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BEM-VINDO À DISCIPLINA
A N Á L IS E T E X T U A L




                             P ro f. R o b e rto
                             Paes



                                                   AULA 1
Objetivo desta aula




Revisar o conteúdo das aulas 1 a 5 para a primeira avaliação
da disciplina




                                                      AULA 1
Revisão das Aulas 1 e 2




                          AULA 1
http://www.youtube.com/watch?v=AcXkL6kY_Dw&feature=related




                                                      AULA 1
Linguagem x Língua


Linguagem – capacidade humana de estabelecer comunicação,
seja por gestos, sons, palavras, sinais, símbolos etc. Serve para
representar conceitos, ideias, sentimentos, significados,
pensamentos.
Língua – conjunto de palavras e expressões usadas por uma
comunidade, munido de regras próprias organizadas em um
sistema (a gramática de uma língua). Também chamada código.


                                                            AULA 1
Fala x escrita: a fala

A fala é anterior à escrita. Todo ser humano, dentro das suas
normalidades, tem a capacidade de falar. Já a escrita é adquirida,
não sendo de acesso a todos (alguns povos possuem língua
falada própria, mas não escrita).

Quando falamos, qualquer problema na interpretação ou
compreensão pode ser imediatamente retomado e solucionado;
além do que, quando conversamos ou somos ouvidos, outros
componentes da "fala" formam um ambiente propício para a
interpretação da mensagem: gestos, expressões faciais, tons de
voz que completam, modificam, reforçam o que dizemos.

                                                           AULA 1
http://www.youtube.com/watch?v=cXP5ikUlncg




                                             AULA 1
Estudo de caso: a modalidade falada
Trechos da fala do homem:

“Aqui é bem cegadu”

“Tem umas cachoeira boa”

“Nessa Santo Antoio onde ocês foram lá é muito bonito. A
água lá é muito fria (...). Lá é bonito”


A língua falada, por se desenvolver espontaneamente, é
caracterizada pela hesitação, repetição, pausas na voz etc.

                                                       AULA 1
Fala x escrita: a escrita

A escrita consiste num processo mais lento do que falar. Ela é
mais durável, podendo ser lida e reproduzida; é independente, ao
contrário da fala, dispensando, assim, a presença física do autor.

A escrita, portanto, tem a capacidade de se transferir de um meio
a outro. Sua função central é a de registro da língua, para a
difusão de informações e a construção de conhecimentos.


A intenção da escrita é a produção de textos que serão alvos
da atividade de leitura.

                                                           AULA 1
AULA 1
http://
www.youtube.com/watch?v=CuF4MjcTuok&feature=related




                                               AULA 1
Registro formal x registro informal

Quando falamos ou escrevemos, estamos diante de um
determinado contexto, uma situação específica que orienta a
maneira como iremos nos comunicar.

Dependendo de quem irá ler/ouvir a mensagem que produzimos,
nós variamos a maneira de registrar a língua, por diversos
motivos: o nível de compreensão daquele que irá ler/ouvir, a
situação, que determina o nível de formalidade/informalidade, a
finalidade da comunicação etc.

No meio acadêmico e profissional, normalmente utilizamos o
registro formal da língua.
                                                         AULA 1
Registro formal x registro informal: estudo de caso

Registro formal
A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não tenha
passado pelo processo de purificação e refino, apresentando-se
sob a forma de pequenos sólidos troncopiramidais de base
retangular, impressiona agradavelmente ao paladar.

Entretanto, não altera suas dimensões lineares ou suas
proporções quando submetida a uma tensão axial em
consequência da aplicação de compressões equivalentes e
opostas.

Registro informal
Rapadura é doce, mas não é mole.
                                                         AULA 1
Registro formal x registro informal



Tanto o registro formal quanto o informal devem se adequar à
situação. Uma mensagem muito formal, em uma situação
informal, pode mudar o sentido do que se pretende comunicar,
por exemplo. O inverso também é verdadeiro.

A isso chamamos adequação da linguagem.



A adequação da linguagem é a forma que temos para adaptar
nosso texto/fala à situação de comunicação.
                                                        AULA 1
Registro formal x informal


Linguagem formal é aquela em que se usa o padrão formal da
língua, isto é, aquela ensinada na gramática, e seu uso se dá em
situações mais formais.

Já o padrão informal da língua é aquele usada em situações que
não requer tanto rigor, como nas conversas com amigos ou com
a família.

O registro formal é a modalidade linguística tomada como
padrão, e nela se redigem os textos e documentos oficiais do
país. Também é a modalidade usada no meio profissional,
por exemplo.
                                                          AULA 1
Variação linguística

Variação linguística é a diversificação da língua em virtude da
diversidade de costumes e falantes que uma língua possui.

Variedades regionais
São as diferenças que encontramos na fala/escrita de acordo com
a localização regional de uma comunidade linguística. Na
variação regional temos, principalmente, diferenças no sotaque e
no vocabulário.

