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Centro Espírita Léon Denis
                Curso: Espiritismo e Genética
                    Patrono: Paul Gibier
                         Ano: 2006




                                    Volume 2

      - Reencarnação e suas Leis
 - Fatores de Desequilíbrio: Doenças
              e sua Cura
         - Engenharia Genética
“O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência sem o Espiritismo se acha na
impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria. Ao Espiritismo, sem a
Ciência, faltariam apoio e comprovação”.
                                                                                  Allan Kardec



                                          ÍNDICE
Espiritismo e Genética




                          Assunto                Pág.
I - Escolha das Provas                            03
II - Reencarnação Dirigida e Compulsória          05
III - Esquecimento do Passado                     07
IV - Reencarnação e Suas Leis                     12
V - Planejamento Familiar                         14
VI - Aborto, Visão Científica                     17
VII - Aborto e a Lei de Causa e Efeito            23
VIII - As Doenças                                 27
IX - Transtornos Psicossomáticos                  32
X - Síndromes Hereditárias                        36
XI - Doenças Sexualmente Transmissíveis           46
XII - Reencarnação e Sexo                         53
XIII - Engenharia Genética                        60
XIV - Os Transgênicos                             62
XV - Geneterapia                                  64
XVI - Clonagem                                    66
XVII - O Projeto Genoma                           75
XVIII - Sexagem                                   84
XIX - O Homem do Futuro                           88
XX - A Bioética                                   91




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Espiritismo e Genética


                            I. A ESCOLHA DAS PROVAS

   •   Por que sofrem uns mais do que outros?
   •   Por que uns nascem na miséria e outros na opulência?
   •   Por que uns são bonitos e outros feios?
   •   Por que alguns não são bem sucedidos em nada, enquanto para outros tudo parece sorrir?

        Em “O Evangelho Seg. o Espiritismo”, vemos algumas explicações para esses fatos. O
homem é, em um grande número de casos, o construtor dos próprios infortúnios. Entretanto, sempre
haverá oportunidade de uma nova vida, em que o homem poderá aproveitar as experiências do
passado e tomar boas resoluções para o futuro.
        Lembramo-nos da afirmativa: “todo efeito tem uma causa”. Então, as misérias que nos
atingem são efeitos, que, naturalmente, devem ter uma causa. E, como Deus é justo, esses efeitos
devem ser justos: Deus não pune o bem que se fez. Se somos punidos, é porque fizemos o mal.
        Na mesma obra de Kardec, no capítulo sobre as causas das aflições, vemos que elas podem ser
atuais ou anteriores à presente existência. A punição dos erros nem sempre se faz na existência atual.
Se não sofrer hoje as conseqüências dos males que cometeu, sofrerá numa próxima existência (causas
anteriores). Para cada falta cometida, durante a encarnação, o Espírito, antes de pagar pelo seu erro,
terá que se arrepender; depois, então, expiar e reparar (sigla AER).
        Pela reencarnação, temos oportunidade de reviver situações e traumas com as pessoas com
quem temos afinidade, ou não, com a intenção de trabalharmos não só o conflito dos relacionamentos
regidos pela lei de causa e efeito, mas o autoburilamento, que só ocorrerá mediante o
autoconhecimento.
        Quando estes efeitos afloram, surge a necessidade da reparação. Só reparando um erro, seja
ele qual for, é que vamos tranqüilizar a nossa consciência. Para adquirirmos uma consciência plena de
amor, precisamos das muitas existências sucessivas, onde trabalharemos a semente do amor de Deus
em nós.
        As tribulações da vida podem ser impostas a Espíritos endurecidos e que perderam
provisoriamente o direito de usar o livre-arbítrio, ou são muito ignorantes para fazerem uma escolha
com conhecimento de causa. Podem, porém, essas tribulações serem escolhidas livremente por
Espíritos arrependidos e que desejam reparar o mal que fizeram e se exercitarem em proceder melhor.
        Assim, as tribulações podem ser, ao mesmo tempo, expiações que castigam pelos erros do
passado e provas que preparam para o futuro. Nem sempre significa que um indivíduo em grandes
sofrimentos está sendo punido por faltas cometidas. Muitas vezes, os sofrimentos são simples provas
escolhidas pelo próprio Espírito para concluir sua depuração e apressar seu adiantamento. Assim
sendo, as expiações sempre servem de prova, mas a prova nem sempre é expiação.
        O sofrimento que não desperta lamentações pode ser uma expiação, mas isso é um indício que
tal expiação foi escolhida voluntariamente e não imposta, o que é um sinal de progresso. Escolhida a
prova, naqueles Espíritos em que há essa possibilidade, os “Construtores da Vida” organizam, com o
máximo cuidado e competência, o plano reencarnatório de cada ser humano.
        Tal plano baseia-se fundamentalmente em duas condições:

       Merecimento individual;
       Passivo a resgatar perante as leis morais.

       Definido e aprovado o plano nas esferas espirituais elevadas, retorna o ser à carne, no mais
adequado ambiente social.
       Em “Missionários da Luz”, capítulos 12 e 13, que nos falam sobre a preparação de
experiências reencarnatórias, André Luiz refere-se a Espíritos ainda em débito, mas com valores de
                                                                                                  3
Espiritismo e Genética




boa vontade, perseverança e sinceridade, que lhes outorgam o direito de influir sobre a escolha das
provas.
        Há, nesses capítulos, interessantes descrições do departamento de planejamento das
reencarnações: entidades conduzindo rolos, semelhantes a pergaminhos, contendo mapas de formas
orgânicas, elaborados por orientadores especializados em conhecimentos biológicos da existência
terrena e de acordo com as necessidades provacionais do reencarnante. Há, também, a descrição de
modelos de corpos masculinos e femininos, com todos os detalhes anatômicos de órgãos, músculos,
glândulas, órgãos sexuais etc.
        Os modelos do próximo corpo físico são então desenhados e as escolhas, por exemplo, de
traços físicos de defeitos saem no gráfico. Aí também são planejados o tempo de vida e as provas de
ordem moral. Em geral, Espíritos que conseguiram méritos no seu aperfeiçoamento solicitam
providências em favor de existência sadia, preocupando-se com a resistência, equilíbrio, durabilidade
e fortaleza do instrumento que lhes deve servir, mas pedem medidas a lhes atenuarem o magnetismo
pessoal, em caráter provisório, evitando-lhes apresentação física muito primorosa, ocultando assim a
beleza de suas almas para garantir a eficiência de suas tarefas.
        Vimos também, nesses capítulos, o pedido para que os traços fisionômicos e do corpo fossem
alterados, para que a beleza não fosse uma característica predominante, o que poderia atrapalhar a
prova a que o Espírito se propõe.
        E a Genética? Como ela se relaciona com o planejamento da reencarnação?
        São descritos por André Luiz, na obra acima referida, capítulo 13, os mapas cromossômicos,
onde a geografia dos genes é examinada pelos orientadores da reencarnação. A modelagem fetal e o
desenvolvimento do embrião obedecem às leis físicas naturais, aos automatismos estabelecidos pela
evolução de cada espécie, mas em todos esses fenômenos, a cooperação espiritual coexiste com as
leis, de acordo com os planos de evolução ou resgate do Espírito reencarnante.
        Segundo Léon Denis, em “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”, o nosso futuro está em
nossas mãos. Toda missão superior é o resultado de um passado imenso de lutas; é o remate de
trabalhos longos e pacientes. Cada faculdade brilhante, cada virtude sólida, reclamou existências
múltiplas de trabalhos obscuros, de combates violentos entre o Espírito e a carne, a paixão e o dever.
É o amadurecimento através dos séculos.
        Em cada regresso ao espaço, procede-se ao balanço dos lucros e perdas. O ser examina-se e
julga-se. A Vida do Espaço é para o Espírito que evoluiu o período de exame, de recolhimentos,
aplicando-se ao interrogatório da consciência; ao inventário rigoroso da beleza ou da fealdade da
alma. É, enfim, na vida do Espaço que o ser prepara as futuras tarefas.
        Aí, então, se lhe for permitido, serão feitas as escolhas das diversas provas pelas quais o
Espírito passará.


                                               Bibliografia:

1. GENÉTICA E ESPIRITISMO, de Eurípedes Kühl, Edição FEB, 1997, Cap. Genética e
   Reencarnação, páginas 118 a 123.
2. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, de Allan Kardec, Edição FEB, 8-1993, Cap. V -
   Bem-Aventurados os Aflitos, páginas.
3. MISSIONÁRIOS DA LUZ, de F.C.Xavier-André Luiz, Edição FEB, 8-1998, Cap. 12 e 13,
   páginas 143 a 216.
4. O PROBLEMA O SER, DO DESTINO E DA DOR, de Léon Denis, Edição FEB, 1-1995.



                                                                                                    4
Espiritismo e Genética




           II. REENCARNAÇÃO DIRIGIDA E COMPULSÓRIA
       O que é “compulsória”? – “Compulsória” quer dizer: forçada, obrigatória.

       O que é “dirigida”? - “Dirigida” significa: orientada, administrada.

        Como nos mostram as várias obras da literatura espírita, a reencarnação, assim como o
processo de desencarnação, não obedece a uma regra geral. “Cada caso é um caso...” Tudo está na
dependência das condições do Espírito. De que forma viveu e de que forma morreu? O que aprendeu.
Como era ele em apego e desapego, etc...
        Pode a reencarnação ser planejada pelo próprio Espírito, até com detalhes no corpo físico,
como também as provas podem ser escolhidas pelo reencarnante. Naturalmente, sempre haverá a
orientação dos mentores espirituais encarregados desse trabalho.
        Em outros casos, o Espírito não tem condições de escolha nem de planejamento e sua
reencarnação será compulsória, sem escolhas.
        No mundo espiritual, em cada hospital, em cada colônia, há um departamento que cuida dos
detalhes em favor dos Espíritos candidatos ao retorno à carne, nos casos de reencarne natural. Há,
nesses departamentos, modelo de corpos físicos, de acordo com a missão de cada um, e também aí é
planejado a família terrena. Nenhum Espírito reencarna em família com a qual não tenha vínculos de
amor ou resgate. A lei natural é que nunca recebemos um estranho em nossa família.
        No processo de reencarne natural, tudo é previamente programado e tudo obedece a detalhes
importantes, como, por exemplo, a linha mestra das tarefas e da missão que o Espírito reencarnante
deve cumprir em sua jornada terrena. O Espírito toma conhecimento de suas responsabilidades,
conhece de antemão as provas a que será submetido e as pessoas do meio com as quais irá se
relacionar. Sabe também que sempre contará cm a ajuda do “anjo guardião” que o irá inspirar nas
decisões nos momentos difíceis e de incerteza.
        Existem os processos que não obedecem a esta ordem natural das coisas: são as reencarnações
compulsórias, aplicadas aos Espíritos reencarnantes, muitos deles dotados de alto grau de inteligência
e, alguns, conhecedores do Evangelho e das Leis, mas devotados ao mal. Após análise criteriosa da
Espiritualidade Superior, perdem temporariamente a condição do livre-arbítrio e passam por
experiências reencarnatórias de grande aprendizado para eles.
        Normalmente são portadores de idiotia, de doenças congênitas que os deixam em condições
entrevadas durante toda a existência. Será inesquecível o aprendizado para esse Espírito eterno,
dotado de inteligência, mas portador de um equipamento defeituoso. A suspensão temporária do
livre-arbítrio provém da misericórdia divina, que ampara esses Espíritos de quedas e derrotas
espetaculares.
        Existem ainda as reencarnações complementares: são Espíritos que não completaram o
período que lhes foi destinado viver, abreviaram a existência ou por não terem cuidado da saúde
física pelo abuso de substâncias tóxicas, provocando o desencarne. Reencarnam para completar o
período em débito.
        Vemos, na obra mediúnica de Carlos Baccelli, pelo Espírito Inácio Ferreira, a citação de
Espíritos desencarnados comensais de criaturas encarnadas que vampirizavam... Não haviam se
habilitado a viver fora do corpo. O tempo em que demoravam no Mundo Espiritual era apenas o
suficiente para uma nova existência física, a que retornavam de maneira automática.
        No mesmo livro, lemos: “Muitos destes irmãos reencarnam sem que se reconheçam... Vivem
na órbita psíquica daqueles com os quais se afinizam e de repente... caem nas malhas da

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Espiritismo e Genética

reencarnação. (...) Não temos como acolher esta gente toda na vida espiritual e nem programar
reencarnação para todos. Para a grande maioria dos Espíritos, o que funciona é a Lei”.

        Em ”Memórias de Um Suicida”, de Yvonne A. Pereira, lemos, no capítulo VIII - Novos
Rumos, a descrição de várias circunstâncias reencarnatórias, inclusive as de Espíritos internados no
manicômio e que, incapazes de raciocinar, seguiam para a reencarnação impelidos pela necessidade
imperiosa de uma melhoria e algum progresso.
        Diz-nos Yvonne Pereira que os técnicos do Departamento de Reencarnação daquela colônia e
seus colaboradores, todos criteriosamente inspirados na Justiça e na Misericórdia das Leis Soberanas
do Onipotente Criador, supriam a incapacidade de discernimento desses Espíritos para escolherem o
futuro, estabelecendo em conselho o que melhor lhes convinha, com o beneplácito do Mestre Jesus.
        Entretanto, outros Espíritos, com o desenvolvimento moral e mental necessário, assistiam a
aulas, na colônia citada (Maria de Nazaré), para aquisição de esclarecimentos sobre a reencarnação.
        A constituição física do Espírito reencarnante depende das necessidades do seu aprendizado.
Sabemos que todas as experiências da vida ficam registradas do perispírito. Se, por exemplo, abusou
do fumo, terá marcado, em sua forma perispiritual, nas vias respiratórias e nos pulmões, a dificuldade
própria desse vício. Essas manchas ou defeitos do perispírito só desaparecerão quando transferidas
para o corpo físico, que funciona como mata-borrão do perispírito.
        Na reencarnação natural em que o Espírito tem condições, ele mesmo escolhe quais as
manchas perispirituais que passarão para o corpo. Esse processo acontecerá até que a “túnica nupcial”
fique branca (perispírito sem manchas).
Como vimos, o corpo físico é o instrumento que o Espírito usará para se livrar das manchas do
perispírito e aí contamos com a Genética.
        Os genes representariam uma fita magnética com possibilidades de registro das experiências
de toda ordem que a espécie humana desenvolve em seus campos de trabalhos e lutas.
        Em “Missionário da Luz”, André Luiz cita os mapas cromossômicos, no departamento de
reencarnação.
        E sempre haverá um espermatozóide adequado para fertilizar o óvulo com o material genético
apropriado às necessidades do Espírito reencarnante.
        Do que foi exposto, fica evidente a justiça da Reencarnação e a concordância entre as Leis de
Deus e a Ciência da Hereditariedade.
        Sugerimos aqui a leitura do capítulo referente a esse assunto em o “O Livro dos Espíritos”,
nas perguntas citadas na bibliografia.



                                            Bibliografia:

1. MISSIONÁRIOS DA LUZ, de F.C.Xavier-André Luiz, Edição FEB, 8-1993, páginas 205 e 206;
2. MEMÓRIAS DE UM SUICIDA, de Yvonne do Amaral Pereira, Edição FEB, páginas 258, 259,
   350 e 351;
3. CREPÚSCULO DE OUTUNO, de Antonio Demarchi/ Irmão Virgílio, Lúmen Edit. Ltda., 1a.
   Edição, páginas 135 a 143;
4. O LIVRO DS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, Questões 171, 196 e 337;
5. DO OUTRO LADO DO ESPELHO, de Carlos A. Baccelli, Edit. Didier, 1a edição.
6. DINÂMICA PSI, de Jorge Andréa, Sociedade Espírita F. V. Lorenz, 3ª edição, 1999, página 107.




                                                                                                    6
Espiritismo e Genética




                         III. O ESQUECIMENTO DO PASSADO

                                Do livro “O QUE É O ESPIRITISMO”:

      Cap. V - Não consigo explicar a mim mesmo como pode o homem aproveitar da experiência
adquirida em suas anteriores existências, quando não se lembra delas, pois que, desde que lhe falta
essa reminiscência, cada existência é para ele qual se fora à primeira; deste modo, está sempre a
recomeçar.
      Suponhamos que cada dia, ao despertar, perdemos a memória de tudo quanto fizemos no dia
anterior; quando chegássemos aos setenta anos, não estaríamos mais adiantados do que aos dez; ao
passo que recordando as nossas faltas, inaptidões e punições que disso nos provieram, esforçar-nos-
emos por evitá-las.
      Para me servir da comparação que fizestes do homem, na Terra, com o aluno de um colégio, eu
não compreendo como este poderia aproveitar as lições da quarta classe, não se lembrando do que
aprendeu na anterior.
      Essas soluções de continuidade na vida do Espírito interrompem todas as relações e fazem dele,
de alguma sorte, uma entidade nova; do que podemos concluir que os nossos pensamentos morrem
com cada uma das nossas existências, para renascer em outra, sem consciência do que fomos; é uma
espécie de aniquilamento.
      A.K. - De pergunta em pergunta, levar-me-eis a fazer um curso completo de Espiritismo; todas
as objeções que apresentais são naturais em quem ainda nada conhece, mas que, mediante estudo
sério, pode encontrar-lhes respostas muito mais explícitas do que as que posso dar em sumária
explicação que, por certo, deve sempre ir provocando novas questões.
      Tudo se encadeia no Espiritismo, e, quando se toma o conjunto, vê-se que seus princípios
emanam uns dos outros, servindo-se mutuamente de apoio; e, então, o que parecia uma anomalia,
contrária à justiça e à sabedoria de Deus, se torna natural e vem confirmar essa justiça e essa
sabedoria. Tal é o problema do esquecimento do passado, que se prende a outras questões de não
menor importância e, por isso, não farei aqui senão tocar levemente o assunto.
      Se cada uma de suas existências um véu esconde o passado do Espírito, com isso nada perde ele
das suas aquisições, apenas esquece o modo por que as conquistou.
      Servindo-me ainda da comparação supra com o aluno, direi que pouco importa saber onde,
como, com que professores ele estudou as matérias de uma classe, uma vez que saiba, quando passa
para a classe seguinte. Se os castigos o tornaram laborioso e dócil, que lhe importa saber quando foi
castigado por preguiçoso e insubordinado?
      É assim que, reencarnando, o homem traz por intuição e como idéias inatas, o que adquiriu em
ciência e moralidade. Digo em moralidade porque, se no curso de uma existência ele se melhorou, se
soube tirar proveito das lições da experiência, se tornará melhor quando voltar; seu Espírito,
amadurecido na escola do sofrimento e do trabalho, terá mais firmeza; longe de ter de recomeçar
tudo, ele possui um fundo que vai sempre crescendo e sobre o qual se apóia para fazer maiores
conquistas.
      A segunda parte de vossa objeção, relativa ao aniquilamento do pensamento, não tem base mais
segura, porque esse olvido só se dá durante a vida corporal; uma vez terminada ela, o Espírito recobra
a lembrança do seu passado; então poderá julgar do caminho que seguiu e do que lhe resta ainda
fazer; de modo que não há essa solução de continuidade em sua vida espiritual, que é a vida normal
do Espírito. Esse esquecimento temporário é um benefício da Providência; a experiência só se

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Espiritismo e Genética

adquire, muitas vezes, por provas rudes e terríveis expiações, cuja recordação seria muito penosa e
viria aumentar as angústias e tribulações da vida presente.
       Se os sofrimentos da vida parecem longos, que seria se a eles se juntasse à lembrança do
passado?
       Vós, por exemplo, meu amigo, sois hoje um homem de bem, mas talvez devais isso aos rudes
castigos que recebestes pelos malefícios que hoje vos repugnariam à consciência; ser-vos-ia
agradável a lembrança de ter sido outrora enforcado por vossa maldade? Não vos perseguiria a
vergonha de saber que o mundo não ignorava o mal que tínheis feito? Que vos importa o que fizestes
e o que sofrestes para expiar, quando hoje sois um homem estimável? Aos olhos do mundo, sois um
homem novo, e aos olhos de Deus um Espírito reabilitado. Livre da reminiscência de um passado
importuno, viveis com mais liberdade; é para vós um novo ponto de partida; vossas dívidas anteriores
estão pagas, cumprindo-vos ter cuidado de não contrair outras.
       Quantos homens desejariam assim poder, durante a vida, lançar um véu sobre os seus primeiros
anos! Quantos, ao chegar ao termo de sua carreira, não têm dito: “Se eu tivesse de recomeçar, não
faria mais o que fiz!”.
       Pois bem, o que eles não podem fazer nesta mesma vida, fá-lo-ão em outra; em uma nova
existência, seu Espírito trará, em estado de intuição, as boas resoluções que tiver tomado. É assim que
se efetua gradualmente o progresso da humanidade.
Suponhamos ainda - o que é um caso muito comum - que, em vossas relações, em vossa família
mesmo se encontre um indivíduo que vos deu outrora muitos motivos de queixa, que talvez vos
arruinou, ou desonrou em outra existência, e que, Espírito arrependido, veio encarnar-se em vosso
meio, ligar-se a vós pelos laços de família, a fim de reparar suas faltas para convosco, por seu
devotamento e afeição; não vos acharíeis mutuamente na mais embaraçosa posição, se ambos vos
lembrásseis de vossas passadas inimizades? Em vez de se extinguirem, os ódios se eternizariam.
        Disso resulta que a reminiscência do passado perturbaria as relações sociais e seria um tropeço
ao progresso. Quereis uma prova?
        Supondo que um indivíduo condenado às galés tome a firme resolução de tornar-se um
homem de bem, que acontece quando ele termina o cumprimento da pena? A sociedade o repele, e
essa repulsa o lança de novo aos braços do vício. Se, porém, todos desconhecessem os seus
antecedentes, ele seria bem acolhido; e, se ele mesmo os esquecesse, poderia ser honesto e andar de
cabeça erguida, em vez de ser obrigado a curvá-la sob o peso da vergonha do que não pode olvidar.
Isto está em perfeita concordância com a doutrina dos Espíritos, a respeito dos mundos superiores ao
nosso planeta, nos quais, só reinando o bem, a lembrança do passado nada tem de penosa; eis por que
seus habitantes se recordam da sua existência precedente, como nós nos recordamos hoje do que
ontem fizemos.
        Quanto à lembrança do que fizeram em mundos inferiores, ela produz neles a impressão de
um mau sonho. (Páginas 114 a 117).

