SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 8
Downloaden Sie, um offline zu lesen
482    ARTIGO ARTICLE




      Avaliação do impacto de um programa
      de puericultura na promoção da
      amamentação exclusiva

      Impact of a well baby care program
      on the promotion of exclusive breastfeeding




                                                                                             José Justino Faleiros 1
                                                                                             Gladis Kalil 1
                                                                                             Darci Pegoraro Casarin    1

                                                                                             Paulo A. Laque Jr. 1
                                                                                             Iná S. Santos 1




                                         Abstract                                            Introdução

      1 Faculdade de Medicina,           A historical cohort of children born between        Desde 1979, a Organização Mundial da Saúde
      Universidade Federal de
                                         January 2000 and December 2002 from low-in-         (OMS) recomendava que a duração do aleita-
      Pelotas, Pelotas, Brasil.
                                         come families attending a primary health care       mento materno exclusivo fosse de quatro a seis
      Correspondência                    facility on the periphery of Pelotas, Rio Grande    meses. Em maio de 2001, a Assembléia Mundial
      J. J. Faleiros
                                         do Sul, Brazil, was studied in relation to preva-   da Saúde aprovou a recomendação de ama-
      Departamento de Medicina
      Social, Faculdade de               lence of exclusive breastfeeding. Analysis was      mentação exclusiva por seis meses 1. As vanta-
      Medicina, Universidade             based on a life table focusing on interruption of   gens do aleitamento materno na redução da
      Federal de Pelotas.
                                         exclusive breastfeeding (month-by-month after       morbi-mortalidade por doenças infecciosas
      C. P. 464, Pelotas, RS
      96001-970, Brasil.                 birth) as the target outcome. Among the 112         têm sido amplamente demonstradas 2,3, e há
      jjusfal@terra.com.br               children followed up from birth by the Well Ba-     evidências de que a complementação do leite
                                         by Program, prevalence of exclusive breastfeed-     materno com água ou chás, nos primeiros seis
                                         ing in the first month of life was 95.0%, declin-   meses de vida, é desnecessária do ponto de vis-
                                         ing progressively to 81.0%, 64.0%, 53.0%, 39.0%,    ta biológico, mesmo em dias quentes e secos 4.
                                         and 35.0%, respectively, from the second to the     A amamentação significa, também, menor cus-
                                         sixth month after birth. Median duration of ex-     to para os sistemas de saúde. Até em países on-
                                         clusive breastfeeding was four months. Median       de a mortalidade infantil é baixa, tratamentos
                                         duration of exclusive breastfeeding and preva-      hospitalares demandados por crianças alimen-
                                         lence among six-month-old infants were both         tadas artificialmente ocorrem cinco vezes mais
                                         higher than the Brazilian national rates and in-    do que para as amamentadas exclusiva ou par-
                                         dicate the Program’s adequacy in promoting          cialmente 5.
                                         breastfeeding. However, more effort should be           Apesar do amplo reconhecimento da im-
                                         made to increase the prevalence of exclusive        portância do leite materno, na maioria dos paí-
                                         breastfeeding until the sixth month of life.        ses as taxas de amamentação exclusiva ainda
                                                                                             são baixas, e a sua duração também é insatisfa-
                                         Breast Feeding; Child Care; Services Evaluation     tória 6. Dados brasileiros mostram que, nas ca-
                                                                                             pitais e no Distrito Federal, em 1999, a media-
                                                                                             na do tempo de amamentação exclusiva era de
                                                                                             33,7 dias 7. Em uma coorte de crianças nascidas
                                                                                             em 1998 e 1999, no Município de São Paulo, a
                                                                                             mediana de duração da amamentação foi de



      Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(2):482-489, mar-abr, 2005
IMPACTO DE UM PROGRAMA DE PUERICULTURA NA PROMOÇÃO DA AMAMENTAÇÃO EXCLUSIVA                 483




205,0 dias e a da amamentação exclusiva, de        A população estudada
23,0 dias 8. Estudo realizado em 111 municípios
paulistas, envolvendo 34.435 crianças, mostrou     Ao longo de 2002, os agentes comunitários lo-
que apenas 13,9% das mães amamentavam ex-          calizaram 758 famílias moradoras na área de
clusivamente no sexto mês de vida 9. Nos Esta-     cobertura do posto de saúde. O número médio
dos Unidos, em 2001, a prevalência da ama-         de moradores por domicílio era de 3,4; quase a
mentação exclusiva, aos seis meses de idade,       totalidade das famílias (99,0%) tinha abasteci-
foi de 17,2%. As mulheres menos prováveis de       mento de água da rede pública; 76,2% dos do-
amamentar eram negras, menores de vinte anos       micílios estavam ligados a sistema de esgoto; a
de idade, com menor escolaridade, que trabalha-    coleta pública de lixo era universal; 93,0% das
vam à época do estudo e com piores condições       construções eram de tijolo ou adobe; 98,5%
sócio-econômicas 10. No Reino Unido, 69,0%         das crianças de 7 a 14 anos de idade freqüenta-
das crianças nascidas em 2000 foram inicial-       vam a escola e 13,8% dos moradores estavam
mente amamentadas; aos quatro meses de ida-        cobertos por planos de saúde. Entre os 2.603
de, no entanto, apenas 28,0% ainda recebiam        usuários, 38 eram menores de um ano de ida-
leite humano 11.                                   de. Segundo dados do Instituto Brasileiro de
    O objetivo deste estudo foi avaliar o impac-   Geografia e Estatística (Censo demográfico 2000
to de um programa de puericultura na promo-        – resultados do universo. Tabela 3.3.6.23 do sis-
ção do aleitamento materno exclusivo. Esse pro-    tema IBGE de recuperação automática de da-
grama foi desenvolvido dentro do contexto de       dos – SIDRA. http://www.ibge.gov.br), em 2000,
um serviço de atenção primária à saúde.            72,0% dos chefes de família tinham uma renda
                                                   mensal média de, no máximo, dois salários mí-
                                                   nimos, e 70,5% deles tinham escolaridade igual
Material e métodos                                 ou inferior a sete anos.

Com base nos registros do programa, analisou-      O programa de puericultura
se uma coorte histórica de crianças nascidas
entre janeiro de 2000 e dezembro de 2002, as       Cuidados curativos e preventivos são dispensa-
quais foram acompanhadas desde o nascimen-         dos às crianças tanto no posto de saúde, quanto
to em famílias moradoras na área de abrangên-      no domicílio. Os cuidados preventivos são or-
cia do serviço. O Posto de Saúde da Vila Muni-     ganizados sob a forma do programa de pueri-
cipal, na periferia do Município de Pelotas, Rio   cultura, cujas finalidades são executar ações de
Grande do Sul, Brasil, em funcionamento des-       saúde para prevenir doenças e promover a saú-
de o ano de 1977, é mantido pela Universidade      de. Uma nutricionista é responsável pela ope-
Federal de Pelotas, Associação Beneficente Lu-     ração do programa, sendo desenvolvidas as se-
terana de Pelotas, Fundação de Apoio Univer-       guintes ações: monitorização do crescimento e
sitário e Prefeitura Municipal de Pelotas. Além    desenvolvimento das crianças, imunizações,
das ações básicas de saúde, realiza atividades     incentivo à amamentação, educação das mães
de ensino multiprofissional na graduação (me-      e planejamento familiar.
dicina, enfermagem e nutrição) e na pós-gra-           O programa utiliza dois tipos de registros: o
duação (residência em medicina preventiva e        Cartão da Criança, em duas versões, com con-
social e residência multiprofissional em saúde     teúdos semelhantes, uma que é mantida com a
da família). Desde sua criação, essa unidade       mãe e outra que permanece no posto de saúde,
básica teve suas atividades dirigidas ao atendi-   e o Cartão de Imunizações. No Cartão da Crian-
mento individual, mas também deu grande ên-        ça são registrados, mensalmente, o peso e o
fase às intervenções preventivas, particular-      comprimento em relação à idade, a alimenta-
mente na atenção materno-infantil. Em 2001,        ção que a criança recebe e a avaliação do de-
agentes comunitários foram integrados à equi-      senvolvimento neuropsicomotor. Mais infor-
pe e, em 2002, passou a fazer parte da rede do     mações sobre o programa de puericultura po-
Programa Saúde da Família da Secretaria Mu-        dem ser obtidas em outra publicação 14. Os da-
nicipal de Saúde e Bem-Estar de Pelotas. Deta-     dos utilizados para a presente avaliação foram
lhes sobre a organização do serviço e do ensi-     extraídos do Cartão da Criança que permanece
no encontram-se publicados alhures 12,13.          no posto de saúde.




                                                                                Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(2):482-489, mar-abr, 2005
484    Faleiros JJ et al.




                                         O incentivo à amamentação                           Resultados

                                         Desde o pós-natal imediato, quando a mãe re-        Foram analisados os registros do programa de
                                         torna do hospital, a enfermeira e, mais recen-      puericultura de 112 crianças acompanhadas
                                         temente, agentes comunitários de saúde fazem        desde o nascimento. Em 2000, 2001 e 2002, in-
                                         visitas domiciliares para apoio às mães quanto      gressaram no programa, respectivamente, 35,
                                         a dificuldades na amamentação.                      32 e 45 recém-nascidos, 59 dos quais (52,6%)
                                             No primeiro ano de vida, o programa pre-        eram do sexo masculino. Entre as 106 crianças
                                         coniza que as crianças sejam vistas mensal-         para as quais havia registro de peso de nasci-
                                         mente. Tipicamente, em cada consulta do pro-        mento, 11 (9,8%) apresentaram baixo peso ao
                                         grama, a mãe é entrevistada quanto à alimen-        nascer (< 2.500g), sendo o peso médio ao nas-
                                         tação da criança e aconselhada a amamentar          cer de 3.100g. A Tabela 1 e a Figura 1 mostram
                                         exclusivamente por seis meses. Todas as mães        a duração da amamentação exclusiva, mês a
                                         são incentivadas a manter a amamentação até,        mês, após o nascimento.
                                         pelo menos, os dois anos de idade. A vacinação          Na Tabela 1, a coluna 1 apresenta o número
                                         da criança é também realizada nessas consul-        de meses após o nascimento. As colunas 2 e 3
                                         tas, de acordo com a idade e o programa de va-      apresentam, respectivamente, o número de
                                         cinação vigente. Portanto, até os seis meses de     crianças com amamentação exclusiva no início
                                         idade, período a que se ateve essa avaliação, ca-   do mês e o número de crianças que passaram a
                                         da mãe deveria ter tido pelo menos seis opor-       receber outros líquidos ou sólidos durante o
                                         tunidades de incentivo à amamentação.               mês correspondente. No primeiro mês de vida,
                                             Foram analisados os registros das crianças      por exemplo, 6 das 112 crianças passaram a re-
                                         nascidas no período de janeiro de 2000 a de-        ceber água ou chás. Ao iniciar o segundo mês
                                         zembro de 2002 cujas mães buscaram o serviço        de vida, 106 recebiam leite materno exclusivo.
                                         no primeiro mês após o nascimento. Apenas               A coluna 4 mostra o número de crianças cen-
                                         uma categoria de prática de amamentação foi         suradas, mês a mês. O número total de crian-
                                         considerada para este trabalho, a amamenta-         ças em risco de interromper a amamentação
                                         ção exclusiva. De acordo com o preconizado          exclusiva, ajustado para essas perdas, é mos-
                                         pela OMS, diz-se que a amamentação é exclu-         trado na coluna 5. A coluna 6 apresenta o risco
                                         siva quando a criança recebe leite materno, di-     de interrupção da amamentação exclusiva em
                                         retamente da mama ou extraído mecanica-             cada mês. Nas colunas 7 e 8 encontram-se as
                                         mente, e nenhum outro líquido ou sólido, com        probabilidades de a criança ser amamentada
                                         exceção de gotas ou xaropes de vitaminas, mi-       exclusivamente, respectivamente, a cada mês
                                         nerais e/ou medicamentos 15. Crianças rece-         e, acumuladamente, até o mês em estudo. O in-
                                         bendo água ou chás (amamentação predomi-            tervalo de confiança de 95% da probabilidade
                                         nante) ou outros leites ou sólidos, além do leite   acumulada de amamentar até cada um dos me-
                                         materno (amamentação parcial), ou totalmen-         ses após o nascimento é mostrado na coluna 9.
                                         te desmamadas foram consideradas como ten-              O risco de interromper a amamentação ex-
                                         do experimentado o desfecho (interrupção da         clusiva no primeiro mês de vida foi de 0,05 e,
                                         amamentação exclusiva).                             no segundo mês, de 0,19. Sendo assim, as crian-
                                             A duração da amamentação exclusiva foi          ças que não tiveram a amamentação exclusiva
                                         calculada por análise de sobrevivência desde o      interrompida até o final do primeiro mês (95,0%)
                                         nascimento até os seis meses de idade 16. A pro-    tiveram uma probabilidade de 81,0% de conti-
                                         babilidade de mudança no padrão de amamen-          nuarem no mesmo padrão de amamentação
                                         tação ou de desmame foi avaliado para inter-        até o final do segundo mês. A probabilidade de
                                         valos de um mês. As crianças perdidas no acom-      uma criança receber amamentação exclusiva
                                         panhamento contribuíram para o cálculo do           por dois meses foi de 77,0%. No quarto mês de
                                         risco de interrupção da amamentação exclusi-        vida, 53,0% (IC95%:40,0-66,0%) das crianças
                                         va até o mês para o qual tinham informação          acompanhadas recebiam leite materno exclu-
                                         disponível, sendo consideradas censuradas pa-       sivo. Mais de um terço das crianças atendidas
                                         ra os cálculos dos meses subseqüentes. Os da-       pelo Programa (35,0%) recebia leite materno
                                         dos foram processados e analisados manual-          exclusivo ao sexto mês de vida. A mediana da
                                         mente, usando-se calculadora eletrônica.            amamentação exclusiva nessa coorte foi de qua-
                                                                                             tro meses.
                                                                                                 A Figura 1 apresenta a curva de sobrevivên-
                                                                                             cia acumulada da amamentação exclusiva. Me-
                                                                                             tade das crianças recebia leite materno exclu-
                                                                                             sivo após completar o quarto mês de vida.



      Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(2):482-489, mar-abr, 2005
IMPACTO DE UM PROGRAMA DE PUERICULTURA NA PROMOÇÃO DA AMAMENTAÇÃO EXCLUSIVA                     485



Tabela 1

Tábua de vida mostrando a duração da amamentação exclusiva entre 112 crianças inscritas desde o nascimento no Programa
de Puericultura do Posto de Saúde da Vila Municipal. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, janeiro de 2000 a dezembro de 2002.


1                    2               3               4                 5                6                 7                   8                   9
Meses          Número de       Interrupção da     Número         Número           Risco de           Probabilidade       Probabilidade       IC95% da
desde o        crianças em     amamentação        de crianças    em risco de      interrupção da     de manter a         de manter           probabilidade
nascimento     amamentação     exclusiva          perdidas       interrupção da   amamentação        amamentação         amamentação         de manter
               exclusiva no    durante o mês      durante        amamentação      exclusiva          exclusiva           exclusiva           amamentação
               início do mês                      o mês          exclusiva*       durante            durante             desde o             exclusiva
                                                                                  o mês**            o mês***            nascimento#         desde o
                                                                                                                                             nascimento

1                 112                6                0            112,0               0,05               0,95                0,95            0,91-0,99
2                 106               19               10            101,0               0,19               0,81                0,77            0,69-0,85
3                  77               13                4                75,0            0,17               0,83                0,64            0,53-0,75
4                  60               10                6                57,0            0,17               0,83                0,53            0,40-0,66
5                  44               11                3                42,5            0,26               0,74                0,39            0,25-0,53
6                  30                3                0                30,0            0,10               0,90                0,35            0,18-0,52

* Número de crianças recebendo amamentação exclusiva no início do mês menos a metade do número
de crianças censuradas [(2) - (4)/2], assumindo que, em média, essas perdas ocorreram no meio do mês;
** (3)/(5);
*** 1 - (6);
# (8 mês anterior) x (7).




Discussão                                                       Figura 1


Esta avaliação mostrou que o Programa de Pue-                   Curva de sobrevivência acumulada para duração da amamentação exclusiva
ricultura da Vila Municipal alcançou uma me-                    entre uma coorte de 112 crianças acompanhadas desde o nascimento
diana de duração da amamentação exclusiva e                     em um Posto de Atenção Primária. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, janeiro
uma prevalência de aleitamento exclusivo no                     de 2000 a dezembro de 2002.
sexto mês de vida superiores ao relatado por
estudos nacionais de base populacional 7,8,9. O
                                                                 100
fato de a população do presente estudo perten-
cer a um baixo estrato sócio-econômico forta-                     90

lece a hipótese de que o programa apresentou                      80
resultados positivos na promoção da amamen-                       70
tação exclusiva. Sabe-se que, nas décadas de 70
                                                                  60
e 80, ocorreu expansão considerável da prática
de amamentação no país 17, sendo essa ten-                        50

dência verificada em todos os estratos da po-                     40
pulação, porém mais acentuadamente na área                        30
urbana, na região Centro-Sul, entre mulheres
                                                                  20
de maior poder aquisitivo e de maior escolari-
dade 18. As coortes de recém-nascidos do Mu-                      10

nicípio de Pelotas de 1982 e 1993 confirmaram                   % 0
esse achado, uma vez que as mães de alta ren-                                 1    2           3          4          5          6       idade em meses
da amamentavam mais nos primeiros meses
de vida do que as de baixa renda 19. Na coorte
de recém-nascidos de São Paulo, a escolarida-
de e a idade da mãe estavam diretamente asso-
ciadas com a duração da amamentação 8. Outros
países registraram achados semelhantes 20.
    Que características do programa de pueri-
cultura seriam promotoras de tal resultado?
Uma das conclusões do estudo dos municípios
paulistas foi que, quanto maior o número de
ações de promoção, proteção e apoio ao aleita-



                                                                                              Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(2):482-489, mar-abr, 2005
486    Faleiros JJ et al.




                                         mento materno implementadas pelo municí-           mo intervenção. Em 1999, por exemplo, foi rea-
                                         pio, maior a probabilidade desse ser exclusivo     lizado, no México, um ensaio clínico randomi-
                                         até o sexto mês 18. Entre as ações, considera-     zado com o objetivo de testar a eficácia do acon-
                                         ram-se Iniciativa Hospital Amigo da Criança,       selhamento domiciliar na promoção do aleita-
                                         Banco de Leite, treinamento de profissionais,      mento exclusivo 22. As visitas, feitas por pes-
                                         implementação de atividades na Semana de           soas treinadas da própria comunidade, ocor-
                                         Amamentação, políticas públicas de incentivo       riam durante a gestação e logo após o parto.
                                         à amamentação, monitorização da Norma Bra-         Dois grupos intervenção, com diferentes inten-
                                         sileira de Comercialização de Alimentos para       sidades de aconselhamento (seis ou três visitas),
                                         Lactentes, equipe multiprofissional trabalhan-     foram comparados a um controle (nenhuma
                                         do na promoção do aleitamento e atividades         visita). Aos três meses pós-parto, 67,0% das mães
                                         de pesquisa sobre aleitamento. À época em que      do grupo que recebeu seis visitas amamenta-
                                         foi conduzida a presente avaliação, nenhum         vam exclusivamente, uma prevalência muito
                                         dos hospitais da cidade de Pelotas cumpria to-     semelhante à verificada no presente estudo.
                                         dos os passos da Iniciativa Hospital Amigo da          A estratégia de cuidado à saúde a que o pro-
                                         Criança. A cidade, no entanto, dispunha de um      grama está vinculado também deve ser um fa-
                                         Banco de Leite, os profissionais da Secretaria     tor contribuinte para os resultados encontra-
                                         de Saúde do município eram treinados para in-      dos. A Atenção Primária à Saúde e, mais recen-
                                         centivar o aleitamento materno e inúmeras          temente, o PSF são estratégias facilitadoras da
                                         pesquisas em que a amamentação era tratada         promoção da amamentação, como também da
                                         como desfecho ou exposição haviam sido im-         proteção e do apoio a ela. Em primeiro lugar,
                                         plementadas. Além disso, na Vila Municipal,        essas estratégias atingem as mulheres que não
                                         uma equipe multiprofissional prioriza o aleita-    buscam pré-natal espontaneamente. Em se-
                                         mento materno em todas suas atividades espe-       gundo lugar, a amamentação pode ser promo-
                                         cíficas, ao longo de mais de duas décadas.         vida longitudinalmente (durante o pré-natal;
                                             Outro aspecto a considerar é que tanto a       durante o período pós-natal, quando a mãe tem
                                         promoção da amamentação como as imuniza-           alta hospitalar e retorna para seu domicílio; e
                                         ções são importantes intervenções para a saú-      em eventuais futuras gestações de uma mesma
                                         de da criança 21. A vinculação entre as ativida-   mulher). Em terceiro lugar, a atenção oferecida
                                         des de vacinação e de puericultura pode ter        às gestantes e às mães é personalizada.
                                         contribuído, sinergicamente, para o resultado          Alguns vieses, no entanto, podem haver in-
                                         observado, uma vez que cada contato da mãe e       terferido com os achados desta avaliação. Em
                                         da criança com o serviço poderia ser aprovei-      primeiro lugar, a ausência de um grupo-con-
                                         tado pela equipe de saúde para reforçar as         trole não permite afirmar que o resultado en-
                                         mensagens de ambas as intervenções.                contrado deva-se ao programa. Entretanto, es-
                                             Por meio do programa de puericultura, ca-      te estudo não foi planejado para detectar eficá-
                                         da criança que nasce na população usuária do       cia do programa e, sim, verificar o alcance de
                                         serviço realiza, em média, durante o primeiro      um dos seus objetivos, qual seja o de estimular
                                         ano de vida, sete consultas preventivas. Esti-     amamentação. Preferiu-se utilizar a expressão
                                         ma-se, além disso, que cada mãe receba pelo        “adequação para alcançar objetivos” a “alcan-
                                         menos 2 horas/ano de educação sobre alimen-        çar metas”, uma vez que, até o presente momen-
                                         tação da criança, além de informações sobre        to, não foi estipulada uma quantificação a prio-
                                         saúde, imunizações e planejamento familiar 14.     ri das taxas de amamentação exclusiva ou de
                                         Durante o pré-natal, que atinge mais de 85,0%      duração da amamentação a serem atingidas,
                                         das gestantes residentes na área de abrangên-      nessa população-alvo, nem em quais prazos.
                                         cia, são também rotineiramente veiculadas in-      Essas diferentes abordagens têm sido discuti-
                                         formações sobre as vantagens da amamenta-          das na literatura, num contexto de saúde pú-
                                         ção. No pós-natal, as mães são visitadas em ca-    blica baseada em evidências 23,24.
                                         sa e apoiadas para solucionar problemas com            Vários estudos randomizados 25 evidencia-
                                         a amamentação. É, portanto, plausível que es-      ram o efeito positivo do aconselhamento ma-
                                         ses esforços tenham impacto sobre as taxas de      terno face a face sobre a duração do aleitamen-
                                         amamentação e que os resultados desta avalia-      to exclusivo. Especificamente sobre o impacto
                                         ção reflitam um real efeito do programa de pue-    de intervenções desenvolvidas em Atenção Pri-
                                         ricultura sobre a duração observada da ama-        mária à Saúde na duração da amamentação,
                                         mentação exclusiva até os seis meses de idade.     duas revisões de literatura 26,27, a primeira, uma
                                         Resultados semelhantes foram obtidos em es-        revisão sistemática, e a segunda, que inclui uma
                                         tudos de eficácia e de efetividade que utiliza-    meta-análise, mostraram ser geralmente efeti-
                                         ram o aconselhamento materno face a face co-       vas as que associavam interação face a face com



      Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(2):482-489, mar-abr, 2005
IMPACTO DE UM PROGRAMA DE PUERICULTURA NA PROMOÇÃO DA AMAMENTAÇÃO EXCLUSIVA                 487



a mãe, maior número de contatos e duração            miciliares feitas pela equipe de saúde, no en-
mais longa. Outra revisão de literatura 28 evi-      tanto, são oportunidades propícias para que o
denciou que o apoio profissional era efetivo na      uso de mamadeiras, por exemplo, seja detecta-
duração da amamentação de modo geral e, es-          do. Um outro tipo de abordagem, aparentemen-
pecialmente, na redução da interrupção do alei-      te menos influenciada pelo viés de cortesia, foi
tamento exclusivo antes dos seis meses de ida-       desenvolvida em um estudo no Rio de Janeiro,
de. Portanto, se o programa funcionar adequa-        que utilizou como indicador de efetividade a
damente, é esperado que esses benefícios se          satisfação referida pela mãe com o apoio para
reflitam sobre a duração da amamentação ex-          amamentação recebido na unidade básica 29.
clusiva na população atingida. As prevalências           Estudos que avaliem a qualidade dos servi-
de aleitamento materno exclusivo observadas          ços de saúde são ainda escassos no Brasil. A
mês a mês após o nascimento apontam positi-          presente avaliação é um exemplo de metodo-
vamente para o alcance dessa adequação.              logia válida, simples e executável em nível lo-
     Em segundo lugar, o viés de seleção, em que     cal pelos gestores de saúde. Resultados de ava-
seria incluído no estudo apenas um grupo se-         liações como esta podem reforçar estratégias
lecionado de crianças moradoras na comuni-           ou apontar para a necessidade de reorienta-
dade, precisa ser descartado. Seria necessário       ções em programas que estejam sendo execu-
que um número substancial das crianças resi-         tados. Da atual avaliação fica claro que, embo-
dentes na área fosse coberto pelo programa pa-       ra seus resultados apontem para a adequação
ra que este pudesse ter efeito sobre o aleitamen-    do programa, mais esforços necessitam ser des-
to materno na comunidade como um todo. Es-           pendidos de forma a aumentar a prevalência
se foi, provavelmente, o caso, uma vez que, as-      do aleitamento materno exclusivo até os seis
sumindo-se uma taxa bruta de fertilidade de          meses após o parto.
15/1.000 (o que, em uma população de 2.600               Ainda que o uso de microcomputadores es-
pessoas, corresponde a 39 nascimentos/ano),          teja sendo progressivamente introduzido em
as 112 crianças estudadas representam quase o        postos de saúde, nem sempre as equipes dis-
total das residentes na área de abrangência do       põem de profissionais que dominem pacotes
posto de saúde no período do estudo (Censo de-       estatísticos o suficiente, para análise do impac-
mográfico 2000 – resultados do universo. Tabe-       to sobre a saúde das ações implementadas.
la 3.3.6.23 do sistema IBGE de recuperação au-       Além disso, como este estudo demonstrou, da-
tomática de dados – SIDRA. http://www.ibge.          dos epidemiológicos descritivos, simples, refe-
gov.br).                                             rentes a um número pequeno de indivíduos,
     Em terceiro lugar, o viés de cortesia, em que   podem ser processados e analisados facilmen-
as mães responderiam sobre a alimentação da          te e manualmente, com rapidez 30. A análise ma-
criança aquilo que o profissional esperasse ou-      nual tem, outrossim, a vantagem de que os even-
vir, poderia introduzir um erro sistemático de       tuais erros de registro e de codificação podem
informação. O estudo utilizou a informação           ser corrigidos imediatamente e que os analis-
que estava registrada no Cartão da Criança, mas      tas adquirem familiaridade com os dados e com
nenhum mecanismo foi implementado para               seu significado.
certificar-se da veracidade da informação; a             Os resultados deste estudo sugerem a pos-
presença do viés de cortesia não pode ser, por-      sibilidade de que o programa de puericultura,
tanto, descartada. Seu efeito, se presente, seria    dentro de um contexto de atenção primária à
no sentido de superestimar a duração da ama-         saúde, tenha causado, na população estudada,
mentação exclusiva. Tal como no presente es-         impacto positivo sobre a taxa de amamentação
tudo, a maioria dos autores que estudou preva-       exclusiva. Aumentar as taxas amamentação é
lência de amamentação utilizou informação            um objetivo a ser considerado pela sociedade,
relatada pela própria mãe somente, porém, em         pelos gestores dos sistemas de saúde e pelos
virtude da ênfase que o serviço dá à amamen-         provedores. As mães necessitam de maior co-
tação, é possível que o viés de cortesia tenha       nhecimento e maior apoio para tal prática, mui-
ocorrido mais freqüentemente na população            to particularmente aquelas de grupos popula-
deste estudo do que em outras. As visitas do-        cionais mais vulneráveis.




