1. FEVEREIRO Filosofia Padre António Florbela Espanca
Vieira
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poesia 2012. Florbela da vitima.
Espanca
Formação Artista do Multimédia Biblioteca Digital
Mês
Apresentação - Exibição de
http://www.raizonline.com/radio
do PORDATA filmes: Cinescola /compactos.htm
em sessões
http://blogotecafortedacasa.blogspot.
de literacia - “O nome da rosa”. Com: blogues:
da - Becresforte-
informação -“O discurso do http://becresforte.blogspot.com/
rei”. - Biblioteca digital-
para o http://bdbecresforte.blogspot.com/
11ºano. - “A escolha de - Clube da poesia
http://clubedapoesiafc.blogspot.com/-
“O amor na Sofia”. - Educação física.
poesia”,
visualização - “Amazing Grace”. FACEBOOK:BECRE FORTEDACAS
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Júlio Resende
3. Júlio Resende pintor português
Júlio Martins Resende da Silva Dias sendo mais conhecido por Júlio Resende
nasceu a 23 de Outubro de 1917 em Valbom, Gondomar, no Porto, morreu a 21 de
Setembro de 2011 em Valbom, Gondomar, Porto, aos 93 anos, foi um pintor
português, considerado um dos maiores vultos da pintura em Portugal.
Era o segundo dos quatro filhos de Manuel Martins Dias, comerciante, e de Emília
Resende da Silva Dias, professora de Música no Conservatório do Porto. Foi
baptizado a 19 de Novembro desse ano na paróquia da Vitória.
Habituado a viver num ambiente artístico, dotado de forte cultura musical, desde
cedo se dedicou à pintura e à ilustração. Este caminho que escolheu para a sua
vida gorou as expectativas dos progenitores, esperançados em que o filho optasse
por uma carreira musical ou por uma comercial.
“… Mas eu queria, efectivamente, ser pintor! Talvez o destino me tenha
proporcionado o primeiro passo. Aurora Jardim, figura conhecida nos meios
literários e jornalísticos do Porto, intercedera junto do pintor Alberto Silva que
dirigia, então, a Academia Silva Porto, para que eu viesse a frequentar as lições
de pintura aí ministradas. Comprei a primeira caixa de tintas «a sério», e aprendi
a colocar as cores na paleta, segundo as boas regras…”
Biografia de Júlio Resende
1917 Nasceu no Porto a 23 de Outubro
4. Aos 14 anos, pratica ilustrações e banda desenhada para jornais e publicações
infantis frequenta também na Academia Silva Porto, uma aprendizagem do
desenho e da pintura.
Com a ajuda de Aurora Jardim, colaboradora de dois dos mais populares
periódicos do Porto, do Jornal de Notícias e d’ O Primeiro de Janeiro, foi
encaminhado para as aulas de desenho e pintura da Academia Silva Porto,
orientadas por Alberto Silva. No entanto, apesar desta aposta num futuro artístico,
para agradar ao pai trocou o curso liceal por um curso comercial entre 1934 e
1935.
Em 1935 participou na Grande Exposição dos Artistas Portugueses e retratou o
avô materno a lápis, num trabalho assinado, pela primeira vez, com o nome Júlio
Resende, em homenagem à mãe.
Em 1937 frequenta a Escola de Belas-Artes do Porto e é discípulo, entre outros, de
Dórdio Gomes. Por dificuldades financeiras decorrentes da má situação económica
da loja paterna, viu-se obrigado a suportar sozinho as despesas do curso, através
da venda de trabalhos gráficos, como desenhos publicitários, banda desenhada e
ilustrações. Participa na organização do “Grupo dos Independentes” em 1943, ano
da sua primeira exposição individual no Salão Silva Porto.
A carreira de docente iniciou-se em 1944, na Escola Industrial de Guimarães, no
ano em que proferiu uma palestra no Instituto Britânico do Porto, sobre Gravadores
britânicos.
Em 1945, expôs no Porto e ganhou os primeiros de muitos prémios. Integrou a
nona Missão Estética de Férias em Évora. Começou a pintar quadros com temas
alentejanos. Durante uma estadia em Madrid, onde visitou o Prado, museu que o
fascinou sobretudo pelas obras dos pintores Goya, Solana e Vázquez Díaz, tendo
tido a oportunidade de conhecer este último. Nesse ano, terminou a licenciatura
em Pintura com o quadro Os Fantoches, classificado com dezoito valores.
Em 1946 criou um curso de arte no Instituto Britânico do Porto. Expôs pela
primeira vez em Lisboa, ilustrou um livro de Adolfo Simões Müller e ganhou uma
bolsa do Instituto para a Alta Cultura, para aperfeiçoamento da técnica da pintura
no estrangeiro. Ainda nesse ano, partiu para Paris com a mulher e a filha.
