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FACULDADE AFIRMATIVO
COORDENAÇÃO DO CURSO DE PEDAGOGIA




 INTERAÇÃO TEORIA E PRÁTICA:
      EDUCAÇÃO LÚDICA




ORIENTADOR: PROF. JOSÉ OLIMPIO DOS SANTOS




           CUIABÁ /JUNHO/2005
FACULDADE AFIRMATIVO
COORDENAÇÃO DO CURSO DE PEDAGOGIA




INTERAÇÃO TEORIA E PRÁTICA:
     EDUCAÇÃO LÚDICA




               DISCENTES:
         CIBELE FERREIRA SALES
    CLAUDIANO ALBUQUERQUE BRUNET
        EDINILZA DA SILVA RUBINI
       ELIZABETE CÉGLIO FRITZEN
    GLAUCIA ROSA BITTENCOURT LEAL
     JOSILENE LOMBARDI DE MORAES
       MÔNICA DE FREITAS MORAES




          CUIABÁ /JUNHO/2005
FACULDADE AFIRMATIVO
COORDENAÇÃO DO CURSO DE PEDAGOGIA




                             Trabalho apresentado como
                           requisito parcial da disciplina
                                 de Educação Lúdica do
                                 Curso de Pedagogia da
                                Faculdade Afirmativo - 3º
                                  semestre, na evidência
                            teoria/prática sob a regência
                           do Prof. Doutor José Olimpio
                                              dos Santos




          CUIABÁ /JUNHO/2005
Projeto: Pedagogos em Cena




                             O nascimento do pensamento
                   é igual ao nascimento de uma criança:
                        tudo começa com um ato de amor.
       Uma semente há de ser depositada no ventre vazio.
                   E a semente do pensamento é o sonho.
                  Por isso os educadores [e educadoras],
    antes de serem especialistas em ferramentas do saber,
deviam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos.”

                                           Rubem Alves
Projeto Pedagogos em Cena

Elenco:


Cibele Ferreira Sales

Claudiano Albuquerque Brunet

Edinilza da Silva Rubini

Elizabete Céglio Fritzen

Gláucia Rosa Bittencourt Leal

Josilene Lombardi de Morais

Mônica de Freitas Morais




 "Contar história é um ato de amor, alimento puro para as
  almas que acreditam no caminho que seus corações lhes
                        segredam".
Projeto: Pedagogos em cena

      Tema: A importância das estórias infantis para o desenvolvimento da criança


Introdução:

               As histórias infantis como forma de consciência de mundo

         É no encontro com qualquer forma de Literatura que os homens têm a oportunidade de
ampliar, transformar e enriquecer sua própria experiência de vida. Nesse sentido, a Literatura
apresenta-se não só como veículo de manifestação de cultura, mas também de ideologias.

         A Literatura Infantil, por iniciar o homem no mundo literário, é um instrumento para
a sensibilização da consciência, de expansão da capacidade e interesse de analisar o mundo. A
literatura deve ser encarada, sempre, de modo global e complexo em sua ambigüidade e
pluralidade.

         Até bem pouco tempo, em nosso século, a Literatura Infantil era considerada como um
gênero secundário, e vista pelo adulto como algo pueril (nivelada ao brinquedo) ou útil (forma
de entretenimento). A valorização da Literatura Infantil, como formadora de consciência
dentro da vida cultural das sociedades, é bem recente.

         As obras infantis abordam questões de nosso tempo e problemas universais, inerentes
ao ser humano.

         Quem não gosta de ouvir histórias?
         As histórias encantam crianças, adultos, velhos, enfim, a todos independentemente da
idade.
         Diante da magia da literatura, nós somos envolvidos e seduzidos, assim, nos tornamos
apaixonados e tocados por ela.


         Justificativa:


         Fundamentados nas teorias de grandes mestres da educação como Freud, Piaget,
Vitgosky, Bettelheim, viemos propor o projeto “Pedagogos em Cena” com o intuito de
resgatar a prática da arte de contar estórias para as crianças, bem como, conscientizar a pais e
educadores da importância da literatura dentro do desenvolvimento infantil.

        Histórias infantis… Quem não se lembra de tê-las ouvido na infância? Podemos
lembrar    até       dos   sentimentos   e   emoções   que   cada   história   nos   despertava…


        Com seus personagens maravilhosos, príncipes, fadas, duendes, bruxas, as histórias
remetem as crianças a um mundo de sonhos e encantamento.

        As histórias infantis são um instrumento precioso, pois elas falam em uma linguagem
que a criança pode entender.

        Mas, muito além de transmitir ás crianças os aspectos lúdicos, de sonhos e fantasias,
as histórias infantis são também repletas de possibilidades de trabalho com as crianças,
inclusive trazem impregnadas em si, valores sócio-culturais.

        Sabemos que para cada fase de desenvolvimento da criança, a literatura “age”,
“penetra” de uma forma na mesma, colaborando para que a criança possa de situações por ela
vivenciadas.
        Hoje vivemos na era digital, no entanto, não devemos esquecer dos contos clássicos
que seduziram crianças e pessoas do “passado”.
        Ao tratarem de questões universais e comuns a todos os seres humanos, os contos de
fadas contribuem para o autoconhecimento, a superação de conflitos inerentes ao crescimento
e podem também ser instrumentos para o desenvolvimento da auto-estima, do respeito pelas
individualidades, podem instrumentalizar a criança para conhecer e perceber suas sombras,
seus medos e limitações, além de propiciar uma percepção otimista da vida. Além disso, a
partir do contato com os contos, a criança se aproxima da literatura em geral, contribuindo,
portanto, para sua formação enquanto leitor, ampliando também seus conhecimentos de
leitura e escrita.
        Através da estrutura que se repete (problemas, conflitos e desfecho feliz) os contos de
fadas e estórias têm muito a contribuir na formação individual.
        Os contos de fadas e estórias utilizam uma linguagem simbólica, e essa linguagem fala
diretamente ao inconsciente humano, por isso esse tipo de história é tão envolvente,
encantadora e prazerosa.
Através dos contos de fadas e das estórias infantis é possível elaborar muitos conflitos,
medos e ansiedades que angustiam a mente infantil. Isso acontece de acordo com o momento
psicológico pelo qual passa a criança, pois em função dele um conto será mais ou menos
significativo para ela.
       Através das estórias a criança pode viver nos personagens, lidando com diversos
sentimentos da sua forma, sem ser assistida, sem ser repreendida.
       Quando a criança “veste” a personagem, faz o mesmo caminho da brincadeira, ou seja,
é uma atividade lúdica, que proporciona o contato com o simbólico.
       Com as proezas e experiências das personagens com quem se identificou, a criança na
verdade “ensaia” atitudes frente a situações que poderão ou não acontecer na sua vida,
fornecendo modelos de como se pode superar dificuldades.
       Segundo Freud a importância dos contos de fadas e estórias infantis para o
desenvolvimento infantil é muito grande, por todo seu material simbólico, devendo estar
presente na vida da criança.
       O conto é a forma imaginária que os problemas humanos mais ou menos universais
alcançaram à medida que a história passou por gerações. (BETTELHEIM, 2000, p.74). Ou
seja, ao ser recontado durante séculos, essas histórias foram sendo enriquecidas com as
angústias peculiares do ser humano, e não de um ser humano em particular, mas sim de toda a
humanidade.
       Bettelhein defende que para uma estória enriquecer a vida de uma criança,
estimulando-lhe a imaginação, deve relacionar-se com todos os aspectos da sua personalidade.
       Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades
intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa (Aguiar, 1977: 58).




Objetivos:

Objetivo Geral:

      Produzir uma consciência junto aos educadores da importância que o ato de contar
       estórias tem no desenvolvimento infantil.


Objetivo Especifico:
   Proporcionar às crianças da Educação Infantil e Ensino Fundamental do Colégio Fênix
       Dourada o reconhecimento das lições de moral que as estórias trazem.
      Proporcionar um momento de descontração e diversão com as crianças do Colégio
       Fênix Dourada.
      Despertar através do contato com as histórias infantis, o gosto pela literatura, visando
       assim a formação de adultos leitores.
      Trabalhar junto ás crianças valores e sentimentos: como vida e morte, perda, amizade,
       poder de Deus.


Fundamentação Teórica:

                             A LITERATURA E A CRIANÇA


        A Necessidade Infantil de Fantasia: Por que os Contos Encantam Tanto?


