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Data do boletim

                                        Microoft




  A Selva — Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro                   III Milénio | Nº 13          Junho 2011

                   Ministra da Educação visita a Escola Ferreira de Castro
                                                              No passado dia 20 de Maio, a Ministra da Educação, Isabel
                                                              Alçada, visitou as novas instalações da escola. A recebê-la, além
                                                              de representantes da escola estavam também diversas outras
                                                              entidades, entre as quais dos órgãos autárquicos concelhios.
                                                              “A Selva” acompanhou a
                                                              visita e dá conta dos
                                                              registos do acontecimento
                                                              na página 5.




                                          (P. 8)
                                                                                 Dia da Escola

                                                                                                               O Dia da Escola,
                                                                                                              comemorado no dia
                                                                                                                24 de Maio, foi
                                                                                                                preenchido por
                                                                                                              múltiplas iniciativas
                                                                                                                   culturais e
                                                                                                                desportivas, nas
Nesta edição:                      2010-2011                                                                  quais se destacaram
Balanço ao ano lectivo   2-4       Um balanço                                                                    as mostras dos

Visita da Ministra da    5
                                  ao ano lectivo                                                                    trabalhos
Educação                                           (Pág. 2)                                                    desenvolvidos em
Dia da Escola e Festa    7-8
                                                                                                               Área de Projecto.
da Escola
                                 Ivone Ferreira                                                              Ver mais na página 7
Novas Oportunidades      9


Ser Português            11-13

                                                              No jantar de Natal de 2008 a professora Ivone, como era conhecida, foi
Opinião                  15                                   homenageada por toda a comunidade educativa da Ferreira de Castro,
                                                              como “A Selva” nº 8 na altura noticiou. Aposentou-se nesse ano lecti-
                                                              vo, depois de acompanhar várias gerações de alunos desta escola,
Desporto                 16-17
                                                              embora considerasse que não era possível deixar de ser professora
                                                              quando lhe estava na alma a paixão de ensinar. Nesta sua nova partida,
Novo logótipo            18                                   dizemos-lhe: até sempre, professora Ivone!
Balanço ao ano lectivo                                                       III Milénio | Nº 13 | Junho 2011



                                        2010-2011 - um balanço ao ano lectivo
                                       Escola em obras                 cionar 4 salas de aula para  ciona e a sua projecção para
                                                                       além das cerca de 50 salas   a comunidade educativa.
                                        O      ano    lectivo    de    novas que já nos tinham sido Mesmo condicionados pelas
                                      2010/2011 da Escola Básica       disponibilizadas pela empre- obras, tanto alunos como
                                      e Secundária de Ferreira de      sa que realizou a obras, a   professores, pais e assisten-
                                      Castro foi marcado, como o       Mota-Engil, mas ainda ficou  tes operacionais se empe-
                                      anterior, pelas obras de         por concluir grande parte da nharam na dinamização de
                                      remodelação e moderniza-         obra. Foi, portanto, pouco   múltiplas iniciativas inscri-
                                      ção do edifício escolar. Em      antes do Natal que os mono-  tas no Plano Anual e Pluria-
                                      quase todo o primeiro perío-     blocos, também conhecidos    nual de Actividades que
                                      do, a escola ainda estava        por “contentores”, deixaram  fazem desta escola um cen-
                                      muito limitada em número         de ser utilizados, finalmente.
                                                                                                    tro de estudos e de encami-
                                      de salas disponíveis, preci-       A sala de professores (que nhamento quer para a uni-
                                      sou de recorrer a monoblo-       desde o início do ano lectivoversidade, quer para cursos
                                      cos e teve de conviver com       funcionou, provisoriamente,  técnico-profissionais e de
                                      obras nem sempre compatí-        na sala de expressões), a    preparação da integração no
                                      veis com a prática lectiva:      biblioteca,    a     papelaria/
                                                                                                    mundo do trabalho.
                                      barulho e pó ou lama quan-       reprografia, o átrio principal O Plano Anual de Activi-
        Ficha Técnica                 do chovia. E não choveu          e o patamar para estudo      dades (PAA) é o meio privi-
                                      pouco! No dia 4 de Outubro       informal por cima do átrio,  legiado que a escola tem ao
                                      foi mesmo necessário fechar      as salas do que será o átrio seu dispor para a concretiza-
Propriedade:                          a escola devido ao temporal      de exposições e do corredor  ção do seu Projecto Educati-
Escola Básica e Secundária Fer-       do fim de semana anterior        vermelho sangue de boi       vo. Pretende-se enriquecer e
reira de Castro - Rua Dr. Silva       que derrubou tapumes de          (ainda, por certo, desconhe- ampliar conhecimentos, esti-
Lima                                  obras, levantou coberturas       cido de alguns alunos e pro- mular a curiosidade e desen-
 3720-298 Oliveira de Azeméis         provisórias e inundou os         fessores) só foram entregues volver valores, nomeada-
Tel. 256 666 070 | Fax. 256 681 314
                                      actuais gabinetes de directo-    pela Páscoa. Mobiliário,     mente o respeito mútuo, a
                                      res de turma, parte da secre-    computadores,           vídeo-
                                                                                                    honestidade, a criatividade,
Directora: Ilda Ferreira              taria e corredores adjacentes.   projectores e outros equipa- a democracia e a ética. E o
                                        Apesar dos contratempos,       mentos foram sendo instala-  PAA deste ano foi rico na
                                      as obras foram correndo          dos, sobretudo durante o     diversidade e na qualidade
    http://www.esfcastro.net
                                      bem e despedimo-nos do           segundo período. O fim pre-  das propostas e das concreti-
    jornalaselva@gmail.com            último bloco das antigas         visto da empreitada estava   zações, algumas delas bas-
                                      instalações com a saída da       marcado para o dia 14 de     tante originais.
 Responsabilidade pela edição,        biblioteca do Bloco A para o     Março de 2011, mas as          O ano lectivo começou
    redacção e composição             espaço do actual auditório/      obras continuaram e, neste   praticamente com a entrega
                                      polivalente, em Outubro de       momento, ainda decorrem      de Diplomas aos alunos que
Alunos: Cátia Fonte, Lorina Gas-      2010.                            alguns pequenos trabalhos.   concluíram o ensino secun-
par, Mónica Pereira, Sílvia Chou-       Houve anúncios (não ofi-       Contamos todos, que esteja   dário no ano anterior, a que
peiro, Vanessa Lima (edição);         ciais) da conclusão das obras    tudo terminado até ao fim do se associou a entrega tam-
Diana Conceição, Diogo Silva,         até ao fim do ano de 2010,       próximo mês de Agosto e      bém do Prémio de Mérito
Miguel Teixeira, Rosa Silva           mas isso não aconteceu. Só       tudo o que se tenha de fazer aos melhores alunos do ano
(redacção); Ana Carvalho, Sara        no dia 2 de Dezembro é que       depois sejam apenas traba-   passado. Foi ainda neste dia
Agostinho, Tânia Paiva, Yhony         foi aberto o novo espaço do      lhos de manutenção.          que se procedeu à apresenta-
Alves (composição).                   bufete e da cantina (embora                                   ção e distribuição aos alunos
                                      as refeições continuassem a        Escola viva                finalistas do Anuário da
Professores: Artur Ramísio            ser servidas em regime de                                     escola, referente ao ano lec-
(Área de Projecto) e Maria João       catering). Conheceu-se nes-        A escola é o espaço onde tivo de 2009/2010 – uma
Moreira (Português).                  sa altura o corredor cor-de-     estamos, mas é sobretudo a publicação realizada pela
                                      rosa, onde passaram a fun-       vida que esse espaço propor- primeira vez nesta escola,
Impressão: Escola B. e Secundá-
ria Ferreira de Castro
Tiragem da versão impressa: 200 ex.




     Página 2
III Milénio | Nº 13 | Junho 2011                                                       Balanço ao ano lectivo


                             2010-2011 - um balanço ao ano lectivo



                                                                                                                     Semana
                                  Entrega de                               Magusto                                  das Línguas
                                   diplomas




que só será verdadeiramente           Todas as Áreas Disciplina-     participada acção de esclare-    intensa actividade, a Festa da
apreciada quando quisermos          res se envolveram activamen-     cimento sobre a “A Nova          Escola aqueceu a noite fria
recordar o momento passado.         te na execução de mostras dos    Ortografia” da Língua Portu-     do dia 9 de Junho. Nem o frio
  Tendo como objectivo a            trabalhos realizados ao longo    guesa.                           foi capaz de impedir que as
promoção e motivação dos            do ano, dando um colorido à        A Associação de Pais e         estrelas da nossa escola bri-
alunos para a aprendizagem          escola e demonstrando que        Encarregados de Encarrega-       lhassem em todo o seu
das Línguas Portuguesa e            temos uma escola viva e dinâ-    dos de Educação, bastante        esplendor.
Estrangeiras, o desenvolvi-         mica.                            dinâmica e sempre presente         E tantas outras acções se
mento das suas competências           O S. Martinho, o Jantar de     na vida da escola, dinamizou     realizaram, não foram aqui
culturais, gerais e específicas     Natal, o Almoço da Páscoa,       acções       de      formação/   nomeadas, mas foram igual-
e estimular o gosto pelo            entre outras celebrações, con-   esclarecimento, um encontro/     mente importantes para a
saber, foram previstas e reali-     gregaram, em momentos de         debate sobre o rumo do ensi-     demonstração do empenho de
zadas várias actividades,           alegre convívio, professores e   no em 12 anos de escolarida-     todos num trabalho continua-
nomeadamente o Hallowe‟en,          demais comunidade educati-       de obrigatória e, em colabora-   do de ensino/formação tanto
Sarau de Inglês, Semana das         va.                              ção com alunos da nossa          formal como não formal.
Línguas, o Spelling Bee…              A saúde, o bem-estar e uma     escola, teve uma participação
  Não faltou a feira do livro,      alimentação correcta foram       activa na iniciativa “Mercado      Uma aposta estratégica
o corta-mato escolar, que se        uma preocupação constante e      à Moda Antiga”.                    O novo edifício escolar
realizou fora da escola pelo        não faltaram actividades que       No passado dia 24 de Maio      veio trazer novas e melhores
segundo ano consecutivo por         mobilizaram um elevado           realizou-se, mais uma vez, o     condições de trabalho e estu-
motivo de obras, o desporto         número de pessoas, entre as      Dia da Escola, dia aberto da     do. A biblioteca e centro de
escolar – fomos, por exem-          quais a Dádiva de Sangue e a     escola à comunidade. A           recursos, bem como o auditó-
plo, campeões de voleibol           Semana da Fruta.                 divulgação da oferta educati-    rio/polivalente com lugar
juvenil feminino entre as             O Centro Novas Oportuni-       va e formativa para o próxi-     para mais de duzentas pes-
escolas do Entre Douro e            dades realizou a já habitual     mo ano lectivo e a aproxima-     soas sentadas, o espaço de
Vouga.                              sessão de Entrega de Diplo-      ção dos pais e da comunidade     estudo informal por cima do
  As diversas visitas de estu-      mas aos adultos que concluí-     à escola foram os objectivos     átrio central, o espaço do
do calendarizadas, abrangen-        ram o seu processo de reco-      primordiais, num dia que         refeitório que também pode
do todos os anos de escolari-       nhecimento de competências       contou com inúmeras activi-      servir para o estudo, todos os
dade, reflectiram interdisci-       e certificação de nível básico   dades, elevada participação      equipamentos informáticos e
plinaridade,     demonstraram       ou secundário. Houve tam-        de todos e grande qualidade      multimédia, a rádio escolar
trabalho cooperativo e visa-        bém iniciativas doutro género,   dos trabalhos expostos.          que está prestes a reentrar em
ram o sucesso dos alunos.           nomeadamente uma muito             A culminar um ano de           funcionamento com a conclu-




                                                        Sessão do                        Dia da                        Dia da Ali-
                       Recolha de
                                                          CNO                            Escola                        mentação
                        sangue




                                                                                                                       Página 3
Balanço ao ano lectivo                                                     III Milénio | Nº 13 | Junho 2011



                            2010-2011 - um balanço ao ano lectivo
são da instalação sonora, a      aos convidados presentes,       mentos, que dêem o seu con-         Loureiro, aquando da visita
informação e comunicação         mostrou a sua surpresa com      tributo real para uma escola        de Isabel Alçada, a educação
por vídeo no bufete e no átrio   as instalações que considerou   limpa e asseada. Um edifício        é uma «aposta estratégica do
principal da escola, prestes a   corresponderem «aos desafios    agradável, bem equipado e           município porque só com
acontecer também, entre tan-     para o século XXI com salas     funcional, onde exista confor-      pessoas mais qualificadas é
tas outras coisas.               de aula equipadas com as        to e harmonia física certa-         que o concelho poderá ser
  No dia 18 de Maio, a           novas tecnologias e laborató-   mente       contribuirá    para     mais competitivo». Que esta
Senhora Ministra da Educa-       rios também devidamente         melhores resultados escola-         escola possa ser uma peça
ção, Isabel Alçada, visitou as   equipados».                     res. Esperemos que todos            importante na estratégia do
novas instalações da escola e      Há, contudo, um esforço       quantos estão ligados à Fer-        município oliveirense.
procedeu, em cerimónia sim-      que se pede a toda a comuni-    reira de Castro venham, de
ples, à entrega de um papiro,    dade escolar: é que colaborem   facto, a tirar o melhor provei-       Junho de 2011
que assinala essa visita. Em     na organização e na manuten-    to deste investimento. Tal
breves palavras que dirigiu      ção do espaço e dos equipa-     como lembrou Hermínio                                 A Direcção




                                Visita da
                            Senhora Ministra
                              da Educação                            Festa da Escola                              Sarau de Inglês




                                                                     Projecto Escola com Saúde

                                                          A      o longo deste ano lectivo, e de acordo
                                                                 com a planificação inicial, o Projecto
                                                         Escola com Saúde organizou e dinamizou um
                                                         conjunto de actividades, sempre com o objecti-
                                                         vo de promover o bem-estar físico, mental e
                                                         social da comunidade escolar. Destacam-se as
                                                         seguintes actividades: Semana da Fruta, Dia do
                                                         Pão, Palestra “Nutrição e Saúde”, Comemora-
                                                         ção do Dia do Não Fumador, Palestra “Falar de
                                                         Amor com…”, Palestra “A importância do
                                                         sono na aprendizagem”, recolha de sangue,
                                                         Palestra “A importância da Dança na Saúde do
                                                         indivíduo” e “Feira da Saúde”.
                                                           Para além da realização destas actividades em
                                                         dias específicos, o Projecto, em parceria com o
                                                         Centro de Saúde, através do Enfermeiro Sera-
                                                         fim Andrade e da psicóloga Mónica Leal, reali-
                                                         zou sessões de Educação Sexual, de acordo
                                                         com o artigo 10 da Lei n.º 60/2009, tendo a
                                                         funcionar um espaço que pretende dar continui-
                                                         dade a estas temáticas desenvolvidas e que
                                                         constituí o Gabinete de Informação e Apoio
                                                         ao Aluno.
                                                               As Professoras dinamizadoras do Projecto
                                                                                        Escola com Saúde
                                                                       Teresa Valente e Tânia Gonçalves


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III Milénio | Nº 13 | Junho 2011                                                                 A nova Escola


A visita da Ministra da Educação à Ferreira de Castro




                     N     o passado dia 20 de Maio, a Ministra da Educação, Isabel
                           Alçada, visitou as novas instalações da escola! Contraria-
                   mente ao que se falava, o objectivo da sua visita não era inaugurar a
                   nova escola, tratou-se apenas de uma simples visita. A chegada foi
                   preparada minuciosamente e à espera da escritora estavam entidades
                   responsáveis do concelho: Hermínio Loureiro, Presidente da Câma-
                   ra; Presidentes da Junta de várias freguesias e outras autoridades
                   competentes. Com a duração de uma hora, o percurso de Isabel
                   Alçada fez-se na companhia do seu Comité e contou com a presença
                   constante do arquitecto responsável pelo projecto da Parque Escolar.
                     Antes do início da visita propriamente dita, a orquestra da escola
                   presenteou os convidados com uma actuação bastante aplaudida por
                   todos. De seguida, a Sra. Ministra visitou toda a escola acompanhada
                   pela Directora, Ilda Ferreira, que a ia contextualizando acerca dos
                   espaços visitados: biblioteca, bar, papelaria, serviços administrativos
                   (onde assinou o Livro de Honra), sala de professores e respectiva
                   sala de convívio, todos os espaços exteriores e ainda uma sala de
                   oficina de artes.
                     Depois de ter percorrido as novas instalações, Isabel Alçada fez
                   um breve discurso antecedido pelas palavras do Presidente da Câma-
                   ra da cidade. Este agradeceu a vinda da Sra. Ministra ao concelho e
                   aproveitou para salientar a importância do ensino em Oliveira de
                   Azeméis, referindo vários desenvolvimentos que têm sido feitos
                   neste âmbito. Finalmente, a responsável pelo sistema de ensino
                   nacional elogiou, exaustivamente, todo o investimento da Parque
                   Escolar neste estabelecimento e realçou que este programa de
                   modernização das escolas reflecte a nova visão que o Governo pre-
                   tende dar ao ensino: um novo dinamismo que permita aos alunos
                   estudar em “escolas do século XXI”. Foi assim que caracterizou o
                   produto final desta modernização.
                     A visita de Isabel Alçada à nossa escola terminou com uma troca
                   de lembranças entre a Sra. Ministra, o Presidente da Câmara e a
                   Directora da Escola, mas não antes de o grupo responsável pela edi-
                   ção do jornal escolar ter entregue pessoalmente um exemplar da
                   última edição de “A Selva” a Isabel Alçada!