                       Do “LIVRO DOS ESPÍRITOS”, Parte 2a, Cap VII:

       392. Por que perde o Espírito encarnado a lembrança do seu passado?

        “Não pode o homem, nem deve, saber tudo. Deus assim o quer em sua sabedoria. Sem o véu
que lhe oculta certas coisas, ficaria ofuscado, como quem, sem transição, saísse do escuro para o
claro. Esquecido de seu passado ele é mais senhor de si”.

       393. Como pode o homem ser responsável por atos e resgatar faltas de que se não lembra?
Como pode aproveitar da experiência de vidas de que se esqueceu? Concebe-se que as tribulações da
existência lhe servissem de lição, se se recordasse do que as tenha podido ocasionar. Desde que,
porém, disso não se recorda, cada existência é, para ele, como se fosse a primeira e eis que então está
sempre a recomeçar. Como conciliar isto com a justiça de Deus?
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Espiritismo e Genética



        “Em cada nova existência, o homem dispõe de mais inteligência e melhor pode distinguir o
bem do mal. Onde o seu mérito, se se lembrasse de todo o passado? Quando o Espírito volta à vida
anterior (a vida espírita), diante dos olhos se lhe estende toda a sua vida pretérita. Vê as faltas que
cometeu e que deram causa ao seu sofrer, assim como de que modo as teria evitado. Reconhece justa
a situação em que se acha e busca então uma existência capaz de reparar a que vem de transcorrer”.
        “Escolhe provas análogas às de que não soube aproveitar, ou as lutas que considere
apropriadas ao seu adiantamento e pede a Espíritos que lhe são superiores que o ajudem na nova
empresa que sobre si toma, ciente de que o Espírito, que lhe for dado por guia nessa outra existência,
esforçará pelo levar a reparar suas faltas, dando-lhe uma espécie de intuição das em que incorreu.
Tendes essa intuição no pensamento, no desejo criminoso que freqüentemente vos assalta e a que
instintivamente resistis, atribuindo, as mais das vezes, essa resistência aos princípios que recebestes
de vossos pais, quando é a voz da consciência que vos fala. Essa voz, que é a lembrança do passado,
vos adverte para não recairdes nas faltas de que já vos fizestes culpados. Em a nova existência, se
sofre com coragem aquelas provas, e resiste, o Espírito se eleva e ascende na hierarquia dos Espíritos,
ao voltar para o meio deles”.
        Não temos, é certo, durante a vida corpórea, lembrança exata do que fomos e do que fizemos
em anteriores existências; mas temos de tudo isso a intuição, sendo as nossas tendências instintivas
uma reminiscência do passado. E a nossa consciência, que é o desejo que experimentamos de não
reincidir nas faltas já cometidas, nos concita à resistência àqueles pendores.

       394. (...) No esquecimento das existências anteriormente transcorridas, sobretudo quando
foram amarguradas, não há qualquer coisa de providencial e que revela a sabedoria divina? Nos
mundos superiores, quando o recordá-las já não constitui pesadelo, é que as vidas desgraçadas se
apresentam à memória. Nos mundos inferiores, a lembrança de todas as que se tenham sofrido não
agravaria as infelicidades presentes? Concluamos, pois, daí que tudo o que Deus fez é perfeito e que
não nos toca criticar-lhe as obras, nem lhe ensinar como deveria ter regulado o Universo.

        Gravíssimos inconvenientes teria nos lembrarmos das nossas individualidades anteriores. Em
certos casos, humilhar-nos-ia sobremaneira. Em outros nos exaltaria o orgulho, peando-nos, em
conseqüência, o livre-arbítrio. Para nos melhorarmos, dá-nos Deus exatamente o que nos é necessário
e basta: a voz da consciência e os pendores instintivos. Priva-nos do que nos prejudicaria.
        Acrescentemos que, se nos recordássemos dos nossos precedentes atos pessoais, igualmente
nos recordaríamos dos outros homens, do que resultariam talvez os mais desastrosos efeitos para as
relações sociais. Nem sempre podendo honrar-nos do nosso passado, melhor é que sobre ele um véu
seja lançado. Isto concorda perfeitamente com a doutrina dos Espíritos acerca dos mundos superiores
a Terra. Nesses mundos, onde só reina o bem, a reminiscência do passado nada tem de dolorosa. Tal a
razão por que neles as criaturas se lembram da sua anterior existência, como nos lembramos do que
fizemos na véspera. Quanto à estada em mundos inferiores, não passa, então, como já dissemos, de
mau sonho.

       395. Podemos ter algumas revelações a respeito de nossas vidas anteriores?

        “Nem sempre. Contudo, muitos sabem o que foram e o que faziam. Se se lhes permitisse dizê-
lo abertamente, extraordinárias revelações fariam sobre o passado”.

        396. Algumas pessoas julgam ter vaga recordação de um passado desconhecido, que se lhes
apresenta como a imagem fugitiva de um sonho, que em vão se tenta reter. Não há nisso simples
ilusão?


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Espiritismo e Genética

        “Algumas vezes, é uma impressão real; mas também, freqüentemente, não passa de mera
ilusão, contra a qual precisa o homem pôr-se em guarda, porquanto pode ser efeito de superexcitada
imaginação”.

      397. Nas existências corpóreas de natureza mais elevada do que a nossa, é mais clara a
lembrança das anteriores?

“Sim, à medida que o corpo se torna menos material, com mais exatidão o homem se lembra do seu
passado. Esta lembrança, os que habitam os mundos de ordem superior a têm mais nítida”.

       398. Sendo os pendores instintivos uma reminiscência do seu passado, dar-se-á que, pelo
estudo desses pendores, seja possível ao homem conhecer as faltas que cometeu?

       “Até certo ponto, assim é. Preciso se torna, porém, levar em conta a melhora que se possa ter
operado no Espírito e as resoluções que ele haja tomado na erraticidade. Pode suceder que a
existência atual seja muito melhor que a precedente”.

       a) Poderá também ser pior, isto é, poderá o Espírito cometer, numa existência, faltas que não
       praticou na precedente?

        “Depende do seu adiantamento. Se não souber triunfar das provas, possivelmente será
arrastado a novas faltas, conseqüentes, então, da posição que escolheu. Mas, em geral, estas faltas
denotam mais um estacionamento que uma retrogradação, porquanto o Espírito é suscetível de se
adiantar ou de parar, nunca, porém, de retroceder”.

       399. Sendo as vicissitudes da vida corporal expiação das faltas do passado e, ao mesmo
tempo, provas com vistas ao futuro, seguir-se-á que da natureza de tais vicissitudes se possa deduzir
de que gênero foi à existência anterior?

        “Muito amiúde é isso possível, por que cada um é punido naquilo por onde pecou. Entretanto,
não há que tirar daí uma regra absoluta. As tendências instintivas constituem indício mais seguro,
visto que as provas por que passa o Espírito o são, tanto pelo que respeita ao passado, quanto pelo que
toca ao futuro”.
        Chegado ao termo que a Providência lhe assinou à vida na erraticidade, o próprio Espírito
escolhe as provas a que deseja submeter-se para apressar o seu adiantamento, isto é, escolhe meios de
adiantar-se e tais provas estão sempre em relação com as faltas que lhe cumpre expiar. Se delas
triunfa, eleva-se; se sucumbe, tem que recomeçar
        O Espírito goza sempre do livre-arbítrio. Em virtude dessa liberdade é que escolhe, quando
desencarnado, as provas da vida corporal e que, quando encarnado, decide fazer ou não uma coisa e
procede à escolha entre o bem e o mal. Negar ao homem o livre-arbítrio fora reduzi-lo à condição de
máquina.
        Mergulhado na vida corpórea, perde o Espírito, momentaneamente, a lembrança de suas
existências anteriores, como se um véu as cobrisse. Todavia, conserva algumas vezes vaga
consciência dessas vidas, que, mesmo em certas circunstâncias, lhe podem ser reveladas. Esta
revelação, porém, só os Espíritos superiores espontaneamente lha fazem, com um fim útil, nunca para
a vã curiosidade.
        As existências futuras, essas em nenhum caso podem ser reveladas, pela razão de que
dependem do modo por que o Espírito se sairá da existência atual e da escolha que ulteriormente faça.
        O Esquecimento das faltas praticadas não constitui obstáculo à melhoria do Espírito,
porquanto, se é certo que este não se lembra delas com precisão, não menos certo é que a
circunstância de as ter conhecido na erraticidade e de haver desejado repará-las o guia por intuição e
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Espiritismo e Genética

lhe dá a idéia de resistir ao mal, idéia que é a voz da consciência, tendo a secundá-la os Espíritos
superiores que o assistem, se atende às boas inspirações que lhe dão.
        O homem não conhece os atos que praticou em suas existências pretéritas, mas pode sempre
saber qual o gênero das faltas de que se tornou culpado e qual o cunho predominante do seu caráter.
Bastará então julgar do que foi, não pelo que é, sim, pelas suas tendências.
        As vicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas do passado e,
simultaneamente, provas com relação ao futuro. Depuram-nos e elevam-nos, se as suportamos
resignados e sem murmurar.
        A natureza dessas vicissitudes e das provas que sofremos também nos podem esclarecer
acerca do que fomos e do que fizemos, do mesmo modo que neste mundo julgamos dos atos de um
culpado pelo castigo que lhe inflige a lei. Assim, o orgulhoso será castigado no seu orgulho, mediante
a humilhação de uma existência subalterna; o mau-rico, o avarento, pela miséria; o que foi cruel para
com os outros, pelas crueldades que sofrerá; o tirano, pela escravidão; o mau filho, pela ingratidão de
seus filhos; o preguiçoso, por um trabalho forçado etc. (Páginas 214 a 220).



                      Do “EVANGELHO SEG. O ESPIRITISMO”, Cap. V:

        Item 11 - Em vão se objeta que o esquecimento constitui obstáculo a que se possa aproveitar
da experiência de vidas anteriores. Havendo Deus entendido de lançar um véu sobre o passado, é que
há nisso vantagem. Com efeito, a lembrança traria gravíssimos inconvenientes. Poderia, em certos
casos, humilhar-nos singularmente, ou, então, exaltar-nos o orgulho e, assim, entravar o nosso livre-
arbítrio. Em todas as circunstâncias, acarretaria inevitável perturbação nas relações sociais.
        Freqüentemente, o Espírito renasce no mesmo meio em que já viveu, estabelecendo de novo
relações com as mesmas pessoas, a fim reparar o mal que lhes haja feito. Se reconhecesse nelas as a
quem odiara, quiçá o ódio se lhe despertaria outra vez no futuro. De todo modo, ele se sentiria
humilhado em presença daquelas a quem houvesse ofendido. Para nos melhorarmos, outorgou-nos
Deus, precisamente, o de que necessitamos e nos basta: a voz da consciência e as tendências
instintivas. Priva-nos do que nos seria prejudicial.
        Ao nascer, traz o homem consigo o que adquiriu; nasce qual se fez; em cada existência, tem
um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que foi antes: se se vê punido, é que praticou o
mal. Suas atuais tendências más indicam o que lhe resta a corrigir em si próprio e é nisso que deve
concentrar-se toda a sua atenção, porquanto, daquilo de que se haja corrigido completamente,
nenhum traço mais conservará. As boas resoluções que tomou são a voz da consciência, advertindo-o
do que é bem e do que é mal e dando-lhe forças para resistir às tentações.
        Aliás, o esquecimento ocorre apenas durante a vida corpórea. Volvendo à vida espiritual,
readquire o Espírito a lembrança do passado; nada mais há, portanto, do que uma interrupção
temporária, semelhante à que se dá na vida terrestre durante o sono, a qual não obsta a que, no dia
seguinte, nos recordemos do que tenhamos feito na véspera e nos dias precedentes.
        E não é somente após a morte que o Espírito recobra a lembrança do passado. Pode dizer-se
que jamais a perde, pois que, como a experiência o demonstra, mesmo encarnado, adormecido o
corpo, ocasião em que goza de certa liberdade, o Espírito tem consciência de seus atos anteriores;
sabe por que sofre e que sofre com justiça. A lembrança unicamente se apaga no curso da vida
exterior, da vida de relação. Mas, na falta de uma recordação exata, que lhe poderia ser penosa e
prejudicá-lo nas suas relações sociais, forças novas haure ele nesses instantes de emancipação da
alma, se os sabe aproveitar. (Páginas 104 e 105).
        Em que momento ocorre o esquecimento? - Mais uma vez o estudo do perispírito vai nos
ajudar a entender essa questão: Entre a ligação inicial do Espírito ao corpo no momento da concepção
e o nascimento, o Espírito vai se integrando no corpo físico durante toda a vida intrauterina e, quanto
mais se integra, menor capacidade vai tendo de agir como Espírito desencarnado: sua mente vai se
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Espiritismo e Genética



obscurecendo, a possibilidade de se afastar do corpo vai diminuindo. Vive uma espécie de
perturbação, de aprisionamento, até que seu relacionamento com o plano espiritual se reduz a zero –
esquecendo o passado.



                                          Bibliografia:

1.   O QUE É ESPIRITISMO, de Allan Kardec, Edição FEB, 6-1997;
2.   O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, Edição FEB, 2-1994;
3.   O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, de Allan Kardec, Edição FEB, 8-1993;
4.   PERISPÍRITO E CORPO MENTAL, de Durval Ciamponi, Edições FEESP, 8-2000.




                                                                                                12
Espiritismo e Genética




                          IV. REENCARNAÇÃO E SUAS LEIS

        O termo “reencarnação” significa voltar à carne, tornar a nascer.
        Basicamente, a reencarnação admite sempre o aspecto evolutivo e presume retornos à vida
física em uma espiral crescente de aquisição de valores e experiências para o Espírito.
        A Doutrina Reencarnacionista não admite o retrocesso do Espírito. Os renascimentos devem
ocorrer dentro de uma mesma espécie, acompanhando a evolução da mesma. A própria presença do
Espírito na carne e seus retornos sucessivos, arquivando experiências, seria o fator impulsionador da
evolução das espécies.
        Nesse texto acima, de Di Bernardi, já percebemos a Justiça que há nas Leis da Reencarnação,
sempre com vistas ao progresso do Espírito.
        Em “O Livro dos Espíritos”, parte II, cap. IV, lemos, segundo a revelação dos Espíritos, que o
dogma da reencarnação se funda na Justiça de Deus: “Todos os Espíritos tendem para a perfeição e
Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua
Justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir
numa primeira prova”.
        Ainda, segundo Kardec, nesse capítulo, Deus não condena para sempre os que erram, o que
nos mostra a sua bondade e justiça.
        O homem que tem consciência de sua inferioridade haure consoladora esperança na doutrina
de reencarnação...
Quem é que, ao cabo de sua carreira, não deplora haver tão tarde ganho uma experiência de que não
mais pode tirar proveito? Entretanto, essa experiência tardia não fica perdida: o Espírito a utilizará em
nova existência.
        Vejamos, agora, o mesmo assunto, sob a visão de Leon Denis, em “O Problema do Ser...”,
onde ele compara a lei dos renascimentos em toda a Natureza: “No suceder das estações do ano, nas
transformações das plantas e dos animais, tudo murcha para reflorir. Também o homem está ao
alcance desta lei: Tudo o que tem vivido, reviverá em outras formas, para evoluir e aperfeiçoar-se. A
Natureza não nos dá a morte senão para dar-nos a vida... Depois de cada vida terrestre, a alma ceifa e
recolhe, em seu corpo fluídico, as experiências e os frutos da existência decorrida. Assim, o ser
psíquico, em todas as fases de sua ascensão, encontra-se tal qual a si mesmo se fez. Somos herdeiros
de nós mesmos”.
        Os sofrimentos de toda espécie, físicos ou morais, que afligem a humanidade, formam duas
categorias: aqueles que o homem pode evitar e os que independem da sua vontade.
        Entre os primeiros se incluem os flagelos naturais.
        O homem, apreciando as coisas do ponto de vista de sua personalidade, dos interesses
factícios e convencionais que criou para si mesmo, não compreende os fenômenos da Natureza.
        Por isso se lhe afigura mau e injusto o que consideraria justo e admirável se lhe conhecesse a
causa.
        Pesquisando a razão de ser e a utilidade de cada coisa, verificará que tudo traz o sinal da
sabedoria infinita e se dobrará a essa sabedoria.
        Quanto maior o conhecimento adquirido pelo homem, menos desastrosos se tornam os
flagelos. Com uma organização sábia e previdente, conseguirá neutralizar-lhe as conseqüências.
        Assim, com referência até aos flagelos que têm certa utilidade para a ordem geral da Natureza
e para o futuro, mas que no presente causam danos, facultou Deus ao homem os meios de lhe
paralisar os efeitos.
        Temos como exemplo de reações do homem a flagelos naturais: saneamento de regiões
insalubres, imunização contra os miasmas pestíferos, fertilização de terras áridas e preservação contra

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Espiritismo e Genética



inundações, construção de habitações resistentes aos ventos e aos terremotos, desenvolvimento das
ciências que têm melhorado as condições de vida no planeta e aumentado o seu próprio bem-estar.
        “Tendo o homem que progredir, os males a que se acha exposto são um estimulante para o
exercício da sua inteligência, de suas faculdades físicas e morais, incitando-o a procurar os meios de
evitá-los. Se ele nada tivesse a temer, não seria induzido a procurar o melhor; o espírito se lhe
entorpeceria na inatividade; nada inventaria nem descobriria. A dor é o aguilhão que o impele para
frente, na senda do progresso”.
        “Porém os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios que provêm do
seu orgulho, egoísmo, ambição, de seus excessos em tudo. Aí a causa das guerras e das suas
conseqüências, das dissensões, das injustiças da opressão do fraco pelo forte; da maior parte das
enfermidades. (...) Deus promulgou leis plenas de sabedoria, visando unicamente ao bem. (...) Se o
homem agisse rigorosamente de acordo com as leis divinas, que estão gravadas na sua consciência,
não há dúvida de que se pouparia dos mais agudos males, físicos ou morais”.
        “Entretanto, Deus, por sua bondade infinita, pôs o remédio ao lado do mal. Um momento
chega que o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de
vida, procurando no bem o remédio sempre por efeito do seu livre-arbítrio. Como exemplo de
inobservância da lei, causando sofrimentos físicos, temos a Lei da Conservação: Deus pôs limite à
satisfação das necessidades; quem o ultrapassa, fá-lo voluntariamente; as doenças e a morte que daí
podem resultar são conseqüência da sua imprevidência”. (GÊNESE, de Allan Kardec, Cap. III, itens
5, 6 e 7).
        “Cumpre que haja o sofrimento físico e a angústia moral, para que o Espírito seja depurado;
limpe-se das partículas grosseiras. (...) Assim, a alma sobe de esfera em esfera, de círculos em
círculos, unida aos seres que tem amado; vai continuando as suas peregrinações, em procura das
perfeições divinas. Chegada às regiões superiores, está livre da lei dos renascimentos; a reencarnação
deixa de ser para ela obrigação para ficar somente ato de sua vontade, o cumprimento de uma missão,
obra de sacrifício”. (O Problema do Ser, do Destino e da Dor, de Léon Denis, Cap. XVIII, páginas
288/289).
        Eis aí um pouco dessa maravilhosa Lei de Justiça que governa os mundos e que Deus
inscreveu no âmago das coisas e na consciência humana.



                                            Bibliografia:

1. O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, Edição FEB, 2-1994, Parte Segunda, Capítulo IV;
2. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, de Allan Kardec, Edição FEB, Cap.V, nos 4, 5 e
   6;
3. A GÊNESE, de Allan Kardec, Edição FEB, 10-1992, Cap. III;
4. O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR, de Léon Denis, Edição FEB, Cap. XVIII;
5. REENCARNAÇÃO E EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES, de Ricardo di Bernardi, Liv. Edit.
   Universalista Ltda., 2a edição, 1947.




                                                                                                   14
Espiritismo e Genética




                           V. PLANEJAMENTO FAMILIAR

                          O planejamento familiar, na visão da Igreja.

       No Brasil, coerente com o alerta do Vaticano, Dom Lucas Moreira Neves, cardeal-arcebispo
de Salvador/BA e primaz do Brasil, considerou (no jornal “O Estado de São Paulo”, de 12-1-94) a
ousada clonagem humana realizada por Hall e Stillman um desafio à comunidade científica mundial e
às Igrejas Cristãs.Considera ele que, eventualmente benéfica à saúde humana, a intervenção da
ciência não prescinde de um componente ético, o que pode torná-la inconveniente e até inaceitável.
        Dentre estas intervenções, a moral cristã rejeita os métodos artificiais para o planejamento
familiar. A mesma moral, que aceita as técnicas de cura ou de melhoria de qualidade de vida, chama a
atenção contra as intervenções sobre as fontes da vida e, sobretudo, qualquer manipulação neste
terreno, o mais próximo da ação do Criador.
       “O dom da vida só a Deus pertence”, consigna.

                                     Métodos contraceptivos

   A posição católica sobre o item anterior é coerente com as seguintes manifestações, anteriores e
posteriores à experiência da clonagem humana:

   •   A Encíclica (carta solene, dogmática ou doutrinária, na qual o Papa se dirige aos bispos de
       todo o mundo e aos fiéis) Veritatis Splendor, o “Esplendor da Verdade”, de Ago/93. Nessa
       Encíclica, a Igreja condena a contracepção pelo uso de preservativos masculinos e a pílula
       anticoncepcional.

   •   A Congregação pela Doutrina da Fé (órgão do Vaticano, responsável pela fidelidade aos
       dogmas cristãos), desde 1987, condena qualquer tentativa ou hipótese que exclua o
       relacionamento sexual com o nascimento do ser humano.

   •   O Conselho Permanente da Conferência dos Bispos da França, em comunicação de Jan/94,
       condenou os atos que “suplantam a união do matrimônio”para a reprodução. Pelo
       comunicado, o método da fertilidade só será aceitável quando não suplante a união conjugal.
       Moralmente condena, por outro lado, o uso de óvulos ou espermatozóides de terceiros.
       (GENÉTICA E ESPIRITISMO, de Eurípedes Kühl).

