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Retrospectiva Prospectiva: O ex-prodígio reverte à média
21 de Março de 2013
O cenário externo e o doméstico pioraram em fevereiro e na primeira metade de março.
Enquanto a medida de mercado de risco para os próximos cinco anos do Brasil (o credit
default swap, ou CDS, de cinco anos) subiu de 118 no início do mês passado para 135 pontos
no final de fevereiro, estabilizando em 130 pontos-base até meados de março, as de dez e
cinco anos de Itália e Espanha aumentaram, respectivamente, de 266 para 304 pontos e de
252 para 272 pontos-base entre a mínima de fevereiro e meados de março. As razões para
essas deteriorações são estruturais e serão exploradas adiante. Nos EUA, as incertezas
continuam girando em torno de um dos itens do Abismo Fiscal (Fiscal Cliff) que, se
consubstanciado, poderia produzir efeitos contrativos que subtrairiam 0,4% a 0,6% do
crescimento do PIB dos EUA projetado para 2013.
Começando com os EUA e abordando, portanto, o imbróglio em torno do Fiscal Cliff, o
resquício do fantasma que assombrou o otimismo velado dos investidores e os levou a pregar a
possibilidade de recessão nos EUA durante o 1S13 é o corte automático dos gastos públicos
(Budget Control Act ou Sequestration), caso não haja consenso sobre quais despesas diminuir
(defesa, pessoal, previdenciária ou infraestrutura). De fato, assumindo uma propensão média
a consumir a partir da renda disponível de 75%, a participação das importações na renda
bruta de 17% e o multiplicador da renda igual a 1,4 vezes os gastos agregados, o corte
automático de dispêndio perfaria entre US$80 bilhões e US$86 bilhões (equivalendo a 0,6% do
PIB), podendo, portanto, reduzir o crescimento projetado do PIB real de 2,1% para 1,4% em
2013.
Além disso, mesmo que haja alguma solução para a diminuição automática de gastos do
governo federal, o que deveria ter acontecido até a primeira metade de março, as votações
para o aumento do teto de endividamento do Tesouro norte americano (em inglês, Debt
Ceiling), atualmente em 104% do PIB e acima do teto, deveriam ter ocorrido ao longo do mês
passado. Portanto, elas também estão pendentes, ressaltando que o Tesouro está emitindo
títulos em caráter extraordinário e as agências de classificação de risco, consequentemente,
demonstram preocupação com o nível de endividamento corrente do governo e com o próprio
aumento do teto de endividamento, o qual deve subir para patamares bem superiores a 95%
do PIB. Isso produz o risco de pelo menos um outlook negativo para a dívida doméstica do
Tesouro norte-americano. Caso não haja acerto quanto à elevação do teto de endividamento
no curto prazo, o Tesouro teria que caminhar na tortuosa trilha da priorização de gastos,
pagando juros sobre a dívida primeiro e atrasando (na ordem) o pagamento de trilhões de
dólares para funcionários, beneficiários da previdência social, contratos de serviços, etc.
Certamente que isso gera desconfiança do investidor, ainda mais quando o S&P500 encontra-
se próximo a 1.550 pontos, próximo à sua máxima marca histórica.
Na Zona do Euro, as forças que assombravam a região no segundo semestre de 2012 foram
mitigadas pela intervenção quase contínua do fundo EFSF/ESM e do banco central europeu
(BCE). As ações tanto do fundo quanto da Troica (FMI, União Europeia e Banco Central
Europeu), ao proverem liquidez, respectivamente, no mercado primário e secundário de
títulos soberanos, mantiveram os yields dos títulos soberanos de dez e cinco anos de Itália e
Espanha em 4,7% e 3,7%, respectivamente. Esses patamares, abaixo de 5,0%, são consistentes
com a sustentabilidade das suas respectivas dívidas brutas soberanas/PIB no longo prazo (ou
seja, em dez anos), entre 125% e 130% no caso italiano e, no espanhol, entre 75% e 80%. O
resultado não menos importante dessa aritmética fiscal é a trilha econômica recessiva que
ambas as economias devem perseverar durante 2013 e parte de 2014. Apesar da estabilidade
dos yields soberanos de ambos os países em patamares consistentes com a sustentabilidade
das suas dívidas/PIB, os seus níveis nominais ainda elevados e o ajuste fiscal contrativo
condenam a Espanha a mais uma queda de PIB (mais uma recessão) de 1,8% em 2013 (contra
-1,5% em 2012) e a economia italiana também a uma contração de 1,0% no ano (em relação a
-2,0% no ano passado).
As probabilidades de piora dos yields soberanos no curto prazo não só de Espanha e Itália,
mas também de Grécia, Portugal e Irlanda aumentaram consideravelmente em meados de
março. A “solução” mais desastrosa possível para o impasse cipriota gerou incertezas na zona
do euro e desconfianças entre os investidores de que outros países poderiam recorrer à
mesma saída. Exageros à parte (quanto à adoção da mesma estratégia em outras economias
da zona do euro, principalmente na Grécia), a taxação de depósitos no Chipre abre um
precedente que não existiu até agora na zona do euro. A incidência de alíquotas de 6,75%
sobre depósitos até €100 mil, 9,9% a partir de €100 mil e 20%-25% sobre os juros provenientes
dos depósitos geraria receitas (de confiscos) que totalizariam €5,8 bilhões. Além disso, houve
a adoção de outras medidas em consonância com a Troica para a obtenção de um pacote de
resgate que totalizou €10 bilhões (€1 bilhão do FMI e €9 bilhões do ESM):
    (i)     A extensão por cinco anos dos prazos dos empréstimos russos que totalizam €2,5
            bilhões e que vencem em 2013 e 2014, a juros bem mais módicos,