Entre 1947 e 1948 estuda as técnicas de afresco e gravura na Escola de Belas-
Artes de Paris onde É discípulo de Duco de La Haix. Na Academia Grande
Chaumière recebe lições de Othon Friesz. Copia os Mestres no Museu do Louvre.
Visita os museus da Bélgica, Holanda, Inglaterra e Itália.
No regresso, em 1949, trabalhou como professor na Escola Industrial e Comercial
Carlos Amarante, em Braga, e, depois, na Escola de Cerâmica de Viana do
Alentejo (1949-1951), lugar onde criou as bases da sua obra e produziu quadros
que reflectem as suas preocupações humanistas.
5. A primeira exposição individual de Júlio Resende no exterior aconteceu em 1950,
em Kristiansund, na Noruega. Em 1951, de novo em Portugal, expôs no Palácio da
Foz, em Lisboa. Na capital contactou, com o escritor Vergílio Ferreira e com os
artistas Júlio, Charrua, Almada Negreiros e Eduardo Viana. A gente do mar passa
a constituir tema dominante da pintura. Ganha o Prémio Especial na Bienal de S.
Paulo. Foi convidado a visitar a Noruega, país a que regressa em 1952. Por essa
altura, visitou também a Dinamarca e realizou um fresco, o primeiro dos seus
murais, para a Escola Gomes Teixeira no Porto, onde leccionava. Ganha o Prémio
na 7ª Exposição Contemporânea dos Artistas do Norte. Nessa altura começa a
Investigar o desenho infantil.
Nesta fase também produziu inúmeros murais cerâmicos para edifícios, públicos e
privados, obras que se inseriram no contexto da reutilização do azulejo na
arquitectura nacional dos anos 50 e 60. Neste capítulo da arte pública, colaborou
com notáveis arquitectos nacionais, em especial com a dupla José Carlos Loureiro
e Luís Pádua Ramos (na Pousada de Bragança, no Hotel D. Henrique, na Casa
Sical, no Edifício da U. A. P., no Edifício da Companhia de Seguros Tranquilidade,
nas Torres Habitacionais da Pasteleira, no Conservatório de Aveiro e no Hotel
Solverde de Espinho).
Em 1953 cria as “Missões Internacionais de Arte”, a primeira das quais ocorreu em
Trás-os-Montes, e voltou ao Porto. Nos dois anos seguintes, na Póvoa de Varzim,
deu aulas na Escola Comercial e Industrial e promoveu a segunda edição da
Missão Internacional de Arte.
Com o arquitecto João Andresen e o escultor Barata Feyo integrou, em 1956, a
equipa vencedora do concurso para o monumento do Infante D. Henrique, em
Sagres, com o projecto Mar Novo. Todavia, esta obra não viria a ser concretizada
por não ser do agrado de Oliveira Salazar. Nesse ano, terminou o curso de
Ciências Pedagógicas na Universidade de Coimbra.
Em 1957 organiza a exposição “4 Artistas Portugueses” em Oslo e Helsínquia.
Ganha o 2º prémio de Pintura da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa. Pinta
quadros sobre o Porto e a Póvoa.
Em 1958 executa um painel para a “Exposição de Bruxelas”. Prémio “Columbano”
da Câmara Municipal de Almada. Promoveu a 3ª Missão Internacional de Arte em
Évora e foi convidado a dar aulas na Escola Superior de Belas Artes do Porto,
como assistente de Pintura de Dórdio Gomes. Nestes anos também executou
vários painéis cerâmicos para edifícios: para o Hospital de S. João, para o Posto
Alfandegário de Vilar Formoso e para a Pousada de Santa Catarina de Miranda do
Douro, estes últimos da autoria do arquitecto Castro Freire.
Em 1959 recebe uma Menção Honrosa na 5ª Bienal de S. Paulo. Cria dois painéis
cerâmicos para o Hospital de S. João, Porto, também executa oito painéis de
azulejo para a pousada de Miranda do Douro. No ano de 1960 recebe o Prémio
“Diogo de Macedo” no Salão de Arte Moderna do SNBA, Lisboa. Painel cerâmico
para a Pousada de Bragança.
6. No ano seguinte (1962), presta provas públicas para a Cadeira de Professores na
Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Faz o mural afresco no Palácio de
Justiça do Porto.
Em 1964 Executa cinco painéis cerâmicos para obras de arquitectura. Cria
cenários e figurinos para o “Auto da Índia” de Gil Vicente, encenação de Carlos
Avilez para o TEP, Porto em 1965. Em 1966 Realiza um afresco para o Tribunal de
Justiça em Anadia.
