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O cristão pode 
perder a salvação?
Introdução 
Estes slides não pretendem esgotar um assunto tão vasto e discutido 
ao longo dos séculos. 
Temos em mente a necessidade da Igreja e o desejo de prover 
conhecimento bíblico. Outrossim, há sempre aqui e ali pessoas 
dispostas a lançar sementes que tragam distorção doutrinária a 
mentes fertéis. Assim, cumprimos também nossa missão 
apologética. 
Os irmãos poderão pesquisar o assunto e enriquecer-se mais.
Origens da controvérsia 
A Reforma Protestante, iniciada por 
Martinho Lutero, ao afixar suas 95 teses, às 
portas da Catedral de Wittenberg, em 31 de 
outubro de 1517, iniciou uma revolução 
sem precedentes. Na ocasião foram 
questionados vários dogmas, dentre eles: 
• Infalibilidade Papal 
• Restrito exame das Escrituras 
• Sacerdócio restrito 
• Purgatório 
• Papado petrino 
• Salvação pelas obras
Origens da controvérsia 
Os anos que seguiram à Reforma foram 
turbulentos e efervescentes. Lutero 
incendiou a Europa e diversos países 
aderiram ao novo movimento. 
A base teológica se expandiu nos anos 
seguintes e inúmeros livros surgiram para 
adensar o pensamento reformado. 
Cada uma das ideias foi explorada aqui e 
acolá, dando volume e consistência às 
premissas luteranas. A Igreja Católica 
perdera, definitivamente, o domínio da 
produção intelectual.
Origens da controvérsia 
Na Suíça, houve a adesão às ideias luteranas, 
mas a Igreja que nasceu ali teve uma 
conotação diferenciada. As ideias de Ulrico 
Zwinglio trouxeram alguns diferenciais. 
Ulrico Zwinglio atacou o celibato e o 
purgatório, a devoção aos santos e o culto às 
imagens. Foi o primeiro a destacar o caráter 
simbólico do pão e do vinho, ao contrário de 
Lutero, que tinha um entendimento literal do 
texto da Ceia. Porém, Zwinglio ainda era um 
sacerdote católico quando fez seus 
questionamentos. Foi proibido de pregar em 
1522.
Origens da controvérsia 
A tendência nacionalista de Zwinglio acabou 
por envolver a Suíça numa guerra religiosa 
entre seus cantões. Em 11 de outubro de 1531, 
veio a falecer numa dessas batalhas, onde 
atuava como capelão. 
Com a morte de Zwinglio parecia que a 
Reforma se restringiria à Alemanha. Mas, eis 
que surge uma nova liderança, João Calvino. 
Calvino era francês, fugiu para Genebra em 
1536, por ocasião de uma perseguição em 
seu país natal. Nascido em 1509, tinha, 
portanto, oito anos quando Lutero iniciou a 
Reforma.
Origens da controvérsia 
Calvino não era sacerdote, mas um 
intelectual católico. Com a Reforma 
tornou-se pregador, portanto, uma 
liderança eminente à época. Bem 
preparado intelectualmente veio a ser um 
diferencial de extrema importância na 
expansão da Reforma. 
Entretanto, Calvino não abandonara a 
pretensão nacionalista e o sentimento de 
superioridade da autoridade eclesiástica 
católica e até ordena a execução de 
pessoas contrárias ao seu pensamento, é 
o caso de Miguel Serveto em 27 de 
outubro de 1553.
Origens da controvérsia 
A grande obra literária de Calvino denomina-se 
As Institutas da Religião Cristã. Neste livro 
ele aborda algumas das ideias referentes à 
predestinação, lançando as bases desta 
doutrina. Faleceu em 27 de maio de 1564. 
O calvinismo tornou-se a religião principal na 
Escócia, nos Países Baixos e em partes da 
Alemanha, tendo sido influente na Hungria e 
na Polônia. A África do Sul foi fundada em 
grande parte por colonos neerlandeses 
calvinistas do início de século XVII, que 
ficaram conhecidos como africânderes. Na 
França, os calvinistas eram chamados de 
huguenotes.