    (ii)    O aumento das alíquotas de impostos corporativos de 10% para 12,5%,
    (iii)   O ajuste fiscal gradual até a obtenção de um superávit primário de 4,0% (como se
            isso fosse possível em uma economia cuja relação dívida bruta soberana/PIB
            perfaz quase 90% e na qual haveria um confisco de depósitos bancários que
            atingiria mais de 20% do PIB. A primeira medida geraria recessão, enquanto que a
            segunda implicaria efeito-pobreza e queda do consumo pessoal; em ambos os
            casos, a severa recessão viria acompanhada da queda da arrecadação tributária e
            a obtenção do superávit primário de 4,0% do PIB no longo prazo só ocorreria por
            obra do Divino Espírito Santo ou se mais de 70% dos depósitos fosse estrangeiro, o
            que não é verdade. Em todo o caso, independentemente desse percentual, a fuga
            de depósitos – sempre contrativa – teria que ser contornada pela adoção de uma
            espécie de curralito a lá Argentina em 2001),
    (iv)    Privatização de empresas estatais que não foram obviamente arroladas.
É claro que esse pacote estapafúrdio não foi aprovado no Parlamento (que conta com 56
membros, sendo que a coalizão governamental repousa em 29 instáveis votos); diante disso, e
apesar tanto da falta de desfechos quanto da adoção de soluções mirabolantes, o BCE
manteve as linhas de liquidez para bancos cipriotas, os quais sofrerão a ameaça de fuga de
depositantes assim que o feriado bancário terminar. Vale lembrar que as linhas de liquidez de
qualquer banco central dependem dos ativos que os bancos dispõem como garantia e estes
são sempre limitados, ainda mais no caso do Chipre. Portanto, no caso extremo, o Tesouro
cipriota terá que capitalizar os bancos privados e, em contrapartida, a dívida pública o déficit
público cipriota poderão crescer significativamente, a ponto da relação dívida bruta/PIB
atingir patamares superiores a 100% no curto prazo. O cobertor é curto para um doente com
frio e tão enfermo. Independentemente da solução, um precedente muito importante foi
quebrado: o repeito às regras da União Bancária da Zona do Euro, já que o euro depositado na
Chipre, nesse contexto, não parece ser o mesmo euro depositado nos outros bancos no resto
da zona do euro. É exatamente por isso que a fuga de depósitos no Chipre pode ser maciça
assim que o feriado bancário terminar, afetando os depósitos em filias de bancos cipriotas
localizados predominantemente na Grécia. É assim que começa o contágio...
No Brasil, os destaques de fevereiro e março foram os novos sinais da conjuntura doméstica
que elevam a probabilidade de alta da Selic no curto prazo, a despeito do anúncio de nova
desoneração tributária, agora da cesta básica (que contribuiria para uma menor inflação
mensal), e de uma recuperação moderada (e abaixo do consenso de mercado) do PIB no 4T12.
Esta leitura foi, em parte, sancionada pela mudança na comunicação do COPOM: o comitê
optou por retirar a indicação de juros estáveis por período “suficientemente prolongado”,
enquanto dava destaque à necessidade de “cautela” na condução da política monetária,
considerando as incertezas externas e internas. Sendo assim, um início de ciclo já em abril
parece pouco provável; de qualquer forma, a dinâmica inflacionária torna sua implementação
inevitável, devendo vir no compasso de 50 pontos-base (pb) por reunião a partir de maio, com
um aperto total de até 150 pb.
A inflação ao consumidor mostrou novo resultado desconfortável em fevereiro (0,60% na
leitura mensal do IPCA, correspondente a 6,3% no acumulado em 12 meses e, portanto, muito
próximo ao teto da meta perseguida pelo BC). De fato, o cenário inflacionário traz
preocupação; entre outros fatores, observa-se:
    •       O descolamento da meta, de forma quase ininterrupta desde o início do 4T12, do
            IPCA projetado para 2013 e 2014, com estimativas para 2014 deslocando-se para
            pmares perigosos em linha com o teto da meta no caso do Top 5 de médio prazo.
    •       Surpresas inflacionárias negativas e sistemáticas (há oito divulgações seguidas)
            do IPCA observado em comparação com a mediana das projeções de mercado
            (seja a divulgada pelo Boletim Focus, seja o levantamento da Bloomberg).
•                   Elevado grau de difusão das altas do IPCA (medida do número de subitens que
                                                     subiram no mês em questão) acompanhado de piora de outras medidas de núcleo
                                                     inflacionário;
                        O último ponto desqualifica os argumentos de que as pressões são pontuais, sazonais ou
                        localizadas em algum subitem. A sugestão é que, de fato, as condições monetárias são
                        demasiadamente expansionistas em consideração à meta de inflação imposta ao BCB. Neste
                        sentido, as projeções do BC para a inflação em 2013 e 2014, expostas na Ata, aumentaram em
                        relação a janeiro - e estão obviamente acima do valor central de 4,5% - apesar da valorização
                        do real, da redução dos preços administrados e da hipótese nada realista de cumprimento
                        integral da meta de superávit primário (3,1% do PIB).
                                          Focus para IPCA 13/14 (esq.) e surpresas inflacionárias recentes (dir.)