       Um dos principais papéis dos pais e dos educadores é ajudar as crianças a se
conhecerem cada vez mais e, conseqüentemente aos outros e ao mundo a sua volta também,
ajudando-as a encontrarem significado na própria existência.
       Esse significado não adquirimos subitamente e nem vem junto com a maturidade
cronológica. Esse significado é o que constitui a maturidade psicológica.
       Essa maturidade é um processo, ou seja, acontece dia-a-dia através das experiências
que vivemos, conforme vamos nos conhecendo e conhecendo também as pessoas e o mundo à
nossa volta.
       É papel dos pais e educadores ajudarem nesse processo, ou seja, ajudarem a criança a
encontrar significado na sua existência e desenvolver sentimentos positivos, como a esperança
e a autoconfiança, facilitando seu processo de individualização e de auto valorização, pois só
através deles podemos viver e superar obstáculos que inevitavelmente surgirão.
       Segundo Bettelheim (1988, p.15) a preocupação dos pais deveria ser em formar o filho
de forma que ele cresça satisfeito consigo mesmo, sendo capaz de durante sua vida, enfrentar
as dificuldades, sentindo-se seguro.
       No entanto, a psicanálise veio mostrar que as coisas não são assim tão simples quanto
pregava o behaviorismo. A psicanálise mostra que os seres humanos estão sempre acometidos
de profundos conflitos internos. Isso acontece porque é muito diferente o que realmente
somos (nossa natureza humana) e o que devemos ser pelas convenções sociais. Para se
enquadrar o mais possível dentro do que é esperado de nós, precisamos abrir mão de desejos
egoístas, agressivos e anti-sociais, que nos são inerentes, ressaltando os desejos tão legítimos
quanto estes de ter ligações emocionais estreitas.
       Assim, exigimos de nós mesmos uma conduta perfeccionista, mostrando apenas o que
seria nosso lado bom, luminoso, positivo. E reprimimos nossos impulsos de agressividade,
sexualidade, desejos de vingança, etc. que corresponderia ao nosso lado sombrio, obscuro,
negativo. Ou seja, esses “dois lados” do ser humano estão em constante conflito.
       Para que ao longo da vida, o indivíduo possa viver da melhor forma possível com
esses conflitos as primeiras experiências da criança são de extrema relevância, devendo ser de
qualidade e satisfatórias, pois são cruciais nesse processo. Através dessas primeiras
experiências é determinado principalmente o modo como o indivíduo vai sentir a vida, como
vai perceber as relações com outros indivíduos e se vai se sentir aceito ou não pelos grupos
onde vive.
       Segundo a psicanálise os primeiros anos são tão importantes porque serão
determinantes na formação do inconsciente, que é o responsável pela interpretação de toda
nossa vida. E vale ressaltar que toda essa interpretação é determinada pelas primeiras
experiências do indivíduo e que a mente consciente é sempre dominada em alguns aspectos
pelo inconsciente. Como exemplo, podemos citar que com base em como foram as primeiras
experiências com os pais, o indivíduo interpreta também sua relação com o mundo e outros
sujeitos. Pode sentir-se aprovado ou rejeitado a partir do que seu inconsciente lhe traz a
respeito.    O inconsciente também é o determinante para sentimentos de fracasso ou
possibilidade de sucesso, a certeza de que é bom ou mau, digno ou não de amor, etc.
       Por isso, podemos concluir que o desenvolvimento da auto-estima, a percepção
positiva de si mesmo, a percepção dos outros, a felicidade futura e a segurança para enfrentar
a vida, são em grande parte determinadas nesse período. Daí a extrema importância de os pais
e outros adultos ligados à criança passarem-lhe uma visão de aprovação em relação a ela, para
que possa ter uma visão positiva de si mesma e do mundo.


                 O papel da literatura nos primeiros anos de vida

       Segundo Bettelheim (2000), a literatura pode ser um excelente instrumento para o
desenvolvimento desse processo de auto conhecimento e auto aceitação, especialmente com
as crianças pequenas.
No entanto, é preciso lembrar que nenhuma estória ou conto sozinhos fará com que a
criança desenvolva os sentimentos positivos que citamos. É preciso que os pais e educadores
mostrem verdadeiramente confiança na criança e a ensinem a ter esperança no futuro.
        Os contos podem ser assim tão importantes e ricos porque não têm apenas a função de
divertir e distrair as crianças, mas têm também a dimensão pedagógica e psicológica de
esclarecer e integrar os sentimentos e de elaborar inconscientemente os sonhos e as fantasias
infantis. Assim, os contos têm uma função extremamente importante na constituição da
personalidade do indivíduo, pois além de alimentar a imaginação e estimular as fantasias, os
contos de fadas refletem sobre as questões mais importantes da criança e contribuem para a
construção de uma consciência mais madura, capaz de civilizar as pressões caóticas de seu
inconsciente.
        Ao ouvi-los, cada criança aplica a seu modo e a seu mundo os conteúdos dos contos,
pois esses são capazes de auxiliar a criança a colocar em ordem seus sentimentos, suas
angústias. Quando uma criança pede para repetir muitas vezes a mesma estória está fazendo
justamente isso: Introjetando a estória e organizando os sentimentos que esta veicula, está
organizando seu superego. Por isso a importância dos contos estarem presentes na vida da
criança desde a fase anal (por volta dos dois anos), onde começa a se dar essa estruturação,
embora o efeito benéfico dos contos atinja seu ápice um pouco mais tarde, por volta dos cinco
anos.
        Os contos fascinam porque seus enredos falam de sentimentos comuns a todos nós,
como ódio, inveja, ciúme, ambição, rejeição e frustração, mas de maneira simbólica e que
podem ser compreendidos e trabalhados pela criança através das emoções e da fantasia. Os
contos de fadas funcionam como instrumentos para a descoberta desses sentimentos dentro
dela. Mergulhando nesse faz-de-conta, a criança dá vazão às próprias emoções, ensaia papéis
diversos.
        Uma criança pequena ainda não vê o mundo racionalmente, por isso, entende e
valoriza mais o que a estória ou conto de fadas lhe diz do que qualquer explicação baseada em
raciocínio lógico, feito por um adulto.
        Explicações realistas e racionais não fazem sentido para as crianças, isso ocorre
porque elas ainda não têm um pensamento abstrato que seria capaz de dar conta dessas
questões, assim, só poderão mesmo vivenciar o mundo de forma subjetiva, formando
conceitos muito pessoais e somente sobre aquilo que experimenta, embora desde muito cedo
já esteja cercada de questões profundas sobre si mesma.
A importância da fantasia a caminho do pensamento racional

       A mentalidade infantil repete alguns aspectos da mentalidade do homem primitivo, já
que ambos pensam por imagens e não por raciocínios. (Wallon, apud Jesualdo, 1982).
       O homem primitivo usava o maravilhoso para tecer explicações que necessitava diante
do mundo. Diante de fatos que o angustiava, o amedrontava, para não se sentir desamparado
no mundo, criava explicações mágicas para “se proteger”. Por isso a criação dos mitos, como
forma de “explicar” o mundo. Explicação essa que não era baseada no pensamento lógico,
mas sim na emoção e na afetividade.
       Dos quatro anos até a puberdade, o que a criança mais espera é que alguém lhe
apresente soluções para seus problemas. Essas soluções serão mais significativas para a
criança se forem apresentadas por imagens simbólicas. A criança busca a certeza de que seus
dilemas terão uma solução feliz.
       Para a busca de soluções, para o enfrentamento de problemas e dificuldades é preciso
primeiramente que o indivíduo encontre segurança dentro de si mesmo, só a partir daí é que
poderá sentir-se apto a seguir seus próprios caminhos. No entanto, ninguém trilha um
caminho partindo do nada. Modelos e sugestões são necessários.
       Com o conto de fadas, a criança facilmente se identifica com os personagens que
também passam por dificuldades e que transmitem a mensagem de que é possível vencer.
       Daí a importância de que a criança tenha o direito assegurado de acreditar no
“maravilhoso”, o direito alienável de ousar e o direito à imaginação livre. O maravilhoso
nessa fase é que vai lhe transmitir segurança. Segurança essa que ela ainda não possui por si
só. Fato que se dá também porque sua mente é um conjunto de impressões e imagens
desordenadas. Nesse conjunto encontram-se aspectos da realidade, mas essencialmente estão
aí elementos completamente fantasiosos. Pela imaturidade de seu pensamento, muitas coisas
não podem ser compreendidas por ela. Essas incompreensões são preenchidas pela fantasia.
Esse processo ocorre em toda criança normal, a partir de um fato real (entendido ou não por
ela) nasce a fantasia.
       Além disso, seu raciocínio ainda não é totalmente controlado, por isso, assim que
começa a pensar sobre uma situação e suas soluções, a isso se junta seus mais variados
sentimentos: medo, ansiedade, amor, desejo, ódio, etc.
       Durante toda a vida a fantasia tem seu espaço, que obviamente deve ser maior na
infância. Sem fantasias para nos dar esperanças, não temos forças para enfrentar as
adversidades da vida. A infância é a época em que estas fantasias precisam ser nutridas
(BETTELHEIM, 2000, p.152).
       Através da fantasia a criança compensa as pressões de sua vida real e também de seu
inconsciente e estar privado dela pode acarretar graves conseqüências.
       Os contos, por serem otimistas e transmitirem uma mensagem de felicidade e
realização, se aproximam da realidade das crianças e adolescentes, que buscam e necessitam
de imagens simbólicas que reasseguram a existência de uma solução feliz para seus
problemas.
       A criança precisa de recursos interiores para entender e viver sua realidade, realidade
essa que é muito complexa para ela e que a faz ter os sentimentos mais diversos.
       Para pôr ordem nesses sentimentos, a criança precisa de ajuda, o que fará com que
mais tarde ela consiga dar conta disso tudo sozinha.
       Todos que convivemos de alguma forma com crianças, com certeza presenciamos
cenas em que, tomadas de um interesse enorme, ficam em silêncio para ouvirem uma estória.
Diante desse interesse tão incomum, podemos concluir que no mínimo, as estórias falam ao
mundo da criança de forma muito íntima.
       As histórias atingem a criança a nível emocional e cognitivo. Durante uma história o
individuo se envolve em situações diferentes da que vive na realidade, experimentando
emoções e sentimentos que na verdade podem nem estar presentes na sua vida real.
       Através da personagem, de seus problemas, suas dificuldades, a criança consegue
entender e visualizar seus próprios problemas.
       Bettelheim (2000) nos coloca que a criança precisa verdadeiramente de uma educação
moral. No entanto, essa educação só será eficaz se acontecer de forma implícita e sutil e não
através de conceitos abstratos transmitidos pelos adultos. Ou seja, essa educação, esses
conceitos devem ser significativos, ao nível de pensamento e raciocínio da criança, trazendo
sugestões de forma simbólica de como ela deve agir. Aí mais uma vez os contos de fadas são
importantes, pois trazem esse significado. Uma criança confia no que o conto de fadas diz
porque a visão de mundo aí apresentada está de acordo com a sua (BETTELHEIM, 2000). E
estando de acordo com o nível de pensamento infantil, confronta a criança com as reais
dificuldades da vida: morte, perdas, envelhecimento, etc. Passam a mensagem implícita de
que as dificuldades são normais na vida e que as outras pessoas também sentem o que ela
sente; seus medos, suas ansiedades e angústias são naturais.


