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Economia Peer-to-Peer
Beatriz Cintra Martins
Doutora em Ciências da Comunicação
Colaboradora do NEXT
Curso Oito Temas para Pensar a Ciência, a Sociedade e as Redes na
Era da Complexidade - 2015
 Sobre o determinismo tecnológico:
 A tecnologia da comunicação distribuída tornou
possível novas formas de produção mas não
determina o nível de abrangência que as práticas de
compartilhamento alcançarão. Demarca sim,
possibilidades e oportunidades, que podem ser
aproveitadas ou perdidas em diferentes níveis.
Ponto de Partida
 “O P2P não se refere a todos os comportamentos ou
processos que ocorrem em redes distribuídas.
Especificamente, o P2P designa todos os processos
que visam aumentar a participação generalizada de
participantes equipotenciais.” (Bauwens)
 P2P Foundation – http://p2pfoundation.net/
Economia Peer-to-Peer
- Editada por milhões de colaboradores
- 288 diferentes versões idiomáticas
- Sexto site mais visitado da Internet
- Cerca de 4,6 milhões de artigos em
inglês
- Mais de 840 mil em português
Wikipédia
GNU/Linux
- Sistema operacional open
source
- Produzido por milhares de
programadores em todo mundo
- Maior concorrente mundial do
Windows
- Roda em 95% dos 500
supercomputadores mais
rápidos do mundo
- Em empresas como Google,
Amazon, Facebook, eBay,
Twitter, Yahoo! Etc.
 Terceiro modo de produção:
 cooperação livre
 Terceiro modo de autoridade:
 participação equipotencial ou anti-credencialismo
 validação coletiva e filtragem a posteriori
 administração pela comunidade em um modelo de autoridade horizontal
 holoptismo
 Terceiro modo de propriedade:
 disponibilização livre com regime de propriedade comum
Michel Bauwens
 O termo produção por pares caracteriza um conjunto
de práticas baseadas no bem comum. Refere-se a
sistemas de produção que dependem mais da ação
individual, que é voluntária e descentralizada, do que
de determinações hierárquicas.
Yochai Benkler
 Bauwens:
 infraestrutura tecnológica ao nível dos processos entre pares e que permita o
acesso distribuído a capital 'fixo‘
 sistemas alternativos de informação e comunicação que permitam a comunicação
autônoma entre agentes cooperantes
 infraestrutura de software destinada à cooperação autônoma global
 infraestrutura legal que permita a criação de valor de uso e que o proteja da
apropriação privada
 componente cultural: o individualismo cooperativo
Condições para emergência do P2P
 Benkler:
 Três características tornam possível a emergência da produção de
informação que não é baseada em regras de propriedade exclusiva
nem direcionada para o mercado:
 os meios de produção são acessíveis ao cidadão comum
 as matérias primas são bem públicos, como informação, conhecimento e
cultura (com restrições)
 as arquiteturas, os modelos organizacionais e dinâmicas produtivas
permitem a produção modular
Condições para emergência do P2P
 O que caracteriza a economia da informação em rede
é que a ação individual descentralizada – coordenada,
cooperativa, distribuída e fora de estratégias de
mercado ou proprietárias – desempenha um papel
muito maior do que jamais desempenhou na
economia industrial da informação. (Benkler)
Economia da Informação em Rede
 Articulação de subjetividades autônomas organizadas em
redes de cooperação para produzir valor e riqueza.
 “Cérebros e corpos ainda precisam de outros pra produzir
valor, mas os outros de que eles necessitam não são
fornecidos obrigatoriamente pelo capital e por sua
capacidade de orquestrar a produção. A produtividade, a
riqueza e a criação de superávites sociais hoje em dia tomam
a forma de interatividade cooperativa mediante redes
linguísticas, de comunicação e afetivas” (HARDT e NEGRI).
Capitalismo Cognitivo
Economia da Informação em Rede
 Conhecimento e cultura
se tornaram centrais para
a economia
 A inovação, que é a
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conhecimento, é onde
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contemporâneo
 Para Benkler: comportamentos e padrões de relações
sociais, como a troca e a cooperação, assim como as
necessidades psicológicas de companheirismo e
reconhecimento mútuo, passaram a ter um papel
substancial na economia da informação, como modo de
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 Para Lazzarato e Negri: no capitalismo cognitivo o trabalho
incorpora a cooperação, a comunicação e o afeto.
