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GÊNEROS JORNALÍSTICOS

     Técnicas de Reportagem
- A primeira tentativa de classificação dos textos
jornalísticos aconteceu no século 18, na Inglaterra.
Samuel Buckeley resolveu separar o conteúdo do
jornal Daily Courant em news (notícias) e comments
(comentários).

- A partir do século 19, com essa separação implantada
pioneiramente nos jornais norte-americanos, vários
outros países passam a tentar sistematizar o
conteúdo de seu Jornalismo, classificando-o em
determinados gêneros.
   Hoje são várias as classificações de gêneros
    jornalísticos no mundo e há muita divergência
    entre os estudiosos da área sobre qual delas
    seria mais adequada.

   Vamos conhecer rapidamente cada uma delas:
   CLASSIFICAÇÃO FRANCESA
Autor: Joseph Foliet
- Editorial
- Artigos de fundo
- Crônica geral (resenhas sobre acontecimentos gerais)
- Despachos (reportagens e entrevistas)
- Fait divers (fatos diversos do cotidiano que fogem do comum - toque de
sensacionalismo)
- Crônica especializada (crítica de assuntos específicos)
- Folhetim (espaço em que se colocam charadas, piadas, narrativas curtas
como contos, entre outros)
- Fotos e legendas
- Caricaturas
-Comics (quadrinhos)
   CLASSIFICAÇÃO NORTE-AMERICANA
Autor: Fraser Bond
- Noticiário:
Notícia
Reportagem
Entrevista
História de interesse humano
- Página editorial:
Editorial
Caricatura
Coluna
Crítica
   CLASSIFICAÇÃO ALEMÃ
Autor: Emil Dovifat
- Informativos:
Notícia (Fact-Story)
Reportagem (Act-Story)
Entrevista (Quote-Story)
- De Opinião:
Editorial
Artigos curtos
Glosa (Crônica)
- Amenos:
Folhetim (Resenha cultural)
Crítica
Recreio e Espelho Cultural (contos, versos etc)
   No Brasil, o primeiro estudioso a
    classificar o conteúdo do nosso
    Jornalismo em gêneros foi o
    pernambucano Luiz Beltrão.

   Depois dele, José Marques de Melo   Luiz Belltrão


    (discípulo de Beltrão), também
    propôs uma classificação, que é
    seguida hoje pela maioria de
    nossos veículos jornalísticos.



                                        José Marques de Melo
- No Brasil, podemos dividir a questão do gêneros
  em:
- Jornalismo Informativo
- Jornalismo Opinativo
- Jornalismo Interpretativo*

  OBS: O Jornalismo Interpretativo não está incluído na classificação original de
  José Marques de Melo
- Inclui os gêneros que correspondem ao universo da
informação, ou seja, que descrevem ou aprofundam um
fato noticiável.

- Pressupõe objetividade e imparcialidade. Não deve conter
a visão de mundo do jornalista que produziu o texto,
tampouco da empresa jornalística.

- Os textos do gênero informativo se estruturam a partir um
referencial exterior à empresa jornalística, ou seja, sua
formação não depende do veículo de comunicação, mas
da eclosão dos acontecimentos no mundo exterior.
*Os gêneros informativos são:

- Nota
- Notícia
- Reportagem
- Entrevista (que pode ser encontrada nos
formatos: relato ou pingue-pongue)
*NOTA

- Texto curto (máximo de 10 linhas) que traz as
  informações básicas sobre o fato, sem
  aprofundamento (normalmente não traz aspas).