                                Relação conto X criança
Através dos conflitos e dos problemas dos personagens, é possível organizar os
próprios conflitos. Além disso, é mais fácil e muito menos assustador falar de problemas, mas
problemas que não são seus.
       Quando se identifica com os personagens, a criança (como qualquer outro leitor) se
projeta neles. Acontece aí um “jogo de ficção”. Esse jogo só ocorre porque há um fascínio
grande sobre o ouvinte.
       Esse jogo faz com que a criança “viva” situações que poderão ou não acontecer com
ela, antecipando estratégias, testando soluções, pois nesse faz-de-conta o leitor ou ouvinte é
senhor absoluto da situação.
       Quando uma criança se identifica com o herói de uma estória ou de um conto, realiza
através dessa identificação uma compensação do que não a satisfaz em sua realidade e em seu
próprio corpo. Na sua fantasia pode mudar conforme queira (tornar-se mais poderosa, forte ou
bonita) e realizar as proezas que quiser. Essa fantasia, esse imaginar, ao contrário do que pode
parecer, faz com que, ao voltar a realidade, a criança sinta-se mais satisfeita consigo mesma,
tal como é.
       Esse mesmo processo ocorre com o próprio herói da história. Para vencer as
dificuldades de seu caminho, ele usa sua força, poder, esperteza ou beleza fora do comum. Ao
final da história ele geralmente torna-se um mero mortal, ou seja, não mais seus atributos
extraordinários são importantes, na grande maioria das histórias essas características não são
nem mais citadas. Fato que deixa implícito a satisfação do herói com seu corpo e sua
identidade, o que só é possível porque ele adquiriu segurança em si mesmo.
       Nesse contato com a história, a criança (como na brincadeira) entra em contato com o
simbólico e transfere para o real, situações imaginárias, quando se “veste” do personagem.
       A criança pode viver nos personagens, viver o que mais atrai no livro, lidando com
diversos sentimentos da sua forma, sem ser assistida, sem ser repreendida. Mas mesmo assim,
mantém-se conectada ao real, não perde a consciência do que é real e do que é ficção.
       Durante toda a vida o indivíduo “aprende” com os personagens dos contos e seus
conflitos. Isso acontece porque ao ouvir ou ler uma estória, o indivíduo penetra realmente
num mundo de faz-de-conta. E sem dúvida, as estórias e os contos de fadas fazem isso
brilhantemente, sendo antídotos mais eficientes contra as angústias e temores infantis,
levando-a ao contato com a fantasia, essencial para o desenvolvimento emocional da criança.
       Quando uma criança tem acesso apenas a histórias realistas, que na verdade, são falsas
para partes importantes de sua realidade interna, ela pode acreditar que seu mundo interior,
seus conflitos não são importantes para seus pais e mais tarde, na adolescência, por exemplo,
tentar compensar a fantasia que não teve na infância, escapando para um mundo de fantasia.
Mais tarde, quando adulto pode ocorrer situação ainda mais grave: o rompimento severo e
total com a realidade.
       Assim, as crianças sadias são capazes de extrapolar (e muito) as fronteiras do mundo
em que vivem, são capazes de fazer a passagem da fantasia para a realidade e encontram nos
contos de fadas substrato suficiente para elaborar esta transposição.
       Toda criança precisa de fantasia, de mágica e acreditam nelas, com o tempo deixam de
acreditar, com exceção das que foram muito decepcionadas com a realidade e não
conseguiram confiar nas suas recompensas.
       Além disso, a criança tenta entender e organizar a realidade com base em seus
esquemas, sua visão, ou seja, na verdade é uma organização fantasiosa da realidade, a partir
do que ela vê como real.


       Metodologia:


       Este projeto foi realizado no Colégio Fênix Dourada, situado na Rua F, Nº 100 –
Parque Cuiabá – Cuiabá-MT, no dia 03 de junho do corrente ano.
       Através da dramatização do conto: “A formiguinha e a Neve”, trabalhamos com as
crianças temas como vida e morte e valores como amizade e poder de Deus.


       Desenvolvimento:
       No último dia 03 de Junho do corrente ano, nós alunos do curso de Pedagogia
colocamos em prática nosso projeto: “Pedagogos em Cena”.




       A escolha do texto...


       Optamos por trabalhar com a estória “A formiguinha e a Neve”, a qual compõe a
Coleção Clássicos Infantis, pois além de ser uma fábula da tradição popular, no desenrolar do
texto, nos deparamos com situações que questionam poder, perseverança e poder – valores
estes, fundamentais a serem discutidos com as crianças.


       Os personagens:
Equipe




-Ana Lydia Föestch Rubini: Deus
-Aziza Föestch Rubini : Morte
-Cibele Ferreira Sales: Sol
-Claudiano Albuquerque Brunet: Homem
-Edinilza Da Silva Rubini : Formiguinha
-Elizabete Céglio Fritzen: Rato
-Glaúcia Rosa Bittencourt Leal: Gato
-Josilene Lombardi de Morais: Muro
-Mônica de Freitas Morais: Cachorro
-Evelyn Föestch Rubini: sonoplasta
-Nayara Souza Morais: narradora
Os preparativos
       Confeccionando o figurino e o cenário:
       Na sexta-feira dia 27/05/05 nos reunimos na casa da Mônica para a confecção dos
figurinos e do cenário do teatro.




       Edinilza e Gláucia tirando as medidas       Edinilza nossa costureira




        Cibele, Josilene e Claudiano:           Elizabete: Revisando o texto




       Mônica: Recortando Moldes                 Montando o espetáculo
A Formiguinha e a Neve

                 Certa manhã de inverno,
                  uma formiguinha saiu
                 para seu trabalho diário.
                    Já ia muito longe,
                  à procura de alimento,
quando um floco de neve caiu. Pim! E prendeu seu pezinho...

                Aflita, vendo que não podia
                      livrar-se da neve
                         e iria assim
                 morrer de fome e de frio,
                voltou-se para o Sol e disse:

               - Oh, Sol, tu que és tão forte,
                      derrete a neve
                e desprende meu pezinho...

              E o Sol, indiferente nas alturas,
                            falou:

                  - Mais forte do que eu
                  é o muro que me tapa!

               Olhando então para o muro,
                  a formiguinha pediu:

              - Oh, muro, tu que és tão forte,
                     que tapas o Sol,
                    que derrete a neve,
                 desprende meu pezinho...

                   E o muro que nada vê
                    e muito pouco fala
                    respondeu apenas:

                   - Mais forte do que eu
                     é o rato que me rói!

            Voltando-se então para um ratinho
                 que passava apressado,
                 a formiguinha suplicou:

               - Oh, rato, tu que és tão forte,
                      que róis o muro,
                       que tapa o Sol,
                    que derrete a neve,
                 desprende meu pezinho...
Mas o rato, que também ia fugindo do frio,
             gritou de longe:

          - Mais forte do que eu
          é o gato que me come!

Já cansada, a formiguinha pediu ao gato:

      - Oh, gato, tu que és tão forte,
             que comes o rato,
              que rói o muro,
              que tapa o Sol,
            que derrete a neve,
        desprende meu pezinho...

      E o gato, sempre preguiçoso,
            disse bocejando:

          - Mais forte do que eu
        é o cão que me persegue!

            Aflita e chorosa,
   a pobre formiguinha pediu ao cão:

      - Oh, cão, tu que és tão forte,
          que persegues o gato,
            que come o rato,
             que rói o muro,
             que tapa o Sol,
           que derrete a neve,
        desprende meu pezinho...