                                                                                  Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(2):482-489, mar-abr, 2005
488    Faleiros JJ et al.




                                         Resumo                                                       Referências

                                         Foi estudada a prevalência de amamentação exclusi-           1.    A duração ótima da amamentação exclusiva [Edi-
                                         va numa coorte histórica de crianças nascidas entre                torial]. Atualidades em amamentação 2002; 27/
                                         janeiro de 2000 e dezembro de 2002, de famílias de                 28. http://ibfan.org.br/userhtml/atam2728.pdf
                                         baixo nível sócio-econômico, residentes na área de                 (acessado em 20/Nov/2003).
                                         abrangência de um Posto de Saúde de Atenção Primá-           2.    Victora CG, Smith PG, Vaugham JP, Nobre LC,
                                         ria, na periferia da cidade de Pelotas, Rio Grande do              Lombardi C, Teixeira AM, et al. Evidence for pro-
                                         Sul, Brasil. Para a análise foi construída uma tábua de            tection by breast feeding against infants deaths
                                         vida, cujo desfecho era a interrupção da amamenta-                 from infectious diseases in Brazil. Lancet 1987;
                                         ção exclusiva, mês a mês, após o nascimento. Entre as              2:317-22.
                                         112 crianças estudadas, a prevalência de amamenta-           3.    César JA, Victora CG, Barros FC, Santos IS, Flores
                                         ção exclusiva no primeiro mês de vida foi de 95,0%,                JA. Impact of breast-feeding on admission for
                                         caindo progressivamente para 81,0%, 64,0%, 53,0%,                  pneumonia during postneonatal period in Brazil:
                                         39,0% e 35,0%, respectivamente, do segundo ao sexto                nested case-control study. BMJ 1999; 318: 1316-
                                         mês. A mediana de duração da amamentação exclusi-                  20.
                                         va foi de quatro meses; a mediana de duração da ama-         4.    Cohen RJ, Krown KH, Canahuati J, Rivera LL,
                                         mentação exclusiva e a prevalência de aleitamento ex-              Dewey KG. Effects of age of introduction of com-
                                         clusivo no sexto mês, superiores às taxas nacionais, in-           plementary foods on infant breast milk intake,
                                         dicam adequação do Programa de Puericultura na                     total energy intake, and growth: a randomised in-
                                         promoção da amamentação. No entanto, mais esfor-                   tervention study in Honduras. Lancet 1994; 344:
                                         ços devem ser despendidos para aumentar a prevalên-                288-93.
                                         cia da amamentação exclusiva até o sexto mês de vida.        5.    A warm chain for breastfeeding [Editorial]. Lancet
                                                                                                            1994; 344:1239-41.
                                         Amamentação; Puericultura; Avaliação dos Serviços            6.    Albernaz E, Victora CG, Haisma H, Wright A, Cow-
                                                                                                            ard WA. Lactation counseling increases breast-
                                                                                                            feeding duration but not breast milk intake as
                                                                                                            measured by isotopic methods. J Nutr 2003; 133:
                                                                                                            205-10.
                                         Colaboradores
                                                                                                      7.    Ministério da Saúde. Prevalência de aleitamento
                                                                                                            materno nas capitais brasileiras e no Distrito Fe-
                                         J. J. Faleiros concebeu o trabalho, revisou parte da lite-         deral. Relatório final. Brasília: Ministério da Saú-
                                         ratura e redigiu a primeira versão do texto. G. Kalil, D.          de; 2000.
                                         P. Casarin e P. A. Laque Jr. realizaram o levantamento       8.    Bueno MB, Souza JMP, Souza SB, Paz SMRS, Gi-
                                         dos dados nos registros do programa de puericultura.               meno SGA, Siqueira AAF. Riscos associados ao
                                         I. S. Santos participou no planejamento de análise e               processo de desmame entre crianças nascidas em
                                         fez a revisão final do manuscrito.                                 hospital universitário de São Paulo, entre 1998 e
                                                                                                            1999: estudo de coorte prospectivo do primeiro
                                                                                                            ano de vida. Cad Saúde Pública 2003; 19:1453-60.
                                                                                                      9.    Dias V. Municípios devem implantar ações de in-
                                                                                                            centivo à amamentação para evitar desmame pre-
                                                                                                            coce. Agência USP de Notícias 2003; 1251. http://
                                                                                                            www.usp.br/agen/bols/2003/rede1251.htm#pri
                                                                                                            mdestaq (acessado em 22/Set/2004).
                                                                                                      10.   Ryan AS, Wenjun Z, Acosta A. Breastfeeding con-
                                                                                                            tinues to increase into the new millenium. Pedi-
                                                                                                            atrics 2002; 110:1103-9.
                                                                                                      11.   Graffy J, Taylor J, Williams A, Eldrige S. Random-
                                                                                                            ized controlled trial of support from volunteer
                                                                                                            counselors for mothers considering breastfeed-
                                                                                                            ing. BMJ 2004; 328:26-30.
                                                                                                      12.   Faleiros JJ, Piccini RX, Gigante AG, Neutzling M.
                                                                                                            Praticando e ensinando medicina na comunida-
                                                                                                            de: a assistência médica. Rev Bras Educ Méd
                                                                                                            1986; 10:91-4.
                                                                                                      13.   Piccini RX, Faleiros JJ, Gigante AG. Praticando e
                                                                                                            ensinando medicina na comunidade: o ensino.
                                                                                                            Rev Bras Educ Méd 1986; 10:95-7.
                                                                                                      14.   Faleiros JJ, Pinto AC, Faria LH. Avaliação da pue-
                                                                                                            ricultura em populações de baixa renda. Rev As-
                                                                                                            soc Méd Rio Gd do Sul 1989; 33:277-80.
                                                                                                      15.   World Health Organization 1995. World Health
                                                                                                            Organization’s infant feeding recommendation.
                                                                                                            Bull World Health Organ 1995; 73:165-74.
                                                                                                      16.   Kirkwood BR. Essentials of medical statistics. Ox-
                                                                                                            ford: Blackwell; 1988.




      Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(2):482-489, mar-abr, 2005
IMPACTO DE UM PROGRAMA DE PUERICULTURA NA PROMOÇÃO DA AMAMENTAÇÃO EXCLUSIVA                   489




17. Rea MF. The Brazilian national breastfeeding pro-     25. Albernaz E, Victora CG. Impacto do aconselha-
    gram: a success story. Int J Gyneacol Obstet 1990;        mento face a face sobre a duração do aleitamen-
    31:79-82.                                                 to exclusivo: um estudo de revisão. Rev Panam
18. Venâncio SI, Monteiro CA. A tendência da prática          Salud Publica 2003; 14:17-24.
    da amamentação no Brasil nas décadas de 70 e          26. De Oliveira MI, Camacho LA, Tedstone AE. Ex-
    80. Rev Bras Epidemiol 1998; 1:40-9.                      tending breastfeeding duration through primary
19. Horta BL, Olinto MTA, Victora CG, Barros FC, Gui-         care: a systematic review of prenatal and postna-
    marães PRV. Amamentação e padrões alimenta-               tal interventions. J Hum Lact 2001; 17:326-43.
    res em crianças de duas coortes de base popula-       27. Guise JM, Palda V, Westhoff C, Chan BK, Helfand
    cional no Sul do Brasil. Cad Saúde Pública 1996;          M, Lieu TA, et al. The effectiveness of primary
    12 Suppl 1:43-8.                                          care-based interventions to promote breastfeed-
20. Dennis CL. Breastfeeding initiation and duration:         ing: systematic evidence review and meta-analy-
    a 1990-2000 literature review. J Obstet Gynecol           sis for the US Preventive Services Task Force. Ann
    Neonatal Nurs 2002; 31:12-32.                             Fam Med 2003; 1:70-8.
21. Kim-Farley R, Collins C, Tinker A. Linkages be-       28. Sikorski J, Renfrew MJ, Pindoria S, Wade A. Sup-
    tween immunization and breastfeeding promo-               port for breastfeeding mothers: a systematic re-
    tion programs. J Hum Lact 1990; 6:65-7.                   view. Paediatr Perinat Epidemiol 2003; 17:407-17.
22. Morrow AL, Guerrero ML, Shults J, Calva JJ, Lutter    29. De Oliveira MIC, Camacho LAB, Tedstone AE. A
    C, Bravo J, et al. Efficacy of home-based peer            method for the evaluation of primary health care
    counselling to promote exclusive breastfeeding: a         units practice in the promotion, protection, and
    randomized controlled trial. Lancet 1999; 353:            support of breastfeeding: results from the state of
    1226-31.                                                  Rio de Janeiro, Brazil. J Hum Lact 2003; 19:365-73.
23. Habicht JP, Victora CG, Vaughan JP. Evaluation de-    30. Vaughan JP, Morrow RH. Epidemiologia para os
    signs for adequacy, plausibility and probability of       municípios: manual para gerenciamento dos dis-
    public health programme performance and im-               tritos sanitários. São Paulo: Editora Hucitec; 1992.
    pact. Int J Epidemiol 1999; 28:10-8.
24. Victora CG, Habicht JP, Bryce J. Evidence-based           Recebido em 01/Jun/2004
    public health: moving beyond randomized trials.           Versão final reapresentada em 29/Set/2004
    Am J Public Health 2004; 94:400-5.                        Aprovado em 19/Out/2004




                                                                                         Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(2):482-489, mar-abr, 2005

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Aleitamento Materno Exclusivo Em Lactentes Atendidos Na Rede PúBlica Do Munic...
Aleitamento Materno Exclusivo Em Lactentes Atendidos Na Rede PúBlica Do Munic...Aleitamento Materno Exclusivo Em Lactentes Atendidos Na Rede PúBlica Do Munic...
Aleitamento Materno Exclusivo Em Lactentes Atendidos Na Rede PúBlica Do Munic...Biblioteca Virtual
 
Aleitamento Materno – Como é Vivenciado Por Mulheres Assistidas Em Uma Unidad...
Aleitamento Materno – Como é Vivenciado Por Mulheres Assistidas Em Uma Unidad...Aleitamento Materno – Como é Vivenciado Por Mulheres Assistidas Em Uma Unidad...
Aleitamento Materno – Como é Vivenciado Por Mulheres Assistidas Em Uma Unidad...Biblioteca Virtual
 
Aleitamento Materno Uma ContribuiçãO CientíFica Para A PráTica Do Profissio...
Aleitamento Materno   Uma ContribuiçãO CientíFica Para A PráTica Do Profissio...Aleitamento Materno   Uma ContribuiçãO CientíFica Para A PráTica Do Profissio...
Aleitamento Materno Uma ContribuiçãO CientíFica Para A PráTica Do Profissio...Biblioteca Virtual
 
Margareth miranda ayres
Margareth miranda ayresMargareth miranda ayres
Margareth miranda ayresTamyslast
 
PrevalêNcia Do Aleitamento Materno Na RegiãO Noroeste De Campinas, SãO Paulo,...
PrevalêNcia Do Aleitamento Materno Na RegiãO Noroeste De Campinas, SãO Paulo,...PrevalêNcia Do Aleitamento Materno Na RegiãO Noroeste De Campinas, SãO Paulo,...
PrevalêNcia Do Aleitamento Materno Na RegiãO Noroeste De Campinas, SãO Paulo,...Biblioteca Virtual
 
Enfermagem E Aleitamento Materno
Enfermagem E Aleitamento MaternoEnfermagem E Aleitamento Materno
Enfermagem E Aleitamento MaternoBiblioteca Virtual
 
IdentificaçãO De Dificuldades No IníCio Do Aleitamento Materno Mediante Aplic...
IdentificaçãO De Dificuldades No IníCio Do Aleitamento Materno Mediante Aplic...IdentificaçãO De Dificuldades No IníCio Do Aleitamento Materno Mediante Aplic...
IdentificaçãO De Dificuldades No IníCio Do Aleitamento Materno Mediante Aplic...Biblioteca Virtual
 
EvoluçãO Do Aleitamento Materno Em Uma Capital Da RegiãO Centro Oeste Do Bras...
EvoluçãO Do Aleitamento Materno Em Uma Capital Da RegiãO Centro Oeste Do Bras...EvoluçãO Do Aleitamento Materno Em Uma Capital Da RegiãO Centro Oeste Do Bras...
EvoluçãO Do Aleitamento Materno Em Uma Capital Da RegiãO Centro Oeste Do Bras...Biblioteca Virtual
 
Fatores Associados Com A DuraçãO Do Aleitamento Materno
Fatores Associados Com A DuraçãO Do Aleitamento MaternoFatores Associados Com A DuraçãO Do Aleitamento Materno
Fatores Associados Com A DuraçãO Do Aleitamento MaternoBiblioteca Virtual
 
Vamos fazer uma Pós-Graduação Multiprofissional em Aleitamento?
Vamos fazer uma Pós-Graduação Multiprofissional em Aleitamento?Vamos fazer uma Pós-Graduação Multiprofissional em Aleitamento?
Vamos fazer uma Pós-Graduação Multiprofissional em Aleitamento?Prof. Marcus Renato de Carvalho
 
Determinantes Do Desmame Precoce No
Determinantes Do Desmame Precoce NoDeterminantes Do Desmame Precoce No
Determinantes Do Desmame Precoce NoBiblioteca Virtual
 
Aleitamento Maternoo Desafio De
Aleitamento Maternoo Desafio DeAleitamento Maternoo Desafio De
Aleitamento Maternoo Desafio DeBiblioteca Virtual
 
TCCs da Especialização em Aleitamento / turma de Piracicaba / Passo 1
TCCs da Especialização em Aleitamento / turma de Piracicaba / Passo 1 TCCs da Especialização em Aleitamento / turma de Piracicaba / Passo 1
TCCs da Especialização em Aleitamento / turma de Piracicaba / Passo 1 Prof. Marcus Renato de Carvalho
 
Alegações maternas para o desmame:estudo qualitativo
Alegações maternas para o desmame:estudo qualitativoAlegações maternas para o desmame:estudo qualitativo
Alegações maternas para o desmame:estudo qualitativobancodeleite
 
Fatores Associados Ao IníCio Da AmamentaçãO Em Uma Cidade Do Sul Do Brasil
Fatores Associados Ao IníCio Da AmamentaçãO Em Uma Cidade Do Sul Do BrasilFatores Associados Ao IníCio Da AmamentaçãO Em Uma Cidade Do Sul Do Brasil
Fatores Associados Ao IníCio Da AmamentaçãO Em Uma Cidade Do Sul Do BrasilBiblioteca Virtual
 
Effect Of Intervention On The Rates Of Breastfeeding Of Very
Effect Of Intervention On The Rates Of Breastfeeding Of VeryEffect Of Intervention On The Rates Of Breastfeeding Of Very
Effect Of Intervention On The Rates Of Breastfeeding Of VeryBiblioteca Virtual
 

Was ist angesagt? (20)

Aleitamento Materno Exclusivo Em Lactentes Atendidos Na Rede PúBlica Do Munic...
Aleitamento Materno Exclusivo Em Lactentes Atendidos Na Rede PúBlica Do Munic...Aleitamento Materno Exclusivo Em Lactentes Atendidos Na Rede PúBlica Do Munic...
Aleitamento Materno Exclusivo Em Lactentes Atendidos Na Rede PúBlica Do Munic...
 