- Ou traz um registro rápido de um fato que já ocorreu
  (e só mereceu o registro, pois não teve muita relevância
  perto de outros fatos transformados em notícia pelo
  veículo de comunicação) ou relata brevemente algo
  que está prestes a acontecer (nesse caso o relato é
  curto, pois ainda não há muitas informações a respeito do
  fato).
EXEMPLO DE NOTA:

Aprovada MP que cria estatal do trem-bala

O Senado aprovou ontem à noite a medida provisória 511, que permite o financiamento e cria a
estatal que vai gerenciar o trem-bala entre Campinas, São Paulo e Rio. A MP, que vai para a sanção
de Dilma Rousseff, passou por 44 a 17 e perderia a validade no fim desta semana caso não fosse
aprovada. Parte da base do governo votou contra o projeto, principalmente senadores do PMDB. A
oposição criticou duramente a MP, pois achava que o assunto não tem urgência e poderia ser
tratado por meio de projeto de lei. Por isso, ameaça entrar com uma ação de inconstitucionalidade
no STF (Supremo Tribunal Federal). Com a MP, o governo fica autorizado a emprestar até R$ 20
bilhões (valor de 2008) para o projeto via BNDES. O leilão do trem-bala já foi adiado duas vezes, em
novembro de 2010 e em abril de 2011. Agora está previsto para julho. O governo prevê que o custo
dessa obra vá ser de R$ 33,1 bilhões.
*NOTÍCIA

- É o texto-chave de qualquer veículo jornalístico. Boa
  parte do conteúdo dos veículos jornalísticos é formado
  por notícias.

-    Trata-se do relato integral do fato, de maneira
    objetiva e com pelo menos um aprofundamento (uma
    fonte entrevistada).

- É um texto maior do que a nota.

- Normalmente está restrita ao factual.
EXEMPLO DE NOTÍCIA:
Kassab funda PSD com promessa de apoio a Dilma
Em ato em Brasília, prefeito de SP diz esperar que DEM, ex-sigla, "seja feliz"
Com a benção do governo federal e forte patrocínio do PMDB, o prefeito Gilberto Kassab assinou ontem a ata
de fundação do PSD (Partido Social Democrático) prometendo "ajudar" a presidente Dilma Rousseff.
"Estamos à disposição para ajudá-la. Queremos que seu governo dê certo. É importante para o Brasil",
discursou Kassab, afilhado político do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB).
O PSD nasce com 30 deputados federais e dois senadores (15 deles saídos da oposição), um governador
(Omar Aziz, do Amazonas) e cinco vice-governadores (entre eles o de São Paulo, Guilherme Afif Domingues).
A filiação deles só será consumada com a criação oficial do partido. Mas, com esse tamanho, o PSD já teria a
oitava bancada da Câmara, à frente de siglas como o PDT e o PTB e apenas quatro deputados atrás do PSB.
A criação do novo partido provoca sangria no DEM, que, ao perder nove deputados passará de 43 para 34.
"Quero que o DEM seja feliz e encontre seu caminho", disse ontem Kassab.
Entre tucanos, o maior abalo foi provocado pela filiação de Afif. Ontem, o vice de Geraldo Alckmin admitiu que
pode concorrer à prefeitura de São Paulo ano que vem, provavelmente contra um candidato do PSDB. Ele falou
da relação com os tucanos: "O DEM é satélite do PSDB. O PSD, não."
Pela manhã, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), levou à Câmara um político do Maranhão para
se filiar ao PSD. Horas depois, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), também prestigiou a criação do
partido.
Kassab também se reuniu com o presidente do Senado, José Sarney (MA), e falou ao telefone com a
governadora Roseana Sarney (PMDB-MA).
*REPORTAGEM

- Vai além do factual, aprofundando o fato, trazendo
  declarações de todos os envolvidos nele.
- É um texto de maior fôlego que exige que o jornalista
  acompanhe o fato de perto, investigando suas causas e
  efeitos na sociedade.
- Pode ser dividida em diferentes textos.
- O texto da reportagem deve ter sempre uma abertura atrativa
  (lead mais “solto” e criativo), e não burocrática como o de
  uma notícia.
- Hoje esse gênero está mais presente nas revistas que nos
  jornais diários.
EXEMPLO DE REPORTAGEM –