                                                                                             Os repórteres d“A Selva” com a Ministra
                                                                                             da Educação, Isabel Alçada.


                                                                                                                    Página 5
A nova Escola          III Milénio | Nº 13 | Junho 2011



Apontamentos da mudança

Da antiga para a nova Escola...
...o que mudou e como agora se faz




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III Milénio | Nº 13 | Junho 2011                                                 Dia da Escola


                                                      Dia da Escola

Decorreu no passado dia 24 de Maio o Dia Escola, o qual foi preenchido com diversas
actividades culturais e desportivas, com particular destaque para a exposição de
trabalhos dos alunos das disciplinas de Área de Projecto.
Como uma imagem vale por 1000 palavras, aqui ficam alguns dos registos fotográficos




Um ponto de vista sobre o Dia da Escola
 O       dia da escola
        O dia da escola foi
pouco divertido porque não
                               fui jogar à sala das bolinhas
                               pequenas e perdi contra o
                               Carlos da minha turma.
                                                                 professora Susana Rainho.
                                                                 Lanchei aqui na escola,
                                                                 deram sumo, rebuçados,
houve karaoke e pinturas da      Não gostei da parte da          pão com fiambre e queijo.
cara e gatos. Na parte da      professora Sofia porque não         Às quatro horas já estava
manhã, no piso 1, vi as        esteve cá de manhã. Mas           em casa e voltei a lanchar.
actividades de Área de Pro-    esteve à tarde e ela foi ver os   Bebi dois iogurtes e comi
jecto da minha turma que       cães.                             dois pães com fiambre e
era chamar pessoas para          À tarde fui ajudar no peddy     manteiga.
jogar com a gente: jogo do     -paper. Havia muitos alunos                                   ~
pensamento.                    trapalhões.                            Vanessa Marques, 8º B
  Ninguém quis jogar. Fui        Ajudei a carimbar uns
ver as professoras a dançar,   papéis brancos e assinava a

                                                                                                          Página 7
Festa da Escola                                       III Milénio | Nº 13 | Junho 2011



                  A Festa da Escola

Teve lugar no dia 9 de Junho a tradicional Festa da Escola, na qual
participou de forma entusiástica a comunidade educativa, com
especial destaque para os alunos. As imagens registadas dão conta do
sucesso da iniciativa.




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III Milénio | Nº 13 | Junho 2011                                                              Novas Oportunidades


      Entrega de diplomas das Novas Oportunidades
                                                                           porque “aprender compensa”.       çalves, Teresa Teixeira, Goreti
                                                                            A cerimónia foi abrilhantada     Santos e Lucília Vieira, adultos
                                                                           pela Orquestra de Sopros da       certificados com o nível Básico.
                                                                           Escola Ferreira de Castro, pelo     Após o discurso de incentivo
                                                                           artista Luís Oliveira, também     do Dr. Isidro Figueiredo, repre-
                                                                           certificado pelo Centro, e por    sentante da Câmara Municipal
                                                                           um coro constituído pela equi-    neste evento, os adultos foram
                                                                           pa técnica e alguns formandos,    presenteados com um objecto
                                                                           acompanhados ao acordeão          artesanal acompanhado pelo
                                                                           pelo professor Abílio Santos,     poema vencedor do 1º Concur-
                                                                           que entoaram um hino, espe-       so Literário do CNO Ferreira de
                                                                           cialmente composto para a         Castro: “Juventude”.

Cumprindo a tradição, no                N      o Cineteatro Caracas,
                                               os adultos foram recebi-
                                      dos pela equipa técnico pedagó-
                                                                          ocasião pela profissional de
                                                                          RVCC Ana Sofia Oliveira e por
                                                                          Amadeu Neves, Celeste Gon-
                                                                                                               Em tempos de crise, eventos
                                                                                                             de homenagem àqueles que
                                                                                                             procuram novos caminhos para
passado dia 29 de Abril, no
                                      gico do Centro Novas Opor-                                                   o seu futuro são extrema-
Cineteatro Caracas, o Centro          tunidades, pela sua Coorde-                                                  mente importantes porque
Novas Oportunidades                   nadora, Dra. Paula Catela, e                                                 demonstram que, com
                                      pela Diretora da Escola e do                                                 esforço e perseverança,
Ferreira de Castro organizou          Centro, Dra. Ilda Ferreira.                                                  podemos chegar mais
a 3ª Cerimónia de Entrega de             Ambas, no seu discurso de                                                 longe.
                                      boas-vindas, elogiaram a                                                     Um futuro com mais opor-
Diplomas para homenagear              iniciativa e o empenho dos                                                   tunidades passa pela quali-
                                      formandos que, com muito                                                     ficação de cada um e,
230 adultos que, no ano de            esforço e dedicação, concre-                                                 aproveitando a diversidade
2010, concluíram o processo           tizaram esta nova etapa de                                                   de percursos de qualifica-
                                      revalorização escolar e pes-                                                 ção disponíveis, todos
de certificação e validação de        soal, incentivando-os a dar                                                  podem contribuir para um
competências de nível Básico          continuidade ao seu percur-          Actuação da Orquestra da Escola         país mais competitivo,
                                      so formativo através da via                                                  mais desenvolvido e mais
e Secundário.                         mais adequada ao seu caso
                                                                                  Ferreira de Castro
                                                                                                                   qualificado.



               1, 2, 3, Castro na escola outra vez!, 2010-2011

 O       «1, 2, 3, Castro na
        escola outra vez!», é
um programa destinado a
                                                        de Ossela e o Museu e
                                                        túmulo do romancista em
                                                        Sintra. Nesta última visita
estimular a leitura da obra e o                         tiveram a companhia de
conhecimento da vida de                                 Gracinda Leal, Vereadora
Ferreira de Castro nas crian-                           da Cultura do Município de
ças do 4º ano do 1º Ciclo da                            Oliveira de Azeméis.
Escola de Ossela.                                       Com a imprescindível cola-
   Este projecto foi autorizado                         boração do seu professor,
pelo Agrupamento Vertical de                            Miguel Silva, executaram
Escolas Bento Carqueja; da                              trabalhos individuais e
responsabilidade do Centro de                           colectivos alusivos à temá-
Estudos Ferreira de Castro, é                           tica e que culminou com a
aplicado pela terceira vez                              sua exposição, inaugurada
consecutiva.                                            às 10h da passada segunda-                 Professores e alguns alunos
  Durante o ano lectivo os                              feira, 20 de Junho, na
alunos leram a obra “Não há                             Biblioteca de Ossela. Entre
borracha que apague o                                   outros, estiveram presentes os       projecto.
sonho”, escrita para a infância                         alunos protagonistas, a citada         A exposição poderá ser visitada de terça-feira
por Luísa Ducla Soares e que Um dos trabalhos expostos Vereadora da Cultura e José           a sábado, das 9h/12h30 e das 14h/18h, e até
descreve a vida do romancista                           Alves da Silva, Presidente da        sábado, 9 de Julho.
de modo cativante, e o dossier                          Junta de Freguesia de Ossela.
do Roteiro Literário “Caminhos de Ferreira    A todos os alunos foi entregue, com a            NOTA: para esclarecimento de qualquer
de Castro”; também visitaram a Casa –       pompa e circunstância que a sua dedicação        dúvida, sugerimos o contacto para: 912 216 448
Museu onde nasceu o escritor, a Biblioteca  mereceu, um certificado de participação no

                                                                                                                                 Página 9
Iniciativas                                                                III Milénio | Nº 13 | Junho 2011



Sessão de esclarecimento sobre a nova ortografia teve grande adesão

                                                         N    o novo auditório
                                                              polivalente da
                                                      Escola Secundária com 3º
                                                                                      a conhecer, de forma
                                                                                      sucinta, o essencial das
                                                                                      modificações trazidas pelo
                                                                                                                       ciativas de formação e
                                                                                                                       esclarecimento.
                                                                                                                         Como preparação e com-
                                                      ciclo de Ferreira de Castro,    Acordo Ortográfico de            plemento para esta sessão
                                                      no dia 15 de Junho, decor-      1990 que entrará em vigor        as formadoras têm vindo a
                                                      reu a Sessão de Esclareci-      no Sistema educativo a           dinamizar o blogue Para
                                                      mento sobre a Nova Orto-        partir do próximo ano leti-      Saberes http://
                                                      grafia resultante da            vo.                              cnoesfcastro.blogspot.com/
                                                      implementação do Acordo           A sessão contou com a          onde exploram a nova
                                                      Ortográfico de 1990 que         presença da Diretora do          grafia das palavras confor-
                                                      contou com presença de          Escola e do Centro Novas         me o Acordo Ortográfico
                                                      cerca de 120 formandos do       Oportunidades, Dra. Ilda         de 1990, apresentando
                                                      Centro Novas Oportunida-        Ferreira, da Coordenadora        sempre a base teórica que
                                                      des Ferreira de Castro, os      do Centro, Dra. Paula            justifica as alterações.
                                                      quais revelaram grande          Catela, de alguns membros          A todos os participantes
                                                      interesse pela temática em      da direção, de alguns pro-       foi oferecido um paginador
                                                      questão.                        fessores e da equipa técni-      com as principais altera-
                                                        A sessão foi dinamizada       ca do Centro, ultrapassan-       ções que irão marcar a
                                                      pelas formadoras de Lin-        do largamente as expetati-       nova ortografia formal dos
                                                      guagem e Comunicação e          vas, o que revela que este é     portugueses a partir de
Uma plateia bastante participada na sessão sobre a    Cultura Língua e Comuni-        um assunto atual que preo-       2015, prazo limite para a
                 Nova Ortografia                      cação, Alice Matos, Bárba-      cupa a nossa comunidade          implementação do Acordo
                                                      ra Guerra, Eduarda Cardoso      educativa, justificando,         de 1990.
                                                      e Elisabete Tavares e teve      provavelmente, o desen-
                                                      como principal objetivo dar     volvimento de outras ini-


Sessão sobre multilinguismo dinamizada pelo Grupo de Francês

                   P    erante uma
                        vasta plateia de
                   alunos e docentes da
                                            Este tradutor fez uma excelente disser-
                                            tação sobre a importância da Escola na
                                            aprendizagem e no domínio de diver-
                   nossa Escola, o
                                            sas línguas, materna e estrangeira,
                   tradutor da Repre-
                                            trazendo este Saber vantagens acresci-
                   sentação da Comis-
                                            das para os jovens cidadãos integrantes
                   são Europeia em
                                            da União Europeia, pertencentes a um
                   Portugal, Luís
                                            mundo cada vez mais globalizado e
                   Moreira, apresentou
                                            onde as competências comunicacionais
                   os novos projectos
                                            assumem um papel cada vez mais
didáctico-pedagógicos de aquisição e
                                            importante na interacção cultural e
domínio das competências linguísticas.
                                            sócio-económica.


                                               Alunos do 9º B visitam empresas do concelho

                                                     N   o passado dia 5 de
                                                         Maio, durante a
                                                 manhã, os alunos da turma
                                                                               aos jovens contactos com o
                                                                               mundo do trabalho e a reali-
                                                                               dade empresarial, numa altu-
                                                                                                                     um pequeno documentário
                                                                                                                     sobre o cultivo do arroz, os
                                                                                                                     alunos puderam conhecer as
                                                 B do 9º ano tiveram a opor-   ra de tomada de decisões em           várias transformações que o
                                                 tunidade de visitar as        relação ao percurso formati-          arroz sofre até ser embalado e
                                                 empresas MDA-Simoldes e       vo e/ou profissional de alu-          vendido.
                                                 Saludães, ambas do conce-     nos que estão prestes a con-
                                                 lho de Oliveira de Azeméis.   cluir o 3º ciclo.
                                                 Esta visita foi promovida       Na MDA-Simoldes, os
                                                 pela Câmara Municipal de      alunos contactaram com as
                                                 Oliveira de Azeméis, no       várias fases de construção de
                                                 âmbito do Projecto Novas      um molde, desde o projecto
                                                 Oportunidades OAZ, com o      até à sua execução. Na Salu-      Lê e            divulga
                                                 objectivo de proporcionar     dães, após o visionamento de

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III Milénio | Nº 13 | Junho 2011                                                                  Ser Português


Herói                                                                  Ser Português,
                                                                       É falar Inglês...
 Hoje vivo e sinto devido a ti                                           Ser Português,
És o forte pilar da minha vida                                           É falar Inglês com sotaque
Contudo de uma forma sempre unida                                      Francês,
                                                                         Chegar ao banco, pedir emprés-
  Sempre me amparaste quando sofri.                                    timos por três,                         Portugal não era assim,
  Porquê pensar o pior, se tu estás aqui                                 Não pagar, dizer que foi ele que      Tenho de encontrar algo bom
Realidade? Isso ninguém duvida                                         os fez.                               para mim.
Breve ausência, mas nunca despedida                                                                            Senão não vou viver aqui,
Juntos, recordando aquilo que vivi.                                      Ser de Portugal,                      Vou fazer as malas, tenho mais
                                                                         É ter um trabalho entre o mau e     para onde ir.
 Olho p‟ra ti, buscas o interminável                                   o banal,
Com a força de que não vais desistir                                     É aproveitar-se da reforma esta-      Ser de Portugal,
Não te assumes, mas és reconhecido…                                    tal                                     É ser parte de um grande expor-
                                                                         E dizer que em Portugal tudo        tador de sal.
 Transmites uma emoção inexplicável
                                                                       está mal.                               É estar fora da ameaça mundial
Num caminho constante por adquirir
                                                                                                               É ter muito ser vegetal e animal.
Em qualquer espaço, nunca esquecido!
                                                                         Mas isto não era assim,
                                             Sónia Barcelos, 12º A       Eu antes queria era viver aqui…      Sejam bem-vindos à selva!
                                                                                                              Onde só ganha quem andar na
                                                                         Ser Português,                      Relva,
                                                                         É trabalhar menos de um terço        Rebolar na Relva, Comer a
No ADN do “Português”...                                               do Chinês,
                                                                         É andar à larga até ao último dia
                                                                                                             Relva, Fumar Relva!
                                                                                                              Rebolar na Relva, Comer a
  No ADN do “Português”            cas negativas.                      do mês,                               Relva, Fumar Relva!
está gravada a palavra crise.        Orgulhamo-nos do nosso belo         E depois andar a correr como                    Vasco Martins, 12ºC
Crise é a palavra que todos        passado e das nossas importan-      um Ganês.
devemos ouvir com mais fre-        tes conquistas e vitórias nos
quência após o nosso nasci-        Descobrimentos que impulsiona-
mento. Actualmente, estamos        ram a Europa para o caminho do
mergulhados numa supra-            desenvolvimento. Somos conhe-
crise: crise já reconhecida        cidos pelo mundo fora como
pelos bancos e agências de         sendo um povo simples, simpáti-
“rating” internacionais, mas       co e acolhedor. Somos referen-
ainda mais importante, crise       ciados como um dos destinos
reconhecida pelas nossas enti-     predilectos dos europeus. Temos
dades governamentais.              fantásticas universidades que
  Ser Português é ter um pas-      formam alguns dos profissionais