Aleitamento Materno – Como é Vivenciado Por Mulheres Assistidas Em Uma Unidad...
Aleitamento Materno – Como é Vivenciado Por Mulheres Assistidas Em Uma Unidad...Aleitamento Materno – Como é Vivenciado Por Mulheres Assistidas Em Uma Unidad...
Aleitamento Materno – Como é Vivenciado Por Mulheres Assistidas Em Uma Unidad...
 
Aleitamento Materno Uma ContribuiçãO CientíFica Para A PráTica Do Profissio...
Aleitamento Materno   Uma ContribuiçãO CientíFica Para A PráTica Do Profissio...Aleitamento Materno   Uma ContribuiçãO CientíFica Para A PráTica Do Profissio...
Aleitamento Materno Uma ContribuiçãO CientíFica Para A PráTica Do Profissio...
 
Margareth miranda ayres
Margareth miranda ayresMargareth miranda ayres
Margareth miranda ayres
 
PrevalêNcia Do Aleitamento Materno Na RegiãO Noroeste De Campinas, SãO Paulo,...
PrevalêNcia Do Aleitamento Materno Na RegiãO Noroeste De Campinas, SãO Paulo,...PrevalêNcia Do Aleitamento Materno Na RegiãO Noroeste De Campinas, SãO Paulo,...
PrevalêNcia Do Aleitamento Materno Na RegiãO Noroeste De Campinas, SãO Paulo,...
 
Enfermagem E Aleitamento Materno
Enfermagem E Aleitamento MaternoEnfermagem E Aleitamento Materno
Enfermagem E Aleitamento Materno
 
Monografia Angelita Enfermagem 2012
Monografia Angelita Enfermagem 2012Monografia Angelita Enfermagem 2012
Monografia Angelita Enfermagem 2012
 
IdentificaçãO De Dificuldades No IníCio Do Aleitamento Materno Mediante Aplic...
IdentificaçãO De Dificuldades No IníCio Do Aleitamento Materno Mediante Aplic...IdentificaçãO De Dificuldades No IníCio Do Aleitamento Materno Mediante Aplic...
IdentificaçãO De Dificuldades No IníCio Do Aleitamento Materno Mediante Aplic...
 
EvoluçãO Do Aleitamento Materno Em Uma Capital Da RegiãO Centro Oeste Do Bras...
EvoluçãO Do Aleitamento Materno Em Uma Capital Da RegiãO Centro Oeste Do Bras...EvoluçãO Do Aleitamento Materno Em Uma Capital Da RegiãO Centro Oeste Do Bras...
EvoluçãO Do Aleitamento Materno Em Uma Capital Da RegiãO Centro Oeste Do Bras...
 
Fatores Associados Com A DuraçãO Do Aleitamento Materno
Fatores Associados Com A DuraçãO Do Aleitamento MaternoFatores Associados Com A DuraçãO Do Aleitamento Materno
Fatores Associados Com A DuraçãO Do Aleitamento Materno
 
Vamos fazer uma Pós-Graduação Multiprofissional em Aleitamento?
Vamos fazer uma Pós-Graduação Multiprofissional em Aleitamento?Vamos fazer uma Pós-Graduação Multiprofissional em Aleitamento?
Vamos fazer uma Pós-Graduação Multiprofissional em Aleitamento?
 
Determinantes Do Desmame Precoce No
Determinantes Do Desmame Precoce NoDeterminantes Do Desmame Precoce No
Determinantes Do Desmame Precoce No
 
Especialização em Aleitamento Materno 2019/20
Especialização em Aleitamento Materno 2019/20Especialização em Aleitamento Materno 2019/20
Especialização em Aleitamento Materno 2019/20
 
Aleitamento Maternoo Desafio De
Aleitamento Maternoo Desafio DeAleitamento Maternoo Desafio De
Aleitamento Maternoo Desafio De
 
TCCs da Especialização em Aleitamento / turma de Piracicaba / Passo 1
TCCs da Especialização em Aleitamento / turma de Piracicaba / Passo 1 TCCs da Especialização em Aleitamento / turma de Piracicaba / Passo 1
TCCs da Especialização em Aleitamento / turma de Piracicaba / Passo 1
 
Tcc lucia
Tcc luciaTcc lucia
Tcc lucia
 
Alegações maternas para o desmame:estudo qualitativo
Alegações maternas para o desmame:estudo qualitativoAlegações maternas para o desmame:estudo qualitativo
Alegações maternas para o desmame:estudo qualitativo
 
Fatores Associados Ao IníCio Da AmamentaçãO Em Uma Cidade Do Sul Do Brasil
Fatores Associados Ao IníCio Da AmamentaçãO Em Uma Cidade Do Sul Do BrasilFatores Associados Ao IníCio Da AmamentaçãO Em Uma Cidade Do Sul Do Brasil
Fatores Associados Ao IníCio Da AmamentaçãO Em Uma Cidade Do Sul Do Brasil
 
Effect Of Intervention On The Rates Of Breastfeeding Of Very
Effect Of Intervention On The Rates Of Breastfeeding Of VeryEffect Of Intervention On The Rates Of Breastfeeding Of Very
Effect Of Intervention On The Rates Of Breastfeeding Of Very
 
ALEITAMENTO MATERNO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA / TCC
ALEITAMENTO MATERNO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA / TCC ALEITAMENTO MATERNO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA / TCC
ALEITAMENTO MATERNO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA / TCC
 

Andere mochten auch

AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...
AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...
AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...Biblioteca Virtual
 
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationStatistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationBiblioteca Virtual
 
Lactation Management Self Study Modules Level I
Lactation Management Self Study Modules Level ILactation Management Self Study Modules Level I
Lactation Management Self Study Modules Level IBiblioteca Virtual
 
Aleitamento Materno Manual De OrientaçãO
Aleitamento Materno   Manual De OrientaçãOAleitamento Materno   Manual De OrientaçãO
Aleitamento Materno Manual De OrientaçãOBiblioteca Virtual
 
Lactancia Materna Factor De Salud. Recuerdo HistóRico
Lactancia Materna Factor De Salud. Recuerdo HistóRicoLactancia Materna Factor De Salud. Recuerdo HistóRico
Lactancia Materna Factor De Salud. Recuerdo HistóRicoBiblioteca Virtual
 
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationStatistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationBiblioteca Virtual
 
Encuesta nacional de la situación nutricional en colombia 2010
Encuesta nacional de la situación nutricional en colombia 2010Encuesta nacional de la situación nutricional en colombia 2010
Encuesta nacional de la situación nutricional en colombia 2010CIAT
 
Recomendaciones Para La Lactancia Materna
Recomendaciones Para La Lactancia MaternaRecomendaciones Para La Lactancia Materna
Recomendaciones Para La Lactancia MaternaBiblioteca Virtual
 
Resultados encuesta nacional de la situación nutricional en Colombia-ENSIN 2010
Resultados encuesta nacional de la situación nutricional en Colombia-ENSIN 2010Resultados encuesta nacional de la situación nutricional en Colombia-ENSIN 2010
Resultados encuesta nacional de la situación nutricional en Colombia-ENSIN 2010CIAT
 
Nutricion y alimentacion durante el embarazo
Nutricion y alimentacion durante el embarazoNutricion y alimentacion durante el embarazo
Nutricion y alimentacion durante el embarazojankarlasaravia
 

Andere mochten auch (11)

AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...
AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...
AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...
 
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationStatistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
 
Lactation Management Self Study Modules Level I
Lactation Management Self Study Modules Level ILactation Management Self Study Modules Level I
Lactation Management Self Study Modules Level I
 
Aleitamento Materno Manual De OrientaçãO
Aleitamento Materno   Manual De OrientaçãOAleitamento Materno   Manual De OrientaçãO
Aleitamento Materno Manual De OrientaçãO
 
Lactancia Materna Factor De Salud. Recuerdo HistóRico
Lactancia Materna Factor De Salud. Recuerdo HistóRicoLactancia Materna Factor De Salud. Recuerdo HistóRico
Lactancia Materna Factor De Salud. Recuerdo HistóRico
 
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationStatistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
 
Encuesta nacional de la situación nutricional en colombia 2010
Encuesta nacional de la situación nutricional en colombia 2010Encuesta nacional de la situación nutricional en colombia 2010
Encuesta nacional de la situación nutricional en colombia 2010
 
Recomendaciones Para La Lactancia Materna
Recomendaciones Para La Lactancia MaternaRecomendaciones Para La Lactancia Materna
Recomendaciones Para La Lactancia Materna
 
Resultados encuesta nacional de la situación nutricional en Colombia-ENSIN 2010
Resultados encuesta nacional de la situación nutricional en Colombia-ENSIN 2010Resultados encuesta nacional de la situación nutricional en Colombia-ENSIN 2010
Resultados encuesta nacional de la situación nutricional en Colombia-ENSIN 2010
 
Factores Ambintales
Factores AmbintalesFactores Ambintales
Factores Ambintales
 
Nutricion y alimentacion durante el embarazo
Nutricion y alimentacion durante el embarazoNutricion y alimentacion durante el embarazo
Nutricion y alimentacion durante el embarazo
 

Ähnlich wie Impacto de um programa de puericultura na promoção da amamentação exclusiva

Impacto Da InternaçãO Na PráTica Do Aleitamento Materno Em Hospital PediáTric...
Impacto Da InternaçãO Na PráTica Do Aleitamento Materno Em Hospital PediáTric...Impacto Da InternaçãO Na PráTica Do Aleitamento Materno Em Hospital PediáTric...
Impacto Da InternaçãO Na PráTica Do Aleitamento Materno Em Hospital PediáTric...Biblioteca Virtual
 
TendêNcia Do Aleitamento Materno Em MunicíPio Da RegiãO Centro Sul Do Estado ...
TendêNcia Do Aleitamento Materno Em MunicíPio Da RegiãO Centro Sul Do Estado ...TendêNcia Do Aleitamento Materno Em MunicíPio Da RegiãO Centro Sul Do Estado ...
TendêNcia Do Aleitamento Materno Em MunicíPio Da RegiãO Centro Sul Do Estado ...Biblioteca Virtual
 
PráTicas De AmamentaçãO No MunicíPio De Ouro Preto, Mg, Brasil
PráTicas De AmamentaçãO No MunicíPio De Ouro Preto, Mg, BrasilPráTicas De AmamentaçãO No MunicíPio De Ouro Preto, Mg, Brasil
PráTicas De AmamentaçãO No MunicíPio De Ouro Preto, Mg, BrasilBiblioteca Virtual
 
InfluêNcia Do Apoio à AmamentaçãO Sobre O Aleitamento Materno Exclusivo Dos B...
InfluêNcia Do Apoio à AmamentaçãO Sobre O Aleitamento Materno Exclusivo Dos B...InfluêNcia Do Apoio à AmamentaçãO Sobre O Aleitamento Materno Exclusivo Dos B...
InfluêNcia Do Apoio à AmamentaçãO Sobre O Aleitamento Materno Exclusivo Dos B...Biblioteca Virtual
 
PrevalêNcia Do Aleitamento Materno
PrevalêNcia Do Aleitamento MaternoPrevalêNcia Do Aleitamento Materno
PrevalêNcia Do Aleitamento MaternoBiblioteca Virtual
 
DuraçãO Do Aleitamento Materno, Regime Alimentar E Fatores Associados Segundo...
DuraçãO Do Aleitamento Materno, Regime Alimentar E Fatores Associados Segundo...DuraçãO Do Aleitamento Materno, Regime Alimentar E Fatores Associados Segundo...
DuraçãO Do Aleitamento Materno, Regime Alimentar E Fatores Associados Segundo...Biblioteca Virtual
 
Impacto Da ImplementaçãO Da Iniciativa Unidade BáSica Amiga Da AmamentaçãO Na...
Impacto Da ImplementaçãO Da Iniciativa Unidade BáSica Amiga Da AmamentaçãO Na...Impacto Da ImplementaçãO Da Iniciativa Unidade BáSica Amiga Da AmamentaçãO Na...
Impacto Da ImplementaçãO Da Iniciativa Unidade BáSica Amiga Da AmamentaçãO Na...Biblioteca Virtual
 
PadrõEs De Aleitamento Materno E AdequaçãO EnergéTica
PadrõEs De Aleitamento Materno E AdequaçãO EnergéTicaPadrõEs De Aleitamento Materno E AdequaçãO EnergéTica
PadrõEs De Aleitamento Materno E AdequaçãO EnergéTicaBiblioteca Virtual
 
