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A Selva — Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro                       III Milénio | Nº 12           Abril 2011


                                                           Perspectivas para a nossa escola
                                                             À conversa com a Directora
                                                      Com a nossa escola em grandes mudanças, a equipa redactorial d’
                                                      “A Selva” entrevistou a Directora, professora Ilda Ferreira, com o
                                                      intuito de recolher as suas opiniões sobre a vida escolar no presente
                                                      e no futuro….                                           (Pág. 3)


        20 de Maio - 14 horas              Aluno da E. B. S. F. Castro ganha
        Ministra da Educação        Diploma internacional de Língua Francesa
visita a Escola Básica e Secundária
          Ferreira de Castro        No passado dia 9 de Dezembro de 2010, na Escola Secundária Dr.
                                                                   Manuel Laranjeira em Espinho, Christophe da Silva, aluno da Escola
                                                                   Básica e Secundária Ferreira de Castro, recebeu na presença dos represen-
                      24 de Maio                                   tantes do Ministério da Educação Francês, da Alliance Française do Porto
                     Dia da Escola                                 e da Direcção Regional de Educação do Norte, o Diploma Elementar em
                                                                   Língua Francesa, nível B2 (DELF B2).                       (Pág. 2)
  Workshops, mob dancing show, desporto,
         música e muito mais...
                                                       (Pág. 21)   Alunas da E. B. S. F. Castro apuradas para a
                                                                             prova de corta-mato...
Nesta edição:
                                                                                                            A Isa e a Diana, alunas do
Notícias                  2
                                                                                                            9º e do 11º Anos da nossa
Grande entrevista         3-5
                                                                                                            escola, foram apuradas
Leituras                  5-6                                                                               para o Campeonato
Ambiente                  7                                                                                 Nacional de Corta - Mato.
                                                                                                                               (Pág. 31)
Novas oportunidades       8-9
                                    Comemoramos o 37º
Visitas de estudo         10-13
                                  Aniversário da Revolução
Iniciativas / Projectos   14-22
                                          de Abril.
                                                                     Como funciona o processo de certificação
Poesia                    22-23

Teatro                    24       No próximo número do
                                                                       de competências dos adultos (RVCC)
Opinião /Reflexão         25-27    jornal “A Selva” serão
                                                                     Entrevista com a professora Paula Catela
Línguas                   28-30     publicados trabalhos             Dar a conhecer as várias oportunidades que existem na nossa
Passatempos               30       alusivos a esta data tão        escola para que os adultos possam certificar as suas competências,
Desporto escolar          31      importante para Portugal         é o objectivo da entrevista realizada pelo jornal “A Selva” à coor-
                                                                   denadora do CNO – CENTRO NOVAS OPORTUNIDADES,
A nova Escola             32
                                                                   professora Paula Catela.                              (Pág. 9)
Notícias                                                             III Milénio | Nº 12 | Abril 2011


 Editorial                                            Diploma de Língua internacional de Língua Francesa para
                                                      aluno da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro
 Cá estamos a procurar cumprir a promessa de
 uma nova era para o nosso jornal, marcada pela
 responsabilidade que nos foi atribuída de                                                      língua francesa, no âmbito do Quadro
 editarmos o jornal da Escola.                                                                  Europeu Comum de Referência para as
 Durante o 2º período lectivo lançámos uma                                                      Línguas (QECR). À luz deste documen-
 campanha no sentido da alteração do logótipo do                                                to, os exames, iguais para todos os paí-
 jornal e de
 fomentar a
                                                        N      o passado dia 9 de Dezembro
                                                               de 2010, na Escola Secundária
                                                      Dr. Manuel Laranjeira em Espinho, 1
                                                                                                ses europeus, dividem-se por quatro
                                                                                                níveis de competência linguística (A1,
                                                                                                A2, B1, B2) e são promovidos, no nosso
 participação de                                      aluno da Escola Básica e Secundária       país, pelo Serviço Educativo da Embai-
 toda a                                               Ferreira de Castro recebeu, na presen-    xada Francesa em Portugal e pela
 comunidade                                           ça dos representantes do Ministério da    Alliance Française, em articulação com
 educativa na                                         Educação Francês, da Alliance Fran-       as Direcções Regionais de Educação e a
 elaboração do                                        çaise do Porto e da Direcção Regional     Associação de Professores de Francês
 jornal.                                              de Educação do Norte, o Diploma           (APPF).
 Relativamente                                        Elementar em Língua Francesa, nível         Este tipo de diploma poderá facilitar,
 ao logótipo, não                                     B2 (DELF B2). O aluno agora distin-       futuramente, a entrada numa universida-
                                                      guido chama-se Christophe da Silva.       de francesa e trazer vantagens no acesso
 obtivemos
                                                      Em Maio de 2010, este aluno realizou,     ao mercado de trabalho.
 propostas, por isso mantém-se o actual. Mas          com excelentes resultados, o exame          A este aluno, desejamos as maiores
 quanto à colaboração de alunos e professores,        oral e escrito que, agora, lhe conferiu   felicidades para o seu futuro académico,
 isso sim, foi uma aposta bem ganha, pois, como       esta certificação.                        profissional e pessoal e esperamos que
 este número do jornal revela, foram muitas e           Estas provas, realizadas em contexto    outros alunos, agora no 9º ano, sigam o
 variadas as notícias que nos fizeram chegar.         escolar, desde há três anos, são da       exemplo do seu colega e se inscrevam
 O próximo número ainda vai ser melhor!               responsabilidade do Ministério da         para a realização dos exames DELF que
                                                      Educação Francês e regem-se pelos         terá lugar na Escola Secundária Dr.
                                  A turma do 12º E    critérios europeus de certificação do     Manuel Laranjeira, nos dias 12 e 13 de
                                                      nível de proficiência linguística em      Maio de 2011.