                                                                         C
sado glorioso recheado de          mais competentes do mundo;
conquistas e triunfos sobre os     relacionado directamente com                om o objectivo de participar e angariar verbas para
demais povos mundiais.             este facto, temos feito bastantes           dinamizar e apoiar a realização de actividades da
Outrora, havemos sido uma          descobertas nos campos da físi-     Escola, a Associação de Pais da Ferreira de Castro estever
potência mundial… O que nos        ca, medicina, e biologia nas        presente no Mercado à Moda Antiga realizado nos dias 10,
resta hoje em dia? Crise, a        nossas universidades e seus
“nossa” crise... E o nosso belo    laboratórios. Por exemplo,          11 e 12 de Junho.
lugar na cauda da Europa.          recentemente na Universidade          A participação nas equipas da Tasquinha e da Tendinha,
  Ser Português é também ver       de Aveiro um grupo de cientis-      foi uma das iniciativas que a Associação procurou dinami-
o vizinho comprar um belo          tas conseguiu desvendar um dos      zar, na perspectiva de que também desta forma se apoia a
carro e, se não tivermos possi-    maiores mistérios da Física e
bilidades económicas, empe-        Astronomia do Séc. XX: a ano-
                                                                       Escola.
nharmo-nos até ao pescoço          malia da Sonda Pioneer 10.
para comprar um melhor… É            Podemos orgulhar-nos de
ver alguém “bem” na vida e         sermos o 1º país europeu com
pensarmos que ele apenas o         fronteiras definidas, que ainda
conseguiu com esquemas e           perduram na actualidade.
fraudes; e esses mesmos que          Em suma, Ser Português tem
criticam e acusam os mais          muita história e, na minha opi-
afortunados usam esquemas e        nião, todos devíamos orgulhar-
mais esquemas para infringir a     nos da nossa nacionalidade, da
lei e poupar mais uns cênti-
mos.
                                   nossa história, dos nossos traços
                                   culturais e das nossas diferenças
                                                                                                      Lê e divulga
  Contudo, o Português não         enquanto povo.
apresenta apenas característi-                     Rui Gomes, 12ºA
                                                                                                                                 Página 11
Ser Português                                                             III Milénio | Nº 13 | Junho 2011



O meu herói
  Heróis, reais ou fictícios,      têm medo de nada, e são os que      sua própria vida, como compro-      mais necessitam sem quererem
todos devemos ter um, nem que      estão lá sempre para ajudar os      vamos através da notícia da         algo em troca, são corajosos e
seja no tempo de infância.         outros…                             morte de vários bombeiros que       fortes, apenas só não voam nem
Heróis são aqueles que nos           Os meus heróis não são de         morreram a apagar fogos. Bom-       têm poderes especiais como os
inspiram, são aqueles que nos      banda desenhada, não são do         beiros que muitos deles são         heróis fictícios têm, mas são
fazem sentir seguros, são aque-    tipo dos que temos em criança.      voluntários, dão o seu tempo        reais e são os que nos inspiram
les que em histórias lutam pelo    Os meus heróis são os bombei-       para estar ao serviço da comu-      e ajudam de verdade.
bem dos mais fracos, acabando      ros.                                nidade, ao serviço dos outros         Bombeiros: estes são sem
mesmo por vencer o mal.              Os bombeiros sujeitam-se a        sem receberem algo em troca,        dúvida os meus heróis.
  Em crianças, os nossos           todos os riscos para nos ajudar     algo material.                                 Miguel Teixeira 12ºE
heróis, geralmente são os de       nas situações mais difíceis,          Estes têm as mesmas caracte-
banda desenhada ou dos dese-       (como nos incêndios, acidentes      rísticas dos heróis que todos
nhos animados que vemos na         ou por doenças que tenhamos, e      nós conhecemos dos desenhos
televisão (ex. Super-homem,        que precisemos de ir ao hospital    animados e das bandas dese-
Batman…) pois são fortes, não      de urgência) pondo em causa a       nhadas. Ajudam sempre os que
                                                                                                            XII Encontro das
                                                                                                            TIC na Educação
Ser português é um nada que é quase nada                                                                  Numa sociedade em rápida
                                                                                                          transformação, uma das dificul-
                                                                                                          dades é a de acompanhar as
  Ser português é um nada que      brincar.                              Ser Português é saber ser
                                                                                                          mudanças que se vão fazendo na
é quase nada,                         É guardar cuecas velhas para     político,
                                                                                                          educação, nomeadamente na
  É ter sempre marisco em          limpar o carro,                       É saber inventar num momen-
                                                                                                          utilização das TIC.
preços de saldo,                      Que ao fim de semana tem de      to crítico.
                                                                                                          Para acompanhar este desafio,
  É cuspir no Messi e idolatrar    estar sempre lavado.                  E agora que dei esta desculpa,
                                                                                                          realiza-se na Batalha, há 12
o Ronaldo.                            Ser português é ser explora-     já posso terminar este texto
                                                                                                          anos, um Encontro sobre as TIC
  É guiar como um maníaco e        dor,                                como me apetecer,
                                                                                                          na Educação e o tema deste ano
ninguém se importar com isso,         É navegar até ao café e embe-      Posso justificar toda esta
                                                                                                          é sobre a pertinência da utiliza-
  É poupar na comida mas não       bedar-se por amor...                informalidade e sair-me com
                                                                                                          ção das TIC no ensino e o debate
largar o vício.                    ...(À cevada).                      mais alguma,
                                                                                                          sobre as mais-valias que trouxe-
  É não ser espanhol.                 É procurar esperar por D.          Mas isso dá muito trabalho,
                                                                                                          ram.
  É não ser espanhol, livra!       Sebastião,                          eu quero é acabar com o poe-
  É gritar "viva a democracia" e      "Quer ele venha ou não".         ma de vez.
pedir outro Salazar.                  Ser português é ser livre,         No fim de contas (eheh), eu
                                                                                                          Para mais informações consulte
  É chorar pelas finanças e           É largar a norma e inovar sem    sou português!
                                                                                                          o site:
comprar um descapotável para       sentido,                                        Rafael Garcia, 12ºC
                                                                                                          http://eventos.ccems.pt/default.aspx



Ser português é nascer para morrer
 Ser Português é nascer para         Ou então ser louvado e vaido-       Não ter vontade de fazer nem       Só quer dinheiro sem traba-
morrer,                            so.                                 „chouriça‟,                        lhar,
 É conviver a lutar,                                                     Mas mesmo assim, ser-se            Só quer luxos sem os pagar,
 É ganhar para glorificar,           Ser Português é ter orgulho       poderoso.                            Só quer viver, sem se preocu-
 É viver a sofrer.                 na pátria,                                                             par.
                                     É fazer de tudo por „abençoá-       Mas todo este Ser Português
  Ser Português é ser pobre e      la‟,                                  Era antes de a Monarquia            Este Ser Português,
amado,                               É ter compaixão por amá-la        „apodrecer‟.                          Vive para desprezar,
  É ser aventureiro no mar           E viver a respeitá-la.              Agora, com a República              Para gastar e roubar
salgado,                              Ser Português é ser glorifica-   implantada,                           E para nada governar.
  É ter estofo para os que ama     do                                    Este Ser tem, sobretudo, a                  Andreia Oliveira 12ºC
deixar                               Pelos feitos dos outros,          alma „virada‟.
  E ir à procura do que há por       Sem preocupação de ser dis-
desvendar.                         criminado;                            Ser Português, agora,
                                     É só querer ficar com os            É ser o que não era outrora.
  Ser Português é ter corpo e      „louros‟.                             É ser ladrão por roubar pão,
alma,                                                                    Ou ser rico por ser „ladrão‟.
  É ter raiva e calma,               Ser Português é ser invejoso.
  É ser destemido e corajoso,        É ter cobiça e preguiça,            Agora, este ser Português


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III Milénio | Nº 13 | Junho 2011                                                                      Ser Português


Álvaro de Campos                                                        ...e amanhã? Haverá um outro “eu”?
desabafou assim...                                                                   “Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim:”
                                                                                                                                       Álvaro de campos

                                                                        é a mesma de amanhã, porque o           situações semelhantes, basta
“ Eu que me aguente comigo                                              amor cresce e cada dia que passa        variar o momento, o sitio, as
e com os comigos de mim” e                                              ama-se mais. Hoje, ainda de             pessoas que nos rodeiam, tudo o

em verso esta frase, eu                H      oje é um dia, amanhã
                                              haverá um outro dia,
                                     hoje sou um “eu” e amanhã?
                                                                        manhã, posso estar aborrecida,
                                                                        mas à tarde quem sabe se não
                                                                        estarei feliz e sorridente?!
                                                                                                                que essa situação pode envolver
                                                                                                                porque o mundo influencia o
                                                                                                                “eu” e todos os “eu‟s” que cons-
comento assim:
                                     Haverá um outro “eu”? Os dias         Do mesmo modo que a vida é           tituem o mesmo indivíduo.
 Eu que me aguente                   são diferentes, as pessoas são     inconstante, a personalidade de            A variedade de “eu‟s” que
 Com os comigos de mim               diferentes, os animais são dife-   um indivíduo também o é, porque         pode constituir um “eu” leva-
 Será que todos o sentem?            rentes, tudo é diferente.          cada um de nós é capaz de reflec-       nos a pensar que cada um de nós
 Absolutamente que sim                 Eu sou eu, mas dentro do meu     tir sobre um assunto de várias          pode ser várias pessoas diferen-
                                     “eu” existem vários “eu‟s”, por-   maneiras diferentes, tem a capa-        tes e, é verdade… Afinal Álvaro
 Com os comigos de mim               que a maneira como hoje vejo o     cidade de viver de formas dife-         de Campos tinha razão: “Eu que
 O quanto que eu os sinto            mundo pode não ser a maneira       rentes, com condições distintas e       me aguente comigo e com os
 Com certeza, com um fim             como amanhã o irei ver, a forma    até mesmo opostas e, porque             comigos de mim.”
 Sobre isto eu não minto             como hoje amo uma pessoa não       reagimos de formas diferentes a                       Inês Nogueira 12ºA
 Serei eu tão diversificado
 Com os comigos de mim               Com tantos séculos de existência, ser português...
 Que terei de ser tão sacrificado?
 Creio eu que terá que ser assim       Com tantos séculos de exis-      tentou trazer de novo essas gló-       bem o que quer e o que não quer
 E os outros como serão              tência, ser português nunca        rias passadas para dar sentido ao      (parece andar à espera que outros
 Com os comigos de mim               poderia ter significado sempre     ser-se português. Não obstante,        lho digam). Não pensa por si, não
 Tão depressa se fartarão            o mesmo. Assim como as men-        já Portugal se encontrava de tal       segue um rumo definido, é como
 Que julgarão que nunca terá fim     talidades mudaram, mudou           forma que ser-se português sig-        uma folha ao vento. Pior do que
                                     também a definição de “Ser         nificava muito pouco. Essas            isso, deixa-se estar à sombra de
 Comigos de mim, tantos são          Português”, e isto é perfeita-     valorosas figuras do passado           glórias passadas para as quais em
 Como poderei eu saber?              mente compreensível. Porém, o      foram ficando cada vez mais            nada contribuiu, e pensa que isso
 Dar ordem a este batalhão           que não é compreensível é que      longe, mais esbatidas, e começá-       é suficiente para se sentir mini-
 Terei eu de melhor o conhecer       o povo português esteja a per-     mos a notar as diferenças entre        mamente orgulhoso de si mesmo.
 Mas será que tenho que aguentar     der o seu significado quando,      um passado brilhante e um pre-         É no geral egoísta, é burro e mui-
 Todos esses comigos?                séculos depois de se ter forma-    sente cada vez mais cinzento. E        to malandro, ficando-se sempre
 Não será melhor partilhar           do, deveria acumular cada vez      começámos a questionar-nos             pela mediocridade em vez de
 E de adversários fazer amigos?      mais sentido.                      sobre onde é que andam esses           procurar a excelência. E continua
                                       No princípio da existência de    Afonsos Henriques que vêm              assim, nesta inacção pestilenta e
 Não, ainda não é hora               Portugal, ser português não        enaltecer o nosso país. E triste-      inútil, à espera não sabe do quê,
 De estes comigos difundir           tinha grande valor, uma vez        mente nos apercebemos de que           mas teimosa e estupidamente à
 Antes que me vá embora              que a nação acabara de surgir.     realmente não há ninguém que           espera…
 Tenho que os definir.               Contudo, muitos foram os que       venha dar sentido à nossa pátria.        Chega! Basta de comodismo!
      Ana Catarina Marques 12ºC      deram, com a sua vida, sentido     Nada nos distingue de outras           Basta de contemplar os livros de
                                     à sua nova pátria, lutando pela    nações, nada nos faz sentir orgu-      história! Somos nós hoje, eu e tu,
                                     sua independência (como D.         lhosos a não ser acontecimentos        que fazemos a história! É hoje
                                     Afonso Henriques). E Portugal      que já se passaram noutros tem-        que temos a oportunidade de
                                     começou a significar coragem e     pos que não os nossos. E ouvi-         fazer a diferença e de nos sentir-
                                     luta e “português” começou a       mos os avós contarem as suas           mos orgulhosos de ser portugue-
                                     significar algo concreto!          histórias e pensamos que não           ses. De que mais iremos orgulhar-
                                       Com os Descobrimentos, ser       teremos nenhuma nossa que              nos se nem em nós próprios senti-
                                     português adquiriu um signifi-     possamos contar aos nossos             mos orgulho? Ninguém nos vai
                                     cado ainda maior: já não se        netos. E pensamos, tristes, que o      dar razões para acreditarmos em
                                     valorizava Portugal enquanto       Afonso Henriques e os seus             nós. É tempo de nos erguermos e
                                     nação, mas Portugal enquanto       companheiros devem estar a             proclamarmos o nosso valor
                                     Império. O português era o         pensar por que raio é que deram        enquanto nação! É tempo de sair-
                                     homem visionário, destemido e      as suas vidas por uma causa tão        mos do nosso conforto e lutarmos
                                     astuto que não se intimidava       inglória!                              pelo que somos, por nós e pelos
                                     com o desconhecido e ia onde         Nos dias de hoje há uma espé-        nossos filhos que um dia gover-
                                     nenhuma outra nação ia! O          cie de escárnio interior geral         narão! É tempo de demonstrar-
                                     português fazia a diferença! O     quando se fala em ser-se portu-        mos que o sacrifício de tantos não
                                     Português escrevia-se com          guês. É ser-se pobre, pensa uma        foi em vão e que “Ser Português”
                                     maiúscula e era tão respeitado     boa parte das pessoas, é ser-se        é ser algo mais!
                                     pelo aliado como temido pelo       corrupto, pensa outra, é ser-se          É tempo!
                                     inimigo!                           uma coisa indefinida, penso eu.              Ana Pinho, Portuguesa, 12ºE
                                       Muito mais tarde, Salazar        O português de hoje não sabe

                                                                                                                                     Página 13
Comenius                                                                   III Milénio | Nº 13 | Junho 2011