Perfil E Factores Associados Ao Aleitamento Materno Em CriançAs Menores De 25...
Perfil E Factores Associados Ao Aleitamento Materno Em CriançAs Menores De 25...Perfil E Factores Associados Ao Aleitamento Materno Em CriançAs Menores De 25...
Perfil E Factores Associados Ao Aleitamento Materno Em CriançAs Menores De 25...Biblioteca Virtual
 
DiagnóStico Da SituaçãO Do Aleitamento Materno No Estado Do Piauí, Brasil
DiagnóStico Da SituaçãO Do Aleitamento Materno No Estado Do Piauí, BrasilDiagnóStico Da SituaçãO Do Aleitamento Materno No Estado Do Piauí, Brasil
DiagnóStico Da SituaçãO Do Aleitamento Materno No Estado Do Piauí, BrasilBiblioteca Virtual
 
Aleitamento Materno PrevalêNcia E Factores Condicionantes
Aleitamento Materno   PrevalêNcia E Factores CondicionantesAleitamento Materno   PrevalêNcia E Factores Condicionantes
Aleitamento Materno PrevalêNcia E Factores CondicionantesBiblioteca Virtual
 
Efeito Das PráTicas Alimentares Sobre O Crescimento Infantil
Efeito Das PráTicas Alimentares Sobre O Crescimento InfantilEfeito Das PráTicas Alimentares Sobre O Crescimento Infantil
Efeito Das PráTicas Alimentares Sobre O Crescimento InfantilBiblioteca Virtual
 
Impacto De Um Programa Para PromoçãO Da AmamentaçãO Em Um Centro De SaúDe
Impacto De Um Programa Para PromoçãO Da AmamentaçãO Em Um Centro De SaúDeImpacto De Um Programa Para PromoçãO Da AmamentaçãO Em Um Centro De SaúDe
Impacto De Um Programa Para PromoçãO Da AmamentaçãO Em Um Centro De SaúDeBiblioteca Virtual
 
DuraçãO E Fatores Associados Ao Aleitamento Materno Em CriançAs Menores De 24...
DuraçãO E Fatores Associados Ao Aleitamento Materno Em CriançAs Menores De 24...DuraçãO E Fatores Associados Ao Aleitamento Materno Em CriançAs Menores De 24...
DuraçãO E Fatores Associados Ao Aleitamento Materno Em CriançAs Menores De 24...Biblioteca Virtual
 
Estudo ExploratóRio Sobre Aleitamento Materno Entre Escolares De Quinta SéRie...
Estudo ExploratóRio Sobre Aleitamento Materno Entre Escolares De Quinta SéRie...Estudo ExploratóRio Sobre Aleitamento Materno Entre Escolares De Quinta SéRie...
Estudo ExploratóRio Sobre Aleitamento Materno Entre Escolares De Quinta SéRie...Biblioteca Virtual
 
MotivaçãO Para A AmamentaçãO ConstruçãO De Um Instrumento De Medida
MotivaçãO Para A AmamentaçãO ConstruçãO De Um Instrumento De MedidaMotivaçãO Para A AmamentaçãO ConstruçãO De Um Instrumento De Medida
MotivaçãO Para A AmamentaçãO ConstruçãO De Um Instrumento De MedidaBiblioteca Virtual
 
Norma Brasileira De ComercializaçãO De Alimentos Para Lactentes E CriançAs De...
Norma Brasileira De ComercializaçãO De Alimentos Para Lactentes E CriançAs De...Norma Brasileira De ComercializaçãO De Alimentos Para Lactentes E CriançAs De...
Norma Brasileira De ComercializaçãO De Alimentos Para Lactentes E CriançAs De...Biblioteca Virtual
 
DuraçãO Da AmamentaçãO Em Duas GeraçõEs
DuraçãO Da AmamentaçãO Em Duas GeraçõEsDuraçãO Da AmamentaçãO Em Duas GeraçõEs
DuraçãO Da AmamentaçãO Em Duas GeraçõEsBiblioteca Virtual
 
O Pediatra E A AmamentaçãO Exclusiva
O Pediatra E A AmamentaçãO ExclusivaO Pediatra E A AmamentaçãO Exclusiva
O Pediatra E A AmamentaçãO ExclusivaBiblioteca Virtual
 
InfluêNcia Do Apoio à AmamentaçãO Nas TendêNcias Das Taxas De Aleitamento Mat...
InfluêNcia Do Apoio à AmamentaçãO Nas TendêNcias Das Taxas De Aleitamento Mat...InfluêNcia Do Apoio à AmamentaçãO Nas TendêNcias Das Taxas De Aleitamento Mat...
InfluêNcia Do Apoio à AmamentaçãO Nas TendêNcias Das Taxas De Aleitamento Mat...Biblioteca Virtual
 

Ähnlich wie Impacto de um programa de puericultura na promoção da amamentação exclusiva (20)

Impacto Da InternaçãO Na PráTica Do Aleitamento Materno Em Hospital PediáTric...
Impacto Da InternaçãO Na PráTica Do Aleitamento Materno Em Hospital PediáTric...Impacto Da InternaçãO Na PráTica Do Aleitamento Materno Em Hospital PediáTric...
Impacto Da InternaçãO Na PráTica Do Aleitamento Materno Em Hospital PediáTric...
 
TendêNcia Do Aleitamento Materno Em MunicíPio Da RegiãO Centro Sul Do Estado ...
TendêNcia Do Aleitamento Materno Em MunicíPio Da RegiãO Centro Sul Do Estado ...TendêNcia Do Aleitamento Materno Em MunicíPio Da RegiãO Centro Sul Do Estado ...
TendêNcia Do Aleitamento Materno Em MunicíPio Da RegiãO Centro Sul Do Estado ...
 
PráTicas De AmamentaçãO No MunicíPio De Ouro Preto, Mg, Brasil
PráTicas De AmamentaçãO No MunicíPio De Ouro Preto, Mg, BrasilPráTicas De AmamentaçãO No MunicíPio De Ouro Preto, Mg, Brasil
PráTicas De AmamentaçãO No MunicíPio De Ouro Preto, Mg, Brasil
 
InfluêNcia Do Apoio à AmamentaçãO Sobre O Aleitamento Materno Exclusivo Dos B...
InfluêNcia Do Apoio à AmamentaçãO Sobre O Aleitamento Materno Exclusivo Dos B...InfluêNcia Do Apoio à AmamentaçãO Sobre O Aleitamento Materno Exclusivo Dos B...
InfluêNcia Do Apoio à AmamentaçãO Sobre O Aleitamento Materno Exclusivo Dos B...
 
PrevalêNcia Do Aleitamento Materno
PrevalêNcia Do Aleitamento MaternoPrevalêNcia Do Aleitamento Materno
PrevalêNcia Do Aleitamento Materno
 
DuraçãO Do Aleitamento Materno, Regime Alimentar E Fatores Associados Segundo...
DuraçãO Do Aleitamento Materno, Regime Alimentar E Fatores Associados Segundo...DuraçãO Do Aleitamento Materno, Regime Alimentar E Fatores Associados Segundo...
DuraçãO Do Aleitamento Materno, Regime Alimentar E Fatores Associados Segundo...
 
Impacto Da ImplementaçãO Da Iniciativa Unidade BáSica Amiga Da AmamentaçãO Na...
Impacto Da ImplementaçãO Da Iniciativa Unidade BáSica Amiga Da AmamentaçãO Na...Impacto Da ImplementaçãO Da Iniciativa Unidade BáSica Amiga Da AmamentaçãO Na...
Impacto Da ImplementaçãO Da Iniciativa Unidade BáSica Amiga Da AmamentaçãO Na...
 
PadrõEs De Aleitamento Materno E AdequaçãO EnergéTica
PadrõEs De Aleitamento Materno E AdequaçãO EnergéTicaPadrõEs De Aleitamento Materno E AdequaçãO EnergéTica
PadrõEs De Aleitamento Materno E AdequaçãO EnergéTica
 
Perfil E Factores Associados Ao Aleitamento Materno Em CriançAs Menores De 25...
Perfil E Factores Associados Ao Aleitamento Materno Em CriançAs Menores De 25...Perfil E Factores Associados Ao Aleitamento Materno Em CriançAs Menores De 25...
Perfil E Factores Associados Ao Aleitamento Materno Em CriançAs Menores De 25...
 
DiagnóStico Da SituaçãO Do Aleitamento Materno No Estado Do Piauí, Brasil
DiagnóStico Da SituaçãO Do Aleitamento Materno No Estado Do Piauí, BrasilDiagnóStico Da SituaçãO Do Aleitamento Materno No Estado Do Piauí, Brasil
DiagnóStico Da SituaçãO Do Aleitamento Materno No Estado Do Piauí, Brasil
 
Aleitamento Materno PrevalêNcia E Factores Condicionantes
Aleitamento Materno   PrevalêNcia E Factores CondicionantesAleitamento Materno   PrevalêNcia E Factores Condicionantes
Aleitamento Materno PrevalêNcia E Factores Condicionantes
 
Efeito Das PráTicas Alimentares Sobre O Crescimento Infantil
Efeito Das PráTicas Alimentares Sobre O Crescimento InfantilEfeito Das PráTicas Alimentares Sobre O Crescimento Infantil
Efeito Das PráTicas Alimentares Sobre O Crescimento Infantil
 
Impacto De Um Programa Para PromoçãO Da AmamentaçãO Em Um Centro De SaúDe
Impacto De Um Programa Para PromoçãO Da AmamentaçãO Em Um Centro De SaúDeImpacto De Um Programa Para PromoçãO Da AmamentaçãO Em Um Centro De SaúDe
Impacto De Um Programa Para PromoçãO Da AmamentaçãO Em Um Centro De SaúDe
 
DuraçãO E Fatores Associados Ao Aleitamento Materno Em CriançAs Menores De 24...
DuraçãO E Fatores Associados Ao Aleitamento Materno Em CriançAs Menores De 24...DuraçãO E Fatores Associados Ao Aleitamento Materno Em CriançAs Menores De 24...
DuraçãO E Fatores Associados Ao Aleitamento Materno Em CriançAs Menores De 24...
 
Estudo ExploratóRio Sobre Aleitamento Materno Entre Escolares De Quinta SéRie...
Estudo ExploratóRio Sobre Aleitamento Materno Entre Escolares De Quinta SéRie...Estudo ExploratóRio Sobre Aleitamento Materno Entre Escolares De Quinta SéRie...
Estudo ExploratóRio Sobre Aleitamento Materno Entre Escolares De Quinta SéRie...
 
MotivaçãO Para A AmamentaçãO ConstruçãO De Um Instrumento De Medida
MotivaçãO Para A AmamentaçãO ConstruçãO De Um Instrumento De MedidaMotivaçãO Para A AmamentaçãO ConstruçãO De Um Instrumento De Medida
MotivaçãO Para A AmamentaçãO ConstruçãO De Um Instrumento De Medida
 
Norma Brasileira De ComercializaçãO De Alimentos Para Lactentes E CriançAs De...
Norma Brasileira De ComercializaçãO De Alimentos Para Lactentes E CriançAs De...Norma Brasileira De ComercializaçãO De Alimentos Para Lactentes E CriançAs De...
Norma Brasileira De ComercializaçãO De Alimentos Para Lactentes E CriançAs De...
 
DuraçãO Da AmamentaçãO Em Duas GeraçõEs
DuraçãO Da AmamentaçãO Em Duas GeraçõEsDuraçãO Da AmamentaçãO Em Duas GeraçõEs
DuraçãO Da AmamentaçãO Em Duas GeraçõEs
 
O Pediatra E A AmamentaçãO Exclusiva
O Pediatra E A AmamentaçãO ExclusivaO Pediatra E A AmamentaçãO Exclusiva
O Pediatra E A AmamentaçãO Exclusiva
 
InfluêNcia Do Apoio à AmamentaçãO Nas TendêNcias Das Taxas De Aleitamento Mat...
InfluêNcia Do Apoio à AmamentaçãO Nas TendêNcias Das Taxas De Aleitamento Mat...InfluêNcia Do Apoio à AmamentaçãO Nas TendêNcias Das Taxas De Aleitamento Mat...
InfluêNcia Do Apoio à AmamentaçãO Nas TendêNcias Das Taxas De Aleitamento Mat...
 