6.5                                                                                                          0.90%

                                                                                                             0.80%
6.0                                                                                                          0.70%

                                                                                                             0.60%
5.5
                                                                                                             0.50%

                                                                                                             0.40%
5.0
                                                                                                             0.30%

4.5                                                                                                          0.20%
                                                                                                                     jul/12


                                                                                                                              ago/12




                                                                                                                                                         nov/12


                                                                                                                                                                    dez/12




                                                                                                                                                                                      fev/13
                                                                                                                                                                             jan/13
                                                                                                                                       set/12


                                                                                                                                                out/12
                        ago-12




                                                                                           jan-13
      jul-12

               jul-12




                                                                                                    fev-13
                                                                nov-12

                                                                         dez-12

                                                                                  dez-12
                                 set-12

                                            set-12

                                                       out-12




                                          2013                                    2014                                    Focus         Bloomberg                 IPCA observado


                                                                     Fontes: BCB e Bloomberg; PINE Macro & Commodities Research

                        O governo tem feito de tudo para mitigar as pressões inflacionárias localizadas no 1T13.
                        Sabemos que, sazonalmente, diversos preços controlados são reajustados no início de
                        trimestre e do ano. Assim, o governo federal tem trabalhado para adiar parte dos reajustes (a
                        exemplo dos transportes públicos junto aos governos estaduais e municipais), o que deve
                        postergar para o 2T13 este foco de pressão. Além disso, as desonerações tributárias também
                        vão ao encontro da avaliação. Após a redução da energia elétrica residencial, o governo
                        reduziu a zero a incidência de PIS/Cofins sobre carnes, peixes, café, açúcar, óleo de soja,
                        manteiga, margarina, sabonete, produtos de higiene bucal e papel higiênico. Também zerou a
                        alíquota do IPI incidente sobre sabonetes e açúcar.
                        O impacto sobre os preços ao consumidor esperado pelo governo chega a -0,60 pontos
                        percentuais (pp). Contudo, tanto a magnitude quanto o timing do impacto são bastante
                        incertos, tendo em vista, por exemplo: (i) a necessidade de estimar o market share dos canais
                        de comercialização destes produtos, uma vez que a alíquota paga anteriormente dependia do
                        regime de apuração dos tributos e, assim, guarda correlação com o tamanho das empresas;
                        (ii) a possibilidade de recomposição de margem por parte do varejo; (iii) alguma defasagem
                        até o giro do estoque sobre o qual incidia a alíquota anterior. Com base em algumas
                        premissas para os fatos inscritos acima, preferimos trabalhar com um impacto sobre o IPCA de
                        2013 próximo a -0,30pp.
                        Considerando o viés data dependent sugerida pelo COPOM para as próximas decisões, o grau
                        de desaceleração da inflação nas próximas leituras será especialmente importante: em meses
                        de ajuda considerável provocada pelas desonerações, o índice corre o risco de permanecer
                        em linha com sua média mensal recente o que, em verdade, seria ruim. As perspectivas do
                        front inflacionário sustentariam a necessidade de alta dos juros.
IPCA: projeções PINE x Boletim Focus (Top 5 de médio prazo)

6.7%                                                                  6.7%

6.5%                                                                  6.5%

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5.9%                                                                  5.9%

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5.5%
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                                     jul/13
       jan/13




                      abr/13




                                                   out/13




                                                                                                                jul/13
                                                                               jan/13




                                                                                              abr/13




                                                                                                                                  out/13
                Dezembro            Último          Pine                       Dezembro                Último            Pine s/ cesta básica

                                              Fonte: BCB; PINE Macro & Commodities Research

                Já o ritmo de recuperação da atividade econômica doméstica permanece “menos intenso do
                que se antecipava”, como também qualificou o BC. No 4T12, a economia brasileira cresceu
                0,6% na margem livre de efeitos sazonais. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias
                continua robusto e, na margem, avançou 1,2% no último trimestre. A Formação Bruta de
                Capital Fixo cresceu 0,5% na mesma comparação, após recuar por quatro trimestres
                consecutivos; contudo, em relação ao 4T11, houve retração expressiva de 4,5% o que implica
                taxa de investimento de apenas 18,1% do PIB no ano de 2012. Por fim, no que se referem ao
                setor externo, as exportações cresceram 4,5% e as importações, 8,1% na margem, e 2,1% e
                0,4%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior.
                A crise europeia, a desaceleração da economia chinesa (nosso principal parceiro comercial) e
                a fraca atividade argentina (terceiro maior parceiro comercial brasileiro), que inclusive impôs
                diversas medidas protecionistas contra o Brasil, têm sua parcela de responsabilidade sobre a
                fraqueza dos números. Da mesma forma, o arrefecimento da produtividade, acompanhada de
                clara compressão das margens empresariais (em um contexto de pleno emprego) e de
                incertezas institucionais com as constantes imposições e alterações de medidas
                governamentais reduziu o apetite ao investimento corporativo. Com isso, o crescimento de
                2012 foi de apenas 0,9%, bastante aquém das estimativas mais pessimistas de PIB potencial.
                No entanto, para o futuro caminho da Selic este número pouco importa. Além de olhar para a
                perspectiva de crescimento futuro, o COPOM deixou novamente claro que a fraqueza da
                atividade está no campo da oferta e, portanto, não deve ser combatido por política
                monetária ainda mais frouxa. Mais interessante, o Comitê destaca que os dados recentes
                apontam para uma retomada do ritmo de crescimento econômico efetivo mais alinhado com o
                potencial.
                Para finalizar, o comportamento do real permanece descolado de seus determinantes
                fundamentais: enquanto observa-se uma elevação quase ininterrupta, ainda que lenta, do
                risco Brasil (medido pelo EMBI), um viés pró-USD frente a uma cesta de moedas (medida pelo
                DXY) e a desvalorização das commodities especificamente em fevereiro (parcialmente
                revertida em março, segundo o CRB), a paridade R$/US$ seguiu sua tendência de valorização
                ao longo do mês de fevereiro e a primeira semana de março. De fato, não fossem as atuações
                do BC via swap cambial reverso na segunda semana de março, quando justamente a taxa
                rompia o “piso” de R$1,95/US$, possivelmente veríamos o mercado cambial testar níveis mais
                valorizados do real. No vazio. Muitos têm relacionado o comportamento da moeda com o
                pequeno espaço inflacionário para desvalorizações e a rápida ajuda que a valorização traria
                para os índices de preços. A análise poderia estar correta se o fluxo de entrada de divisas
                fosse positivo e as atuações do BC não houvessem ocorrido.
Determinantes fundamentais: BRL x EMBI (esq.), BRL x DXY (dir.)


495                                                                2.5       90                                                                  2.5
                                                                   2.4                                                                           2.4
445
                                                                   2.3                                                                           2.3
                                                                             85
395                                                                2.2                                                                           2.2
                                                                   2.1                                                                           2.1
345
                                                                   2.0       80                                                                  2.0
295                                                                1.9                                                                           1.9
245                                                                1.8                                                                           1.8
                                                                             75
                                                                   1.7                                                                           1.7
195
                                                                   1.6                                                                           1.6
145                                                                1.5       70                                                                  1.5
      2008



             2009



                      2010



                                 2011



                                                2012



                                                            2013




                                                                                  2008



                                                                                                 2009



                                                                                                          2010



                                                                                                                      2011



                                                                                                                                 2012



                                                                                                                                          2013
                    EMBI           BRL (dir.)                                                      Cesta/USD (esq.)          BRL (dir.)