Propriedade:
Escola Básica e Secundária Ferreira de
                                          Escritor e jornalista Vítor Hugo na Feira do Livro
Castro - Rua Dr. Silva Lima               da Escola
3720-298 Oliveira de Azeméis
Tel. 256 666 070 | Fax. 256 681 314
                                           N      o dia 28 de Março, a Biblioteca
                                                  recebeu o jornalista e escritor
                                          Vítor Hugo Carmo que “abriu” a Feira do
Directora: Ilda Ferreira                  Livro que ali decorreu.
                                            O escritor falou com alunos do ensino
       http://www.esfcastro.net           secundário acerca dos seus projectos
       jornalaselva@gmail.com             (como a conclusão de um romance e uma
                                          incursão no cinema), das suas actividades
                                          profissionais e da forma como consegue
   Responsabilidade pela edição,
                                          conciliar o trabalho diário com a escrita.
      redacção e composição               Respondeu também às várias questões
                                          apresentadas por um conjunto de alunos
Alunos: Cátia Fonte, Lorina Gaspar,       bastante atento e interessado!
Mónica Pereira, Sílvia Choupeiro,           Vítor Hugo Carmo já publicou o livro de Encontro do escritor e jornalista Vítor Hugo com alu-
Vanessa Lima (edição); Diana Con-         contos “O mel e o fel” e o livro de poesia             nos da Ferreira de Castro
ceição, Diogo Silva, Miguel Teixeira,     “A outra página em branco”. Em prepara-
Rosa Silva (redacção); Ana Carvalho,      ção está um romance… ficaremos à espera que ele chegue à nossa BECRE!
Sara Agostinho, Tânia Paiva, Yhony          Até lá, se tiverem curiosidade, procurem na net o programa “Fa-las curtas”, da RTP2, e
Alves (composição).                       encontrarão uma curta-metragem de Vítor Hugo Carmo.


Professores: Artur Ramísio (Área de       Dia do PI
Projecto) e Maria João Moreira
(Português).

Impressão: Escola Básica e Secundá-
                                           3    ,141592653589793…
                                                Este é apenas o início de um número muito especial com uma infinidade de casa deci-
                                          mais: o número π – a razão entre o perímetro de um círculo e o seu diâmetro.
ria Ferreira de Castro                      No dia 14 de Março comemorou-se na Escola B. Secundária Ferreira de Castro este dia, com
Tiragem da versão impressa: 200 ex.       o objectivo de promover junto dos alunos o gosto pela matemática, aproveitando o interesse que
                                          o π tem suscitado ao longo dos tempos em todas as culturas.

    Página 2
III Milénio | Nº 12 | Abril 2011                                                              Grande entrevista


Perspectivas para a nossa escola
                                À conversa com a Directora

   As obras de remodelação da Escola
 Básica e Secundária Ferreira de Castro
 aproximam-se do fim e, a par disso, há
  também notícias relacionadas com a
     reorganização das escolas e dos
 currículos. Com a intenção de saber de
  que modo estas alterações se poderão
reflectir na vida escolar, no presente e no
futuro, a equipa redactorial d’ “A Selva”
    entrevistou a Directora da escola,
         professora Ilda Ferreira.



  Que balanço é que faz deste ano lectivo?
  Faço um balanço francamente positivo, até porque comecei há pouco       torno do nosso patrono: construímos um Projecto Educativo, apro-
tempo. É o segundo ano do meu mandato e penso que estou a conseguir       vado no ano anterior, um novo Regulamento Interno e uma nova
levar avante aquilo a que me propus em termos do Projecto de Inter-       imagem da escola, um novo logótipo, tudo numa tentativa de criar e
venção na escola. Como sabem, há dois anos realizou-se um processo        reforçar a identidade da nossa escola. O nosso Projecto Educativo
de candidatura para o Director da escola, existiu mais do que uma can-    foi considerado, pela Agência Nacional de Qualificações, um dos
didatura, sendo o projecto apresentado por mim aquele que mereceu o       seis mais interessantes e consistentes, num universo de sessenta
acolhimento da maioria dos membros do Conselho Geral. Por isso, irei      escolas.
cumprir aquilo a que me propus.
                                                                            Como é que vai ser dirigido, isto é: haverá novas funções?
  Em relação ao ano passado, o número de alunos tem aumentado               Para o quinto ano? Sim, será nomeado um coordenador que irá
ou diminuído?                                                             acompanhar este novo ciclo. Este, como já mencionei, será o nosso
  Sensivelmente o mesmo. No ano passado tínhamos 1094 e este ano          próximo desafio.
1050. O que temos é mais turmas: para além do ensino regular, este ano
temos mais 2 Cursos de Educação e Formação (CEF), tipo 6; relativa-         Estão anunciadas alterações aos currículos como, por exem-
mente aos cursos profissionais, temos mais uma turma do primeiro ano      plo, vão deixar de existir as aulas de Área de Projecto. Que mais
de Animação Sociocultural e menos uma turma, do Curso Técnico de          alterações poderão vir a existir?
Gestão; continuamos a ter dois cursos de Educação e Formação, tipo 2,       O que já está na lei para funcionar, a partir de Setembro, no próxi-
o de Empregado Comercial e o de Padaria e Pastelaria. O nosso objecti-    mo ano lectivo, é o término da Área de Projecto e do Estudo Acom-
vo é aumentar a oferta formativa, não só no ensino profissional, como     panhado, no 3.º ciclo. O
também aumentar o número de turmas no ensino regular/normal. No           Estudo acompanhado vai
próximo ano lectivo vamos ter um grande desafio: o segundo ciclo          funcionar apenas como           “Nestes últimos anos tentamos
nesta escola, com turmas do quinto ano, que vamos acolher pela pri-       apoio educativo. Em
                                                                          relação ao ensino secun-       reforçar a identidade da escola,
meira vez, a partir de Setembro. O desafio do ano em curso foi, de
facto, conviver pacificamente com as obras; no próximo será o novo        dário, ainda não foi nada        em torno do nosso patrono:
ciclo do ensino básico!                                                   publicado, embora exista
                                                                                                             construímos um Projecto
                                                                          uma proposta que se
  Com as novas instalações, a escola irá fazer parte de algum agru-       encontra em discussão            Educativo, aprovado no ano
pamento?                                                                  pública.                       anterior, um novo Regulamento
  Com a construção do Centro Escolar, que está previsto para os terre-                                  Interno e uma nova imagem da
nos contíguos à Escola, já cumprimos o estipulado na lei, pois passa-       Sabe se existem casos
mos a constituir um Agrupamento Vertical, com alunos desde o pré-         de violência aqui na          escola, um novo logótipo, tudo
escolar até ao décimo segundo ano. A decisão ainda não está tomada. A     escola?                      numa tentativa de criar e reforçar
DREN irá decidir depois de ouvir a Escola e o Município. No entanto,        Esse foi um desafio
Legenda que descreve a ima-                                                                             a identidade da nossa escola.”
estou com a esperança de que, tornando-se um Agrupamento Vertical,        inicial, primeiro, no
gem ou gráfico.
a escola se vai tornar muito grande e difícil de gerir. Mais complicado   projecto de Intervenção
seria gerir um agrupamento com mais do que um núcleo escolar.             do Director e depois no
  Nestes últimos anos tentamos reforçar a identidade da escola, em        Projecto Educativo.
                                                                                                                                 (Cont. p. 4)