http://www.slideshare.net/aulasdejornalismo/exemplo-de-reportagem
   ENTREVISTA

- É a famosa entrevista “pingue-pongue”, conhecida
popularmente nas redações como “pingue”.
- Centrada na figura de uma fonte proeminente e
editada no formato pergunta-resposta.
- Trata-se de um gênero nobre, que normalmente
gera leitura.
EXEMPLO DE ENTREVISTA PINGUE-PONGUE

http://www.slideshare.net/aulasdejornalismo/exemplo-de-entrevista-pingue

EXEMPLO DE ENTREVISTA RELATO:
http://www.slideshare.net/aulasdejornalismo/entrevista-relato
- Inclui os textos jornalísticos que trazem UMA
  LEITURA DA REALIDADE e não um retrato
  objetivo dela.

-    Os gêneros opinativos são formados por
    variáveis diretamente relacionadas à empresa
    jornalística e ao profissional que produz o
    texto. OU PREDOMINA A VISÃO DA EMPRESA
    JORNALÍSTICA OU DO AUTOR DO TEXTO.
- Os gêneros opinativos são:

- Editorial
- Artigo
- Resenha/Crítica
- Crônica
- Coluna
- Carta do leitor
- Caricatura
- Charge
   EDITORIAL

- Texto no qual a empresa jornalística expressa a sua
opinião sobre fatos da realidade. Na grande
imprensa não tem autoria (ninguém assina o texto).
Já nas publicações empresariais costuma ser
assinado.

- Cuidado: não confundir editorial com editoria.
- Exemplo de editorial – Da Folha de S.Paulo:
Oposição de fato
Três de cinco ex-presidentes brasileiros se encontram no Senado, sem que se tenha notícia de contribuições relevantes suas para o debate nacional. Luiz
Inácio Lula da Silva, recém-saído do cargo, mantém temporário e bem-vindo silêncio, neste início de mandato da sucessora e correligionária petista, Dilma
Rousseff.
Diante de tal pasmaceira, coube ao tucano Fernando Henrique Cardoso agitar a cena política. A contribuição veio com o artigo "O Papel da Oposição",
publicado na revista "Interesse Nacional".
O foco do texto está em provocar a oposição -PSDB à frente- para sair da letargia diante do petismo. Para isso, ela precisa de uma estratégia, de um
público-alvo e de um discurso (ou programa), que FHC se põe a alinhavar.
A situação atual seria análoga à do MDB no início dos anos 70, quando o "milagre econômico" angariava forte apoio popular à ditadura. Outro artigo de
FHC, publicado na época com o mesmo título, apontou a necessidade de organizar uma frente antiautoritária para lutar pela redemocratização.
Hoje, os êxitos do governo Lula parecem prostrar o PSDB e demais legendas oposicionistas. FHC, contudo, vislumbra uma plataforma para que superem a
perplexidade, caso se mostrem capazes de transcender a política institucional e falar diretamente com a classe média em expansão.
O ex-presidente dá como inócua a tentativa da oposição de disputar com o PT o apoio das "massas carentes e pouco informadas". O governo, assinala com
razão, dispõe de mecanismos de concessão de benesses mais eficazes que discursos no Congresso.
O trecho pode ser entendido como uma crítica velada à emulação de políticas sociais lulistas. Seria o caso de programas de renda como o do governador
paulista Geraldo Alckmin, ou da defesa irresponsável, sob o ângulo fiscal, de um salário mínimo de R$ 600, na campanha eleitoral de José Serra ou por
parlamentares tucanos.
A alternativa FHC é priorizar a nova classe média, cerca de 20 milhões de brasileiros incorporados nos últimos anos ao mercado de consumo. Esta seria
mais receptiva a críticas da oposição à hegemonia petista, sobretudo às práticas de corrupção e cooptação de grupos econômicos escolhidos para receber
benesses do BNDES.
Como bem lembrou o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, o acesso a uma renda um pouco mais elevada não garante adesão automática a novos
valores. Além disso, quase metade da população permanece nos estratos inferiores de renda e consumo, contingente de votos que não pode ser
desprezado.
Em outras palavras, a estratégia delineada por FHC demanda ousadia e implica risco eleitoral. É uma aposta em discurso que, diante dos limites e
contradições da política petista, pode até provar-se correto. Fazer oposição de fato, alerta o ex-presidente, seria a única chance de sobrevida para o PSDB
e os poucos partidos ainda não alinhados com Dilma.
*ARTIGO