                                            Fonte: Bloomberg; PINE Macro & Commodities Research

             Ou seja, considerando a fraca fundamentação para a valorização, a vontade acompanhada de
             atuações do governo no mercado cambial, assim como a saída líquida de divisas do país
             (abaixo), a tendência do real na média mensal é de desvalorização, a partir do 2S13, para o
             intervalo R$2,00/US$ – R$2,02/US$. Para o restante do 1S13 a tendência é de permanência no
             intervalo R$1,95/US$ – R$2,00/US$. A perspectiva de recuo do IPCA em 12 meses no 2S13
             (gráficos anteriores) também libera algum grau de liberdade para tanto.
                          Saldo do fluxo comercial e financeiro: 2013 x média desde 2007

                                              USD bilhões
                                7,000
                                6,000
                                5,000
                                4,000
                                3,000
                                2,000
                                1,000
                                        0
                              -1,000
                              -2,000
                              -3,000
                                            1     2    3     4     5     6    7          8   9     10 11 12
                                             Fluxo médio desde 2007                Fluxo mensal 2013

                                            Fonte: Bloomberg; PINE Macro & Commodities Research



             Marco Antonio Maciel                                                    Marco Antonio Caruso
             Economista-chefe                                                        Economista
             Banco Pine                                                              Banco Pine
Brasil: Principais Indicadores Econômicos - Banco Pine
INDICADORES ECONOMICOS                          2008     2009     2010     2011      2012E   2013E
Taxa de crescimento do PIB Real (%)             5.2%     -0.6%    7.5%     2.7%      0.9%    2.8%
R$:US$ final de período (nominal)                 2.40     1.75     1.69     1.83    2.08    2.02
R$:US$ média (nominal)                            1.83     2.00     1.76     1.67    1.95    2.00
BR inflação (IPC / IPCA)                        5.9%     4.3%     5.9%     6.5%      5.8%    5.6%
BR inflação (IGP-M)                             9.8%     -1.7%    11.3%    5.1%      7.8%    4.4%
BR taxa de juros (Selic, fim de período)       13.75%    8.75%    10.75% 11.00%      7.25%   8.75%
BR taxa de juros (Selic, média)                12.54%    9.92%    10.00% 11.71%      8.46%   8.21%
TJLP (fim de período)                           6.25%    5.75%    6.00%    6.00%     5.00%   5.00%
Saldo comercial (US$bn)                          25.0     25.4     20.0    29.8       19.4   10.0
Conta corrente (US$bn)                          -35.0    -24.3    -47.5    -52.6     -45.0   -65.0
Conta corrente (% do PIB)                       -2.1%    -1.6%    -2.3%    -2.1%     -2.4%   -2.6%
Superávit primário (% do PIB)                   3.4%     2.0%     2.7%     3.1%      2.4%    2.0%
Dívida líquida do setor público/PIB             38.5%    42.1%    39.1%    36.4%     35.1%   35.0%
Risco Brasil (pb, fim de período)                428      302      211      223       142     190


Período    R$/US$ (m édia m ensal)

jan/2013              1.99
fev/2013              1.98
mar/2013            1.975
abr/2013            1.978
mai/2013            1.983
jun/2013            1.992
jul/2013            2.002
ago/2013            2.012
set/2013            2.002
out/2013            1.992
nov/2013            2.012
dez/2013            2.021
  2013                2.00
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referem-se ao passado, a rentabilidade obtida no passado, não representando garantia de rentabilidade futura. Os preços e demais
informações contidas neste relatório são críveis e dignos de confiança na data de publicação do mesmo e foram obtidas de uma, ou
mais, das fontes a seguir descritas: (i) fontes expressas ao lado da informação; (ii) preço de cotação no principal mercado regulado do
valor mobiliário em questão; (iii) fontes públicas confiáveis; ou (iv) base de dados do PINE. Todas as informações aqui contidas foram
obtidas de fontes públicas, as quais acreditamos serem confiáveis e de boa fé a partir da data em que este relatório foi emitido.
Nenhuma garantia ou declaração, tanto expressa quanto implícita, é provida em relação à exatidão, abrangência ou confiabilidade
das informações aqui contidas, com exceção das informações referentes ao PINE, suas subsidiárias e afiliadas. Também não tem o
intuito de ser uma declaração completa ou um resumo sobre os ativos, mercados ou estratégias abordadas no documento. Em todos os
casos, investidores devem conduzir suas próprias investigações e análises antes de proceder ou deixar de proceder qualquer ação
relacionada aos valores mobiliários analisados neste relatório.

O PINE não praticou atividades de formador de mercado de valores mobiliários da companhia objeto, no momento em que este
relatório foi publicado. Ademais, o PINE não se responsabiliza assim como não garante que os investidores irão obter lucros. PINE
tampouco irá dividir qualquer ganho de investimentos com os investidores assim como não irá aceitar qualquer passivo causado por
perdas. Investimentos envolvem riscos e os investidores devem ter prudência ao tomar suas decisões de investimento. O PINE não tem
obrigações fiduciárias com os destinatários deste relatório e, ao divulgá-lo, não apresenta capacidade fiduciária. O presente relatório
não deve ser considerado pelos destinatários como um substituto para o exercício do seu próprio julgamento. Opiniões, estimativas e
projeções expressas aqui constituem o julgamento atual do analista responsável pelo conteúdo deste relatório na data na qual foi
preparada e por isso, está sujeito a mudanças sem aviso e pode diferir ou ser contrário a opiniões expressas por outras áreas de
negócios ou grupos do PINE e suas afiliadas ou subsidiárias como resultado do uso de diferentes hipóteses e critérios. Preços e
disponibilidade de instrumentos financeiros são apenas indicativos e estão sujeitos a mudanças sem aviso.

