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1- Grelha de observação – Modelo B

2- Data: 27/10/2008, Duração da Actividade: 1 hora
     3- Actividade observada       Trabalho de grupo, 3 alunos, de 4º Ano, dois portugueses e 1 inglês, já
                                   adaptado à língua portuguesa.
                                   Trabalho de Pesquisa: O passado do meio local. História de uma
                                   Instituição.
  4- Níveis                        Os alunos traziam uma orientação de pesquisa da escola virtual, onde
  indicadores                      tinham uma lista de instituições locais, da qual deviam escolher uma para
  de aprendizagem                  realizar o trabalho. Eles optaram pela “História da nossa escola”, uma vez
                                   que o Jake não conhecia bem esta instituição.
                                           Classificação: 1- Fraco; 2 – Suficiente, 3 – Bom, 4 – Muito Bom
          Motivação                        1                  2                  3                  4
       (manifestar interesse,
   satisfação pelas actividades;                                             Rodrigo             Jacke
     prosseguir a actividade.)                                                                   Daniel
          Interacção                       1                  2                 3                  4
  (capacidade para trabalhar em
                                                                              Jacke              Daniel
      grupo, apoiar colegas,
       partilhar informação)                                                 Rodrigo
    Desenvolvimento de                     1                  2                  3                  4
      competências
     (experimentar situações
   novas, revelar compreensão                             Rodrigo             Jacke
   das tarefas, capacidade para                           Daniel
          gerir o tempo)
    Novas aplicações e                     1                  2                  3                  4
   tomadas de decisões
       (reconhecer novos
        conhecimentos e                                                      Rodrigo            Jacke
      aprendizagens novas,                                                   Daniel
    expressar opiniões, tomar
       decisões de forma
          independente)

5- Reflexão sobre os resultados:

       Este tipo de grelha de observação, se usada continuamente, pode contribuir para avaliar
o desenvolvimento das competências ao nível da socialização, da capacidade de trabalho em
equipa e da descoberta de novas metodologias de aprendizagem.
       Neste caso, os alunos queriam fazer uma pesquisa sobre a sua escola, depois de
procurem em livros da localidade e em sites relacionados com a escola (Câmara Municipal e
Agrupamento de Escolas) descobriram alguma informação, que não os satisfez, sugeri que
fizessem uma entrevista a pessoas da escola e da localidade, eles pediram ajuda, mas as
questões iam surgindo, o Jake e o Daniel estavam tão entusiasmados que disseram: “Isto é
que é trabalho de grupo.”, “Vai ser giro, parece que vamos numa aventura de descoberta!”.
       Os resultados da observação devem ser partilhados com o (a) docente dos alunos.