- Texto no qual uma pessoa, geralmente um protagonista
  da sociedade, defende uma tese sobre um tema ou dá a
  sua opinião sobre um fato que teve grande repercussão
  no veículo jornalístico.

- Sempre tem uma autoria (alguém assina o texto).

- Possui a estrutura        dissertativa   (baseado   na
  argumentação).
- Exemplo de artigo:

http://www.slideshare.net/aulasdejornalismo/exemplo-de-artigo
CRÍTICA

- Texto que avalia uma obra literária, um filme ou um
  trabalho artístico, um jogo ou um debate.

- Primeiramente é feita uma apresentação da obra e,
  depois, o redator expõe a sua opinião (fundamentada)
  sobre ela.

- É sempre assinado.
- Exemplo de CRÍTICA:

http://www.slideshare.net/aulasdejornalismo/exemplo-de-crtica
*CRÔNICA

- Texto que se inspira em assuntos pertinentes do
cotidiano, mas é escrito de maneira mais literária do que
jornalística.

- É sempre assinado.
EXEMPLO DE CRÔNICA:

http://www.slideshare.net/aulasdejornalismo/exemplo-de-crnica
*COLUNA

- Espaço no qual um protagonista da sociedade dá a
sua opinião, com periodicidade, sobre um ou vários
assuntos.

-Essa   periodicidade pode ser semanal, quinzenal etc.

-Oformato pode ser uma coluna de notas, ou com
um artigo, ou com uma crônica. Trata-se mais de um
espaço gráfico que abarca um gênero.
-   Exemplo de coluna:

http://www.slideshare.net/aulasdejornalismo/exemplo-de-coluna
*CARTA DO LEITOR

- Espaço no qual o leitor expressa a sua opinião sobre
  notícias que já foram publicadas na imprensa.

- Este espaço é importante para o veículo, pois mostra que
  ele está preocupado em se comunicar com o seu leitor,
  ouvindo as angústias e sugestões deste.
-Exemplo de cartas de leitores:

Atentado no Rio
O massacre em Realengo, como ficou conhecida a chacina no Rio,
tirou a vida de jovens que só queriam aprender. É o fim de um
sonho. O Brasil se calou diante da barbárie.
EDSON RODRIGUES (Santo André, SP)


É mais um triste e lamentável fato que ocorreu em uma escola no
Rio, mas que, diga-se, poderia ter acontecido em qualquer parte do
mundo. Acabamos por chorar mais uma vez o futuro e a esperança
com a morte de jovens. Até quando poderemos suportar crueldades
como essa?
SONIA REGINA VALENTIM TAVEIROS (São Paulo, SP)
*CARICATURA

- Desenho que
  evidencia os
  aspectos físicos
  mais marcantes
  de um
  personagem.

- É assinada.
*CHARGE

- Desenho que ironiza
  alguém ou uma
  situação.

- Também tem autoria,
  ou seja, é assinada.
   Apresenta como formato principal a Grande
    Reportagem

   É bastante comum no Jornalismo Literário e no
    Jornalismo Investigativo, por exemplo.
   Exemplo no Jornalismo Investigativo

Descendo aos porões da ditadura, de Antonio
 Carlos Fon

http://profluismarques.blog.terra.com.br/files/2010/05/01-descendo-aos-poroes_2009_4_8_16_6_36.pdf
   Exemplo no Jornalismo Literário

Frank Sinatra está resfriado, de Gay Talese

http://www.slideshare.net/aulasdejornalismo/gay-talese-texto
ABRAMO, Perseu. Padrões de manipulação na grande
  imprensa. São Paulo: Editora Perseu Abramo, 2004. 63p.

