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Breve Retrospecto
2.1 Introdução

Início da teoria econômica de forma sistematizada a partir da publicação de “A riqueza
das nações” de Adam Smith (1776).

2.2 Precursores da teoria econômica

2.2.1 Antiguidade: Aristóteles, Platão e Xenofonte, na Grécia Antiga.

2.2.2 Mercantilismo: séc. XVI nasce primeira escola econômica voltada para a
acumulação de riquezas de uma nação.

2.2.3 Fisiocracia: séc. XVIII nasce a escola de pensamento francesa que coloca que a terra
é a única fonte de riqueza e há uma ordem natural que faz o universo ser regido por leis
naturais, absolutas, imutáveis e universais. (Dr. François Quesnay)
2.2.4 Os clássicos

Adam Smith: O mercado é como que guiado por uma “mão invisível”, a partir da livre
iniciativa (laissez-faire), do trabalho humano, levando em conta a produtividade e a
proteção à sociedade.

David Ricardo: todos os custos se reduzem a custos de trabalho e mostra como
acumulação de capital, acompanhada de aumentos populacionais, provoca uma elevação
da renda. Desenvolve estudos sobre comércio internacional e teoria das vantagens
comparativas, dando origem às correntes neoclássica e marxista.

John Stuart Mill: sintetizador do pensamento neoclássico, consolidando o exposto
anteriormente e avançando ao incorporar elementos institucionais e ao definir melhor
restrições, vantagens e funcionamento de uma economia de mercado.
Jean-Baptiste Say: subordina o problema das trocas de mercadorias a sua produção e
populariza a lei de Say, “a oferta cria sua própria procura”.

Thomas Malthus: sistematiza uma teoria geral sobre a população, assinalando que o
crescimento da população dependia da oferta de alimentos, dando apoio à teoria dos
salários de subsistência e levantando o problema do excesso populacional.

2.3 A teoria neoclássica (1870)

Alfred Marshall: publica “Princípios da economia” e levanta questões do comportamento
do consumidor, teoria marginalista e teoria quantitativa da moeda.
2.4 A teoria keynesiana: “Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda”, o teórico vive
na época da Grande Depressão e constrói uma teoria que acredita na crise como
problema temporário, mostrando combinações políticas econômicas e soluções para a
recessão.

• nível de produção nacional;
• demanda agregada ou efetiva;
• fim do laissez-faire;
• monetaristas: privilegiam o controle da moeda.
• uso de políticas fiscais e certo grau de intervenção do Estado na economia;
• pós-keynesianos.

2.5 Período recente: mudanças na teoria econômica, principalmente, após duas crises do
petróleo. Pontos: existe uma consciência maior das limitações e possibilidades de
aplicações da teoria; avanço do conteúdo empírico da economia; e consolidação das
contribuições anteriores.
2.6 Abordagens alternativas

• marxistas e institucionalistas: criticam a abordagem pragmática da economia e propõe
enfoque analítico.

• marxista: “O Capital” de Marx, conceito de mais-valia, aspecto político, conceito de
valor-trabalho.

• institucionalistas: Veblen e Galbraith, dirigem críticas ao alto grau de abstração da teoria
econômica e ao fato de ela não incorporar em sua análise as instituições sociais.

1969 - Prêmio Nobel da Economia: teoria econômica como corpo científico, seus
primeiros ganhadores foram Ragnar Frisch e Jan Tinbergen.
3.1 Introdução: conceitos da teoria econômica são relacionados ou dependentes do
quadro de normas jurídicas do país. O aumento do papel regulador do governo na
economia chamado neoliberalismo visa garantir a defesa da concorrência e os direitos
dos consumidores.