Mosca x moxca
Garoto x piá


                                                            AULA 1
Variação linguística



Variedades sociais

São as diferenças que encontramos na fala/escrita de acordo com
a identidade do falante e seu nível de letramento.
Na variação social temos, principalmente, diferenças no
vocabulário, na ortografia e na concordância.




                                                        AULA 1
Variação linguística: estudo de caso




                                       AULA 1
Variação padrão
A língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus
falantes. O uso de uma língua varia de época para época, de
região para região, de classe social para classe social, e assim
por diante.

Embora as variações sejam naturais, existe uma expectativa de
que todas as pessoas falem/escrevam da mesma maneira.

Se não fosse assim, por exemplo, nunca teríamos o “Jornal
Nacional”, já que os falantes de diferentes regiões e níveis de
letramento não compreenderiam a mesma mensagem.

A variação padrão corresponde ao uso homogêneo da língua.
                                                            AULA 1
Revisão da Aula 3




                    AULA 1
Conjunto de palavras x texto



As pessoas, geralmente, não se comunicam por palavras ou
frases isoladas. Há uma unidade comunicativa básica, que é
o texto. Até mesmo uma única palavra pode ser considerada
texto; ou seja, uma unidade significativa.

Entretanto, para que um conjunto de palavras seja um texto,
alguns fatores devem estar presentes.




                                                     AULA 1
Estudo de caso: (in)coerência nas notícias de jornal

"Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no
cemitério, para a satisfação dos habitantes.”

"A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo
braço.”

"A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de
câncer a cada ano."

"Os nossos leitores nos desculparão por esse erro
indesculpável.”


                                                       AULA 1
Estudo de caso: o que ela quis dizer?




http://www.youtube.com/watch?v=XXE4OOj4Feo




                                             AULA 1
Coerência textual


A coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois
essas devem se complementar. É o resultado da não-
contradição entre as partes do texto.

A coerência de um texto inclui fatores como o conhecimento
que o produtor e o receptor têm do assunto abordado, bem
como o conhecimento de mundo que é articulado.

Pode-se concluir que texto coerente é aquele do qual é
possível estabelecer sentido para o interlocutor. Trata-se do
princípio de interpretabilidade.

                                                         AULA 1
Coerência e o conhecimento de mundo
Nossa compreensão de um texto depende de nossas
experiências de vida, de nossas vivências, de nosso
conhecimento de mundo, de nossas leituras.



                          Os fins
                          justificam as
                          meias...
Quanto mais amplo o conhecimento do leitor, mais ampla
será sua compreensão.
                                                      AULA 1
Coerência e o conhecimento de mundo: desafio




Vamos iniciar uma cruzada contra o terrorismo.

(George W. Bush)




                                               AULA 1
Coesão textual

Na construção de um texto, usamos mecanismos para
garantir ao interlocutor a compreensão do que se lê.

Para que um texto apresente coesão, portanto, devemos
escrever de maneira que as ideias se liguem (ou remetam)
umas às outras, formando um fluxo lógico e contínuo.
Quando um texto está coeso, temos a sensação de que sua
leitura se dá com facilidade.

O uso adequado de elementos coesivos propicia maior
legibilidade ao texto, deixando claros os tipos de relações
estabelecidas entre as informações contidas.

                                                       AULA 1
Coesão textual: estudo de caso



  Dentre as diversas possibilidades de explicar o
  tema desta aula, eu escolhi a possibilidade de
  examinar os elementos coesivos, possibilidade
  esta que permite ao aluno e professor
  aprimorarem sua capacidade de escrever.


O uso correto de elementos coesivos evita a repetição de
palavras e também as ambiguidades, entre outros benefícios.

                                                    AULA 1
Coesão textual: estudo de caso

                              Dona de uma luminosidade
                              fantástica, a ilha de Itaparica
                              elegeu a liberdade como
                              padrão (...).
                              Ali tudo flui espontaneamente,
                              desde que o sol nasce, até a
                              noite chegar.
Ela funciona como um quebra-mar que protege o interior da
Baía de Todos os Santos.
É a maior de todas as 54 da região (...). Como qualquer
localidade baiana que se preza, a ilha pratica ritos de antigas
raízes míticas.
(texto adaptado de Ingedore Koch, em A coesão textual).
                                                          AULA 1
Coesão referencial

A coesão referencial retoma elementos presentes no texto
(palavras, nomes) com duas finalidades básicas: a) evitar a
repetição; b) poder indicar outras características/atributos
daquele elemento.

O técnico do Corinthians afirmou que o desempenho do
time irá melhorar. Mano Menezes intensificou os
treinamentos físicos do timão, pois, segundo ele, estava
faltando gás na equipe.

O uso de referentes, além de evitar repetição desnecessária,
permite maior fluidez ao texto.

                                                          AULA 1
Coesão sequencial



Quando falamos que um texto se caracteriza por apresentar
uma ideia completa, isso significa dizer que as informações
estão conectadas umas às outras coerentemente. Deduzimos,
assim, que há uma coesão sequencial que garante a
textualidade.