________________________ . Jornalismo opinativo. 3.
  ed. Campos do Jordão – São Paulo:Mantiqueira de
  Ciência e Arte Ltda, 2003. v. 1. 238 p.

________________________. Gêneros jornalísticos na
  folha de S.Paulo. São Paulo, SP: FDT-ECA/USP, 1987.
  128p.

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  • 3. Hoje são várias as classificações de gêneros jornalísticos no mundo e há muita divergência entre os estudiosos da área sobre qual delas seria mais adequada.  Vamos conhecer rapidamente cada uma delas:
  • 4. CLASSIFICAÇÃO FRANCESA Autor: Joseph Foliet - Editorial - Artigos de fundo - Crônica geral (resenhas sobre acontecimentos gerais) - Despachos (reportagens e entrevistas) - Fait divers (fatos diversos do cotidiano que fogem do comum - toque de sensacionalismo) - Crônica especializada (crítica de assuntos específicos) - Folhetim (espaço em que se colocam charadas, piadas, narrativas curtas como contos, entre outros) - Fotos e legendas - Caricaturas -Comics (quadrinhos)
  • 5. CLASSIFICAÇÃO NORTE-AMERICANA Autor: Fraser Bond - Noticiário: Notícia Reportagem Entrevista História de interesse humano - Página editorial: Editorial Caricatura Coluna Crítica
  • 6. CLASSIFICAÇÃO ALEMÃ Autor: Emil Dovifat - Informativos: Notícia (Fact-Story) Reportagem (Act-Story) Entrevista (Quote-Story) - De Opinião: Editorial Artigos curtos Glosa (Crônica) - Amenos: Folhetim (Resenha cultural) Crítica Recreio e Espelho Cultural (contos, versos etc)
  • 7. No Brasil, o primeiro estudioso a classificar o conteúdo do nosso Jornalismo em gêneros foi o pernambucano Luiz Beltrão.  Depois dele, José Marques de Melo Luiz Belltrão (discípulo de Beltrão), também propôs uma classificação, que é seguida hoje pela maioria de nossos veículos jornalísticos. José Marques de Melo
  • 8. - No Brasil, podemos dividir a questão do gêneros em: - Jornalismo Informativo - Jornalismo Opinativo - Jornalismo Interpretativo* OBS: O Jornalismo Interpretativo não está incluído na classificação original de José Marques de Melo
  • 9. - Inclui os gêneros que correspondem ao universo da informação, ou seja, que descrevem ou aprofundam um fato noticiável. - Pressupõe objetividade e imparcialidade. Não deve conter a visão de mundo do jornalista que produziu o texto, tampouco da empresa jornalística. - Os textos do gênero informativo se estruturam a partir um referencial exterior à empresa jornalística, ou seja, sua formação não depende do veículo de comunicação, mas da eclosão dos acontecimentos no mundo exterior.
  • 10. *Os gêneros informativos são: - Nota - Notícia - Reportagem - Entrevista (que pode ser encontrada nos formatos: relato ou pingue-pongue)
  • 11. *NOTA - Texto curto (máximo de 10 linhas) que traz as informações básicas sobre o fato, sem aprofundamento (normalmente não traz aspas). - Ou traz um registro rápido de um fato que já ocorreu (e só mereceu o registro, pois não teve muita relevância perto de outros fatos transformados em notícia pelo veículo de comunicação) ou relata brevemente algo que está prestes a acontecer (nesse caso o relato é curto, pois ainda não há muitas informações a respeito do fato).