         E o cão, que ia correndo
          atrás de uma raposa,
          respondeu sem parar:

          - Mais forte do que eu
         é o homem que me bate!

          Já quase sem forças,
    sentindo o coração gelado de frio,
   a formiguinha implorou ao homem:

    - Oh, homem, tu que és tão forte,
            que bates no cão,
          que persegue o gato,
            que come o rato,
             que rói o muro,
             que tapa o Sol,
que derrete a neve,
       desprende meu pezinho...

             E o homem,
 sempre preocupado com seu trabalho,
         Respondeu apenas:

         - Mais forte do que eu
        é a morte que me mata!

           Trêmula de medo,
  olhando a morte que se aproximava,
     a pobre formiguinha suplicou:

    - Oh, morte, tu que és tão forte,
         que matas o homem,
           que bate no cão,
         que persegue o gato,
           que come o rato,
           que rói o muro,
            que tapa o Sol,
          que derrete a neve,
       desprende meu pezinho...

   E a morte, impassível, respondeu:

        - Mais forte do que eu
       é Deus que me governa!

           Quase morrendo,
            a formiguinha
           rezou baixinho:

    - Meu Deus, tu que és tão forte,
        que governas a morte,
          que mata o homem,
           que bate no cão,
         que persegue o gato,
           que come o rato,
            que rói o muro,
            que tapa o Sol,
          que derrete a neve,
       desprende meu pezinho...

            E Deus, então,
    que ouve todas as preces, sorriu.
Estendeu a mão por cima das montanhas
   e ordenou que viesse a primavera!
          No mesmo instante,
   a primavera desceu sobre a Terra,
enchendo de flores os campos,
                         enchendo de luz os caminhos!

              E, vendo a formiguinha quase morta, gelada pelo frio,
                     tomou-a carinhosamente entre as mãos
                       e levou-a para seu reino encantado,
                  onde não há inverno, onde o Sol brilha sempre
                e onde os campos estão sempre cobertos de flores!




“A vida é um espetáculo que não permite ensaios, por isso, chore, dance e viva
                       antes que a cortina se feche...”.
PARTE II: CRECHE JD UMUARAMA II




A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA O
   DESENVOLVIMENTO INFANTIL



             CUIABÁ

              2005
A importância do brincar no desenvolvimento infantil


          Defendido por grandes teóricos como Piaget, Vitgoski, Santo agostinho o brincar é
muito importante para o desenvolvimento infantil. Através do brincar a criança está
experimentando o mundo, os movimentos e as reações, tendo assim elementos para
desenvolver atividades mais elaboradas no futuro.
          Através do simbólico jogo da brincadeira, a criança irá entender o mundo ao redor,
testar habilidades físicas (correr, pular), funções sociais (ser o construtor, a enfermeira, a
secretária), aprender as regras, colher os resultados positivos ou negativos dos seus feitos
(ganhar, perder, cair), registrando o que deve ou não repetir nas próximas oportunidades (ter
mais calma, não ser teimoso). A aprendizagem da linguagem e a habilidade motora de uma
criança também são desenvolvidas durante o brincar.
          Hoje é comprovado que bebês que recebem estimulação de brinquedos, que permitam
sua participação ativa através do seu manuseio, não apenas como observador, desenvolvem
mais a inteligência e demonstra maior interesse pelo aprendizado.
          A brincadeira permite um extravasar dos sentimentos, auxilia na reflexão sobre a
situação, criando várias alternativas de conduta para o desfecho mais satisfatório ao seu
desejo.
      O ato de brincar com outras crianças favorece o entendimento de certos princípios da
vida, como o de colaboração, divisão, liderança, obediência às regras e competição.
      Portanto, as crianças tendo a oportunidade de brincar, estarão mais preparadas
emocionalmente para controlar suas atitudes e emoções dentro do contexto social, obtendo
assim melhores resultados gerais no desenrolar da sua vida.


          Desenvolvimento:
          No dia 13 de junho de 2005, estivemos na creche “Jardim Umuarama II, situada à
Rua 03 Q27 LT 30 Jardim Umuarama II, onde tivemos uma manhã de brincadeiras com as
crianças da turma de quatro anos.

      Fomos recepcionados pela diretora a Sra. Fátima Estevão Nascimento que nos deixou
plenamente à vontade para brincar com as crianças.
As brincadeiras:

       1ª: Pulando Corda:




        Ao pular corda a criança está desenvolvendo sua coordenação motora, sua percepção
visual e auditiva, sua oralidade (pois ao pular canta) e equilíbrio.

       Segundo Hollmann e Hettinger, coordenação motora é a atuação conjunta do sistema
nervoso central e da musculatura esquelética, na execução de um movimento.

        Para se expressar corporalmente e desenvolver sua coordenação motora a criança
precisa de uma boa percepção auditiva, espaço-temporal, ter domínio do corpo, equilíbrio e
criatividade.

       2ª: Corre Cutia:
Formação: crianças sentadas em círculo. Do lado de fora fica apenas uma criança que
estará segurando uma bola.

       Desenvolvimento: A criança que está fora da roda começa a andar em torno dos
colegas sentados em círculo, escolhe atrás de quem deixará a bola. Enquanto isso as crianças
cantam:

“CORRE CUTIA, DE NOITE E DE DIA, DEBAIXO DA CAMA DE D. MARIA...”

       Objetivos: Estimular a rapidez, a coordenação motora, atenção, musicalidade.



3ª: Morto – Vivo:




       Formação: Crianças em círculo.

       Desenvolvimento: O professor no centro do círculo para comandar a brincadeira.
Quando o professor disser “vivo”, todos permanecem de pé. Ao dizer “morto”, todos se
abaixam ou deitam. O professor vai repetindo as palavras mais rápido e em ordem alterada.
Saí da brincadeira aquele que errar primeiro.

       Objetivos: Desenvolver habilidades motoras, estimular a atenção, concentração,
percepção visual e audição.

       4ª: Amarelinha:

       Ao brincar de amarelinha a criança desenvolve habilidades motoras, percepção visual,
atenção, socialização, agilidade, estruturação espacial.
5ª: Os cincos patinhos (Xuxa só pra baixinhos):




       Ao cantar e fazer a coreografia dessa canção a criança tem a oportunidade de trabalhar
sua atenção, coordenação motora, ritmo, musicalidade. Também é possível trabalhar numerais
e valores de família e amizade.
       6ª: Estátua:
Ao brincar de estátua a podemos trabalhar com as crianças a atenção, reação rápida,
percepção visual e auditiva, além é claro de socializar e descontrair.


       7ª: Dança da Cadeira:




       Formação: crianças em círculo ao redor de um conjunto de cadeiras. Deverá haver
uma cadeira a menos do que o número total de crianças.
       Desenvolvimento: Ao iniciar uma música as crianças andam em torno das cadeiras.
Quando a música parar as crianças deverão tentar sentar nas cadeiras. A criança que sobrar
sem cadeira está fora da brincadeira.
       Objetivos: Trabalhar atenção, reações rápidas, percepção visual, habilidades motoras.


       8ª: Eu agora vou passear (CD A casa do Zé):




       Ao trabalhar a música eu agora vou passear do cd “A casa do Zé” trabalhamos com as
crianças a musicalidade, o ritmo, as mímicas, a socialização e a descontração. Pois a música
nos dá a oportunidade de trabalhar diferentes tipos de movimentos (escalando, nadando, se
pendurando, pulando...).


       9ª: Queimada:
       Formação: crianças no centro do pátio e duas crianças em lados opostos.
       Desenvolvimento: O objetivo do jogo é acertar a bola nas crianças que estão no meio.
Se uma criança for “queimada” sai da brincadeira, já se essa criança conseguir pegar a bola,
ela troca de lugar com quem está nas extremidades jogando a bola.
       Objetivo: trabalhar rapidez, habilidades motoras, socialização, percepção visual.




10ª: O boneco pirulito – cd “A casa do ZÉ”

       Com essa canção é possível trabalhar ritmo, coordenação motora, as partes do corpo,
musicalidade, atenção, percepção auditiva e visual.
Cronograma:

      EVENTOS

Contato com a instituição                   13/05

Levantamento dos dados                11/05 a 15/05

        Ensaios                       15/05 a 03/06

 Confecção do Figurino                 27/05/2005

 Elaboração do projeto                27/05 a 03/06

 Fundamentação teórica      15/05 a 27/05

       Aplicação            03/06 e 13/06

Socialização e entrega do 15/06
relatório da execução do
         projeto
Referências Bibliográficas:



*BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1980.

*MALUF,      Ângela   Cristina     Munhoz.   Brincadeiras   para   sala   de
aula.Petrópolis –RJ. Vozes:2004.

*VALADARES, Solange e ARAÚJO, Rogéria. Educação Física do
Cotidiano Escolar. Editora FAPI LTDA. Belo Horizonte: 1999.

* VYGOTSKI, L. S. A formação social da mente. (e-book).