Nem todas as conexões são possíveis para formar uma ideia
completa, coerente. Isso nos leva a perceber que essas
junções, que podemos chamar de articulações sintáticas,
devem ser utilizadas de forma a buscar o sentido adequado.
                                                      AULA 1
Coesão sequencial: exemplos de texto de telegrama




 Muito grato palavras amizade minha formatura

 Comparecer urgente firma documentos




A linguagem telegráfica se caracteriza pela economia de
termos e ênfase em palavras específicas para gerar uma
compreensão mínima.

                                                     AULA 1
AULA 1
Coesão sequencial: estudo de caso


A sociedade brasileira vem acompanhando o crescimento da
violência urbana, em especial durante as duas últimas décadas
do século XX. Por consequência, o medo e a insegurança
tornaram-se sensações comuns a quem vive nos grandes centros
urbanos. Segundo dados do Escritório das Nações Unidas contra
drogas e crimes (Brasil e Cone Sul), um dos indicadores mais
consistentes do aumento da criminalidade violenta no Brasil é a
evolução da incidência de homicídios, que passou de 11 para 27
ocorrências por 100 mil habitantes entre 1980 e 2000 (Fonte:
http://www.unodc.org/brazil, consultado em abril de 2008).


                                                        AULA 1
Revisão da Aula 4




                    AULA 1
AULA 1
Tipos de coerência: semântica

Sempre que os sentidos de um enunciado não “significam”,
gerando ambiguidade, falta de sentido ou contradição,
estamos diante de uma incoerência.

Por se tratar de sentido, dizemos ser um problema de
coerência semântica.

Para quem lê, fica difícil recuperar os sentidos originais que
o autor do texto quis propor.

Semântica é o estudo do sentido das palavras de uma língua.

                                                        AULA 1
Estudo de caso: coerência semântica



Idosa é assaltada em condomínio de luxo


Guiomar Neves, 70 anos, costuma passar parte do dia na
varanda de sua casa, voltada para o leste, onde aprecia o belo
espetáculo da natureza que é o pôr-do-sol.

Nesta manhã, entretanto, foi surpreendida...




                                                          AULA 1
Coerência sintática


A coerência sintática se refere mais à coesão, como vimos na
aula passada.

Quando os elementos coesivos estão mal empregados (ou
estão ausentes), temos uma incoerência motivada pela
“arrumação” inadequada de parte do texto, ou até dele todo.


O uso adequado de elementos coesivos propicia maior
legibilidade ao texto, deixando claros os tipos de relações
estabelecidas entre as informações contidas.

                                                       AULA 1
Estudo de caso: coerência sintática




Na verdade, essa falta de leitura, de escrever, seja porque
tudo já vem pronto, mastigado para uma boa compreensão,
não precisando pensar, o professor se sente impotente, faz
com que o ensino seja prejudicado.




                                                        AULA 1
Estudo de caso: coerência sintática




Na verdade, essa falta de leitura e escrita fazem com que o
ensino seja prejudicado, porque tudo já vem pronto,
mastigado para uma boa compreensão, o que gera a ideia da
não necessidade de se pensar. Esse problema faz com que o
professor se sinta impotente.




                                                       AULA 1
Coerência estilística




     http://www.youtube.com/watch?v=6RZWvdmcM2k




                                              AULA 1
Coerência estilística




Esse tipo de coerência não chega, na verdade, a perturbar a
interpretabilidade de um texto; é uma noção relacionada à
mistura de registros linguísticos. É desejável que quem
escreve ou lê se mantenha num estilo relativamente
uniforme.




                                                      AULA 1
Coerência estilística: estudo de caso




                                        AULA 1
Coerência estilística: estudo de caso




Prezada Sra. Amanda,


Escrevo-te estas palavras para prestar meus profundos
sentimentos pelo fato de sua progenitora, aquela velha
rabugenta, ter batido as botas ontem.




                                                         AULA 1
Coerência estilística: estudo de caso




Prezada Sra. Amanda,


Escrevo-te estas palavras para prestar meus profundos
sentimentos pelo fato de sua progenitora, aquela velha
rabugenta, ter batido as botas ontem.




                                                         AULA 1
Estudo de caso: usando o conhecimento de mundo




                                                 AULA 1
Estudo de caso: usando a intertextualidade

    Bom Conselho
    Ouça um bom conselho
    Que eu lhe dou de graça (...)
    Espere sentado
    Ou você se cansa
    Está provado, quem espera nunca alcança (...)
    Faça como eu digo
    Faça como eu faço
    Aja duas vezes antes de pensar (...)
    Devagar é que não se vai longe
    Eu semeio vento na minha cidade
    Vou pra rua e bebo a tempestade
    (Chico Buarque, 1972)
                                                    AULA 1
Revisão da Aula 5




                    AULA 1
http://www.youtube.com/watch?v=DN_0r7bwqZ0




                                      AULA 1
Analisando o vídeo...
O comercial apresenta personagens?

O comercial apresenta uma sequência de fatos/ações?