  • 12. EXEMPLO DE NOTA: Aprovada MP que cria estatal do trem-bala O Senado aprovou ontem à noite a medida provisória 511, que permite o financiamento e cria a estatal que vai gerenciar o trem-bala entre Campinas, São Paulo e Rio. A MP, que vai para a sanção de Dilma Rousseff, passou por 44 a 17 e perderia a validade no fim desta semana caso não fosse aprovada. Parte da base do governo votou contra o projeto, principalmente senadores do PMDB. A oposição criticou duramente a MP, pois achava que o assunto não tem urgência e poderia ser tratado por meio de projeto de lei. Por isso, ameaça entrar com uma ação de inconstitucionalidade no STF (Supremo Tribunal Federal). Com a MP, o governo fica autorizado a emprestar até R$ 20 bilhões (valor de 2008) para o projeto via BNDES. O leilão do trem-bala já foi adiado duas vezes, em novembro de 2010 e em abril de 2011. Agora está previsto para julho. O governo prevê que o custo dessa obra vá ser de R$ 33,1 bilhões.
  • 13. *NOTÍCIA - É o texto-chave de qualquer veículo jornalístico. Boa parte do conteúdo dos veículos jornalísticos é formado por notícias. - Trata-se do relato integral do fato, de maneira objetiva e com pelo menos um aprofundamento (uma fonte entrevistada). - É um texto maior do que a nota. - Normalmente está restrita ao factual.
  • 14. EXEMPLO DE NOTÍCIA: Kassab funda PSD com promessa de apoio a Dilma Em ato em Brasília, prefeito de SP diz esperar que DEM, ex-sigla, "seja feliz" Com a benção do governo federal e forte patrocínio do PMDB, o prefeito Gilberto Kassab assinou ontem a ata de fundação do PSD (Partido Social Democrático) prometendo "ajudar" a presidente Dilma Rousseff. "Estamos à disposição para ajudá-la. Queremos que seu governo dê certo. É importante para o Brasil", discursou Kassab, afilhado político do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB). O PSD nasce com 30 deputados federais e dois senadores (15 deles saídos da oposição), um governador (Omar Aziz, do Amazonas) e cinco vice-governadores (entre eles o de São Paulo, Guilherme Afif Domingues). A filiação deles só será consumada com a criação oficial do partido. Mas, com esse tamanho, o PSD já teria a oitava bancada da Câmara, à frente de siglas como o PDT e o PTB e apenas quatro deputados atrás do PSB. A criação do novo partido provoca sangria no DEM, que, ao perder nove deputados passará de 43 para 34. "Quero que o DEM seja feliz e encontre seu caminho", disse ontem Kassab. Entre tucanos, o maior abalo foi provocado pela filiação de Afif. Ontem, o vice de Geraldo Alckmin admitiu que pode concorrer à prefeitura de São Paulo ano que vem, provavelmente contra um candidato do PSDB. Ele falou da relação com os tucanos: "O DEM é satélite do PSDB. O PSD, não." Pela manhã, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), levou à Câmara um político do Maranhão para se filiar ao PSD. Horas depois, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), também prestigiou a criação do partido. Kassab também se reuniu com o presidente do Senado, José Sarney (MA), e falou ao telefone com a governadora Roseana Sarney (PMDB-MA).
  • 15. *REPORTAGEM - Vai além do factual, aprofundando o fato, trazendo declarações de todos os envolvidos nele. - É um texto de maior fôlego que exige que o jornalista acompanhe o fato de perto, investigando suas causas e efeitos na sociedade. - Pode ser dividida em diferentes textos. - O texto da reportagem deve ter sempre uma abertura atrativa (lead mais “solto” e criativo), e não burocrática como o de uma notícia. - Hoje esse gênero está mais presente nas revistas que nos jornais diários.
  • 16. EXEMPLO DE REPORTAGEM – http://www.slideshare.net/aulasdejornalismo/exemplo-de-reportagem
  • 17. ENTREVISTA - É a famosa entrevista “pingue-pongue”, conhecida popularmente nas redações como “pingue”. - Centrada na figura de uma fonte proeminente e editada no formato pergunta-resposta. - Trata-se de um gênero nobre, que normalmente gera leitura.
