade Vulcânica
A actividade vulcânica pode originar catástrofes naturais. A violência de
algumas erupções vulcânicas ao longo da História matou milhares de pessoas e modificou
a composição atmosférica e o clima por algum tempo.
Não é possível evitar uma erupção vulcânica, mas pode, muitas vezes,
prever-se antecipadamente e proceder-se à evacuação atempada das populações,
salvando muitas vidas humanas e bens materiais.
Vesúvio (79Dc) soterrou Pompeia
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(Baixa entalpia)
Aproveitamento da energia geotérmica
Benefícios da Actividade Vulcânica
Porque é que o Homem teima em ocupar estas áreas de risco ?
Embora alguns vulcões possam ser muito destrutivos, as suas vertentes são escolhidas por muitas
pessoas para aí habitarem porque:
1. Os solos de origem vulcânica são muito férteis, dando excelentes campos de cultivo;
2. Alguns materiais valiosos como o ouro, o ferro, o enxofre e os diamantes têm origem na actividade
vulcânica;
3. Nos Açores e na Islândia, as rochas vulcânicas perto da superfície atingem temperaturas tão
elevadas que a água que as atravessa pode ser usada para aquecimento de casas e estufas ou
mesmo para a produção de energia eléctrica.
4. As áreas vulcânicas oferecem paisagens espectaculares, atraindo excursões de visitantes aos
géisers, fontes termais, fumarolas e às encostas dos vulcões, funcionando assim como pólos
turísticos que desenvolvem a região.
Depósito de enxofre num vulcão
(Alta entalpia)
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Os cientistas consideram que apenas uma única erupção
vulcânica pode afectar todo o planeta, por isso tem sido desenvolvido
tecnologia avançada que permita prever erupções vulcânicas, salvando
a vida a milhares de pessoas.
Minimização de riscos vulcânicos: Previsão e prevenção
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Lahar: movimento
de massa ao longo de vales ou de
encostas íngremes, em forma de
avalanche, de lama composta por
materiais piroclásticos e água
Carta de risco elaborada antes da erupção do Monte Pinatubo, em 1991.
A utilização dos meios de previsão anteriormente descritos, aliada ao
conhecimento topográfico e demográfico dos terrenos, permite elaborar cartas de risco
vulcânico. Estes mapas baseiam-se na história da actividade eruptiva do vulcão e
permitem prever o seu comportamento futuro.
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Os vulcões dizem-se Activos se estão em erupção ou se entram em actividade
frequente; se permanecem inactivos durante longos períodos (podem estar mais de 400 anos
adormecidos) ou apenas emitem pequenas quantidades de gases denominam-se
Adormecidos; dizem-se Extintos quando não há conhecimento da sua actividade durante o
período histórico, encontrando-se o seu aparelho vulcânico erodido quase na totalidade.
Classificação dos vulcões quanto à regularidade da actividade vulcânica
ETNA, o maior vulcão activo da Europa.
