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Clipping UFSCar
o passado e o futuro da UFSCar
      presentes na mídia


           Rodrigo Botelho
     botelhodigital.blogspot.com
_ Nosso jornal ainda serve para embrulhar peixe -
diz o chefe
_ Sim, mas os pescadores querem que a gente
pare de sujar as páginas
O que esses recortes de jornal
      têm em comum?
_ A grande vantagem de ser jornalista reside
na possibilidade de se escrever a História.

_ O que um jornalista presencia e relata hoje
será parte dos livros de História amanhã.

(PEREIRA, 2006)
“O fato de um cachorro morder um homem não
 é notícia, mas quando um homem morde um
           cachorro, aí, sim é notícia”.
    John B. Bogart, Editor NY Sun, 1882

    “Muitas vezes me pergunto o que os
   historiadores do futuro dirão sobre nós.
 Bastaria uma frase para descrever o homem
       moderno: fornicava e lia jornais”.
 Albert Camus, romancista, dramaturgo e
            filósofo francês, 1956
59 a.C. Acta Diurna é publicado em Roma. Júlio
     César ordena que os principais eventos políticos
     e sociais do dia sejam divulgados a seus
     concidadãos. Repórteres nomeados pelo Estado,
     chamados de “actuarii”, colhem informações
     sobre tudo, de guerras e sentenças judiciais a
     nascimentos, óbitos e casamentos.
Fonte: ANJ
O que noticiou a imprensa no Brasil?

   Vinda da Corte Portuguesa
   Independência
   Lutas políticas
   Abolição da escravatura
   Instalação da República
   (...)
A primeira leitura nos remete à noção de imprensa
enquanto quarto poder, detentora de um mandato civil
que lhe permite fiscalizar as instituições políticas em
nome da sociedade.

Quando falamos em “escrever a História” nos referimos,
sobretudo, aos momentos em que o jornalismo
ultrapassaria a simples missão de informar e passando
a atuar como “uma entidade social e cultural,
carregada de emoções, alimentando processos
complexos de comunicação com informação,
análises e opiniões que podem mudar os rumos de
povos e nações”

(CHAPARRO, 1994, p. 92)
Categorias científicas para o
jornalismo de Otto Groth (1883-1965)
   periodicidade
   universalidade
   atualidade
   difusão

O Jornalismo também será visto, por Adelmo
Genro Filho, como forma de conhecimento a
partir de categorias filosóficas:
   singular
   particular
   universal
Critérios de noticiabilidade: relevância, proximidade,
interesse humano, importância científica e curiosidade

(...) independentemente do papel do jornalista e das
características do meio, existe um conjunto de critérios de
noticiabilidade que permite aplicar uma prática de selecção
estável, o que favorece a estandardização do processo
produtivo.
Estes critérios de noticiabilidade assentam num conjunto de
valores/notícia que actuam combinados e que permitem
distinguir o que é notícia do que é apenas acontecimento
(Canavilhas, 2010)

Momento do acontecimento; Intensidade; Clareza;
Proximidade; Surpresa; Continuidade; Composição; Valores
socioculturais
Previsibilidade; Valor das imagens; Custos*
Certamente, os conceitos apresentados até aqui fazem parte
de um cenário muito mais complexo, no qual surgem outras
conceituações que ampliam o entendimento da questão do
valor-notícia

   Agendamento
   Gatekeeping

De qualquer modo, nesta apresentação quero ressaltar o valor
do jornalismo enquanto construtor de sentidos.

   O jornalismo deve ser imparcial, mas deve interpretar os
   fatos e guiar seus leitores. (GENRO, 1989, p. 43)
Mas, o que é Clipping?
Clipping

(jn, rp, doc) 1. Do ing., clip recorte. Serviço de apuração,
coleção e fornecimento de recortes de jornais e revistas sobre
determinado assunto, sobre as atividades de uma empresa ou
instituição, sobre determinada pessoa etc. É realizado
geralmente pela área de comunicação (relações públicas,
imprensa ou marketing institucional) da organização, pela
agência de RP ou de publicidade que atende à empresa ou
por uma agência especializada nesse tipo de serviço,
conhecida como agência clipper. Diz-se tb. clippagem. 2.
Recorte de jornal. 3. O conjunto de recortes fornecidos ao
interessado e/ou arquivados.