                                                                                                                                   Página 3
Grande entrevista                                                                 III Milénio | Nº 12 | Abril 2011


                                                                                      Entrevista com a Directora
  Perspectivas para a nossa escola                                                    Professora Ilda Ferreira
                                                                                                                                   (Cont. da p. 3)


                                   Nestes documentos, um dos objecti-        guração. Vamos apontar para Abril...
                                   vos era melhorar as relações inter-
                                   pessoais entre os pares da escola,         E vem alguém especial?
    “O nosso Projecto              reduzindo os casos de indisciplina e       Também não sabemos. Sabem que isso é tudo organizado pela
  Educativo foi considerado,       violência. A escola tem uma equi-         empresa e a gestão é feita por ela.
  pela Agência Nacional de         pa, designada Equipa de Qualidade,
                                   que faz a avaliação contínua da             Mas não queria que viesse aqui alguém como o Presidente da
  Qualificações, um dos seis
                                   escola e, portanto, também dos            Câmara, por exemplo?
  mais interessantes e             casos de violência. Apercebemo-             Sim, faço muita questão que venham pessoas tais como o Presi-
  consistentes, num universo       nos do elevado número de casos de         dente da Câmara, o Vereador da Educação. Seria importante a pre-
  de sessenta escolas.”            indisciplina e da existência de mui-      sença de um membro do governo, pois daria um maior significado
                                   tos procedimentos disciplinares.          ao acto.
                                   Neste sentido, foram elaborados
                                   inquéritos aos alunos sobre a vio-          Que perspectivas tem para o futuro em relação à escola?
                                   lência. Os alunos pronunciaram-se           Espero cumprir aquilo a que me propus e levar as coisas com
sobre aquilo que sentiam na escola. Fizemos uma análise e pedimos            calma, até porque sou uma pessoa calma e gosto de ouvir toda a
sugestões aos alunos sobre formas de minorar este fenómeno e surgi-          Comunidade Escolar. Adopto uma
ram várias ideias.                                                           liderança “com as pessoas” e não
  Foi, neste contexto, que nasceu o Projecto da Diversão Solidária,          “sobre as pessoas”. É essencialmente
coordenado pela professora Yaneth Moreira. Um dos objectivos deste           nisso que eu aposto e também na        “Espero cumprir
projecto é a criação e reforço de laços de solidariedade, entre alunos,      criação de uma rede de lideranças.   aquilo a que me propus
dando-lhes maiores responsabilidades. Outra forma de reduzir a violên-       Penso que caminhamos exactamente e levar as coisas com
cia foi o movimento associativo dos                                          para isso.                           calma, até porque sou
alunos. Incentivámos o ressurgimento da                                                                              uma pessoa calma e
Associação de Estudantes. Acho muito                                            O espaço escolar aumentou. gosto de ouvir toda a
importante este tipo de iniciativas por-      “Incentivamos o                Acha que há um número suficiente Comunidade Escolar.
que, ao mesmo tempo, os alunos criam ressurgimento da                        de funcionários?                        Adopto uma liderança
hábitos de cidadania responsável através Associação de                          Olhem, não há! Nós temos menos
da participação nos órgãos próprios, e Estudantes. Acho muito                10 funcionários do que os necessá-
                                                                                                                     «com as pessoas» e não
também dão voz aos estudantes.              importante este tipo de          rios. Temos feito sentir isso à tutela. «sobre as pessoas» .
  Ainda em relação à violência, criámos iniciativas porque, ao               Os pais têm ajudado no que toca a
o Gabinete de Apoio ao Aluno no senti- mesmo tempo, os                       esse assunto porque também é impor-
do de evitarmos situações de violência.                                      tante a sua colaboração.
Os alunos com problemas comportamen-
                                            alunos criam hábitos de             Como sabem, a escola triplicou o
tais são sinalizados e é efectuado um cidadania responsável                  seu espaço e são necessários muitos
plano de acompanhamento. A prevenção através da participação                 mais funcionários. No entanto, como é sabido, o orçamento de esta-
deste fenómeno evitará situações extre- nos órgãos próprios, e               do não permite mais contratos. Foi sugerida pela DREN a contratua-
mas de procedimentos disciplinares. também dão voz aos                       lização externa dos serviços de limpeza, o que já nos ajudava, se
Reduzimos substancialmente os proces- estudantes.”                           fosse concretizada. Isto porquê? Se os nossos funcionários cumpris-
sos disciplinares. O trabalho de preven-                                     sem o horário só para estarem em determinados sectores e se a lim-
ção é mais importante do que o de puni-                                      peza fosse feita pela empresa teríamos horários diferentes, porque os
ção.                                                                         funcionários poderiam entrar mais tarde e cumprir o seu horário só
                                                                             nos sectores. Não teriam que fazer a limpeza.
  Existe uma participação activa dos                                            A vinda de uma empresa de serviços de limpeza teria ainda outras
pais (Encarregados de Educação) na vida escolar?                             vantagens. Por exemplo, os vidros do exterior do 1.º andar, têm de
  Os elementos da Direcção da Associação de Pais são pessoas activas,        ser limpos por uma empresa que tenha determinados equipamentos
que gostam de colaborar e têm participado em vários projectos da esco-       específicos.
la, nomeadamente no Projecto da Diversão Solidária, ofereceram as               É impensável as nossas funcionárias andarem de esfregona, por se
setas electrónicas e outros equipamentos. É importante o envolvimento        tratar de espaços enormes. Assim, pedimos já, no projecto de orça-
dos pais nos projectos escolares. A associação reúne-se mensalmente e        mento para este ano civil, um valor para a contratualização de um
eu participo nas reuniões, ouço o que têm a dizer e presto esclarecimen-     serviço de limpezas externo.
tos em relação àquilo que questionam. É importante a sua participação.
Temos pais muito atentos.                                                      E com o aumento do espaço escolar, teremos também novos
                                                                             professores, correcto?
  Em relação às obras, nós sabemos que estão a terminar. Quando                Não sei. Porque sabem que o fim das Áreas Curriculares (Área de
será o dia certo paraa ima-
                        a inauguração?                                       Projecto e Estudo Acompanhado) irá libertar professores. Mas,
Legenda que descreve
  Não sabemos. O prazo inicialmente apontado para a conclusão é 14           como vamos ter mais um ciclo, o 5.º ano, vamos necessitar de pro-
gem ou gráfico.
de Março de 2011, mas dificilmente será nesse dia. Como sabem, quem          fessores de outras Áreas Disciplinares, portanto, aí poderá haver
está a conduzir as obras não é a escola mas sim a empresa Parque Esco-       alguma mudança, mas não será um grande aumento de professores.
lar, que faz a sua gestão e que terá a decisão final sobre a data da inau-
                                                                                                                                   (Cont. p. 5)