* PIAGET, JEAN.A formação do símbolo na criança: Imitação, jogo e Sonho Imagem e
Representação. Tradução de ÁLVARO CABRAL e CHRISTIANO MONTEIRO. 3ª Edição
Título original:
La Formation du Sembole chez l'enfant imitation, Jeu et Rêve, image et Représentation
Traduzido da terceira edição, publicada em 1964, por Editions Delachaux et Niestlé,
Neuchâtel, Suíça.
Copiright (c) 1964, (e-book).


*www.aprendendoebrincando.com.br

*www.aulalivre.com.br

*www.novaescola.com.br

*www.pedagogia.com

*www.pedagogia.pro.br
AGRADECIMENTO


      Em primeiro lugar agradecemos a Deus, nossa vida e esperança. Pois não
seria possível estarmos aqui se Ele não nos tivesse dado o dom da Vida.
      Aos nossos companheiros (as) pela compreensão em tantos momentos que
precisamos nos ausentar de nosso lar com a finalidade de produzir este trabalho.
      Aos nossos filhos, por termos deixado de partilhar momentos com eles de
tanta preocupação.
      Aos nossos professores que nos deram apoio necessário.
      Ao nosso professor Mestre Jose Olimpio dos Santos pelo incentivo e apoio ao
desempenharmos tão importante trabalho.
      Enfim, a cada um da equipe que em todos os momentos estiveram lado a
lado lutando para que se tornasse possível esta trabalho.

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Interação Teoria e Prática na Educação Lúdica