Origens da controvérsia 
Em 1560 nascia aquele que ficaria conhecido 
como o maior opositor da doutrina calvinista: 
Jacob Arminius. Embora fosse díscipulo de 
Beza, um famoso calvinista, desenvolveu um 
modo próprio de estudo bíblico, que 
possibilitou suas conclusões sobre a salvação 
do homem. Até, então, predominava a visão 
monergista, segundo a qual o homem nada 
pode fazer para salvar-se, partindo de Deus toda 
iniciativa. Arminius sistematizou o sinergismo, 
segundo o qual cooperam Deus e o homem, 
visando a salvação deste último. A Assembleia 
de Deus adota o posicionamento arminiano.
Principais teses 
Calvinismo 
A humanidade está num estado 
de depravação total. Os seres 
humanos são incapazes de 
compreender a oferta divina. Não 
possuem livre arbítrio. A mente 
humana está cauterizada pelo 
pecado. 
Arminianismo 
Admite a depravação humana, 
mas também o livre arbítrio. 
Podemos escolher entre o bem e 
o mal. Até mesmo pessoas más 
compreendem o que é ser bom. 
Porque todos pecaram e destituídos 
estão da glória de Deus (Romanos 
3:23). Leiamos Salmos 40:2. 
Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, 
para que sejam apagados os 
vossos pecados, e venham assim 
os tempos do refrigério pela 
presença do Senhor (Atos 3:19). 
Leiamos Deuteronômio 30:15
Principais teses 
Calvinismo 
Nascemos predestinados para 
sermos salvos ou perdidos. Os 
perdidos jamais encontrarão a 
salvação, os salvos poderão ser 
salvos mesmo na hora da morte. 
Ou seja, nenhum predestinado 
morre sem salvação! 
Arminianismo 
Não nascemos predestinados 
nem a um, nem a outro destino. 
Devemos procurar atentar para a 
oferta salvífica de Deus. Somente 
assim seremos salvos. Ninguém 
que aceita a Jesus e vive com 
Ele, morre perdido! Ninguém que 
o deixa morre salvo! 
E aos que predestinou a estes 
também chamou; (Romanos 
8:30a). Leiamos Provérbios 16:4. 
E nos predestinou para filhos de 
adoção por Jesus Cristo (Efésios 
1:5). Leiamos Eclesiastes 7:29.
Principais teses 
Calvinismo 
Jesus não morreu por todos os 
homens, mas pelos eleitos. 
Arminianismo 
Jesus morreu por todos, embora 
nem todos aceitem seu sacrifício. 
Esta é uma palavra fiel, e digna de 
toda a aceitação, que Cristo Jesus 
veio ao mundo, para salvar os 
pecadores, dos quais eu sou o 
principal (I Timóteo 1:15). Leiamos 
Isaías 53:6 e 55:7. 
Bem como o filho do homem não 
veio para ser servido, mas para 
servir, e para dar a sua vida em 
resgate de muitos (Mateus 10:28). 
Leiamos Mateus 26:28 e Hebreus 
9:28.
Principais teses 
Calvinismo 
A graça é irresistível. A salvação 
só se apresenta a quem é 
predestinado. Uma vez 
conhecedor da graça, a entrega é 
incondicional. 
Arminianismo 
A graça é resistível. A salvação se 
apresenta a todos os homens. 
Uns admitem sua necessidade, 
outros a ignoram completamente, 
rejeitando a oportunidade. 
A história do jovem rico (Lucas 
18:18ss). Leiamos também Lucas 
16:20. 
A história do Eunuco (Atos 8:26 ss). 
Leiamos também a história de 
Naamã, em II Reis 5.
Principais teses 
Calvinismo 
Não há possibilidade de um 
predestinado perder a fé. Os 
eleitos, de algum modo, 
perseverarão na fé até o fim. 
Arminianismo 
Há a possibilidade de perder a 
salvação, até mesmo de uma total 
apostasia. 
Mas aquele que perseverar até ao 
fim será salvo (Mateus 24:13). 