    Página 4
III Milénio | Nº 12 | Abril 2011                                                             Grande entrevista


                                                                                   Entrevista com a Directora
 Perspectivas para a nossa escola                                                  Professora Ilda Ferreira
                                                                                                                                (Cont. da p. 4)
  Porque alteraram os horários neste ano lectivo?                         ciada a confecção na cozinha da escola se poderiam dar outras
  Por razões pedagógicas, ou seja, tentar concentrar os alunos de forma   garantias de melhoria. Relativamente à quantidade servida e varie-
a que eles, saindo mais cedo, consigam mais tempo para organizarem o      dade das ementas fomos informados de que estão a ser respeitadas
seu estudo em casa: ter apoios, ter música, entre outras actividades,     normas indicadas superiormente. Disponibilizaram-se, também, para
concentrando durante a manhã os tempos lectivos, para que de tarde        aceitar a presença de Pais/Encarregados de Educação que quisessem
possam desenvolver outro tipo de actividades.                             almoçar na cantina da escola e “testar” a comida servida.
                                                                            Tudo indica que, após o período de interrupção do Carnaval, as
  Soubemos da existência de várias queixas em relação à comida            refeições possam ser confeccionadas na escola.
servida na Cantina da escola. Que comentário faz sobre este pro-            Que mensagem gostaria de deixar à comunidade escolar?
blema? Irá existir solução?                                                 A nossa escola está prestes a inaugurar
  Por motivo de obras na escola, durante o ano de 2009-2010, o serviço    instalações totalmente renovadas e
de refeições passou a ser feito na modalidade de catering. Ao longo       melhores.
desse ano esta escola denunciou aos responsáveis quer da Direcção           A Direcção espera e deseja que as           “É preciso (…)
Regional de Educação do Norte, quer da                                    novas instalações contribuam para o zelar pela
empresa adjudicatária - Eurest, várias defi-                              bem-estar e sucesso de todos. Cabe a conservação e
ciências no serviço de refeições. Menciona-                               cada um de nós tirar o melhor partido limpeza dos novos
ram-se, essencialmente, questões relaciona-       “...ficaram             das condições oferecidas em benefício espaços e
das com a pouca quantidade e falta de quali-     decididas algumas        do estudo, do ensino-aprendizagem e
dade de alguns pratos confeccionados. Estas medidas (…)
                                                                                                                      equipamentos.”
                                                                          também do convívio. É preciso, por
queixas, apoiadas em inquéritos preenchidos relacionadas com o            exemplo, zelar pela conservação e lim-        “Contamos (…)
pelos alunos, reclamações de Encarregados cumprimento de                  peza dos novos espaços e equipamentos.      com a Associação de
de Educação, levaram à substituição do local horários, melhoria           Só com a colaboração de todos neste Estudantes para
onde se confeccionavam os alimentos.             do serviço de            aspecto será possível termos, realmente, colocar em prática
  No início deste ano lectivo, repetiram-se refeições,                    uma escola melhor.                          este apelo.”
alguns problemas e acrescentaram-se outros,                                 Contamos, ainda, com a Associação
                                                 quantidade e
como o cumprimento dos horários no início                                 de Estudantes para colocar em prática
do serviço, que foram imediatamente repor- qualidade da                   este apelo.
tados à empresa. Foi solicitada uma reunião comida.”
com os responsáveis da empresa que ocorreu                                  Nota da Redacção: a entrevista foi realizada em 18 de Fevereiro
no dia 27 de Janeiro e nela ficaram decididas
algumas medidas, nomeadamente relaciona-                                    de 2011 e, entretanto, algumas das situações relatadas sofreram
das com o cumprimento de horários, melho-                                   alterações, nomeadamente as questões relacionadas com Estudo
ria do serviço de refeições, quantidade e qualidade da comida.              Acompanhado e Área de Projecto do Ensino Básico.
  No entanto, nessa reunião, foi também referido que só depois de ini-


                                                          O que andamos a ler

 Apreciação crítica do conto “Tanta Gente Mariana”