“O trabalho imaterial se constitui em formas
imediatamente coletivas e não existe, por assim dizer,
senão sob forma de rede e fluxo” (Lazzarato e Negri)
Trabalho em Rede
Reputação na produção colaborativa
 Desenvolvimento do software
livre
 Produção colaborativa e aberta,
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 O registro de cada contribuição
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 O P2P não se baseia na reciprocidade. Segue a máxima "cada um contribui
de acordo com as suas capacidades e vontade e cada um retira de acordo
com as suas necessidades".
 Nas formas puras de produção entre pares, os produtores não são
remunerados.
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P2P e Economia da Dádiva
 Bens, serviços e recursos que, no estágio industrial da
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estão agora sujeitos a um ambiente tecnológico em
mutação que pode fazer com que compartilhar seja a
melhor maneira de alcançar os mesmos resultados de
governos ou mercados. (Benkler)
Economia da Informação em Rede
Experiências P2P
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 Apesar de apresentarem diferenças significativas, o P2P e o
mercado capitalista estão fortemente interligados. O P2P
depende do mercado e o mercado depende do P2P.
 A produção entre pares depende fortemente do mercado
na medida em que a produção entre pares cria valor de uso
sobretudo através de produção imaterial, sem
proporcionar um rendimento aos seus produtores.
 O capitalismo transformou-se num sistema que depende
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computação e comunicação.
(Bauwens)
P2P e Capitalismo
 A produção entre pares possibilita efetivamente a cooperação
livre entre produtores.
 A autoridade entre pares transcende tanto a autoridade do
mercado como a do estado.
 As novas formas de propriedade universal transcendem as
limitações dos modelos de propriedade pública e privada na
constituição de um patrimônio comum.
 Surgimento de uma nova ética do trabalho (Ética Hacker) e
novas práticas culturais
 Novos movimentos culturais: software livre, acesso livre, cultura
livre entre outros
(Bauwens)
Para além do capitalismo?
 "Uma formação social nunca decai antes de estarem
desenvolvidas todas as forças produtivas para as quais é
suficientemente ampla, e nunca surgem relações de
produção novas e superiores antes de as condições
materiais de existência das mesmas terem sido chocadas
no seio da própria sociedade velha. Por isso a humanidade
coloca sempre a si mesma apenas as tarefas que pode
resolver, pois que, a uma consideração mais rigorosa, se
achará sempre que a própria tarefa só aparece onde já
existem, ou pelo menos estão no processo de se formar, as
condições materiais da sua resolução." (Karl Marx, Para a
Crítica da Economia Política, 1859, Prefácio)
Para além do capitalismo?
 A produção colaborativa pode ser apropriada de
diversas maneiras pela iniciativa privada
 A rentabilidade do Facebook é baseada na
colaboração de seus usuários que alimentam a
plataforma de graça
 O motor de busca Google retira valor de dados
fornecidos voluntaria e gratuitamente por milhões de
pessoas
 Isso é um risco para todo os projetos P2P
Apropriações da produção P2P
 É possível identificar iniciativas P2P antes do advento
da Internet ou fora da Internet:
 Comunidades cooperativas
 Economia Solidária
Peer-to-Peer além da rede
 Economicamente, é um jeito de fazer a atividade econômica de produção,
oferta de serviços, comercialização, finanças ou consumo baseado na
democracia e na cooperação, o que chamamos de autogestão
 Culturalmente, é também um jeito de estar no mundo e de consumir
produtos locais. Neste aspecto, também simbólico e de valores, estamos
falando de mudar o paradigma da competição para o da cooperação e da
inteligência coletiva, livre e partilhada.
 Politicamente, é um movimento social, que luta pela mudança da sociedade,
por uma forma diferente de desenvolvimento, que não seja baseado nas
grandes empresas nem nos latifúndios, mas sim um desenvolvimento para
as pessoas e construída pela população a partir dos valores da
solidariedade, da democracia, da cooperação, da preservação ambiental e
dos direitos humanos.