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Temaii ivulcanologia af2

  • 1. Distribuição geográfica dos Vulcões e Tectónica de Placas A distribuição dos vulcões à superfície do Globo não é uniforme. Há zonas de grande actividade que contrastam com outras onde, na actualidade, não há manifestações vulcânicas. - Onde é que podemos encontrar vulcões? As zonas do globo onde ocorre actividade vulcânica coincidem, de modo geral com as zonas de elevada sismicidade. Zona Circumpacífica (Anel de fogo do Pacífico) Dorsais Médio- oceânicas Cintura Mediterrânico-asiática Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 2. Distribuição Mundial dos Vulcões A maior parte dos vulcões rodeia a costa do Pacífico (zona circumpacífica), formando o Anel de Fogo do Pacífico (A). Entre eles podem citar-se os vulcões Pinatubo e o Monte Santa Helena. Outros distribuem-se pelo Mediterrâneo, como o Etna, o Vesúvio e o Stromboli, formando a Cintura Mediterrânico-asiática (B). Outros ainda, como no caso do Vullcão dos Capelinhos (Faial – Açores) localizam- se ao longo das dorsais médio-oceânicas, como é o caso da Dorsal Médio-Atlântica (C). vulcões Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 3. Em Portugal, o vulcanismo primário activo está praticamente reduzido ao arquipélago dos Açores, sendo histórica a erupção do vulcão dos Capelinhos, no Faial, que durou mais de um ano. Todas as ilhas da Região Autónoma da Madeira (Madeira, Porto Santo, Desertas e Selvagens) são de origem vulcânica. As erupções que conduziram à sua formação iniciaram-se há mais de 20 Ma. Tendo em conta que a últimas erupções ocorreram há 1,7 Ma considera-se o vulcanismo primário extinto. Podemos encontrar testemunhos de actividade eruptiva, nomeadamente, os Arcos da Galheta e de S. Jorge, as grutas de S. Vicente, e uma imponente formação de rocha vulcânica em Porto Santo. Apesar de o vulcanismo primário estar inactivo há Ma, é possível encontrar testemunhos dessa actividade no passado, nomeadamente, na Estremadura (Lisboa, Mafra, Monsanto, Loures e Odivelas), no Algarve, no Alentejo e em Trás- os-Montes. Porto Santo Arquipélago da Madeira Faial – Vulcão dos Capelinhos Arquipélago dos Açores Portugal Continental Distribuição Nacional ….. Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 4. A localização dos vulcões ocorre preferencialmente em determinadas zonas, em que há estruturas que são consideradas grandes acidentes tectónicos: 1. Nas Fronteiras Convergentes de Placas Litósfericas ocorre Vulcanismo de subducção; 2. Nas Fronteiras Divergentes de Placas Litósfericas ocorre vulcanismo de vale de rifte; 3. Vulcões Intraplacas Vulcões e Tectónica de Placas Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 5. 1. Fronteiras Convergentes de Placas Litósfericas: vulcanismo de subducção Cerca de 80% dos vulcões terrestres activos e fenómenos a eles associados ocorrem em zonas de subducção. A colisão de duas placas (O -> <- O ou O -> <- C) obriga à subducção da placa mais densa e à obducção da placa menos densa. A partir de certa profundidade, as condições de Pressão e Temperatura levam à fusão da placa que mergulhou formando-se um magma de natureza intermédia. Este magma, de origem pouco profunda, costuma originar erupções do tipo explosivo. A colisão de duas placas oceânicas forma arcos de ilhas vulcânicas – arco insular (indonesia, Filipinas,…). A colisão de uma placa oceânica com uma continental origina um arco vulcânico (cadeias montanhosas costeiras, como por exemplo, os Andes). Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 6. Limites convergentes e vulcanismo Colisão (O -> <- C) Colisão (O -> <- O) Um arco insular é um tipo de arquipélago formado por processos tectónicos, quando uma placa tectónica é subductada sob uma outra, com produção de magma. Trata-se de um tipo de arco vulcânico (cadeia de montanhas ou ilhas vulcânicas localizadas perto das margens dos continentes e que são formadas em zonas de subducção de placas tectónicas). . Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 7. As Ilhas Marianas são um exemplo clássico de um arco vulcânico, uma cadeia de montanhas ou ilhas vulcânicas em arco, localizadas em zonas de subducção de placas tectónicas, neste caso, na região do Oceano Pacífico ocidental onde a Placa do Pacífico se encontra com a Placa das Filipinas. Arco vulcânico Ilhas Marianas Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 8. 