Leiamos também Daniel 12:13. A 
história de Demas em Colossenses 
4:14, Filemon 1:24 e II Timóteo 
4:10. Ananias e Safira, Atos 5. 
Nem a altura, nem a profundidade, 
nem alguma outra criatura nos 
poderá separar do amor de Deus, 
que está em Cristo Jesus nosso 
Senhor (Romanos 8:39)
Problemas 
Teremos que admitir que Deus não só sabe quem irá se perder, como 
predestinou uma parte da humanidade para nascer e morrer sem 
possibilidade de salvação. Romanos 5:18, afirma: “Pois assim como 
por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para 
condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça 
sobre todos os homens para justificação de vida.” 
Precisamos compreender que a onisciência de Deus compreende o 
fato de que Ele sabe o que quer saber! Do contrário, voltamos à tese 
do sabor do chiclete, bastante utilizada pelos céticos. 
Para aclarar um pouco mais leiamos: João 3:16, II Timóteo 2:4 e II 
Pedro 3:9
Problemas 
Não há praticamente nenhuma grande ação evangelizadora dos 
calvinistas, não obstante seus grandes pregadores históricos, como 
Spurgeon. Eles acreditam que os os eleitos virão ao encontro da 
Igreja. Há uma vertente radical chamada hipercalvinista, que crê que 
devemos pregar somente aos eleitos. 
A um hipercalvinista que insistia que um ministro deveria pregar o 
Evangelho somente aos eleitos, certo pregador replicou: “Aponte para 
mim quais pessoas são as eleitas e eu confinarei a minha pregação a 
elas”.
Problemas 
Para provar suas teses os calvinistas recortam partes do texto bíblico. 
É uma tática exegética deplorável. A Bíblia é um livro cujo estudo 
exige uma visão panorâmica. Isolar uma passagem para basear um 
conceito é deturpar a Palavra de Deus, usando a desonestidade 
intelectual. 
Porque não concordamos, ou porque a Bíblia não apoia nossa 
cosmovisão não devemos omitir ou inserir passagens, ou dar 
relevância a umas em detrimento de outras.
Problemas 
Se somente a Deus cabe dar um passo para nossa salvação, então não 
devemos nos preocupar em sermos salvos. Nem mesmo devemos nos 
preocupar com uma vida de santidade, pois, se eleitos, seremos 
salvos de qualquer jeito. 
Os calvinistas fazem uma ginástica textual aqui quando afirmam que já 
que não sabemos se somos os eleitos devemos ser santos. É mera 
formalidade retórica. Pois para ter certeza da salvação basta-nos 
sentir a presença do Espírito Santo de Deus (Romanos 8:16).
Problemas 
Os calvinistas são preparados intelectualmente. Nos debates eles 
usam esta suposta superioridade para tentar abater os discordantes. 
Na Bíblia há inúmeros doutores que se recusaram a compreender as 
verdades da Palavra de Deus. Em nossos dias há doutos que não 
querem saber da Bíblia. Logo, essa pretensão não faz muita diferença 
senão nos círculos de debates.
Conclusões 
Um passagem muito citada pelos calvinistas para provar a 
predestinação é Romanos 9:13: "Amei a Jacó, porém me aborreci de 
Esaú". Afirmam que antes do nascimento, um é predestinado para a 
salvação e outro para a condenação. 
Esta citação de Paulo foi tirada de Malaquias 1:2-3, escrita cerca de 
1000 anos depois que os patriarcas viveram. Não é, portanto, uma 
profecia predestinadora, mas o registro de um fato histórico. 
Malaquias não está falando de Esaú e Jacó como duas pessoas, mas 
de dois povos distintos: israelitas e edomitas. Jacó está 
representando o povo do concerto e Esaú os incrédulos e inimigos de 
Deus. O aborrecimento de Deus por Esaú - ou melhor pelos seus 
descendentes - foi após um milênio de paciência.
Outra passagem emblemática é Mateus 25. Ali está escrito que o 
Senhor dirá aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu 
Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a 
fundação do mundo (v. 34). Os calvinistas esquecem do v. 41, que diz: 
Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o 
diabo e seus anjos. 