                               Anticoncepcionais e Reencarnação:

        O controle da natalidade vem sendo executado desde os primórdios dos tempos. A civilização
humana sempre encontrou raízes ou ervas com as quais feiticeiros ou médicos procuraram interferir
no processo da concepção ou mesmo da gestação em curso.
        Mesmo aqueles casais avessos aos processos artificiais freqüentemente optam por “métodos
naturais”, evitando relacionamento sexual nos dias férteis, objetivando o mesmo resultado: a
limitação da natalidade. Teoricamente, em todos os casais haveria uma possibilidade de número
maior de filhos, caso não houvesse alguma forma de controle ou planejamento familiar. Esta
constatação nos leva a crer que há, na quase totalidade dos casais, alguma interferência por livre
iniciativa, sobre a natalidade de seus filhos.
                                                                                                 15
Espiritismo e Genética


        Em face do exposto, o bom senso leva a nos posicionar realisticamente, sem, no entanto,
perdermos a visão idealística. Nós, seres humanos, já conquistamos o direito da liberdade de decidir,
evidentemente com a responsabilidade assumida pelo livre arbítrio. O homo sapiens já possui a
possibilidade de escolher a rota de seu progresso, acelerando ou reduzindo a velocidade de seu
desenvolvimento espiritual. Somos os artífices da escultura de nosso próprio destino.
        Nas informações que são colhidas, psicográfica ou psicofonicamente, os Espíritos nos expõem
da planificação básica de nossa vida aqui na Terra, projeto desenvolvido antes de reencarnarmos. Se é
verdade que os detalhes serão aqui por nós construídos, o plano geral foi anteriormente elaborado no
mundo espiritual, freqüentemente com nossa aquiescência. Desta planificação básica, consta o
número de filhos.
        Se um determinado casal deveria receber quatro filhos na sua romagem reencarnatória e não o
fez, pelo uso das pílulas anticoncepcionais, ou outro método bloqueador da concepção, ficará com a
carga de responsabilidade a ser cumprida. Não se permitiu a complementação da tarefa a que se
propôs antes de renascer. A grande questão que surge é com relação às conseqüências advindas da
decisão de limitar a natalidade dos filhos. Sabemos que há uma transferência do compromisso
estabelecido, para outra encarnação.
        Sucede, muitas vezes, que esta decisão de postergar compromissos determina a necessidade de
um replanejamento espiritual, com relação àqueles designados à reencarnação num determinado lar.
Podem os mesmos obter “novos passaportes”, surgindo como netos, filhos adotivos ou outras vias de
acesso elaboradas pela Espiritualidade Maior. Ocorrerá, nestes casos, a necessidade de um
preenchimento da lacuna de trabalho que se criou ao se impedir a chegada de mais um filho.
        O trabalho construtivo, consciente ou inconscientemente desenvolvido, para a substituição do
compromisso previamente assumido, poderá compensar pelo menos parcialmente a dívida adiada.
Qualquer débito cármico poderá ser sanado ou apagado por potenciais positivos, às vezes bem
diversos dos setores daqueles que originaram as reações. No entanto, o labor amoroso na área mais
específica da maternidade e infância carente, é naturalmente mais indicado para a harmonização das
energias tornadas deficientes nesta área.
        Se o ideal é que cumpríssemos o plano de vida preestabelecido, é também quase geral o fato
de que, neste planeta, a maioria não logra êxito na execução total de suas tarefas. Resta-nos a
necessidade de consultar honestamente a consciência, pois, pela intuição ou sintonia com nosso eu
interno, encontraremos as respostas a dúvidas (ou dívidas) particulares neste mister.
        É constatação evidente o fato de, normalmente, não nos recordarmos dos planos previamente
traçados, mas é verdadeiro também que freqüentemente fazemos “ouvido de mercador” aos avisos
que nosso inconsciente nos transmite. Não esperemos respostas prontas ou transferência de decisão
para quem quer que seja; afinal estamos ou não lutando para fugir das mensagens dogmáticas, do
“isto é permitido”, isto não é. Cada casal deverá valorizar o mergulho no seu inconsciente, sentir,
meditar e, das águas profundas do seu espírito, trazer à superfície a sua resposta... (GESTAÇÃO,
SUBLIME INTERCÂMBIO, de Ricardo Di Bernardi).

                                    A Laqueadura de Trompas

       Ao nos referirmos a esta temática, consideraremos as digressões aqui feitas extensivas à
situação correspondente no organismo masculino. A vasectomia, processo que no homem visa a
interromper o fluxo de espermatozóides em direção ao exterior, também segue a mesma linha de
raciocínio a ser exposto.
       Há, sem dúvida, indicações médicas muito definidas e claras no que tange à ligadura de
trompa: situações onde o risco de uma nova gestação é bastante elevado, podendo determinar o óbito
da mulher. Ressalvam-se aqui os casos onde uma pseudo-situação é criada, consciente ou
inconscientemente, tanto pelo profissional como pela mulher, que na realidade procuram uma razão
que justifique a decisão prévia.

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Espiritismo e Genética


        O percentual mais expressivo das laqueaduras de trompas é, sem dúvida, por motivo de
planejamento familiar. Observa-se uma crescente permissividade nas indicações cada vez mais
precoces e com menor número de filhos. Não nos referimos especificamente a um país ou região, mas
ao contexto planetário, onde a situação é preocupante.
        As lesões ou mutilações aceitas por nós, ou ainda, consentidas e estimuladas pelo cônjuge, hão
de trazer repercussões a médio e longo prazo. O corpo espiritual registra as alterações e
automaticamente surgirão conseqüências, neste ou outras encarnações, ligadas à esfera atingida.
Fragilidades orgânicas, predisposições a patologias e dificuldades na área da fertilidade poderão ser
algumas situações a ser observadas naquelas que no passado optaram por esta intervenção.
        Importante, também, é que cada caso seja de per si analisado, pesando-se os inúmeros fatores
envolvidos. Não há como se colocar em um mesmo grupo situações diametralmente opostas do ponto
de vista sócio-econômico, cultural ou ético.
        A ligadura de trompas, efetuada preventivamente em uma mulher que sistematicamente aborta
ao engravidar e afirma irá abortar sempre que engravide, não poderá ter o mesmo nível de
conseqüência cármica de outra que simplesmente diz ao médico não desejar ter filhos pelo prazer de
conviver exclusiva e egoisticamente com seu companheiro. As circunstâncias de miserabilidade,
patologias mentais e outras, de naturezas diversas, em mães de prole numerosa, reduzem o efeito
desarmonizador da ligadura de trompas.
        Não pretendendo legitimar ou estimular as intervenções cirúrgicas nesta área, cumpre-nos, no
entanto, o dever de salientar que o livre-arbítrio sempre será respeitado como direito do ser humano.
No tocante aos graus de débito cármico, é importante ter-se em mente que a mínima ou grave
conseqüência estará relacionada à intencionalidade que move todos os envolvidos no processo.
(GESTAÇÃO, SUBLIME INTERCÂMBIO, de Ricardo Di Bernardi, pág. 203/204).

                                    O Apoio da Saúde Pública

         No Estado do Rio de Janeiro, a rede de saúde pública (SUS) já oferece assistência gratuita
para a ligadura das trompas, conforme reportagem publicada no Jornal “Extra” de 6 de junho de
1998. A partir dessa data, com a entrada em vigor da Lei número 9263, já podem ser feitas ligaduras
de trompas em mulheres com mais de 25 anos de idade e com no mínimo dois filhos. Os critérios
para a operação são determinados pelo Ministério da Saúde. Os hospitais, no entanto, antes da
cirurgia, devem informar sobre outros métodos anticoncepcionais e oferecê-los de graça. A
esterilização deve ser a última opção e não ser o principal método contraceptivo, diz Janine Shirmer,
da área da Mulher no Ministério da Saúde.
         Existe estatística sobre o assunto: 52% das mulheres que fazem cesariana ligam as trompas.
Agora é proibido fazer a laqueadura no parto, devendo ser respeitado o prazo mínimo de 60 dias.
         Com essa lei, a ligadura torna-se acessível aos mais pobres. Porém, a operação só é indicada
para mulheres que não podem utilizar outro método contraceptivo ou que correm risco de vida numa
próxima gravidez, esclarece o ginecologista e professor de obstetrícia da UFF, Dr. Jacob Arkasder.


                                            Bibliografia:

1. GENÉTICA E ESPIRITISMO, de Eurípedes Kühl, Edição FEB, 6-1997, páginas 77 e 78;
2. GESTAÇÃO, SUBLIME INTERCÂMBIO, de Ricardo di Bernardi, Liv. Edit. Univ. Ltda., 7-
   1997, páginas 199 a 201 e 203 a 204.




                                                                                                   17
Espiritismo e Genética


                                          MANIFESTO

       Manifesto elaborado pelo Dr PAULO CURI, sob a inspiração de seus amigos espirituais e
fruto de sua decepção com relação à crise de má orientação sexual por que passa o nosso país e a
Humanidade.
       A conjuntura sócio-econômica atual é patrocinadora desta mídia que abertamente bombardeia
nossas crianças com apelos eróticos e demonstrações explícitas de sexo. É um contra-senso, e um
flagrante desequilíbrio mental e espiritual, proibir, procrastinar, adiar, olvidar ou esconder as
informações relativas à educação sexual aos nossos jovens adolescentes e às nossas crianças em
qualquer idade.
       Se a pretensão é não despertar precocemente sexualidades, estamos trocando conhecimentos
com bases cristãs e com responsabilidade, que o lar pode oferecer, por “cultura de lixo” encontrável
em qualquer esquina da vida, atitude ignóbil sob qualquer ponto de vista.
       Vivemos sob a égide de antigos usos e costumes e convivemos com uma fase social
revolucionária, fase de mudanças. Entretanto, nosso orgulho, nossa ignorância e nosso egoísmo não
nos deixam enxergar que estes fatores são preponderantes no aumento exagerado dos casos de
DST/AIDS, gravidez indesejada e, acima de tudo, abortos criminosos, que levam, na maioria dos
casos, ao desencarne prematuro Espíritos que muito contribuiriam no desenvolvimento da
Humanidade.
       Responderemos por nossa omissão!




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Espiritismo e Genética



                       VI. O ABORTO, VISÃO CIENTÍFICA

                                            OBJETIVOS

   1. Transmitir conhecimentos básicos sobre abortamento, suas características, forma de
      diagnóstico, condutas terapêuticas e prognóstico.

   2. Tecer comentários sobre o ponto de vista legal e suas implicações sociais. Ainda, relacionar
      os malefícios advindos ao corpo físico e ao corpo espiritual.

   3. Fornecer subsídios para a compreensão do tema sob a ótica da Codificação da Doutrina
      Espírita, segundo Allan Kardec.


                                         VISÃO TÉCNICA

       1. INTRODUÇÃO

        O termo “aborto” origina-se da palavra latina “aboriri”, que significa “expulsar o feto sem que
ele tenha condições de vitalidade”.
        De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), considera-se abortamento a
expulsão ou extração de feto ou embrião que pese menos de 500g (idade gestacional aproximada de
20 a 22 semanas), ou de qualquer outro produto da gestação, de qualquer peso e especificamente
designado, independentemente da idade gestacional, tenha ou não sinal de vida e seja ou não
espontânea ou induzida.

       2. HISTÓRICO

   •   China - relata ocorrências 3.000 anos a.C.
   •   Egito - 1.550 anos a.C., o Código Hamurabi já previa punições a quem praticasse aborto;
   •   Platão - recomendava a mulheres que engravidassem após 40 anos de idade;
   •   Hipócrates - recomendava exercícios violentos a quem desejasse praticar aborto;
   •   Aristóteles - recomendava aborto como controle da natalidade;
   •   Sócrates - recomendava às parteiras facilitarem o aborto às mulheres que desejassem realizá-
       lo;
   •   Roma - era comum, mas variava o grau de recriminação de acordo com a época; era também
       usado como método anticoncepcional;
   •   Europa - a partir do século XIX, o aborto induzido assumiu proporções preocupantes e vários
       países adotaram leis restritivas;
   •   E.U.A. - o aborto foi legalizado em 1973;
   •   Brasil - o aborto só é permitido quando há ameaça à vida da mulher e em gravidez resultante
       de violência sexual.

       Em 1982, 39% da população mundial vivia em países com legislação liberal acerca do aborto;
25% vivia em países com legislação que autorizava o aborto por razões médico-sociais; 8% vivia em
países onde o aborto era autorizado por motivos amplos; e apenas 28% da população do mundo vivia
em países onde o aborto era totalmente ilegal ou permitido somente para salvar a vida da mãe.

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Espiritismo e Genética

       3. NIDAÇÃO

       Em torno de 6 a 7 dias, após a fertilização, inicia-se o processo de implantação do embrião.
Neste momento ocorre a adesão do trofoblasto ao epitélio uterino e sua penetração na decídua
materna e nas artérias espiraladas. As células maternas e fetais ficam lado a lado, dentro da decídua,
sem, porém, ocorrer efeitos deletérios para ambas as partes. Na decídua, durante o primeiro trimestre
da gestação, e no endométrio de mulheres não grávidas, durante a fase secretora tardia, predomina
uma população de linfócitos granulares grandes (LGL). Eles têm importante papel no controle da
implantação e na transformação da vasculatura uterina pelo trofoblasto.




       4. DIAGNÓSTICO

       História clínica; sinais subjetivos; sinal cardinal (sangramento vaginal - uma entre quatro
gestantes apresentam sangramento no início da gestação e, destas, metade abortam); toque vaginal;
BHCG e ultra-sonografia.
       Em caso de ameaça de abortamento, clinicamente, temos: colo uterino impérvio, ausência de
atividade contrátil e dolorosa. Destas, 30 a 40% abortam.

       5. CLASSIFICAÇÃO

       a) De acordo com a casualidade:

        Espontâneo - interrupção natural da gravidez, antes de 20 semanas de gestação e não há
nenhum precipitante do quadro. Pode ser fato isolado ou habitual. Estima-se que 40% dos embriões
humanos não conseguem completar a nidação; 15% de todas as gestações terminam espontaneamente
entre a 4a. e a 20a semana.

       Induzido - é aquele em que ocorre ação deliberada para interromper a gestação e pode ser
terapêutico, eletivo, criminoso ou ilegal.

       b) De acordo com a idade gestacional:

       Precoce - antes da 12a semana.(3/4 dos abortos clinicamente)
       Tardio - entre a 12a. e a 20a semana.
       c) De acordo com estado clínico:

       Evitável e inevitável; completo, incompleto e retido; séptico e asséptico.


        6. ETIOLOGIA


      a) Genética - atinge 3 a 5% dos casais. É a causa mais freqüente dos abortos precoces. Atinge
50% dos abortos espontâneos. O mais comum é translocação balanceada dos genes.

       b) Anatômica - (1) congênita. Exemplo: septo uterino, útero hipoplásico etc; (2) adquirida
(sinéquias, incompetência istmo-cervical, leiomiomas, endometriose etc).

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Espiritismo e Genética

       c) Hormonais - uma das mais freqüentes (insuficiência lútea, hipotireoidismo, diabete
“melittus”, desordem androgênica, desordem prolactina, elevação luteotrófica (LH), próprio de
ovários policísticos).

       d) Infecção materna - doença infecciosa sistêmica, como pneumonia, peritonite, febre tifóide,
pielonefrite aguda, rubéola, varíola, malária, toxoplasmose, hepatite e outras. É freqüente nas
adolescentes grávidas.

       e) Alterações metabólicas - hiperhomocisteina (deficiência de várias fases do metabolismo)

       f) Alterações vasculares e hematológicas - fator V de Leiden.

       g) Imunológicas - o feto, pelos seus antígenos de origem paterna, representa algo “estranho”
ao organismo materno e suscita uma resposta imune. Fatores supressores da resposta imunitária:
prostaglandina E2, fator de crescimento tumoral, progesterona e outros são desencadeados.

        h) Externos - Tabaco (riscos 2 vezes maior), álcool, irradiação (5 rads ou mais), toxinas
ambientais, gases anestésicos, arsênico, chumbo, benzeno, óxido de etileno etc. Também incidem
fatores como: exercícios físicos, viagens, trabalho exaustivo, traumatismo físico, emoções, coito etc.

       i) Idade materna - (1) avançada (alterações citológicas sofridas pelos folículos ovarianos
primários; (2) adolescente (estima-se que, entre 25 a 30% das mulheres que dão à luz no Brasil, têm
menos de 19 anos de idade)). É consenso que quanto menor a idade da gestante maior é o índice de
hipertensão, de eclampsia, de prematuridade, de baixo peso do recém-nascido e abortamento, desde
que não haja acompanhamento eficiente em serviço de pré-natal adequado. É observado um grande
número de cesáreas por desproporção céfalo-pélvica.

       j) Gemelidade - o abortamento e o parto prematuro são mais freqüentes na prenhez múltipla.

        k) Gravidez ectópica - é a nidação e desenvolvimento do ovo em qualquer ponto fora da
cavidade do corpo uterino. Dependendo da natureza do serviço que apresentam seus dados, sua
freqüência é de 1/40 a 1/400. Risco global: 0,3%. Recidiva contralateral: 10 a 15% de toda gestação.
20% ocorre em nulíparas. É de 7 a 8 vezes maior em mulheres que fizeram tratamento por problemas
de esterilidade e tem grande incidência em mulheres que usam o DIU como método anticoncepcional.
Podem ser classificadas em tubárias, ovarianas, abdominais e cervicais.

       Etiologia: Anormalidade das trompas; Anomalias ovulares intrínsecas; Focos de
endometriose (endossalpinge - ovário - peritônio); Doença inflamatória pélvica; Divertículos
tubários; Trompas hipoplásicas; Pólipos tubários; Tumores; Cirurgias pélvicas etc.

       Evolução clínica: É raro a trompa suportar gestação a termo e mais raro ainda manter o feto
vivo. Regra geral é resolução espontânea assintomática. Abortamento tubário, ruptura tubária ou
implantação secundária, são outras formas clínicas que ocorrem geralmente entre a metade do 2o. e o
término do 3o. mês.

       l) Mola ou Mola Hidatiforme - anomalia ovular em que parte ou a totalidade das vilosidades
assumem o aspecto de vesículas e em que, na maioria das vezes, o concepto está ausente ou se
encontra reduzido a restos desintegrados.

      Coriomas benignos ou mola: há gradual desaparecimento dos elementos celulares e
degeneração das fibras colágenas, que se fragmentam e tendem a se esmaecer.
                                                                                                   21
Espiritismo e Genética


      Corioadenoma: também designado “chorioadenoma destruens” - mola invasora - em que
uma ou mais vilosidades coincidentes com ou seguidas de degeneração molar, invadem o miométrio.

       Coriocarcinoma - constituído por trofoblasto essencialmente maligno.

Por coriocarcinoma devemos entender as ectopias trofoblásticas não-vilosas.

       6. TRATAMENTO

  Evitáveis - tratamento médico adequado; a seguir, pré-natal adequado.

  Inevitáveis - tratamento cirúrgico de acordo com a etiologia.


       7. PROGNÓSTICO

       É reservado e depende do diagnóstico.


                                    VISÃO DOUTRINÁRIA

       Allan Kardec inseriu no “Livro dos Espíritos” algumas perguntas, ao Plano Espiritual, que nos
fazem apelar para um raciocínio assaz versátil para podermos entender até onde o Codificador queria
que chegássemos.
       Vejamos:

       •      L.E., 344 - Em que momento a alma se une ao corpo?

       Resposta: - “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento”...

       Comentários: A retirada de um feto, em qualquer época da gestação, caracteriza um aborto.

       •      L.E. 356 - Entre os natimortos alguns haverá que não tenham sido destinados à
encarnação de Espírito?

       Resposta: - “Alguns há, efetivamente, a cujos corpos nunca nenhum Espírito esteve destinado.
Nada tinha que se efetuar para eles. Tais crianças então só vêm por seus pais”.

       •      L.E.356-a - Pode chegar a termo de nascimento um ser dessa natureza?

       Resposta: - “Algumas vezes; mas não vive”.

        Comentários: A idéia fixa da candidata à mãe, em engravidar, produz uma auto-obsessão,
criando um molde mental que fornece a forma energética para as células se desenvolverem intra-útero
e, de acordo com André Luiz, em “Ação e Reação”, o planejamento reencarnatório ocorre para uma
minoria. O processo realmente obedece às leis biológicas e à lei da afinidade. Ainda, nas vezes em
que não chegou a termo, ocorreu evidentemente um aborto natural.


   •   L.E. 358 - Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?
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Espiritismo e Genética



      Resposta: - “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja,
cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede
uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”.

   •   L.E. 359 - Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela,
       haverá crime em sacrificar-se à primeira para salvar a segunda?

       Resposta: “Preferível é se sacrificar o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe”.

        Comentários: Ainda não tivemos a chance de nos depararmos com um caso destes. Entretanto,
nestas circunstâncias, o Plano Superior nos orienta a uma análise bem judiciosa e, pela prece, colocar-
nos acessíveis às orientações de nossos guias espirituais.


                                     INTERAÇÕES MENTAIS

        O ser humano é dotado de imenso potencial energético. Mobilizando esta força psicocinética,
a gestante pode interferir nas ligações intrínsecas entre o espírito reencarnante e seu embrião. Se esta
interferência for de amor, a gravidez se desenrolará a contento. Se, porém, for de rejeição, há sério
risco de ocorrer aborto, aparentemente classificado de espontâneo.
        Há de se considerar, também, a ação nefasta que determinados pais exercem sobre o concepto,
seja ela direta com referência à mãe, seja indireta, criando embaraços psíquicos, através do sono, ao
espírito reencarnante.
       Numa similitude ao nosso temor à morte, determinados Espíritos temem deixar uma situação
que lhes parece estável, no mundo espiritual, para usufruir novamente, na matéria, de oportunidades
de crescimento, embora aprisionando ou anestesiando suas conquistas do passado. Neste momento
retraem-se, aflora um medo do desconhecido ou medo de nascer e fracassar. Buscam, então, a solução
no aborto espontâneo, mobilizando suas forças mentais.


                                  A TRAJETÓRIA DO ESPÍRITO

        O Espírito imortal, em sua trajetória rumo ao progresso, utiliza o corpo material para
purificação, progresso moral e intelectual, asas indispensáveis no vôo ao infinito do conhecimento.
       O exercício do aprendizado requer a reencarnação, neste ou em outros mundos, dos milhares
criados pelo nosso Pai.
      As moléculas perispirituais, a fim de se ajustarem àquela primeira molécula física,
condensam-se previamente.
        No terço médio do tubo falopiano, surge à nave que transportará este ser imortal durante anos
e anos, patrocinando-lhe meios de expiar suas mazelas, adquiridas nos milhares de vezes que por aqui
passou. Também é a oportunidade de provar a aptidão de vivenciar novas conquistas em outras searas
celestiais.
      No instante em que é penetrado o gameta feminino pelo masculino (fecundação), o espírito
também se conjuga a esta microscópica célula, arcabouço do futuro corpo material.
       De uma única célula, subdividindo-se incessantemente, surge um amontoado de matéria sem
forma definitiva. Gradativamente, entretanto, fixará o perfil humano.