                                           A     o ler este conto de
                                                 Maria Judite de Car-
                                           valho fiquei absorvida pela
                                                                          ela diz (escreve). O conto con-
                                                                          tém um grande centro de refle-
                                                                          xão e quando acabamos de o ler
                                                                                                              savam na morte; ambos intera-
                                                                                                              gem com poucas pessoas e
                                                                                                              passam muito tempo no quarto
                                           forma como ela escreve!        a nossa vida muda, porque ela       sozinhos. Enfim, ambos não
                                           A história em si não me        faz-nos pensar tanto que não        têm convivência social, falam
                                           encantou muito, mas a          conseguimos ficar indiferentes.     da angústia existencial e do
                                           forma como ela escreve é,        O mesmo acontece quando           isolamento.
                                           na minha opinião, espeta-      leio Fernando Pessoa. Ele faz-        Na minha opinião, estes dois
                                           cular. Gostei imenso!          me refletir!                        escritores têm uma forma de
                                           Ela tem frases que se des-       Fernando Pessoa também fala       transformar as mais simples
                                           tacam pela sua profundida-     (escreve) muito sobre o porquê      palavras em frases cativantes,
                                           de de sentimentos e pelo       de existirmos…                      de grande reflexão e de pura
                                           realismo. Por detrás delas       Ambos os autores tentam           simplicidade.
                                           existe também, por vezes,      compreender as pessoas,
                                           alguma ironia. E isso agra-    “pessoas estranhas” para eles;                      Adriana Santos
                                           da-me!                         ambos se sentem sós; ambos
                                           Para além disto, é pratica-    tentam encontrar uma solução
                                           mente impossível não           para as suas vidas, mas acabam
                                           ficarmos a pensar no que       por não fazer nada; ambos pen-

                                                                                                                                  Página 5
Leituras                                                                  III Milénio | Nº 12 | Abril 2011


                                       O que andamos a ler…
                                       Maria Judite de Carvalho

                                           M     aria Judite de Carvalho nasceu em
                                                 Lisboa a 18 de Setembro de 1921.
                                         Autora de inúmeros contos e crónicas, a
                                                                                            com uma escrita fluida e cujo universo fic-
                                                                                            cional revela personagens de perturbante
                                                                                            atualidade. Inebriadas pela complexa perso-
                                         sua obra encontra-se afastada dos compên-          nalidade de Fernando Pessoa, as alunas do 3º
                                         dios escolares, permanecendo desconheci-           ASC foram convidadas a entrar neste univer-
                                         da para a maioria do público escolar, ape-         so e o balanço foi muito positivo.
                                         sar de ter sido galardoada com inúmeros
                                         prémios literários. Trata-se de uma autora
    Maria Judite de Carvalho


Resumo do Conto Paisagem sem Barcos
                                          J oana é anos e é pro-
                                            de 38
                                                   uma rapariga     no colégio a falar com a Diretora,
                                                                    liga-lhe Mário Sena, um ex-
                                                                                                            seu relacionamento.
                                                                                                              Depois de Joana ter acabado
                                          fessora de Físico-        namorado. Mário ligou a Joana           com Artur, recebe uma chama-
                                          Química num colégio.      para se poderem encontrar, pas-         da de Mário a informar que vai
                                          Uma rapariga calma,       sados vinte anos, depois de ele         voltar para o Brasil, pois tem
                                          descontraída, bonita,     ter ido para o Brasil. Mário tinha      uns papéis muito importantes
                                          muito preocupada com      vindo passar uns tempos a Portu-        para tratar antes de se casar
                                          as opiniões dos outros.   gal, antes de se casar, ele iria        com a rapariga de 18 anos.
                                          Tem uma amiga cha-        casar-se com uma rapariga de 18         Chegam ainda a combinar
                                          mada Paula (apesar de     anos, e queria revê-la.                 talvez um dia irem os três
                                          Joana não a considerar      Artur é um homem, que traba-          passar uns dias ao campo.
                                          propriamente uma          lha num banco, com o qual Joana         Nessa mesma noite, Joana
                                          amiga íntima), que é      pensa vir casar, mas existe um          falou com Paula, mas sentia-se
                                          casada com Francisco.     problema: ele só admite casar-se        como se sentia no princípio,
                                          Elas telefonam uma à      depois de a sua filha de 17 anos        sozinha, abandonada, sem
                                          outra diariamente para    se casar, ou seja, daí a muito          ninguém. Joana chega a dizer
                                          contarem os pormeno-      tempo. Joana não concordava,            “Sou uma ilha.”. Pois é uma
                                          res mais interessantes    mas como gostava dele, tinha de         ilha perdida no oceano desco-
                                          de cada dia. É uma        aceitar. Na vida de Artur, Joana        nhecido com um nevoeiro
                                          espécie de desabafo,      estava sempre em segundo lugar.         denso que não deixa ver os
                                          pois Joana está longe     Ele nunca lhe prestava muita            barcos. Joana volta à sua rotina
                                          de casa, longe de tudo    atenção, gostava que fosse tudo à       anterior, dar aulas, dar explica-
                                          e como só tem Paula       sua maneira. Certo dia, Joana           ções e pouco mais.
                               conta-lhe as coisas, os seus         toma a decisão de acabar com
                               medos, os seus acontecimentos.       Artur, pois andava bastante can-                         Andreia Silva
                                 Certo dia, quando Joana estava     sada, exausta com o impasse do