Mehr von Biblioteca Virtual

Uk Formula Marketing Practices
Uk Formula Marketing PracticesUk Formula Marketing Practices
Uk Formula Marketing PracticesBiblioteca Virtual
 
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationStatistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationBiblioteca Virtual
 
O Ensino De Aleitamento Materno Na GraduaçãO Em Medicina Um Estudo De Caso
O Ensino De Aleitamento Materno Na GraduaçãO Em Medicina   Um Estudo De CasoO Ensino De Aleitamento Materno Na GraduaçãO Em Medicina   Um Estudo De Caso
O Ensino De Aleitamento Materno Na GraduaçãO Em Medicina Um Estudo De CasoBiblioteca Virtual
 
No Seio Da FamíLia AmamentaçãO E PromoçãO Da SaúDe No Programa De SaúDe Da ...
No Seio Da FamíLia   AmamentaçãO E PromoçãO Da SaúDe No Programa De SaúDe Da ...No Seio Da FamíLia   AmamentaçãO E PromoçãO Da SaúDe No Programa De SaúDe Da ...
No Seio Da FamíLia AmamentaçãO E PromoçãO Da SaúDe No Programa De SaúDe Da ...Biblioteca Virtual
 
Lactation Management Self Study Modules Level I
Lactation Management Self Study Modules Level ILactation Management Self Study Modules Level I
Lactation Management Self Study Modules Level IBiblioteca Virtual
 
Iblce Regional Office In Europe Candidate Information Guide
Iblce Regional Office In Europe   Candidate Information GuideIblce Regional Office In Europe   Candidate Information Guide
Iblce Regional Office In Europe Candidate Information GuideBiblioteca Virtual
 
A ImportâNcia Da AmamentaçãO Para A SaúDe Da Mulher Que Amamenta
A ImportâNcia Da AmamentaçãO Para A SaúDe Da Mulher Que AmamentaA ImportâNcia Da AmamentaçãO Para A SaúDe Da Mulher Que Amamenta
A ImportâNcia Da AmamentaçãO Para A SaúDe Da Mulher Que AmamentaBiblioteca Virtual
 
AmamentaçãO E Uso De AntiinflamatóRios NãO EsteróIdes Pela Nutriz InformaçõEs...
AmamentaçãO E Uso De AntiinflamatóRios NãO EsteróIdes Pela Nutriz InformaçõEs...AmamentaçãO E Uso De AntiinflamatóRios NãO EsteróIdes Pela Nutriz InformaçõEs...
AmamentaçãO E Uso De AntiinflamatóRios NãO EsteróIdes Pela Nutriz InformaçõEs...Biblioteca Virtual
 
Contribution Of Environmental Factors To The Risk Of Male Infertility
Contribution Of Environmental Factors To The Risk Of Male InfertilityContribution Of Environmental Factors To The Risk Of Male Infertility
Contribution Of Environmental Factors To The Risk Of Male InfertilityBiblioteca Virtual
 
Contraindications To Breastfeeding
Contraindications To BreastfeedingContraindications To Breastfeeding
Contraindications To BreastfeedingBiblioteca Virtual
 
Contraception And Breastfeeding
Contraception And BreastfeedingContraception And Breastfeeding
Contraception And BreastfeedingBiblioteca Virtual
 
Contamination Of Bottles Used For Feeding Reconstituted Powdered Infant Formu...
Contamination Of Bottles Used For Feeding Reconstituted Powdered Infant Formu...Contamination Of Bottles Used For Feeding Reconstituted Powdered Infant Formu...
Contamination Of Bottles Used For Feeding Reconstituted Powdered Infant Formu...Biblioteca Virtual
 
The Transfer Of Drugs And Other Chemicals Into Human Breast Milk
The Transfer Of Drugs And Other Chemicals Into Human Breast MilkThe Transfer Of Drugs And Other Chemicals Into Human Breast Milk
The Transfer Of Drugs And Other Chemicals Into Human Breast MilkBiblioteca Virtual
 
Conhecimentos E PráTicas De PromoçãO Do Aleitamento Materno Em Equipes De Saú...
Conhecimentos E PráTicas De PromoçãO Do Aleitamento Materno Em Equipes De Saú...Conhecimentos E PráTicas De PromoçãO Do Aleitamento Materno Em Equipes De Saú...
Conhecimentos E PráTicas De PromoçãO Do Aleitamento Materno Em Equipes De Saú...Biblioteca Virtual
 
ComunicaçãO Precoce MãE CriançA
ComunicaçãO Precoce MãE CriançAComunicaçãO Precoce MãE CriançA
ComunicaçãO Precoce MãE CriançABiblioteca Virtual
 
Compreendendo A PráTica Do Aleitamento Exclusivo Um Estudo Junto A Lactantes ...
Compreendendo A PráTica Do Aleitamento Exclusivo Um Estudo Junto A Lactantes ...Compreendendo A PráTica Do Aleitamento Exclusivo Um Estudo Junto A Lactantes ...
Compreendendo A PráTica Do Aleitamento Exclusivo Um Estudo Junto A Lactantes ...Biblioteca Virtual
 

Mehr von Biblioteca Virtual (20)

Uk Formula Marketing Practices
Uk Formula Marketing PracticesUk Formula Marketing Practices
Uk Formula Marketing Practices
 
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationStatistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
 
O Ensino De Aleitamento Materno Na GraduaçãO Em Medicina Um Estudo De Caso
O Ensino De Aleitamento Materno Na GraduaçãO Em Medicina   Um Estudo De CasoO Ensino De Aleitamento Materno Na GraduaçãO Em Medicina   Um Estudo De Caso
O Ensino De Aleitamento Materno Na GraduaçãO Em Medicina Um Estudo De Caso
 
No Seio Da FamíLia AmamentaçãO E PromoçãO Da SaúDe No Programa De SaúDe Da ...
No Seio Da FamíLia   AmamentaçãO E PromoçãO Da SaúDe No Programa De SaúDe Da ...No Seio Da FamíLia   AmamentaçãO E PromoçãO Da SaúDe No Programa De SaúDe Da ...
No Seio Da FamíLia AmamentaçãO E PromoçãO Da SaúDe No Programa De SaúDe Da ...
 
Lactation Management Self Study Modules Level I
Lactation Management Self Study Modules Level ILactation Management Self Study Modules Level I
Lactation Management Self Study Modules Level I
 
Iblce Regional Office In Europe Candidate Information Guide
Iblce Regional Office In Europe   Candidate Information GuideIblce Regional Office In Europe   Candidate Information Guide
Iblce Regional Office In Europe Candidate Information Guide
 
A ImportâNcia Da AmamentaçãO Para A SaúDe Da Mulher Que Amamenta
A ImportâNcia Da AmamentaçãO Para A SaúDe Da Mulher Que AmamentaA ImportâNcia Da AmamentaçãO Para A SaúDe Da Mulher Que Amamenta
A ImportâNcia Da AmamentaçãO Para A SaúDe Da Mulher Que Amamenta
 
AmamentaçãO E Uso De AntiinflamatóRios NãO EsteróIdes Pela Nutriz InformaçõEs...
AmamentaçãO E Uso De AntiinflamatóRios NãO EsteróIdes Pela Nutriz InformaçõEs...AmamentaçãO E Uso De AntiinflamatóRios NãO EsteróIdes Pela Nutriz InformaçõEs...
AmamentaçãO E Uso De AntiinflamatóRios NãO EsteróIdes Pela Nutriz InformaçõEs...
 
Anatomofisiologia[1]
Anatomofisiologia[1]Anatomofisiologia[1]
Anatomofisiologia[1]
 
Contribution Of Environmental Factors To The Risk Of Male Infertility
Contribution Of Environmental Factors To The Risk Of Male InfertilityContribution Of Environmental Factors To The Risk Of Male Infertility
Contribution Of Environmental Factors To The Risk Of Male Infertility
 
Contraindications To Breastfeeding
Contraindications To BreastfeedingContraindications To Breastfeeding
Contraindications To Breastfeeding
 
Contraception And Breastfeeding
Contraception And BreastfeedingContraception And Breastfeeding
Contraception And Breastfeeding
 
Contamination Of Bottles Used For Feeding Reconstituted Powdered Infant Formu...
Contamination Of Bottles Used For Feeding Reconstituted Powdered Infant Formu...Contamination Of Bottles Used For Feeding Reconstituted Powdered Infant Formu...
Contamination Of Bottles Used For Feeding Reconstituted Powdered Infant Formu...
 
Conselhos àS MãEs
Conselhos àS MãEsConselhos àS MãEs
Conselhos àS MãEs
 
Conselhos Aos Pais
Conselhos Aos PaisConselhos Aos Pais
Conselhos Aos Pais
 
The Transfer Of Drugs And Other Chemicals Into Human Breast Milk
The Transfer Of Drugs And Other Chemicals Into Human Breast MilkThe Transfer Of Drugs And Other Chemicals Into Human Breast Milk
The Transfer Of Drugs And Other Chemicals Into Human Breast Milk
 
Conhecimentos E PráTicas De PromoçãO Do Aleitamento Materno Em Equipes De Saú...
Conhecimentos E PráTicas De PromoçãO Do Aleitamento Materno Em Equipes De Saú...Conhecimentos E PráTicas De PromoçãO Do Aleitamento Materno Em Equipes De Saú...
Conhecimentos E PráTicas De PromoçãO Do Aleitamento Materno Em Equipes De Saú...
 
Conflicts Of Interest
Conflicts Of InterestConflicts Of Interest
Conflicts Of Interest
 
ComunicaçãO Precoce MãE CriançA
ComunicaçãO Precoce MãE CriançAComunicaçãO Precoce MãE CriançA
ComunicaçãO Precoce MãE CriançA
 
Compreendendo A PráTica Do Aleitamento Exclusivo Um Estudo Junto A Lactantes ...
Compreendendo A PráTica Do Aleitamento Exclusivo Um Estudo Junto A Lactantes ...Compreendendo A PráTica Do Aleitamento Exclusivo Um Estudo Junto A Lactantes ...
Compreendendo A PráTica Do Aleitamento Exclusivo Um Estudo Junto A Lactantes ...
 