O comercial possui início, meio e fim?

Existe uma sequência lógica de ações/reações,
consequências etc.?

É possível dizer que há um texto (mesmo não-verbal)
presente no comercial?
Qualquer ato de comunicação pode ser representado por um
texto.
                                                      AULA 1
Tipos de texto: definição


Quando falamos em tipo de texto, estamos nos referindo à
organização da língua, do discurso.

Em outras palavras, é o modo de se construir a sequência de
informações de acordo com algumas características específicas.


Todo tipo de texto apresenta características próprias que o
distingue dos demais.
IMPORTANTE:
É comum encontrarmos textos com mais de um tipo, mas
sempre haverá um predominante.
                                                           AULA 1
Texto narrativo


Narrar é contar um fato, relatar um acontecimento.
Para que isso se organize em forma de texto, estão presentes
alguns aspectos (embora nem todos precisam ocorrer):

•Presença de personagens;
•Sucessão de ações;
•Tempo e espaço definidos;
•Narrador;
•Introdução, complicação, clímax e desfecho;
•Outros.


                                                         AULA 1
Texto narrativo: estudo de caso


  SÃO PAULO - O prefeito de Monte Castelo, município
  paulista localizado a 630 km da capital, foi preso nesta
  quarta-feira. Odair Silis (PMDB) é acusado de receber
  propina na execução de uma obra pública.
  Uma conversa gravada no fim do ano passado por uma
  equipe do Jornal Nacional mostra Silis extorquindo dinheiro
  do construtor de uma creche no município. Flagrado, o
  prefeito negou as acusações (...).

                                                             AULA 1
http://www.youtube.com/watch?v=FM3H9iM_0H0&feature=related




                                                    AULA 1
Texto argumentativo
A argumentação é um recurso que tem como propósito convencer
alguém, para que este tenha a opinião ou o comportamento
alterado.
Sempre que argumentamos, temos o intuito de convencer nosso
interlocutor a pensar como nós. O argumento responde à
pergunta POR QUÊ?
Em termos técnicos, temos:
•TESE – ideia, proposta, opinião, ponto de vista
•ARGUMENTO – justificativa, motivo, razão

Os argumentos são as provas que apresentamos com o propósito
de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a
correta. Basicamente, trabalho no campo da PERSUASÃO.

                                                     AULA 1
Texto argumentativo: estudo de caso


Nossa sociedade precisa diminuir a desigualdade social. Segundo
Newton, “Toda ação provoca uma reação”, e não tardará para as
consequências da desigualdade tornarem-se a realidade em
nosso cotidiano: violência urbana, miséria, mendicância etc.
De acordo com dados do IBGE, os 10% mais ricos da população
são donos de 46% do total da renda nacional, enquanto os 50%
mais pobres – ou seja, 87 milhões de pessoas – ficam com
apenas 13,3%. Essa desproporção reafirma a evolução de tal
desigualdade, o que exige uma mudança de todos nós,
principalmente na hora da eleição.



                                                        AULA 1
AULA 1
Texto descritivo



Descrição caracteriza-se por ser um “retrato verbal” de pessoas,
objetos, animais, sentimentos, cenas ou ambientes.

É possível descrever esse “retrato” tanto no sentido denotativo
quanto no conotativo, como forma de enriquecimento do texto.



Enquanto a narração faz progredir uma história, um relato, a
descrição consiste justamente em interrompê-la, detendo-se em
um personagem, um objeto, um lugar etc.

                                                           AULA 1
Texto descritivo: estudo de caso
Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o
sul vimos, até à outra ponta que contra o norte vem, de que nós
deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem
vinte ou vinte e cinco léguas de costa (...).
 De ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito formosa. Pelo
sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande (...).
A terra em si é de muito bons ares frescos e temperados (...).
Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que,
querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas
que tem!
É raro encontrarmos um texto puramente descritivo, já que a
descrição pode estar presente em textos narrativos, injuntivos,
argumentativos e dissertativos.
                                                           AULA 1
http://www.youtube.com/watch?v=GfY5Vb8uAYw




                                             AULA 1
Texto dissertativo


Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto,
apresentar informações sobre ele.

Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a
persuasão, com “convencer o leitor” e sim, com a
transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto
informativo.


O texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos,
juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o
texto didático, o artigo enciclopédico.

                                                           AULA 1
Texto dissertativo: estudo de caso

Voltando às origens da filosofia na Grécia Antiga, notamos que,
pela própria etimologia do termo, a filosofia era entendida como o
amor ao saber, ou a busca da verdade. Naquela época e, em
certa medida, por muitos séculos da era cristã, a filosofia
englobava todos os ramos do conhecimento puro (em contraste
com as artes e ofícios). Só gradualmente é que alguns deles
foram se tornando autônomos, como a matemática, a astronomia,
a história, a biologia, a física. Em particular, a distinção entre
filosofia e ciência é bem recente, esboçando-se no início do
período moderno, no século XVI, e acentuando-se nos séculos
seguintes.