A análise contida aqui é baseada em diversas hipóteses. Diferentes hipóteses podem ter resultados substancialmente diferentes. Os
analistas responsáveis pela preparação deste relatório podem interagir com a mesa de operações, mesa de vendas e outros
departamentos, com o intuito de reunir, sintetizar e interpretar informações de mercado. O PINE não está sob a obrigação de
atualizar ou manter atualizada a informação contida neste relatório. O PINE confia no uso de barreira de informação para controlar o
fluxo de informação contida em uma ou mais áreas dentro do PINE, em outras áreas, unidades, grupos e filiadas do PINE. A
remuneração do analista responsável pelo relatório é determinada pela direção do departamento de pesquisa e pelos diretores
seniores do PINE. A remuneração do analista não é baseada mas pode ser relacionada às receitas do PINE como um todo, incluindo
área de investimentos, vendas e operações.

Os ativos de dívida mencionados neste relatório podem não estar disponíveis para venda em todas as jurisdições ou para certas
categorias de investidores. Opções, derivativos e futuros não são adequados a todos os investidores e a negociação desses tipos de
instrumentos é considerada arriscada. Hipotecas e ativos lastreados em títulos de crédito podem envolver alto grau de risco e podem
ser altamente voláteis em resposta às taxas de juros ou outras variáveis de mercado. Performance passada não é indicação de
resultado futuro. Se um instrumento financeiro é cotado em uma moeda que não a do investidor, mudanças nas taxas de câmbio
podem afetar de forma adversa o valor, o preço ou o retorno proveniente de qualquer ativo mencionado nesse documento e o leitor
deve considerar o risco relacionado ao descasamento de moedas.

Este relatório não leva em consideração objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades especiais de nenhum
investidor em particular. Investidores devem buscar orientação financeira baseada em suas particularidades antes de tomar qualquer
decisão de investimento baseadas nas informações aqui contidas. Para recomendações de investimento, execução de ordens de
negociação ou outras funções correlacionadas, os clientes devem contatar seus representantes de vendas locais. O PINE, suas empresa
afiliadas, subsidiárias, seus funcionários, diretores e agentes não se responsabilizam e não aceitam nenhum passivo oriundo de perda
ou prejuízo eventualmente provocado pelo uso de parte ou da integralidade do presente relatório.

Qualquer preço apresentado neste relatório possui caráter informativo e não representa avaliação individual do valor de mercado do
ativo ou outro instrumento. Não há garantias de que qualquer transação pode ou pôde ter sido efetuada nos preços apresentados
neste relatório. Os preços eventualmente apresentados não necessariamente representam os preços contábeis internos ou os preços
teóricos provenientes de avaliação por modelos do PINE e podem estar baseados em premissas específicas. Premissas específicas
assumidas pelo PINE ou por terceiros podem ter resultados substancialmente diferentes.

Este relatório não pode ser reproduzido ou distribuído por qualquer outra pessoa, parcialmente ou em sua totalidade, sem o prévio
consentimento por escrito do PINE.

Informações adicionais acerca dos instrumentos financeiros mencionados nesta apresentação estão disponíveis sob consulta.

O PINE e suas afiliadas têm acordos para gerenciar conflitos de interesses que possam surgir entre eles e seus respectivos clientes e
entre seus clientes diversos. O PINE e suas afiliadas estão envolvidas em uma gama completa de serviços financeiros e relacionados,
incluindo bancário e a prestação de serviços de investimento. Assim, o PINE ou suas afiliadas podem ter um interesse material ou um
conflito de interesse em qualquer dos serviços prestados aos clientes pelo PINE ou suas afiliadas. As áreas de negócio dentro do PINE e
entre suas afiliadas operam independentemente uma das outras e restringem o acesso a determinado indivíduo responsável pelo
tratamento dos assuntos do cliente a determinadas áreas da informação, onde este é necessário para gerenciar conflitos de interesses
ou interesses materiais.

Certificação de Analistas

Os analistas responsáveis pela elaboração deste relatório de análise são certificados e as opiniões aqui expressadas refletem
exclusivamente suas opiniões pessoais, sendo que as opiniões sobre qualquer dos emissores ou valores mobiliários analisados neste
relatório foram preparadas de forma autônoma e independente.

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Retrospectiva Prospectiva: O ex-prodígio reverte à média