Impacto de um programa de puericultura na promoção da amamentação exclusiva

  • 1. 482 ARTIGO ARTICLE Avaliação do impacto de um programa de puericultura na promoção da amamentação exclusiva Impact of a well baby care program on the promotion of exclusive breastfeeding José Justino Faleiros 1 Gladis Kalil 1 Darci Pegoraro Casarin 1 Paulo A. Laque Jr. 1 Iná S. Santos 1 Abstract Introdução 1 Faculdade de Medicina, A historical cohort of children born between Desde 1979, a Organização Mundial da Saúde Universidade Federal de January 2000 and December 2002 from low-in- (OMS) recomendava que a duração do aleita- Pelotas, Pelotas, Brasil. come families attending a primary health care mento materno exclusivo fosse de quatro a seis Correspondência facility on the periphery of Pelotas, Rio Grande meses. Em maio de 2001, a Assembléia Mundial J. J. Faleiros do Sul, Brazil, was studied in relation to preva- da Saúde aprovou a recomendação de ama- Departamento de Medicina Social, Faculdade de lence of exclusive breastfeeding. Analysis was mentação exclusiva por seis meses 1. As vanta- Medicina, Universidade based on a life table focusing on interruption of gens do aleitamento materno na redução da Federal de Pelotas. exclusive breastfeeding (month-by-month after morbi-mortalidade por doenças infecciosas C. P. 464, Pelotas, RS 96001-970, Brasil. birth) as the target outcome. Among the 112 têm sido amplamente demonstradas 2,3, e há jjusfal@terra.com.br children followed up from birth by the Well Ba- evidências de que a complementação do leite by Program, prevalence of exclusive breastfeed- materno com água ou chás, nos primeiros seis ing in the first month of life was 95.0%, declin- meses de vida, é desnecessária do ponto de vis- ing progressively to 81.0%, 64.0%, 53.0%, 39.0%, ta biológico, mesmo em dias quentes e secos 4. and 35.0%, respectively, from the second to the A amamentação significa, também, menor cus- sixth month after birth. Median duration of ex- to para os sistemas de saúde. Até em países on- clusive breastfeeding was four months. Median de a mortalidade infantil é baixa, tratamentos duration of exclusive breastfeeding and preva- hospitalares demandados por crianças alimen- lence among six-month-old infants were both tadas artificialmente ocorrem cinco vezes mais higher than the Brazilian national rates and in- do que para as amamentadas exclusiva ou par- dicate the Program’s adequacy in promoting cialmente 5. breastfeeding. However, more effort should be Apesar do amplo reconhecimento da im- made to increase the prevalence of exclusive portância do leite materno, na maioria dos paí- breastfeeding until the sixth month of life. ses as taxas de amamentação exclusiva ainda são baixas, e a sua duração também é insatisfa- Breast Feeding; Child Care; Services Evaluation tória 6. Dados brasileiros mostram que, nas ca- pitais e no Distrito Federal, em 1999, a media- na do tempo de amamentação exclusiva era de 33,7 dias 7. Em uma coorte de crianças nascidas em 1998 e 1999, no Município de São Paulo, a mediana de duração da amamentação foi de Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(2):482-489, mar-abr, 2005
  • 2. IMPACTO DE UM PROGRAMA DE PUERICULTURA NA PROMOÇÃO DA AMAMENTAÇÃO EXCLUSIVA 483 205,0 dias e a da amamentação exclusiva, de A população estudada 23,0 dias 8. Estudo realizado em 111 municípios paulistas, envolvendo 34.435 crianças, mostrou Ao longo de 2002, os agentes comunitários lo- que apenas 13,9% das mães amamentavam ex- calizaram 758 famílias moradoras na área de clusivamente no sexto mês de vida 9. Nos Esta- cobertura do posto de saúde. O número médio dos Unidos, em 2001, a prevalência da ama- de moradores por domicílio era de 3,4; quase a mentação exclusiva, aos seis meses de idade, totalidade das famílias (99,0%) tinha abasteci- foi de 17,2%. As mulheres menos prováveis de mento de água da rede pública; 76,2% dos do- amamentar eram negras, menores de vinte anos micílios estavam ligados a sistema de esgoto; a de idade, com menor escolaridade, que trabalha- coleta pública de lixo era universal; 93,0% das vam à época do estudo e com piores condições construções eram de tijolo ou adobe; 98,5% sócio-econômicas 10. No Reino Unido, 69,0% das crianças de 7 a 14 anos de idade freqüenta- das crianças nascidas em 2000 foram inicial- vam a escola e 13,8% dos moradores estavam mente amamentadas; aos quatro meses de ida- cobertos por planos de saúde. Entre os 2.603 de, no entanto, apenas 28,0% ainda recebiam usuários, 38 eram menores de um ano de ida- leite humano 11. de. Segundo dados do Instituto Brasileiro de O objetivo deste estudo foi avaliar o impac- Geografia e Estatística (Censo demográfico 2000 to de um programa de puericultura na promo- – resultados do universo. Tabela 3.3.6.23 do sis- ção do aleitamento materno exclusivo. Esse pro- tema IBGE de recuperação automática de da- grama foi desenvolvido dentro do contexto de dos – SIDRA. http://www.ibge.gov.br), em 2000, um serviço de atenção primária à saúde. 72,0% dos chefes de família tinham uma renda mensal média de, no máximo, dois salários mí- nimos, e 70,5% deles tinham escolaridade igual Material e métodos ou inferior a sete anos. Com base nos registros do programa, analisou- O programa de puericultura se uma coorte histórica de crianças nascidas entre janeiro de 2000 e dezembro de 2002, as Cuidados curativos e preventivos são dispensa- quais foram acompanhadas desde o nascimen- dos às crianças tanto no posto de saúde, quanto to em famílias moradoras na área de abrangên- no domicílio. Os cuidados preventivos são or- cia do serviço. O Posto de Saúde da Vila Muni- ganizados sob a forma do programa de pueri- cipal, na periferia do Município de Pelotas, Rio cultura, cujas finalidades são executar ações de Grande do Sul, Brasil, em funcionamento des- saúde para prevenir doenças e promover a saú- de o ano de 1977, é mantido pela Universidade de. Uma nutricionista é responsável pela ope- Federal de Pelotas, Associação Beneficente Lu- ração do programa, sendo desenvolvidas as se- terana de Pelotas, Fundação de Apoio Univer- guintes ações: monitorização do crescimento e sitário e Prefeitura Municipal de Pelotas. Além desenvolvimento das crianças, imunizações, das ações básicas de saúde, realiza atividades incentivo à amamentação, educação das mães de ensino multiprofissional na graduação (me- e planejamento familiar. dicina, enfermagem e nutrição) e na pós-gra- O programa utiliza dois tipos de registros: o duação (residência em medicina preventiva e Cartão da Criança, em duas versões, com con- social e residência multiprofissional em saúde teúdos semelhantes, uma que é mantida com a da família). Desde sua criação, essa unidade mãe e outra que permanece no posto de saúde, básica teve suas atividades dirigidas ao atendi- e o Cartão de Imunizações. No Cartão da Crian- mento individual, mas também deu grande ên- ça são registrados, mensalmente, o peso e o fase às intervenções preventivas, particular- comprimento em relação à idade, a alimenta- mente na atenção materno-infantil. Em 2001, ção que a criança recebe e a avaliação do de- agentes comunitários foram integrados à equi- senvolvimento neuropsicomotor. Mais infor- pe e, em 2002, passou a fazer parte da rede do mações sobre o programa de puericultura po- Programa Saúde da Família da Secretaria Mu- dem ser obtidas em outra publicação 14. Os da- nicipal de Saúde e Bem-Estar de Pelotas. Deta- dos utilizados para a presente avaliação foram lhes sobre a organização do serviço e do ensi- extraídos do Cartão da Criança que permanece no encontram-se publicados alhures 12,13. no posto de saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(2):482-489, mar-abr, 2005
  • 3. 484 Faleiros JJ et al. O incentivo à amamentação Resultados Desde o pós-natal imediato, quando a mãe re- Foram analisados os registros do programa de torna do hospital, a enfermeira e, mais recen- puericultura de 112 crianças acompanhadas temente, agentes comunitários de saúde fazem desde o nascimento. Em 2000, 2001 e 2002, in- visitas domiciliares para apoio às mães quanto gressaram no programa, respectivamente, 35, a dificuldades na amamentação. 32 e 45 recém-nascidos, 59 dos quais (52,6%) No primeiro ano de vida, o programa pre- eram do sexo masculino. Entre as 106 crianças coniza que as crianças sejam vistas mensal- para as quais havia registro de peso de nasci- mente. Tipicamente, em cada consulta do pro- mento, 11 (9,8%) apresentaram baixo peso ao grama, a mãe é entrevistada quanto à alimen- nascer (< 2.500g), sendo o peso médio ao nas- tação da criança e aconselhada a amamentar cer de 3.100g. A Tabela 1 e a Figura 1 mostram exclusivamente por seis meses. Todas as mães a duração da amamentação exclusiva, mês a são incentivadas a manter a amamentação até, mês, após o nascimento. pelo menos, os dois anos de idade. A vacinação Na Tabela 1, a coluna 1 apresenta o número da criança é também realizada nessas consul- de meses após o nascimento. As colunas 2 e 3 tas, de acordo com a idade e o programa de va- apresentam, respectivamente, o número de cinação vigente. Portanto, até os seis meses de crianças com amamentação exclusiva no início idade, período a que se ateve essa avaliação, ca- do mês e o número de crianças que passaram a da mãe deveria ter tido pelo menos seis opor- receber outros líquidos ou sólidos durante o tunidades de incentivo à amamentação. mês correspondente. No primeiro mês de vida, Foram analisados os registros das crianças por exemplo, 6 das 112 crianças passaram a re- nascidas no período de janeiro de 2000 a de- ceber água ou chás. Ao iniciar o segundo mês zembro de 2002 cujas mães buscaram o serviço de vida, 106 recebiam leite materno exclusivo. no primeiro mês após o nascimento. Apenas A coluna 4 mostra o número de crianças cen- uma categoria de prática de amamentação foi suradas, mês a mês. O número total de crian- considerada para este trabalho, a amamenta- ças em risco de interromper a amamentação ção exclusiva. De acordo com o preconizado exclusiva, ajustado para essas perdas, é mos- pela OMS, diz-se que a amamentação é exclu- trado na coluna 5. A coluna 6 apresenta o risco siva quando a criança recebe leite materno, di- de interrupção da amamentação exclusiva em retamente da mama ou extraído mecanica- cada mês. Nas colunas 7 e 8 encontram-se as mente, e nenhum outro líquido ou sólido, com probabilidades de a criança ser amamentada exceção de gotas ou xaropes de vitaminas, mi- exclusivamente, respectivamente, a cada mês nerais e/ou medicamentos 15. Crianças rece- e, acumuladamente, até o mês em estudo. O in- bendo água ou chás (amamentação predomi- tervalo de confiança de 95% da probabilidade nante) ou outros leites ou sólidos, além do leite acumulada de amamentar até cada um dos me- materno (amamentação parcial), ou totalmen- ses após o nascimento é mostrado na coluna 9. te desmamadas foram consideradas como ten- O risco de interromper a amamentação ex- do experimentado o desfecho (interrupção da clusiva no primeiro mês de vida foi de 0,05 e, amamentação exclusiva). no segundo mês, de 0,19. Sendo assim, as crian- A duração da amamentação exclusiva foi ças que não tiveram a amamentação exclusiva calculada por análise de sobrevivência desde o interrompida até o final do primeiro mês (95,0%) nascimento até os seis meses de idade 16. A pro- tiveram uma probabilidade de 81,0% de conti- babilidade de mudança no padrão de amamen- nuarem no mesmo padrão de amamentação tação ou de desmame foi avaliado para inter- até o final do segundo mês. A probabilidade de valos de um mês. As crianças perdidas no acom- uma criança receber amamentação exclusiva panhamento contribuíram para o cálculo do por dois meses foi de 77,0%. No quarto mês de risco de interrupção da amamentação exclusi- vida, 53,0% (IC95%:40,0-66,0%) das crianças va até o mês para o qual tinham informação acompanhadas recebiam leite materno exclu- disponível, sendo consideradas censuradas pa- sivo. Mais de um terço das crianças atendidas ra os cálculos dos meses subseqüentes. Os da- pelo Programa (35,0%) recebia leite materno dos foram processados e analisados manual- exclusivo ao sexto mês de vida. A mediana da mente, usando-se calculadora eletrônica. amamentação exclusiva nessa coorte foi de qua- tro meses. A Figura 1 apresenta a curva de sobrevivên- cia acumulada da amamentação exclusiva. Me- tade das crianças recebia leite materno exclu- sivo após completar o quarto mês de vida. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(2):482-489, mar-abr, 2005
  • 4. IMPACTO DE UM PROGRAMA DE PUERICULTURA NA PROMOÇÃO DA AMAMENTAÇÃO EXCLUSIVA 485 Tabela 1 Tábua de vida mostrando a duração da amamentação exclusiva entre 112 crianças inscritas desde o nascimento no Programa de Puericultura do Posto de Saúde da Vila Municipal. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, janeiro de 2000 a dezembro de 2002. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Meses Número de Interrupção da Número Número Risco de Probabilidade Probabilidade IC95% da desde o crianças em amamentação de crianças em risco de interrupção da de manter a de manter probabilidade nascimento amamentação exclusiva perdidas interrupção da amamentação amamentação amamentação de manter exclusiva no durante o mês durante amamentação exclusiva exclusiva exclusiva amamentação início do mês o mês exclusiva* durante durante desde o exclusiva o mês** o mês*** nascimento# desde o nascimento 1 112 6 0 112,0 0,05 0,95 0,95 0,91-0,99 2 106 19 10 101,0 0,19 0,81 0,77 0,69-0,85 3 77 13 4 75,0 0,17 0,83 0,64 0,53-0,75 4 60 10 6 57,0 0,17 0,83 0,53 0,40-0,66 5 44 11 3 42,5 0,26 0,74 0,39 0,25-0,53 6 30 3 0 30,0 0,10 0,90 0,35 0,18-0,52 * Número de crianças recebendo amamentação exclusiva no início do mês menos a metade do número de crianças censuradas [(2) - (4)/2], assumindo que, em média, essas perdas ocorreram no meio do mês; ** (3)/(5); *** 1 - (6); # (8 mês anterior) x (7). Discussão Figura 1 Esta avaliação mostrou que o Programa de Pue- Curva de sobrevivência acumulada para duração da amamentação exclusiva ricultura da Vila Municipal alcançou uma me- entre uma coorte de 112 crianças acompanhadas desde o nascimento diana de duração da amamentação exclusiva e em um Posto de Atenção Primária. Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, janeiro uma prevalência de aleitamento exclusivo no de 2000 a dezembro de 2002. sexto mês de vida superiores ao relatado por estudos nacionais de base populacional 7,8,9. O 100 fato de a população do presente estudo perten- cer a um baixo estrato sócio-econômico forta- 90 lece a hipótese de que o programa apresentou 80 resultados positivos na promoção da amamen- 70 tação exclusiva. Sabe-se que, nas décadas de 70 60 e 80, ocorreu expansão considerável da prática de amamentação no país 17, sendo essa ten- 50 dência verificada em todos os estratos da po- 40 pulação, porém mais acentuadamente na área 30 urbana, na região Centro-Sul, entre mulheres 20 de maior poder aquisitivo e de maior escolari- dade 18. As coortes de recém-nascidos do Mu- 10 nicípio de Pelotas de 1982 e 1993 confirmaram % 0 esse achado, uma vez que as mães de alta ren- 1 2 3 4 5 6 idade em meses da amamentavam mais nos primeiros meses de vida do que as de baixa renda 19. Na coorte de recém-nascidos de São Paulo, a escolarida- de e a idade da mãe estavam diretamente asso- ciadas com a duração da amamentação 8. Outros países registraram achados semelhantes 20. Que características do programa de pueri- cultura seriam promotoras de tal resultado? Uma das conclusões do estudo dos municípios paulistas foi que, quanto maior o número de ações de promoção, proteção e apoio ao aleita- Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(2):482-489, mar-abr, 2005