  • 18. EXEMPLO DE ENTREVISTA PINGUE-PONGUE http://www.slideshare.net/aulasdejornalismo/exemplo-de-entrevista-pingue EXEMPLO DE ENTREVISTA RELATO: http://www.slideshare.net/aulasdejornalismo/entrevista-relato
  • 19. - Inclui os textos jornalísticos que trazem UMA LEITURA DA REALIDADE e não um retrato objetivo dela. - Os gêneros opinativos são formados por variáveis diretamente relacionadas à empresa jornalística e ao profissional que produz o texto. OU PREDOMINA A VISÃO DA EMPRESA JORNALÍSTICA OU DO AUTOR DO TEXTO.
  • 20. - Os gêneros opinativos são: - Editorial - Artigo - Resenha/Crítica - Crônica - Coluna - Carta do leitor - Caricatura - Charge
  • 21. EDITORIAL - Texto no qual a empresa jornalística expressa a sua opinião sobre fatos da realidade. Na grande imprensa não tem autoria (ninguém assina o texto). Já nas publicações empresariais costuma ser assinado. - Cuidado: não confundir editorial com editoria.
  • 22. - Exemplo de editorial – Da Folha de S.Paulo: Oposição de fato Três de cinco ex-presidentes brasileiros se encontram no Senado, sem que se tenha notícia de contribuições relevantes suas para o debate nacional. Luiz Inácio Lula da Silva, recém-saído do cargo, mantém temporário e bem-vindo silêncio, neste início de mandato da sucessora e correligionária petista, Dilma Rousseff. Diante de tal pasmaceira, coube ao tucano Fernando Henrique Cardoso agitar a cena política. A contribuição veio com o artigo "O Papel da Oposição", publicado na revista "Interesse Nacional". O foco do texto está em provocar a oposição -PSDB à frente- para sair da letargia diante do petismo. Para isso, ela precisa de uma estratégia, de um público-alvo e de um discurso (ou programa), que FHC se põe a alinhavar. A situação atual seria análoga à do MDB no início dos anos 70, quando o "milagre econômico" angariava forte apoio popular à ditadura. Outro artigo de FHC, publicado na época com o mesmo título, apontou a necessidade de organizar uma frente antiautoritária para lutar pela redemocratização. Hoje, os êxitos do governo Lula parecem prostrar o PSDB e demais legendas oposicionistas. FHC, contudo, vislumbra uma plataforma para que superem a perplexidade, caso se mostrem capazes de transcender a política institucional e falar diretamente com a classe média em expansão. O ex-presidente dá como inócua a tentativa da oposição de disputar com o PT o apoio das "massas carentes e pouco informadas". O governo, assinala com razão, dispõe de mecanismos de concessão de benesses mais eficazes que discursos no Congresso. O trecho pode ser entendido como uma crítica velada à emulação de políticas sociais lulistas. Seria o caso de programas de renda como o do governador paulista Geraldo Alckmin, ou da defesa irresponsável, sob o ângulo fiscal, de um salário mínimo de R$ 600, na campanha eleitoral de José Serra ou por parlamentares tucanos. A alternativa FHC é priorizar a nova classe média, cerca de 20 milhões de brasileiros incorporados nos últimos anos ao mercado de consumo. Esta seria mais receptiva a críticas da oposição à hegemonia petista, sobretudo às práticas de corrupção e cooptação de grupos econômicos escolhidos para receber benesses do BNDES. Como bem lembrou o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, o acesso a uma renda um pouco mais elevada não garante adesão automática a novos valores. Além disso, quase metade da população permanece nos estratos inferiores de renda e consumo, contingente de votos que não pode ser desprezado. Em outras palavras, a estratégia delineada por FHC demanda ousadia e implica risco eleitoral. É uma aposta em discurso que, diante dos limites e contradições da política petista, pode até provar-se correto. Fazer oposição de fato, alerta o ex-presidente, seria a única chance de sobrevida para o PSDB e os poucos partidos ainda não alinhados com Dilma.
