O documento descreve a carreira de 35 anos do fotógrafo João Roberto Ripper, que usa sua obra para dar visibilidade aos excluídos e marginalizados da sociedade brasileira. Seu trabalho documentou casos de trabalho escravo e contribuiu para a primeira CPI sobre o tema no Brasil, com fotos como a de Sidney, um menino de 10 anos que trabalhava em carvoarias.
3. Um dos fotógrafos mais engajados nos movimentos populares que lutam pela conquista e garantia dos Direitos Humanos, João Roberto Ripper com simplicidade e discrição, completa 35 anos de carreira , contribuindo com o grito dos excluídos e fazendo escola entre as novas gerações de fotógrafos.
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6. “Em fotografia tem uma coisa muito clara. Se as pessoas não viram não existe e , portanto, se não é mostrado, não é conhecido, não faz parte do conteúdo de informações que faz o senso crítico coletivo. Isso acontece com o belo, com a dignidade e com as realizações dos segmentos com menor poder aquisitivo...
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9. ...fabricamos uma violência sobre os moradores das favelas que são constantemente confundidos no imaginário da classe média com pessoas que geram violência. É construído então uma violência enorme com a informação que soma a outras forças violentas no Rio de Janeiro como o Estado.A vítima é o morador das favelas. Ocorre muito parecido com os trabalhadores rurais, principalmente se pertencerem ao MST, com os quilombolas e com os índios...
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11. ...hoje, tão importante quanto denunciar é mostrar a beleza das populações que sofrem esse enorme processo de censura, de exclusão visual de sua beleza e portanto, de segregação, de estigmatização através da violência, de marginalização e de criminalização”.Ripper
12. CPI do Trabalho Escravo Uma documentação bem feita leva a sociedade a compreender a sua importância. O trabalho de Ripper, intitulado “Carvoarias: um desastre ambiental e humano” contribui para a primeira CPI sobre o trabalho escravo no Brasil. Desabafos e retratos de personagens viraram provas judiciais no processo aberto no Ministério Público e na Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada no Estado de Minas Gerais.
13. Retratos como o menino Sidney , eram a comprovação do trabalhoinfantil. Seu olhar, congelado na imagem, expressa todo o tipo de infortúnio. Aos dez anos já sabia pegar no garfo e na esteira, se orgulhava do trabalho e sonhava ser um jogador de futebol. Não percebia que nunca iria realizá-lo.
14. Fontes consultadas, referências bibliográficas,entre outras :GO.OGLE:www.imagenshumanas.org.brRevista Fotografe melhor, Junho 2009Conversa informalem agosto de 2010www.flickr.com/photos/djanatapp