  • 1. Retrospectiva Prospectiva: O ex-prodígio reverte à média 21 de Março de 2013 O cenário externo e o doméstico pioraram em fevereiro e na primeira metade de março. Enquanto a medida de mercado de risco para os próximos cinco anos do Brasil (o credit default swap, ou CDS, de cinco anos) subiu de 118 no início do mês passado para 135 pontos no final de fevereiro, estabilizando em 130 pontos-base até meados de março, as de dez e cinco anos de Itália e Espanha aumentaram, respectivamente, de 266 para 304 pontos e de 252 para 272 pontos-base entre a mínima de fevereiro e meados de março. As razões para essas deteriorações são estruturais e serão exploradas adiante. Nos EUA, as incertezas continuam girando em torno de um dos itens do Abismo Fiscal (Fiscal Cliff) que, se consubstanciado, poderia produzir efeitos contrativos que subtrairiam 0,4% a 0,6% do crescimento do PIB dos EUA projetado para 2013. Começando com os EUA e abordando, portanto, o imbróglio em torno do Fiscal Cliff, o resquício do fantasma que assombrou o otimismo velado dos investidores e os levou a pregar a possibilidade de recessão nos EUA durante o 1S13 é o corte automático dos gastos públicos (Budget Control Act ou Sequestration), caso não haja consenso sobre quais despesas diminuir (defesa, pessoal, previdenciária ou infraestrutura). De fato, assumindo uma propensão média a consumir a partir da renda disponível de 75%, a participação das importações na renda bruta de 17% e o multiplicador da renda igual a 1,4 vezes os gastos agregados, o corte automático de dispêndio perfaria entre US$80 bilhões e US$86 bilhões (equivalendo a 0,6% do PIB), podendo, portanto, reduzir o crescimento projetado do PIB real de 2,1% para 1,4% em 2013. Além disso, mesmo que haja alguma solução para a diminuição automática de gastos do governo federal, o que deveria ter acontecido até a primeira metade de março, as votações para o aumento do teto de endividamento do Tesouro norte americano (em inglês, Debt Ceiling), atualmente em 104% do PIB e acima do teto, deveriam ter ocorrido ao longo do mês passado. Portanto, elas também estão pendentes, ressaltando que o Tesouro está emitindo títulos em caráter extraordinário e as agências de classificação de risco, consequentemente, demonstram preocupação com o nível de endividamento corrente do governo e com o próprio aumento do teto de endividamento, o qual deve subir para patamares bem superiores a 95% do PIB. Isso produz o risco de pelo menos um outlook negativo para a dívida doméstica do Tesouro norte-americano. Caso não haja acerto quanto à elevação do teto de endividamento no curto prazo, o Tesouro teria que caminhar na tortuosa trilha da priorização de gastos, pagando juros sobre a dívida primeiro e atrasando (na ordem) o pagamento de trilhões de dólares para funcionários, beneficiários da previdência social, contratos de serviços, etc. Certamente que isso gera desconfiança do investidor, ainda mais quando o S&P500 encontra- se próximo a 1.550 pontos, próximo à sua máxima marca histórica. Na Zona do Euro, as forças que assombravam a região no segundo semestre de 2012 foram mitigadas pela intervenção quase contínua do fundo EFSF/ESM e do banco central europeu (BCE). As ações tanto do fundo quanto da Troica (FMI, União Europeia e Banco Central Europeu), ao proverem liquidez, respectivamente, no mercado primário e secundário de títulos soberanos, mantiveram os yields dos títulos soberanos de dez e cinco anos de Itália e Espanha em 4,7% e 3,7%, respectivamente. Esses patamares, abaixo de 5,0%, são consistentes com a sustentabilidade das suas respectivas dívidas brutas soberanas/PIB no longo prazo (ou seja, em dez anos), entre 125% e 130% no caso italiano e, no espanhol, entre 75% e 80%. O resultado não menos importante dessa aritmética fiscal é a trilha econômica recessiva que ambas as economias devem perseverar durante 2013 e parte de 2014. Apesar da estabilidade dos yields soberanos de ambos os países em patamares consistentes com a sustentabilidade das suas dívidas/PIB, os seus níveis nominais ainda elevados e o ajuste fiscal contrativo condenam a Espanha a mais uma queda de PIB (mais uma recessão) de 1,8% em 2013 (contra -1,5% em 2012) e a economia italiana também a uma contração de 1,0% no ano (em relação a -2,0% no ano passado). As probabilidades de piora dos yields soberanos no curto prazo não só de Espanha e Itália, mas também de Grécia, Portugal e Irlanda aumentaram consideravelmente em meados de março. A “solução” mais desastrosa possível para o impasse cipriota gerou incertezas na zona do euro e desconfianças entre os investidores de que outros países poderiam recorrer à mesma saída. Exageros à parte (quanto à adoção da mesma estratégia em outras economias da zona do euro, principalmente na Grécia), a taxação de depósitos no Chipre abre um
  • 2. precedente que não existiu até agora na zona do euro. A incidência de alíquotas de 6,75% sobre depósitos até €100 mil, 9,9% a partir de €100 mil e 20%-25% sobre os juros provenientes dos depósitos geraria receitas (de confiscos) que totalizariam €5,8 bilhões. Além disso, houve a adoção de outras medidas em consonância com a Troica para a obtenção de um pacote de resgate que totalizou €10 bilhões (€1 bilhão do FMI e €9 bilhões do ESM): (i) A extensão por cinco anos dos prazos dos empréstimos russos que totalizam €2,5 bilhões e que vencem em 2013 e 2014, a juros bem mais módicos, (ii) O aumento das alíquotas de impostos corporativos de 10% para 12,5%, (iii) O ajuste fiscal gradual até a obtenção de um superávit primário de 4,0% (como se isso fosse possível em uma economia cuja relação dívida bruta soberana/PIB perfaz quase 90% e na qual haveria um confisco de depósitos bancários que atingiria mais de 20% do PIB. A primeira medida geraria recessão, enquanto que a segunda implicaria efeito-pobreza e queda do consumo pessoal; em ambos os casos, a severa recessão viria acompanhada da queda da arrecadação tributária e a obtenção do superávit primário de 4,0% do PIB no longo prazo só ocorreria por obra do Divino Espírito Santo ou se mais de 70% dos depósitos fosse estrangeiro, o que não é verdade. Em todo o caso, independentemente desse percentual, a fuga de depósitos – sempre contrativa – teria que ser contornada pela adoção de uma espécie de curralito a lá Argentina em 2001), (iv) Privatização de empresas estatais que não foram obviamente arroladas. É claro que esse pacote estapafúrdio não foi aprovado