1. Você está satisfeito com seu plano de saúde?
Os médicos também não.
HONORÁRIOS JUSTOS, SEM REAJUSTES PARA A POPULAÇÃO
Brasília, abril de 2012
Vigília por usuários de planos de saúde
Na terça e na quarta-feira, a Comissão Distrital de Honorários Médicos (CDHM) lidera médicos do
setor privado em manifestações em frente ao Congresso Nacional e na Rodoviária do Plano Piloto.
Objetivo é conscientizar usuários de panos de saúde e chamar a atenção das autoridades para os
problemas da saúde suplementar.
Entidades médicas de Brasília acendem 600 velas em frente ao Congresso Nacional em vigília
pelos 684 mil usuários de planos de saúde da região metropolitana do Distrito Federal, a partir
das 18h de 24 de abril (terça-feira). Na manhã seguinte, em continuidade à mobilização “Médicos
em defesa dos usuários dos planos de saúde”, os doutores e estudantes de medicina vão realizar
ação voltada para a sensibilização da população em relação aos seus direitos frente às operado-
ras dos planos na Rodoviária do Plano Piloto, das 7h às 14h.
As manifestações fazem parte do Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde, protesto da
classe médica pelo pouco avanço nas negociações pela recuperação no valor dos honorários
médicos defasados e pelo fim da interferência antiética na relação entre os profissionais e seus
pacientes. Situações que acarretam dano e desassistência aos usuários do sistema de saúde
suplementar, o qual é controlado pelas operadoras de planos e seguros de saúde.
A Comissão Distrital de Honorários Médicos (CDHM), composta pela Associação Médica de
Brasília (AMBr), pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM/DF) e pelo Sindi-
cato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), optou pela não suspenção dos atendi-
mentos, como nos protestos de 7 de abril e 21 de setembro de 2011. “Não queremos penalizar os
pacientes, nem os médicos”, diz o porta-voz da Comissão e presidente do Sindicato, Gutemberg
Fialho. Por menores que sejam os honorários pagos pelas operadoras, os atendimentos aos
usuários de planos constituem cerca de 90% das consultas médicas particulares e a maior fonte
de renda dos médicos.
As manifestações se propõem a chamar a atenção da sociedade e das autoridades para o fato de
que médicos e pacientes são os grandes prejudicados na relação desigual que se estabeleceu no
setor da saúde privada, dominado por uma visão mercantilista da saúde. “A saúde pública está
sendo desmantelada e a população julga que vai ter melhor assistência na rede privada por meio
dos planos, que vendem falsas expectativas e provocam o sucateamento também da assistência
particular”, afirma Fialho. “Os governos deixam de investir na saúde, porque parte da população
tem plano de saúde, mas o plano não dá a assistência necessária – é o caos. O cidadão fica desas-
sistido”, completa.
Preocupação social
As duas manifestações programadas têm viés social. Se por um lado se propõe a esclarecer a
população quanto aos planos de saúde, por outro, não deixa de levar em conta outro grupo
social menos favorecido. Para evitar dano ao gramado do Congresso Nacional, as 600 velas serão
acondicionadas em candelabros feitos de garrafas PET pelos membros da Cooperfênix, coopera-
tiva de coleta seletiva reciclável com formação de educação ambiental estabelecida na cidade de
Santa Maria, situada a 30 quilômetros do Plano Piloto.
Contato para a imprensa:
Assessoria de Comunicação Social do SindMédico-DF
Nicolas Bonvakiades – (61) 8202 2111 – 9633 1504