                                                 Projecto Comenius
  P     ela última vez, no âmbito
        de uma parceria multilate-
ral do Projecto Comenius intitula-
                                      flora” foi, de todos, o mais direc-
                                      tamente relacionado com a sua
                                      área de estudos. Eles, juntamente
                                                                            tante cómica com a actuação do
                                                                            bobo da corte.
                                                                              O tema desenvolvido na
                                                                                                                   Mais informações sobre o Projecto

da “The colour red”, alunos do        com as professoras de Biologia e      mobilidade em Portugal foi a                “The colour red” em:
11º A e respectivos professores       Geologia e Física e Química,          “Arte”. O encontro decorreu na
da Escola Básica e Secundária de      procederam, no final do mês de        EBSFC entre os dias 3 e 7 de          http://www.comeniusonline.info/new/
Ferreira de Castro participaram       Julho nos laboratórios da Escola,     Maio, e incluiu visitas a Aveiro,
num encontro desta vez na nossa       à extracção de pigmentos de cor       considerada a capital da Arte
cidade. Este Projecto visou essen-    vermelha em plantas. Na Norue-        Nova, e outra ao Porto, onde
cialmente o intercâmbio de cultu-     ga apresentaram o vídeo sobre o       predomina o Barroco.                Escola Ferreira de
ras e o aperfeiçoamento da comu-
nicação em Língua Inglesa.
                                      trabalho desenvolvido. Foi um
                                      prazer acompanhar as apresenta-
                                                                              De manhã, a recepção na
                                                                            Escola decorreu com a presença
                                                                                                                  Castro vence
   Em cada encontro, cada um dos      ções dos diversos países, mas da      da Directora da Escola, o Presi-        concurso
seis países participantes (Portugal   EBSFC em particular. Neste            dente da Associação de Pais e
– EBSFC e Agrupamento de              encontro também se apresenta-         um representante da Câmara             “A escola”
Escolas de Cuba; Alemanha;            ram ilustrações de provérbios         Municipal. Aí decorreu uma
Bélgica; Itália; Noruega e Tur-       portugueses onde entra a cor          troca de lembranças!                  A escola secundária Ferrei-
quia) apresentou os trabalhos         vermelha, por exª “ Vermelho            Seguiu-se uma visita guiada à     ra de Castro foi a vencedora
desenvolvidos por alunos e pro-       que nem um tomate”.                   Escola, onde os alunos do 12º       do concurso ambiental «A
fessores, subordinados a um tema        Em Zonguldak, na Turquia, no        ano de Artes tinham uma expo-       escola», destinado a sensibili-
específico. Puderam assim ser                                               sição dos seus trabalhos.           zar e a premiar o trabalho das
comparados os resultados de cada                                              À tarde os professores reuni-     escolas na conservação e
país com os dos países parceiros.                                           ram-se para a elaboração do         limpeza do espaço escolar, na
   O primeiro encontro decorreu                                             relatório final e os alunos tive-
                                                                                                                utilização eficiente da energia
em Novembro de 2009, em Itália,                                             ram uma actividade surpresa.
onde os parceiros apresentaram                                              No final da tarde apresentaram      e da água e no reencaminha-
as suas escolas, regiões, bem                                               aos professores o trabalho          mento dos resíduos.
como o Sistema Educativo do seu                                             desenvolvido – diversas coreo-        O concurso, promovido no
país.                                                                       grafias de músicas, em cuja         âmbito do plano de activida-
   Na segunda sessão, em Geel, na                                           letra entra a palavra “red”.        des da divisão de ambiente da
Bélgica, em Março de 2010,                                                    Seguiu-se o sorteio de peças      autarquia, distinguiu a
foram apresentados powerpoints        mês de Março, decorreu o quinto       de arte elaboradas pelas diver-     «secundária» Ferreira de Cas-
sobre o significado da cor verme-     encontro subordinado ao tema          sas Escolas. A EBSFC ficou          tro como o estabelecimento
lha na bandeira de cada país par-     “O vermelho, no amor e na             com uma peça de arte elaborada
                                                                                                                que apresentou «melhor
ticipante, e sobre a violência nas    sociedade”. Para este encontro        pela Escola da Bélgica e o qua-
Escolas envolvidas no Projecto.       prepararam-se dois trabalhos: um      dro da EBSF, com o Galo de          desempenho ambiental».
Foi também em Geel que se criou                                             Barcelos, típico do Norte de          A autarquia considera que a
                                                                            Portugal, foi para a Turquia.       escola premiada reúne «todas
                                                                              Passou-se a uma actuação da       as sinergias necessárias para
                                                                            Orquestra de Sopros Ferreira de     melhorar ainda mais, quer a
                                                                            Castro que muito encantou os        nível de infra-estruturas, quer
                                                                            visitantes.                         a nível de motivação».
                                                                              Antes do jantar houve ainda         O concurso foi lançado
                                                                            um momento para outra activi-
                                                                                                                junto das escolas-sede dos
                                                                            dade surpresa, uma dança, à luz
                                                                            de velas vermelhas!                 agrupamentos e secundárias
                                      powerpoint sobre a influência de        No final do jantar, a actuação    do concelho que apresenta-
a bandeira deste Projecto.            uma família nobre da região de        do Grupo Foclórico de Cidacos,      ram um relatório ambiental
  A terceira mobilidade decorreu      cada Escola, e a sua influência       ao qual fica aqui um agradeci-      que serviu de base à decisão.
em Rüdersdorf, na Alemanha, e         na nossa sociedade (no caso da        mento especial, constituiu um                  In: http://www.esfcastro.net/
cada Escola dramatizou a              EBSFC       escolheu-se     Dom       ponto alto! Alunos, professores,
“História do Capuchinho Verme-        Manuel Correia de Bastos Pina –       bem como funcionários da
lho” segundo a versão do seu          Bispo Conde de Arganil, e tio-        EBSFC, divertiram-se imenso a
país.                                 avô dos actuais proprietários da      dançar folclore - uma outra
  Em Setembro/Outubro de 2010,        Quinta da Costeira); o outro          forma de Arte tipicamente por-
o encontro decorreu em Skogn,         trabalho apresentado foi sobre        tuguesa!
na Noruega, e, para os alunos da      uma história de amor – os alunos        Professores e alunos dos
EBSFC, a elaboração e apresenta-      desta Escola apresentaram um          diversos países agradeceram
ção deste trabalho foi muito espe-    filme por eles produzido e ence-      imenso todos os momentos que
cial pois sendo alunos de Ciên-       nado sobre a História de Pedro e      lhes foram proporcionados, e
cias e Tecnologias, o tema            Inês de Castro. Este filme fez        partiram com saudade, para o
“Extracção de pigmentos de cor        enorme sucesso pois a história        Sul, rumo a Cuba!...
vermelha a partir da fauna ou da      apesar de triste, tornou-se bas-

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III Milénio | Nº 13 | Junho 2011                                                              Opinião/Reflexão


                                                             A Democracia somos nós
                                        Levantam-se por vezes vozes        num regime ditatorial poderá       os males – é um sistema que
                                      ainda mais radicais que, de for-     justificar a hipótese de substi-   vive da intervenção dos cida-
                                      ma demagógica, aludem à neces-       tuição da democracia por qual-     dãos e da sua capacidade de
                                      sidade imperiosa da vinda de um      quer outro regime supostamente     entrega e exigência perante a
                                      salvador, leia-se, ditador, como     mais benéfico para os seus         causa pública.
                                      forma de garantir a ordem e a        cidadãos.                            A democracia pode estar
                                      esperança no futuro.                   Pela simples razão de que        desvirtuada, mas essa situação
                                        A democracia e a forma como        todos aqueles que eventualmen-     não resulta do sistema em si
                                      funciona é antes de mais reflexo     te se lamentam têm neste regi-     mesmo: a responsabilidade da
                                      dos cidadãos que serve e da sua      me a possibilidade única de o      sua adulteração resulta da falta
                                      vontade e capacidade de inter-       fazer livremente, podendo ainda    de intervenção responsável do
                                      venção política.                     promover todas as formas de        cidadão. E quando alguém se
  A ausência de participação            O termo política deriva do         reunião e contestação que pre-     lamenta do estado que a demo-
política de parte significativa dos   grego “polis”, associação de         tendam.                            cracia poderá ter atingido lasti-
cidadãos tem frequentemente sido      homens livres que devia garantir       A democracia é um sistema        ma-se em primeiro lugar da sua
atribuída à forma como os parti-      o governo da cidade de forma         político que, apesar das imper-    própria demissão da responsa-
dos actuam, acusados de se apro-      rotativa, para que nenhum cida-      feições que possa apresentar,      bilidade que lhe cabe no seu
ximarem apenas dos eleitores em       dão se pudesse furtar à responsa-    não tem ainda qualquer outro       funcionamento.
períodos de escrutínio, procuran-     bilidade da tomada de decisões       sistema que a possa substituir,      Tarefa fácil é desfrutar de
do desta forma conquistar os          necessária à sua governação.         garantindo, de forma compro-       todos os enormes direitos que a
votos necessários para atingir ou       Não se deve, pois, confundir o     vada, a liberdade dos cidadãos.    democracia nos permite, mais
garantir a permanência no poder.      regime democrático, que neces-         Mas a democracia é em si         difícil é assumir as responsabi-
  Esta situação tem conduzido ao      sariamente apresenta algumas         mesmo um sistema político          lidades que diariamente um
alargamento abusivo de críticas       imperfeições, mas ainda é de         exigente que desde a sua funda-    sistema tão exigente como este
que passam da forma como os           longe o melhor sistema político      ção tem apenas nos cidadãos o      espera dos cidadãos.
partidos políticos de forma mais      conhecido, com a recente prática     garante do seu funcionamento:
ou menos generalizada actuam à        partidária.                          não é por si mesma garante de            Mário Luís Melo Ferreira
incapacidade da própria democra-        E seguramente só a ingenuida-      nada ou abstracção que se assu-        (professor de Artes Visuais)
cia se regenerar.                     de ou a falta de vivência política   ma como panaceia para todos



A importância de ser português
  Numa sociedade em constan-          força e fizeram valer os seus        necessário, os
te mudança todo o conceito de         princípios.                          valores pelos quais
nação, país, cidadão e, conse-          Contudo, já lá vão 37 anos...      nos regemos!
quentemente, português se tor-        já lideramos, já fomos submis-       Assim, lutaríamos
na relativo e dependente dos          sos, já protestamos! E agora?        pela igualdade e
factores tempo e espaço.              Como é ser português?                não pelas desigual-
  Se, há uns séculos atrás, ser         Agora somos mais um povo           dades sociais que
português significava ter a lide-     no meio de muitos: vivemos           se acentuam de
rança da Europa e até do mundo        numa democracia aparente,            forma galopante…
- conquistada através dos feitos      temos uma sociedade estratifi-         Ser português
resultantes dos descobrimentos        cada em classes, somos forma-        deveria ser ter
- actualmente esta visão não          tados pela religião, educados        orgulho em tudo o que construí-    a viver numa passividade inútil.
prevalece.                            com determinados padrões.            mos! Assim, não diríamos leve-       Porque não mostrar que
  Decorridas centenas de anos o         Sabemos que o país vive            mente que o futuro está no         somos capazes? Porque não
povo português foi perdendo a         situações desagradáveis, sabe-       estrangeiro…                       fazermo-nos ouvir e dizermos
confiança na nação que havia          mos sussurrar críticas a quem          Acima de tudo, ser português     “Não!” às coisas com que não
sido líder na navegação, nas          consideramos culpados e, ironi-      deveria ser o espelho das nossas   concordamos? Porque não afir-
conquistas e nas trocas comer-        camente, sabemos tapar as feri-      crenças, dos nossos valores, das   marmos que ainda somos uma
ciais. Ainda bem presente estão       das discreta e silenciosamente.      coisas que nos tornam descon-      nação, que ainda somos capazes
os anos em que mergulhámos              Ser português deveria signifi-     tentes, daquilo que temos ver-     de vencer e de honrar o que
na ditadura implantada por            car ser Portugal! Assim, não         gonha de assumir que somos:        ficou para trás?
Salazar e à qual se deve um           actuaríamos enquanto indiví-         resumindo, deveria ser activo!       “Deus quer, o Homem sonha,
profundo atraso.                      duos, mas sim enquanto nação,        Ao povo português falta acção,     a obra nasce”... Portugal ainda
  Também lembrados estão,             nação essa que em tempos sou-        vive escondido por trás de um      há-de renascer!
certamente, os dias da Revolu-        be reagir…                           sorriso pouco convicto de que        Sim, sou portuguesa!
ção de Abril... aí sim os portu-        Ser português deveria ser          tudo vai bem, “engole” aquilo                       Ana Filipa, 12E
gueses voltaram a afirmar a sua       afirmar, tanto quanto fosse          que desperta revolta e continua

                                                                                                                               Página 15
Desporto e Arte                                                                         III Milénio | Nº 13 | Junho 2011


Palestra com Carlos Secretário:
“O segredo de um jogador para chegar ao sucesso”
                                                                                     No dia 18 de Maio, no Ginásio da nossa Escola, foi realizada uma
                                                                                     importante palestra sobre “O segredo de um desportista para chegar ao
                                                                                     sucesso”, com a participação do ex-jogador da selecção nacional de futebol,
                                                                                     Carlos Secretário. A iniciativa partiu do grupo de Área de Projecto do 12º E
                                                                                     que tinha o Desporto como tema de trabalho.

                                                                                     estou, com orgulho, num Cen-
                                                                                     tro Novas Oportunidades para
                                                                                     fazer o 9º e o 12º ano, mas teria
                                                                                     sido bem melhor se o tivesse
                                                                                     feito noutra altura.”
                                                                                       O professor Luís Pedro, que
                                                                                     assistiu à sessão de Carlos
                                                                                     Secretário, afirmou que é
                                                                                     essencial a conciliação das
           Diogo Ferreira, Joel Costa e Jorge Barbosa com Carlos Secretário          actividades desportivas com o
                                                                                     estudo para se assegurar um
                                                                                     melhor futuro.

  O      ex-jogador Carlos Secretá-
        rio realçou durante a pales-
tra que por vezes é difícil conciliar a
                                               tempo inviabiliza essa concilia-
                                               ção, a prioridade deve ir para os
                                               estudos. A este propósito Car-
actividade desportiva com os estu-             los Secretário deu como teste-
dos, mas que com vontade e esforço             munho a sua própria experiên-
isso é possível. No entanto, partilha          cia: “queria estudar para médi-
da opinião de que quando a falta de            co mas desisti no 8ºano. Agora,




                                                                Márcio Barra, autor do logótipo do anterior jornal “A Selva”, desde cedo evidenciou
                                                                grandes aptidões artísticas, tendo chegado a autopropor-se para o exame nacional de
                                                                Desenho A, no qual obteve a classificação de 17,5 valores.
                                                                Apesar disso, considerou sempre que queria seguir ciências e que o desenho apenas
                                                                seria para si um passatempo.
                                                                Seguiu Ciências e Tecnologias e actualmente frequenta o 2º ano de Ciências Biomédi-
                                                                cas na Universidade de Aveiro, mas continua a fazer belos desenhos, como nesta pági-
na alguns dos seus trabalhos evidenciam.
Márcio enviou ao jornal “A Selva” a seguinte mensagem: “foi com grande orgulho que vi o meu trabalho ter sido aceite para o jornal "A
Selva". Se ainda estou a dar os primeiros passos no mundo da arte (à medida que vou trabalhando num curso que nada tem a ver), esse foi
dos primeiros passos. Hoje em dia o trabalho em si (ainda este sábado vi um exemplar guardado) já me faz pensar que é deveras amador,
mas há toda uma inocência que me agrada. E saudosismo, claro. Ainda não sei se é esse o usado no jornal, se continuar a ser fico conten-
te, mas eventualmente deixem alguém que quer provar o seu valor fazer algo para o jornal: ). Beijos para as minhas professoras e professo-
res todos, saudades: ) continuo a desenhar e a tentar que saia alguma coisa disto, nunca desisti.”




                                                                                                                       Márcio Barra está na Internet em:
                                                                                                                       http://www.facebook.com/pages/M%C3%
                                                                                                                       A1rcio-Barra/115208438562857

                                                                                                                       http://marciopk.deviantart.com/


     Página 16
      Página 16
III Milénio | Nº 13 | Junho 2011                                                               Desporto Escolar


Entrevista às atletas do Corta-Mato

      Como prometemos na anterior edição, fomos à
      conversa com as alunas da Ferreira de Castro
      apuradas para a prova de Corta-Mato nacional, a
      Diana Aguiar, de 16 anos, e a Isa Maria, de 14 anos.