                           Apreciação crítica do conto “Palavras Poupadas”
                                 E     u confesso que inicial-
                                       mente a minha vontade
                               de ler este conto era inexistente
                                                                    curiosa para saber mesmo o que
                                                                    realmente Leda tinha a dizer a
                                                                    Graça. Fiquei revoltada porque
                                                                                                         rem sentido.
                                                                                                           A afinidade entre Graça e
                                                                                                         Fernando Pessoa é que ambos
                               e, quando finalmente arranjava       nunca vou saber, mas definiti-       nunca estão realmente felizes
                               coragem para ler, o livro torna-     vamente considero que a ideia        e satisfeitos (“à espera do
                               va-se confuso e complicado e         do final do conto ser igual ao       amor, à espera de que o pai
                               eu desistia. Portanto, li o início   começo é engraçada e até dá          compreendesse, à espera de
                               umas cinco vezes. No entanto,        um toque pessoal agradável.          que Clotilde falasse, à espera
                               no momento em que percebi              Gostei muito da história em        do perdão que nunca havia de
                               que a autora regressa ao passa-      si: a infância de Graça é clara-     chegar, à espera, inconscien-
                               do conjugando o presente             mente marcante e toca qualquer       temente à espera da liberdade,
                               simultaneamente, achei interes-      pessoa. Achei curioso o facto        à espera de regressar onde já
                               sante e emocionante a história.      de a autora também ter utiliza-      nada a esperava, à espera de
                               Apesar de ter gostado do final,      do a estratégia de dizer umas        Leda… De que mais?”)
                               e não só por estar a acabar de       coisas e só, praticamente, no
                               ler (estou a brincar), fiquei        final nós as entendermos e faze-                  Joana Carvalho


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III Milénio | Nº 12 | Abril 2011                                                                 Ambiente


Limpeza da Minhoteira
                                                                         voluntários para este evento.      de erradicação de lixeiras, cum-
                                                                           Pelas 8:30 da manhã já se        prindo o compromisso assumi-
                                                                         e n c o n t r a v a m              do com a autarquia de Oliveira
                                                                         na Minhoteira vários voluntá-      de Azeméis, «Este foi o primei-
                                                                         rios de todas as idades            ro passo e a partir daqui vamos
                                                                         (crianças, jovens e adultos) com   procurar eliminar todos os
                                                                         boa disposição para ajudar na      focos poluidores», concretizou
                                                                         recolha. A câmara cedeu os         F. Pinho.
                                                                         tractores e a GNR e os Bombei-       No fim, como forma de con-
                                                                         ros Voluntários de Oliveira de     vívio, os voluntários desloca-
                                                                         Azeméis estiveram no terreno       ram-se para a junta de freguesia
                                                                         prontos para ajudar a erradicar    do Pinheiro da Bemposta,
                                                                         esta mega-lixeira. Para uma        onde foi oferecido um almoço
                                                                         maior higiene e segurança          pela câmara municipal.
                                                                         foram distribuídas luvas e t-        Também é de notar que no
                                                                         shirts.                            dia 20 de Março foi realizada
                                                                           Já no final da manhã, pelas 12   uma caminha pela serra da
                                                                         horas, dava-se por concluída a     Freita, que estava inserida nas
                                                                         limpeza desta lixeira, tendo       comemorações do primeiro

                                       P     ara comemorar o primei-     sido retiradas cerca de 100        aniversário do Limpar Portugal,
                                             ro aniversário do           toneladas de lixo.                 que contou com a participação
                                     “Limpar Portugal”, no dia 19 de       Este evento contou com a         de alguns voluntários.
                                     Março de 2011, foi limpa a          presença do Sr. Presidente da        Comentário de Fernando
                                     lixeira da Minhoteira.              câmara de Oliveira de Azeméis,     Nogueira, de 40 anos:
                                       Esta lixeira, considerada “o      Sr. Hermínio Loureiro, que           “Havia de haver mais eventos
                                     ponto negro” de todas as lixei-     declarou esta lixeira como “um     como este. Como iniciativa é de
                                     ras deste concelho, contava         problema muito grave do ponto
                                     com uma existência de 30 anos       de vista ambi ental” e
                                     e era uma das mais problemáti-      como «falta de educação das            “era muito bom que
                                     cas porque, além da quantidade,     pessoas e de respeito pelo meio
                                                                         ambiente». Apelou também a             houvesse muito mais
                                     havia grande variedade de lixo
                                     lá presente: desde pneus, latões,   que “quem presencie a prática         iniciativas como esta,
                                     ferro velho, colchões, a lixo       desses crimes os denun-
                                                                                                                porque é bom para o
                                     doméstico (fraldas, garrafas,       cie». Este evento contou ainda
                                                                         com a presença do Vereador              ambiente e para a
                                     sacos de erva,…).
                                       Antes do dia 19, foram feitas     Isidro Figueiredo e com um                comunidade”
                                     algumas reuniões de preparação      enviado da RTP1 que relatou o
                                     para este evento em Carregosa       acontecimento.
                                     e Oliveira de Azeméis. Nestas         Segundo Fernando Pinho,
                                     reuniões foram discutidas todas     coordenador do núcleo de Oli-      louvar, principalmente porque
                                     as normas de segurança, os          veira de Azeméis, «a questão       não envolve instituições, apenas
                                     meios que iriam ser disponibili-    essencial a retirar depois deste   o esforço de cada um e, tal
                                     zados para este dia… para que       trabalho é que se crie uma         como já disse, era muito bom
                                     no dia estivesse tudo organiza-     onda de sensibilização ambien-     que houvesse muito mais inicia-
                                     do.                                 tal, em particular junto das       tivas como esta, porque é bom
                                       No dia 19, as condições cli-      crianças e jovens». O movi-        para o ambiente e para a comu-
                                     matéricas eram muito boas e         mento irá continuar a dar          nidade. Um bem-haja!”
                                     isso favoreceu a vinda de vários    sequência ao plano municipal                Miguel Teixeira, 12ºE



Exposição de trabalhos de Físico - Química na
Biblioteca da Escola

 O      s alunos do 8º Ano, que ainda recentemente realizaram uma visita de estudo ao Jardim
        Botânico e ao Museu da Ciência, em Coimbra, têm desenvolvido trabalhos com grande
qualidade na disciplina de Físico-Química, os quais têm sido, por isso mesmo, expostos na
Biblioteca da nossa escola.