  • 1. FACULDADE AFIRMATIVO COORDENAÇÃO DO CURSO DE PEDAGOGIA INTERAÇÃO TEORIA E PRÁTICA: EDUCAÇÃO LÚDICA ORIENTADOR: PROF. JOSÉ OLIMPIO DOS SANTOS CUIABÁ /JUNHO/2005
  • 2. FACULDADE AFIRMATIVO COORDENAÇÃO DO CURSO DE PEDAGOGIA INTERAÇÃO TEORIA E PRÁTICA: EDUCAÇÃO LÚDICA DISCENTES: CIBELE FERREIRA SALES CLAUDIANO ALBUQUERQUE BRUNET EDINILZA DA SILVA RUBINI ELIZABETE CÉGLIO FRITZEN GLAUCIA ROSA BITTENCOURT LEAL JOSILENE LOMBARDI DE MORAES MÔNICA DE FREITAS MORAES CUIABÁ /JUNHO/2005
  • 3. FACULDADE AFIRMATIVO COORDENAÇÃO DO CURSO DE PEDAGOGIA Trabalho apresentado como requisito parcial da disciplina de Educação Lúdica do Curso de Pedagogia da Faculdade Afirmativo - 3º semestre, na evidência teoria/prática sob a regência do Prof. Doutor José Olimpio dos Santos CUIABÁ /JUNHO/2005
  • 4. Projeto: Pedagogos em Cena O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores [e educadoras], antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deviam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos.” Rubem Alves
  • 5. Projeto Pedagogos em Cena Elenco: Cibele Ferreira Sales Claudiano Albuquerque Brunet Edinilza da Silva Rubini Elizabete Céglio Fritzen Gláucia Rosa Bittencourt Leal Josilene Lombardi de Morais Mônica de Freitas Morais "Contar história é um ato de amor, alimento puro para as almas que acreditam no caminho que seus corações lhes segredam".
  • 6. Projeto: Pedagogos em cena Tema: A importância das estórias infantis para o desenvolvimento da criança Introdução: As histórias infantis como forma de consciência de mundo É no encontro com qualquer forma de Literatura que os homens têm a oportunidade de ampliar, transformar e enriquecer sua própria experiência de vida. Nesse sentido, a Literatura apresenta-se não só como veículo de manifestação de cultura, mas também de ideologias. A Literatura Infantil, por iniciar o homem no mundo literário, é um instrumento para a sensibilização da consciência, de expansão da capacidade e interesse de analisar o mundo. A literatura deve ser encarada, sempre, de modo global e complexo em sua ambigüidade e pluralidade. Até bem pouco tempo, em nosso século, a Literatura Infantil era considerada como um gênero secundário, e vista pelo adulto como algo pueril (nivelada ao brinquedo) ou útil (forma de entretenimento). A valorização da Literatura Infantil, como formadora de consciência dentro da vida cultural das sociedades, é bem recente. As obras infantis abordam questões de nosso tempo e problemas universais, inerentes ao ser humano. Quem não gosta de ouvir histórias? As histórias encantam crianças, adultos, velhos, enfim, a todos independentemente da idade. Diante da magia da literatura, nós somos envolvidos e seduzidos, assim, nos tornamos apaixonados e tocados por ela. Justificativa: Fundamentados nas teorias de grandes mestres da educação como Freud, Piaget, Vitgosky, Bettelheim, viemos propor o projeto “Pedagogos em Cena” com o intuito de
  • 7. resgatar a prática da arte de contar estórias para as crianças, bem como, conscientizar a pais e educadores da importância da literatura dentro do desenvolvimento infantil. Histórias infantis… Quem não se lembra de tê-las ouvido na infância? Podemos lembrar até dos sentimentos e emoções que cada história nos despertava… Com seus personagens maravilhosos, príncipes, fadas, duendes, bruxas, as histórias remetem as crianças a um mundo de sonhos e encantamento. As histórias infantis são um instrumento precioso, pois elas falam em uma linguagem que a criança pode entender. Mas, muito além de transmitir ás crianças os aspectos lúdicos, de sonhos e fantasias, as histórias infantis são também repletas de possibilidades de trabalho com as crianças, inclusive trazem impregnadas em si, valores sócio-culturais. Sabemos que para cada fase de desenvolvimento da criança, a literatura “age”, “penetra” de uma forma na mesma, colaborando para que a criança possa de situações por ela vivenciadas. Hoje vivemos na era digital, no entanto, não devemos esquecer dos contos clássicos que seduziram crianças e pessoas do “passado”. Ao tratarem de questões universais e comuns a todos os seres humanos, os contos de fadas contribuem para o autoconhecimento, a superação de conflitos inerentes ao crescimento e podem também ser instrumentos para o desenvolvimento da auto-estima, do respeito pelas individualidades, podem instrumentalizar a criança para conhecer e perceber suas sombras, seus medos e limitações, além de propiciar uma percepção otimista da vida. Além disso, a partir do contato com os contos, a criança se aproxima da literatura em geral, contribuindo, portanto, para sua formação enquanto leitor, ampliando também seus conhecimentos de leitura e escrita. Através da estrutura que se repete (problemas, conflitos e desfecho feliz) os contos de fadas e estórias têm muito a contribuir na formação individual. Os contos de fadas e estórias utilizam uma linguagem simbólica, e essa linguagem fala diretamente ao inconsciente humano, por isso esse tipo de história é tão envolvente, encantadora e prazerosa.
  • 8. Através dos contos de fadas e das estórias infantis é possível elaborar muitos conflitos, medos e ansiedades que angustiam a mente infantil. Isso acontece de acordo com o momento psicológico pelo qual passa a criança, pois em função dele um conto será mais ou menos significativo para ela. Através das estórias a criança pode viver nos personagens, lidando com diversos sentimentos da sua forma, sem ser assistida, sem ser repreendida. Quando a criança “veste” a personagem, faz o mesmo caminho da brincadeira, ou seja, é uma atividade lúdica, que proporciona o contato com o simbólico. Com as proezas e experiências das personagens com quem se identificou, a criança na verdade “ensaia” atitudes frente a situações que poderão ou não acontecer na sua vida, fornecendo modelos de como se pode superar dificuldades. Segundo Freud a importância dos contos de fadas e estórias infantis para o desenvolvimento infantil é muito grande, por todo seu material simbólico, devendo estar presente na vida da criança. O conto é a forma imaginária que os problemas humanos mais ou menos universais alcançaram à medida que a história passou por gerações. (BETTELHEIM, 2000, p.74). Ou seja, ao ser recontado durante séculos, essas histórias foram sendo enriquecidas com as angústias peculiares do ser humano, e não de um ser humano em particular, mas sim de toda a humanidade. Bettelhein defende que para uma estória enriquecer a vida de uma criança, estimulando-lhe a imaginação, deve relacionar-se com todos os aspectos da sua personalidade. Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável à prática educativa (Aguiar, 1977: 58). Objetivos: Objetivo Geral:  Produzir uma consciência junto aos educadores da importância que o ato de contar estórias tem no desenvolvimento infantil. Objetivo Especifico:
  • 9. Proporcionar às crianças da Educação Infantil e Ensino Fundamental do Colégio Fênix Dourada o reconhecimento das lições de moral que as estórias trazem.  Proporcionar um momento de descontração e diversão com as crianças do Colégio Fênix Dourada.  Despertar através do contato com as histórias infantis, o gosto pela literatura, visando assim a formação de adultos leitores.  Trabalhar junto ás crianças valores e sentimentos: como vida e morte, perda, amizade, poder de Deus. Fundamentação Teórica: A LITERATURA E A CRIANÇA A Necessidade Infantil de Fantasia: Por que os Contos Encantam Tanto? Um dos principais papéis dos pais e dos educadores é ajudar as crianças a se conhecerem cada vez mais e, conseqüentemente aos outros e ao mundo a sua volta também, ajudando-as a encontrarem significado na própria existência. Esse significado não adquirimos subitamente e nem vem junto com a maturidade cronológica. Esse significado é o que constitui a maturidade psicológica. Essa maturidade é um processo, ou seja, acontece dia-a-dia através das experiências que vivemos, conforme vamos nos conhecendo e conhecendo também as pessoas e o mundo à nossa volta. É papel dos pais e educadores ajudarem nesse processo, ou seja, ajudarem a criança a encontrar significado na sua existência e desenvolver sentimentos positivos, como a esperança e a autoconfiança, facilitando seu processo de individualização e de auto valorização, pois só através deles podemos viver e superar obstáculos que inevitavelmente surgirão. Segundo Bettelheim (1988, p.15) a preocupação dos pais deveria ser em formar o filho de forma que ele cresça satisfeito consigo mesmo, sendo capaz de durante sua vida, enfrentar as dificuldades, sentindo-se seguro. No entanto, a psicanálise veio mostrar que as coisas não são assim tão simples quanto pregava o behaviorismo. A psicanálise mostra que os seres humanos estão sempre acometidos de profundos conflitos internos. Isso acontece porque é muito diferente o que realmente somos (nossa natureza humana) e o que devemos ser pelas convenções sociais. Para se
  • 10. enquadrar o mais possível dentro do que é esperado de nós, precisamos abrir mão de desejos egoístas, agressivos e anti-sociais, que nos são inerentes, ressaltando os desejos tão legítimos quanto estes de ter ligações emocionais estreitas. Assim, exigimos de nós mesmos uma conduta perfeccionista, mostrando apenas o que seria nosso lado bom, luminoso, positivo. E reprimimos nossos impulsos de agressividade, sexualidade, desejos de vingança, etc. que corresponderia ao nosso lado sombrio, obscuro, negativo. Ou seja, esses “dois lados” do ser humano estão em constante conflito. Para que ao longo da vida, o indivíduo possa viver da melhor forma possível com esses conflitos as primeiras experiências da criança são de extrema relevância, devendo ser de qualidade e satisfatórias, pois são cruciais nesse processo. Através dessas primeiras experiências é determinado principalmente o modo como o indivíduo vai sentir a vida, como vai perceber as relações com outros indivíduos e se vai se sentir aceito ou não pelos grupos onde vive. Segundo a psicanálise os primeiros anos são tão importantes porque serão determinantes na formação do inconsciente, que é o responsável pela interpretação de toda nossa vida. E vale ressaltar que toda essa interpretação é determinada pelas primeiras experiências do indivíduo e que a mente consciente é sempre dominada em alguns aspectos pelo inconsciente. Como exemplo, podemos citar que com base em como foram as primeiras experiências com os pais, o indivíduo interpreta também sua relação com o mundo e outros sujeitos. Pode sentir-se aprovado ou rejeitado a partir do que seu inconsciente lhe traz a respeito. O inconsciente também é o determinante para sentimentos de fracasso ou possibilidade de sucesso, a certeza de que é bom ou mau, digno ou não de amor, etc. Por isso, podemos concluir que o desenvolvimento da auto-estima, a percepção positiva de si mesmo, a percepção dos outros, a felicidade futura e a segurança para enfrentar a vida, são em grande parte determinadas nesse período. Daí a extrema importância de os pais e outros adultos ligados à criança passarem-lhe uma visão de aprovação em relação a ela, para que possa ter uma visão positiva de si mesma e do mundo. O papel da literatura nos primeiros anos de vida Segundo Bettelheim (2000), a literatura pode ser um excelente instrumento para o desenvolvimento desse processo de auto conhecimento e auto aceitação, especialmente com as crianças pequenas.