  “A Selva” : Que modalidades     capaz de seguir por esse cami-
praticam?                         nho?
  Ambas: Atletismo, as duas.         Diana: Se me esforçar,
  “A Selva”: E há quanto tem-     talvez.
po é que praticam esse despor-       “A Selva” : A participação
to?                               no corta mato mudou alguma         alguma mensagem àqueles
  Diana: Há 5 anos, as duas.      coisa na vossa vida? Ficaram       alunos que hesitam sempre em
“A Selva” : Quais são os vos-     conhecidas? ou alguém foi ter      participar no corta mato ou em
sos hobbies?                      convosco ? Fizeram comentá-        algum tipo de desporto ?
  Diana: Ver televisão…           rios?                                 Isa : Acho que devem partici-
  Isa : Computador, internet…        Isa : Não, em relação a mim     par, pois é necessário não desis-
os normais.                       ganhei mais motivação, ajudan-     tirem como eu, por exemplo,
  “A Selva” : Antes de partici-   do-me em algumas provas.           que sou federada.
parem no corta mato quais eram       Diana: Concordo.                   Diana: É bastante importante
as vossas expectativas? Eram         “A Selva” : Conseguem com-      para a saúde e não é só para
boas?                             patibilizar os estudos com os      serem atletas, mas quem pratica
  Diana : Estávamos conscien-     treinos?                           desporto é muito saudável.
tes de que, se calhar, ganháva-      Isa: Às vezes é complicado                                                Diana Costa, do 11º ano.
                                                                        “A Selva” : Obrigado pela
mos, digo eu.                     porque os treinos demoram          colaboração.
  Isa : Nesse momento andava      imenso tempo e acaba por ser
a treinar menos, mas tinha a      um bocado difícil.
expectativa de ficar nos 3 pri-      “A Selva” : Acham que no
meiros porque sabia que muitos    futuro vão conseguir conciliar?
dos participantes só faziam       Quando chegarem ao 12º e à
parte da escola e não pratica-    universidade?
vam atletismo.                       Diana: Sim, é provável.                                              Isa Maria, do 9º ano.
   “A Selva”: Então as vossas        “A Selva” : Querem seguir o
expectativas foram mais que       atletismo como carreira?
cumpridas?                        Ambas: Sim.
  Ambas: Sim …                       “A Selva” : Porque é que
  “A Selva” : E porque é que      acham que estas iniciativas
participaram? Foi só para         escolares são importantes: con-
melhorar o empenho da disci-      tribuem para a visibilidade da
plina, ou foi porque realmente    escola? São importantes para os
gostam de desporto?               alunos?
  Diana : Participar no corta        Isa: Quando começam a reali-
mato nacional de escolas.         zar estes corta-matos é que
  Isa: Concordo.                  alguns começam a ganhar o
  “A Selva”: Era esse o objec-    gosto de correr.
tivo principal?                      Diana : Eu, por exemplo,
  Isa : Era …                     iniciei este desporto quando
  “A Selva” : Então o desporto    participei num corta-mato
é bastante importante na vossa    escolar .
vida?                                “A Selva” : Então inscreveste
  Isa : Bastante mesmo.           -te em que ano?
  “A Selva” : Põem a hipótese        Diana : No 5º ano. E foi aí
de seguir a vida profissional     que comecei a gostar do atletis-
como atletas?                     mo , mas foi no 6º que decidi
  Isa : Sim, com algumas difi-    mesmo ir competir.
culdades, mas sim.                   “A Selva” : Já agora, onde é
  Diana : É preciso muitos        que competem?
sacrifícios para chegar lá.          Ambas : NAC.
                                                                           A equipa de reportagem d”A Selva” com as atletas Diana e Isa.
  “A Selva” : Mas achas que és       “A Selva” : Querem deixar


                                                                                                                                  Página 17
O novo logótipo                                                       III Milénio | Nº 13 | Junho 2011



                                                        Memória descritiva do novo logótipo d”A Selva”


 O jornal “A Selva” tem a partir deste
 número um novo logótipo, da autoria de
 Manuel José Ferreira da Silva,
 professor de Artes Visuais na nossa
 Escola.
                                                                                                    Manuel José Ferreira da Silva
                                                                                                     Professor de Artes Visuais
 O novo logótipo sucede ao que foi criado
 por Márcio Correia Barra, ex-aluno da
 Ferreira de Castro, quando no 9º ano
                                                        O    rganizei e dei relevo a quatro elementos figurativos que
                                                             representam as principais áreas do saber: as ciências
                                                      humanas, as artes e as letras.
 venceu o concurso                                      Tal como os seres vivos, que coexistem nos seus habitats e lutam
                                                      pela sobrevivência, as cores que escolhi para esta solução gráfica
 para o logótipo do                                   pretendem homenagear os homens e as mulheres que nas selvas
                                                      das suas vidas, lutaram sem tréguas pelo conhecimento e pela
 jornal.
                                                      verdade no mundo.
 Nesta mudança de visual, “A Selva” dá                                                                      Manuel José
 conta aos seus leitores do significado
 atribuído pelo professor Manuel Silva ao
 novo logótipo do jornal e homenageia
 Márcio Barra mostrando na página 16
 algumas das suas criações artísticas.


Editorial
   A aventura de ser jornalista
 C       omo sabem, A Selva
         foi “atirada” para as
mãos de alguns alunos do
                                 consideravam ser importante,
                                 apelativo, dinâmico e jovem!
                                 Foi pensando sempre em
                                                                    que obrigou estes jornalistas
                                                                    a esforçarem-se... a oportu-
                                                                                                    resultado deste trabalho
                                                                                                    compensa!
12ºE que aceitaram o desafio     dinamismo que quiseram             nidade que teriam de deixar       Antes de abandonar o jor-
de se tornarem jornalistas       divulgar este projecto, apelar     uma marca na escola, neste      nal, os alunos que até agora
durante um ano lectivo!          à participação da comunida-        último ano, e de mostrar o      foram responsáveis pelo
  Este desafio foi motivo de     de escolar e aceitar as suges-     seu trabalho a todos, preva-    mesmo gostariam de deixar
muitas discussões, receios,      tões que fossem chegando!          leceu acima de tudo!            uma mensagem: por muito
hesitações... Afinal, não era      Muito foi o trabalho neces-        Por último, conseguimos       que vos pareça rebuscada a
brincadeira fazer um jornal      sário para que o jornal vos        também cumprir com a nos-       ideia de estarem à frente de
que fosse visto por todos        chegasse da melhor forma           sa vontade de renovação do      uma iniciativa como esta,
vocês! Contudo, ainda que        possível, muito foi o tempo        visual do jornal, mudando o     embarquem nesta aventura e
não estivessem bem certos do     ocupado com “A Selva”, mas         formato do seu cabeçalho.       façam com que este jornal
que os esperava, havia que       muitas foram também as aju-          Todos estes factores per-     tenha um pouco de todos os
começar a organizar ideias e,    das para que nada falhasse e,      mitem aos “selváticos”          que fazem desta infra-
claro, pô-las em prática.        sobretudo, muitas foram as         fazer um balanço bastante       estrutura gigante uma ver-
  Assim, e cada vez com mais     palavras de apoio e de incen-      positivo desta experiência!     dadeira escola!
entusiasmo, os                   tivo. Sim, este foi, de facto, o   É verdade que o trabalho e        Se, no início, parecia uma
”selváticos” (como o grupo       projecto de 13 alunos, projec-     o tempo desgasta e ocupa        autêntica loucura, no fim há
se auto-denomina) procura-       to ao qual será atribuída uma      cada um destes                  a recompensa de todo o
ram fazer passar, através do     classificação! No entanto,         “jornalistas”, mas verdade      esforço!
jornal escolar, aquilo que       não foi esse o único motivo        é também que ver-vos ler o