                                                 O olho humano e periscópios pelos 0itavos anos
                                                                   Tema: Luz de Físico-Química


                                                                                                                               Página 7
Novas Oportunidades                                                             III Milénio | Nº 12 | Abril 2011


CNO - Certificações do mês de Março

  O       Centro Novas Oportu-
         nidades Ferreira de
Castro, no passado mês de Mar-
ço, dinamizou algumas sessões
de júri que primaram pela origi-
nalidade e demonstração prática
de competências.
  No dia 16 de Março, a adulta
Nazaré Santos, certificada com
o nível B3, fez uma pequena
demonstração ao júri, presidido
pelo Avaliador Externo Dr.
Nuno Cardoso, de como se faz
um arranjo floral.




                                    bros do júri puderam adquirir
                                    novos conhecimentos.
                                       Ainda no dia 25, o CNO rea-
                                    lizou uma sessão de júri nas
                                    instalações da “Moldit”, empre-
                                    sa de moldes, situada em Ul/
                                    Loureiro, onde foram certifica-
                                    dos 10 colaboradores desta
                                    empresa.




  No dia 25 de Março, foram a         A sessão na Moldit
júri dois Bombeiros Profissio-
nais dos Bombeiros de Fajões,        consistiu numa visita
Carlos Teixeira e Hugo Soares,
que foram certificados com o
                                     guiada pela mesma,
nível B3.                            onde cada candidato
  A apresentação a Júri foi feita
em conjunto e incidiu sobre o         evidenciou as suas
Suporte Básico de Vida Adulto,
passos a dar, modos de actua-
                                     competências no seu
ção, etc. Foi uma sessão muito        posto de trabalho.
útil uma vez que todos os mem-



                                    CNO da Ferreira de Castro participa
                                    em formação internacional

                                     A       profissional Alexandra Leal participou na semana de 21 a 25 de Fevereiro numa formação que
                                            decorreu em Gent, na Bélgica.
                                      A Formação incidiu sobre a temática da educação de adultos, nomeadamente na motivação dos mesmos
                                    para o investimento no aumento das suas qualificações e nas diversas estratégias passíveis de utilizar.
                                      A profissional partilhou as temáticas abordadas na formação com a restante equipa, nomeadamente as
                                    profissionais, técnica de diagnóstico e coordenadora do CNO.




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III Milénio | Nº 12 | Abril 2011                                                                 Novas Oportunidades


Como funciona o processo de certificação de competências dos adultos (RVCC)

Entrevista com a professora Paula Catela
Dar a conhecer as oportunidades de formação disponíveis na
nossa escola e o modo como funciona o processo de
certificação de competências dos adultos (RVCC), é o objectivo
da presente entrevista realizada pela equipa de redacção do
jornal “A Selva” à coordenadora do CENTRO NOVAS
OPORTUNIDADES (CNO), professora Paula Maria Simões
Catela.

  O que quer dizer RVCC?            a ter muitas inscrições.
  É um processo de reconheci-         6 – Há quanto tempo está à         começam aqui na escola e com-
mento, validação, certificação de   frente deste projecto?                                                         formadores de TIC e de Mate-
                                                                         pletam todo o seu percurso aqui
competências, que os adultos          Desde Setembro de 2009.                                                      mática para a Vida. Com esses
                                                                         na escola, mas também desenvol-
adquiriram ao longo da vida.                                                                                       formadores alternados, o for-
                                                                         vemos itinerâncias, isto é, deslo-
                                      Qual o propósito desta escola                                                mando vai desenvolvendo as
                                                                         camo-nos a juntas de freguesia,
  Quais são os objectivos deste     ter sido escolhida para alber-                                                 suas competências de acordo
                                                                         empresas e desenvolvemos o pro-
projecto?                           gar esta iniciativa?                                                           com a sua história de vida. No
                                                                         cesso nesses locais. Portanto,
  Reconhecer a história vivida        Eu penso que a escola aderiu                                                 final, quando os formadores
                                                                         dentro da escola ou fora dela.
dos adultos, as competências que    porque se apercebeu que havia,                                                 acharem que eles têm as compe-
eles adquiriram ao longo da vida    de facto, adultos que, ao longo da                                             tências necessárias, são propos-
                                                                           Que tipo de formações são               tos para ir a uma sessão de júri,
a nível pessoal, profissional e a   sua história de vida, têm muitas     essas?
nível de instituições comunitá-     competências quer a nível profis-                                              isto no nível básico. No nível
                                                                           A formação é geralmente orga-
rias em que estejam inseridos.      sional, quer a nível comunitário e                                             secundário a sequência é a mes-
                                                                         nizada da seguinte forma: primei-
                                    não havia uma resposta em ter-                                                 ma, mas os formadores são
                                                                         ro temos uma Técnica, que é a
  Estes objectivos estão a ser      mos de ensino curricular para                                                  diferentes, o nível é mais exi-
                                                                         Dra. Liliana que, quando tem um
cumpridos?                          essas pessoas. Então, o centro                                                 gente e prolonga-se em termos
                                                                         número de inscrições suficientes,
  Sim estão. Nos primeiros anos     abriu no sentido de reconhecer a                                               de tempo. No nível secundário
                                                                         faz em grupo uma sessão de escla-
houve muita adesão uma vez que      essas pessoas as competências                                                  existem só três áreas: CLC-
                                                                         recimento acerca das ofertas for-
as pessoas vinham de livre von-     que de facto elas adquiriram ao                                                Cultura Língua e Comunicação,
                                                                         mativas que os adultos têm ao seu
tade e havia um maior grau de       longo da vida e acharam que                                                    STC – Sociedade, Tecnologia e
                                                                         dispor para completarem o ciclo
competências; no entanto, com o     eram úteis. Foi nessa perspectiva                                              Ciências, CP – Cidadania e
                                                                         de estudos. Depois, a partir daí, a
tempo, como eram subsidiadas        que aderiram a esta iniciativa.                                                Profissionalidade. No final o
                                                                         doutora faz sessões diagnósticas
pelos centros de emprego, viram                                                                                    processo é o mesmo: os forma-
                                                                         individuais para ver qual o perfil
-se obrigadas a frequentar o          O que motiva as pessoas a                                                    dores vão avaliar se têm compe-
                                                                         do adulto e qual o processo que se
Centro para aumentar a sua esco-    ingressar neste projecto?                                                      tência para irem a júri.
                                                                         adequa melhor ao mesmo - se será
laridade. Os objectivos ficaram       Por um lado a motivação é          o processo de RVCC ou não, pois
um pouco comprometidos por-         verem, de certa forma, reconheci-                                                Os formadores são professo-
                                                                         poderá ser necessário um processo
que os formandos não trabalham      das as suas competências e de                                                  res da escola?
                                                                         mais formativo como os cursos de
de forma tão eficaz, já que não     alguma forma terem a equivalên-                                                  A maior parte sim.
                                                                         educação e formação de adultos
são tão bons como eram no pri-      cia a estudos que não completa-      que são os EFA‟s. Após essas
meiro „boom‟. O número de           ram noutra fase da sua vida.                                                     Qual a variação entre as
                                                                         sessões e depois de esclarecido o
certificações ao longo do ano                                                                                      idades dos formandos?
                                                                         percurso ao adulto pela técnica
começou a baixar; se eles não         As pessoas que frequentam o                                                    É muito variada, vai desde os
                                                                         diagnóstica, o encaminhamento
tiverem as competências neces-      RVCC prosseguem os estudos?                                                    dezoito até cerca dos setenta
                                                                         do adulto passa para os profissio-
sárias são encaminhados para          Já temos vários casos em que                                                 anos.
                                                                         nais de RVCC, que são pessoas
outro tipo de formação para         de facto continuaram com os          normalmente licenciadas na área
terminarem o curso.                 estudos, alguns para licenciaturas   da Psicologia ou das Ciências            No final da entrevista a
                                    no Ensino Superior, outros para      Sociais, entre outras, que vão
  Há quanto tempo está em           cursos de educação tecnológica,      acompanhar os adultos e explicar         professora Paula Catela fez
funcionamento?                      os CET‟s, que são cursos de          em que consiste o processo que           ainda a seguinte proposta:
  Desde de Setembro de 2006,        especialização tecnológica e         vai iniciar. A partir de certa altura,
aqui na escola.                     temos vários casos que estão no      e depois de várias sessões com os        “se conhecerem alguém que
                                    Ensino Superior nesses cursos de     adultos, entram os formadores de         ainda não tenha o nono ano ou
  Tem muita adesão?                 educação tecnológica.                áreas específicas de acordo com o
  Nos primeiros anos mais, só                                            currículo.                               o décimo segundo, aconselhem
que neste momento o número de         As formações são feitas den-         Se for um currículo básico têm         os mesmos a virem
alunos que nos procuram são, de     tro ou fora da escola?               de entrar formadores de LC -
certa forma, obrigados. Mas sim,      Nós temos situações de forma-      Línguas e Comunicação - e de CE          experimentar o RVCC”
neste momento estamos de novo       ção dentro da escola, grupos que     - Cidadania e Empregabilidade - e
                                                                                                                                       Página 9
Visitas de estudo                                                              III Milénio | Nº 12 | Abril 2011