Em 1967 cria cenários e figurinos para “Fedra” de Racine, encenação de Carlos
Avilez para o Teatro Experimental de Cascais. Ilustra “Aparição” de Virgílio
Ferreira, isto em 1968, ainda nesse ano realiza cenário e figurinos para o bailado
“Judas”, coreografia de Agueda Sena e Companhia da Fundação C. Gulbenkian,
Lisboa.
Em 1969 recebe o Prémio “Artes Gráficas” na Bienal de Artes de S. Paulo, com
ilustrações do romance “Aparição”. Cria cenários e figurinos para o “Auto da Alma”
de Gil Vicente no TEP, Porto. Realiza seis painéis em grés para o Palácio de
Justiça de Lisboa. Em 1970 Orienta o visual estético do Espectáculo de Portugal
na “Exposição Mundial de Osaka” e cria os cenários e figurinos para “Antígona” no
Teatro Experimental de Cascais. Faz a primeira viagem ao Brasil em 1971 ,
encontrando-se com Jorge Amado e Mário Cravo Filho.
Em 1972 é nomeado Membro da Academia real das Ciências, Letras e Belas-Artes
Belgas, Bruxelas, onde fez uma comunicação. Ilustra a obra de Fernando Namora
“Retalhos da Vida de um Médico” em 1973, ainda nesse ano faz nova viagem ao
Brasil. Recebe o grau de Oficial da Ordem de Santiago da Espada.
No ano de 1974 exerce funções de gestão na ESBAP e realiza cenário para o filme
“Cântico Final” de Manuel Guimarães, adaptação do romance de Virgílio Ferreira.
Entre 1975 e 1976 dedica-se a tempo inteiro à gestão da ESBAP.
Em 1977 faz viagem ao Nordeste Brasileiro onde se encontro com os artistas
Sérgio Lemos e Francisco Brennand. Em 1978 cria cenários e figurinos para o
bailado “Canto de Amor e Morte” coreografia de Patrick Hurde, inspirado na obra
musical de Lopes Graça para a Companhia Nacional de Bailado. Também visita às
Faculdades de Belas-Artes de Espanha.
No ano de 1981 executa os vitrais para a Igreja Nª Sª da Boavista, Porto. Viaga até
Pernambuco e Baía onde profere uma palestra na Fundação Joaquim Nabuco,
Recife. Recebe as insígnias de Comendador de “Mérito Civil de Espanha”
atribuídas pelo Rei de Espanha em 1982. No ano de 1984 realiza o painel mural
“Ribeira Negra”.
Em 1985 É-lhe atribuído o Prémio AICA. Executa em grés o grande mural “Ribeira
Negra” no Porto em 1986. No ano de 1987 profere a última lição na ESBAP.
Realiza uma Exposição retrospectiva na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
em 1989.
7. No ano de 1992 faz uma viagem a S. Vicente e Stº Antão (Cabo Verde). É criado o
“Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende” em 1993.
Entre 1994 e 1995 Júlio Resende realiza varios painéis cerâmicos para a estação
do Metropolitano de Lisboa, “Sete Rios”. Faz uma viagem a Goa, em 1996. Em
1997 faz nova viagem a Cabo-Verde desta vez a Santiago e Fogo.
Nesse mesmo ano recebe a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e realiza a
decoração de azulejos da estação do Metropolitano de Lisboa, “Sete Rios”. No ano
de 1999 faz viagem à Ilha de Moçambique. Em 2000 faz nova viagem ao Brasil a
Recife.
Faleceu a 21 de Setembro de 2011 em Valbom, Gondomar, Porto, aos 93 anos de
idade.
8.
9. Obras de Júlio Resende
“O Desenho é expressão de um consciente que o particulariza”, lê-se no sítio da
Internet da Fundação Júlio Resende, instituição onde está reunido um espólio de
cerca de dois mil desenhos do artista português.
“…Que o Desenho seja entendido no seu mais amplo sentido. Não apenas restrito
às Artes-Plásticas mas a todas atitudes criativas do Homem. Não é monopólio de
qualquer época nem de qualquer sociedade…”
Das obras de Júlio Martins Resende destacam-se, Caminhantes, Lavadeira,
Mendigos e Ribeira Negra.
Prémios recebidos por Júlio Resende
O pintor recebeu o Prémio Nacional de Pintura da Academia de Belas-Artes, o
Prémio Armando de Basto, o Prémio Sousa Cardoso, o Prémio Especial da Bienal
de Arte de S. Paulo, obteve 1º Prémio de Artes Gráficas na X Bienal de S. Paulo e
Ordem de Mérito Civil do Rei de Espanha, entre muitos outros.
Outras páginas web sobre Júlio Resende
Fundação Júlio Resende | Lugar do Desenho
http://pt.wikipedia.org/wiki/Júlio_Resende