Aliás, a tônica do grupo de versículos é a ação das pessoas diante 
daquilo que deveriam ter feito e não fizeram. Ou seja, é a nossa atitude 
diante da misericórdia de Deus que nos salvará da perdição eterna.
Consequências negativas 
Calvinismo 
• Apatia para a evangelização, 
resultando em pouco 
crescimento 
• Falta de compromisso 
eclesiástico 
• Ênfase literal na interpretação 
bíblica 
• Ênfase no ensino de seus 
mestres 
Arminianismo 
• Ênfase nas obras e no 
compromisso, como 
acessórios para a salvação 
• Pouca ênfase no estudo 
bíblico
Bibliografia 
http://www.igrejaredencao.org.br/ibr/index.php?option=com_content&view=article&id=441:calvinista 
s-evangelizam-parte-1&catid=25:artigos&Itemid=123 
http://solascriptura-tt.org/SoteriologiaESantificacao/MorreuJesusPorTodos-SMontgomery.htm

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  • 1. O cristão pode perder a salvação?
  • 2. Introdução Estes slides não pretendem esgotar um assunto tão vasto e discutido ao longo dos séculos. Temos em mente a necessidade da Igreja e o desejo de prover conhecimento bíblico. Outrossim, há sempre aqui e ali pessoas dispostas a lançar sementes que tragam distorção doutrinária a mentes fertéis. Assim, cumprimos também nossa missão apologética. Os irmãos poderão pesquisar o assunto e enriquecer-se mais.
  • 3. Origens da controvérsia A Reforma Protestante, iniciada por Martinho Lutero, ao afixar suas 95 teses, às portas da Catedral de Wittenberg, em 31 de outubro de 1517, iniciou uma revolução sem precedentes. Na ocasião foram questionados vários dogmas, dentre eles: • Infalibilidade Papal • Restrito exame das Escrituras • Sacerdócio restrito • Purgatório • Papado petrino • Salvação pelas obras
  • 4. Origens da controvérsia Os anos que seguiram à Reforma foram turbulentos e efervescentes. Lutero incendiou a Europa e diversos países aderiram ao novo movimento. A base teológica se expandiu nos anos seguintes e inúmeros livros surgiram para adensar o pensamento reformado. Cada uma das ideias foi explorada aqui e acolá, dando volume e consistência às premissas luteranas. A Igreja Católica perdera, definitivamente, o domínio da produção intelectual.
  • 5. Origens da controvérsia Na Suíça, houve a adesão às ideias luteranas, mas a Igreja que nasceu ali teve uma conotação diferenciada. As ideias de Ulrico Zwinglio trouxeram alguns diferenciais. Ulrico Zwinglio atacou o celibato e o purgatório, a devoção aos santos e o culto às imagens. Foi o primeiro a destacar o caráter simbólico do pão e do vinho, ao contrário de Lutero, que tinha um entendimento literal do texto da Ceia. Porém, Zwinglio ainda era um sacerdote católico quando fez seus questionamentos. Foi proibido de pregar em 1522.
  • 6. Origens da controvérsia A tendência nacionalista de Zwinglio acabou por envolver a Suíça numa guerra religiosa entre seus cantões. Em 11 de outubro de 1531, veio a falecer numa dessas batalhas, onde atuava como capelão. Com a morte de Zwinglio parecia que a Reforma se restringiria à Alemanha. Mas, eis que surge uma nova liderança, João Calvino. Calvino era francês, fugiu para Genebra em 1536, por ocasião de uma perseguição em seu país natal. Nascido em 1509, tinha, portanto, oito anos quando Lutero iniciou a Reforma.
  • 7. Origens da controvérsia Calvino não era sacerdote, mas um intelectual católico. Com a Reforma tornou-se pregador, portanto, uma liderança eminente à época. Bem preparado intelectualmente veio a ser um diferencial de extrema importância na expansão da Reforma. Entretanto, Calvino não abandonara a pretensão nacionalista e o sentimento de superioridade da autoridade eclesiástica católica e até ordena a execução de pessoas contrárias ao seu pensamento, é o caso de Miguel Serveto em 27 de outubro de 1553.