                                                                                                       23
Espiritismo e Genética


        O embrião, de movimentos curtos, suaves e batidas cardíacas débeis, evolui incessantemente
para, próximo ao nascimento, apresentar movimentos mais largos, mais vigorosos. Estará, desde
então, revestido de células, órgãos e aparelhos amadurecidos, propícios para pleno funcionamento no
ambiente externo.
       Um trabalho digno do mais requintado artista e, no entanto, fenômeno repetitivo há milhões
de anos.
      As células, durante a existência, cambiam-se em diferentes intervalos de tempo. Entretanto,
mantêm constante a arquitetura primitiva gravada no perispírito.
       Não é justo que tudo se acabe, prematuramente, na ponta de um instrumento cruel, manejado
por um profissional assassino, frio e inconseqüente!



                                          Bibliografia:


1. APONTAMENTOS, do Doutor Paulo Cury, da AME-Rio e do CELD;
2. O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, Edição FEB;
3. VIDA E SEXO, de F.C.Xavier-Emmanuel, Edição FEB;
4. GESTAÇÃO, SUBLIME INTERCÂMBIO, de Ricardo di Bernardi, 5a. edição;
5. SEXO E DESTINO, de F.C.Xavier e Waldo Vieira-André Luiz, Edição FEB;
6. AÇÃO E REAÇÃO, de F.C.Xavier-André Luiz, Edição FEB;
7. OBSTERÍCIA, de F.C.Grelle, 2a. edição;
8. BSTETRÍCIA, de Jorge Resende, 2a. edição;
9. PRENHEZ ECTÓPICA, da Enciclopédia Méd. Brás., por Luiz Fernando C.O.Braga;
10. ABORTAMENTO, GO Dez.1999, por Diógenes Basegio e col;
11. ABORTAMENTO RECORRENTE, GO Set.1998, por Sulani S. de Souza e col..




                                                                                                24
Espiritismo e Genética



               VII. O ABORTO E A LEI DE CAUSA E EFEITO


       Constitui crime a provocação do aborto em qualquer período da gestação?

       “Há crime sempre que transgredis a Lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá
crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma
de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”. (LE 358).

                              A programação de uma nova existência
:
        Criamos projetos, aventamos sugestões, articulamos providências e externamos votos
respeitáveis, englobando-nos com eles em salutares compromissos que, se observados, redundarão
em bênçãos substanciais para todo o grupo de corações a que se nos vincula a existência. (VIDA E
SEXO).
        “(...) Serei igualzinho a você, mamãe, em beleza e porte físico. Meus olhinhos serão idênticos,
meus lábios suaves e cabelos macios se igualarão aos seus, porque tudo está determinado no gene
hereditário”...
        “Sabe mamãe, foi muito difícil este nosso encontro; se não fosse a presença de Deus nas mãos
de nossos irmãos espirituais elevados, não haveria possibilidade de aproximarmo-nos e de eu nascer
de seu ventre...”. (PIEDADE).
        Exemplo: a reencarnação de Segismundo.
        “Entre ambas a classes (os superiores e os inferiores), porém, contamos com milhões de
Espíritos, medianos na evolução, portadores de créditos apreciáveis e dívidas numerosas, cuja
reencarnação exige cautela de preparo e esmero de previsão”.
        “Institutos de escultura anatômica funcionam, por isso, no Plano Espiritual, brunindo formas
diversas, de modo a orientar os mapas ou prefigurações do serviço que aos reencarnantes competirá
mais tarde atender”.
        “Corpos, membros, órgãos, fibras e células são aí esboçados e estudados, antes que se definam
os primórdios da re-materialização terrestre, porque, nesses casos, em que a alma oscila entre méritos
e deméritos, a reencarnação permanece sob os auspícios de autoridades e servidores da Justiça
Espiritual que administra recursos a cada aprendiz da sublimação, de acordo com as obras edificantes
que lhes constem o currículo da existência”.
        “Por isso, os candidatos à reencarnação, sem superioridade suficiente de modo a supervisioná-
la com o seu próprio critério e distantes da inferioridade primitivista que deles faria escravos
absolutos da herança física, são admitidos a instituições-hospitalares em que, magnetizadores
desencarnados, bastante competentes pela nobreza íntima, se incumbem de aplicar-lhes fluidos
balsamizantes que os adormecem, por períodos variáveis, de conformidade com a evolução moral que
enunciem, a fim de que os princípios psicossomáticos se adaptem a justo restringimento, em bases de
sonoterapia”.
         “Desse modo, regressam ao berço humano nas condições precisas, recolhidos a novo corpo,
qual operário detentor de virtudes e defeitos a quem se concede novo uniforme de trabalho e nova
oportunidade de realização”.
         “Paternidade e maternidade, raça e pátria, lar e sistema consangüíneo são conjugados com
previdente sabedoria para que não faltem ao reencarnante todas as possibilidades necessárias ao êxito
no empreendimento que se inicia. (...) Às vezes, deve sofrer mutilações e enfermidades benéficas,
inibições e dificuldades orgânicas de caráter inevitável, porque, de aprendizado a aprendizado e de
tarefa a tarefa, quanto o aluno de estágio a estágio para as grandes metas educativas, é que se
levantará, vitorioso, para a ascensão Imortalidade Celeste”. (EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS).
                                                                                                    25
Espiritismo e Genética


       “O Espírito quando está em processo de reencarnação, em muitos casos, mantém a sua
consciência e guarda em sua memória espiritual os momentos marcantes pelos quais passa”.
        “Esse é um aspecto fundamental para o encarnado compreender bem o significado da
formação da vida e dos atos de amor que os pais devem transmitir aos filhos durante os meses
gestacionais”. (MINHA VIDA EM GESTAÇÃO, Apresentação).

                          Abortamento criminoso e suas conseqüências

a) PARA O ABORTADO:

   • decepção, frustração, tristeza;
   • rancor e vingança;
   • dor pela mutilação;
   • obsessão.

b) PARA A GESTANTE:

   •   a maior responsável por esta falta;
   •   mesmo que subjugada, a palavra final é dela;
   •   existem muitos caminhos, mesmo que pedregosos e existem muitas alternativas e apoios,
       mesmo que só dos amigos desencarnados;
   •   desajustes das energias psicossomáticas com mais penetrante desequilíbrio do centro
       genésico, implementando nos tecidos da própria alma a sementeira de males que frutescerão
       mais tarde;
   •   remorso e culpa ==> víbora magnética;
   •   vibração de angústia, revolta e vingança dos Espíritos abortados, culminando em processo
       obsessivo;
   •   conseqüências imediatas no corpo físico: rupturas, infecção, hemorragias e até o desencarne.

       Desequilíbrio do centro genésico:

   •   toxemias gravídicas;
   •   alterações na produção de muco pelas células ciliadas das trompas não conduzindo o óvulo;
   •   deficiência hormonal do ovário;
   •   gravidez ectópica;
   •   heterotopia;
   •   hemorragias;
   •   placenta prévia;
   •   descolamento prematuro da placenta;
   •   hipocinesia uterina, germicultura e infecção puerperais;
   •   salpingite tuberculosa;
   •   anexites, abscessos;
   •   dismenorréias;
   •   tumores.

       Desequilíbrio do centro cardíaco:

   •   síndromes circulatórias na gravidez;
   •   insuficiência cardíaca;
                                                                                                   26
Espiritismo e Genética


   •   gviciação do centro cardíaco em conseqüência de aborto calculado, seguido de disritmia das
       forças psicossomáticas que regulam o eixo elétrico do coração.

       Desequilíbrio no centro cerebral:

   •   modificação de personalidade;
   •   esquizofrenia;
   •   depressão;
   •   efeito de culpa e remorso ou ação obsessiva.

c) PARA O PAI:

   •   moléstias testiculares, logo na encarnação seguinte;
   •   distúrbios hormonais;
   •   distúrbios mentais, secundários à obsessão.

d) PARA OS AUTORES ESPIRITUAIS:

(Familiares, amigos, torcedores).
       Conseqüências semelhantes às citadas anteriormente.

e) PARA OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE:

(Enfermagem, ginecologistas e obstetras delinqüentes).
       Conseqüências semelhantes. (NOSSO LAR, Cap. 31 - Vampirismo).

                        CAUSAS - CULPA - PUNIÇÃO – REPARAÇÃO

       Alguns exemplos: (Do livro PIEDADE - “Os abortados”):
       a vergonha, cap. 73;
       o desertor, cap. 53.

A CULPA

       Do livro PSICOLOGIA E ESPIRITUALIDADE, página 141:
   •   sanção interna por algo feito em desacordo com princípios pré-estabelecidos;
   •   atitude, idéia ou sentimento em desacordo com as Leis de Deus;
   •   como o indivíduo se posiciona face às influências da cultura e do meio social (relatividade);
   •   impressão da responsabilidade que se assume diante de uma ocorrência passada, sem ter, no
       entanto, a coragem de resolvê-la.

PUNIÇÃO

   •   Libertar-se da culpa é colocar-se diante das conseqüências dos atos com a disposição de
       resolvê-los corajosamente;
   •   Não basta o arrependimento (primeiro) nem a realização de outro ato compensativo
       (segundo), pois o trabalho de reparação requer retornar-se às causas geradoras do que foi
       feito.


                                                                                                 27
Espiritismo e Genética


A REPARAÇÃO

     •   O processo de reparação não é punitivo ou compensatório, mas sempre educativo;
     •   O trabalho de reparação dos equívocos cometidos, conscientemente ou não, pode ser feito sem
         que o Espírito venha a sofrer.

         Para tanto, deve:
     •   formular detalhadamente o equívoco cometido;
     •   enumerar todas as razões pessoais, sejam condenáveis ou não, que levaram ao ato;
     •   enumerar outras maneiras que poderiam ter sido utilizadas para a realização daquele ato;
     •   identificar atitudes, pensamentos e sentimentos que gostaria de evitar fazer de novo;
     •   verificar em que leis espirituais tropeçou;
     •   estabelecer um plano exeqüível em que você agora aja, de acordo com cada lei que contrariou
         por atuação indevida ou desconhecimento;
     •   submeter suas conclusões a outra pessoa.

A CULPA pode levar a um processo facilitador da obsessão:


     Culpa ==> autopunição ==> autoperdão ==> autodesculpa ==> confissão a nós mesmos, a
alguém e a Deus.
     Ainda segundo André Luiz: “- Sabemos que é possível renovar o destino todos os dias. Quem
ontem abandonou os próprios filhos, pode hoje se afeiçoar aos filhos alheios, necessitados de carinho
e abnegação”.
     O próprio Evangelho do Senhor, na palavra do Apóstolo Pedro, adverte-nos quanto à
necessidade de cultivarmos ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobre a
multidão de nossos males.

                                            Bibliografia:

1.   O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, Edição FEB, 2-1994, Q. 358;
2.   PSICOLOGIA EESPIRITUALIDADE, de Adenauer Novaes, página 141 (A Culpa);
3.   MINHAVIDA EM GESTAÇÃO, (Apresentação);
4.   NOSSO LAR, de F.C.Xavier-André Luiz, Edição FEB, Cap. 31;
5.   EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS, de F.C.Xavier-André Luiz, Edição FEB, 2a. parte;
6.   PIEDADE (Os Abortados);
7.   VIDA E SEXO, de F.C.Xavier-Emmanuel, Edição FEB, cap.17.




                                                                                                  28
Espiritismo e Genética


                                     VIII. AS DOENÇAS


       Questões para serem meditadas:


   •   O que é doença?
   •   O que é cura?
   •   A doença está no corpo físico? - Às vezes? - Sempre?
   •   E a cura, é espiritual? - Sempre? - Às vezes?
   •   Se a cura é espiritual:
   •   O Espírito é que é curado?
   •   A cura é feita por Espíritos?
   •   Que espíritos?
   •   O próprio encarnado?
   •   Os desencarnados? (diretamente ou através de médiuns)?
   •   A doença pode estar no Espírito?
   •   O que é Medicina Espiritual?
   •   O que é passe?
   •   O que é necessário para viver com saúde?
   •   Como poderíamos viver com saúde?

                       Doenças: Definições, Causas e Caminhos para a Cura.

      “Doença, do ponto de vista espiritual, é o resultado do desequilíbrio do Espírito que não
mantém o corpo espiritual equilibrado, tornando o corpo físico vulnerável”. (Ignácio Bittencourt).
      “A doença é o resultado do desequilíbrio energético do corpo em razão da fragilidade
emocional do espírito que o aciona”. (Joanna de Ângelis).
      Foi perguntado ao Dr. Hermann: Podemos atribuir doenças comuns, que temos hoje em dia,
muito mais a desequilíbrios do que a falha orgânica propriamente dita?

        Resposta: “Mas claro que sim! O homem está zeloso com a sua aparência, mas desmazelado
com a sua harmonia, quer orgânica quer psicológica. Ele está zeloso, faz ginástica, mas se esquece do
controle alimentar, dos abusos alimentares”. (Dr. Hermann, em Apostila do E. E. Med. Esp.).
        “A cura significa o reequilíbrio do Espírito, refletido no corpo espiritual e no corpo físico”.
        “A Medicina Espiritual é a atividade exercida pelos Espíritos que, utilizando recursos
fluídicos, magnéticos e espirituais, promove a cura dos indivíduos, embora comumente se inclua
nesta categoria a ação curadora por medicamentos ou por recursos cirúrgicos”.
       “Os homens precisam entender que a ação magnética, o fenômeno da cura, o potencial
energético que se desprende das mãos do médium, atinge ao corpo, mas não é para substituir, pura e
simplesmente, a medicação terrena e, sim, para colocar o corpo em condições de equilíbrio e até
receber a medicação terrena”.
        Quem deve ser curado primeiro: o corpo ou o espírito? Ora, “se o corpo reflete o que há no
espírito, quem precisa ser curado primeiro é o espírito!”.
        “A Medicina Espiritual há de ser associada à medicina humana, encarnada, em função de que
uma vai cuidar do corpo e a outra do espírito”. (Ignácio Bittencourt).
        No tratamento com passes, a eficácia depende da qualidade dos fluidos ministrados.
        Segundo Joanna de Ângelis, para vivermos com saúde, devemos: exercitar: o auto-amor, o
autoperdão, o estímulo para a vida e a doação! (PLENITUDE).
                                                                                                        29
Espiritismo e Genética

        Segundo o “Evangelho Segundo o Espiritismo”, as causas das aflições podem ser atuais ou
anteriores à presente encarnação. Por exemplo: Podemos conseguir uma gastrite com o mau uso do
regime alimentar, estando aí caracterizado uma causa atual do sofrimento.
        Poderia aí haver uma repercussão no Espírito?
        Vários estudos sobre a Esquizofrenia nos mostram tratar-se de doença cármica, portanto
ligada a causas anteriores do sofrimento. Haverá aí conseqüências para o corpo físico?
        Como causas atuais, citaremos ainda a somatização de problemas emocionais causados por:
insegurança, medo, mágoa, ódio, rancor e ciúme. São problemas do Espírito, gerando graves
problemas orgânicos.
        Vemos aí, então, que desequilíbrios do Espírito podem desarmonizar o fluxo de energia,
causando doenças físicas e mentais.
        Segundo Joanna de Ângelis, “A doença é o resultado do desequilíbrio energético, favorecendo
o surgimento de doença”.
        Para compreendermos as causas anteriores dos sofrimentos, relembraremos o ser integral que
somos: corpo, espírito, perispírito.
        Lembremo-nos, ainda, da sigla AER (arrependimento, expiação, reparação) como fases
seqüenciais que vivenciamos para cada falta cometida. Quando nos arrependemos, marcamos
energeticamente nosso perispírito. Daí, então, sofrimentos como: paralisias, limitações orgânicas e
mentais, patologias congênitas sem possibilidades de reequilíbrio; certos tipos de loucura, de
cânceres, enfermidades degenerativas etc. São recursos expiatórios para o infrator.
       Segundo André Luiz, “Somos herdeiros de nós mesmos” e segundo Ignácio Bitencourt, “Se o
corpo reflete o que há no Espírito, o Espírito precisa ser curado primeiro”.
        “Se os médicos são mal-sucedidos, tratando da maior parte das moléstias, é que tratam do
corpo, sem tratarem da alma. Ora, não se achando o todo em bom estado, impossível é que uma parte
dele passe bem”. (E.S.E., de Allan Kardec, Introd., item XIX).
        “Os sofrimentos devidos a causas anteriores à existência presente, como os que se originam de
culpas atuais, são muitas vezes a conseqüência de falta cometida, isto é, o homem, pela ação de uma
rigorosa justiça distributiva, sofre o que fez sofrer aos outros”. (E.S.E., de Allan Kardec, Cap. V, item
7).

       O que é a cura?

        É toda uma movimentação química que ocorre nas células, condicionando-nos à retomada da
ligação com a vida na plenitude de nossa capacidade de ação.
        Curar-se é alcançar maiores níveis de capacidade de amar a nós mesmos, ao próximo e à Vida.
        Curar-se é, em essência, um fenômeno espiritual pelo fato de ter sua gênese no Espírito. A
cura é, pois, espiritual. Corpo sadio é sinônimo de espírito saudável, que se ama.
        Peter Garet, em um artigo, fala do “poder de cura do perdão”. A capacidade de perdoar alivia
a mente e o coração.
        Pesquisas mostraram a relação entre a lembrança de uma ferida antiga e o aumento de pressão
sangüínea, dos batimentos cardíacos e da tensão muscular. Pessoas que já perdoaram alguém afirmam
estar mais saudáveis do que quem não perdoou, conclui a pesquisa.
        “(...) A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O
poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada. Mas, depende também
da energia da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto
maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daqueles que desejam realizar
a cura, seja homem ou espírito”. (A GÊNESE, Cap XIV).
        “Os órgãos físicos são constituídos de moléculas físicas, os órgãos do corpo espiritual são
constituídas de moléculas mais sutis. As moléculas materiais são aglomerações das moléculas
primitivas. Equilibram-se energeticamente as moléculas mais sutis, teremos como conseqüência um
equilíbrio de funções nas moléculas materiais, ou seja, no órgão do corpo físico”.
                                                                                                      30
Espiritismo e Genética

       Na aplicação de passes no órgão afetado: Se o médium não tiver conhecimento do corpo
humano, o fluido vai ser depositado sobre o órgão lesado e será absorvido por um processo natural e
mecânico, conforme a sua necessidade. Se o médium tiver este conhecimento, ele vai direcionar o
fluido, injetando-o no órgão lesado, acelerando o processo de absorção. Quanto maior o
conhecimento do médium, melhor o resultado.
       Na aplicação de passes nos centros de força: O fluido atinge o perispírito e é distribuído para
os órgãos. O órgão afetado absorve o fluido por um processo natural e mecânico, conforme a sua
necessidade. O mecanismo de absorção do fluido segue o mesmo princípio de transferência de
energia: o ponto de menor energia absorve do ponto que tem mais. Quanto ao aspecto de seleção, o
órgão lesado vai absorver a energia que lhe está faltando a complementar.

                                            Os Centros de Força

         No livro “Entre a Terra e o Céu”, André Luiz, nos passa os ensinamentos do Ministro
Clarêncio, que nos esclarecem que “o nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por
sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns
com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de
células elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento
vibra em circuito fechado. Nossa posição mental determina o peso específico do nosso envoltório
espiritual e, conseqüente ‘habitat”que lhe compete. Mero problema de padrão vibratório. Cada qual
de nós respira em determinado tipo de onda.
         (...) Sublimamos ou desequilibramos o delicado agente de nossas manifestações, conforme o
tipo de pensamento que nos flui da vida íntima. Quanto mais nos avizinhamos da esfera animal,
maior é a condensação obscurescente de nossa organização e, quanto mais nos elevamos, ao preço de
esforço próprio, no rumo das gloriosas construções do espírito, maior é a sutileza de nosso envoltório.
(...) Tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia do centro de força, que reage em nosso
corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais.

       Analisando a fisiologia do perispírito, classifiquemos os seus centros de força. Temos:

       O centro coronário - expressão máxima do veículo que nos serve, de alto padrão de
radiações, de vez que nele se assenta à ligação com a mente, fulgurante sede da consciência. Dele
emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdivisões, sendo responsável pela
alimentação das células do pensamento e o provedor de todos os recursos eletromagnéticos
indispensáveis à estabilidade orgânica.

   •   O centro cerebral - que ordena as percepções de variada espécie, que na vestimenta carnal
       constituem a visão, a audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem
       respeito à Palavra, à Cultura, à Arte, ao Saber. É neste centro que possuímos o comando do
       núcleo endócrino, referente aos poderes psíquicos.

   •   O centro laríngeo - que preside aos fenômenos vocais.

   •   O centro cardíaco - que sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral.

   •   O centro esplênico - que, no corpo denso, está sediado no baço, regulando a distribuição e a
       circulação adequada dos recursos vitais em todos os caminhos do veículo de que nos
       servimos.

   •   O centro gástrico - que se responsabiliza pela penetração de alimentos e fluido em nossa
       organização.
                                                                                             31
Espiritismo e Genética


   •   O centro genésico - em que se localiza o santuário do sexo, como templo modelador de
       formas e estímulos.

       Não podemos olvidar, porém, que o nosso veículo sutil, tanto quanto o corpo de carne, é
criação mental no caminho evolutivo. (...) Tudo é trabalho da mente no espaço e no tempo, a valer-se
de milhares de formas, a fim de purificar-se e santificar-se para a Glória Divina.
       Quando a nossa mente, por atos contrários à Lei Divina, prejudica a harmonia de qualquer um
desses fulcros de força de nossa alma, naturalmente se escraviza aos efeitos da ação desequilibrante,
obrigando-se ao trabalho de reajuste. (ENTRE A TERRA E O CÉU, de André Luiz, páginas 126 e
129).

                                  O Poder do Pensamento e da Fé

       Ainda André Luiz, ouvindo o Assistente AULUS, nos ensina:

        Em fotografia precisamos da chapa impressionável para deter a imagem, tanto quanto em
eletricidade carecemos do fio sensível para a transmissão da luz. No terreno das vantagens espirituais,
é imprescindível que o candidato apresente uma certa “tensão favorável”. Essa tensão decorre da fé.
(...) Sem recolhimento e respeito na receptividade, não conseguimos fixar os recursos imponderáveis
que funcionam em nosso favor, porque o escárneo e a dureza de coração podem ser comparados a
espessas camadas de gelo sobre o templo da alma.
        O passe é uma transfusão de energias, alterando o campo celular. (...) Tudo é espírito no
santuário da Natureza. Renovemos o pensamento e tudo se modificará conosco. Na assistência
magnética, os recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura
necessitada para que ela ajude a si mesma. A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a
servem, no templo do corpo, edificando valiosas reconstruções. O passe, como reconhecemos, é
importante contribuição para quem saiba recebê-lo, com o respeito e a confiança que o valorizam.
(NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE, de André Luiz, páginas 168 a 170).