RABAÇA, Carlos A., BARBOSA, Gustavo G.. Dicionário de
Comunicação. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.
Clipping eletrônico
(dc, jn, rp) 1. Serviço de clipping de mídia eletrônica
(programas de TV ou de rádio, sites de internet, etc.). 2.
Cada um dos registros desse tipo de clipping. 3. O conjunto
desses documentos eletrônicos.

RABAÇA, Carlos A., BARBOSA, Gustavo G.. Dicionário de
Comunicação. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.
Principais formas do clipping de mídia impressa:

   Clássica: recortes de periódicos (notícias,
   reportagens, artigos, editoriais, principais
   colunas);

   Sinopse: resumo das principais notícias de
   interesse do cliente publicadas nos jornais e
   revistas, incluindo ou não a transcrição
   de trechos;

   Análise: interpretação crítica das informações,
   revelando intenções e dados omitidos

(KOPPLIN e FERRARETO, 1996, p.139).
Mensurar os resultados de clipping é o mesmo que fazer uma
auditoria na execução da estratégia de relacionamento com a
imprensa. [...] É fundamental mensurar os resultados obtidos,
não só para julgar o trabalho realizado através de uma
avaliação por centímetro ocupado na mídia, mas para
considerar também o volume de ações bem-sucedidas
qualitativamente.

(LOPES, 2000, p.63)
É similar a Hemeroteca?

Segundo Buonocore (1976, p. 243), hemeroteca tem origem no
grego heméra, que significa "dia", mais théke, que significa
"depósito" ou "coleção”.

Hemeroteca
(ed) 1. Coleção de revistas e jornais. V. documentação. 2.
Seção da biblioteca, onde são colecionados jornais e revistas.
(RABAÇA e BARBOSA, 2001)


Também é considerada como acervo de recortes de jornais e
revistas com o objetivo de facilitar a recuperação de
informação.
Clipping UFSCar
Clipping UFSCar
 Acervo da CCS
     contém informações sobre a Instituição e temas de
     interesse da comunidade universitária
     composto por notícias, reportagens, matérias, notas e
     fotos publicadas em jornais impressos, revistas e sites
 procedimento adotado sistematicamente em 1988
 Informações armazenadas: título, jornal, data da
 publicação, caderno em que a matéria foi veiculada
 classificação e subclassificação: identifica a notícia como
 pertencente a um contexto Geral ou a um contexto da
 UFSCar. Respondem por orientações de leitura

 9 mil registros no Saci
 269 livros no acervo físico
 30 fitas VHS com gravações de matérias veiculadas em TV
 no ano de 2000
Até 2007: cadastro e indexação feito pela Secretaria
De 2007 até hoje: atuação de estagiários do curso de
Biblioteconomia e Ciência da Informação
    revisão de procedimentos e do formulário de cadastro
    professores do DCI
    incorporado ao SACI
        adequação do conteúdo de forma digitalizada em um
        banco de dados propício a esse tipo de acervo
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comunidade por email e através do Inforede;
interação/transparência com o solicitante
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  Monitorar imagem da Instituição os meios de comunicação
  Avaliar eficácia do trabalho da Assessoria de Imprensa
     Press-Releases
     Atendimentos de Imprensa
  Gerenciar crises
  Preservar a memória da Instituição por meio do que é
  publicado nos meios de comunicação
Perfis profissionais

  Comunicadores: diariamente, relatar a história

  Profissionais da Informação (biblioteconomia,
  arquivologia, museologia): registrar e preservar a história

  Historiadores e cientistas sociais: entender, interpretar e
  promover reflexões da história que permitam entender o
  passado e pensar o futuro
O serviço de clipping e todas as atividades que são
necessárias para sua produção são fruto de uma política de
leitura técnica, seleção, classificação, indexação,
disseminação e recuperação de informação que resultam
em um serviço secundário que pode ser abordado, por sua
natureza intrínseca, no entrelaçamento de atividades
fronteiriças das áreas da comunicação e da ciência da
informação.