no Parlamento (que conta com 56 membros, sendo que a coalizão governamental repousa em 29 instáveis votos); diante disso, e apesar tanto da falta de desfechos quanto da adoção de soluções mirabolantes, o BCE manteve as linhas de liquidez para bancos cipriotas, os quais sofrerão a ameaça de fuga de depositantes assim que o feriado bancário terminar. Vale lembrar que as linhas de liquidez de qualquer banco central dependem dos ativos que os bancos dispõem como garantia e estes são sempre limitados, ainda mais no caso do Chipre. Portanto, no caso extremo, o Tesouro cipriota terá que capitalizar os bancos privados e, em contrapartida, a dívida pública o déficit público cipriota poderão crescer significativamente, a ponto da relação dívida bruta/PIB atingir patamares superiores a 100% no curto prazo. O cobertor é curto para um doente com frio e tão enfermo. Independentemente da solução, um precedente muito importante foi quebrado: o repeito às regras da União Bancária da Zona do Euro, já que o euro depositado na Chipre, nesse contexto, não parece ser o mesmo euro depositado nos outros bancos no resto da zona do euro. É exatamente por isso que a fuga de depósitos no Chipre pode ser maciça assim que o feriado bancário terminar, afetando os depósitos em filias de bancos cipriotas localizados predominantemente na Grécia. É assim que começa o contágio... No Brasil, os destaques de fevereiro e março foram os novos sinais da conjuntura doméstica que elevam a probabilidade de alta da Selic no curto prazo, a despeito do anúncio de nova desoneração tributária, agora da cesta básica (que contribuiria para uma menor inflação mensal), e de uma recuperação moderada (e abaixo do consenso de mercado) do PIB no 4T12. Esta leitura foi, em parte, sancionada pela mudança na comunicação do COPOM: o comitê optou por retirar a indicação de juros estáveis por período “suficientemente prolongado”, enquanto dava destaque à necessidade de “cautela” na condução da política monetária, considerando as incertezas externas e internas. Sendo assim, um início de ciclo já em abril parece pouco provável; de qualquer forma, a dinâmica inflacionária torna sua implementação inevitável, devendo vir no compasso de 50 pontos-base (pb) por reunião a partir de maio, com um aperto total de até 150 pb. A inflação ao consumidor mostrou novo resultado desconfortável em fevereiro (0,60% na leitura mensal do IPCA, correspondente a 6,3% no acumulado em 12 meses e, portanto, muito próximo ao teto da meta perseguida pelo BC). De fato, o cenário inflacionário traz preocupação; entre outros fatores, observa-se: • O descolamento da meta, de forma quase ininterrupta desde o início do 4T12, do IPCA projetado para 2013 e 2014, com estimativas para 2014 deslocando-se para pmares perigosos em linha com o teto da meta no caso do Top 5 de médio prazo. • Surpresas inflacionárias negativas e sistemáticas (há oito divulgações seguidas) do IPCA observado em comparação com a mediana das projeções de mercado (seja a divulgada pelo Boletim Focus, seja o levantamento da Bloomberg).
  • 3. Elevado grau de difusão das altas do IPCA (medida do número de subitens que subiram no mês em questão) acompanhado de piora de outras medidas de núcleo inflacionário; O último ponto desqualifica os argumentos de que as pressões são pontuais, sazonais ou localizadas em algum subitem. A sugestão é que, de fato, as condições monetárias são demasiadamente expansionistas em consideração à meta de inflação imposta ao BCB. Neste sentido, as projeções do BC para a inflação em 2013 e 2014, expostas na Ata, aumentaram em relação a janeiro - e estão obviamente acima do valor central de 4,5% - apesar da valorização do real, da redução dos preços administrados e da hipótese nada realista de cumprimento integral da meta de superávit primário (3,1% do PIB). Focus para IPCA 13/14 (esq.) e surpresas inflacionárias recentes (dir.) 6.5 0.90% 0.80% 6.0 0.70% 0.60% 5.5 0.50% 0.40% 5.0 0.30% 4.5 0.20% jul/12 ago/12 nov/12 dez/12 fev/13 jan/13 set/12 out/12 ago-12 jan-13 jul-12 jul-12 fev-13 nov-12 dez-12 dez-12 set-12 set-12 out-12 2013 2014 Focus Bloomberg IPCA observado Fontes: BCB e Bloomberg; PINE Macro & Commodities Research O governo tem feito de tudo para mitigar as pressões inflacionárias localizadas no 1T13. Sabemos que, sazonalmente, diversos preços controlados são reajustados no início de trimestre e do ano. Assim, o governo federal tem trabalhado para adiar parte dos reajustes (a exemplo dos transportes públicos junto aos governos estaduais e municipais), o que deve postergar para o 2T13 este foco de pressão. Além disso, as desonerações tributárias também vão ao encontro da avaliação. Após a redução da energia elétrica residencial, o governo reduziu a zero a incidência de PIS/Cofins sobre carnes, peixes, café, açúcar, óleo de soja, manteiga, margarina, sabonete, produtos de higiene bucal e papel higiênico. Também zerou a alíquota do IPI incidente sobre sabonetes e açúcar. O impacto sobre os preços ao consumidor esperado pelo governo chega a -0,60 pontos percentuais (pp). Contudo, tanto a magnitude quanto o timing do impacto são bastante incertos, tendo em vista, por exemplo: (i) a necessidade de estimar o market share dos canais de comercialização destes produtos, uma vez que a alíquota paga anteriormente dependia do regime de apuração dos tributos e, assim, guarda correlação com o tamanho das empresas; (ii) a possibilidade de recomposição de margem por parte do varejo; (iii) alguma defasagem até o giro do estoque sobre o qual incidia a alíquota anterior. Com base em algumas premissas para os fatos inscritos acima, preferimos trabalhar com um impacto sobre o IPCA de 2013 próximo a -0,30pp. Considerando o viés data dependent sugerida pelo COPOM para as próximas decisões, o grau de desaceleração da inflação nas próximas leituras será especialmente importante: em meses de ajuda considerável provocada pelas desonerações, o índice corre o risco de permanecer em linha com sua média mensal recente o que, em verdade, seria ruim. As perspectivas do front inflacionário sustentariam a necessidade de alta dos juros.