    Página 18
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  • 1. Data do boletim Microoft A Selva — Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro III Milénio | Nº 13 Junho 2011 Ministra da Educação visita a Escola Ferreira de Castro No passado dia 20 de Maio, a Ministra da Educação, Isabel Alçada, visitou as novas instalações da escola. A recebê-la, além de representantes da escola estavam também diversas outras entidades, entre as quais dos órgãos autárquicos concelhios. “A Selva” acompanhou a visita e dá conta dos registos do acontecimento na página 5. (P. 8) Dia da Escola O Dia da Escola, comemorado no dia 24 de Maio, foi preenchido por múltiplas iniciativas culturais e desportivas, nas Nesta edição: 2010-2011 quais se destacaram Balanço ao ano lectivo 2-4 Um balanço as mostras dos Visita da Ministra da 5 ao ano lectivo trabalhos Educação (Pág. 2) desenvolvidos em Dia da Escola e Festa 7-8 Área de Projecto. da Escola Ivone Ferreira Ver mais na página 7 Novas Oportunidades 9 Ser Português 11-13 No jantar de Natal de 2008 a professora Ivone, como era conhecida, foi Opinião 15 homenageada por toda a comunidade educativa da Ferreira de Castro, como “A Selva” nº 8 na altura noticiou. Aposentou-se nesse ano lecti- vo, depois de acompanhar várias gerações de alunos desta escola, Desporto 16-17 embora considerasse que não era possível deixar de ser professora quando lhe estava na alma a paixão de ensinar. Nesta sua nova partida, Novo logótipo 18 dizemos-lhe: até sempre, professora Ivone!
  • 2. Balanço ao ano lectivo III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 2010-2011 - um balanço ao ano lectivo Escola em obras cionar 4 salas de aula para ciona e a sua projecção para além das cerca de 50 salas a comunidade educativa. O ano lectivo de novas que já nos tinham sido Mesmo condicionados pelas 2010/2011 da Escola Básica disponibilizadas pela empre- obras, tanto alunos como e Secundária de Ferreira de sa que realizou a obras, a professores, pais e assisten- Castro foi marcado, como o Mota-Engil, mas ainda ficou tes operacionais se empe- anterior, pelas obras de por concluir grande parte da nharam na dinamização de remodelação e moderniza- obra. Foi, portanto, pouco múltiplas iniciativas inscri- ção do edifício escolar. Em antes do Natal que os mono- tas no Plano Anual e Pluria- quase todo o primeiro perío- blocos, também conhecidos nual de Actividades que do, a escola ainda estava por “contentores”, deixaram fazem desta escola um cen- muito limitada em número de ser utilizados, finalmente. tro de estudos e de encami- de salas disponíveis, preci- A sala de professores (que nhamento quer para a uni- sou de recorrer a monoblo- desde o início do ano lectivoversidade, quer para cursos cos e teve de conviver com funcionou, provisoriamente, técnico-profissionais e de obras nem sempre compatí- na sala de expressões), a preparação da integração no veis com a prática lectiva: biblioteca, a papelaria/ mundo do trabalho. barulho e pó ou lama quan- reprografia, o átrio principal O Plano Anual de Activi- Ficha Técnica do chovia. E não choveu e o patamar para estudo dades (PAA) é o meio privi- pouco! No dia 4 de Outubro informal por cima do átrio, legiado que a escola tem ao foi mesmo necessário fechar as salas do que será o átrio seu dispor para a concretiza- Propriedade: a escola devido ao temporal de exposições e do corredor ção do seu Projecto Educati- Escola Básica e Secundária Fer- do fim de semana anterior vermelho sangue de boi vo. Pretende-se enriquecer e reira de Castro - Rua Dr. Silva que derrubou tapumes de (ainda, por certo, desconhe- ampliar conhecimentos, esti- Lima obras, levantou coberturas cido de alguns alunos e pro- mular a curiosidade e desen- 3720-298 Oliveira de Azeméis provisórias e inundou os fessores) só foram entregues volver valores, nomeada- Tel. 256 666 070 | Fax. 256 681 314 actuais gabinetes de directo- pela Páscoa. Mobiliário, mente o respeito mútuo, a res de turma, parte da secre- computadores, vídeo- honestidade, a criatividade, Directora: Ilda Ferreira taria e corredores adjacentes. projectores e outros equipa- a democracia e a ética. E o Apesar dos contratempos, mentos foram sendo instala- PAA deste ano foi rico na as obras foram correndo dos, sobretudo durante o diversidade e na qualidade http://www.esfcastro.net bem e despedimo-nos do segundo período. O fim pre- das propostas e das concreti- jornalaselva@gmail.com último bloco das antigas visto da empreitada estava zações, algumas delas bas- instalações com a saída da marcado para o dia 14 de tante originais. Responsabilidade pela edição, biblioteca do Bloco A para o Março de 2011, mas as O ano lectivo começou redacção e composição espaço do actual auditório/ obras continuaram e, neste praticamente com a entrega polivalente, em Outubro de momento, ainda decorrem de Diplomas aos alunos que Alunos: Cátia Fonte, Lorina Gas- 2010. alguns pequenos trabalhos. concluíram o ensino secun- par, Mónica Pereira, Sílvia Chou- Houve anúncios (não ofi- Contamos todos, que esteja dário no ano anterior, a que peiro, Vanessa Lima (edição); ciais) da conclusão das obras tudo terminado até ao fim do se associou a entrega tam- Diana Conceição, Diogo Silva, até ao fim do ano de 2010, próximo mês de Agosto e bém do Prémio de Mérito Miguel Teixeira, Rosa Silva mas isso não aconteceu. Só tudo o que se tenha de fazer aos melhores alunos do ano (redacção); Ana Carvalho, Sara no dia 2 de Dezembro é que depois sejam apenas traba- passado. Foi ainda neste dia Agostinho, Tânia Paiva, Yhony foi aberto o novo espaço do lhos de manutenção. que se procedeu à apresenta- Alves (composição). bufete e da cantina (embora ção e distribuição aos alunos as refeições continuassem a Escola viva finalistas do Anuário da Professores: Artur Ramísio ser servidas em regime de escola, referente ao ano lec- (Área de Projecto) e Maria João catering). Conheceu-se nes- A escola é o espaço onde tivo de 2009/2010 – uma Moreira (Português). sa altura o corredor cor-de- estamos, mas é sobretudo a publicação realizada pela rosa, onde passaram a fun- vida que esse espaço propor- primeira vez nesta escola, Impressão: Escola B. e Secundá- ria Ferreira de Castro Tiragem da versão impressa: 200 ex. Página 2
  • 3. III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Balanço ao ano lectivo 2010-2011 - um balanço ao ano lectivo Semana Entrega de Magusto das Línguas diplomas que só será verdadeiramente Todas as Áreas Disciplina- participada acção de esclare- intensa actividade, a Festa da apreciada quando quisermos res se envolveram activamen- cimento sobre a “A Nova Escola aqueceu a noite fria recordar o momento passado. te na execução de mostras dos Ortografia” da Língua Portu- do dia 9 de Junho. Nem o frio Tendo como objectivo a trabalhos realizados ao longo guesa. foi capaz de impedir que as promoção e motivação dos do ano, dando um colorido à A Associação de Pais e estrelas da nossa escola bri- alunos para a aprendizagem escola e demonstrando que Encarregados de Encarrega- lhassem em todo o seu das Línguas Portuguesa e temos uma escola viva e dinâ- dos de Educação, bastante esplendor. Estrangeiras, o desenvolvi- mica. dinâmica e sempre presente E tantas outras acções se mento das suas competências O S. Martinho, o Jantar de na vida da escola, dinamizou realizaram, não foram aqui culturais, gerais e específicas Natal, o Almoço da Páscoa, acções de formação/ nomeadas, mas foram igual- e estimular o gosto pelo entre outras celebrações, con- esclarecimento, um encontro/ mente importantes para a saber, foram previstas e reali- gregaram, em momentos de debate sobre o rumo do ensi- demonstração do empenho de zadas várias actividades, alegre convívio, professores e no em 12 anos de escolarida- todos num trabalho continua- nomeadamente o Hallowe‟en, demais comunidade educati- de obrigatória e, em colabora- do de ensino/formação tanto Sarau de Inglês, Semana das va. ção com alunos da nossa formal como não formal. Línguas, o Spelling Bee… A saúde, o bem-estar e uma escola, teve uma participação Não faltou a feira do livro, alimentação correcta foram activa na iniciativa “Mercado Uma aposta estratégica o corta-mato escolar, que se uma preocupação constante e à Moda Antiga”. O novo edifício escolar realizou fora da escola pelo não faltaram actividades que No passado dia 24 de Maio veio trazer novas e melhores segundo ano consecutivo por mobilizaram um elevado realizou-se, mais uma vez, o condições de trabalho e estu- motivo de obras, o desporto número de pessoas, entre as Dia da Escola, dia aberto da do. A biblioteca e centro de escolar – fomos, por exem- quais a Dádiva de Sangue e a escola à comunidade. A recursos, bem como o auditó- plo, campeões de voleibol Semana da Fruta. divulgação da oferta educati- rio/polivalente com lugar juvenil feminino entre as O Centro Novas Oportuni- va e formativa para o próxi- para mais de duzentas pes- escolas do Entre Douro e dades realizou a já habitual mo ano lectivo e a aproxima- soas sentadas, o espaço de Vouga. sessão de Entrega de Diplo- ção dos pais e da comunidade estudo informal por cima do As diversas visitas de estu- mas aos adultos que concluí- à escola foram os objectivos átrio central, o espaço do do calendarizadas, abrangen- ram o seu processo de reco- primordiais, num dia que refeitório que também pode do todos os anos de escolari- nhecimento de competências contou com inúmeras activi- servir para o estudo, todos os dade, reflectiram interdisci- e certificação de nível básico dades, elevada participação equipamentos informáticos e plinaridade, demonstraram ou secundário. Houve tam- de todos e grande qualidade multimédia, a rádio escolar trabalho cooperativo e visa- bém iniciativas doutro género, dos trabalhos expostos. que está prestes a reentrar em ram o sucesso dos alunos. nomeadamente uma muito A culminar um ano de funcionamento com a conclu- Sessão do Dia da Dia da Ali- Recolha de CNO Escola mentação sangue Página 3
  • 4. Balanço ao ano lectivo III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 2010-2011 - um balanço ao ano lectivo são da instalação sonora, a aos convidados presentes, mentos, que dêem o seu con- Loureiro, aquando da visita informação e comunicação mostrou a sua surpresa com tributo real para uma escola de Isabel Alçada, a educação por vídeo no bufete e no átrio as instalações que considerou limpa e asseada. Um edifício é uma «aposta estratégica do principal da escola, prestes a corresponderem «aos desafios agradável, bem equipado e município porque só com acontecer também, entre tan- para o século XXI com salas funcional, onde exista confor- pessoas mais qualificadas é tas outras coisas. de aula equipadas com as to e harmonia física certa- que o concelho poderá ser No dia 18 de Maio, a novas tecnologias e laborató- mente contribuirá para mais competitivo». Que esta Senhora Ministra da Educa- rios também devidamente melhores resultados escola- escola possa ser uma peça ção, Isabel Alçada, visitou as equipados». res. Esperemos que todos importante na estratégia do novas instalações da escola e Há, contudo, um esforço quantos estão ligados à Fer- município oliveirense. procedeu, em cerimónia sim- que se pede a toda a comuni- reira de Castro venham, de ples, à entrega de um papiro, dade escolar: é que colaborem facto, a tirar o melhor provei- Junho de 2011 que assinala essa visita. Em na organização e na manuten- to deste investimento. Tal breves palavras que dirigiu ção do espaço e dos equipa- como lembrou Hermínio A Direcção Visita da Senhora Ministra da Educação Festa da Escola Sarau de Inglês Projecto Escola com Saúde A o longo deste ano lectivo, e de acordo com a planificação inicial, o Projecto Escola com Saúde organizou e dinamizou um conjunto de actividades, sempre com o objecti- vo de promover o bem-estar físico, mental e social da comunidade escolar. Destacam-se as seguintes actividades: Semana da Fruta, Dia do Pão, Palestra “Nutrição e Saúde”, Comemora- ção do Dia do Não Fumador, Palestra “Falar de Amor com…”, Palestra “A importância do sono na aprendizagem”, recolha de sangue, Palestra “A importância da Dança na Saúde do indivíduo” e “Feira da Saúde”. Para além da realização destas actividades em dias específicos, o Projecto, em parceria com o Centro de Saúde, através do Enfermeiro Sera- fim Andrade e da psicóloga Mónica Leal, reali- zou sessões de Educação Sexual, de acordo com o artigo 10 da Lei n.º 60/2009, tendo a funcionar um espaço que pretende dar continui- dade a estas temáticas desenvolvidas e que constituí o Gabinete de Informação e Apoio ao Aluno. As Professoras dinamizadoras do Projecto Escola com Saúde Teresa Valente e Tânia Gonçalves Página 44 Página
  • 5. III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 A nova Escola A visita da Ministra da Educação à Ferreira de Castro N o passado dia 20 de Maio, a Ministra da Educação, Isabel Alçada, visitou as novas instalações da escola! Contraria- mente ao que se falava, o objectivo da sua visita não era inaugurar a nova escola, tratou-se apenas de uma simples visita. A chegada foi preparada minuciosamente e à espera da escritora estavam entidades responsáveis do concelho: Hermínio Loureiro, Presidente da Câma- ra; Presidentes da Junta de várias freguesias e outras autoridades competentes. Com a duração de uma hora, o percurso de Isabel Alçada fez-se na companhia do seu Comité e contou com a presença constante do arquitecto responsável pelo projecto da Parque Escolar. Antes do início da visita propriamente dita, a orquestra da escola presenteou os convidados com uma actuação bastante aplaudida por todos. De seguida, a Sra. Ministra visitou toda a escola acompanhada pela Directora, Ilda Ferreira, que a ia contextualizando acerca dos espaços visitados: biblioteca, bar, papelaria, serviços administrativos (onde assinou o Livro de Honra), sala de professores e respectiva sala de convívio, todos os espaços exteriores e ainda uma sala de oficina de artes. Depois de ter percorrido as novas instalações, Isabel Alçada fez um breve discurso antecedido pelas palavras do Presidente da Câma- ra da cidade. Este agradeceu a vinda da Sra. Ministra ao concelho e aproveitou para salientar a importância do ensino em Oliveira de Azeméis, referindo vários desenvolvimentos que têm sido feitos neste âmbito. Finalmente, a responsável pelo sistema de ensino nacional elogiou, exaustivamente, todo o investimento da Parque Escolar neste estabelecimento e realçou que este programa de modernização das escolas reflecte a nova visão que o Governo pre- tende dar ao ensino: um novo dinamismo que permita aos alunos estudar em “escolas do século XXI”. Foi assim que caracterizou o produto final desta modernização. A visita de Isabel Alçada à nossa escola terminou com uma troca de lembranças entre a Sra. Ministra, o Presidente da Câmara e a Directora da Escola, mas não antes de o grupo responsável pela edi- ção do jornal escolar ter entregue pessoalmente um exemplar da última edição de “A Selva” a Isabel Alçada! Os repórteres d“A Selva” com a Ministra da Educação, Isabel Alçada. Página 5
  • 6. A nova Escola III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Apontamentos da mudança Da antiga para a nova Escola... ...o que mudou e como agora se faz Página 66 Página
  • 7. III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Dia da Escola Dia da Escola Decorreu no passado dia 24 de Maio o Dia Escola, o qual foi preenchido com diversas actividades culturais e desportivas, com particular destaque para a exposição de trabalhos dos alunos das disciplinas de Área de Projecto. Como uma imagem vale por 1000 palavras, aqui ficam alguns dos registos fotográficos Um ponto de vista sobre o Dia da Escola O dia da escola O dia da escola foi pouco divertido porque não fui jogar à sala das bolinhas pequenas e perdi contra o Carlos da minha turma. professora Susana Rainho. Lanchei aqui na escola, deram sumo, rebuçados, houve karaoke e pinturas da Não gostei da parte da pão com fiambre e queijo. cara e gatos. Na parte da professora Sofia porque não Às quatro horas já estava manhã, no piso 1, vi as esteve cá de manhã. Mas em casa e voltei a lanchar. actividades de Área de Pro- esteve à tarde e ela foi ver os Bebi dois iogurtes e comi jecto da minha turma que cães. dois pães com fiambre e era chamar pessoas para À tarde fui ajudar no peddy manteiga. jogar com a gente: jogo do -paper. Havia muitos alunos ~ pensamento. trapalhões. Vanessa Marques, 8º B Ninguém quis jogar. Fui Ajudei a carimbar uns ver as professoras a dançar, papéis brancos e assinava a Página 7
  • 8. Festa da Escola III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 A Festa da Escola Teve lugar no dia 9 de Junho a tradicional Festa da Escola, na qual participou de forma entusiástica a comunidade educativa, com especial destaque para os alunos. As imagens registadas dão conta do sucesso da iniciativa. Página 88 Página
  • 9. III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Novas Oportunidades Entrega de diplomas das Novas Oportunidades porque “aprender compensa”. çalves, Teresa Teixeira, Goreti A cerimónia foi abrilhantada Santos e Lucília Vieira, adultos pela Orquestra de Sopros da certificados com o nível Básico. Escola Ferreira de Castro, pelo Após o discurso de incentivo artista Luís Oliveira, também do Dr. Isidro Figueiredo, repre- certificado pelo Centro, e por sentante da Câmara Municipal um coro constituído pela equi- neste evento, os adultos foram pa técnica e alguns formandos, presenteados com um objecto acompanhados ao acordeão artesanal acompanhado pelo pelo professor Abílio Santos, poema vencedor do 1º Concur- que entoaram um hino, espe- so Literário do CNO Ferreira de cialmente composto para a Castro: “Juventude”. Cumprindo a tradição, no N o Cineteatro Caracas, os adultos foram recebi- dos pela equipa técnico pedagó- ocasião pela profissional de RVCC Ana Sofia Oliveira e por Amadeu Neves, Celeste Gon- Em tempos de crise, eventos de homenagem àqueles que procuram novos caminhos para passado dia 29 de Abril, no gico do Centro Novas Opor- o seu futuro são extrema- Cineteatro Caracas, o Centro tunidades, pela sua Coorde- mente importantes porque Novas Oportunidades nadora, Dra. Paula Catela, e demonstram que, com pela Diretora da Escola e do esforço e perseverança, Ferreira de Castro organizou Centro, Dra. Ilda Ferreira. podemos chegar mais a 3ª Cerimónia de Entrega de Ambas, no seu discurso de longe. boas-vindas, elogiaram a Um futuro com mais opor- Diplomas para homenagear iniciativa e o empenho dos tunidades passa pela quali- formandos que, com muito ficação de cada um e, 230 adultos que, no ano de esforço e dedicação, concre- aproveitando a diversidade 2010, concluíram o processo tizaram esta nova etapa de de percursos de qualifica- revalorização escolar e pes- ção disponíveis, todos de certificação e validação de soal, incentivando-os a dar podem contribuir para um competências de nível Básico continuidade ao seu percur- Actuação da Orquestra da Escola país mais competitivo, so formativo através da via mais desenvolvido e mais e Secundário. mais adequada ao seu caso Ferreira de Castro qualificado. 1, 2, 3, Castro na escola outra vez!, 2010-2011 O «1, 2, 3, Castro na escola outra vez!», é um programa destinado a de Ossela e o Museu e túmulo do romancista em Sintra. Nesta última visita estimular a leitura da obra e o tiveram a companhia de conhecimento da vida de Gracinda Leal, Vereadora Ferreira de Castro nas crian- da Cultura do Município de ças do 4º ano do 1º Ciclo da Oliveira de Azeméis. Escola de Ossela. Com a imprescindível cola- Este projecto foi autorizado boração do seu professor, pelo Agrupamento Vertical de Miguel Silva, executaram Escolas Bento Carqueja; da trabalhos individuais e responsabilidade do Centro de colectivos alusivos à temá- Estudos Ferreira de Castro, é tica e que culminou com a aplicado pela terceira vez sua exposição, inaugurada consecutiva. às 10h da passada segunda- Professores e alguns alunos Durante o ano lectivo os feira, 20 de Junho, na alunos leram a obra “Não há Biblioteca de Ossela. Entre borracha que apague o outros, estiveram presentes os projecto. sonho”, escrita para a infância alunos protagonistas, a citada A exposição poderá ser visitada de terça-feira por Luísa Ducla Soares e que Um dos trabalhos expostos Vereadora da Cultura e José a sábado, das 9h/12h30 e das 14h/18h, e até descreve a vida do romancista Alves da Silva, Presidente da sábado, 9 de Julho. de modo cativante, e o dossier Junta de Freguesia de Ossela. do Roteiro Literário “Caminhos de Ferreira A todos os alunos foi entregue, com a NOTA: para esclarecimento de qualquer de Castro”; também visitaram a Casa – pompa e circunstância que a sua dedicação dúvida, sugerimos o contacto para: 912 216 448 Museu onde nasceu o escritor, a Biblioteca mereceu, um certificado de participação no Página 9