                                   Genética x Campo Espiritual

       Pesquisas do cientista Dean Hamer, do Instituto do Câncer dos Estados Unidos, relacionam
dados observados em 33 pares de gêmeos unissexuais com os respectivos códigos. A pesquisa do Dr.
Hamer tem o mérito de acrescentar à Genética possibilidade de percorrer caminhos na área do
psiquismo - impulsos, desejos e emoções. É a Genética se aproximando do campo espiritual.
(Eurípedes Kühl).

                                        O Futuro do Planeta Terra

       Prevenindo-se as doenças ===> mais fácil será tratá-las

       Menos doenças ===> menos dor

       Menos dor ===> mais evolução espiritual

       Mais evolução espiritual ===> mais amor entre os homens
       Mais amor entre os homens ===> mais próximos de Deus!




                                                                                                    32
Espiritismo e Genética


                                        Bibliografia:

      1.   O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, de Allan Kardec, Edição FEB,
08/1993;
      2.   A GÊNESE, de Allan Kardec, Edição FEB, 10/1992;
      3.   GENÉTICA E ESPIRITISMO, de Eurípedes Kühl, Edição FEB, 06/1997;
      4.   ENTRE A TERRA E O CÉU, de F.C.Xavier/André Luiz, Edição FEB, 05/1997;
      5.   NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE, de F.C.Xavier/André Luiz, Edição FEB;
      6.   PLENITUDE, de Divaldo P. Franco/ Joanna de Angelis, Edição LEAL, 1999;
      7.   APOSTILAS DE MED.ESPIRITUAL, orientação de Ignácio Bittencourt;
      8.   APOSTILAS DE MED.ESPIRITUAL, orientação do Dr. Hermann.