Enquadramento da observação
Problemas e desafios numa BE que coordeno actualmente.
       Começo este trabalho partilhando um pouco da minha actual situação profissional, pois está
relacionada com o tema proposto “Problemas e desafios da BE”, durante as leituras que foram
aconselhadas identifiquei situações que relaciono com a minha experiência deste ano
       Durante quatro anos coordenei duas bibliotecas escolares de dois Agrupamentos, em Albufeira,
este Ano, por motivos relacionados com a minha avaliação, tive que optar por um dos agrupamentos,
onde actualmente coordeno três bibliotecas escolares, duas delas pela primeira vez. Essas bibliotecas
abriram, o ano passado, com a coordenação das professoras que também coordenam os estabelecimentos
de ensino e que também têm turma (a tempo inteiro). Numa delas foi colocada uma auxiliar e mais tarde
um estagiário que tinha formação técnica em organização da documentação e da informação, (esta
situação, também desagradável, fica para relatar noutra altura). Na outra escola foi colocada uma
animadora, que participou em reuniões do grupo de trabalho das bibliotecas do concelho de Albufeira, ao
longo do ano, alternando com a coordenadora da escola.
       Esta escola tem quadros interactivos em todas as salas e foi uma das primeiras a receber mais
tecnologia: os “Magalhães”, para todos os alunos.
       No primeiro dia, quando me dirigi a esse estabelecimento de ensino com a Vice-presidente do
Agrupamento, depois de termos informado a coordenadora da escola da nossa deslocação, fui recebida,
sem “espaço” para grandes conversas, com manifestações de desagrado em relação à nova biblioteca, a
coordenadora da escola lamentou todo o trabalho que tinha tido com a candidatura e com a sua
organização, outras colegas referiram ter saudades da antiga “bibliotecazinha”, apenas com uns armários
e livros. Quando tentei estabelecer um diálogo e explicar as minhas funções e potencialidades de todos os
recursos, convidando as docentes para uma participação em actividades articuladas, com a minha
colaboração, que incluíssem a BE no desenvolvimento do currículo, as professoras disseram não ter
tempo para ir à biblioteca com a turma, referiram ter melhores condições na sala de aula. A coordenadora
da escola chegou a admitir que pretendia anular a candidatura à RBE. Ninguém se ofereceu para nos levar
à BE, apenas me informaram que a animadora ainda estava de férias.
        “... Poder-se-á afirmar que os professores que chegam a uma escola que alimenta o
conservadorismo, o individualismo e o “presentismo” facilitará o fechamento do professor sobre si,
confinando-o ao trabalho solitário e ao espaço da sala de aula. Pelo contrário, uma cultura de escola
orientada para a colaboração e o diálogo facilitará um maior envolvimento do corpo docente e uma
maior participação na vida escolar, em particular dos recém-chegados.
       A este propósito, e no que se refere concretamente à Biblioteca Escolar, dizem os canadianos que
“aquilo que uma escola pensa sobre a sua biblioteca é a medida do que pensa sobre a educação” – e
esta é uma ideia-chave que temos de sublinhar, para o bem e para o mal.” Glória Bastos 2008,
Apontamentos da unidade 2.0.
Apesar das contrariedades, respeitei o horário que elaborei com o Conselho Executivo, tentei
integrar-me lentamente, mas qualquer intervenção da minha parte era criticada, mesmo quando cumpria
as orientações da RBE na apresentação do “Guia do Utilizador” às turmas, fazendo uma visita guiada, de
meia hora, com algumas alterações regulamentares relativamente ao ano anterior, a actividade foi
considerada desnecessária, segundo algumas colegas bastava abrir a porta e deixar entrar os alunos.
       Depois dessa actividade voltei a contactar com as docentes para entregar o meu horário e
manifestar a minha disposição para o desenvolvimento de actividades curriculares e de projectos de
promoção da leitura. Também agendei uma visita à Biblioteca Municipal, para Novembro, com uma
turma de 4º Ano, para assistir a uma peça de Teatro, entreguei uma proposta para encontros com uma
escritora, a partir do dia 10 de Novembro e agendei com todas as turmas uma peça de Teatro organizada
por uma Associação Cultural de Olhos de Água, em Janeiro, no Auditório Municipal.
       Durante estas semanas, trabalhei com a animadora que integra a equipa, orientando-a para alguns
procedimentos necessários, fornecendo-lhe alguns materiais que a pudessem auxiliar no apoio que ela tem
dado na substituição de professores dessa escola, nomeadamente nas horas de apoio ao estudo e algumas
de actividades de enriquecimento.
       Neste momento, final de Outubro, tive conhecimento de que o descontentamento do corpo docente
dessa escola se mantém, e que continuam com intenção de excluir esta Biblioteca da RBE, cito
novamente a Dr.ª Glória Bastos: “O problema é que por vezes um início mal equacionado pode constituir
um obstáculo para o sucesso – por exemplo, o facto de uma candidatura ao programa da RBE não ser
precedido de debate interno sobre essa questão, sobre o que a escola efectivamente quer para a sua BE
e não haver um compromisso prévio perante as opções tomadas.
       Neste sentido, é fundamental que as escolas compreendam efectivamente qual é o "espírito" das
BE na educação actual – não é apenas móveis novos, e novos computadores que vão para a biblioteca,
mas implica um compromisso da escola com uma nova forma de funcionar em termos pedagógicos. E é
este debate fundamental que falha, com frequência, nas nossas escolas, e que importa promover, pelas
vias que em cada local se considerem mais adequadas.”
       Já comuniquei a situação ao coordenador interconcelhio e solicitei uma reunião com o conselho
executivo, que não é o mesmo que acompanhou a candidatura, e com a coordenadora da escola, para
amanhã dia 28 de Outubro.
       Hoje, 27 de Outubro, Dia internacional das Bibliotecas Escolares, tive finalmente o prazer de ver
alunos nessa BE, durante o período lectivo, uma turma a participar numa actividade que preparámos,
“Biblio -Paper” e alguns alunos de 4º Ano que apareceram para fazer o trabalho de casa atrasado: um
trabalho de pesquisa: O passado do meio local, história de uma instituição. Durante o apoio que lhes
prestei, senti que tinha ali um óptimo momento para aplicar a ficha que tinha elaborado para aplicar
noutra escola.