                                                           AULA 1
http://www.youtube.com/watch?v=YhTcBb_VGvc&feature=related




                                                       AULA 1
Texto injuntivo



É o tipo de texto que busca levar ao leitor mais que uma simples
informação: busca instruí-lo.

O texto injuntivo também pode ser chamado instrucional, já que
visa ensinar, orientar, estabelecer diretrizes de procedimentos.



Exemplos de texto injuntivo são as receitas, as bulas de
remédio, os manuais de instrução etc.


                                                           AULA 1
Texto injuntivo: estudo de caso



Para fazer ultrapassagens em túnel:

1) aproxime-se do carro à frente mantendo uma distância máxima
de 50 centímetros;
2) pisque os faróis altos pelos menos cinco vezes;
3) reduza a marcha e passe bruscamente para a pista da direita
sem usar as setas;
4) depois, acelere até o fundo, gesticule;
5) xingue e acene com a cabeça para deixar clara sua reprovação
ao passar pelo carro lerdo.

                                                        AULA 1

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Análise textual - Revisão das aulas 1 a 5

  • 1. BEM-VINDO À DISCIPLINA A N Á L IS E T E X T U A L P ro f. R o b e rto Paes AULA 1
  • 2. Objetivo desta aula Revisar o conteúdo das aulas 1 a 5 para a primeira avaliação da disciplina AULA 1
  • 3. Revisão das Aulas 1 e 2 AULA 1
  • 5. Linguagem x Língua Linguagem – capacidade humana de estabelecer comunicação, seja por gestos, sons, palavras, sinais, símbolos etc. Serve para representar conceitos, ideias, sentimentos, significados, pensamentos. Língua – conjunto de palavras e expressões usadas por uma comunidade, munido de regras próprias organizadas em um sistema (a gramática de uma língua). Também chamada código. AULA 1
  • 6. Fala x escrita: a fala A fala é anterior à escrita. Todo ser humano, dentro das suas normalidades, tem a capacidade de falar. Já a escrita é adquirida, não sendo de acesso a todos (alguns povos possuem língua falada própria, mas não escrita). Quando falamos, qualquer problema na interpretação ou compreensão pode ser imediatamente retomado e solucionado; além do que, quando conversamos ou somos ouvidos, outros componentes da "fala" formam um ambiente propício para a interpretação da mensagem: gestos, expressões faciais, tons de voz que completam, modificam, reforçam o que dizemos. AULA 1
  • 8. Estudo de caso: a modalidade falada Trechos da fala do homem: “Aqui é bem cegadu” “Tem umas cachoeira boa” “Nessa Santo Antoio onde ocês foram lá é muito bonito. A água lá é muito fria (...). Lá é bonito” A língua falada, por se desenvolver espontaneamente, é caracterizada pela hesitação, repetição, pausas na voz etc. AULA 1
  • 9. Fala x escrita: a escrita A escrita consiste num processo mais lento do que falar. Ela é mais durável, podendo ser lida e reproduzida; é independente, ao contrário da fala, dispensando, assim, a presença física do autor. A escrita, portanto, tem a capacidade de se transferir de um meio a outro. Sua função central é a de registro da língua, para a difusão de informações e a construção de conhecimentos. A intenção da escrita é a produção de textos que serão alvos da atividade de leitura. AULA 1
  • 12. Registro formal x registro informal Quando falamos ou escrevemos, estamos diante de um determinado contexto, uma situação específica que orienta a maneira como iremos nos comunicar. Dependendo de quem irá ler/ouvir a mensagem que produzimos, nós variamos a maneira de registrar a língua, por diversos motivos: o nível de compreensão daquele que irá ler/ouvir, a situação, que determina o nível de formalidade/informalidade, a finalidade da comunicação etc. No meio acadêmico e profissional, normalmente utilizamos o registro formal da língua. AULA 1
  • 13. Registro formal x registro informal: estudo de caso Registro formal A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não tenha passado pelo processo de purificação e refino, apresentando-se sob a forma de pequenos sólidos troncopiramidais de base retangular, impressiona agradavelmente ao paladar. Entretanto, não altera suas dimensões lineares ou suas proporções quando submetida a uma tensão axial em consequência da aplicação de compressões equivalentes e opostas. Registro informal Rapadura é doce, mas não é mole. AULA 1
  • 14. Registro formal x registro informal Tanto o registro formal quanto o informal devem se adequar à situação. Uma mensagem muito formal, em uma situação informal, pode mudar o sentido do que se pretende comunicar, por exemplo. O inverso também é verdadeiro. A isso chamamos adequação da linguagem. A adequação da linguagem é a forma que temos para adaptar nosso texto/fala à situação de comunicação. AULA 1
  • 15. Registro formal x informal Linguagem formal é aquela em que se usa o padrão formal da língua, isto é, aquela ensinada na gramática, e seu uso se dá em situações mais formais. Já o padrão informal da língua é aquele usada em situações que não requer tanto rigor, como nas conversas com amigos ou com a família. O registro formal é a modalidade linguística tomada como padrão, e nela se redigem os textos e documentos oficiais do país. Também é a modalidade usada no meio profissional, por exemplo. AULA 1