                                                                                    33
Reencarnação e suas Leis
Reencarnação e suas Leis
Reencarnação e suas Leis
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Reencarnação e suas Leis
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Reencarnação e suas Leis
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  • 1. Centro Espírita Léon Denis Curso: Espiritismo e Genética Patrono: Paul Gibier Ano: 2006 Volume 2 - Reencarnação e suas Leis - Fatores de Desequilíbrio: Doenças e sua Cura - Engenharia Genética “O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência sem o Espiritismo se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria. Ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação”. Allan Kardec ÍNDICE
  • 2. Espiritismo e Genética Assunto Pág. I - Escolha das Provas 03 II - Reencarnação Dirigida e Compulsória 05 III - Esquecimento do Passado 07 IV - Reencarnação e Suas Leis 12 V - Planejamento Familiar 14 VI - Aborto, Visão Científica 17 VII - Aborto e a Lei de Causa e Efeito 23 VIII - As Doenças 27 IX - Transtornos Psicossomáticos 32 X - Síndromes Hereditárias 36 XI - Doenças Sexualmente Transmissíveis 46 XII - Reencarnação e Sexo 53 XIII - Engenharia Genética 60 XIV - Os Transgênicos 62 XV - Geneterapia 64 XVI - Clonagem 66 XVII - O Projeto Genoma 75 XVIII - Sexagem 84 XIX - O Homem do Futuro 88 XX - A Bioética 91 2
  • 3. Espiritismo e Genética I. A ESCOLHA DAS PROVAS • Por que sofrem uns mais do que outros? • Por que uns nascem na miséria e outros na opulência? • Por que uns são bonitos e outros feios? • Por que alguns não são bem sucedidos em nada, enquanto para outros tudo parece sorrir? Em “O Evangelho Seg. o Espiritismo”, vemos algumas explicações para esses fatos. O homem é, em um grande número de casos, o construtor dos próprios infortúnios. Entretanto, sempre haverá oportunidade de uma nova vida, em que o homem poderá aproveitar as experiências do passado e tomar boas resoluções para o futuro. Lembramo-nos da afirmativa: “todo efeito tem uma causa”. Então, as misérias que nos atingem são efeitos, que, naturalmente, devem ter uma causa. E, como Deus é justo, esses efeitos devem ser justos: Deus não pune o bem que se fez. Se somos punidos, é porque fizemos o mal. Na mesma obra de Kardec, no capítulo sobre as causas das aflições, vemos que elas podem ser atuais ou anteriores à presente existência. A punição dos erros nem sempre se faz na existência atual. Se não sofrer hoje as conseqüências dos males que cometeu, sofrerá numa próxima existência (causas anteriores). Para cada falta cometida, durante a encarnação, o Espírito, antes de pagar pelo seu erro, terá que se arrepender; depois, então, expiar e reparar (sigla AER). Pela reencarnação, temos oportunidade de reviver situações e traumas com as pessoas com quem temos afinidade, ou não, com a intenção de trabalharmos não só o conflito dos relacionamentos regidos pela lei de causa e efeito, mas o autoburilamento, que só ocorrerá mediante o autoconhecimento. Quando estes efeitos afloram, surge a necessidade da reparação. Só reparando um erro, seja ele qual for, é que vamos tranqüilizar a nossa consciência. Para adquirirmos uma consciência plena de amor, precisamos das muitas existências sucessivas, onde trabalharemos a semente do amor de Deus em nós. As tribulações da vida podem ser impostas a Espíritos endurecidos e que perderam provisoriamente o direito de usar o livre-arbítrio, ou são muito ignorantes para fazerem uma escolha com conhecimento de causa. Podem, porém, essas tribulações serem escolhidas livremente por Espíritos arrependidos e que desejam reparar o mal que fizeram e se exercitarem em proceder melhor. Assim, as tribulações podem ser, ao mesmo tempo, expiações que castigam pelos erros do passado e provas que preparam para o futuro. Nem sempre significa que um indivíduo em grandes sofrimentos está sendo punido por faltas cometidas. Muitas vezes, os sofrimentos são simples provas escolhidas pelo próprio Espírito para concluir sua depuração e apressar seu adiantamento. Assim sendo, as expiações sempre servem de prova, mas a prova nem sempre é expiação. O sofrimento que não desperta lamentações pode ser uma expiação, mas isso é um indício que tal expiação foi escolhida voluntariamente e não imposta, o que é um sinal de progresso. Escolhida a prova, naqueles Espíritos em que há essa possibilidade, os “Construtores da Vida” organizam, com o máximo cuidado e competência, o plano reencarnatório de cada ser humano. Tal plano baseia-se fundamentalmente em duas condições: Merecimento individual; Passivo a resgatar perante as leis morais. Definido e aprovado o plano nas esferas espirituais elevadas, retorna o ser à carne, no mais adequado ambiente social. Em “Missionários da Luz”, capítulos 12 e 13, que nos falam sobre a preparação de experiências reencarnatórias, André Luiz refere-se a Espíritos ainda em débito, mas com valores de 3
  • 4. Espiritismo e Genética boa vontade, perseverança e sinceridade, que lhes outorgam o direito de influir sobre a escolha das provas. Há, nesses capítulos, interessantes descrições do departamento de planejamento das reencarnações: entidades conduzindo rolos, semelhantes a pergaminhos, contendo mapas de formas orgânicas, elaborados por orientadores especializados em conhecimentos biológicos da existência terrena e de acordo com as necessidades provacionais do reencarnante. Há, também, a descrição de modelos de corpos masculinos e femininos, com todos os detalhes anatômicos de órgãos, músculos, glândulas, órgãos sexuais etc. Os modelos do próximo corpo físico são então desenhados e as escolhas, por exemplo, de traços físicos de defeitos saem no gráfico. Aí também são planejados o tempo de vida e as provas de ordem moral. Em geral, Espíritos que conseguiram méritos no seu aperfeiçoamento solicitam providências em favor de existência sadia, preocupando-se com a resistência, equilíbrio, durabilidade e fortaleza do instrumento que lhes deve servir, mas pedem medidas a lhes atenuarem o magnetismo pessoal, em caráter provisório, evitando-lhes apresentação física muito primorosa, ocultando assim a beleza de suas almas para garantir a eficiência de suas tarefas. Vimos também, nesses capítulos, o pedido para que os traços fisionômicos e do corpo fossem alterados, para que a beleza não fosse uma característica predominante, o que poderia atrapalhar a prova a que o Espírito se propõe. E a Genética? Como ela se relaciona com o planejamento da reencarnação? São descritos por André Luiz, na obra acima referida, capítulo 13, os mapas cromossômicos, onde a geografia dos genes é examinada pelos orientadores da reencarnação. A modelagem fetal e o desenvolvimento do embrião obedecem às leis físicas naturais, aos automatismos estabelecidos pela evolução de cada espécie, mas em todos esses fenômenos, a cooperação espiritual coexiste com as leis, de acordo com os planos de evolução ou resgate do Espírito reencarnante. Segundo Léon Denis, em “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”, o nosso futuro está em nossas mãos. Toda missão superior é o resultado de um passado imenso de lutas; é o remate de trabalhos longos e pacientes. Cada faculdade brilhante, cada virtude sólida, reclamou existências múltiplas de trabalhos obscuros, de combates violentos entre o Espírito e a carne, a paixão e o dever. É o amadurecimento através dos séculos. Em cada regresso ao espaço, procede-se ao balanço dos lucros e perdas. O ser examina-se e julga-se. A Vida do Espaço é para o Espírito que evoluiu o período de exame, de recolhimentos, aplicando-se ao interrogatório da consciência; ao inventário rigoroso da beleza ou da fealdade da alma. É, enfim, na vida do Espaço que o ser prepara as futuras tarefas. Aí, então, se lhe for permitido, serão feitas as escolhas das diversas provas pelas quais o Espírito passará. Bibliografia: 1. GENÉTICA E ESPIRITISMO, de Eurípedes Kühl, Edição FEB, 1997, Cap. Genética e Reencarnação, páginas 118 a 123. 2. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, de Allan Kardec, Edição FEB, 8-1993, Cap. V - Bem-Aventurados os Aflitos, páginas. 3. MISSIONÁRIOS DA LUZ, de F.C.Xavier-André Luiz, Edição FEB, 8-1998, Cap. 12 e 13, páginas 143 a 216. 4. O PROBLEMA O SER, DO DESTINO E DA DOR, de Léon Denis, Edição FEB, 1-1995. 4
  • 5. Espiritismo e Genética II. REENCARNAÇÃO DIRIGIDA E COMPULSÓRIA O que é “compulsória”? – “Compulsória” quer dizer: forçada, obrigatória. O que é “dirigida”? - “Dirigida” significa: orientada, administrada. Como nos mostram as várias obras da literatura espírita, a reencarnação, assim como o processo de desencarnação, não obedece a uma regra geral. “Cada caso é um caso...” Tudo está na dependência das condições do Espírito. De que forma viveu e de que forma morreu? O que aprendeu. Como era ele em apego e desapego, etc... Pode a reencarnação ser planejada pelo próprio Espírito, até com detalhes no corpo físico, como também as provas podem ser escolhidas pelo reencarnante. Naturalmente, sempre haverá a orientação dos mentores espirituais encarregados desse trabalho. Em outros casos, o Espírito não tem condições de escolha nem de planejamento e sua reencarnação será compulsória, sem escolhas. No mundo espiritual, em cada hospital, em cada colônia, há um departamento que cuida dos detalhes em favor dos Espíritos candidatos ao retorno à carne, nos casos de reencarne natural. Há, nesses departamentos, modelo de corpos físicos, de acordo com a missão de cada um, e também aí é planejado a família terrena. Nenhum Espírito reencarna em família com a qual não tenha vínculos de amor ou resgate. A lei natural é que nunca recebemos um estranho em nossa família. No processo de reencarne natural, tudo é previamente programado e tudo obedece a detalhes importantes, como, por exemplo, a linha mestra das tarefas e da missão que o Espírito reencarnante deve cumprir em sua jornada terrena. O Espírito toma conhecimento de suas responsabilidades, conhece de antemão as provas a que será submetido e as pessoas do meio com as quais irá se relacionar. Sabe também que sempre contará cm a ajuda do “anjo guardião” que o irá inspirar nas decisões nos momentos difíceis e de incerteza. Existem os processos que não obedecem a esta ordem natural das coisas: são as reencarnações compulsórias, aplicadas aos Espíritos reencarnantes, muitos deles dotados de alto grau de inteligência e, alguns, conhecedores do Evangelho e das Leis, mas devotados ao mal. Após análise criteriosa da Espiritualidade Superior, perdem temporariamente a condição do livre-arbítrio e passam por experiências reencarnatórias de grande aprendizado para eles. Normalmente são portadores de idiotia, de doenças congênitas que os deixam em condições entrevadas durante toda a existência. Será inesquecível o aprendizado para esse Espírito eterno, dotado de inteligência, mas portador de um equipamento defeituoso. A suspensão temporária do livre-arbítrio provém da misericórdia divina, que ampara esses Espíritos de quedas e derrotas espetaculares. Existem ainda as reencarnações complementares: são Espíritos que não completaram o período que lhes foi destinado viver, abreviaram a existência ou por não terem cuidado da saúde física pelo abuso de substâncias tóxicas, provocando o desencarne. Reencarnam para completar o período em débito. Vemos, na obra mediúnica de Carlos Baccelli, pelo Espírito Inácio Ferreira, a citação de Espíritos desencarnados comensais de criaturas encarnadas que vampirizavam... Não haviam se habilitado a viver fora do corpo. O tempo em que demoravam no Mundo Espiritual era apenas o suficiente para uma nova existência física, a que retornavam de maneira automática. No mesmo livro, lemos: “Muitos destes irmãos reencarnam sem que se reconheçam... Vivem na órbita psíquica daqueles com os quais se afinizam e de repente... caem nas malhas da 5
  • 6. Espiritismo e Genética reencarnação. (...) Não temos como acolher esta gente toda na vida espiritual e nem programar reencarnação para todos. Para a grande maioria dos Espíritos, o que funciona é a Lei”. Em ”Memórias de Um Suicida”, de Yvonne A. Pereira, lemos, no capítulo VIII - Novos Rumos, a descrição de várias circunstâncias reencarnatórias, inclusive as de Espíritos internados no manicômio e que, incapazes de raciocinar, seguiam para a reencarnação impelidos pela necessidade imperiosa de uma melhoria e algum progresso. Diz-nos Yvonne Pereira que os técnicos do Departamento de Reencarnação daquela colônia e seus colaboradores, todos criteriosamente inspirados na Justiça e na Misericórdia das Leis Soberanas do Onipotente Criador, supriam a incapacidade de discernimento desses Espíritos para escolherem o futuro, estabelecendo em conselho o que melhor lhes convinha, com o beneplácito do Mestre Jesus. Entretanto, outros Espíritos, com o desenvolvimento moral e mental necessário, assistiam a aulas, na colônia citada (Maria de Nazaré), para aquisição de esclarecimentos sobre a reencarnação. A constituição física do Espírito reencarnante depende das necessidades do seu aprendizado. Sabemos que todas as experiências da vida ficam registradas do perispírito. Se, por exemplo, abusou do fumo, terá marcado, em sua forma perispiritual, nas vias respiratórias e nos pulmões, a dificuldade própria desse vício. Essas manchas ou defeitos do perispírito só desaparecerão quando transferidas para o corpo físico, que funciona como mata-borrão do perispírito. Na reencarnação natural em que o Espírito tem condições, ele mesmo escolhe quais as manchas perispirituais que passarão para o corpo. Esse processo acontecerá até que a “túnica nupcial” fique branca (perispírito sem manchas). Como vimos, o corpo físico é o instrumento que o Espírito usará para se livrar das manchas do perispírito e aí contamos com a Genética. Os genes representariam uma fita magnética com possibilidades de registro das experiências de toda ordem que a espécie humana desenvolve em seus campos de trabalhos e lutas. Em “Missionário da Luz”, André Luiz cita os mapas cromossômicos, no departamento de reencarnação. E sempre haverá um espermatozóide adequado para fertilizar o óvulo com o material genético apropriado às necessidades do Espírito reencarnante. Do que foi exposto, fica evidente a justiça da Reencarnação e a concordância entre as Leis de Deus e a Ciência da Hereditariedade. Sugerimos aqui a leitura do capítulo referente a esse assunto em o “O Livro dos Espíritos”, nas perguntas citadas na bibliografia. Bibliografia: 1. MISSIONÁRIOS DA LUZ, de F.C.Xavier-André Luiz, Edição FEB, 8-1993, páginas 205 e 206; 2. MEMÓRIAS DE UM SUICIDA, de Yvonne do Amaral Pereira, Edição FEB, páginas 258, 259, 350 e 351; 3. CREPÚSCULO DE OUTUNO, de Antonio Demarchi/ Irmão Virgílio, Lúmen Edit. Ltda., 1a. Edição, páginas 135 a 143; 4. O LIVRO DS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, Questões 171, 196 e 337; 5. DO OUTRO LADO DO ESPELHO, de Carlos A. Baccelli, Edit. Didier, 1a edição. 6. DINÂMICA PSI, de Jorge Andréa, Sociedade Espírita F. V. Lorenz, 3ª edição, 1999, página 107. 6
  • 7. Espiritismo e Genética III. O ESQUECIMENTO DO PASSADO Do livro “O QUE É O ESPIRITISMO”: Cap. V - Não consigo explicar a mim mesmo como pode o homem aproveitar da experiência adquirida em suas anteriores existências, quando não se lembra delas, pois que, desde que lhe falta essa reminiscência, cada existência é para ele qual se fora à primeira; deste modo, está sempre a recomeçar. Suponhamos que cada dia, ao despertar, perdemos a memória de tudo quanto fizemos no dia anterior; quando chegássemos aos setenta anos, não estaríamos mais adiantados do que aos dez; ao passo que recordando as nossas faltas, inaptidões e punições que disso nos provieram, esforçar-nos- emos por evitá-las. Para me servir da comparação que fizestes do homem, na Terra, com o aluno de um colégio, eu não compreendo como este poderia aproveitar as lições da quarta classe, não se lembrando do que aprendeu na anterior. Essas soluções de continuidade na vida do Espírito interrompem todas as relações e fazem dele, de alguma sorte, uma entidade nova; do que podemos concluir que os nossos pensamentos morrem com cada uma das nossas existências, para renascer em outra, sem consciência do que fomos; é uma espécie de aniquilamento. A.K. - De pergunta em pergunta, levar-me-eis a fazer um curso completo de Espiritismo; todas as objeções que apresentais são naturais em quem ainda nada conhece, mas que, mediante estudo sério, pode encontrar-lhes respostas muito mais explícitas do que as que posso dar em sumária explicação que, por certo, deve sempre ir provocando novas questões. Tudo se encadeia no Espiritismo, e, quando se toma o conjunto, vê-se que seus princípios emanam uns dos outros, servindo-se mutuamente de apoio; e, então, o que parecia uma anomalia, contrária à justiça e à sabedoria de Deus, se torna natural e vem confirmar essa justiça e essa sabedoria. Tal é o problema do esquecimento do passado, que se prende a outras questões de não menor importância e, por isso, não farei aqui senão tocar levemente o assunto. Se cada uma de suas existências um véu esconde o passado do Espírito, com isso nada perde ele das suas aquisições, apenas esquece o modo por que as conquistou. Servindo-me ainda da comparação supra com o aluno, direi que pouco importa saber onde, como, com que professores ele estudou as matérias de uma classe, uma vez que saiba, quando passa para a classe seguinte. Se os castigos o tornaram laborioso e dócil, que lhe importa saber quando foi castigado por preguiçoso e insubordinado? É assim que, reencarnando, o homem traz por intuição e como idéias inatas, o que adquiriu em ciência e moralidade. Digo em moralidade porque, se no curso de uma existência ele se melhorou, se soube tirar proveito das lições da experiência, se tornará melhor quando voltar; seu Espírito, amadurecido na escola do sofrimento e do trabalho, terá mais firmeza; longe de ter de recomeçar tudo, ele possui um fundo que vai sempre crescendo e sobre o qual se apóia para fazer maiores conquistas. A segunda parte de vossa objeção, relativa ao aniquilamento do pensamento, não tem base mais segura, porque esse olvido só se dá durante a vida corporal; uma vez terminada ela, o Espírito recobra a lembrança do seu passado; então poderá julgar do caminho que seguiu e do que lhe resta ainda fazer; de modo que não há essa solução de continuidade em sua vida espiritual, que é a vida normal do Espírito. Esse esquecimento temporário é um benefício da Providência; a experiência só se 7
  • 8. Espiritismo e Genética adquire, muitas vezes, por provas rudes e terríveis expiações, cuja recordação seria muito penosa e viria aumentar as angústias e tribulações da vida presente. Se os sofrimentos da vida parecem longos, que seria se a eles se juntasse à lembrança do passado? Vós, por exemplo, meu amigo, sois hoje um homem de bem, mas talvez devais isso aos rudes castigos que recebestes pelos malefícios que hoje vos repugnariam à consciência; ser-vos-ia agradável a lembrança de ter sido outrora enforcado por vossa maldade? Não vos perseguiria a vergonha de saber que o mundo não ignorava o mal que tínheis feito? Que vos importa o que fizestes e o que sofrestes para expiar, quando hoje sois um homem estimável? Aos olhos do mundo, sois um homem novo, e aos olhos de Deus um Espírito reabilitado. Livre da reminiscência de um passado importuno, viveis com mais liberdade; é para vós um novo ponto de partida; vossas dívidas anteriores estão pagas, cumprindo-vos ter cuidado de não contrair outras. Quantos homens desejariam assim poder, durante a vida, lançar um véu sobre os seus primeiros anos! Quantos, ao chegar ao termo de sua carreira, não têm dito: “Se eu tivesse de recomeçar, não faria mais o que fiz!”. Pois bem, o que eles não podem fazer nesta mesma vida, fá-lo-ão em outra; em uma nova existência, seu Espírito trará, em estado de intuição, as boas resoluções que tiver tomado. É assim que se efetua gradualmente o progresso da humanidade. Suponhamos ainda - o que é um caso muito comum - que, em vossas relações, em vossa família mesmo se encontre um indivíduo que vos deu outrora muitos motivos de queixa, que talvez vos arruinou, ou desonrou em outra existência, e que, Espírito arrependido, veio encarnar-se em vosso meio, ligar-se a vós pelos laços de família, a fim de reparar suas faltas para convosco, por seu devotamento e afeição; não vos acharíeis mutuamente na mais embaraçosa posição, se ambos vos lembrásseis de vossas passadas inimizades? Em vez de se extinguirem, os ódios se eternizariam. Disso resulta que a reminiscência do passado perturbaria as relações sociais e seria um tropeço ao progresso. Quereis uma prova? Supondo que um indivíduo condenado às galés tome a firme resolução de tornar-se um homem de bem, que acontece quando ele termina o cumprimento da pena? A sociedade o repele, e essa repulsa o lança de novo aos braços do vício. Se, porém, todos desconhecessem os seus antecedentes, ele seria bem acolhido; e, se ele mesmo os esquecesse, poderia ser honesto e andar de cabeça erguida, em vez de ser obrigado a curvá-la sob o peso da vergonha do que não pode olvidar. Isto está em perfeita concordância com a doutrina dos Espíritos, a respeito dos mundos superiores ao nosso planeta, nos quais, só reinando o bem, a lembrança do passado nada tem de penosa; eis por que seus habitantes se recordam da sua existência precedente, como nós nos recordamos hoje do que ontem fizemos. Quanto à lembrança do que fizeram em mundos inferiores, ela produz neles a impressão de um mau sonho. (Páginas 114 a 117). Do “LIVRO DOS ESPÍRITOS”, Parte 2a, Cap VII: 392. Por que perde o Espírito encarnado a lembrança do seu passado? “Não pode o homem, nem deve, saber tudo. Deus assim o quer em sua sabedoria. Sem o véu que lhe oculta certas coisas, ficaria ofuscado, como quem, sem transição, saísse do escuro para o claro. Esquecido de seu passado ele é mais senhor de si”. 393. Como pode o homem ser responsável por atos e resgatar faltas de que se não lembra? Como pode aproveitar da experiência de vidas de que se esqueceu? Concebe-se que as tribulações da existência lhe servissem de lição, se se recordasse do que as tenha podido ocasionar. Desde que, porém, disso não se recorda, cada existência é, para ele, como se fosse a primeira e eis que então está sempre a recomeçar. Como conciliar isto com a justiça de Deus? 8
  • 9. Espiritismo e Genética “Em cada nova existência, o homem dispõe de mais inteligência e melhor pode distinguir o bem do mal. Onde o seu mérito, se se lembrasse de todo o passado? Quando o Espírito volta à vida anterior (a vida espírita), diante dos olhos se lhe estende toda a sua vida pretérita. Vê as faltas que cometeu e que deram causa ao seu sofrer, assim como de que modo as teria evitado. Reconhece justa a situação em que se acha e busca então uma existência capaz de reparar a que vem de transcorrer”. “Escolhe provas análogas às de que não soube aproveitar, ou as lutas que considere apropriadas ao seu adiantamento e pede a Espíritos que lhe são superiores que o ajudem na nova empresa que sobre si toma, ciente de que o Espírito, que lhe for dado por guia nessa outra existência, esforçará pelo levar a reparar suas faltas, dando-lhe uma espécie de intuição das em que incorreu. Tendes essa intuição no pensamento, no desejo criminoso que freqüentemente vos assalta e a que instintivamente resistis, atribuindo, as mais das vezes, essa resistência aos princípios que recebestes de vossos pais, quando é a voz da consciência que vos fala. Essa voz, que é a lembrança do passado, vos adverte para não recairdes nas faltas de que já vos fizestes culpados. Em a nova existência, se sofre com coragem aquelas provas, e resiste, o Espírito se eleva e ascende na hierarquia dos Espíritos, ao voltar para o meio deles”. Não temos, é certo, durante a vida corpórea, lembrança exata do que fomos e do que fizemos em anteriores existências; mas temos de tudo isso a intuição, sendo as nossas tendências instintivas uma reminiscência do passado. E a nossa consciência, que é o desejo que experimentamos de não reincidir nas faltas já cometidas, nos concita à resistência àqueles pendores. 394. (...) No esquecimento das existências anteriormente transcorridas, sobretudo quando foram amarguradas, não há qualquer coisa de providencial e que revela a sabedoria divina? Nos mundos superiores, quando o recordá-las já não constitui pesadelo, é que as vidas desgraçadas se apresentam à memória. Nos mundos inferiores, a lembrança de todas as que se tenham sofrido não agravaria as infelicidades presentes? Concluamos, pois, daí que tudo o que Deus fez é perfeito e que não nos toca criticar-lhe as obras, nem lhe ensinar como deveria ter regulado o Universo. Gravíssimos inconvenientes teria nos lembrarmos das nossas individualidades anteriores. Em certos casos, humilhar-nos-ia sobremaneira. Em outros nos exaltaria o orgulho, peando-nos, em conseqüência, o livre-arbítrio. Para nos melhorarmos, dá-nos Deus exatamente o que nos é necessário e basta: a voz da consciência e os pendores instintivos. Priva-nos do que nos prejudicaria. Acrescentemos que, se nos recordássemos dos nossos precedentes atos pessoais, igualmente nos recordaríamos dos outros homens, do que resultariam talvez os mais desastrosos efeitos para as relações sociais. Nem sempre podendo honrar-nos do nosso passado, melhor é que sobre ele um véu seja lançado. Isto concorda perfeitamente com a doutrina dos Espíritos acerca dos mundos superiores a Terra. Nesses mundos, onde só reina o bem, a reminiscência do passado nada tem de dolorosa. Tal a razão por que neles as criaturas se lembram da sua anterior existência, como nos lembramos do que fizemos na véspera. Quanto à estada em mundos inferiores, não passa, então, como já dissemos, de mau sonho. 395. Podemos ter algumas revelações a respeito de nossas vidas anteriores? “Nem sempre. Contudo, muitos sabem o que foram e o que faziam. Se se lhes permitisse dizê- lo abertamente, extraordinárias revelações fariam sobre o passado”. 396. Algumas pessoas julgam ter vaga recordação de um passado desconhecido, que se lhes apresenta como a imagem fugitiva de um sonho, que em vão se tenta reter. Não há nisso simples ilusão? 9
  • 10. Espiritismo e Genética “Algumas vezes, é uma impressão real; mas também, freqüentemente, não passa de mera ilusão, contra a qual precisa o homem pôr-se em guarda, porquanto pode ser efeito de superexcitada imaginação”. 397. Nas existências corpóreas de natureza mais elevada do que a nossa, é mais clara a lembrança das anteriores? “Sim, à medida que o corpo se torna menos material, com mais exatidão o homem se lembra do seu passado. Esta lembrança, os que habitam os mundos de ordem superior a têm mais nítida”. 398. Sendo os pendores instintivos uma reminiscência do seu passado, dar-se-á que, pelo estudo desses pendores, seja possível ao homem conhecer as faltas que cometeu? “Até certo ponto, assim é. Preciso se torna, porém, levar em conta a melhora que se possa ter operado no Espírito e as resoluções que ele haja tomado na erraticidade. Pode suceder que a existência atual seja muito melhor que a precedente”. a) Poderá também ser pior, isto é, poderá o Espírito cometer, numa existência, faltas que não praticou na precedente? “Depende do seu adiantamento. Se não souber triunfar das provas, possivelmente será arrastado a novas faltas, conseqüentes, então, da posição que escolheu. Mas, em geral, estas faltas denotam mais um estacionamento que uma retrogradação, porquanto o Espírito é suscetível de se adiantar ou de parar, nunca, porém, de retroceder”. 399. Sendo as vicissitudes da vida corporal expiação das faltas do passado e, ao mesmo tempo, provas com vistas ao futuro, seguir-se-á que da natureza de tais vicissitudes se possa deduzir de que gênero foi à existência anterior? “Muito amiúde é isso possível, por que cada um é punido naquilo por onde pecou. Entretanto, não há que tirar daí uma regra absoluta. As tendências instintivas constituem indício mais seguro, visto que as provas por que passa o Espírito o são, tanto pelo que respeita ao passado, quanto pelo que toca ao futuro”. Chegado ao termo que a Providência lhe assinou à vida na erraticidade, o próprio Espírito escolhe as provas a que deseja submeter-se para apressar o seu adiantamento, isto é, escolhe meios de adiantar-se e tais provas estão sempre em relação com as faltas que lhe cumpre expiar. Se delas triunfa, eleva-se; se sucumbe, tem que recomeçar O Espírito goza sempre do livre-arbítrio. Em virtude dessa liberdade é que escolhe, quando desencarnado, as provas da vida corporal e que, quando encarnado, decide fazer ou não uma coisa e procede à escolha entre o bem e o mal. Negar ao homem o livre-arbítrio fora reduzi-lo à condição de máquina. Mergulhado na vida corpórea, perde o Espírito, momentaneamente, a lembrança de suas existências anteriores, como se um véu as cobrisse. Todavia, conserva algumas vezes vaga consciência dessas vidas, que, mesmo em certas circunstâncias, lhe podem ser reveladas. Esta revelação, porém, só os Espíritos superiores espontaneamente lha fazem, com um fim útil, nunca para a vã curiosidade. As existências futuras, essas em nenhum caso podem ser reveladas, pela razão de que dependem do modo por que o Espírito se sairá da existência atual e da escolha que ulteriormente faça. O Esquecimento das faltas praticadas não constitui obstáculo à melhoria do Espírito, porquanto, se é certo que este não se lembra delas com precisão, não menos certo é que a circunstância de as ter conhecido na erraticidade e de haver desejado repará-las o guia por intuição e 10