  • 8. Origens da controvérsia A grande obra literária de Calvino denomina-se As Institutas da Religião Cristã. Neste livro ele aborda algumas das ideias referentes à predestinação, lançando as bases desta doutrina. Faleceu em 27 de maio de 1564. O calvinismo tornou-se a religião principal na Escócia, nos Países Baixos e em partes da Alemanha, tendo sido influente na Hungria e na Polônia. A África do Sul foi fundada em grande parte por colonos neerlandeses calvinistas do início de século XVII, que ficaram conhecidos como africânderes. Na França, os calvinistas eram chamados de huguenotes.
  • 9. Origens da controvérsia Em 1560 nascia aquele que ficaria conhecido como o maior opositor da doutrina calvinista: Jacob Arminius. Embora fosse díscipulo de Beza, um famoso calvinista, desenvolveu um modo próprio de estudo bíblico, que possibilitou suas conclusões sobre a salvação do homem. Até, então, predominava a visão monergista, segundo a qual o homem nada pode fazer para salvar-se, partindo de Deus toda iniciativa. Arminius sistematizou o sinergismo, segundo o qual cooperam Deus e o homem, visando a salvação deste último. A Assembleia de Deus adota o posicionamento arminiano.
  • 10. Principais teses Calvinismo A humanidade está num estado de depravação total. Os seres humanos são incapazes de compreender a oferta divina. Não possuem livre arbítrio. A mente humana está cauterizada pelo pecado. Arminianismo Admite a depravação humana, mas também o livre arbítrio. Podemos escolher entre o bem e o mal. Até mesmo pessoas más compreendem o que é ser bom. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Romanos 3:23). Leiamos Salmos 40:2. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor (Atos 3:19). Leiamos Deuteronômio 30:15
  • 11. Principais teses Calvinismo Nascemos predestinados para sermos salvos ou perdidos. Os perdidos jamais encontrarão a salvação, os salvos poderão ser salvos mesmo na hora da morte. Ou seja, nenhum predestinado morre sem salvação! Arminianismo Não nascemos predestinados nem a um, nem a outro destino. Devemos procurar atentar para a oferta salvífica de Deus. Somente assim seremos salvos. Ninguém que aceita a Jesus e vive com Ele, morre perdido! Ninguém que o deixa morre salvo! E aos que predestinou a estes também chamou; (Romanos 8:30a). Leiamos Provérbios 16:4. E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo (Efésios 1:5). Leiamos Eclesiastes 7:29.
  • 12. Principais teses Calvinismo Jesus não morreu por todos os homens, mas pelos eleitos. Arminianismo Jesus morreu por todos, embora nem todos aceitem seu sacrifício. Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal (I Timóteo 1:15). Leiamos Isaías 53:6 e 55:7. Bem como o filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos (Mateus 10:28). Leiamos Mateus 26:28 e Hebreus 9:28.
  • 13. Principais teses Calvinismo A graça é irresistível. A salvação só se apresenta a quem é predestinado. Uma vez conhecedor da graça, a entrega é incondicional. Arminianismo A graça é resistível. A salvação se apresenta a todos os homens. Uns admitem sua necessidade, outros a ignoram completamente, rejeitando a oportunidade. A história do jovem rico (Lucas 18:18ss). Leiamos também Lucas 16:20. A história do Eunuco (Atos 8:26 ss). Leiamos também a história de Naamã, em II Reis 5.