As várias transformações ocorridas no serviço de clipping,
entre elas a ampliação de suas funções e as mudanças em
seus processos e técnicas de produção, fizeram-no
evoluir de um serviço de controle de informação para um
serviço secundário de informação.

(TEIXEIRA, 2001)
O serviço de clipping é, portanto, de acordo com os conceitos
da ciência da informação, um gerenciador de informações
externas ao ambiente do solicitante, podendo
direcionar ações pertinentes à área de comunicação -
entendendo-se comunicação como uma extensa gama de
atividades que vão do jornalismo à publicidade, passando
pelas ações de relações públicas. Mais ainda, tomando-se
como base a constatação da evolução pela qual o serviço
passou e continua passando, estas informações podem definir
ações essenciais para o processo de tomada de decisão
de uma forma geral. (TEIXEIRA, 2001)
Formação de sentidos

O clipping é um instrumento com possibilidades de selecionar
um foco mais preciso de pesquisa destes sentidos e permite,
ainda, que se analise com metodologia rigorosa em que
direção estes sentidos caminharam. Esta análise pode ser
feita através das várias possibilidades que existem de
mensuração de seus conteúdos.

O clipping é, portanto, um produtor de sentidos a mais,
originado nos próprios jornais, e, é parte desta cadeia e
funciona como um recorte destes sentidos produzidos. Este
recorte é delimitado a partir do escopo de informações em
um espaço de tempo que o clipping irá cobrir e subsidiar a
análise quantitativa e qualitativa a partir dos dados que ele
proporcionará. (TEIXEIRA, 2001)
Exposição Clipping UFSCar
                                Curadoria
Realização
                                Luciana de Souza Gracioso
Comissão - 40 anos
                                Maria Cristina C. Ferraz
Coordenação do Curso de
                                Rodrigo Botelho Francisco
Biblioteconomia
                                Vera Regina Casari Boccato
CCS/UFSCar
                                Produção
Revisão
                                Anderson das Neves Moreira
Agnes Luiz e Gisele Bicaletto
                                Jaqueline Birulio Peres
                                Leticia Silveira
Impressão
                                Marco D. Paulino da Silva
DePG UFSCar
                                Melissa Camargo Torquetti
                                Natalie Ichikawa Melo
Apoio
                                Renan Guerra Manguetti
Ação Cultural da BCo
                                Suelen Camilo Ferreira
Biblioteca

No meio dessa praca os estudantes nazistas queimaram, em 10 de maio de 1933, o
trabalho de centenas de escritores, editores, filósofos e cientistas liberais

"Isso foi somente um começo, pois onde os homens queimam livros irão queimar no final
também os homens" Heinrich Heine (1820)
Referências
BUONOCORE, D.. Diccionario de bibliotecologia. 2. ed. Buenos Aires: Ediciones Marymar, 1976.

CANAVILHAS, João. O domínio da informação-espectáculo na televisão. Disponível em: http:
//www.bocc.ubi.pt/pag/_texto.php?html2=canavilhas-joao-televisao-espectaculo.html. Acesso em: 27
Set. 2010.

GENRO FILHO, Adelmo. O segredo da pirâmide: para uma teoria marxista do conhecimento.
Disponível em http://www.adelmo.com.br/bibt/t196.htm. Acesso em: 27 Set. 2010

KOPLIN, Elisa, FERRARETO, Luis A. Assessoria de Imprensa: teoria e prática. Porto Alegre: Sagra-
D.C.; Luzzato Editores, 1996.

LOPES, Marilene. Quem tem medo de ser notícia? Da informação à notícia: a mídia formando ou
deformando uma imagem. São Paulo: Makron Books, 2000.

PEREIRA, Fábio Henrique. As relações entre jornalismo e história: um jogo de distinção e justaposição
entre espaços. In: Verso e Reverso, Ano XX, Número 44, 2006. Disponível em http://www.
versoereverso.unisinos.br/index.php?e=8&s=9&a=68. Acesso em: 27 Set. 2010.

RABAÇA, Carlos A., BARBOSA, Gustavo G.. Dicionário de Comunicação. 3. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2001.