  • 23. *ARTIGO - Texto no qual uma pessoa, geralmente um protagonista da sociedade, defende uma tese sobre um tema ou dá a sua opinião sobre um fato que teve grande repercussão no veículo jornalístico. - Sempre tem uma autoria (alguém assina o texto). - Possui a estrutura dissertativa (baseado na argumentação).
  • 24. - Exemplo de artigo: http://www.slideshare.net/aulasdejornalismo/exemplo-de-artigo
  • 25. CRÍTICA - Texto que avalia uma obra literária, um filme ou um trabalho artístico, um jogo ou um debate. - Primeiramente é feita uma apresentação da obra e, depois, o redator expõe a sua opinião (fundamentada) sobre ela. - É sempre assinado.
  • 26. - Exemplo de CRÍTICA: http://www.slideshare.net/aulasdejornalismo/exemplo-de-crtica
  • 27. *CRÔNICA - Texto que se inspira em assuntos pertinentes do cotidiano, mas é escrito de maneira mais literária do que jornalística. - É sempre assinado.
  • 29. *COLUNA - Espaço no qual um protagonista da sociedade dá a sua opinião, com periodicidade, sobre um ou vários assuntos. -Essa periodicidade pode ser semanal, quinzenal etc. -Oformato pode ser uma coluna de notas, ou com um artigo, ou com uma crônica. Trata-se mais de um espaço gráfico que abarca um gênero.
  • 30. - Exemplo de coluna: http://www.slideshare.net/aulasdejornalismo/exemplo-de-coluna
  • 31. *CARTA DO LEITOR - Espaço no qual o leitor expressa a sua opinião sobre notícias que já foram publicadas na imprensa. - Este espaço é importante para o veículo, pois mostra que ele está preocupado em se comunicar com o seu leitor, ouvindo as angústias e sugestões deste.
  • 32. -Exemplo de cartas de leitores: Atentado no Rio O massacre em Realengo, como ficou conhecida a chacina no Rio, tirou a vida de jovens que só queriam aprender. É o fim de um sonho. O Brasil se calou diante da barbárie. EDSON RODRIGUES (Santo André, SP) É mais um triste e lamentável fato que ocorreu em uma escola no Rio, mas que, diga-se, poderia ter acontecido em qualquer parte do mundo. Acabamos por chorar mais uma vez o futuro e a esperança com a morte de jovens. Até quando poderemos suportar crueldades como essa? SONIA REGINA VALENTIM TAVEIROS (São Paulo, SP)
  • 33. *CARICATURA - Desenho que evidencia os aspectos físicos mais marcantes de um personagem. - É assinada.
  • 34. *CHARGE - Desenho que ironiza alguém ou uma situação. - Também tem autoria, ou seja, é assinada.
  • 35. Apresenta como formato principal a Grande Reportagem  É bastante comum no Jornalismo Literário e no Jornalismo Investigativo, por exemplo.
  • 36. Exemplo no Jornalismo Investigativo Descendo aos porões da ditadura, de Antonio Carlos Fon http://profluismarques.blog.terra.com.br/files/2010/05/01-descendo-aos-poroes_2009_4_8_16_6_36.pdf
  • 37. Exemplo no Jornalismo Literário Frank Sinatra está resfriado, de Gay Talese http://www.slideshare.net/aulasdejornalismo/gay-talese-texto
  • 38. ABRAMO, Perseu. Padrões de manipulação na grande imprensa. São Paulo: Editora Perseu Abramo, 2004. 63p. ________________________ . Jornalismo opinativo. 3. ed. Campos do Jordão – São Paulo:Mantiqueira de Ciência e Arte Ltda, 2003. v. 1. 238 p. ________________________. Gêneros jornalísticos na folha de S.Paulo. São Paulo, SP: FDT-ECA/USP, 1987. 128p.