  • 14. Principais teses Calvinismo Não há possibilidade de um predestinado perder a fé. Os eleitos, de algum modo, perseverarão na fé até o fim. Arminianismo Há a possibilidade de perder a salvação, até mesmo de uma total apostasia. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo (Mateus 24:13). Leiamos também Daniel 12:13. A história de Demas em Colossenses 4:14, Filemon 1:24 e II Timóteo 4:10. Ananias e Safira, Atos 5. Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor (Romanos 8:39)
  • 15. Problemas Teremos que admitir que Deus não só sabe quem irá se perder, como predestinou uma parte da humanidade para nascer e morrer sem possibilidade de salvação. Romanos 5:18, afirma: “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.” Precisamos compreender que a onisciência de Deus compreende o fato de que Ele sabe o que quer saber! Do contrário, voltamos à tese do sabor do chiclete, bastante utilizada pelos céticos. Para aclarar um pouco mais leiamos: João 3:16, II Timóteo 2:4 e II Pedro 3:9
  • 16. Problemas Não há praticamente nenhuma grande ação evangelizadora dos calvinistas, não obstante seus grandes pregadores históricos, como Spurgeon. Eles acreditam que os os eleitos virão ao encontro da Igreja. Há uma vertente radical chamada hipercalvinista, que crê que devemos pregar somente aos eleitos. A um hipercalvinista que insistia que um ministro deveria pregar o Evangelho somente aos eleitos, certo pregador replicou: “Aponte para mim quais pessoas são as eleitas e eu confinarei a minha pregação a elas”.
  • 17. Problemas Para provar suas teses os calvinistas recortam partes do texto bíblico. É uma tática exegética deplorável. A Bíblia é um livro cujo estudo exige uma visão panorâmica. Isolar uma passagem para basear um conceito é deturpar a Palavra de Deus, usando a desonestidade intelectual. Porque não concordamos, ou porque a Bíblia não apoia nossa cosmovisão não devemos omitir ou inserir passagens, ou dar relevância a umas em detrimento de outras.
  • 18. Problemas Se somente a Deus cabe dar um passo para nossa salvação, então não devemos nos preocupar em sermos salvos. Nem mesmo devemos nos preocupar com uma vida de santidade, pois, se eleitos, seremos salvos de qualquer jeito. Os calvinistas fazem uma ginástica textual aqui quando afirmam que já que não sabemos se somos os eleitos devemos ser santos. É mera formalidade retórica. Pois para ter certeza da salvação basta-nos sentir a presença do Espírito Santo de Deus (Romanos 8:16).
  • 19. Problemas Os calvinistas são preparados intelectualmente. Nos debates eles usam esta suposta superioridade para tentar abater os discordantes. Na Bíblia há inúmeros doutores que se recusaram a compreender as verdades da Palavra de Deus. Em nossos dias há doutos que não querem saber da Bíblia. Logo, essa pretensão não faz muita diferença senão nos círculos de debates.
  • 20. Conclusões Um passagem muito citada pelos calvinistas para provar a predestinação é Romanos 9:13: "Amei a Jacó, porém me aborreci de Esaú". Afirmam que antes do nascimento, um é predestinado para a salvação e outro para a condenação. Esta citação de Paulo foi tirada de Malaquias 1:2-3, escrita cerca de 1000 anos depois que os patriarcas viveram. Não é, portanto, uma profecia predestinadora, mas o registro de um fato histórico. Malaquias não está falando de Esaú e Jacó como duas pessoas, mas de dois povos distintos: israelitas e edomitas. Jacó está representando o povo do concerto e Esaú os incrédulos e inimigos de Deus. O aborrecimento de Deus por Esaú - ou melhor pelos seus descendentes - foi após um milênio de paciência.
  • 21. Outra passagem emblemática é Mateus 25. Ali está escrito que o Senhor dirá aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo (v. 34). Os calvinistas esquecem do v. 41, que diz: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Aliás, a tônica do grupo de versículos é a ação das pessoas diante daquilo que deveriam ter feito e não fizeram. Ou seja, é a nossa atitude diante da misericórdia de Deus que nos salvará da perdição eterna.
  • 22. Consequências negativas Calvinismo • Apatia para a evangelização, resultando em pouco crescimento • Falta de compromisso eclesiástico • Ênfase literal na interpretação bíblica • Ênfase no ensino de seus mestres Arminianismo • Ênfase nas obras e no compromisso, como acessórios para a salvação • Pouca ênfase no estudo bíblico