Carla Ferreira, Problemas e Desafios da Biblioteca Escolar, U.A., 27/10/2008

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Desafios de uma nova coordenação de bibliotecas escolares

  • 1. 1- Grelha de observação – Modelo B 2- Data: 27/10/2008, Duração da Actividade: 1 hora 3- Actividade observada Trabalho de grupo, 3 alunos, de 4º Ano, dois portugueses e 1 inglês, já adaptado à língua portuguesa. Trabalho de Pesquisa: O passado do meio local. História de uma Instituição. 4- Níveis Os alunos traziam uma orientação de pesquisa da escola virtual, onde indicadores tinham uma lista de instituições locais, da qual deviam escolher uma para de aprendizagem realizar o trabalho. Eles optaram pela “História da nossa escola”, uma vez que o Jake não conhecia bem esta instituição. Classificação: 1- Fraco; 2 – Suficiente, 3 – Bom, 4 – Muito Bom Motivação 1 2 3 4 (manifestar interesse, satisfação pelas actividades; Rodrigo Jacke prosseguir a actividade.) Daniel Interacção 1 2 3 4 (capacidade para trabalhar em Jacke Daniel grupo, apoiar colegas, partilhar informação) Rodrigo Desenvolvimento de 1 2 3 4 competências (experimentar situações novas, revelar compreensão Rodrigo Jacke das tarefas, capacidade para Daniel gerir o tempo) Novas aplicações e 1 2 3 4 tomadas de decisões (reconhecer novos conhecimentos e Rodrigo Jacke aprendizagens novas, Daniel expressar opiniões, tomar decisões de forma independente) 5- Reflexão sobre os resultados: Este tipo de grelha de observação, se usada continuamente, pode contribuir para avaliar o desenvolvimento das competências ao nível da socialização, da capacidade de trabalho em equipa e da descoberta de novas metodologias de aprendizagem. Neste caso, os alunos queriam fazer uma pesquisa sobre a sua escola, depois de procurem em livros da localidade e em sites relacionados com a escola (Câmara Municipal e Agrupamento de Escolas) descobriram alguma informação, que não os satisfez, sugeri que fizessem uma entrevista a pessoas da escola e da localidade, eles pediram ajuda, mas as questões iam surgindo, o Jake e o Daniel estavam tão entusiasmados que disseram: “Isto é que é trabalho de grupo.”, “Vai ser giro, parece que vamos numa aventura de descoberta!”. Os resultados da observação devem ser partilhados com o (a) docente dos alunos. Enquadramento da observação
  • 2. Problemas e desafios numa BE que coordeno actualmente. Começo este trabalho partilhando um pouco da minha actual situação profissional, pois está relacionada com o tema proposto “Problemas e desafios da BE”, durante as leituras que foram aconselhadas identifiquei situações que relaciono com a minha experiência deste ano Durante quatro anos coordenei duas bibliotecas escolares de dois Agrupamentos, em Albufeira, este Ano, por motivos relacionados com a minha avaliação, tive que optar por um dos agrupamentos, onde actualmente coordeno três bibliotecas escolares, duas delas pela primeira vez. Essas bibliotecas abriram, o ano passado, com a coordenação das professoras que também coordenam os estabelecimentos de ensino e que também têm turma (a tempo inteiro). Numa delas foi colocada uma auxiliar e mais tarde um estagiário que tinha formação técnica em organização da documentação e da informação, (esta situação, também desagradável, fica para relatar noutra altura). Na outra escola foi colocada uma animadora, que participou em reuniões do grupo de trabalho das bibliotecas do concelho de Albufeira, ao longo do ano, alternando com a coordenadora da escola. Esta escola tem quadros interactivos em todas as salas e foi uma das primeiras a receber mais tecnologia: os “Magalhães”, para todos os alunos. No primeiro dia, quando me dirigi a esse estabelecimento de ensino com a Vice-presidente do Agrupamento, depois de termos informado a coordenadora da escola da nossa deslocação, fui recebida, sem “espaço” para grandes conversas, com manifestações de desagrado em relação à nova biblioteca, a coordenadora da escola lamentou todo o trabalho que tinha tido com a candidatura e com a sua organização, outras colegas referiram ter saudades da antiga “bibliotecazinha”, apenas com uns armários e livros. Quando tentei estabelecer um diálogo e explicar as minhas funções e potencialidades de todos os recursos, convidando as docentes para uma participação em actividades articuladas, com a minha