  • 16. Variação linguística Variação linguística é a diversificação da língua em virtude da diversidade de costumes e falantes que uma língua possui. Variedades regionais São as diferenças que encontramos na fala/escrita de acordo com a localização regional de uma comunidade linguística. Na variação regional temos, principalmente, diferenças no sotaque e no vocabulário. Mosca x moxca Garoto x piá AULA 1
  • 17. Variação linguística Variedades sociais São as diferenças que encontramos na fala/escrita de acordo com a identidade do falante e seu nível de letramento. Na variação social temos, principalmente, diferenças no vocabulário, na ortografia e na concordância. AULA 1
  • 19. Variação padrão A língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus falantes. O uso de uma língua varia de época para época, de região para região, de classe social para classe social, e assim por diante. Embora as variações sejam naturais, existe uma expectativa de que todas as pessoas falem/escrevam da mesma maneira. Se não fosse assim, por exemplo, nunca teríamos o “Jornal Nacional”, já que os falantes de diferentes regiões e níveis de letramento não compreenderiam a mesma mensagem. A variação padrão corresponde ao uso homogêneo da língua. AULA 1
  • 20. Revisão da Aula 3 AULA 1
  • 21. Conjunto de palavras x texto As pessoas, geralmente, não se comunicam por palavras ou frases isoladas. Há uma unidade comunicativa básica, que é o texto. Até mesmo uma única palavra pode ser considerada texto; ou seja, uma unidade significativa. Entretanto, para que um conjunto de palavras seja um texto, alguns fatores devem estar presentes. AULA 1
  • 22. Estudo de caso: (in)coerência nas notícias de jornal "Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no cemitério, para a satisfação dos habitantes.” "A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo braço.” "A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada ano." "Os nossos leitores nos desculparão por esse erro indesculpável.” AULA 1
  • 23. Estudo de caso: o que ela quis dizer? http://www.youtube.com/watch?v=XXE4OOj4Feo AULA 1
  • 24. Coerência textual A coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar. É o resultado da não- contradição entre as partes do texto. A coerência de um texto inclui fatores como o conhecimento que o produtor e o receptor têm do assunto abordado, bem como o conhecimento de mundo que é articulado. Pode-se concluir que texto coerente é aquele do qual é possível estabelecer sentido para o interlocutor. Trata-se do princípio de interpretabilidade. AULA 1
  • 25. Coerência e o conhecimento de mundo Nossa compreensão de um texto depende de nossas experiências de vida, de nossas vivências, de nosso conhecimento de mundo, de nossas leituras. Os fins justificam as meias... Quanto mais amplo o conhecimento do leitor, mais ampla será sua compreensão. AULA 1
  • 26. Coerência e o conhecimento de mundo: desafio Vamos iniciar uma cruzada contra o terrorismo. (George W. Bush) AULA 1
  • 27. Coesão textual Na construção de um texto, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a compreensão do que se lê. Para que um texto apresente coesão, portanto, devemos escrever de maneira que as ideias se liguem (ou remetam) umas às outras, formando um fluxo lógico e contínuo. Quando um texto está coeso, temos a sensação de que sua leitura se dá com facilidade. O uso adequado de elementos coesivos propicia maior legibilidade ao texto, deixando claros os tipos de relações estabelecidas entre as informações contidas. AULA 1
  • 28. Coesão textual: estudo de caso Dentre as diversas possibilidades de explicar o tema desta aula, eu escolhi a possibilidade de examinar os elementos coesivos, possibilidade esta que permite ao aluno e professor aprimorarem sua capacidade de escrever. O uso correto de elementos coesivos evita a repetição de palavras e também as ambiguidades, entre outros benefícios. AULA 1
  • 29. Coesão textual: estudo de caso Dona de uma luminosidade fantástica, a ilha de Itaparica elegeu a liberdade como padrão (...). Ali tudo flui espontaneamente, desde que o sol nasce, até a noite chegar. Ela funciona como um quebra-mar que protege o interior da Baía de Todos os Santos. É a maior de todas as 54 da região (...). Como qualquer localidade baiana que se preza, a ilha pratica ritos de antigas raízes míticas. (texto adaptado de Ingedore Koch, em A coesão textual). AULA 1
  • 30. Coesão referencial A coesão referencial retoma elementos presentes no texto (palavras, nomes) com duas finalidades básicas: a) evitar a repetição; b) poder indicar outras características/atributos daquele elemento. O técnico do Corinthians afirmou que o desempenho do time irá melhorar. Mano Menezes intensificou os treinamentos físicos do timão, pois, segundo ele, estava faltando gás na equipe. O uso de referentes, além de evitar repetição desnecessária, permite maior fluidez ao texto. AULA 1