TEIXEIRA, Hugo Márcio Lemos Teixeira. O clipping de mídia impressa numa abordagem
interdisciplinar sob os prismas da ciência da informação e da comunicação social; o jornal de
recortes da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. 2001. 111 f. Dissertação (Mestrado em Ciência
da Informação). Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2001.
Obrigado

botelhodigital.blogspot.com
    rodrigo@ufscar.br

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História da UFSCar na imprensa

  • 1. Clipping UFSCar o passado e o futuro da UFSCar presentes na mídia Rodrigo Botelho botelhodigital.blogspot.com
  • 2. _ Nosso jornal ainda serve para embrulhar peixe - diz o chefe _ Sim, mas os pescadores querem que a gente pare de sujar as páginas
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. O que esses recortes de jornal têm em comum?
  • 9. _ A grande vantagem de ser jornalista reside na possibilidade de se escrever a História. _ O que um jornalista presencia e relata hoje será parte dos livros de História amanhã. (PEREIRA, 2006)
  • 10. “O fato de um cachorro morder um homem não é notícia, mas quando um homem morde um cachorro, aí, sim é notícia”. John B. Bogart, Editor NY Sun, 1882 “Muitas vezes me pergunto o que os historiadores do futuro dirão sobre nós. Bastaria uma frase para descrever o homem moderno: fornicava e lia jornais”. Albert Camus, romancista, dramaturgo e filósofo francês, 1956
  • 11. 59 a.C. Acta Diurna é publicado em Roma. Júlio César ordena que os principais eventos políticos e sociais do dia sejam divulgados a seus concidadãos. Repórteres nomeados pelo Estado, chamados de “actuarii”, colhem informações sobre tudo, de guerras e sentenças judiciais a nascimentos, óbitos e casamentos. Fonte: ANJ
  • 12. O que noticiou a imprensa no Brasil? Vinda da Corte Portuguesa Independência Lutas políticas Abolição da escravatura Instalação da República (...)
  • 13. A primeira leitura nos remete à noção de imprensa enquanto quarto poder, detentora de um mandato civil que lhe permite fiscalizar as instituições políticas em nome da sociedade. Quando falamos em “escrever a História” nos referimos, sobretudo, aos momentos em que o jornalismo ultrapassaria a simples missão de informar e passando a atuar como “uma entidade social e cultural, carregada de emoções, alimentando processos complexos de comunicação com informação, análises e opiniões que podem mudar os rumos de povos e nações” (CHAPARRO, 1994, p. 92)
  • 14. Categorias científicas para o jornalismo de Otto Groth (1883-1965) periodicidade universalidade atualidade difusão O Jornalismo também será visto, por Adelmo Genro Filho, como forma de conhecimento a partir de categorias filosóficas: singular particular universal
  • 15. Critérios de noticiabilidade: relevância, proximidade, interesse humano, importância científica e curiosidade (...) independentemente do papel do jornalista e das características do meio, existe um conjunto de critérios de noticiabilidade que permite aplicar uma prática de selecção estável, o que favorece a estandardização do processo produtivo. Estes critérios de noticiabilidade assentam num conjunto de valores/notícia que actuam combinados e que permitem distinguir o que é notícia do que é apenas acontecimento (Canavilhas, 2010) Momento do acontecimento; Intensidade; Clareza; Proximidade; Surpresa; Continuidade; Composição; Valores socioculturais Previsibilidade; Valor das imagens; Custos*
  • 16. Certamente, os conceitos apresentados até aqui fazem parte de um cenário muito mais complexo, no qual surgem outras conceituações que ampliam o entendimento da questão do valor-notícia Agendamento Gatekeeping De qualquer modo, nesta apresentação quero ressaltar o valor do jornalismo enquanto construtor de sentidos. O jornalismo deve ser imparcial, mas deve interpretar os fatos e guiar seus leitores. (GENRO, 1989, p. 43)
  • 17. Mas, o que é Clipping?
