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CCOOLLAA CCOOMM NNÓÓSS,, MMAANNOO,, QQUUEE TTUU BBRRIILLHHAA!!
Augusto de Franco
22/06/2013
Estou doido para receber um convite para uma festa em praça pública.
Quem sabe até não faço um... Ocupar um espaço público com leveza e
alegria, como vinha propondo antes desse embuste de golpe da direita
irresponsavelmente e desrespeitosamente inventado pelo PT e pelo
governo. Nada de fight, irmão! Suave...
2
Não adianta ficar discutindo aqui com militantes questão com a missão de
caracterizar a natureza apartidária das manifestações como golpe da
direita. Não podem se convencer. Até poderiam, se agissem como
pessoas. Mas não agem. Agem como rebanho conduzido. Parecem mais
borgs, autômatos, peças de organizações hierárquicas. Quando falam a
impressão que se tem é que estão sendo dublados. É sempre a mesma
cantilena: é a direita, são as elites, são os setores conservadores os
grandes responsáveis por todo mal que nos assola. Temos que lutar contra
eles. É assim que espalham inimizade no mundo.
Mas eles vieram. E assomaram. E agora poluíram tudo.
Vou então - pelo menos de minha parte - voltar ao que me interessa. E
mandar quem quer travar lutas e produzir inimizade no mundo para a
puta que o pariu!
Talvez seja a hora de distribuir mais as manifestações. Se você ocupa a sua
praça já fez o bastante. A grande movimentação será a composição fractal
- e não unitária - de muitas praças com pequenas multidões consteladas.
Já pensaram que maneiro?
Tenho afirmado que a ocupação pacífica e a festa - e não a luta rancorosa
- é que podem quebrar o script da Matrix. Um comentário do Nilton Lessa
a um post com esse conteúdo que publiquei no dia 19/06 no Facebook, diz
tudo: "Nada seria mais revolucionário, subversivo e perturbador para o
mundo hierárquico. Festejar e não lutar; conviver e não combater; mover-
se e não estagnar; viver-e-morrer e não eternizar".
3
Escrevi aqui no Face que cada pessoa que interage nesse grande processo
social convulsivo em que estamos imersos pode ajudar a coibir a violência.
Ela não será totalmente evitada, por certo, mas pode novamente voltar a
ser apenas incidental, fortuita, lateral, pontual. Além de carregar cartazes
e gritar, com perdão do termo, a "palavra-de-ordem" SEM VIOLÊNCIA,
ajudaria muito, a meu ver, ocupar pacificamente determinados espaços
públicos e fazer festas.
Ocupar espaços públicos (por exemplo, uma praça ou várias praças) é mais
condizente com a natureza das manifestações do que organizar passeatas.
A ocupação pode ensejar mais facilmente a auto-organização e a
autorregulação dos conflitos. A passeata tem itinerário e logo aparecem
pessoas e grupos querendo dirigir "a massa" para algum lugar (por
exemplo, para os portões de algum palácio).
De novo. Estamos diante de um fenômeno de rede. Mas parece que a
ficha ainda não caiu na cabeça daquela parte da militância que tem a tara
de organizar os outros e conduzi-los para algum lugar.
Se confiarmos na rede e nos abandonarmos ao fluxo interativo,
continuaremos antecipando futuro no presente. Não há nada melhor do
que isso. E para isso, nada melhor do que ocupar pacificamente os
espaços públicos e festejar. A festa, o riso, a alegria, desarmam os hard
feelings, convertem inimizade em amizade política, configuram ambientes
favoráveis à colaboração (e não à competição) e questionam
profundamente os esquemas de poder que estão na raiz dos males que
levaram as multidões às ruas.
4
Se as pessoas se põem a dançar e cantar, muitos milagres podem
acontecer. Até mesmo governos podem cair - mas isso está longe de ser o
mais importante. Só é muito importante para quem sonha em entrar em
governos. O potencial desse gigante que começou a acordar é muito
maior do que isso. De que adianta entrar em governos se não se muda o
velho sistema, ou seja, se se mantém o velho padrão de relação Estado-
sociedade? Em pouco tempo os novos ocupantes estarão reproduzindo o
mesmo comportamento que hoje condenam nos velhos atores...
O que está em jogo, neste momento, no Brasil e em vários lugares do
mundo, é uma mudança mais profunda: uma verdadeira reinvenção da
política ou uma nova invenção (a terceira) da democracia.
E aí? Vamos começar a convidar nossos amigos para ocupar as praças
tecendo uma grande rede de praças? Sei lá se isso dará certo. Tenho
apenas uma intuição.
Tá ligado? Então cola com nós, mano, que tu brilha.