  • 11. Espiritismo e Genética lhe dá a idéia de resistir ao mal, idéia que é a voz da consciência, tendo a secundá-la os Espíritos superiores que o assistem, se atende às boas inspirações que lhe dão. O homem não conhece os atos que praticou em suas existências pretéritas, mas pode sempre saber qual o gênero das faltas de que se tornou culpado e qual o cunho predominante do seu caráter. Bastará então julgar do que foi, não pelo que é, sim, pelas suas tendências. As vicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas do passado e, simultaneamente, provas com relação ao futuro. Depuram-nos e elevam-nos, se as suportamos resignados e sem murmurar. A natureza dessas vicissitudes e das provas que sofremos também nos podem esclarecer acerca do que fomos e do que fizemos, do mesmo modo que neste mundo julgamos dos atos de um culpado pelo castigo que lhe inflige a lei. Assim, o orgulhoso será castigado no seu orgulho, mediante a humilhação de uma existência subalterna; o mau-rico, o avarento, pela miséria; o que foi cruel para com os outros, pelas crueldades que sofrerá; o tirano, pela escravidão; o mau filho, pela ingratidão de seus filhos; o preguiçoso, por um trabalho forçado etc. (Páginas 214 a 220). Do “EVANGELHO SEG. O ESPIRITISMO”, Cap. V: Item 11 - Em vão se objeta que o esquecimento constitui obstáculo a que se possa aproveitar da experiência de vidas anteriores. Havendo Deus entendido de lançar um véu sobre o passado, é que há nisso vantagem. Com efeito, a lembrança traria gravíssimos inconvenientes. Poderia, em certos casos, humilhar-nos singularmente, ou, então, exaltar-nos o orgulho e, assim, entravar o nosso livre- arbítrio. Em todas as circunstâncias, acarretaria inevitável perturbação nas relações sociais. Freqüentemente, o Espírito renasce no mesmo meio em que já viveu, estabelecendo de novo relações com as mesmas pessoas, a fim reparar o mal que lhes haja feito. Se reconhecesse nelas as a quem odiara, quiçá o ódio se lhe despertaria outra vez no futuro. De todo modo, ele se sentiria humilhado em presença daquelas a quem houvesse ofendido. Para nos melhorarmos, outorgou-nos Deus, precisamente, o de que necessitamos e nos basta: a voz da consciência e as tendências instintivas. Priva-nos do que nos seria prejudicial. Ao nascer, traz o homem consigo o que adquiriu; nasce qual se fez; em cada existência, tem um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que foi antes: se se vê punido, é que praticou o mal. Suas atuais tendências más indicam o que lhe resta a corrigir em si próprio e é nisso que deve concentrar-se toda a sua atenção, porquanto, daquilo de que se haja corrigido completamente, nenhum traço mais conservará. As boas resoluções que tomou são a voz da consciência, advertindo-o do que é bem e do que é mal e dando-lhe forças para resistir às tentações. Aliás, o esquecimento ocorre apenas durante a vida corpórea. Volvendo à vida espiritual, readquire o Espírito a lembrança do passado; nada mais há, portanto, do que uma interrupção temporária, semelhante à que se dá na vida terrestre durante o sono, a qual não obsta a que, no dia seguinte, nos recordemos do que tenhamos feito na véspera e nos dias precedentes. E não é somente após a morte que o Espírito recobra a lembrança do passado. Pode dizer-se que jamais a perde, pois que, como a experiência o demonstra, mesmo encarnado, adormecido o corpo, ocasião em que goza de certa liberdade, o Espírito tem consciência de seus atos anteriores; sabe por que sofre e que sofre com justiça. A lembrança unicamente se apaga no curso da vida exterior, da vida de relação. Mas, na falta de uma recordação exata, que lhe poderia ser penosa e prejudicá-lo nas suas relações sociais, forças novas haure ele nesses instantes de emancipação da alma, se os sabe aproveitar. (Páginas 104 e 105). Em que momento ocorre o esquecimento? - Mais uma vez o estudo do perispírito vai nos ajudar a entender essa questão: Entre a ligação inicial do Espírito ao corpo no momento da concepção e o nascimento, o Espírito vai se integrando no corpo físico durante toda a vida intrauterina e, quanto mais se integra, menor capacidade vai tendo de agir como Espírito desencarnado: sua mente vai se 11
  • 12. Espiritismo e Genética obscurecendo, a possibilidade de se afastar do corpo vai diminuindo. Vive uma espécie de perturbação, de aprisionamento, até que seu relacionamento com o plano espiritual se reduz a zero – esquecendo o passado. Bibliografia: 1. O QUE É ESPIRITISMO, de Allan Kardec, Edição FEB, 6-1997; 2. O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, Edição FEB, 2-1994; 3. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, de Allan Kardec, Edição FEB, 8-1993; 4. PERISPÍRITO E CORPO MENTAL, de Durval Ciamponi, Edições FEESP, 8-2000. 12
  • 13. Espiritismo e Genética IV. REENCARNAÇÃO E SUAS LEIS O termo “reencarnação” significa voltar à carne, tornar a nascer. Basicamente, a reencarnação admite sempre o aspecto evolutivo e presume retornos à vida física em uma espiral crescente de aquisição de valores e experiências para o Espírito. A Doutrina Reencarnacionista não admite o retrocesso do Espírito. Os renascimentos devem ocorrer dentro de uma mesma espécie, acompanhando a evolução da mesma. A própria presença do Espírito na carne e seus retornos sucessivos, arquivando experiências, seria o fator impulsionador da evolução das espécies. Nesse texto acima, de Di Bernardi, já percebemos a Justiça que há nas Leis da Reencarnação, sempre com vistas ao progresso do Espírito. Em “O Livro dos Espíritos”, parte II, cap. IV, lemos, segundo a revelação dos Espíritos, que o dogma da reencarnação se funda na Justiça de Deus: “Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua Justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova”. Ainda, segundo Kardec, nesse capítulo, Deus não condena para sempre os que erram, o que nos mostra a sua bondade e justiça. O homem que tem consciência de sua inferioridade haure consoladora esperança na doutrina de reencarnação... Quem é que, ao cabo de sua carreira, não deplora haver tão tarde ganho uma experiência de que não mais pode tirar proveito? Entretanto, essa experiência tardia não fica perdida: o Espírito a utilizará em nova existência. Vejamos, agora, o mesmo assunto, sob a visão de Leon Denis, em “O Problema do Ser...”, onde ele compara a lei dos renascimentos em toda a Natureza: “No suceder das estações do ano, nas transformações das plantas e dos animais, tudo murcha para reflorir. Também o homem está ao alcance desta lei: Tudo o que tem vivido, reviverá em outras formas, para evoluir e aperfeiçoar-se. A Natureza não nos dá a morte senão para dar-nos a vida... Depois de cada vida terrestre, a alma ceifa e recolhe, em seu corpo fluídico, as experiências e os frutos da existência decorrida. Assim, o ser psíquico, em todas as fases de sua ascensão, encontra-se tal qual a si mesmo se fez. Somos herdeiros de nós mesmos”. Os sofrimentos de toda espécie, físicos ou morais, que afligem a humanidade, formam duas categorias: aqueles que o homem pode evitar e os que independem da sua vontade. Entre os primeiros se incluem os flagelos naturais. O homem, apreciando as coisas do ponto de vista de sua personalidade, dos interesses factícios e convencionais que criou para si mesmo, não compreende os fenômenos da Natureza. Por isso se lhe afigura mau e injusto o que consideraria justo e admirável se lhe conhecesse a causa. Pesquisando a razão de ser e a utilidade de cada coisa, verificará que tudo traz o sinal da sabedoria infinita e se dobrará a essa sabedoria. Quanto maior o conhecimento adquirido pelo homem, menos desastrosos se tornam os flagelos. Com uma organização sábia e previdente, conseguirá neutralizar-lhe as conseqüências. Assim, com referência até aos flagelos que têm certa utilidade para a ordem geral da Natureza e para o futuro, mas que no presente causam danos, facultou Deus ao homem os meios de lhe paralisar os efeitos. Temos como exemplo de reações do homem a flagelos naturais: saneamento de regiões insalubres, imunização contra os miasmas pestíferos, fertilização de terras áridas e preservação contra 13
  • 14. Espiritismo e Genética inundações, construção de habitações resistentes aos ventos e aos terremotos, desenvolvimento das ciências que têm melhorado as condições de vida no planeta e aumentado o seu próprio bem-estar. “Tendo o homem que progredir, os males a que se acha exposto são um estimulante para o exercício da sua inteligência, de suas faculdades físicas e morais, incitando-o a procurar os meios de evitá-los. Se ele nada tivesse a temer, não seria induzido a procurar o melhor; o espírito se lhe entorpeceria na inatividade; nada inventaria nem descobriria. A dor é o aguilhão que o impele para frente, na senda do progresso”. “Porém os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios que provêm do seu orgulho, egoísmo, ambição, de seus excessos em tudo. Aí a causa das guerras e das suas conseqüências, das dissensões, das injustiças da opressão do fraco pelo forte; da maior parte das enfermidades. (...) Deus promulgou leis plenas de sabedoria, visando unicamente ao bem. (...) Se o homem agisse rigorosamente de acordo com as leis divinas, que estão gravadas na sua consciência, não há dúvida de que se pouparia dos mais agudos males, físicos ou morais”. “Entretanto, Deus, por sua bondade infinita, pôs o remédio ao lado do mal. Um momento chega que o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida, procurando no bem o remédio sempre por efeito do seu livre-arbítrio. Como exemplo de inobservância da lei, causando sofrimentos físicos, temos a Lei da Conservação: Deus pôs limite à satisfação das necessidades; quem o ultrapassa, fá-lo voluntariamente; as doenças e a morte que daí podem resultar são conseqüência da sua imprevidência”. (GÊNESE, de Allan Kardec, Cap. III, itens 5, 6 e 7). “Cumpre que haja o sofrimento físico e a angústia moral, para que o Espírito seja depurado; limpe-se das partículas grosseiras. (...) Assim, a alma sobe de esfera em esfera, de círculos em círculos, unida aos seres que tem amado; vai continuando as suas peregrinações, em procura das perfeições divinas. Chegada às regiões superiores, está livre da lei dos renascimentos; a reencarnação deixa de ser para ela obrigação para ficar somente ato de sua vontade, o cumprimento de uma missão, obra de sacrifício”. (O Problema do Ser, do Destino e da Dor, de Léon Denis, Cap. XVIII, páginas 288/289). Eis aí um pouco dessa maravilhosa Lei de Justiça que governa os mundos e que Deus inscreveu no âmago das coisas e na consciência humana. Bibliografia: 1. O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, Edição FEB, 2-1994, Parte Segunda, Capítulo IV; 2. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, de Allan Kardec, Edição FEB, Cap.V, nos 4, 5 e 6; 3. A GÊNESE, de Allan Kardec, Edição FEB, 10-1992, Cap. III; 4. O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR, de Léon Denis, Edição FEB, Cap. XVIII; 5. REENCARNAÇÃO E EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES, de Ricardo di Bernardi, Liv. Edit. Universalista Ltda., 2a edição, 1947. 14
  • 15. Espiritismo e Genética V. PLANEJAMENTO FAMILIAR O planejamento familiar, na visão da Igreja. No Brasil, coerente com o alerta do Vaticano, Dom Lucas Moreira Neves, cardeal-arcebispo de Salvador/BA e primaz do Brasil, considerou (no jornal “O Estado de São Paulo”, de 12-1-94) a ousada clonagem humana realizada por Hall e Stillman um desafio à comunidade científica mundial e às Igrejas Cristãs.Considera ele que, eventualmente benéfica à saúde humana, a intervenção da ciência não prescinde de um componente ético, o que pode torná-la inconveniente e até inaceitável. Dentre estas intervenções, a moral cristã rejeita os métodos artificiais para o planejamento familiar. A mesma moral, que aceita as técnicas de cura ou de melhoria de qualidade de vida, chama a atenção contra as intervenções sobre as fontes da vida e, sobretudo, qualquer manipulação neste terreno, o mais próximo da ação do Criador. “O dom da vida só a Deus pertence”, consigna. Métodos contraceptivos A posição católica sobre o item anterior é coerente com as seguintes manifestações, anteriores e posteriores à experiência da clonagem humana: • A Encíclica (carta solene, dogmática ou doutrinária, na qual o Papa se dirige aos bispos de todo o mundo e aos fiéis) Veritatis Splendor, o “Esplendor da Verdade”, de Ago/93. Nessa Encíclica, a Igreja condena a contracepção pelo uso de preservativos masculinos e a pílula anticoncepcional. • A Congregação pela Doutrina da Fé (órgão do Vaticano, responsável pela fidelidade aos dogmas cristãos), desde 1987, condena qualquer tentativa ou hipótese que exclua o relacionamento sexual com o nascimento do ser humano. • O Conselho Permanente da Conferência dos Bispos da França, em comunicação de Jan/94, condenou os atos que “suplantam a união do matrimônio”para a reprodução. Pelo comunicado, o método da fertilidade só será aceitável quando não suplante a união conjugal. Moralmente condena, por outro lado, o uso de óvulos ou espermatozóides de terceiros. (GENÉTICA E ESPIRITISMO, de Eurípedes Kühl). Anticoncepcionais e Reencarnação: O controle da natalidade vem sendo executado desde os primórdios dos tempos. A civilização humana sempre encontrou raízes ou ervas com as quais feiticeiros ou médicos procuraram interferir no processo da concepção ou mesmo da gestação em curso. Mesmo aqueles casais avessos aos processos artificiais freqüentemente optam por “métodos naturais”, evitando relacionamento sexual nos dias férteis, objetivando o mesmo resultado: a limitação da natalidade. Teoricamente, em todos os casais haveria uma possibilidade de número maior de filhos, caso não houvesse alguma forma de controle ou planejamento familiar. Esta constatação nos leva a crer que há, na quase totalidade dos casais, alguma interferência por livre iniciativa, sobre a natalidade de seus filhos. 15
  • 16. Espiritismo e Genética Em face do exposto, o bom senso leva a nos posicionar realisticamente, sem, no entanto, perdermos a visão idealística. Nós, seres humanos, já conquistamos o direito da liberdade de decidir, evidentemente com a responsabilidade assumida pelo livre arbítrio. O homo sapiens já possui a possibilidade de escolher a rota de seu progresso, acelerando ou reduzindo a velocidade de seu desenvolvimento espiritual. Somos os artífices da escultura de nosso próprio destino. Nas informações que são colhidas, psicográfica ou psicofonicamente, os Espíritos nos expõem da planificação básica de nossa vida aqui na Terra, projeto desenvolvido antes de reencarnarmos. Se é verdade que os detalhes serão aqui por nós construídos, o plano geral foi anteriormente elaborado no mundo espiritual, freqüentemente com nossa aquiescência. Desta planificação básica, consta o número de filhos. Se um determinado casal deveria receber quatro filhos na sua romagem reencarnatória e não o fez, pelo uso das pílulas anticoncepcionais, ou outro método bloqueador da concepção, ficará com a carga de responsabilidade a ser cumprida. Não se permitiu a complementação da tarefa a que se propôs antes de renascer. A grande questão que surge é com relação às conseqüências advindas da decisão de limitar a natalidade dos filhos. Sabemos que há uma transferência do compromisso estabelecido, para outra encarnação. Sucede, muitas vezes, que esta decisão de postergar compromissos determina a necessidade de um replanejamento espiritual, com relação àqueles designados à reencarnação num determinado lar. Podem os mesmos obter “novos passaportes”, surgindo como netos, filhos adotivos ou outras vias de acesso elaboradas pela Espiritualidade Maior. Ocorrerá, nestes casos, a necessidade de um preenchimento da lacuna de trabalho que se criou ao se impedir a chegada de mais um filho. O trabalho construtivo, consciente ou inconscientemente desenvolvido, para a substituição do compromisso previamente assumido, poderá compensar pelo menos parcialmente a dívida adiada. Qualquer débito cármico poderá ser sanado ou apagado por potenciais positivos, às vezes bem diversos dos setores daqueles que originaram as reações. No entanto, o labor amoroso na área mais específica da maternidade e infância carente, é naturalmente mais indicado para a harmonização das energias tornadas deficientes nesta área. Se o ideal é que cumpríssemos o plano de vida preestabelecido, é também quase geral o fato de que, neste planeta, a maioria não logra êxito na execução total de suas tarefas. Resta-nos a necessidade de consultar honestamente a consciência, pois, pela intuição ou sintonia com nosso eu interno, encontraremos as respostas a dúvidas (ou dívidas) particulares neste mister. É constatação evidente o fato de, normalmente, não nos recordarmos dos planos previamente traçados, mas é verdadeiro também que freqüentemente fazemos “ouvido de mercador” aos avisos que nosso inconsciente nos transmite. Não esperemos respostas prontas ou transferência de decisão para quem quer que seja; afinal estamos ou não lutando para fugir das mensagens dogmáticas, do “isto é permitido”, isto não é. Cada casal deverá valorizar o mergulho no seu inconsciente, sentir, meditar e, das águas profundas do seu espírito, trazer à superfície a sua resposta... (GESTAÇÃO, SUBLIME INTERCÂMBIO, de Ricardo Di Bernardi). A Laqueadura de Trompas Ao nos referirmos a esta temática, consideraremos as digressões aqui feitas extensivas à situação correspondente no organismo masculino. A vasectomia, processo que no homem visa a interromper o fluxo de espermatozóides em direção ao exterior, também segue a mesma linha de raciocínio a ser exposto. Há, sem dúvida, indicações médicas muito definidas e claras no que tange à ligadura de trompa: situações onde o risco de uma nova gestação é bastante elevado, podendo determinar o óbito da mulher. Ressalvam-se aqui os casos onde uma pseudo-situação é criada, consciente ou inconscientemente, tanto pelo profissional como pela mulher, que na realidade procuram uma razão que justifique a decisão prévia. 16
  • 17. Espiritismo e Genética O percentual mais expressivo das laqueaduras de trompas é, sem dúvida, por motivo de planejamento familiar. Observa-se uma crescente permissividade nas indicações cada vez mais precoces e com menor número de filhos. Não nos referimos especificamente a um país ou região, mas ao contexto planetário, onde a situação é preocupante. As lesões ou mutilações aceitas por nós, ou ainda, consentidas e estimuladas pelo cônjuge, hão de trazer repercussões a médio e longo prazo. O corpo espiritual registra as alterações e automaticamente surgirão conseqüências, neste ou outras encarnações, ligadas à esfera atingida. Fragilidades orgânicas, predisposições a patologias e dificuldades na área da fertilidade poderão ser algumas situações a ser observadas naquelas que no passado optaram por esta intervenção. Importante, também, é que cada caso seja de per si analisado, pesando-se os inúmeros fatores envolvidos. Não há como se colocar em um mesmo grupo situações diametralmente opostas do ponto de vista sócio-econômico, cultural ou ético. A ligadura de trompas, efetuada preventivamente em uma mulher que sistematicamente aborta ao engravidar e afirma irá abortar sempre que engravide, não poderá ter o mesmo nível de conseqüência cármica de outra que simplesmente diz ao médico não desejar ter filhos pelo prazer de conviver exclusiva e egoisticamente com seu companheiro. As circunstâncias de miserabilidade, patologias mentais e outras, de naturezas diversas, em mães de prole numerosa, reduzem o efeito desarmonizador da ligadura de trompas. Não pretendendo legitimar ou estimular as intervenções cirúrgicas nesta área, cumpre-nos, no entanto, o dever de salientar que o livre-arbítrio sempre será respeitado como direito do ser humano. No tocante aos graus de débito cármico, é importante ter-se em mente que a mínima ou grave conseqüência estará relacionada à intencionalidade que move todos os envolvidos no processo. (GESTAÇÃO, SUBLIME INTERCÂMBIO, de Ricardo Di Bernardi, pág. 203/204). O Apoio da Saúde Pública No Estado do Rio de Janeiro, a rede de saúde pública (SUS) já oferece assistência gratuita para a ligadura das trompas, conforme reportagem publicada no Jornal “Extra” de 6 de junho de 1998. A partir dessa data, com a entrada em vigor da Lei número 9263, já podem ser feitas ligaduras de trompas em mulheres com mais de 25 anos de idade e com no mínimo dois filhos. Os critérios para a operação são determinados pelo Ministério da Saúde. Os hospitais, no entanto, antes da cirurgia, devem informar sobre outros métodos anticoncepcionais e oferecê-los de graça. A esterilização deve ser a última opção e não ser o principal método contraceptivo, diz Janine Shirmer, da área da Mulher no Ministério da Saúde. Existe estatística sobre o assunto: 52% das mulheres que fazem cesariana ligam as trompas. Agora é proibido fazer a laqueadura no parto, devendo ser respeitado o prazo mínimo de 60 dias. Com essa lei, a ligadura torna-se acessível aos mais pobres. Porém, a operação só é indicada para mulheres que não podem utilizar outro método contraceptivo ou que correm risco de vida numa próxima gravidez, esclarece o ginecologista e professor de obstetrícia da UFF, Dr. Jacob Arkasder. Bibliografia: 1. GENÉTICA E ESPIRITISMO, de Eurípedes Kühl, Edição FEB, 6-1997, páginas 77 e 78; 2. GESTAÇÃO, SUBLIME INTERCÂMBIO, de Ricardo di Bernardi, Liv. Edit. Univ. Ltda., 7- 1997, páginas 199 a 201 e 203 a 204. 17
  • 18. Espiritismo e Genética MANIFESTO Manifesto elaborado pelo Dr PAULO CURI, sob a inspiração de seus amigos espirituais e fruto de sua decepção com relação à crise de má orientação sexual por que passa o nosso país e a Humanidade. A conjuntura sócio-econômica atual é patrocinadora desta mídia que abertamente bombardeia nossas crianças com apelos eróticos e demonstrações explícitas de sexo. É um contra-senso, e um flagrante desequilíbrio mental e espiritual, proibir, procrastinar, adiar, olvidar ou esconder as informações relativas à educação sexual aos nossos jovens adolescentes e às nossas crianças em qualquer idade. Se a pretensão é não despertar precocemente sexualidades, estamos trocando conhecimentos com bases cristãs e com responsabilidade, que o lar pode oferecer, por “cultura de lixo” encontrável em qualquer esquina da vida, atitude ignóbil sob qualquer ponto de vista. Vivemos sob a égide de antigos usos e costumes e convivemos com uma fase social revolucionária, fase de mudanças. Entretanto, nosso orgulho, nossa ignorância e nosso egoísmo não nos deixam enxergar que estes fatores são preponderantes no aumento exagerado dos casos de DST/AIDS, gravidez indesejada e, acima de tudo, abortos criminosos, que levam, na maioria dos casos, ao desencarne prematuro Espíritos que muito contribuiriam no desenvolvimento da Humanidade. Responderemos por nossa omissão! 18
  • 19. Espiritismo e Genética VI. O ABORTO, VISÃO CIENTÍFICA OBJETIVOS 1. Transmitir conhecimentos básicos sobre abortamento, suas características, forma de diagnóstico, condutas terapêuticas e prognóstico. 2. Tecer comentários sobre o ponto de vista legal e suas implicações sociais. Ainda, relacionar os malefícios advindos ao corpo físico e ao corpo espiritual. 3. Fornecer subsídios para a compreensão do tema sob a ótica da Codificação da Doutrina Espírita, segundo Allan Kardec. VISÃO TÉCNICA 1. INTRODUÇÃO O termo “aborto” origina-se da palavra latina “aboriri”, que significa “expulsar o feto sem que ele tenha condições de vitalidade”. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), considera-se abortamento a expulsão ou extração de feto ou embrião que pese menos de 500g (idade gestacional aproximada de 20 a 22 semanas), ou de qualquer outro produto da gestação, de qualquer peso e especificamente designado, independentemente da idade gestacional, tenha ou não sinal de vida e seja ou não espontânea ou induzida. 2. HISTÓRICO • China - relata ocorrências 3.000 anos a.C. • Egito - 1.550 anos a.C., o Código Hamurabi já previa punições a quem praticasse aborto; • Platão - recomendava a mulheres que engravidassem após 40 anos de idade; • Hipócrates - recomendava exercícios violentos a quem desejasse praticar aborto; • Aristóteles - recomendava aborto como controle da natalidade; • Sócrates - recomendava às parteiras facilitarem o aborto às mulheres que desejassem realizá- lo; • Roma - era comum, mas variava o grau de recriminação de acordo com a época; era também usado como método anticoncepcional; • Europa - a partir do século XIX, o aborto induzido assumiu proporções preocupantes e vários países adotaram leis restritivas; • E.U.A. - o aborto foi legalizado em 1973; • Brasil - o aborto só é permitido quando há ameaça à vida da mulher e em gravidez resultante de violência sexual. Em 1982, 39% da população mundial vivia em países com legislação liberal acerca do aborto; 25% vivia em países com legislação que autorizava o aborto por razões médico-sociais; 8% vivia em países onde o aborto era autorizado por motivos amplos; e apenas 28% da população do mundo vivia em países onde o aborto era totalmente ilegal ou permitido somente para salvar a vida da mãe. 19
  • 20. Espiritismo e Genética 3. NIDAÇÃO Em torno de 6 a 7 dias, após a fertilização, inicia-se o processo de implantação do embrião. Neste momento ocorre a adesão do trofoblasto ao epitélio uterino e sua penetração na decídua materna e nas artérias espiraladas. As células maternas e fetais ficam lado a lado, dentro da decídua, sem, porém, ocorrer efeitos deletérios para ambas as partes. Na decídua, durante o primeiro trimestre da gestação, e no endométrio de mulheres não grávidas, durante a fase secretora tardia, predomina uma população de linfócitos granulares grandes (LGL). Eles têm importante papel no controle da implantação e na transformação da vasculatura uterina pelo trofoblasto. 4. DIAGNÓSTICO História clínica; sinais subjetivos; sinal cardinal (sangramento vaginal - uma entre quatro gestantes apresentam sangramento no início da gestação e, destas, metade abortam); toque vaginal; BHCG e ultra-sonografia. Em caso de ameaça de abortamento, clinicamente, temos: colo uterino impérvio, ausência de atividade contrátil e dolorosa. Destas, 30 a 40% abortam. 5. CLASSIFICAÇÃO a) De acordo com a casualidade: Espontâneo - interrupção natural da gravidez, antes de 20 semanas de gestação e não há nenhum precipitante do quadro. Pode ser fato isolado ou habitual. Estima-se que 40% dos embriões humanos não conseguem completar a nidação; 15% de todas as gestações terminam espontaneamente entre a 4a. e a 20a semana. Induzido - é aquele em que ocorre ação deliberada para interromper a gestação e pode ser terapêutico, eletivo, criminoso ou ilegal. b) De acordo com a idade gestacional: Precoce - antes da 12a semana.(3/4 dos abortos clinicamente) Tardio - entre a 12a. e a 20a semana. c) De acordo com estado clínico: Evitável e inevitável; completo, incompleto e retido; séptico e asséptico. 6. ETIOLOGIA a) Genética - atinge 3 a 5% dos casais. É a causa mais freqüente dos abortos precoces. Atinge 50% dos abortos espontâneos. O mais comum é translocação balanceada dos genes. b) Anatômica - (1) congênita. Exemplo: septo uterino, útero hipoplásico etc; (2) adquirida (sinéquias, incompetência istmo-cervical, leiomiomas, endometriose etc). 20