  • 18. Clipping (jn, rp, doc) 1. Do ing., clip recorte. Serviço de apuração, coleção e fornecimento de recortes de jornais e revistas sobre determinado assunto, sobre as atividades de uma empresa ou instituição, sobre determinada pessoa etc. É realizado geralmente pela área de comunicação (relações públicas, imprensa ou marketing institucional) da organização, pela agência de RP ou de publicidade que atende à empresa ou por uma agência especializada nesse tipo de serviço, conhecida como agência clipper. Diz-se tb. clippagem. 2. Recorte de jornal. 3. O conjunto de recortes fornecidos ao interessado e/ou arquivados. RABAÇA, Carlos A., BARBOSA, Gustavo G.. Dicionário de Comunicação. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.
  • 19. Clipping eletrônico (dc, jn, rp) 1. Serviço de clipping de mídia eletrônica (programas de TV ou de rádio, sites de internet, etc.). 2. Cada um dos registros desse tipo de clipping. 3. O conjunto desses documentos eletrônicos. RABAÇA, Carlos A., BARBOSA, Gustavo G.. Dicionário de Comunicação. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.
  • 20. Principais formas do clipping de mídia impressa: Clássica: recortes de periódicos (notícias, reportagens, artigos, editoriais, principais colunas); Sinopse: resumo das principais notícias de interesse do cliente publicadas nos jornais e revistas, incluindo ou não a transcrição de trechos; Análise: interpretação crítica das informações, revelando intenções e dados omitidos (KOPPLIN e FERRARETO, 1996, p.139).
  • 21. Mensurar os resultados de clipping é o mesmo que fazer uma auditoria na execução da estratégia de relacionamento com a imprensa. [...] É fundamental mensurar os resultados obtidos, não só para julgar o trabalho realizado através de uma avaliação por centímetro ocupado na mídia, mas para considerar também o volume de ações bem-sucedidas qualitativamente. (LOPES, 2000, p.63)
  • 22. É similar a Hemeroteca? Segundo Buonocore (1976, p. 243), hemeroteca tem origem no grego heméra, que significa "dia", mais théke, que significa "depósito" ou "coleção”. Hemeroteca (ed) 1. Coleção de revistas e jornais. V. documentação. 2. Seção da biblioteca, onde são colecionados jornais e revistas. (RABAÇA e BARBOSA, 2001) Também é considerada como acervo de recortes de jornais e revistas com o objetivo de facilitar a recuperação de informação.
  • 24. Clipping UFSCar Acervo da CCS contém informações sobre a Instituição e temas de interesse da comunidade universitária composto por notícias, reportagens, matérias, notas e fotos publicadas em jornais impressos, revistas e sites procedimento adotado sistematicamente em 1988 Informações armazenadas: título, jornal, data da publicação, caderno em que a matéria foi veiculada classificação e subclassificação: identifica a notícia como pertencente a um contexto Geral ou a um contexto da UFSCar. Respondem por orientações de leitura 9 mil registros no Saci 269 livros no acervo físico 30 fitas VHS com gravações de matérias veiculadas em TV no ano de 2000
  • 25.
  • 26. Até 2007: cadastro e indexação feito pela Secretaria De 2007 até hoje: atuação de estagiários do curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação revisão de procedimentos e do formulário de cadastro professores do DCI incorporado ao SACI adequação do conteúdo de forma digitalizada em um banco de dados propício a esse tipo de acervo 2009: conteúdo digitalizado disponibilizado para comunidade por email e através do Inforede; interação/transparência com o solicitante
  • 27.
  • 28. Por quê clippar? Monitorar imagem da Instituição os meios de comunicação Avaliar eficácia do trabalho da Assessoria de Imprensa Press-Releases Atendimentos de Imprensa Gerenciar crises Preservar a memória da Instituição por meio do que é publicado nos meios de comunicação
  • 29. Perfis profissionais Comunicadores: diariamente, relatar a história Profissionais da Informação (biblioteconomia, arquivologia, museologia): registrar e preservar a história Historiadores e cientistas sociais: entender, interpretar e promover reflexões da história que permitam entender o passado e pensar o futuro