Economia Solidária
 http://autoriaemrede.wordpress.com
 @biacm
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Economia Peer-to-Peer

  • 1. Economia Peer-to-Peer Beatriz Cintra Martins Doutora em Ciências da Comunicação Colaboradora do NEXT Curso Oito Temas para Pensar a Ciência, a Sociedade e as Redes na Era da Complexidade - 2015
  • 2.  Sobre o determinismo tecnológico:  A tecnologia da comunicação distribuída tornou possível novas formas de produção mas não determina o nível de abrangência que as práticas de compartilhamento alcançarão. Demarca sim, possibilidades e oportunidades, que podem ser aproveitadas ou perdidas em diferentes níveis. Ponto de Partida
  • 3.  “O P2P não se refere a todos os comportamentos ou processos que ocorrem em redes distribuídas. Especificamente, o P2P designa todos os processos que visam aumentar a participação generalizada de participantes equipotenciais.” (Bauwens)  P2P Foundation – http://p2pfoundation.net/ Economia Peer-to-Peer
  • 4. - Editada por milhões de colaboradores - 288 diferentes versões idiomáticas - Sexto site mais visitado da Internet - Cerca de 4,6 milhões de artigos em inglês - Mais de 840 mil em português Wikipédia
  • 5. GNU/Linux - Sistema operacional open source - Produzido por milhares de programadores em todo mundo - Maior concorrente mundial do Windows - Roda em 95% dos 500 supercomputadores mais rápidos do mundo - Em empresas como Google, Amazon, Facebook, eBay, Twitter, Yahoo! Etc.
  • 6.  Terceiro modo de produção:  cooperação livre  Terceiro modo de autoridade:  participação equipotencial ou anti-credencialismo  validação coletiva e filtragem a posteriori  administração pela comunidade em um modelo de autoridade horizontal  holoptismo  Terceiro modo de propriedade:  disponibilização livre com regime de propriedade comum Michel Bauwens
  • 7.  O termo produção por pares caracteriza um conjunto de práticas baseadas no bem comum. Refere-se a sistemas de produção que dependem mais da ação individual, que é voluntária e descentralizada, do que de determinações hierárquicas. Yochai Benkler
  • 8.  Bauwens:  infraestrutura tecnológica ao nível dos processos entre pares e que permita o acesso distribuído a capital 'fixo‘  sistemas alternativos de informação e comunicação que permitam a comunicação autônoma entre agentes cooperantes  infraestrutura de software destinada à cooperação autônoma global  infraestrutura legal que permita a criação de valor de uso e que o proteja da apropriação privada  componente cultural: o individualismo cooperativo Condições para emergência do P2P
  • 9.  Benkler:  Três características tornam possível a emergência da produção de informação que não é baseada em regras de propriedade exclusiva nem direcionada para o mercado:  os meios de produção são acessíveis ao cidadão comum  as matérias primas são bem públicos, como informação, conhecimento e cultura (com restrições)  as arquiteturas, os modelos organizacionais e dinâmicas produtivas permitem a produção modular Condições para emergência do P2P
  • 10.  O que caracteriza a economia da informação em rede é que a ação individual descentralizada – coordenada, cooperativa, distribuída e fora de estratégias de mercado ou proprietárias – desempenha um papel muito maior do que jamais desempenhou na economia industrial da informação. (Benkler) Economia da Informação em Rede
  • 11.  Articulação de subjetividades autônomas organizadas em redes de cooperação para produzir valor e riqueza.  “Cérebros e corpos ainda precisam de outros pra produzir valor, mas os outros de que eles necessitam não são fornecidos obrigatoriamente pelo capital e por sua capacidade de orquestrar a produção. A produtividade, a riqueza e a criação de superávites sociais hoje em dia tomam a forma de interatividade cooperativa mediante redes linguísticas, de comunicação e afetivas” (HARDT e NEGRI). Capitalismo Cognitivo
  • 12. Economia da Informação em Rede  Conhecimento e cultura se tornaram centrais para a economia  A inovação, que é a criação do novo conhecimento, é onde está o maior valor no capitalismo contemporâneo
  • 13.  Para Benkler: comportamentos e padrões de relações sociais, como a troca e a cooperação, assim como as necessidades psicológicas de companheirismo e reconhecimento mútuo, passaram a ter um papel substancial na economia da informação, como modo de motivar, informar e organizar a produção.  Para Lazzarato e Negri: no capitalismo cognitivo o trabalho incorpora a cooperação, a comunicação e o afeto. “O trabalho imaterial se constitui em formas imediatamente coletivas e não existe, por assim dizer, senão sob forma de rede e fluxo” (Lazzarato e Negri) Trabalho em Rede