  • 10. Iniciativas III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Sessão de esclarecimento sobre a nova ortografia teve grande adesão N o novo auditório polivalente da Escola Secundária com 3º a conhecer, de forma sucinta, o essencial das modificações trazidas pelo ciativas de formação e esclarecimento. Como preparação e com- ciclo de Ferreira de Castro, Acordo Ortográfico de plemento para esta sessão no dia 15 de Junho, decor- 1990 que entrará em vigor as formadoras têm vindo a reu a Sessão de Esclareci- no Sistema educativo a dinamizar o blogue Para mento sobre a Nova Orto- partir do próximo ano leti- Saberes http:// grafia resultante da vo. cnoesfcastro.blogspot.com/ implementação do Acordo A sessão contou com a onde exploram a nova Ortográfico de 1990 que presença da Diretora do grafia das palavras confor- contou com presença de Escola e do Centro Novas me o Acordo Ortográfico cerca de 120 formandos do Oportunidades, Dra. Ilda de 1990, apresentando Centro Novas Oportunida- Ferreira, da Coordenadora sempre a base teórica que des Ferreira de Castro, os do Centro, Dra. Paula justifica as alterações. quais revelaram grande Catela, de alguns membros A todos os participantes interesse pela temática em da direção, de alguns pro- foi oferecido um paginador questão. fessores e da equipa técni- com as principais altera- A sessão foi dinamizada ca do Centro, ultrapassan- ções que irão marcar a pelas formadoras de Lin- do largamente as expetati- nova ortografia formal dos guagem e Comunicação e vas, o que revela que este é portugueses a partir de Uma plateia bastante participada na sessão sobre a Cultura Língua e Comuni- um assunto atual que preo- 2015, prazo limite para a Nova Ortografia cação, Alice Matos, Bárba- cupa a nossa comunidade implementação do Acordo ra Guerra, Eduarda Cardoso educativa, justificando, de 1990. e Elisabete Tavares e teve provavelmente, o desen- como principal objetivo dar volvimento de outras ini- Sessão sobre multilinguismo dinamizada pelo Grupo de Francês P erante uma vasta plateia de alunos e docentes da Este tradutor fez uma excelente disser- tação sobre a importância da Escola na aprendizagem e no domínio de diver- nossa Escola, o sas línguas, materna e estrangeira, tradutor da Repre- trazendo este Saber vantagens acresci- sentação da Comis- das para os jovens cidadãos integrantes são Europeia em da União Europeia, pertencentes a um Portugal, Luís mundo cada vez mais globalizado e Moreira, apresentou onde as competências comunicacionais os novos projectos assumem um papel cada vez mais didáctico-pedagógicos de aquisição e importante na interacção cultural e domínio das competências linguísticas. sócio-económica. Alunos do 9º B visitam empresas do concelho N o passado dia 5 de Maio, durante a manhã, os alunos da turma aos jovens contactos com o mundo do trabalho e a reali- dade empresarial, numa altu- um pequeno documentário sobre o cultivo do arroz, os alunos puderam conhecer as B do 9º ano tiveram a opor- ra de tomada de decisões em várias transformações que o tunidade de visitar as relação ao percurso formati- arroz sofre até ser embalado e empresas MDA-Simoldes e vo e/ou profissional de alu- vendido. Saludães, ambas do conce- nos que estão prestes a con- lho de Oliveira de Azeméis. cluir o 3º ciclo. Esta visita foi promovida Na MDA-Simoldes, os pela Câmara Municipal de alunos contactaram com as Oliveira de Azeméis, no várias fases de construção de âmbito do Projecto Novas um molde, desde o projecto Oportunidades OAZ, com o até à sua execução. Na Salu- Lê e divulga objectivo de proporcionar dães, após o visionamento de Página 10 Página 10
  • 11. III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Ser Português Herói Ser Português, É falar Inglês... Hoje vivo e sinto devido a ti Ser Português, És o forte pilar da minha vida É falar Inglês com sotaque Contudo de uma forma sempre unida Francês, Chegar ao banco, pedir emprés- Sempre me amparaste quando sofri. timos por três, Portugal não era assim, Porquê pensar o pior, se tu estás aqui Não pagar, dizer que foi ele que Tenho de encontrar algo bom Realidade? Isso ninguém duvida os fez. para mim. Breve ausência, mas nunca despedida Senão não vou viver aqui, Juntos, recordando aquilo que vivi. Ser de Portugal, Vou fazer as malas, tenho mais É ter um trabalho entre o mau e para onde ir. Olho p‟ra ti, buscas o interminável o banal, Com a força de que não vais desistir É aproveitar-se da reforma esta- Ser de Portugal, Não te assumes, mas és reconhecido… tal É ser parte de um grande expor- E dizer que em Portugal tudo tador de sal. Transmites uma emoção inexplicável está mal. É estar fora da ameaça mundial Num caminho constante por adquirir É ter muito ser vegetal e animal. Em qualquer espaço, nunca esquecido! Mas isto não era assim, Sónia Barcelos, 12º A Eu antes queria era viver aqui… Sejam bem-vindos à selva! Onde só ganha quem andar na Ser Português, Relva, É trabalhar menos de um terço Rebolar na Relva, Comer a No ADN do “Português”... do Chinês, É andar à larga até ao último dia Relva, Fumar Relva! Rebolar na Relva, Comer a No ADN do “Português” cas negativas. do mês, Relva, Fumar Relva! está gravada a palavra crise. Orgulhamo-nos do nosso belo E depois andar a correr como Vasco Martins, 12ºC Crise é a palavra que todos passado e das nossas importan- um Ganês. devemos ouvir com mais fre- tes conquistas e vitórias nos quência após o nosso nasci- Descobrimentos que impulsiona- mento. Actualmente, estamos ram a Europa para o caminho do mergulhados numa supra- desenvolvimento. Somos conhe- crise: crise já reconhecida cidos pelo mundo fora como pelos bancos e agências de sendo um povo simples, simpáti- “rating” internacionais, mas co e acolhedor. Somos referen- ainda mais importante, crise ciados como um dos destinos reconhecida pelas nossas enti- predilectos dos europeus. Temos dades governamentais. fantásticas universidades que Ser Português é ter um pas- formam alguns dos profissionais C sado glorioso recheado de mais competentes do mundo; conquistas e triunfos sobre os relacionado directamente com om o objectivo de participar e angariar verbas para demais povos mundiais. este facto, temos feito bastantes dinamizar e apoiar a realização de actividades da Outrora, havemos sido uma descobertas nos campos da físi- Escola, a Associação de Pais da Ferreira de Castro estever potência mundial… O que nos ca, medicina, e biologia nas presente no Mercado à Moda Antiga realizado nos dias 10, resta hoje em dia? Crise, a nossas universidades e seus “nossa” crise... E o nosso belo laboratórios. Por exemplo, 11 e 12 de Junho. lugar na cauda da Europa. recentemente na Universidade A participação nas equipas da Tasquinha e da Tendinha, Ser Português é também ver de Aveiro um grupo de cientis- foi uma das iniciativas que a Associação procurou dinami- o vizinho comprar um belo tas conseguiu desvendar um dos zar, na perspectiva de que também desta forma se apoia a carro e, se não tivermos possi- maiores mistérios da Física e bilidades económicas, empe- Astronomia do Séc. XX: a ano- Escola. nharmo-nos até ao pescoço malia da Sonda Pioneer 10. para comprar um melhor… É Podemos orgulhar-nos de ver alguém “bem” na vida e sermos o 1º país europeu com pensarmos que ele apenas o fronteiras definidas, que ainda conseguiu com esquemas e perduram na actualidade. fraudes; e esses mesmos que Em suma, Ser Português tem criticam e acusam os mais muita história e, na minha opi- afortunados usam esquemas e nião, todos devíamos orgulhar- mais esquemas para infringir a nos da nossa nacionalidade, da lei e poupar mais uns cênti- mos. nossa história, dos nossos traços culturais e das nossas diferenças Lê e divulga Contudo, o Português não enquanto povo. apresenta apenas característi- Rui Gomes, 12ºA Página 11
  • 12. Ser Português III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 O meu herói Heróis, reais ou fictícios, têm medo de nada, e são os que sua própria vida, como compro- mais necessitam sem quererem todos devemos ter um, nem que estão lá sempre para ajudar os vamos através da notícia da algo em troca, são corajosos e seja no tempo de infância. outros… morte de vários bombeiros que fortes, apenas só não voam nem Heróis são aqueles que nos Os meus heróis não são de morreram a apagar fogos. Bom- têm poderes especiais como os inspiram, são aqueles que nos banda desenhada, não são do beiros que muitos deles são heróis fictícios têm, mas são fazem sentir seguros, são aque- tipo dos que temos em criança. voluntários, dão o seu tempo reais e são os que nos inspiram les que em histórias lutam pelo Os meus heróis são os bombei- para estar ao serviço da comu- e ajudam de verdade. bem dos mais fracos, acabando ros. nidade, ao serviço dos outros Bombeiros: estes são sem mesmo por vencer o mal. Os bombeiros sujeitam-se a sem receberem algo em troca, dúvida os meus heróis. Em crianças, os nossos todos os riscos para nos ajudar algo material. Miguel Teixeira 12ºE heróis, geralmente são os de nas situações mais difíceis, Estes têm as mesmas caracte- banda desenhada ou dos dese- (como nos incêndios, acidentes rísticas dos heróis que todos nhos animados que vemos na ou por doenças que tenhamos, e nós conhecemos dos desenhos televisão (ex. Super-homem, que precisemos de ir ao hospital animados e das bandas dese- Batman…) pois são fortes, não de urgência) pondo em causa a nhadas. Ajudam sempre os que XII Encontro das TIC na Educação Ser português é um nada que é quase nada Numa sociedade em rápida transformação, uma das dificul- dades é a de acompanhar as Ser português é um nada que brincar. Ser Português é saber ser mudanças que se vão fazendo na é quase nada, É guardar cuecas velhas para político, educação, nomeadamente na É ter sempre marisco em limpar o carro, É saber inventar num momen- utilização das TIC. preços de saldo, Que ao fim de semana tem de to crítico. Para acompanhar este desafio, É cuspir no Messi e idolatrar estar sempre lavado. E agora que dei esta desculpa, realiza-se na Batalha, há 12 o Ronaldo. Ser português é ser explora- já posso terminar este texto anos, um Encontro sobre as TIC É guiar como um maníaco e dor, como me apetecer, na Educação e o tema deste ano ninguém se importar com isso, É navegar até ao café e embe- Posso justificar toda esta é sobre a pertinência da utiliza- É poupar na comida mas não bedar-se por amor... informalidade e sair-me com ção das TIC no ensino e o debate largar o vício. ...(À cevada). mais alguma, sobre as mais-valias que trouxe- É não ser espanhol. É procurar esperar por D. Mas isso dá muito trabalho, ram. É não ser espanhol, livra! Sebastião, eu quero é acabar com o poe- É gritar "viva a democracia" e "Quer ele venha ou não". ma de vez. pedir outro Salazar. Ser português é ser livre, No fim de contas (eheh), eu Para mais informações consulte É chorar pelas finanças e É largar a norma e inovar sem sou português! o site: comprar um descapotável para sentido, Rafael Garcia, 12ºC http://eventos.ccems.pt/default.aspx Ser português é nascer para morrer Ser Português é nascer para Ou então ser louvado e vaido- Não ter vontade de fazer nem Só quer dinheiro sem traba- morrer, so. „chouriça‟, lhar, É conviver a lutar, Mas mesmo assim, ser-se Só quer luxos sem os pagar, É ganhar para glorificar, Ser Português é ter orgulho poderoso. Só quer viver, sem se preocu- É viver a sofrer. na pátria, par. É fazer de tudo por „abençoá- Mas todo este Ser Português Ser Português é ser pobre e la‟, Era antes de a Monarquia Este Ser Português, amado, É ter compaixão por amá-la „apodrecer‟. Vive para desprezar, É ser aventureiro no mar E viver a respeitá-la. Agora, com a República Para gastar e roubar salgado, Ser Português é ser glorifica- implantada, E para nada governar. É ter estofo para os que ama do Este Ser tem, sobretudo, a Andreia Oliveira 12ºC deixar Pelos feitos dos outros, alma „virada‟. E ir à procura do que há por Sem preocupação de ser dis- desvendar. criminado; Ser Português, agora, É só querer ficar com os É ser o que não era outrora. Ser Português é ter corpo e „louros‟. É ser ladrão por roubar pão, alma, Ou ser rico por ser „ladrão‟. É ter raiva e calma, Ser Português é ser invejoso. É ser destemido e corajoso, É ter cobiça e preguiça, Agora, este ser Português Página 12 Página 12
  • 13. III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Ser Português Álvaro de Campos ...e amanhã? Haverá um outro “eu”? desabafou assim... “Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim:” Álvaro de campos é a mesma de amanhã, porque o situações semelhantes, basta “ Eu que me aguente comigo amor cresce e cada dia que passa variar o momento, o sitio, as e com os comigos de mim” e ama-se mais. Hoje, ainda de pessoas que nos rodeiam, tudo o em verso esta frase, eu H oje é um dia, amanhã haverá um outro dia, hoje sou um “eu” e amanhã? manhã, posso estar aborrecida, mas à tarde quem sabe se não estarei feliz e sorridente?! que essa situação pode envolver porque o mundo influencia o “eu” e todos os “eu‟s” que cons- comento assim: Haverá um outro “eu”? Os dias Do mesmo modo que a vida é tituem o mesmo indivíduo. Eu que me aguente são diferentes, as pessoas são inconstante, a personalidade de A variedade de “eu‟s” que Com os comigos de mim diferentes, os animais são dife- um indivíduo também o é, porque pode constituir um “eu” leva- Será que todos o sentem? rentes, tudo é diferente. cada um de nós é capaz de reflec- nos a pensar que cada um de nós Absolutamente que sim Eu sou eu, mas dentro do meu tir sobre um assunto de várias pode ser várias pessoas diferen- “eu” existem vários “eu‟s”, por- maneiras diferentes, tem a capa- tes e, é verdade… Afinal Álvaro Com os comigos de mim que a maneira como hoje vejo o cidade de viver de formas dife- de Campos tinha razão: “Eu que O quanto que eu os sinto mundo pode não ser a maneira rentes, com condições distintas e me aguente comigo e com os Com certeza, com um fim como amanhã o irei ver, a forma até mesmo opostas e, porque comigos de mim.” Sobre isto eu não minto como hoje amo uma pessoa não reagimos de formas diferentes a Inês Nogueira 12ºA Serei eu tão diversificado Com os comigos de mim Com tantos séculos de existência, ser português... Que terei de ser tão sacrificado? Creio eu que terá que ser assim Com tantos séculos de exis- tentou trazer de novo essas gló- bem o que quer e o que não quer E os outros como serão tência, ser português nunca rias passadas para dar sentido ao (parece andar à espera que outros Com os comigos de mim poderia ter significado sempre ser-se português. Não obstante, lho digam). Não pensa por si, não Tão depressa se fartarão o mesmo. Assim como as men- já Portugal se encontrava de tal segue um rumo definido, é como Que julgarão que nunca terá fim talidades mudaram, mudou forma que ser-se português sig- uma folha ao vento. Pior do que também a definição de “Ser nificava muito pouco. Essas isso, deixa-se estar à sombra de Comigos de mim, tantos são Português”, e isto é perfeita- valorosas figuras do passado glórias passadas para as quais em Como poderei eu saber? mente compreensível. Porém, o foram ficando cada vez mais nada contribuiu, e pensa que isso Dar ordem a este batalhão que não é compreensível é que longe, mais esbatidas, e começá- é suficiente para se sentir mini- Terei eu de melhor o conhecer o povo português esteja a per- mos a notar as diferenças entre mamente orgulhoso de si mesmo. Mas será que tenho que aguentar der o seu significado quando, um passado brilhante e um pre- É no geral egoísta, é burro e mui- Todos esses comigos? séculos depois de se ter forma- sente cada vez mais cinzento. E to malandro, ficando-se sempre Não será melhor partilhar do, deveria acumular cada vez começámos a questionar-nos pela mediocridade em vez de E de adversários fazer amigos? mais sentido. sobre onde é que andam esses procurar a excelência. E continua No princípio da existência de Afonsos Henriques que vêm assim, nesta inacção pestilenta e Não, ainda não é hora Portugal, ser português não enaltecer o nosso país. E triste- inútil, à espera não sabe do quê, De estes comigos difundir tinha grande valor, uma vez mente nos apercebemos de que mas teimosa e estupidamente à Antes que me vá embora que a nação acabara de surgir. realmente não há ninguém que espera… Tenho que os definir. Contudo, muitos foram os que venha dar sentido à nossa pátria. Chega! Basta de comodismo! Ana Catarina Marques 12ºC deram, com a sua vida, sentido Nada nos distingue de outras Basta de contemplar os livros de à sua nova pátria, lutando pela nações, nada nos faz sentir orgu- história! Somos nós hoje, eu e tu, sua independência (como D. lhosos a não ser acontecimentos que fazemos a história! É hoje Afonso Henriques). E Portugal que já se passaram noutros tem- que temos a oportunidade de começou a significar coragem e pos que não os nossos. E ouvi- fazer a diferença e de nos sentir- luta e “português” começou a mos os avós contarem as suas mos orgulhosos de ser portugue- significar algo concreto! histórias e pensamos que não ses. De que mais iremos orgulhar- Com os Descobrimentos, ser teremos nenhuma nossa que nos se nem em nós próprios senti- português adquiriu um signifi- possamos contar aos nossos mos orgulho? Ninguém nos vai cado ainda maior: já não se netos. E pensamos, tristes, que o dar razões para acreditarmos em valorizava Portugal enquanto Afonso Henriques e os seus nós. É tempo de nos erguermos e nação, mas Portugal enquanto companheiros devem estar a proclamarmos o nosso valor Império. O português era o pensar por que raio é que deram enquanto nação! É tempo de sair- homem visionário, destemido e as suas vidas por uma causa tão mos do nosso conforto e lutarmos astuto que não se intimidava inglória! pelo que somos, por nós e pelos com o desconhecido e ia onde Nos dias de hoje há uma espé- nossos filhos que um dia gover- nenhuma outra nação ia! O cie de escárnio interior geral narão! É tempo de demonstrar- português fazia a diferença! O quando se fala em ser-se portu- mos que o sacrifício de tantos não Português escrevia-se com guês. É ser-se pobre, pensa uma foi em vão e que “Ser Português” maiúscula e era tão respeitado boa parte das pessoas, é ser-se é ser algo mais! pelo aliado como temido pelo corrupto, pensa outra, é ser-se É tempo! inimigo! uma coisa indefinida, penso eu. Ana Pinho, Portuguesa, 12ºE Muito mais tarde, Salazar O português de hoje não sabe Página 13