  • 21. Espiritismo e Genética c) Hormonais - uma das mais freqüentes (insuficiência lútea, hipotireoidismo, diabete “melittus”, desordem androgênica, desordem prolactina, elevação luteotrófica (LH), próprio de ovários policísticos). d) Infecção materna - doença infecciosa sistêmica, como pneumonia, peritonite, febre tifóide, pielonefrite aguda, rubéola, varíola, malária, toxoplasmose, hepatite e outras. É freqüente nas adolescentes grávidas. e) Alterações metabólicas - hiperhomocisteina (deficiência de várias fases do metabolismo) f) Alterações vasculares e hematológicas - fator V de Leiden. g) Imunológicas - o feto, pelos seus antígenos de origem paterna, representa algo “estranho” ao organismo materno e suscita uma resposta imune. Fatores supressores da resposta imunitária: prostaglandina E2, fator de crescimento tumoral, progesterona e outros são desencadeados. h) Externos - Tabaco (riscos 2 vezes maior), álcool, irradiação (5 rads ou mais), toxinas ambientais, gases anestésicos, arsênico, chumbo, benzeno, óxido de etileno etc. Também incidem fatores como: exercícios físicos, viagens, trabalho exaustivo, traumatismo físico, emoções, coito etc. i) Idade materna - (1) avançada (alterações citológicas sofridas pelos folículos ovarianos primários; (2) adolescente (estima-se que, entre 25 a 30% das mulheres que dão à luz no Brasil, têm menos de 19 anos de idade)). É consenso que quanto menor a idade da gestante maior é o índice de hipertensão, de eclampsia, de prematuridade, de baixo peso do recém-nascido e abortamento, desde que não haja acompanhamento eficiente em serviço de pré-natal adequado. É observado um grande número de cesáreas por desproporção céfalo-pélvica. j) Gemelidade - o abortamento e o parto prematuro são mais freqüentes na prenhez múltipla. k) Gravidez ectópica - é a nidação e desenvolvimento do ovo em qualquer ponto fora da cavidade do corpo uterino. Dependendo da natureza do serviço que apresentam seus dados, sua freqüência é de 1/40 a 1/400. Risco global: 0,3%. Recidiva contralateral: 10 a 15% de toda gestação. 20% ocorre em nulíparas. É de 7 a 8 vezes maior em mulheres que fizeram tratamento por problemas de esterilidade e tem grande incidência em mulheres que usam o DIU como método anticoncepcional. Podem ser classificadas em tubárias, ovarianas, abdominais e cervicais. Etiologia: Anormalidade das trompas; Anomalias ovulares intrínsecas; Focos de endometriose (endossalpinge - ovário - peritônio); Doença inflamatória pélvica; Divertículos tubários; Trompas hipoplásicas; Pólipos tubários; Tumores; Cirurgias pélvicas etc. Evolução clínica: É raro a trompa suportar gestação a termo e mais raro ainda manter o feto vivo. Regra geral é resolução espontânea assintomática. Abortamento tubário, ruptura tubária ou implantação secundária, são outras formas clínicas que ocorrem geralmente entre a metade do 2o. e o término do 3o. mês. l) Mola ou Mola Hidatiforme - anomalia ovular em que parte ou a totalidade das vilosidades assumem o aspecto de vesículas e em que, na maioria das vezes, o concepto está ausente ou se encontra reduzido a restos desintegrados. Coriomas benignos ou mola: há gradual desaparecimento dos elementos celulares e degeneração das fibras colágenas, que se fragmentam e tendem a se esmaecer. 21
  • 22. Espiritismo e Genética Corioadenoma: também designado “chorioadenoma destruens” - mola invasora - em que uma ou mais vilosidades coincidentes com ou seguidas de degeneração molar, invadem o miométrio. Coriocarcinoma - constituído por trofoblasto essencialmente maligno. Por coriocarcinoma devemos entender as ectopias trofoblásticas não-vilosas. 6. TRATAMENTO Evitáveis - tratamento médico adequado; a seguir, pré-natal adequado. Inevitáveis - tratamento cirúrgico de acordo com a etiologia. 7. PROGNÓSTICO É reservado e depende do diagnóstico. VISÃO DOUTRINÁRIA Allan Kardec inseriu no “Livro dos Espíritos” algumas perguntas, ao Plano Espiritual, que nos fazem apelar para um raciocínio assaz versátil para podermos entender até onde o Codificador queria que chegássemos. Vejamos: • L.E., 344 - Em que momento a alma se une ao corpo? Resposta: - “A união começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento”... Comentários: A retirada de um feto, em qualquer época da gestação, caracteriza um aborto. • L.E. 356 - Entre os natimortos alguns haverá que não tenham sido destinados à encarnação de Espírito? Resposta: - “Alguns há, efetivamente, a cujos corpos nunca nenhum Espírito esteve destinado. Nada tinha que se efetuar para eles. Tais crianças então só vêm por seus pais”. • L.E.356-a - Pode chegar a termo de nascimento um ser dessa natureza? Resposta: - “Algumas vezes; mas não vive”. Comentários: A idéia fixa da candidata à mãe, em engravidar, produz uma auto-obsessão, criando um molde mental que fornece a forma energética para as células se desenvolverem intra-útero e, de acordo com André Luiz, em “Ação e Reação”, o planejamento reencarnatório ocorre para uma minoria. O processo realmente obedece às leis biológicas e à lei da afinidade. Ainda, nas vezes em que não chegou a termo, ocorreu evidentemente um aborto natural. • L.E. 358 - Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação? 22
  • 23. Espiritismo e Genética Resposta: - “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”. • L.E. 359 - Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se à primeira para salvar a segunda? Resposta: “Preferível é se sacrificar o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe”. Comentários: Ainda não tivemos a chance de nos depararmos com um caso destes. Entretanto, nestas circunstâncias, o Plano Superior nos orienta a uma análise bem judiciosa e, pela prece, colocar- nos acessíveis às orientações de nossos guias espirituais. INTERAÇÕES MENTAIS O ser humano é dotado de imenso potencial energético. Mobilizando esta força psicocinética, a gestante pode interferir nas ligações intrínsecas entre o espírito reencarnante e seu embrião. Se esta interferência for de amor, a gravidez se desenrolará a contento. Se, porém, for de rejeição, há sério risco de ocorrer aborto, aparentemente classificado de espontâneo. Há de se considerar, também, a ação nefasta que determinados pais exercem sobre o concepto, seja ela direta com referência à mãe, seja indireta, criando embaraços psíquicos, através do sono, ao espírito reencarnante. Numa similitude ao nosso temor à morte, determinados Espíritos temem deixar uma situação que lhes parece estável, no mundo espiritual, para usufruir novamente, na matéria, de oportunidades de crescimento, embora aprisionando ou anestesiando suas conquistas do passado. Neste momento retraem-se, aflora um medo do desconhecido ou medo de nascer e fracassar. Buscam, então, a solução no aborto espontâneo, mobilizando suas forças mentais. A TRAJETÓRIA DO ESPÍRITO O Espírito imortal, em sua trajetória rumo ao progresso, utiliza o corpo material para purificação, progresso moral e intelectual, asas indispensáveis no vôo ao infinito do conhecimento. O exercício do aprendizado requer a reencarnação, neste ou em outros mundos, dos milhares criados pelo nosso Pai. As moléculas perispirituais, a fim de se ajustarem àquela primeira molécula física, condensam-se previamente. No terço médio do tubo falopiano, surge à nave que transportará este ser imortal durante anos e anos, patrocinando-lhe meios de expiar suas mazelas, adquiridas nos milhares de vezes que por aqui passou. Também é a oportunidade de provar a aptidão de vivenciar novas conquistas em outras searas celestiais. No instante em que é penetrado o gameta feminino pelo masculino (fecundação), o espírito também se conjuga a esta microscópica célula, arcabouço do futuro corpo material. De uma única célula, subdividindo-se incessantemente, surge um amontoado de matéria sem forma definitiva. Gradativamente, entretanto, fixará o perfil humano. 23
  • 24. Espiritismo e Genética O embrião, de movimentos curtos, suaves e batidas cardíacas débeis, evolui incessantemente para, próximo ao nascimento, apresentar movimentos mais largos, mais vigorosos. Estará, desde então, revestido de células, órgãos e aparelhos amadurecidos, propícios para pleno funcionamento no ambiente externo. Um trabalho digno do mais requintado artista e, no entanto, fenômeno repetitivo há milhões de anos. As células, durante a existência, cambiam-se em diferentes intervalos de tempo. Entretanto, mantêm constante a arquitetura primitiva gravada no perispírito. Não é justo que tudo se acabe, prematuramente, na ponta de um instrumento cruel, manejado por um profissional assassino, frio e inconseqüente! Bibliografia: 1. APONTAMENTOS, do Doutor Paulo Cury, da AME-Rio e do CELD; 2. O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, Edição FEB; 3. VIDA E SEXO, de F.C.Xavier-Emmanuel, Edição FEB; 4. GESTAÇÃO, SUBLIME INTERCÂMBIO, de Ricardo di Bernardi, 5a. edição; 5. SEXO E DESTINO, de F.C.Xavier e Waldo Vieira-André Luiz, Edição FEB; 6. AÇÃO E REAÇÃO, de F.C.Xavier-André Luiz, Edição FEB; 7. OBSTERÍCIA, de F.C.Grelle, 2a. edição; 8. BSTETRÍCIA, de Jorge Resende, 2a. edição; 9. PRENHEZ ECTÓPICA, da Enciclopédia Méd. Brás., por Luiz Fernando C.O.Braga; 10. ABORTAMENTO, GO Dez.1999, por Diógenes Basegio e col; 11. ABORTAMENTO RECORRENTE, GO Set.1998, por Sulani S. de Souza e col.. 24
  • 25. Espiritismo e Genética VII. O ABORTO E A LEI DE CAUSA E EFEITO Constitui crime a provocação do aborto em qualquer período da gestação? “Há crime sempre que transgredis a Lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando”. (LE 358). A programação de uma nova existência : Criamos projetos, aventamos sugestões, articulamos providências e externamos votos respeitáveis, englobando-nos com eles em salutares compromissos que, se observados, redundarão em bênçãos substanciais para todo o grupo de corações a que se nos vincula a existência. (VIDA E SEXO). “(...) Serei igualzinho a você, mamãe, em beleza e porte físico. Meus olhinhos serão idênticos, meus lábios suaves e cabelos macios se igualarão aos seus, porque tudo está determinado no gene hereditário”... “Sabe mamãe, foi muito difícil este nosso encontro; se não fosse a presença de Deus nas mãos de nossos irmãos espirituais elevados, não haveria possibilidade de aproximarmo-nos e de eu nascer de seu ventre...”. (PIEDADE). Exemplo: a reencarnação de Segismundo. “Entre ambas a classes (os superiores e os inferiores), porém, contamos com milhões de Espíritos, medianos na evolução, portadores de créditos apreciáveis e dívidas numerosas, cuja reencarnação exige cautela de preparo e esmero de previsão”. “Institutos de escultura anatômica funcionam, por isso, no Plano Espiritual, brunindo formas diversas, de modo a orientar os mapas ou prefigurações do serviço que aos reencarnantes competirá mais tarde atender”. “Corpos, membros, órgãos, fibras e células são aí esboçados e estudados, antes que se definam os primórdios da re-materialização terrestre, porque, nesses casos, em que a alma oscila entre méritos e deméritos, a reencarnação permanece sob os auspícios de autoridades e servidores da Justiça Espiritual que administra recursos a cada aprendiz da sublimação, de acordo com as obras edificantes que lhes constem o currículo da existência”. “Por isso, os candidatos à reencarnação, sem superioridade suficiente de modo a supervisioná- la com o seu próprio critério e distantes da inferioridade primitivista que deles faria escravos absolutos da herança física, são admitidos a instituições-hospitalares em que, magnetizadores desencarnados, bastante competentes pela nobreza íntima, se incumbem de aplicar-lhes fluidos balsamizantes que os adormecem, por períodos variáveis, de conformidade com a evolução moral que enunciem, a fim de que os princípios psicossomáticos se adaptem a justo restringimento, em bases de sonoterapia”. “Desse modo, regressam ao berço humano nas condições precisas, recolhidos a novo corpo, qual operário detentor de virtudes e defeitos a quem se concede novo uniforme de trabalho e nova oportunidade de realização”. “Paternidade e maternidade, raça e pátria, lar e sistema consangüíneo são conjugados com previdente sabedoria para que não faltem ao reencarnante todas as possibilidades necessárias ao êxito no empreendimento que se inicia. (...) Às vezes, deve sofrer mutilações e enfermidades benéficas, inibições e dificuldades orgânicas de caráter inevitável, porque, de aprendizado a aprendizado e de tarefa a tarefa, quanto o aluno de estágio a estágio para as grandes metas educativas, é que se levantará, vitorioso, para a ascensão Imortalidade Celeste”. (EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS). 25
  • 26. Espiritismo e Genética “O Espírito quando está em processo de reencarnação, em muitos casos, mantém a sua consciência e guarda em sua memória espiritual os momentos marcantes pelos quais passa”. “Esse é um aspecto fundamental para o encarnado compreender bem o significado da formação da vida e dos atos de amor que os pais devem transmitir aos filhos durante os meses gestacionais”. (MINHA VIDA EM GESTAÇÃO, Apresentação). Abortamento criminoso e suas conseqüências a) PARA O ABORTADO: • decepção, frustração, tristeza; • rancor e vingança; • dor pela mutilação; • obsessão. b) PARA A GESTANTE: • a maior responsável por esta falta; • mesmo que subjugada, a palavra final é dela; • existem muitos caminhos, mesmo que pedregosos e existem muitas alternativas e apoios, mesmo que só dos amigos desencarnados; • desajustes das energias psicossomáticas com mais penetrante desequilíbrio do centro genésico, implementando nos tecidos da própria alma a sementeira de males que frutescerão mais tarde; • remorso e culpa ==> víbora magnética; • vibração de angústia, revolta e vingança dos Espíritos abortados, culminando em processo obsessivo; • conseqüências imediatas no corpo físico: rupturas, infecção, hemorragias e até o desencarne. Desequilíbrio do centro genésico: • toxemias gravídicas; • alterações na produção de muco pelas células ciliadas das trompas não conduzindo o óvulo; • deficiência hormonal do ovário; • gravidez ectópica; • heterotopia; • hemorragias; • placenta prévia; • descolamento prematuro da placenta; • hipocinesia uterina, germicultura e infecção puerperais; • salpingite tuberculosa; • anexites, abscessos; • dismenorréias; • tumores. Desequilíbrio do centro cardíaco: • síndromes circulatórias na gravidez; • insuficiência cardíaca; 26
  • 27. Espiritismo e Genética • gviciação do centro cardíaco em conseqüência de aborto calculado, seguido de disritmia das forças psicossomáticas que regulam o eixo elétrico do coração. Desequilíbrio no centro cerebral: • modificação de personalidade; • esquizofrenia; • depressão; • efeito de culpa e remorso ou ação obsessiva. c) PARA O PAI: • moléstias testiculares, logo na encarnação seguinte; • distúrbios hormonais; • distúrbios mentais, secundários à obsessão. d) PARA OS AUTORES ESPIRITUAIS: (Familiares, amigos, torcedores). Conseqüências semelhantes às citadas anteriormente. e) PARA OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE: (Enfermagem, ginecologistas e obstetras delinqüentes). Conseqüências semelhantes. (NOSSO LAR, Cap. 31 - Vampirismo). CAUSAS - CULPA - PUNIÇÃO – REPARAÇÃO Alguns exemplos: (Do livro PIEDADE - “Os abortados”): a vergonha, cap. 73; o desertor, cap. 53. A CULPA Do livro PSICOLOGIA E ESPIRITUALIDADE, página 141: • sanção interna por algo feito em desacordo com princípios pré-estabelecidos; • atitude, idéia ou sentimento em desacordo com as Leis de Deus; • como o indivíduo se posiciona face às influências da cultura e do meio social (relatividade); • impressão da responsabilidade que se assume diante de uma ocorrência passada, sem ter, no entanto, a coragem de resolvê-la. PUNIÇÃO • Libertar-se da culpa é colocar-se diante das conseqüências dos atos com a disposição de resolvê-los corajosamente; • Não basta o arrependimento (primeiro) nem a realização de outro ato compensativo (segundo), pois o trabalho de reparação requer retornar-se às causas geradoras do que foi feito. 27
  • 28. Espiritismo e Genética A REPARAÇÃO • O processo de reparação não é punitivo ou compensatório, mas sempre educativo; • O trabalho de reparação dos equívocos cometidos, conscientemente ou não, pode ser feito sem que o Espírito venha a sofrer. Para tanto, deve: • formular detalhadamente o equívoco cometido; • enumerar todas as razões pessoais, sejam condenáveis ou não, que levaram ao ato; • enumerar outras maneiras que poderiam ter sido utilizadas para a realização daquele ato; • identificar atitudes, pensamentos e sentimentos que gostaria de evitar fazer de novo; • verificar em que leis espirituais tropeçou; • estabelecer um plano exeqüível em que você agora aja, de acordo com cada lei que contrariou por atuação indevida ou desconhecimento; • submeter suas conclusões a outra pessoa. A CULPA pode levar a um processo facilitador da obsessão: Culpa ==> autopunição ==> autoperdão ==> autodesculpa ==> confissão a nós mesmos, a alguém e a Deus. Ainda segundo André Luiz: “- Sabemos que é possível renovar o destino todos os dias. Quem ontem abandonou os próprios filhos, pode hoje se afeiçoar aos filhos alheios, necessitados de carinho e abnegação”. O próprio Evangelho do Senhor, na palavra do Apóstolo Pedro, adverte-nos quanto à necessidade de cultivarmos ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobre a multidão de nossos males. Bibliografia: 1. O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, Edição FEB, 2-1994, Q. 358; 2. PSICOLOGIA EESPIRITUALIDADE, de Adenauer Novaes, página 141 (A Culpa); 3. MINHAVIDA EM GESTAÇÃO, (Apresentação); 4. NOSSO LAR, de F.C.Xavier-André Luiz, Edição FEB, Cap. 31; 5. EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS, de F.C.Xavier-André Luiz, Edição FEB, 2a. parte; 6. PIEDADE (Os Abortados); 7. VIDA E SEXO, de F.C.Xavier-Emmanuel, Edição FEB, cap.17. 28
  • 29. Espiritismo e Genética VIII. AS DOENÇAS Questões para serem meditadas: • O que é doença? • O que é cura? • A doença está no corpo físico? - Às vezes? - Sempre? • E a cura, é espiritual? - Sempre? - Às vezes? • Se a cura é espiritual: • O Espírito é que é curado? • A cura é feita por Espíritos? • Que espíritos? • O próprio encarnado? • Os desencarnados? (diretamente ou através de médiuns)? • A doença pode estar no Espírito? • O que é Medicina Espiritual? • O que é passe? • O que é necessário para viver com saúde? • Como poderíamos viver com saúde? Doenças: Definições, Causas e Caminhos para a Cura. “Doença, do ponto de vista espiritual, é o resultado do desequilíbrio do Espírito que não mantém o corpo espiritual equilibrado, tornando o corpo físico vulnerável”. (Ignácio Bittencourt). “A doença é o resultado do desequilíbrio energético do corpo em razão da fragilidade emocional do espírito que o aciona”. (Joanna de Ângelis). Foi perguntado ao Dr. Hermann: Podemos atribuir doenças comuns, que temos hoje em dia, muito mais a desequilíbrios do que a falha orgânica propriamente dita? Resposta: “Mas claro que sim! O homem está zeloso com a sua aparência, mas desmazelado com a sua harmonia, quer orgânica quer psicológica. Ele está zeloso, faz ginástica, mas se esquece do controle alimentar, dos abusos alimentares”. (Dr. Hermann, em Apostila do E. E. Med. Esp.). “A cura significa o reequilíbrio do Espírito, refletido no corpo espiritual e no corpo físico”. “A Medicina Espiritual é a atividade exercida pelos Espíritos que, utilizando recursos fluídicos, magnéticos e espirituais, promove a cura dos indivíduos, embora comumente se inclua nesta categoria a ação curadora por medicamentos ou por recursos cirúrgicos”. “Os homens precisam entender que a ação magnética, o fenômeno da cura, o potencial energético que se desprende das mãos do médium, atinge ao corpo, mas não é para substituir, pura e simplesmente, a medicação terrena e, sim, para colocar o corpo em condições de equilíbrio e até receber a medicação terrena”. Quem deve ser curado primeiro: o corpo ou o espírito? Ora, “se o corpo reflete o que há no espírito, quem precisa ser curado primeiro é o espírito!”. “A Medicina Espiritual há de ser associada à medicina humana, encarnada, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra do espírito”. (Ignácio Bittencourt). No tratamento com passes, a eficácia depende da qualidade dos fluidos ministrados. Segundo Joanna de Ângelis, para vivermos com saúde, devemos: exercitar: o auto-amor, o autoperdão, o estímulo para a vida e a doação! (PLENITUDE). 29
  • 30. Espiritismo e Genética Segundo o “Evangelho Segundo o Espiritismo”, as causas das aflições podem ser atuais ou anteriores à presente encarnação. Por exemplo: Podemos conseguir uma gastrite com o mau uso do regime alimentar, estando aí caracterizado uma causa atual do sofrimento. Poderia aí haver uma repercussão no Espírito? Vários estudos sobre a Esquizofrenia nos mostram tratar-se de doença cármica, portanto ligada a causas anteriores do sofrimento. Haverá aí conseqüências para o corpo físico? Como causas atuais, citaremos ainda a somatização de problemas emocionais causados por: insegurança, medo, mágoa, ódio, rancor e ciúme. São problemas do Espírito, gerando graves problemas orgânicos. Vemos aí, então, que desequilíbrios do Espírito podem desarmonizar o fluxo de energia, causando doenças físicas e mentais. Segundo Joanna de Ângelis, “A doença é o resultado do desequilíbrio energético, favorecendo o surgimento de doença”. Para compreendermos as causas anteriores dos sofrimentos, relembraremos o ser integral que somos: corpo, espírito, perispírito. Lembremo-nos, ainda, da sigla AER (arrependimento, expiação, reparação) como fases seqüenciais que vivenciamos para cada falta cometida. Quando nos arrependemos, marcamos energeticamente nosso perispírito. Daí, então, sofrimentos como: paralisias, limitações orgânicas e mentais, patologias congênitas sem possibilidades de reequilíbrio; certos tipos de loucura, de cânceres, enfermidades degenerativas etc. São recursos expiatórios para o infrator. Segundo André Luiz, “Somos herdeiros de nós mesmos” e segundo Ignácio Bitencourt, “Se o corpo reflete o que há no Espírito, o Espírito precisa ser curado primeiro”. “Se os médicos são mal-sucedidos, tratando da maior parte das moléstias, é que tratam do corpo, sem tratarem da alma. Ora, não se achando o todo em bom estado, impossível é que uma parte dele passe bem”. (E.S.E., de Allan Kardec, Introd., item XIX). “Os sofrimentos devidos a causas anteriores à existência presente, como os que se originam de culpas atuais, são muitas vezes a conseqüência de falta cometida, isto é, o homem, pela ação de uma rigorosa justiça distributiva, sofre o que fez sofrer aos outros”. (E.S.E., de Allan Kardec, Cap. V, item 7). O que é a cura? É toda uma movimentação química que ocorre nas células, condicionando-nos à retomada da ligação com a vida na plenitude de nossa capacidade de ação. Curar-se é alcançar maiores níveis de capacidade de amar a nós mesmos, ao próximo e à Vida. Curar-se é, em essência, um fenômeno espiritual pelo fato de ter sua gênese no Espírito. A cura é, pois, espiritual. Corpo sadio é sinônimo de espírito saudável, que se ama. Peter Garet, em um artigo, fala do “poder de cura do perdão”. A capacidade de perdoar alivia a mente e o coração. Pesquisas mostraram a relação entre a lembrança de uma ferida antiga e o aumento de pressão sangüínea, dos batimentos cardíacos e da tensão muscular. Pessoas que já perdoaram alguém afirmam estar mais saudáveis do que quem não perdoou, conclui a pesquisa. “(...) A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada. Mas, depende também da energia da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daqueles que desejam realizar a cura, seja homem ou espírito”. (A GÊNESE, Cap XIV). “Os órgãos físicos são constituídos de moléculas físicas, os órgãos do corpo espiritual são constituídas de moléculas mais sutis. As moléculas materiais são aglomerações das moléculas primitivas. Equilibram-se energeticamente as moléculas mais sutis, teremos como conseqüência um equilíbrio de funções nas moléculas materiais, ou seja, no órgão do corpo físico”. 30
  • 31. Espiritismo e Genética Na aplicação de passes no órgão afetado: Se o médium não tiver conhecimento do corpo humano, o fluido vai ser depositado sobre o órgão lesado e será absorvido por um processo natural e mecânico, conforme a sua necessidade. Se o médium tiver este conhecimento, ele vai direcionar o fluido, injetando-o no órgão lesado, acelerando o processo de absorção. Quanto maior o conhecimento do médium, melhor o resultado. Na aplicação de passes nos centros de força: O fluido atinge o perispírito e é distribuído para os órgãos. O órgão afetado absorve o fluido por um processo natural e mecânico, conforme a sua necessidade. O mecanismo de absorção do fluido segue o mesmo princípio de transferência de energia: o ponto de menor energia absorve do ponto que tem mais. Quanto ao aspecto de seleção, o órgão lesado vai absorver a energia que lhe está faltando a complementar. Os Centros de Força No livro “Entre a Terra e o Céu”, André Luiz, nos passa os ensinamentos do Ministro Clarêncio, que nos esclarecem que “o nosso corpo de matéria rarefeita está intimamente regido por sete centros de força, que se conjugam nas ramificações dos plexos e que, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente, estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo um campo eletromagnético, no qual o pensamento vibra em circuito fechado. Nossa posição mental determina o peso específico do nosso envoltório espiritual e, conseqüente ‘habitat”que lhe compete. Mero problema de padrão vibratório. Cada qual de nós respira em determinado tipo de onda. (...) Sublimamos ou desequilibramos o delicado agente de nossas manifestações, conforme o tipo de pensamento que nos flui da vida íntima. Quanto mais nos avizinhamos da esfera animal, maior é a condensação obscurescente de nossa organização e, quanto mais nos elevamos, ao preço de esforço próprio, no rumo das gloriosas construções do espírito, maior é a sutileza de nosso envoltório. (...) Tal seja a viciação do pensamento, tal será a desarmonia do centro de força, que reage em nosso corpo a essa ou àquela classe de influxos mentais. Analisando a fisiologia do perispírito, classifiquemos os seus centros de força. Temos: O centro coronário - expressão máxima do veículo que nos serve, de alto padrão de radiações, de vez que nele se assenta à ligação com a mente, fulgurante sede da consciência. Dele emanam as energias de sustentação do sistema nervoso e suas subdivisões, sendo responsável pela alimentação das células do pensamento e o provedor de todos os recursos eletromagnéticos indispensáveis à estabilidade orgânica. • O centro cerebral - que ordena as percepções de variada espécie, que na vestimenta carnal constituem a visão, a audição, o tato e a vasta rede de processos da inteligência que dizem respeito à Palavra, à Cultura, à Arte, ao Saber. É neste centro que possuímos o comando do núcleo endócrino, referente aos poderes psíquicos. • O centro laríngeo - que preside aos fenômenos vocais. • O centro cardíaco - que sustenta os serviços da emoção e do equilíbrio geral. • O centro esplênico - que, no corpo denso, está sediado no baço, regulando a distribuição e a circulação adequada dos recursos vitais em todos os caminhos do veículo de que nos servimos. • O centro gástrico - que se responsabiliza pela penetração de alimentos e fluido em nossa organização. 31
  • 32. Espiritismo e Genética • O centro genésico - em que se localiza o santuário do sexo, como templo modelador de formas e estímulos. Não podemos olvidar, porém, que o nosso veículo sutil, tanto quanto o corpo de carne, é criação mental no caminho evolutivo. (...) Tudo é trabalho da mente no espaço e no tempo, a valer-se de milhares de formas, a fim de purificar-se e santificar-se para a Glória Divina. Quando a nossa mente, por atos contrários à Lei Divina, prejudica a harmonia de qualquer um desses fulcros de força de nossa alma, naturalmente se escraviza aos efeitos da ação desequilibrante, obrigando-se ao trabalho de reajuste. (ENTRE A TERRA E O CÉU, de André Luiz, páginas 126 e 129). O Poder do Pensamento e da Fé Ainda André Luiz, ouvindo o Assistente AULUS, nos ensina: Em fotografia precisamos da chapa impressionável para deter a imagem, tanto quanto em eletricidade carecemos do fio sensível para a transmissão da luz. No terreno das vantagens espirituais, é imprescindível que o candidato apresente uma certa “tensão favorável”. Essa tensão decorre da fé. (...) Sem recolhimento e respeito na receptividade, não conseguimos fixar os recursos imponderáveis que funcionam em nosso favor, porque o escárneo e a dureza de coração podem ser comparados a espessas camadas de gelo sobre o templo da alma. O passe é uma transfusão de energias, alterando o campo celular. (...) Tudo é espírito no santuário da Natureza. Renovemos o pensamento e tudo se modificará conosco. Na assistência magnética, os recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura necessitada para que ela ajude a si mesma. A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem, no templo do corpo, edificando valiosas reconstruções. O passe, como reconhecemos, é importante contribuição para quem saiba recebê-lo, com o respeito e a confiança que o valorizam. (NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE, de André Luiz, páginas 168 a 170). Genética x Campo Espiritual Pesquisas do cientista Dean Hamer, do Instituto do Câncer dos Estados Unidos, relacionam dados observados em 33 pares de gêmeos unissexuais com os respectivos códigos. A pesquisa do Dr. Hamer tem o mérito de acrescentar à Genética possibilidade de percorrer caminhos na área do psiquismo - impulsos, desejos e emoções. É a Genética se aproximando do campo espiritual. (Eurípedes Kühl). O Futuro do Planeta Terra Prevenindo-se as doenças ===> mais fácil será tratá-las Menos doenças ===> menos dor Menos dor ===> mais evolução espiritual Mais evolução espiritual ===> mais amor entre os homens Mais amor entre os homens ===> mais próximos de Deus! 32
  • 33. Espiritismo e Genética Bibliografia: 1. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, de Allan Kardec, Edição FEB, 08/1993; 2. A GÊNESE, de Allan Kardec, Edição FEB, 10/1992; 3. GENÉTICA E ESPIRITISMO, de Eurípedes Kühl, Edição FEB, 06/1997; 4. ENTRE A TERRA E O CÉU, de F.C.Xavier/André Luiz, Edição FEB, 05/1997; 5. NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE, de F.C.Xavier/André Luiz, Edição FEB; 6. PLENITUDE, de Divaldo P. Franco/ Joanna de Angelis, Edição LEAL, 1999; 7. APOSTILAS DE MED.ESPIRITUAL, orientação de Ignácio Bittencourt; 8. APOSTILAS DE MED.ESPIRITUAL, orientação do Dr. Hermann. 33