  • 14. Reputação na produção colaborativa  Desenvolvimento do software livre  Produção colaborativa e aberta, típica da rede  O registro de cada contribuição faz parte de uma conduta ética  Podem não receber remuneração, mas acumulam créditos de reputação  Os melhores são reconhecidos – Linus Torvalds, Richard Stallman etc.  Ética hacker
  • 15.  O P2P não se baseia na reciprocidade. Segue a máxima "cada um contribui de acordo com as suas capacidades e vontade e cada um retira de acordo com as suas necessidades".  Nas formas puras de produção entre pares, os produtores não são remunerados.  A produção entre pares pode ocorrer mais facilmente na esfera dos bens imateriais onde o capital despendido (input) consiste em tempo livre e no excesso disponível de recursos informáticos.  A correspondência por igualdade e a reciprocidade são necessárias na esfera material onde o custo do capital intervém. (Bauwens) P2P e Economia da Dádiva
  • 16.  Bens, serviços e recursos que, no estágio industrial da economia da informação, requeriam investimento concentrado de larga escala do capital para existirem, estão agora sujeitos a um ambiente tecnológico em mutação que pode fazer com que compartilhar seja a melhor maneira de alcançar os mesmos resultados de governos ou mercados. (Benkler) Economia da Informação em Rede
  • 20.  Apesar de apresentarem diferenças significativas, o P2P e o mercado capitalista estão fortemente interligados. O P2P depende do mercado e o mercado depende do P2P.  A produção entre pares depende fortemente do mercado na medida em que a produção entre pares cria valor de uso sobretudo através de produção imaterial, sem proporcionar um rendimento aos seus produtores.  O capitalismo transformou-se num sistema que depende de redes distribuídas, em particular, a infraestrutura P2P de computação e comunicação. (Bauwens) P2P e Capitalismo
  • 21.  A produção entre pares possibilita efetivamente a cooperação livre entre produtores.  A autoridade entre pares transcende tanto a autoridade do mercado como a do estado.  As novas formas de propriedade universal transcendem as limitações dos modelos de propriedade pública e privada na constituição de um patrimônio comum.  Surgimento de uma nova ética do trabalho (Ética Hacker) e novas práticas culturais  Novos movimentos culturais: software livre, acesso livre, cultura livre entre outros (Bauwens) Para além do capitalismo?
  • 22.  "Uma formação social nunca decai antes de estarem desenvolvidas todas as forças produtivas para as quais é suficientemente ampla, e nunca surgem relações de produção novas e superiores antes de as condições materiais de existência das mesmas terem sido chocadas no seio da própria sociedade velha. Por isso a humanidade coloca sempre a si mesma apenas as tarefas que pode resolver, pois que, a uma consideração mais rigorosa, se achará sempre que a própria tarefa só aparece onde já existem, ou pelo menos estão no processo de se formar, as condições materiais da sua resolução." (Karl Marx, Para a Crítica da Economia Política, 1859, Prefácio) Para além do capitalismo?
  • 23.  A produção colaborativa pode ser apropriada de diversas maneiras pela iniciativa privada  A rentabilidade do Facebook é baseada na colaboração de seus usuários que alimentam a plataforma de graça  O motor de busca Google retira valor de dados fornecidos voluntaria e gratuitamente por milhões de pessoas  Isso é um risco para todo os projetos P2P Apropriações da produção P2P
  • 24.  É possível identificar iniciativas P2P antes do advento da Internet ou fora da Internet:  Comunidades cooperativas  Economia Solidária Peer-to-Peer além da rede
  • 25.  Economicamente, é um jeito de fazer a atividade econômica de produção, oferta de serviços, comercialização, finanças ou consumo baseado na democracia e na cooperação, o que chamamos de autogestão  Culturalmente, é também um jeito de estar no mundo e de consumir produtos locais. Neste aspecto, também simbólico e de valores, estamos falando de mudar o paradigma da competição para o da cooperação e da inteligência coletiva, livre e partilhada.  Politicamente, é um movimento social, que luta pela mudança da sociedade, por uma forma diferente de desenvolvimento, que não seja baseado nas grandes empresas nem nos latifúndios, mas sim um desenvolvimento para as pessoas e construída pela população a partir dos valores da solidariedade, da democracia, da cooperação, da preservação ambiental e dos direitos humanos. Economia Solidária