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Cola com nós, mano, que tu brilha

  • 1. 1 CCOOLLAA CCOOMM NNÓÓSS,, MMAANNOO,, QQUUEE TTUU BBRRIILLHHAA!! Augusto de Franco 22/06/2013 Estou doido para receber um convite para uma festa em praça pública. Quem sabe até não faço um... Ocupar um espaço público com leveza e alegria, como vinha propondo antes desse embuste de golpe da direita irresponsavelmente e desrespeitosamente inventado pelo PT e pelo governo. Nada de fight, irmão! Suave...
  • 2. 2 Não adianta ficar discutindo aqui com militantes questão com a missão de caracterizar a natureza apartidária das manifestações como golpe da direita. Não podem se convencer. Até poderiam, se agissem como pessoas. Mas não agem. Agem como rebanho conduzido. Parecem mais borgs, autômatos, peças de organizações hierárquicas. Quando falam a impressão que se tem é que estão sendo dublados. É sempre a mesma cantilena: é a direita, são as elites, são os setores conservadores os grandes responsáveis por todo mal que nos assola. Temos que lutar contra eles. É assim que espalham inimizade no mundo. Mas eles vieram. E assomaram. E agora poluíram tudo. Vou então - pelo menos de minha parte - voltar ao que me interessa. E mandar quem quer travar lutas e produzir inimizade no mundo para a puta que o pariu! Talvez seja a hora de distribuir mais as manifestações. Se você ocupa a sua praça já fez o bastante. A grande movimentação será a composição fractal - e não unitária - de muitas praças com pequenas multidões consteladas. Já pensaram que maneiro? Tenho afirmado que a ocupação pacífica e a festa - e não a luta rancorosa - é que podem quebrar o script da Matrix. Um comentário do Nilton Lessa a um post com esse conteúdo que publiquei no dia 19/06 no Facebook, diz tudo: "Nada seria mais revolucionário, subversivo e perturbador para o mundo hierárquico. Festejar e não lutar; conviver e não combater; mover- se e não estagnar; viver-e-morrer e não eternizar".
  • 3. 3 Escrevi aqui no Face que cada pessoa que interage nesse grande processo social convulsivo em que estamos imersos pode ajudar a coibir a violência. Ela não será totalmente evitada, por certo, mas pode novamente voltar a ser apenas incidental, fortuita, lateral, pontual. Além de carregar cartazes e gritar, com perdão do termo, a "palavra-de-ordem" SEM VIOLÊNCIA, ajudaria muito, a meu ver, ocupar pacificamente determinados espaços públicos e fazer festas. Ocupar espaços públicos (por exemplo, uma praça ou várias praças) é mais condizente com a natureza das manifestações do que organizar passeatas. A ocupação pode ensejar mais facilmente a auto-organização e a autorregulação dos conflitos. A passeata tem itinerário e logo aparecem pessoas e grupos querendo dirigir "a massa" para algum lugar (por exemplo, para os portões de algum palácio). De novo. Estamos diante de um fenômeno de rede. Mas parece que a ficha ainda não caiu na cabeça daquela parte da militância que tem a tara de organizar os outros e conduzi-los para algum lugar. Se confiarmos na rede e nos abandonarmos ao fluxo interativo, continuaremos antecipando futuro no presente. Não há nada melhor do que isso. E para isso, nada melhor do que ocupar pacificamente os espaços públicos e festejar. A festa, o riso, a alegria, desarmam os hard feelings, convertem inimizade em amizade política, configuram ambientes favoráveis à colaboração (e não à competição) e questionam profundamente os esquemas de poder que estão na raiz dos males que levaram as multidões às ruas.
  • 4. 4 Se as pessoas se põem a dançar e cantar, muitos milagres podem acontecer. Até mesmo governos podem cair - mas isso está longe de ser o mais importante. Só é muito importante para quem sonha em entrar em governos. O potencial desse gigante que começou a acordar é muito maior do que isso. De que adianta entrar em governos se não se muda o velho sistema, ou seja, se se mantém o velho padrão de relação Estado- sociedade? Em pouco tempo os novos ocupantes estarão reproduzindo o mesmo comportamento que hoje condenam nos velhos atores... O que está em jogo, neste momento, no Brasil e em vários lugares do mundo, é uma mudança mais profunda: uma verdadeira reinvenção da política ou uma nova invenção (a terceira) da democracia. E aí? Vamos começar a convidar nossos amigos para ocupar as praças tecendo uma grande rede de praças? Sei lá se isso dará certo. Tenho apenas uma intuição. Tá ligado? Então cola com nós, mano, que tu brilha.