  • 31. Coesão sequencial Quando falamos que um texto se caracteriza por apresentar uma ideia completa, isso significa dizer que as informações estão conectadas umas às outras coerentemente. Deduzimos, assim, que há uma coesão sequencial que garante a textualidade. Nem todas as conexões são possíveis para formar uma ideia completa, coerente. Isso nos leva a perceber que essas junções, que podemos chamar de articulações sintáticas, devem ser utilizadas de forma a buscar o sentido adequado. AULA 1
  • 32. Coesão sequencial: exemplos de texto de telegrama Muito grato palavras amizade minha formatura Comparecer urgente firma documentos A linguagem telegráfica se caracteriza pela economia de termos e ênfase em palavras específicas para gerar uma compreensão mínima. AULA 1
  • 34. Coesão sequencial: estudo de caso A sociedade brasileira vem acompanhando o crescimento da violência urbana, em especial durante as duas últimas décadas do século XX. Por consequência, o medo e a insegurança tornaram-se sensações comuns a quem vive nos grandes centros urbanos. Segundo dados do Escritório das Nações Unidas contra drogas e crimes (Brasil e Cone Sul), um dos indicadores mais consistentes do aumento da criminalidade violenta no Brasil é a evolução da incidência de homicídios, que passou de 11 para 27 ocorrências por 100 mil habitantes entre 1980 e 2000 (Fonte: http://www.unodc.org/brazil, consultado em abril de 2008). AULA 1
  • 35. Revisão da Aula 4 AULA 1
  • 37. Tipos de coerência: semântica Sempre que os sentidos de um enunciado não “significam”, gerando ambiguidade, falta de sentido ou contradição, estamos diante de uma incoerência. Por se tratar de sentido, dizemos ser um problema de coerência semântica. Para quem lê, fica difícil recuperar os sentidos originais que o autor do texto quis propor. Semântica é o estudo do sentido das palavras de uma língua. AULA 1
  • 38. Estudo de caso: coerência semântica Idosa é assaltada em condomínio de luxo Guiomar Neves, 70 anos, costuma passar parte do dia na varanda de sua casa, voltada para o leste, onde aprecia o belo espetáculo da natureza que é o pôr-do-sol. Nesta manhã, entretanto, foi surpreendida... AULA 1
  • 39. Coerência sintática A coerência sintática se refere mais à coesão, como vimos na aula passada. Quando os elementos coesivos estão mal empregados (ou estão ausentes), temos uma incoerência motivada pela “arrumação” inadequada de parte do texto, ou até dele todo. O uso adequado de elementos coesivos propicia maior legibilidade ao texto, deixando claros os tipos de relações estabelecidas entre as informações contidas. AULA 1
  • 40. Estudo de caso: coerência sintática Na verdade, essa falta de leitura, de escrever, seja porque tudo já vem pronto, mastigado para uma boa compreensão, não precisando pensar, o professor se sente impotente, faz com que o ensino seja prejudicado. AULA 1
  • 41. Estudo de caso: coerência sintática Na verdade, essa falta de leitura e escrita fazem com que o ensino seja prejudicado, porque tudo já vem pronto, mastigado para uma boa compreensão, o que gera a ideia da não necessidade de se pensar. Esse problema faz com que o professor se sinta impotente. AULA 1
  • 42. Coerência estilística http://www.youtube.com/watch?v=6RZWvdmcM2k AULA 1
  • 43. Coerência estilística Esse tipo de coerência não chega, na verdade, a perturbar a interpretabilidade de um texto; é uma noção relacionada à mistura de registros linguísticos. É desejável que quem escreve ou lê se mantenha num estilo relativamente uniforme. AULA 1
  • 45. Coerência estilística: estudo de caso Prezada Sra. Amanda, Escrevo-te estas palavras para prestar meus profundos sentimentos pelo fato de sua progenitora, aquela velha rabugenta, ter batido as botas ontem. AULA 1
  • 46. Coerência estilística: estudo de caso Prezada Sra. Amanda, Escrevo-te estas palavras para prestar meus profundos sentimentos pelo fato de sua progenitora, aquela velha rabugenta, ter batido as botas ontem. AULA 1
  • 47. Estudo de caso: usando o conhecimento de mundo AULA 1
  • 48. Estudo de caso: usando a intertextualidade Bom Conselho Ouça um bom conselho Que eu lhe dou de graça (...) Espere sentado Ou você se cansa Está provado, quem espera nunca alcança (...) Faça como eu digo Faça como eu faço Aja duas vezes antes de pensar (...) Devagar é que não se vai longe Eu semeio vento na minha cidade Vou pra rua e bebo a tempestade (Chico Buarque, 1972) AULA 1
  • 49. Revisão da Aula 5 AULA 1
  • 51. Analisando o vídeo... O comercial apresenta personagens? O comercial apresenta uma sequência de fatos/ações? O comercial possui início, meio e fim? Existe uma sequência lógica de ações/reações, consequências etc.? É possível dizer que há um texto (mesmo não-verbal) presente no comercial? Qualquer ato de comunicação pode ser representado por um texto. AULA 1