  • 30. O serviço de clipping e todas as atividades que são necessárias para sua produção são fruto de uma política de leitura técnica, seleção, classificação, indexação, disseminação e recuperação de informação que resultam em um serviço secundário que pode ser abordado, por sua natureza intrínseca, no entrelaçamento de atividades fronteiriças das áreas da comunicação e da ciência da informação. As várias transformações ocorridas no serviço de clipping, entre elas a ampliação de suas funções e as mudanças em seus processos e técnicas de produção, fizeram-no evoluir de um serviço de controle de informação para um serviço secundário de informação. (TEIXEIRA, 2001)
  • 31. O serviço de clipping é, portanto, de acordo com os conceitos da ciência da informação, um gerenciador de informações externas ao ambiente do solicitante, podendo direcionar ações pertinentes à área de comunicação - entendendo-se comunicação como uma extensa gama de atividades que vão do jornalismo à publicidade, passando pelas ações de relações públicas. Mais ainda, tomando-se como base a constatação da evolução pela qual o serviço passou e continua passando, estas informações podem definir ações essenciais para o processo de tomada de decisão de uma forma geral. (TEIXEIRA, 2001)
  • 32. Formação de sentidos O clipping é um instrumento com possibilidades de selecionar um foco mais preciso de pesquisa destes sentidos e permite, ainda, que se analise com metodologia rigorosa em que direção estes sentidos caminharam. Esta análise pode ser feita através das várias possibilidades que existem de mensuração de seus conteúdos. O clipping é, portanto, um produtor de sentidos a mais, originado nos próprios jornais, e, é parte desta cadeia e funciona como um recorte destes sentidos produzidos. Este recorte é delimitado a partir do escopo de informações em um espaço de tempo que o clipping irá cobrir e subsidiar a análise quantitativa e qualitativa a partir dos dados que ele proporcionará. (TEIXEIRA, 2001)
  • 33. Exposição Clipping UFSCar Curadoria Realização Luciana de Souza Gracioso Comissão - 40 anos Maria Cristina C. Ferraz Coordenação do Curso de Rodrigo Botelho Francisco Biblioteconomia Vera Regina Casari Boccato CCS/UFSCar Produção Revisão Anderson das Neves Moreira Agnes Luiz e Gisele Bicaletto Jaqueline Birulio Peres Leticia Silveira Impressão Marco D. Paulino da Silva DePG UFSCar Melissa Camargo Torquetti Natalie Ichikawa Melo Apoio Renan Guerra Manguetti Ação Cultural da BCo Suelen Camilo Ferreira
  • 34.
  • 35.
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  • 39. Biblioteca No meio dessa praca os estudantes nazistas queimaram, em 10 de maio de 1933, o trabalho de centenas de escritores, editores, filósofos e cientistas liberais "Isso foi somente um começo, pois onde os homens queimam livros irão queimar no final também os homens" Heinrich Heine (1820)
  • 40. Referências BUONOCORE, D.. Diccionario de bibliotecologia. 2. ed. Buenos Aires: Ediciones Marymar, 1976. CANAVILHAS, João. O domínio da informação-espectáculo na televisão. Disponível em: http: //www.bocc.ubi.pt/pag/_texto.php?html2=canavilhas-joao-televisao-espectaculo.html. Acesso em: 27 Set. 2010. GENRO FILHO, Adelmo. O segredo da pirâmide: para uma teoria marxista do conhecimento. Disponível em http://www.adelmo.com.br/bibt/t196.htm. Acesso em: 27 Set. 2010 KOPLIN, Elisa, FERRARETO, Luis A. Assessoria de Imprensa: teoria e prática. Porto Alegre: Sagra- D.C.; Luzzato Editores, 1996. LOPES, Marilene. Quem tem medo de ser notícia? Da informação à notícia: a mídia formando ou deformando uma imagem. São Paulo: Makron Books, 2000. PEREIRA, Fábio Henrique. As relações entre jornalismo e história: um jogo de distinção e justaposição entre espaços. In: Verso e Reverso, Ano XX, Número 44, 2006. Disponível em http://www. versoereverso.unisinos.br/index.php?e=8&s=9&a=68. Acesso em: 27 Set. 2010. RABAÇA, Carlos A., BARBOSA, Gustavo G.. Dicionário de Comunicação. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001. TEIXEIRA, Hugo Márcio Lemos Teixeira. O clipping de mídia impressa numa abordagem interdisciplinar sob os prismas da ciência da informação e da comunicação social; o jornal de recortes da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. 2001. 111 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação). Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2001.