3.2 O Direito e a teoria dos mercados: defesa do consumidor e da concorrência

• foco econômico: comportamento dos produtores e consumidores.
• foco jurídico: agentes das relações de consumo.
• estudo do estabelecimento comercial e do empresário: análise econômica e jurídica.
• imperfeições do mercado e intervenção do Estado.
• economias externas;
• agentes econômicos e suas falhas de informação.
• poder de monopólio;
• leis de defesa da concorrência;
• lei Sherman contra trusts, 1890;
• Clayton Act, 1914;
• lei Celler-Kefauver, 1950;
• no Brasil, Constituição Federal de 1988;
• Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC);
• Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE;
• controle das estruturas de mercado: quanto a concentração econômica;
• controle de condutas: apuração de práticas anticoncorrenciais;
• ação governamental: coibição e repressão dos abusos no mercado.
3.3 Arcabouço jurídico das políticas macroeconômicas

• políticas monetária, de crédito, cambial e de comércio exterior são de competência
da União.
• política fiscal é de competência da União, Estados e Municípios.
• papel da defesa do governo: aumento da demanda agregada.
• processo de globalização: integração econômica global sobre bases econômicas e
jurídicas.

3.4 O Estado promovendo o bem-estar da sociedade

Ação do Estado: voltada para o bem-estar da população.
John Locke: direitos naturais sob controle do governo parlamentar, cuja finalidade seria
promover e ampliar direitos do homem à vida, à liberdade e à prosperidade.
Artigo 170 da Constiuição de 1988:

“A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem
por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,
observados os seguintes princípios:

I. soberania nacional;
II. propriedade privada;
III. função social da propriedade;
IV. livre concorrência;
V. defesa do consumidor;
VI. defesa do meio ambiente;
VII. redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII. busca do pleno emprego;
IX. tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis
     brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade
econômica, independentemente da autorização de órgãos públicos, salvo nos casos
previstos em lei”.

Há ligação entre Economia e Direito também na análise:

• dos princípios gerais da atividade econômica;
• dá política urbana, agrícola e fundiária;
• do Sistema Financeiro Nacional;
• das políticas monetária, de crédito, cambial e de comércio exterior;

Os governos também criam normas jurídicas que protejam o meio ambiente, como o
Protocolo de Quioto.

As normas jurídicas buscam regularizar as atividades econômicas buscando tornar os
mercados mais eficientes e melhor qualidade de vida para a população como um todo.