  • 5. 486 Faleiros JJ et al. mento materno implementadas pelo municí- mo intervenção. Em 1999, por exemplo, foi rea- pio, maior a probabilidade desse ser exclusivo lizado, no México, um ensaio clínico randomi- até o sexto mês 18. Entre as ações, considera- zado com o objetivo de testar a eficácia do acon- ram-se Iniciativa Hospital Amigo da Criança, selhamento domiciliar na promoção do aleita- Banco de Leite, treinamento de profissionais, mento exclusivo 22. As visitas, feitas por pes- implementação de atividades na Semana de soas treinadas da própria comunidade, ocor- Amamentação, políticas públicas de incentivo riam durante a gestação e logo após o parto. à amamentação, monitorização da Norma Bra- Dois grupos intervenção, com diferentes inten- sileira de Comercialização de Alimentos para sidades de aconselhamento (seis ou três visitas), Lactentes, equipe multiprofissional trabalhan- foram comparados a um controle (nenhuma do na promoção do aleitamento e atividades visita). Aos três meses pós-parto, 67,0% das mães de pesquisa sobre aleitamento. À época em que do grupo que recebeu seis visitas amamenta- foi conduzida a presente avaliação, nenhum vam exclusivamente, uma prevalência muito dos hospitais da cidade de Pelotas cumpria to- semelhante à verificada no presente estudo. dos os passos da Iniciativa Hospital Amigo da A estratégia de cuidado à saúde a que o pro- Criança. A cidade, no entanto, dispunha de um grama está vinculado também deve ser um fa- Banco de Leite, os profissionais da Secretaria tor contribuinte para os resultados encontra- de Saúde do município eram treinados para in- dos. A Atenção Primária à Saúde e, mais recen- centivar o aleitamento materno e inúmeras temente, o PSF são estratégias facilitadoras da pesquisas em que a amamentação era tratada promoção da amamentação, como também da como desfecho ou exposição haviam sido im- proteção e do apoio a ela. Em primeiro lugar, plementadas. Além disso, na Vila Municipal, essas estratégias atingem as mulheres que não uma equipe multiprofissional prioriza o aleita- buscam pré-natal espontaneamente. Em se- mento materno em todas suas atividades espe- gundo lugar, a amamentação pode ser promo- cíficas, ao longo de mais de duas décadas. vida longitudinalmente (durante o pré-natal; Outro aspecto a considerar é que tanto a durante o período pós-natal, quando a mãe tem promoção da amamentação como as imuniza- alta hospitalar e retorna para seu domicílio; e ções são importantes intervenções para a saú- em eventuais futuras gestações de uma mesma de da criança 21. A vinculação entre as ativida- mulher). Em terceiro lugar, a atenção oferecida des de vacinação e de puericultura pode ter às gestantes e às mães é personalizada. contribuído, sinergicamente, para o resultado Alguns vieses, no entanto, podem haver in- observado, uma vez que cada contato da mãe e terferido com os achados desta avaliação. Em da criança com o serviço poderia ser aprovei- primeiro lugar, a ausência de um grupo-con- tado pela equipe de saúde para reforçar as trole não permite afirmar que o resultado en- mensagens de ambas as intervenções. contrado deva-se ao programa. Entretanto, es- Por meio do programa de puericultura, ca- te estudo não foi planejado para detectar eficá- da criança que nasce na população usuária do cia do programa e, sim, verificar o alcance de serviço realiza, em média, durante o primeiro um dos seus objetivos, qual seja o de estimular ano de vida, sete consultas preventivas. Esti- amamentação. Preferiu-se utilizar a expressão ma-se, além disso, que cada mãe receba pelo “adequação para alcançar objetivos” a “alcan- menos 2 horas/ano de educação sobre alimen- çar metas”, uma vez que, até o presente momen- tação da criança, além de informações sobre to, não foi estipulada uma quantificação a prio- saúde, imunizações e planejamento familiar 14. ri das taxas de amamentação exclusiva ou de Durante o pré-natal, que atinge mais de 85,0% duração da amamentação a serem atingidas, das gestantes residentes na área de abrangên- nessa população-alvo, nem em quais prazos. cia, são também rotineiramente veiculadas in- Essas diferentes abordagens têm sido discuti- formações sobre as vantagens da amamenta- das na literatura, num contexto de saúde pú- ção. No pós-natal, as mães são visitadas em ca- blica baseada em evidências 23,24. sa e apoiadas para solucionar problemas com Vários estudos randomizados 25 evidencia- a amamentação. É, portanto, plausível que es- ram o efeito positivo do aconselhamento ma- ses esforços tenham impacto sobre as taxas de terno face a face sobre a duração do aleitamen- amamentação e que os resultados desta avalia- to exclusivo. Especificamente sobre o impacto ção reflitam um real efeito do programa de pue- de intervenções desenvolvidas em Atenção Pri- ricultura sobre a duração observada da ama- mária à Saúde na duração da amamentação, mentação exclusiva até os seis meses de idade. duas revisões de literatura 26,27, a primeira, uma Resultados semelhantes foram obtidos em es- revisão sistemática, e a segunda, que inclui uma tudos de eficácia e de efetividade que utiliza- meta-análise, mostraram ser geralmente efeti- ram o aconselhamento materno face a face co- vas as que associavam interação face a face com Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(2):482-489, mar-abr, 2005
  • 6. IMPACTO DE UM PROGRAMA DE PUERICULTURA NA PROMOÇÃO DA AMAMENTAÇÃO EXCLUSIVA 487 a mãe, maior número de contatos e duração miciliares feitas pela equipe de saúde, no en- mais longa. Outra revisão de literatura 28 evi- tanto, são oportunidades propícias para que o denciou que o apoio profissional era efetivo na uso de mamadeiras, por exemplo, seja detecta- duração da amamentação de modo geral e, es- do. Um outro tipo de abordagem, aparentemen- pecialmente, na redução da interrupção do alei- te menos influenciada pelo viés de cortesia, foi tamento exclusivo antes dos seis meses de ida- desenvolvida em um estudo no Rio de Janeiro, de. Portanto, se o programa funcionar adequa- que utilizou como indicador de efetividade a damente, é esperado que esses benefícios se satisfação referida pela mãe com o apoio para reflitam sobre a duração da amamentação ex- amamentação recebido na unidade básica 29. clusiva na população atingida. As prevalências Estudos que avaliem a qualidade dos servi- de aleitamento materno exclusivo observadas ços de saúde são ainda escassos no Brasil. A mês a mês após o nascimento apontam positi- presente avaliação é um exemplo de metodo- vamente para o alcance dessa adequação. logia válida, simples e executável em nível lo- Em segundo lugar, o viés de seleção, em que cal pelos gestores de saúde. Resultados de ava- seria incluído no estudo apenas um grupo se- liações como esta podem reforçar estratégias lecionado de crianças moradoras na comuni- ou apontar para a necessidade de reorienta- dade, precisa ser descartado. Seria necessário ções em programas que estejam sendo execu- que um número substancial das crianças resi- tados. Da atual avaliação fica claro que, embo- dentes na área fosse coberto pelo programa pa- ra seus resultados apontem para a adequação ra que este pudesse ter efeito sobre o aleitamen- do programa, mais esforços necessitam ser des- to materno na comunidade como um todo. Es- pendidos de forma a aumentar a prevalência se foi, provavelmente, o caso, uma vez que, as- do aleitamento materno exclusivo até os seis sumindo-se uma taxa bruta de fertilidade de meses após o parto. 15/1.000 (o que, em uma população de 2.600 Ainda que o uso de microcomputadores es- pessoas, corresponde a 39 nascimentos/ano), teja sendo progressivamente introduzido em as 112 crianças estudadas representam quase o postos de saúde, nem sempre as equipes dis- total das residentes na área de abrangência do põem de profissionais que dominem pacotes posto de saúde no período do estudo (Censo de- estatísticos o suficiente, para análise do impac- mográfico 2000 – resultados do universo. Tabe- to sobre a saúde das ações implementadas. la 3.3.6.23 do sistema IBGE de recuperação au- Além disso, como este estudo demonstrou, da- tomática de dados – SIDRA. http://www.ibge. dos epidemiológicos descritivos, simples, refe- gov.br). rentes a um número pequeno de indivíduos, Em terceiro lugar, o viés de cortesia, em que podem ser processados e analisados facilmen- as mães responderiam sobre a alimentação da te e manualmente, com rapidez 30. A análise ma- criança aquilo que o profissional esperasse ou- nual tem, outrossim, a vantagem de que os even- vir, poderia introduzir um erro sistemático de tuais erros de registro e de codificação podem informação. O estudo utilizou a informação ser corrigidos imediatamente e que os analis- que estava registrada no Cartão da Criança, mas tas adquirem familiaridade com os dados e com nenhum mecanismo foi implementado para seu significado. certificar-se da veracidade da informação; a Os resultados deste estudo sugerem a pos- presença do viés de cortesia não pode ser, por- sibilidade de que o programa de puericultura, tanto, descartada. Seu efeito, se presente, seria dentro de um contexto de atenção primária à no sentido de superestimar a duração da ama- saúde, tenha causado, na população estudada, mentação exclusiva. Tal como no presente es- impacto positivo sobre a taxa de amamentação tudo, a maioria dos autores que estudou preva- exclusiva. Aumentar as taxas amamentação é lência de amamentação utilizou informação um objetivo a ser considerado pela sociedade, relatada pela própria mãe somente, porém, em pelos gestores dos sistemas de saúde e pelos virtude da ênfase que o serviço dá à amamen- provedores. As mães necessitam de maior co- tação, é possível que o viés de cortesia tenha nhecimento e maior apoio para tal prática, mui- ocorrido mais freqüentemente na população to particularmente aquelas de grupos popula- deste estudo do que em outras. As visitas do- cionais mais vulneráveis. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(2):482-489, mar-abr, 2005
  • 7. 488 Faleiros JJ et al. Resumo Referências Foi estudada a prevalência de amamentação exclusi- 1. A duração ótima da amamentação exclusiva [Edi- va numa coorte histórica de crianças nascidas entre torial]. Atualidades em amamentação 2002; 27/ janeiro de 2000 e dezembro de 2002, de famílias de 28. http://ibfan.org.br/userhtml/atam2728.pdf baixo nível sócio-econômico, residentes na área de (acessado em 20/Nov/2003). abrangência de um Posto de Saúde de Atenção Primá- 2. Victora CG, Smith PG, Vaugham JP, Nobre LC, ria, na periferia da cidade de Pelotas, Rio Grande do Lombardi C, Teixeira AM, et al. Evidence for pro- Sul, Brasil. Para a análise foi construída uma tábua de tection by breast feeding against infants deaths vida, cujo desfecho era a interrupção da amamenta- from infectious diseases in Brazil. Lancet 1987; ção exclusiva, mês a mês, após o nascimento. Entre as 2:317-22. 112 crianças estudadas, a prevalência de amamenta- 3. César JA, Victora CG, Barros FC, Santos IS, Flores ção exclusiva no primeiro mês de vida foi de 95,0%, JA. Impact of breast-feeding on admission for caindo progressivamente para 81,0%, 64,0%, 53,0%, pneumonia during postneonatal period in Brazil: 39,0% e 35,0%, respectivamente, do segundo ao sexto nested case-control study. BMJ 1999; 318: 1316- mês. A mediana de duração da amamentação exclusi- 20. va foi de quatro meses; a mediana de duração da ama- 4. Cohen RJ, Krown KH, Canahuati J, Rivera LL, mentação exclusiva e a prevalência de aleitamento ex- Dewey KG. Effects of age of introduction of com- clusivo no sexto mês, superiores às taxas nacionais, in- plementary foods on infant breast milk intake, dicam adequação do Programa de Puericultura na total energy intake, and growth: a randomised in- promoção da amamentação. No entanto, mais esfor- tervention study in Honduras. Lancet 1994; 344: ços devem ser despendidos para aumentar a prevalên- 288-93. cia da amamentação exclusiva até o sexto mês de vida. 5. A warm chain for breastfeeding [Editorial]. Lancet 1994; 344:1239-41. Amamentação; Puericultura; Avaliação dos Serviços 6. Albernaz E, Victora CG, Haisma H, Wright A, Cow- ard WA. Lactation counseling increases breast- feeding duration but not breast milk intake as measured by isotopic methods. J Nutr 2003; 133: 205-10. Colaboradores 7. Ministério da Saúde. Prevalência de aleitamento materno nas capitais brasileiras e no Distrito Fe- J. J. Faleiros concebeu o trabalho, revisou parte da lite- deral. Relatório final. Brasília: Ministério da Saú- ratura e redigiu a primeira versão do texto. G. Kalil, D. de; 2000. P. Casarin e P. A. Laque Jr. realizaram o levantamento 8. Bueno MB, Souza JMP, Souza SB, Paz SMRS, Gi- dos dados nos registros do programa de puericultura. meno SGA, Siqueira AAF. Riscos associados ao I. S. Santos participou no planejamento de análise e processo de desmame entre crianças nascidas em fez a revisão final do manuscrito. hospital universitário de São Paulo, entre 1998 e 1999: estudo de coorte prospectivo do primeiro ano de vida. Cad Saúde Pública 2003; 19:1453-60. 9. Dias V. Municípios devem implantar ações de in- centivo à amamentação para evitar desmame pre- coce. Agência USP de Notícias 2003; 1251. http:// www.usp.br/agen/bols/2003/rede1251.htm#pri mdestaq (acessado em 22/Set/2004). 10. Ryan AS, Wenjun Z, Acosta A. Breastfeeding con- tinues to increase into the new millenium. Pedi- atrics 2002; 110:1103-9. 11. Graffy J, Taylor J, Williams A, Eldrige S. Random- ized controlled trial of support from volunteer counselors for mothers considering breastfeed- ing. BMJ 2004; 328:26-30. 12. Faleiros JJ, Piccini RX, Gigante AG, Neutzling M. Praticando e ensinando medicina na comunida- de: a assistência médica. Rev Bras Educ Méd 1986; 10:91-4. 13. Piccini RX, Faleiros JJ, Gigante AG. Praticando e ensinando medicina na comunidade: o ensino. Rev Bras Educ Méd 1986; 10:95-7. 14. Faleiros JJ, Pinto AC, Faria LH. Avaliação da pue- ricultura em populações de baixa renda. Rev As- soc Méd Rio Gd do Sul 1989; 33:277-80. 15. World Health Organization 1995. World Health Organization’s infant feeding recommendation. Bull World Health Organ 1995; 73:165-74. 16. Kirkwood BR. Essentials of medical statistics. Ox- ford: Blackwell; 1988. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(2):482-489, mar-abr, 2005
  • 8. IMPACTO DE UM PROGRAMA DE PUERICULTURA NA PROMOÇÃO DA AMAMENTAÇÃO EXCLUSIVA 489 17. Rea MF. The Brazilian national breastfeeding pro- 25. Albernaz E, Victora CG. Impacto do aconselha- gram: a success story. Int J Gyneacol Obstet 1990; mento face a face sobre a duração do aleitamen- 31:79-82. to exclusivo: um estudo de revisão. Rev Panam 18. Venâncio SI, Monteiro CA. A tendência da prática Salud Publica 2003; 14:17-24. da amamentação no Brasil nas décadas de 70 e 26. De Oliveira MI, Camacho LA, Tedstone AE. Ex- 80. Rev Bras Epidemiol 1998; 1:40-9. tending breastfeeding duration through primary 19. Horta BL, Olinto MTA, Victora CG, Barros FC, Gui- care: a systematic review of prenatal and postna- marães PRV. Amamentação e padrões alimenta- tal interventions. J Hum Lact 2001; 17:326-43. res em crianças de duas coortes de base popula- 27. Guise JM, Palda V, Westhoff C, Chan BK, Helfand cional no Sul do Brasil. Cad Saúde Pública 1996; M, Lieu TA, et al. The effectiveness of primary 12 Suppl 1:43-8. care-based interventions to promote breastfeed- 20. Dennis CL. Breastfeeding initiation and duration: ing: systematic evidence review and meta-analy- a 1990-2000 literature review. J Obstet Gynecol sis for the US Preventive Services Task Force. Ann Neonatal Nurs 2002; 31:12-32. Fam Med 2003; 1:70-8. 21. Kim-Farley R, Collins C, Tinker A. Linkages be- 28. Sikorski J, Renfrew MJ, Pindoria S, Wade A. Sup- tween immunization and breastfeeding promo- port for breastfeeding mothers: a systematic re- tion programs. J Hum Lact 1990; 6:65-7. view. Paediatr Perinat Epidemiol 2003; 17:407-17. 22. Morrow AL, Guerrero ML, Shults J, Calva JJ, Lutter 29. De Oliveira MIC, Camacho LAB, Tedstone AE. A C, Bravo J, et al. Efficacy of home-based peer method for the evaluation of primary health care counselling to promote exclusive breastfeeding: a units practice in the promotion, protection, and randomized controlled trial. Lancet 1999; 353: support of breastfeeding: results from the state of 1226-31. Rio de Janeiro, Brazil. J Hum Lact 2003; 19:365-73. 23. Habicht JP, Victora CG, Vaughan JP. Evaluation de- 30. Vaughan JP, Morrow RH. Epidemiologia para os signs for adequacy, plausibility and probability of municípios: manual para gerenciamento dos dis- public health programme performance and im- tritos sanitários. São Paulo: Editora Hucitec; 1992. pact. Int J Epidemiol 1999; 28:10-8. 24. Victora CG, Habicht JP, Bryce J. Evidence-based Recebido em 01/Jun/2004 public health: moving beyond randomized trials. Versão final reapresentada em 29/Set/2004 Am J Public Health 2004; 94:400-5. Aprovado em 19/Out/2004 Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(2):482-489, mar-abr, 2005