colaboração, que incluíssem a BE no desenvolvimento do currículo, as professoras disseram não ter tempo para ir à biblioteca com a turma, referiram ter melhores condições na sala de aula. A coordenadora da escola chegou a admitir que pretendia anular a candidatura à RBE. Ninguém se ofereceu para nos levar à BE, apenas me informaram que a animadora ainda estava de férias. “... Poder-se-á afirmar que os professores que chegam a uma escola que alimenta o conservadorismo, o individualismo e o “presentismo” facilitará o fechamento do professor sobre si, confinando-o ao trabalho solitário e ao espaço da sala de aula. Pelo contrário, uma cultura de escola orientada para a colaboração e o diálogo facilitará um maior envolvimento do corpo docente e uma maior participação na vida escolar, em particular dos recém-chegados. A este propósito, e no que se refere concretamente à Biblioteca Escolar, dizem os canadianos que “aquilo que uma escola pensa sobre a sua biblioteca é a medida do que pensa sobre a educação” – e esta é uma ideia-chave que temos de sublinhar, para o bem e para o mal.” Glória Bastos 2008, Apontamentos da unidade 2.0.
  • 3. Apesar das contrariedades, respeitei o horário que elaborei com o Conselho Executivo, tentei integrar-me lentamente, mas qualquer intervenção da minha parte era criticada, mesmo quando cumpria as orientações da RBE na apresentação do “Guia do Utilizador” às turmas, fazendo uma visita guiada, de meia hora, com algumas alterações regulamentares relativamente ao ano anterior, a actividade foi considerada desnecessária, segundo algumas colegas bastava abrir a porta e deixar entrar os alunos. Depois dessa actividade voltei a contactar com as docentes para entregar o meu horário e manifestar a minha disposição para o desenvolvimento de actividades curriculares e de projectos de promoção da leitura. Também agendei uma visita à Biblioteca Municipal, para Novembro, com uma turma de 4º Ano, para assistir a uma peça de Teatro, entreguei uma proposta para encontros com uma escritora, a partir do dia 10 de Novembro e agendei com todas as turmas uma peça de Teatro organizada por uma Associação Cultural de Olhos de Água, em Janeiro, no Auditório Municipal. Durante estas semanas, trabalhei com a animadora que integra a equipa, orientando-a para alguns procedimentos necessários, fornecendo-lhe alguns materiais que a pudessem auxiliar no apoio que ela tem dado na substituição de professores dessa escola, nomeadamente nas horas de apoio ao estudo e algumas de actividades de enriquecimento. Neste momento, final de Outubro, tive conhecimento de que o descontentamento do corpo docente dessa escola se mantém, e que continuam com intenção de excluir esta Biblioteca da RBE, cito novamente a Dr.ª Glória Bastos: “O problema é que por vezes um início mal equacionado pode constituir um obstáculo para o sucesso – por exemplo, o facto de uma candidatura ao programa da RBE não ser precedido de debate interno sobre essa questão, sobre o que a escola efectivamente quer para a sua BE e não haver um compromisso prévio perante as opções tomadas. Neste sentido, é fundamental que as escolas compreendam efectivamente qual é o "espírito" das BE na educação actual – não é apenas móveis novos, e novos computadores que vão para a biblioteca, mas implica um compromisso da escola com uma nova forma de funcionar em termos pedagógicos. E é este debate fundamental que falha, com frequência, nas nossas escolas, e que importa promover, pelas vias que em cada local se considerem mais adequadas.” Já comuniquei a situação ao coordenador interconcelhio e solicitei uma reunião com o conselho executivo, que não é o mesmo que acompanhou a candidatura, e com a coordenadora da escola, para amanhã dia 28 de Outubro. Hoje, 27 de Outubro, Dia internacional das Bibliotecas Escolares, tive finalmente o prazer de ver alunos nessa BE, durante o período lectivo, uma turma a participar numa actividade que preparámos, “Biblio -Paper” e alguns alunos de 4º Ano que apareceram para fazer o trabalho de casa atrasado: um trabalho de pesquisa: O passado do meio local, história de uma instituição. Durante o apoio que lhes prestei, senti que tinha ali um óptimo momento para aplicar a ficha que tinha elaborado para aplicar noutra escola. Carla Ferreira, Problemas e Desafios da Biblioteca Escolar, U.A., 27/10/2008