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  • 2. 2.1 Introdução Início da teoria econômica de forma sistematizada a partir da publicação de “A riqueza das nações” de Adam Smith (1776). 2.2 Precursores da teoria econômica 2.2.1 Antiguidade: Aristóteles, Platão e Xenofonte, na Grécia Antiga. 2.2.2 Mercantilismo: séc. XVI nasce primeira escola econômica voltada para a acumulação de riquezas de uma nação. 2.2.3 Fisiocracia: séc. XVIII nasce a escola de pensamento francesa que coloca que a terra é a única fonte de riqueza e há uma ordem natural que faz o universo ser regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais. (Dr. François Quesnay)
  • 3. 2.2.4 Os clássicos Adam Smith: O mercado é como que guiado por uma “mão invisível”, a partir da livre iniciativa (laissez-faire), do trabalho humano, levando em conta a produtividade e a proteção à sociedade. David Ricardo: todos os custos se reduzem a custos de trabalho e mostra como acumulação de capital, acompanhada de aumentos populacionais, provoca uma elevação da renda. Desenvolve estudos sobre comércio internacional e teoria das vantagens comparativas, dando origem às correntes neoclássica e marxista. John Stuart Mill: sintetizador do pensamento neoclássico, consolidando o exposto anteriormente e avançando ao incorporar elementos institucionais e ao definir melhor restrições, vantagens e funcionamento de uma economia de mercado.
  • 4. Jean-Baptiste Say: subordina o problema das trocas de mercadorias a sua produção e populariza a lei de Say, “a oferta cria sua própria procura”. Thomas Malthus: sistematiza uma teoria geral sobre a população, assinalando que o crescimento da população dependia da oferta de alimentos, dando apoio à teoria dos salários de subsistência e levantando o problema do excesso populacional. 2.3 A teoria neoclássica (1870) Alfred Marshall: publica “Princípios da economia” e levanta questões do comportamento do consumidor, teoria marginalista e teoria quantitativa da moeda.
  • 5. 2.4 A teoria keynesiana: “Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda”, o teórico vive na época da Grande Depressão e constrói uma teoria que acredita na crise como problema temporário, mostrando combinações políticas econômicas e soluções para a recessão. • nível de produção nacional; • demanda agregada ou efetiva; • fim do laissez-faire; • monetaristas: privilegiam o controle da moeda. • uso de políticas fiscais e certo grau de intervenção do Estado na economia; • pós-keynesianos. 2.5 Período recente: mudanças na teoria econômica, principalmente, após duas crises do petróleo. Pontos: existe uma consciência maior das limitações e possibilidades de aplicações da teoria; avanço do conteúdo empírico da economia; e consolidação das contribuições anteriores.
  • 6. 2.6 Abordagens alternativas • marxistas e institucionalistas: criticam a abordagem pragmática da economia e propõe enfoque analítico. • marxista: “O Capital” de Marx, conceito de mais-valia, aspecto político, conceito de valor-trabalho. • institucionalistas: Veblen e Galbraith, dirigem críticas ao alto grau de abstração da teoria econômica e ao fato de ela não incorporar em sua análise as instituições sociais. 1969 - Prêmio Nobel da Economia: teoria econômica como corpo científico, seus primeiros ganhadores foram Ragnar Frisch e Jan Tinbergen.
  • 7. 3.1 Introdução: conceitos da teoria econômica são relacionados ou dependentes do quadro de normas jurídicas do país. O aumento do papel regulador do governo na economia chamado neoliberalismo visa garantir a defesa da concorrência e os direitos dos consumidores. 3.2 O Direito e a teoria dos mercados: defesa do consumidor e da concorrência • foco econômico: comportamento dos produtores e consumidores. • foco jurídico: agentes das relações de consumo. • estudo do estabelecimento comercial e do empresário: análise econômica e jurídica. • imperfeições do mercado e intervenção do Estado. • economias externas;
  • 8. • agentes econômicos e suas falhas de informação. • poder de monopólio; • leis de defesa da concorrência; • lei Sherman contra trusts, 1890; • Clayton Act, 1914; • lei Celler-Kefauver, 1950; • no Brasil, Constituição Federal de 1988; • Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC); • Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE; • controle das estruturas de mercado: quanto a concentração econômica; • controle de condutas: apuração de práticas anticoncorrenciais; • ação governamental: coibição e repressão dos abusos no mercado.
  • 9. 3.3 Arcabouço jurídico das políticas macroeconômicas • políticas monetária, de crédito, cambial e de comércio exterior são de competência da União. • política fiscal é de competência da União, Estados e Municípios. • papel da defesa do governo: aumento da demanda agregada. • processo de globalização: integração econômica global sobre bases econômicas e jurídicas. 3.4 O Estado promovendo o bem-estar da sociedade Ação do Estado: voltada para o bem-estar da população. John Locke: direitos naturais sob controle do governo parlamentar, cuja finalidade seria promover e ampliar direitos do homem à vida, à liberdade e à prosperidade.
  • 10. Artigo 170 da Constiuição de 1988: “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I. soberania nacional; II. propriedade privada; III. função social da propriedade; IV. livre concorrência; V. defesa do consumidor; VI. defesa do meio ambiente; VII. redução das desigualdades regionais e sociais; VIII. busca do pleno emprego; IX. tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
  • 11. Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente da autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei”. Há ligação entre Economia e Direito também na análise: • dos princípios gerais da atividade econômica; • dá política urbana, agrícola e fundiária; • do Sistema Financeiro Nacional; • das políticas monetária, de crédito, cambial e de comércio exterior; Os governos também criam normas jurídicas que protejam o meio ambiente, como o Protocolo de Quioto. As normas jurídicas buscam regularizar as atividades econômicas buscando tornar os mercados mais eficientes e melhor qualidade de vida para a população como um todo.