  • 11. No entanto, é preciso lembrar que nenhuma estória ou conto sozinhos fará com que a criança desenvolva os sentimentos positivos que citamos. É preciso que os pais e educadores mostrem verdadeiramente confiança na criança e a ensinem a ter esperança no futuro. Os contos podem ser assim tão importantes e ricos porque não têm apenas a função de divertir e distrair as crianças, mas têm também a dimensão pedagógica e psicológica de esclarecer e integrar os sentimentos e de elaborar inconscientemente os sonhos e as fantasias infantis. Assim, os contos têm uma função extremamente importante na constituição da personalidade do indivíduo, pois além de alimentar a imaginação e estimular as fantasias, os contos de fadas refletem sobre as questões mais importantes da criança e contribuem para a construção de uma consciência mais madura, capaz de civilizar as pressões caóticas de seu inconsciente. Ao ouvi-los, cada criança aplica a seu modo e a seu mundo os conteúdos dos contos, pois esses são capazes de auxiliar a criança a colocar em ordem seus sentimentos, suas angústias. Quando uma criança pede para repetir muitas vezes a mesma estória está fazendo justamente isso: Introjetando a estória e organizando os sentimentos que esta veicula, está organizando seu superego. Por isso a importância dos contos estarem presentes na vida da criança desde a fase anal (por volta dos dois anos), onde começa a se dar essa estruturação, embora o efeito benéfico dos contos atinja seu ápice um pouco mais tarde, por volta dos cinco anos. Os contos fascinam porque seus enredos falam de sentimentos comuns a todos nós, como ódio, inveja, ciúme, ambição, rejeição e frustração, mas de maneira simbólica e que podem ser compreendidos e trabalhados pela criança através das emoções e da fantasia. Os contos de fadas funcionam como instrumentos para a descoberta desses sentimentos dentro dela. Mergulhando nesse faz-de-conta, a criança dá vazão às próprias emoções, ensaia papéis diversos. Uma criança pequena ainda não vê o mundo racionalmente, por isso, entende e valoriza mais o que a estória ou conto de fadas lhe diz do que qualquer explicação baseada em raciocínio lógico, feito por um adulto. Explicações realistas e racionais não fazem sentido para as crianças, isso ocorre porque elas ainda não têm um pensamento abstrato que seria capaz de dar conta dessas questões, assim, só poderão mesmo vivenciar o mundo de forma subjetiva, formando conceitos muito pessoais e somente sobre aquilo que experimenta, embora desde muito cedo já esteja cercada de questões profundas sobre si mesma.
  • 12. A importância da fantasia a caminho do pensamento racional A mentalidade infantil repete alguns aspectos da mentalidade do homem primitivo, já que ambos pensam por imagens e não por raciocínios. (Wallon, apud Jesualdo, 1982). O homem primitivo usava o maravilhoso para tecer explicações que necessitava diante do mundo. Diante de fatos que o angustiava, o amedrontava, para não se sentir desamparado no mundo, criava explicações mágicas para “se proteger”. Por isso a criação dos mitos, como forma de “explicar” o mundo. Explicação essa que não era baseada no pensamento lógico, mas sim na emoção e na afetividade. Dos quatro anos até a puberdade, o que a criança mais espera é que alguém lhe apresente soluções para seus problemas. Essas soluções serão mais significativas para a criança se forem apresentadas por imagens simbólicas. A criança busca a certeza de que seus dilemas terão uma solução feliz. Para a busca de soluções, para o enfrentamento de problemas e dificuldades é preciso primeiramente que o indivíduo encontre segurança dentro de si mesmo, só a partir daí é que poderá sentir-se apto a seguir seus próprios caminhos. No entanto, ninguém trilha um caminho partindo do nada. Modelos e sugestões são necessários. Com o conto de fadas, a criança facilmente se identifica com os personagens que também passam por dificuldades e que transmitem a mensagem de que é possível vencer. Daí a importância de que a criança tenha o direito assegurado de acreditar no “maravilhoso”, o direito alienável de ousar e o direito à imaginação livre. O maravilhoso nessa fase é que vai lhe transmitir segurança. Segurança essa que ela ainda não possui por si só. Fato que se dá também porque sua mente é um conjunto de impressões e imagens desordenadas. Nesse conjunto encontram-se aspectos da realidade, mas essencialmente estão aí elementos completamente fantasiosos. Pela imaturidade de seu pensamento, muitas coisas não podem ser compreendidas por ela. Essas incompreensões são preenchidas pela fantasia. Esse processo ocorre em toda criança normal, a partir de um fato real (entendido ou não por ela) nasce a fantasia. Além disso, seu raciocínio ainda não é totalmente controlado, por isso, assim que começa a pensar sobre uma situação e suas soluções, a isso se junta seus mais variados sentimentos: medo, ansiedade, amor, desejo, ódio, etc. Durante toda a vida a fantasia tem seu espaço, que obviamente deve ser maior na infância. Sem fantasias para nos dar esperanças, não temos forças para enfrentar as
  • 13. adversidades da vida. A infância é a época em que estas fantasias precisam ser nutridas (BETTELHEIM, 2000, p.152). Através da fantasia a criança compensa as pressões de sua vida real e também de seu inconsciente e estar privado dela pode acarretar graves conseqüências. Os contos, por serem otimistas e transmitirem uma mensagem de felicidade e realização, se aproximam da realidade das crianças e adolescentes, que buscam e necessitam de imagens simbólicas que reasseguram a existência de uma solução feliz para seus problemas. A criança precisa de recursos interiores para entender e viver sua realidade, realidade essa que é muito complexa para ela e que a faz ter os sentimentos mais diversos. Para pôr ordem nesses sentimentos, a criança precisa de ajuda, o que fará com que mais tarde ela consiga dar conta disso tudo sozinha. Todos que convivemos de alguma forma com crianças, com certeza presenciamos cenas em que, tomadas de um interesse enorme, ficam em silêncio para ouvirem uma estória. Diante desse interesse tão incomum, podemos concluir que no mínimo, as estórias falam ao mundo da criança de forma muito íntima. As histórias atingem a criança a nível emocional e cognitivo. Durante uma história o individuo se envolve em situações diferentes da que vive na realidade, experimentando emoções e sentimentos que na verdade podem nem estar presentes na sua vida real. Através da personagem, de seus problemas, suas dificuldades, a criança consegue entender e visualizar seus próprios problemas. Bettelheim (2000) nos coloca que a criança precisa verdadeiramente de uma educação moral. No entanto, essa educação só será eficaz se acontecer de forma implícita e sutil e não através de conceitos abstratos transmitidos pelos adultos. Ou seja, essa educação, esses conceitos devem ser significativos, ao nível de pensamento e raciocínio da criança, trazendo sugestões de forma simbólica de como ela deve agir. Aí mais uma vez os contos de fadas são importantes, pois trazem esse significado. Uma criança confia no que o conto de fadas diz porque a visão de mundo aí apresentada está de acordo com a sua (BETTELHEIM, 2000). E estando de acordo com o nível de pensamento infantil, confronta a criança com as reais dificuldades da vida: morte, perdas, envelhecimento, etc. Passam a mensagem implícita de que as dificuldades são normais na vida e que as outras pessoas também sentem o que ela sente; seus medos, suas ansiedades e angústias são naturais. Relação conto X criança
  • 14. Através dos conflitos e dos problemas dos personagens, é possível organizar os próprios conflitos. Além disso, é mais fácil e muito menos assustador falar de problemas, mas problemas que não são seus. Quando se identifica com os personagens, a criança (como qualquer outro leitor) se projeta neles. Acontece aí um “jogo de ficção”. Esse jogo só ocorre porque há um fascínio grande sobre o ouvinte. Esse jogo faz com que a criança “viva” situações que poderão ou não acontecer com ela, antecipando estratégias, testando soluções, pois nesse faz-de-conta o leitor ou ouvinte é senhor absoluto da situação. Quando uma criança se identifica com o herói de uma estória ou de um conto, realiza através dessa identificação uma compensação do que não a satisfaz em sua realidade e em seu próprio corpo. Na sua fantasia pode mudar conforme queira (tornar-se mais poderosa, forte ou bonita) e realizar as proezas que quiser. Essa fantasia, esse imaginar, ao contrário do que pode parecer, faz com que, ao voltar a realidade, a criança sinta-se mais satisfeita consigo mesma, tal como é. Esse mesmo processo ocorre com o próprio herói da história. Para vencer as dificuldades de seu caminho, ele usa sua força, poder, esperteza ou beleza fora do comum. Ao final da história ele geralmente torna-se um mero mortal, ou seja, não mais seus atributos extraordinários são importantes, na grande maioria das histórias essas características não são nem mais citadas. Fato que deixa implícito a satisfação do herói com seu corpo e sua identidade, o que só é possível porque ele adquiriu segurança em si mesmo. Nesse contato com a história, a criança (como na brincadeira) entra em contato com o simbólico e transfere para o real, situações imaginárias, quando se “veste” do personagem. A criança pode viver nos personagens, viver o que mais atrai no livro, lidando com diversos sentimentos da sua forma, sem ser assistida, sem ser repreendida. Mas mesmo assim, mantém-se conectada ao real, não perde a consciência do que é real e do que é ficção. Durante toda a vida o indivíduo “aprende” com os personagens dos contos e seus conflitos. Isso acontece porque ao ouvir ou ler uma estória, o indivíduo penetra realmente num mundo de faz-de-conta. E sem dúvida, as estórias e os contos de fadas fazem isso brilhantemente, sendo antídotos mais eficientes contra as angústias e temores infantis, levando-a ao contato com a fantasia, essencial para o desenvolvimento emocional da criança. Quando uma criança tem acesso apenas a histórias realistas, que na verdade, são falsas para partes importantes de sua realidade interna, ela pode acreditar que seu mundo interior, seus conflitos não são importantes para seus pais e mais tarde, na adolescência, por exemplo,
  • 15. tentar compensar a fantasia que não teve na infância, escapando para um mundo de fantasia. Mais tarde, quando adulto pode ocorrer situação ainda mais grave: o rompimento severo e total com a realidade. Assim, as crianças sadias são capazes de extrapolar (e muito) as fronteiras do mundo em que vivem, são capazes de fazer a passagem da fantasia para a realidade e encontram nos contos de fadas substrato suficiente para elaborar esta transposição. Toda criança precisa de fantasia, de mágica e acreditam nelas, com o tempo deixam de acreditar, com exceção das que foram muito decepcionadas com a realidade e não conseguiram confiar nas suas recompensas. Além disso, a criança tenta entender e organizar a realidade com base em seus esquemas, sua visão, ou seja, na verdade é uma organização fantasiosa da realidade, a partir do que ela vê como real. Metodologia: Este projeto foi realizado no Colégio Fênix Dourada, situado na Rua F, Nº 100 – Parque Cuiabá – Cuiabá-MT, no dia 03 de junho do corrente ano. Através da dramatização do conto: “A formiguinha e a Neve”, trabalhamos com as crianças temas como vida e morte e valores como amizade e poder de Deus. Desenvolvimento: No último dia 03 de Junho do corrente ano, nós alunos do curso de Pedagogia colocamos em prática nosso projeto: “Pedagogos em Cena”. A escolha do texto... Optamos por trabalhar com a estória “A formiguinha e a Neve”, a qual compõe a Coleção Clássicos Infantis, pois além de ser uma fábula da tradição popular, no desenrolar do texto, nos deparamos com situações que questionam poder, perseverança e poder – valores estes, fundamentais a serem discutidos com as crianças. Os personagens:
  • 16. Equipe -Ana Lydia Föestch Rubini: Deus -Aziza Föestch Rubini : Morte -Cibele Ferreira Sales: Sol -Claudiano Albuquerque Brunet: Homem -Edinilza Da Silva Rubini : Formiguinha -Elizabete Céglio Fritzen: Rato -Glaúcia Rosa Bittencourt Leal: Gato -Josilene Lombardi de Morais: Muro -Mônica de Freitas Morais: Cachorro -Evelyn Föestch Rubini: sonoplasta -Nayara Souza Morais: narradora
  • 17. Os preparativos Confeccionando o figurino e o cenário: Na sexta-feira dia 27/05/05 nos reunimos na casa da Mônica para a confecção dos figurinos e do cenário do teatro. Edinilza e Gláucia tirando as medidas Edinilza nossa costureira Cibele, Josilene e Claudiano: Elizabete: Revisando o texto Mônica: Recortando Moldes Montando o espetáculo
  • 18. A Formiguinha e a Neve Certa manhã de inverno, uma formiguinha saiu para seu trabalho diário. Já ia muito longe, à procura de alimento, quando um floco de neve caiu. Pim! E prendeu seu pezinho... Aflita, vendo que não podia livrar-se da neve e iria assim morrer de fome e de frio, voltou-se para o Sol e disse: - Oh, Sol, tu que és tão forte, derrete a neve e desprende meu pezinho... E o Sol, indiferente nas alturas, falou: - Mais forte do que eu é o muro que me tapa! Olhando então para o muro, a formiguinha pediu: - Oh, muro, tu que és tão forte, que tapas o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E o muro que nada vê e muito pouco fala respondeu apenas: - Mais forte do que eu é o rato que me rói! Voltando-se então para um ratinho que passava apressado, a formiguinha suplicou: - Oh, rato, tu que és tão forte, que róis o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho...
  • 19. Mas o rato, que também ia fugindo do frio, gritou de longe: - Mais forte do que eu é o gato que me come! Já cansada, a formiguinha pediu ao gato: - Oh, gato, tu que és tão forte, que comes o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E o gato, sempre preguiçoso, disse bocejando: - Mais forte do que eu é o cão que me persegue! Aflita e chorosa, a pobre formiguinha pediu ao cão: - Oh, cão, tu que és tão forte, que persegues o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E o cão, que ia correndo atrás de uma raposa, respondeu sem parar: - Mais forte do que eu é o homem que me bate! Já quase sem forças, sentindo o coração gelado de frio, a formiguinha implorou ao homem: - Oh, homem, tu que és tão forte, que bates no cão, que persegue o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol,
  • 20. que derrete a neve, desprende meu pezinho... E o homem, sempre preocupado com seu trabalho, Respondeu apenas: - Mais forte do que eu é a morte que me mata! Trêmula de medo, olhando a morte que se aproximava, a pobre formiguinha suplicou: - Oh, morte, tu que és tão forte, que matas o homem, que bate no cão, que persegue o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E a morte, impassível, respondeu: - Mais forte do que eu é Deus que me governa! Quase morrendo, a formiguinha rezou baixinho: - Meu Deus, tu que és tão forte, que governas a morte, que mata o homem, que bate no cão, que persegue o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o Sol, que derrete a neve, desprende meu pezinho... E Deus, então, que ouve todas as preces, sorriu. Estendeu a mão por cima das montanhas e ordenou que viesse a primavera! No mesmo instante, a primavera desceu sobre a Terra,
  • 21. enchendo de flores os campos, enchendo de luz os caminhos! E, vendo a formiguinha quase morta, gelada pelo frio, tomou-a carinhosamente entre as mãos e levou-a para seu reino encantado, onde não há inverno, onde o Sol brilha sempre e onde os campos estão sempre cobertos de flores! “A vida é um espetáculo que não permite ensaios, por isso, chore, dance e viva antes que a cortina se feche...”.
  • 22. PARTE II: CRECHE JD UMUARAMA II A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL CUIABÁ 2005
  • 23. A importância do brincar no desenvolvimento infantil Defendido por grandes teóricos como Piaget, Vitgoski, Santo agostinho o brincar é muito importante para o desenvolvimento infantil. Através do brincar a criança está experimentando o mundo, os movimentos e as reações, tendo assim elementos para desenvolver atividades mais elaboradas no futuro. Através do simbólico jogo da brincadeira, a criança irá entender o mundo ao redor, testar habilidades físicas (correr, pular), funções sociais (ser o construtor, a enfermeira, a secretária), aprender as regras, colher os resultados positivos ou negativos dos seus feitos (ganhar, perder, cair), registrando o que deve ou não repetir nas próximas oportunidades (ter mais calma, não ser teimoso). A aprendizagem da linguagem e a habilidade motora de uma criança também são desenvolvidas durante o brincar. Hoje é comprovado que bebês que recebem estimulação de brinquedos, que permitam sua participação ativa através do seu manuseio, não apenas como observador, desenvolvem mais a inteligência e demonstra maior interesse pelo aprendizado. A brincadeira permite um extravasar dos sentimentos, auxilia na reflexão sobre a situação, criando várias alternativas de conduta para o desfecho mais satisfatório ao seu desejo. O ato de brincar com outras crianças favorece o entendimento de certos princípios da vida, como o de colaboração, divisão, liderança, obediência às regras e competição. Portanto, as crianças tendo a oportunidade de brincar, estarão mais preparadas emocionalmente para controlar suas atitudes e emoções dentro do contexto social, obtendo assim melhores resultados gerais no desenrolar da sua vida. Desenvolvimento: No dia 13 de junho de 2005, estivemos na creche “Jardim Umuarama II, situada à Rua 03 Q27 LT 30 Jardim Umuarama II, onde tivemos uma manhã de brincadeiras com as crianças da turma de quatro anos. Fomos recepcionados pela diretora a Sra. Fátima Estevão Nascimento que nos deixou plenamente à vontade para brincar com as crianças.
  • 24. As brincadeiras: 1ª: Pulando Corda: Ao pular corda a criança está desenvolvendo sua coordenação motora, sua percepção visual e auditiva, sua oralidade (pois ao pular canta) e equilíbrio. Segundo Hollmann e Hettinger, coordenação motora é a atuação conjunta do sistema nervoso central e da musculatura esquelética, na execução de um movimento. Para se expressar corporalmente e desenvolver sua coordenação motora a criança precisa de uma boa percepção auditiva, espaço-temporal, ter domínio do corpo, equilíbrio e criatividade. 2ª: Corre Cutia:
  • 25. Formação: crianças sentadas em círculo. Do lado de fora fica apenas uma criança que estará segurando uma bola. Desenvolvimento: A criança que está fora da roda começa a andar em torno dos colegas sentados em círculo, escolhe atrás de quem deixará a bola. Enquanto isso as crianças cantam: “CORRE CUTIA, DE NOITE E DE DIA, DEBAIXO DA CAMA DE D. MARIA...” Objetivos: Estimular a rapidez, a coordenação motora, atenção, musicalidade. 3ª: Morto – Vivo: Formação: Crianças em círculo. Desenvolvimento: O professor no centro do círculo para comandar a brincadeira. Quando o professor disser “vivo”, todos permanecem de pé. Ao dizer “morto”, todos se abaixam ou deitam. O professor vai repetindo as palavras mais rápido e em ordem alterada. Saí da brincadeira aquele que errar primeiro. Objetivos: Desenvolver habilidades motoras, estimular a atenção, concentração, percepção visual e audição. 4ª: Amarelinha: Ao brincar de amarelinha a criança desenvolve habilidades motoras, percepção visual, atenção, socialização, agilidade, estruturação espacial.
  • 26. 5ª: Os cincos patinhos (Xuxa só pra baixinhos): Ao cantar e fazer a coreografia dessa canção a criança tem a oportunidade de trabalhar sua atenção, coordenação motora, ritmo, musicalidade. Também é possível trabalhar numerais e valores de família e amizade. 6ª: Estátua:
  • 27. Ao brincar de estátua a podemos trabalhar com as crianças a atenção, reação rápida, percepção visual e auditiva, além é claro de socializar e descontrair. 7ª: Dança da Cadeira: Formação: crianças em círculo ao redor de um conjunto de cadeiras. Deverá haver uma cadeira a menos do que o número total de crianças. Desenvolvimento: Ao iniciar uma música as crianças andam em torno das cadeiras. Quando a música parar as crianças deverão tentar sentar nas cadeiras. A criança que sobrar sem cadeira está fora da brincadeira. Objetivos: Trabalhar atenção, reações rápidas, percepção visual, habilidades motoras. 8ª: Eu agora vou passear (CD A casa do Zé): Ao trabalhar a música eu agora vou passear do cd “A casa do Zé” trabalhamos com as crianças a musicalidade, o ritmo, as mímicas, a socialização e a descontração. Pois a música
  • 28. nos dá a oportunidade de trabalhar diferentes tipos de movimentos (escalando, nadando, se pendurando, pulando...). 9ª: Queimada: Formação: crianças no centro do pátio e duas crianças em lados opostos. Desenvolvimento: O objetivo do jogo é acertar a bola nas crianças que estão no meio. Se uma criança for “queimada” sai da brincadeira, já se essa criança conseguir pegar a bola, ela troca de lugar com quem está nas extremidades jogando a bola. Objetivo: trabalhar rapidez, habilidades motoras, socialização, percepção visual. 10ª: O boneco pirulito – cd “A casa do ZÉ” Com essa canção é possível trabalhar ritmo, coordenação motora, as partes do corpo, musicalidade, atenção, percepção auditiva e visual.
  • 29. Cronograma: EVENTOS Contato com a instituição 13/05 Levantamento dos dados 11/05 a 15/05 Ensaios 15/05 a 03/06 Confecção do Figurino 27/05/2005 Elaboração do projeto 27/05 a 03/06 Fundamentação teórica 15/05 a 27/05 Aplicação 03/06 e 13/06 Socialização e entrega do 15/06 relatório da execução do projeto
  • 30. Referências Bibliográficas: *BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. *MALUF, Ângela Cristina Munhoz. Brincadeiras para sala de aula.Petrópolis –RJ. Vozes:2004. *VALADARES, Solange e ARAÚJO, Rogéria. Educação Física do Cotidiano Escolar. Editora FAPI LTDA. Belo Horizonte: 1999. * VYGOTSKI, L. S. A formação social da mente. (e-book). * PIAGET, JEAN.A formação do símbolo na criança: Imitação, jogo e Sonho Imagem e Representação. Tradução de ÁLVARO CABRAL e CHRISTIANO MONTEIRO. 3ª Edição Título original: La Formation du Sembole chez l'enfant imitation, Jeu et Rêve, image et Représentation Traduzido da terceira edição, publicada em 1964, por Editions Delachaux et Niestlé, Neuchâtel, Suíça. Copiright (c) 1964, (e-book). *www.aprendendoebrincando.com.br *www.aulalivre.com.br *www.novaescola.com.br *www.pedagogia.com *www.pedagogia.pro.br
  • 31. AGRADECIMENTO Em primeiro lugar agradecemos a Deus, nossa vida e esperança. Pois não seria possível estarmos aqui se Ele não nos tivesse dado o dom da Vida. Aos nossos companheiros (as) pela compreensão em tantos momentos que precisamos nos ausentar de nosso lar com a finalidade de produzir este trabalho. Aos nossos filhos, por termos deixado de partilhar momentos com eles de tanta preocupação. Aos nossos professores que nos deram apoio necessário. Ao nosso professor Mestre Jose Olimpio dos Santos pelo incentivo e apoio ao desempenharmos tão importante trabalho. Enfim, a cada um da equipe que em todos os momentos estiveram lado a lado lutando para que se tornasse possível esta trabalho.