  • 14. Comenius III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Projecto Comenius P ela última vez, no âmbito de uma parceria multilate- ral do Projecto Comenius intitula- flora” foi, de todos, o mais direc- tamente relacionado com a sua área de estudos. Eles, juntamente tante cómica com a actuação do bobo da corte. O tema desenvolvido na Mais informações sobre o Projecto da “The colour red”, alunos do com as professoras de Biologia e mobilidade em Portugal foi a “The colour red” em: 11º A e respectivos professores Geologia e Física e Química, “Arte”. O encontro decorreu na da Escola Básica e Secundária de procederam, no final do mês de EBSFC entre os dias 3 e 7 de http://www.comeniusonline.info/new/ Ferreira de Castro participaram Julho nos laboratórios da Escola, Maio, e incluiu visitas a Aveiro, num encontro desta vez na nossa à extracção de pigmentos de cor considerada a capital da Arte cidade. Este Projecto visou essen- vermelha em plantas. Na Norue- Nova, e outra ao Porto, onde cialmente o intercâmbio de cultu- ga apresentaram o vídeo sobre o predomina o Barroco. Escola Ferreira de ras e o aperfeiçoamento da comu- nicação em Língua Inglesa. trabalho desenvolvido. Foi um prazer acompanhar as apresenta- De manhã, a recepção na Escola decorreu com a presença Castro vence Em cada encontro, cada um dos ções dos diversos países, mas da da Directora da Escola, o Presi- concurso seis países participantes (Portugal EBSFC em particular. Neste dente da Associação de Pais e – EBSFC e Agrupamento de encontro também se apresenta- um representante da Câmara “A escola” Escolas de Cuba; Alemanha; ram ilustrações de provérbios Municipal. Aí decorreu uma Bélgica; Itália; Noruega e Tur- portugueses onde entra a cor troca de lembranças! A escola secundária Ferrei- quia) apresentou os trabalhos vermelha, por exª “ Vermelho Seguiu-se uma visita guiada à ra de Castro foi a vencedora desenvolvidos por alunos e pro- que nem um tomate”. Escola, onde os alunos do 12º do concurso ambiental «A fessores, subordinados a um tema Em Zonguldak, na Turquia, no ano de Artes tinham uma expo- escola», destinado a sensibili- específico. Puderam assim ser sição dos seus trabalhos. zar e a premiar o trabalho das comparados os resultados de cada À tarde os professores reuni- escolas na conservação e país com os dos países parceiros. ram-se para a elaboração do limpeza do espaço escolar, na O primeiro encontro decorreu relatório final e os alunos tive- utilização eficiente da energia em Novembro de 2009, em Itália, ram uma actividade surpresa. onde os parceiros apresentaram No final da tarde apresentaram e da água e no reencaminha- as suas escolas, regiões, bem aos professores o trabalho mento dos resíduos. como o Sistema Educativo do seu desenvolvido – diversas coreo- O concurso, promovido no país. grafias de músicas, em cuja âmbito do plano de activida- Na segunda sessão, em Geel, na letra entra a palavra “red”. des da divisão de ambiente da Bélgica, em Março de 2010, Seguiu-se o sorteio de peças autarquia, distinguiu a foram apresentados powerpoints mês de Março, decorreu o quinto de arte elaboradas pelas diver- «secundária» Ferreira de Cas- sobre o significado da cor verme- encontro subordinado ao tema sas Escolas. A EBSFC ficou tro como o estabelecimento lha na bandeira de cada país par- “O vermelho, no amor e na com uma peça de arte elaborada que apresentou «melhor ticipante, e sobre a violência nas sociedade”. Para este encontro pela Escola da Bélgica e o qua- Escolas envolvidas no Projecto. prepararam-se dois trabalhos: um dro da EBSF, com o Galo de desempenho ambiental». Foi também em Geel que se criou Barcelos, típico do Norte de A autarquia considera que a Portugal, foi para a Turquia. escola premiada reúne «todas Passou-se a uma actuação da as sinergias necessárias para Orquestra de Sopros Ferreira de melhorar ainda mais, quer a Castro que muito encantou os nível de infra-estruturas, quer visitantes. a nível de motivação». Antes do jantar houve ainda O concurso foi lançado um momento para outra activi- junto das escolas-sede dos dade surpresa, uma dança, à luz de velas vermelhas! agrupamentos e secundárias powerpoint sobre a influência de No final do jantar, a actuação do concelho que apresenta- a bandeira deste Projecto. uma família nobre da região de do Grupo Foclórico de Cidacos, ram um relatório ambiental A terceira mobilidade decorreu cada Escola, e a sua influência ao qual fica aqui um agradeci- que serviu de base à decisão. em Rüdersdorf, na Alemanha, e na nossa sociedade (no caso da mento especial, constituiu um In: http://www.esfcastro.net/ cada Escola dramatizou a EBSFC escolheu-se Dom ponto alto! Alunos, professores, “História do Capuchinho Verme- Manuel Correia de Bastos Pina – bem como funcionários da lho” segundo a versão do seu Bispo Conde de Arganil, e tio- EBSFC, divertiram-se imenso a país. avô dos actuais proprietários da dançar folclore - uma outra Em Setembro/Outubro de 2010, Quinta da Costeira); o outro forma de Arte tipicamente por- o encontro decorreu em Skogn, trabalho apresentado foi sobre tuguesa! na Noruega, e, para os alunos da uma história de amor – os alunos Professores e alunos dos EBSFC, a elaboração e apresenta- desta Escola apresentaram um diversos países agradeceram ção deste trabalho foi muito espe- filme por eles produzido e ence- imenso todos os momentos que cial pois sendo alunos de Ciên- nado sobre a História de Pedro e lhes foram proporcionados, e cias e Tecnologias, o tema Inês de Castro. Este filme fez partiram com saudade, para o “Extracção de pigmentos de cor enorme sucesso pois a história Sul, rumo a Cuba!... vermelha a partir da fauna ou da apesar de triste, tornou-se bas- Página 14 Página 14
  • 15. III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Opinião/Reflexão A Democracia somos nós Levantam-se por vezes vozes num regime ditatorial poderá os males – é um sistema que ainda mais radicais que, de for- justificar a hipótese de substi- vive da intervenção dos cida- ma demagógica, aludem à neces- tuição da democracia por qual- dãos e da sua capacidade de sidade imperiosa da vinda de um quer outro regime supostamente entrega e exigência perante a salvador, leia-se, ditador, como mais benéfico para os seus causa pública. forma de garantir a ordem e a cidadãos. A democracia pode estar esperança no futuro. Pela simples razão de que desvirtuada, mas essa situação A democracia e a forma como todos aqueles que eventualmen- não resulta do sistema em si funciona é antes de mais reflexo te se lamentam têm neste regi- mesmo: a responsabilidade da dos cidadãos que serve e da sua me a possibilidade única de o sua adulteração resulta da falta vontade e capacidade de inter- fazer livremente, podendo ainda de intervenção responsável do venção política. promover todas as formas de cidadão. E quando alguém se A ausência de participação O termo política deriva do reunião e contestação que pre- lamenta do estado que a demo- política de parte significativa dos grego “polis”, associação de tendam. cracia poderá ter atingido lasti- cidadãos tem frequentemente sido homens livres que devia garantir A democracia é um sistema ma-se em primeiro lugar da sua atribuída à forma como os parti- o governo da cidade de forma político que, apesar das imper- própria demissão da responsa- dos actuam, acusados de se apro- rotativa, para que nenhum cida- feições que possa apresentar, bilidade que lhe cabe no seu ximarem apenas dos eleitores em dão se pudesse furtar à responsa- não tem ainda qualquer outro funcionamento. períodos de escrutínio, procuran- bilidade da tomada de decisões sistema que a possa substituir, Tarefa fácil é desfrutar de do desta forma conquistar os necessária à sua governação. garantindo, de forma compro- todos os enormes direitos que a votos necessários para atingir ou Não se deve, pois, confundir o vada, a liberdade dos cidadãos. democracia nos permite, mais garantir a permanência no poder. regime democrático, que neces- Mas a democracia é em si difícil é assumir as responsabi- Esta situação tem conduzido ao sariamente apresenta algumas mesmo um sistema político lidades que diariamente um alargamento abusivo de críticas imperfeições, mas ainda é de exigente que desde a sua funda- sistema tão exigente como este que passam da forma como os longe o melhor sistema político ção tem apenas nos cidadãos o espera dos cidadãos. partidos políticos de forma mais conhecido, com a recente prática garante do seu funcionamento: ou menos generalizada actuam à partidária. não é por si mesma garante de Mário Luís Melo Ferreira incapacidade da própria democra- E seguramente só a ingenuida- nada ou abstracção que se assu- (professor de Artes Visuais) cia se regenerar. de ou a falta de vivência política ma como panaceia para todos A importância de ser português Numa sociedade em constan- força e fizeram valer os seus necessário, os te mudança todo o conceito de princípios. valores pelos quais nação, país, cidadão e, conse- Contudo, já lá vão 37 anos... nos regemos! quentemente, português se tor- já lideramos, já fomos submis- Assim, lutaríamos na relativo e dependente dos sos, já protestamos! E agora? pela igualdade e factores tempo e espaço. Como é ser português? não pelas desigual- Se, há uns séculos atrás, ser Agora somos mais um povo dades sociais que português significava ter a lide- no meio de muitos: vivemos se acentuam de rança da Europa e até do mundo numa democracia aparente, forma galopante… - conquistada através dos feitos temos uma sociedade estratifi- Ser português resultantes dos descobrimentos cada em classes, somos forma- deveria ser ter - actualmente esta visão não tados pela religião, educados orgulho em tudo o que construí- a viver numa passividade inútil. prevalece. com determinados padrões. mos! Assim, não diríamos leve- Porque não mostrar que Decorridas centenas de anos o Sabemos que o país vive mente que o futuro está no somos capazes? Porque não povo português foi perdendo a situações desagradáveis, sabe- estrangeiro… fazermo-nos ouvir e dizermos confiança na nação que havia mos sussurrar críticas a quem Acima de tudo, ser português “Não!” às coisas com que não sido líder na navegação, nas consideramos culpados e, ironi- deveria ser o espelho das nossas concordamos? Porque não afir- conquistas e nas trocas comer- camente, sabemos tapar as feri- crenças, dos nossos valores, das marmos que ainda somos uma ciais. Ainda bem presente estão das discreta e silenciosamente. coisas que nos tornam descon- nação, que ainda somos capazes os anos em que mergulhámos Ser português deveria signifi- tentes, daquilo que temos ver- de vencer e de honrar o que na ditadura implantada por car ser Portugal! Assim, não gonha de assumir que somos: ficou para trás? Salazar e à qual se deve um actuaríamos enquanto indiví- resumindo, deveria ser activo! “Deus quer, o Homem sonha, profundo atraso. duos, mas sim enquanto nação, Ao povo português falta acção, a obra nasce”... Portugal ainda Também lembrados estão, nação essa que em tempos sou- vive escondido por trás de um há-de renascer! certamente, os dias da Revolu- be reagir… sorriso pouco convicto de que Sim, sou portuguesa! ção de Abril... aí sim os portu- Ser português deveria ser tudo vai bem, “engole” aquilo Ana Filipa, 12E gueses voltaram a afirmar a sua afirmar, tanto quanto fosse que desperta revolta e continua Página 15
  • 16. Desporto e Arte III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Palestra com Carlos Secretário: “O segredo de um jogador para chegar ao sucesso” No dia 18 de Maio, no Ginásio da nossa Escola, foi realizada uma importante palestra sobre “O segredo de um desportista para chegar ao sucesso”, com a participação do ex-jogador da selecção nacional de futebol, Carlos Secretário. A iniciativa partiu do grupo de Área de Projecto do 12º E que tinha o Desporto como tema de trabalho. estou, com orgulho, num Cen- tro Novas Oportunidades para fazer o 9º e o 12º ano, mas teria sido bem melhor se o tivesse feito noutra altura.” O professor Luís Pedro, que assistiu à sessão de Carlos Secretário, afirmou que é essencial a conciliação das Diogo Ferreira, Joel Costa e Jorge Barbosa com Carlos Secretário actividades desportivas com o estudo para se assegurar um melhor futuro. O ex-jogador Carlos Secretá- rio realçou durante a pales- tra que por vezes é difícil conciliar a tempo inviabiliza essa concilia- ção, a prioridade deve ir para os estudos. A este propósito Car- actividade desportiva com os estu- los Secretário deu como teste- dos, mas que com vontade e esforço munho a sua própria experiên- isso é possível. No entanto, partilha cia: “queria estudar para médi- da opinião de que quando a falta de co mas desisti no 8ºano. Agora, Márcio Barra, autor do logótipo do anterior jornal “A Selva”, desde cedo evidenciou grandes aptidões artísticas, tendo chegado a autopropor-se para o exame nacional de Desenho A, no qual obteve a classificação de 17,5 valores. Apesar disso, considerou sempre que queria seguir ciências e que o desenho apenas seria para si um passatempo. Seguiu Ciências e Tecnologias e actualmente frequenta o 2º ano de Ciências Biomédi- cas na Universidade de Aveiro, mas continua a fazer belos desenhos, como nesta pági- na alguns dos seus trabalhos evidenciam. Márcio enviou ao jornal “A Selva” a seguinte mensagem: “foi com grande orgulho que vi o meu trabalho ter sido aceite para o jornal "A Selva". Se ainda estou a dar os primeiros passos no mundo da arte (à medida que vou trabalhando num curso que nada tem a ver), esse foi dos primeiros passos. Hoje em dia o trabalho em si (ainda este sábado vi um exemplar guardado) já me faz pensar que é deveras amador, mas há toda uma inocência que me agrada. E saudosismo, claro. Ainda não sei se é esse o usado no jornal, se continuar a ser fico conten- te, mas eventualmente deixem alguém que quer provar o seu valor fazer algo para o jornal: ). Beijos para as minhas professoras e professo- res todos, saudades: ) continuo a desenhar e a tentar que saia alguma coisa disto, nunca desisti.” Márcio Barra está na Internet em: http://www.facebook.com/pages/M%C3% A1rcio-Barra/115208438562857 http://marciopk.deviantart.com/ Página 16 Página 16
  • 17. III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Desporto Escolar Entrevista às atletas do Corta-Mato Como prometemos na anterior edição, fomos à conversa com as alunas da Ferreira de Castro apuradas para a prova de Corta-Mato nacional, a Diana Aguiar, de 16 anos, e a Isa Maria, de 14 anos. “A Selva” : Que modalidades capaz de seguir por esse cami- praticam? nho? Ambas: Atletismo, as duas. Diana: Se me esforçar, “A Selva”: E há quanto tem- talvez. po é que praticam esse despor- “A Selva” : A participação to? no corta mato mudou alguma alguma mensagem àqueles Diana: Há 5 anos, as duas. coisa na vossa vida? Ficaram alunos que hesitam sempre em “A Selva” : Quais são os vos- conhecidas? ou alguém foi ter participar no corta mato ou em sos hobbies? convosco ? Fizeram comentá- algum tipo de desporto ? Diana: Ver televisão… rios? Isa : Acho que devem partici- Isa : Computador, internet… Isa : Não, em relação a mim par, pois é necessário não desis- os normais. ganhei mais motivação, ajudan- tirem como eu, por exemplo, “A Selva” : Antes de partici- do-me em algumas provas. que sou federada. parem no corta mato quais eram Diana: Concordo. Diana: É bastante importante as vossas expectativas? Eram “A Selva” : Conseguem com- para a saúde e não é só para boas? patibilizar os estudos com os serem atletas, mas quem pratica Diana : Estávamos conscien- treinos? desporto é muito saudável. tes de que, se calhar, ganháva- Isa: Às vezes é complicado Diana Costa, do 11º ano. “A Selva” : Obrigado pela mos, digo eu. porque os treinos demoram colaboração. Isa : Nesse momento andava imenso tempo e acaba por ser a treinar menos, mas tinha a um bocado difícil. expectativa de ficar nos 3 pri- “A Selva” : Acham que no meiros porque sabia que muitos futuro vão conseguir conciliar? dos participantes só faziam Quando chegarem ao 12º e à parte da escola e não pratica- universidade? vam atletismo. Diana: Sim, é provável. Isa Maria, do 9º ano. “A Selva”: Então as vossas “A Selva” : Querem seguir o expectativas foram mais que atletismo como carreira? cumpridas? Ambas: Sim. Ambas: Sim … “A Selva” : Porque é que “A Selva” : E porque é que acham que estas iniciativas participaram? Foi só para escolares são importantes: con- melhorar o empenho da disci- tribuem para a visibilidade da plina, ou foi porque realmente escola? São importantes para os gostam de desporto? alunos? Diana : Participar no corta Isa: Quando começam a reali- mato nacional de escolas. zar estes corta-matos é que Isa: Concordo. alguns começam a ganhar o “A Selva”: Era esse o objec- gosto de correr. tivo principal? Diana : Eu, por exemplo, Isa : Era … iniciei este desporto quando “A Selva” : Então o desporto participei num corta-mato é bastante importante na vossa escolar . vida? “A Selva” : Então inscreveste Isa : Bastante mesmo. -te em que ano? “A Selva” : Põem a hipótese Diana : No 5º ano. E foi aí de seguir a vida profissional que comecei a gostar do atletis- como atletas? mo , mas foi no 6º que decidi Isa : Sim, com algumas difi- mesmo ir competir. culdades, mas sim. “A Selva” : Já agora, onde é Diana : É preciso muitos que competem? sacrifícios para chegar lá. Ambas : NAC. A equipa de reportagem d”A Selva” com as atletas Diana e Isa. “A Selva” : Mas achas que és “A Selva” : Querem deixar Página 17
  • 18. O novo logótipo III Milénio | Nº 13 | Junho 2011 Memória descritiva do novo logótipo d”A Selva” O jornal “A Selva” tem a partir deste número um novo logótipo, da autoria de Manuel José Ferreira da Silva, professor de Artes Visuais na nossa Escola. Manuel José Ferreira da Silva Professor de Artes Visuais O novo logótipo sucede ao que foi criado por Márcio Correia Barra, ex-aluno da Ferreira de Castro, quando no 9º ano O rganizei e dei relevo a quatro elementos figurativos que representam as principais áreas do saber: as ciências humanas, as artes e as letras. venceu o concurso Tal como os seres vivos, que coexistem nos seus habitats e lutam pela sobrevivência, as cores que escolhi para esta solução gráfica para o logótipo do pretendem homenagear os homens e as mulheres que nas selvas das suas vidas, lutaram sem tréguas pelo conhecimento e pela jornal. verdade no mundo. Nesta mudança de visual, “A Selva” dá Manuel José conta aos seus leitores do significado atribuído pelo professor Manuel Silva ao novo logótipo do jornal e homenageia Márcio Barra mostrando na página 16 algumas das suas criações artísticas. Editorial A aventura de ser jornalista C omo sabem, A Selva foi “atirada” para as mãos de alguns alunos do consideravam ser importante, apelativo, dinâmico e jovem! Foi pensando sempre em que obrigou estes jornalistas a esforçarem-se... a oportu- resultado deste trabalho compensa! 12ºE que aceitaram o desafio dinamismo que quiseram nidade que teriam de deixar Antes de abandonar o jor- de se tornarem jornalistas divulgar este projecto, apelar uma marca na escola, neste nal, os alunos que até agora durante um ano lectivo! à participação da comunida- último ano, e de mostrar o foram responsáveis pelo Este desafio foi motivo de de escolar e aceitar as suges- seu trabalho a todos, preva- mesmo gostariam de deixar muitas discussões, receios, tões que fossem chegando! leceu acima de tudo! uma mensagem: por muito hesitações... Afinal, não era Muito foi o trabalho neces- Por último, conseguimos que vos pareça rebuscada a brincadeira fazer um jornal sário para que o jornal vos também cumprir com a nos- ideia de estarem à frente de que fosse visto por todos chegasse da melhor forma sa vontade de renovação do uma iniciativa como esta, vocês! Contudo, ainda que possível, muito foi o tempo visual do jornal, mudando o embarquem nesta aventura e não estivessem bem certos do ocupado com “A Selva”, mas formato do seu cabeçalho. façam com que este jornal que os esperava, havia que muitas foram também as aju- Todos estes factores per- tenha um pouco de todos os começar a organizar ideias e, das para que nada falhasse e, mitem aos “selváticos” que fazem desta infra- claro, pô-las em prática. sobretudo, muitas foram as fazer um balanço bastante estrutura gigante uma ver- Assim, e cada vez com mais palavras de apoio e de incen- positivo desta experiência! dadeira escola! entusiasmo, os tivo. Sim, este foi, de facto, o É verdade que o trabalho e Se, no início, parecia uma ”selváticos” (como o grupo projecto de 13 alunos, projec- o tempo desgasta e ocupa autêntica loucura, no fim há se auto-denomina) procura- to ao qual será atribuída uma cada um destes a recompensa de todo o ram fazer passar, através do classificação! No entanto, “jornalistas”, mas verdade esforço! jornal escolar, aquilo que não foi esse o único motivo é também que ver-vos ler o Página 18 Página 18