2. Fronteiras Divergentes de Placas Litósfericas: vulcanismo de vale de rifte O afastamento de placas tectónicas ( O <- -> O) ou (C <- -> C) origina sistemas de fissuras na crusta, com milhares de km, através dos quais o magma ascende à superfície. Estes magmas, geralmente oriundos de zonas pouco profundas, são de natureza basáltica (magma básico), e costumam originar erupções do tipo efusivas e/ou mistas. Exemplos: Crista Médio-oceânica e Rifte Valley Africano. Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 9. Limites divergentes e vulcanismo Islândia – ilhas formadas por de rochas vulcânicas emanadas a partir do rifte médio-atlântico e também a partir de um ponto quente. Erupção na zona de rifte - Islândia Ponto quente Rifte médio-atlântico exposto Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 10. Limites divergentes e vulcanismo Rifte Valley Africano Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 11. 3. Vulcões Intraplacas Continental e Intraplaca Oceânica Vulcanismo associado à ascensão de massas de magma provenientes de zonas mais profundas do manto - plumas térmicas ou mantélicas – que alcançam a superfície em determinados pontos – hot spots. A deslocação da placa tectónica sobre os referidos pontos gera uma cadeia linear de ilhas vulcânicas. Neste caso, os magmas, provém de zonas mais profundas do manto, e desencadeiam vulcanismo tipo efusivo/misto. Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 12. Por vezes existe actividade vulcânica no interior das placas litosféricas (actividade vulcânica intraplacas). Frequentemente esse vulcanismo origina ilhas que emergem das águas, outras vezes mantos de basalto nos continentes (exemplo: Manto de lava do Decão) e nos fundos oceânicos. Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 13. Formação de uma cadeia linear de ilhas a a partir de um ponto quente Estas colunas de rocha quente e deformável ascendem e acabam por fundir originando magmas A libertação destes magmas origina pontos quentes com actividade vulcânica (de tipo central ou fissural) Na fronteira entre o manto e o núcleo, pode iniciar-se a formação de plumas térmicas ou mantélicas. Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 14. Ideias-chave …. A distribuição geográfica dos vulcões está relacionada com as placas litosféricas, sendo de considerar: - Vulcanismo associado a fronteiras divergentes (A) – vulcanismo de vale de rift, predominantemente efusivo, com derrame de lavas basálticas (lavas básicas, pouco viscosas); - Vulcanismo associado a fronteiras convergentes (B,C,D) – vulcanismo de subducção, do tipo explosivo (lavas muito ácidas, viscosas) ou misto; - Vulcanismo intraplaca (E), do tipo efusivo/misto, associado à existência de pontos quentes relacionados com a presença de plumas térmicas ou mantélicas. Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 15. Em Portugal, o vulcanismo primário activo está praticamente reduzido ao arquipélago dos Açores, sendo histórica a erupção do vulcão dos Capelinhos, no Faial, que durou mais de um ano. (Actividade página 132) AÇORES – Contexto Tectónico Contexto geológico do Arquipélago dos Açores Tectonicamente, as ilhas do arquipélago dos Açores situam-se na chamada Junção Tripla dos Açores (zona de contacto de três placas tectónicas – placa Africana, placa Euroasiática e Placa Norte-americana) Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 16. Contexto Tectónico do Arquipélago dos Açores O RT faz parte da chamada Falha Açores-Gilbraltar, que é subdividida em diferentes troços com comprimentos e comportamentos tectónicos diferentes: • BG – Banco de Gorringe • FG – Falha de Glória • RT – Rifte da Terceira A Dorsal Médio-Atlântica é cortada por diversas falhas activas, como: - Zona de fractura Norte dos Açores - Zona de fractura Faial-Pico - Zona de fractura do Banco Açor - Zona de fractura do Banco Princesa Alice - Falha transformante de S. Jorge. Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 17. Vulcanismo no Arquipélago dos Açores As últimas erupções importantes nos Açores foram submarinas: • Faial – erupção dos Capelinhos (1957/8); • Terceira – Vulcão Oceânico da Serreta (1998-2000). Dado o seu enquadramento geotectónico, a região dos Açores apresenta importante actividade vulcânica e sísmica. Existem registos de 26 importantes erupções vulcânicas que ocorreram em S.Miguel, Terceira, S.Jorge, Pico, Faial e no mar. Algumas destas erupções foram subaéreas e de natureza efusiva. Contudo, também há registos de erupções subaéreas explosivas. Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 18. Vulcanismo no Arquipélago dos Açores A análise da idade geológica calculada para cada uma das ilhas mostra que, em termos gerais, as ilhas mais afastadas da Dorsal Médio-Atlântica são as mais antigas. Neste contexto, a ilha de Santa Maria é a mais antiga (8,12 Ma) e a ilha do Pico é a mais jovem (250.000 anos). Nos Açores é normal a ocorrência de microssismos (sismos de magnitude inferior a 3 – escala de Ritcher) associados às falhas activas existentes nessa região. Periodicamente ocorrem ainda sismos de maior intensidade, que têm causado alguma destruição (Exemplo: Faial 1998 sismo de magnitude 6). Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 19. S. Miguel, Terceira e Faial são as zonas onde são frequentes os sismos sentidos (zona de maior sismicidade) Nas ilhas de Pico e S.Jorge há, comparativamente, menor número de sismos sentidos e de menor intensidade. As ilhas de Graciosa e Santa Maria evidenciam baixa sismicidade, com poucos sismos sentidos. Ilhas de Flores e Corvo, são zonas de reduzida sismicidade. Carta de Sismicidade dos Açores (2005) Observatório vulcanológico da e Sismológico da Universidade dos Açores http://www.cvarg.azores.gov.pt/Cvarg/CentroVulcanologia/actividadesismovulcanica O Rifte da Terceira e o sistema de falhas activas associadas constituem os principais sistemas geradores de sismicidade dos Açores. Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 20. Riscos e Benefícios da Actividade Vulcânica A actividade vulcânica pode originar catástrofes naturais. A violência de algumas erupções vulcânicas ao longo da História matou milhares de pessoas e modificou a composição atmosférica e o clima por algum tempo. Não é possível evitar uma erupção vulcânica, mas pode, muitas vezes, prever-se antecipadamente e proceder-se à evacuação atempada das populações, salvando muitas vidas humanas e bens materiais. Vesúvio (79Dc) soterrou Pompeia Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 21. (Baixa entalpia) Aproveitamento da energia geotérmica Benefícios da Actividade Vulcânica Porque é que o Homem teima em ocupar estas áreas de risco ? Embora alguns vulcões possam ser muito destrutivos, as suas vertentes são escolhidas por muitas pessoas para aí habitarem porque: 1. Os solos de origem vulcânica são muito férteis, dando excelentes campos de cultivo; 2. Alguns materiais valiosos como o ouro, o ferro, o enxofre e os diamantes têm origem na actividade vulcânica; 3. Nos Açores e na Islândia, as rochas vulcânicas perto da superfície atingem temperaturas tão elevadas que a água que as atravessa pode ser usada para aquecimento de casas e estufas ou mesmo para a produção de energia eléctrica. 4. As áreas vulcânicas oferecem paisagens espectaculares, atraindo excursões de visitantes aos géisers, fontes termais, fumarolas e às encostas dos vulcões, funcionando assim como pólos turísticos que desenvolvem a região. Depósito de enxofre num vulcão (Alta entalpia) Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 22. Os cientistas consideram que apenas uma única erupção vulcânica pode afectar todo o planeta, por isso tem sido desenvolvido tecnologia avançada que permita prever erupções vulcânicas, salvando a vida a milhares de pessoas. Minimização de riscos vulcânicos: Previsão e prevenção Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 23. Lahar: movimento de massa ao longo de vales ou de encostas íngremes, em forma de avalanche, de lama composta por materiais piroclásticos e água Carta de risco elaborada antes da erupção do Monte Pinatubo, em 1991. A utilização dos meios de previsão anteriormente descritos, aliada ao conhecimento topográfico e demográfico dos terrenos, permite elaborar cartas de risco vulcânico. Estes mapas baseiam-se na história da actividade eruptiva do vulcão e permitem prever o seu comportamento futuro. Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 24. Os vulcões dizem-se Activos se estão em erupção ou se entram em actividade frequente; se permanecem inactivos durante longos períodos (podem estar mais de 400 anos adormecidos) ou apenas emitem pequenas quantidades de gases denominam-se Adormecidos; dizem-se Extintos quando não há conhecimento da sua actividade durante o período histórico, encontrando-se o seu aparelho vulcânico erodido quase na totalidade. Classificação dos vulcões quanto à regularidade da actividade vulcânica ETNA, o maior vulcão activo da Europa. Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com
  • 25. Escola Secundária Francisco Franco 2007/2008 Prof. Luís Paulino http://geonovas.blogspot.com