  • 4. IPCA: projeções PINE x Boletim Focus (Top 5 de médio prazo) 6.7% 6.7% 6.5% 6.5% 6.3% 6.3% 6.1% 6.1% 5.9% 5.9% 5.7% 5.7% 5.5% 5.5% jul/13 jan/13 abr/13 out/13 jul/13 jan/13 abr/13 out/13 Dezembro Último Pine Dezembro Último Pine s/ cesta básica Fonte: BCB; PINE Macro & Commodities Research Já o ritmo de recuperação da atividade econômica doméstica permanece “menos intenso do que se antecipava”, como também qualificou o BC. No 4T12, a economia brasileira cresceu 0,6% na margem livre de efeitos sazonais. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias continua robusto e, na margem, avançou 1,2% no último trimestre. A Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 0,5% na mesma comparação, após recuar por quatro trimestres consecutivos; contudo, em relação ao 4T11, houve retração expressiva de 4,5% o que implica taxa de investimento de apenas 18,1% do PIB no ano de 2012. Por fim, no que se referem ao setor externo, as exportações cresceram 4,5% e as importações, 8,1% na margem, e 2,1% e 0,4%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior. A crise europeia, a desaceleração da economia chinesa (nosso principal parceiro comercial) e a fraca atividade argentina (terceiro maior parceiro comercial brasileiro), que inclusive impôs diversas medidas protecionistas contra o Brasil, têm sua parcela de responsabilidade sobre a fraqueza dos números. Da mesma forma, o arrefecimento da produtividade, acompanhada de clara compressão das margens empresariais (em um contexto de pleno emprego) e de incertezas institucionais com as constantes imposições e alterações de medidas governamentais reduziu o apetite ao investimento corporativo. Com isso, o crescimento de 2012 foi de apenas 0,9%, bastante aquém das estimativas mais pessimistas de PIB potencial. No entanto, para o futuro caminho da Selic este número pouco importa. Além de olhar para a perspectiva de crescimento futuro, o COPOM deixou novamente claro que a fraqueza da atividade está no campo da oferta e, portanto, não deve ser combatido por política monetária ainda mais frouxa. Mais interessante, o Comitê destaca que os dados recentes apontam para uma retomada do ritmo de crescimento econômico efetivo mais alinhado com o potencial. Para finalizar, o comportamento do real permanece descolado de seus determinantes fundamentais: enquanto observa-se uma elevação quase ininterrupta, ainda que lenta, do risco Brasil (medido pelo EMBI), um viés pró-USD frente a uma cesta de moedas (medida pelo DXY) e a desvalorização das commodities especificamente em fevereiro (parcialmente revertida em março, segundo o CRB), a paridade R$/US$ seguiu sua tendência de valorização ao longo do mês de fevereiro e a primeira semana de março. De fato, não fossem as atuações do BC via swap cambial reverso na segunda semana de março, quando justamente a taxa rompia o “piso” de R$1,95/US$, possivelmente veríamos o mercado cambial testar níveis mais valorizados do real. No vazio. Muitos têm relacionado o comportamento da moeda com o pequeno espaço inflacionário para desvalorizações e a rápida ajuda que a valorização traria para os índices de preços. A análise poderia estar correta se o fluxo de entrada de divisas fosse positivo e as atuações do BC não houvessem ocorrido.
  • 5. Determinantes fundamentais: BRL x EMBI (esq.), BRL x DXY (dir.) 495 2.5 90 2.5 2.4 2.4 445 2.3 2.3 85 395 2.2 2.2 2.1 2.1 345 2.0 80 2.0 295 1.9 1.9 245 1.8 1.8 75 1.7 1.7 195 1.6 1.6 145 1.5 70 1.5 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2008 2009 2010 2011 2012 2013 EMBI BRL (dir.) Cesta/USD (esq.) BRL (dir.) Fonte: Bloomberg; PINE Macro & Commodities Research Ou seja, considerando a fraca fundamentação para a valorização, a vontade acompanhada de atuações do governo no mercado cambial, assim como a saída líquida de divisas do país (abaixo), a tendência do real na média mensal é de desvalorização, a partir do 2S13, para o intervalo R$2,00/US$ – R$2,02/US$. Para o restante do 1S13 a tendência é de permanência no intervalo R$1,95/US$ – R$2,00/US$. A perspectiva de recuo do IPCA em 12 meses no 2S13 (gráficos anteriores) também libera algum grau de liberdade para tanto. Saldo do fluxo comercial e financeiro: 2013 x média desde 2007 USD bilhões 7,000 6,000 5,000 4,000 3,000 2,000 1,000 0 -1,000 -2,000 -3,000 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Fluxo médio desde 2007 Fluxo mensal 2013 Fonte: Bloomberg; PINE Macro & Commodities Research Marco Antonio Maciel Marco Antonio Caruso Economista-chefe Economista Banco Pine Banco Pine
  • 6. Brasil: Principais Indicadores Econômicos - Banco Pine INDICADORES ECONOMICOS 2008 2009 2010 2011 2012E 2013E Taxa de crescimento do PIB Real (%) 5.2% -0.6% 7.5% 2.7% 0.9% 2.8% R$:US$ final de período (nominal) 2.40 1.75 1.69 1.83 2.08 2.02 R$:US$ média (nominal) 1.83 2.00 1.76 1.67 1.95 2.00 BR inflação (IPC / IPCA) 5.9% 4.3% 5.9% 6.5% 5.8% 5.6% BR inflação (IGP-M) 9.8% -1.7% 11.3% 5.1% 7.8% 4.4% BR taxa de juros (Selic, fim de período) 13.75% 8.75% 10.75% 11.00% 7.25% 8.75% BR taxa de juros (Selic, média) 12.54% 9.92% 10.00% 11.71% 8.46% 8.21% TJLP (fim de período) 6.25% 5.75% 6.00% 6.00% 5.00% 5.00% Saldo comercial (US$bn) 25.0 25.4 20.0 29.8 19.4 10.0 Conta corrente (US$bn) -35.0 -24.3 -47.5 -52.6 -45.0 -65.0 Conta corrente (% do PIB) -2.1% -1.6% -2.3% -2.1% -2.4% -2.6% Superávit primário (% do PIB) 3.4% 2.0% 2.7% 3.1% 2.4% 2.0% Dívida líquida do setor público/PIB 38.5% 42.1% 39.1% 36.4% 35.1% 35.0% Risco Brasil (pb, fim de período) 428 302 211 223 142 190 Período R$/US$ (m édia m ensal) jan/2013 1.99 fev/2013 1.98 mar/2013 1.975 abr/2013 1.978 mai/2013 1.983 jun/2013 1.992 jul/2013 2.002 ago/2013 2.012 set/2013 2.002 out/2013 1.992 nov/2013 2.012 dez/2013 2.021 2013 2.00
  • 7. Disclaimers Este relatório foi preparado pelo Banco Pine S.A. (“Banco PINE”), instituição financeira validamente existente de acordo com as leis da República Federativa do Brasil. PINE Securities USA LLC (“PINE US”), broker-dealer registrada na U.S. Securities and Exchange Commission e membro da Financial Industry Regulatory Authority and the Securities Investor Protection Corporation, está distribuindo este relatório nos Estados Unidos da América. A PINE US é uma afiliada do Banco PINE. A PINE US assume total responsabilidade por este relatório sob a lei dos Estados Unidos da América. Qualquer norte-americano que receber este relatório e desejar efetuar qualquer transação com valores mobiliários abordado neste relatório deve fazê-lo com PINE no +1-646-398-6900, 645 Madison Avenue, New York, NY 10022. Qualquer referência ao PINE inclui, também, Banco PINE e PINE US, conforme aplicável. Este relatório é para distribuição apenas nas circunstâncias permitidas pela lei aplicável. 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