  • 52. Tipos de texto: definição Quando falamos em tipo de texto, estamos nos referindo à organização da língua, do discurso. Em outras palavras, é o modo de se construir a sequência de informações de acordo com algumas características específicas. Todo tipo de texto apresenta características próprias que o distingue dos demais. IMPORTANTE: É comum encontrarmos textos com mais de um tipo, mas sempre haverá um predominante. AULA 1
  • 53. Texto narrativo Narrar é contar um fato, relatar um acontecimento. Para que isso se organize em forma de texto, estão presentes alguns aspectos (embora nem todos precisam ocorrer): •Presença de personagens; •Sucessão de ações; •Tempo e espaço definidos; •Narrador; •Introdução, complicação, clímax e desfecho; •Outros. AULA 1
  • 54. Texto narrativo: estudo de caso SÃO PAULO - O prefeito de Monte Castelo, município paulista localizado a 630 km da capital, foi preso nesta quarta-feira. Odair Silis (PMDB) é acusado de receber propina na execução de uma obra pública. Uma conversa gravada no fim do ano passado por uma equipe do Jornal Nacional mostra Silis extorquindo dinheiro do construtor de uma creche no município. Flagrado, o prefeito negou as acusações (...). AULA 1
  • 56. Texto argumentativo A argumentação é um recurso que tem como propósito convencer alguém, para que este tenha a opinião ou o comportamento alterado. Sempre que argumentamos, temos o intuito de convencer nosso interlocutor a pensar como nós. O argumento responde à pergunta POR QUÊ? Em termos técnicos, temos: •TESE – ideia, proposta, opinião, ponto de vista •ARGUMENTO – justificativa, motivo, razão Os argumentos são as provas que apresentamos com o propósito de defender nossa ideia e convencer o leitor de que essa é a correta. Basicamente, trabalho no campo da PERSUASÃO. AULA 1
  • 57. Texto argumentativo: estudo de caso Nossa sociedade precisa diminuir a desigualdade social. Segundo Newton, “Toda ação provoca uma reação”, e não tardará para as consequências da desigualdade tornarem-se a realidade em nosso cotidiano: violência urbana, miséria, mendicância etc. De acordo com dados do IBGE, os 10% mais ricos da população são donos de 46% do total da renda nacional, enquanto os 50% mais pobres – ou seja, 87 milhões de pessoas – ficam com apenas 13,3%. Essa desproporção reafirma a evolução de tal desigualdade, o que exige uma mudança de todos nós, principalmente na hora da eleição. AULA 1
  • 59. Texto descritivo Descrição caracteriza-se por ser um “retrato verbal” de pessoas, objetos, animais, sentimentos, cenas ou ambientes. É possível descrever esse “retrato” tanto no sentido denotativo quanto no conotativo, como forma de enriquecimento do texto. Enquanto a narração faz progredir uma história, um relato, a descrição consiste justamente em interrompê-la, detendo-se em um personagem, um objeto, um lugar etc. AULA 1
  • 60. Texto descritivo: estudo de caso Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até à outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste porto houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas de costa (...). De ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande (...). A terra em si é de muito bons ares frescos e temperados (...). Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem! É raro encontrarmos um texto puramente descritivo, já que a descrição pode estar presente em textos narrativos, injuntivos, argumentativos e dissertativos. AULA 1
  • 62. Texto dissertativo Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, apresentar informações sobre ele. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão, com “convencer o leitor” e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo. O texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. AULA 1
  • 63. Texto dissertativo: estudo de caso Voltando às origens da filosofia na Grécia Antiga, notamos que, pela própria etimologia do termo, a filosofia era entendida como o amor ao saber, ou a busca da verdade. Naquela época e, em certa medida, por muitos séculos da era cristã, a filosofia englobava todos os ramos do conhecimento puro (em contraste com as artes e ofícios). Só gradualmente é que alguns deles foram se tornando autônomos, como a matemática, a astronomia, a história, a biologia, a física. Em particular, a distinção entre filosofia e ciência é bem recente, esboçando-se no início do período moderno, no século XVI, e acentuando-se nos séculos seguintes. AULA 1
  • 65. Texto injuntivo É o tipo de texto que busca levar ao leitor mais que uma simples informação: busca instruí-lo. O texto injuntivo também pode ser chamado instrucional, já que visa ensinar, orientar, estabelecer diretrizes de procedimentos. Exemplos de texto injuntivo são as receitas, as bulas de remédio, os manuais de instrução etc. AULA 1
  • 66. Texto injuntivo: estudo de caso Para fazer ultrapassagens em túnel: 1) aproxime-se do carro à frente mantendo uma distância máxima de 50 centímetros; 2) pisque os faróis altos pelos menos cinco vezes; 3) reduza a marcha e passe bruscamente para a pista da direita sem usar as setas; 4) depois, acelere até o fundo, gesticule; 5) xingue e acene com a cabeça para deixar clara sua reprovação ao passar pelo carro lerdo. AULA 1