Viagem de estudo a Mafra

  E    ra uma vez 121 adoles-
       centes e 8 adultos. Era
uma vez 3 autocarros. Era uma
                                     nho que falta…
                                       Mas o que é bom acaba
                                     depressa: bastou uma pequena
                                                                        solicitados.
                                                                          Depois… Bem, depois foi
                                                                        lanchar, passear e regressar de
vez o relógio a bater as escassas    paragem para que todos acor-       autocarro em grande festa e
horas da madrugada. Era uma          dassem e entrassem em amena        animação. O corpo estava can-
vez uma viagem até Mafra.            cavaqueira.                        sado, o dia seguinte ia ser duro
  6 horas da manhã e já alguns         Fim da paragem. Aqui vamos       (desculpem, mas não era possí-
alunos estão à porta da escola.      nós rumo a Mafra. Chegámos a       vel adiar o teste…), mas ainda
O percurso é longo, mas certa-       horas, tratámos dos bilhetes e     havia muita garganta para
mente vai ser muito agradável,       assistimos à peça que a grande     aguentar a viagem até OAZ.
pois estão reunidas as vontades      maioria dos espectadores muito       20 horas 52 minutos: a chega-
necessárias para assistir à repre-   apreciou. Depois do almoço –       da a horas depois de uma via-
sentação d‟O Memorial do             entre o parque do Palácio e os     gem sem percalços. Só falta
Convento, de José Saramago, e        restaurantes ou tasquinhas da      “entregar os meninos” e des-
para visitar o Palácio que Sua       zona – chegou a hora da visita.    cansar não sem antes perguntar:
Majestade, el-rei D. João V          Parabéns aos guias que soube-        Valeu a pena?
mandou construir com o ouro          ram cativar os estudantes com        MJ
do Brasil e o suor do povo.          algumas curiosidades bem
  Que silêncio! Pudera, vão          “picantes” e responder pronta-
todos a dormir aquele bocadi-        mente aos esclarecimentos


Alunos do 8º Ano visitam Coimbra

  J á vemdesta escola partici-
    alunos
           sendo hábito os

parem em actividades extracur-
riculares que lhes permitem
aprofundar os conhecimentos
que adquirem nas aulas e enri-
quecer os laços que unem alu-
nos e professores. Neste ano
lectivo, os oitavos anos realiza-
ram, no passado dia 21 de
Janeiro de 2011, uma visita de
estudo a Coimbra. Nela conhe-
cerem o Museu da Ciência (no
âmbito de Físico-Química), a                       Biblioteca Joanina
Biblioteca Joanina (no âmbito
de História) e o Jardim Botâni-
co (no âmbito de Ciências
Naturais). A adesão foi extraor-
dinária, tendo faltado apenas
uma aluna por se encontrar
doente. Os alunos manifestaram
-se bastante satisfeitos com a
visita de estudo. Seguem-se
algumas fotografias da visita de
estudo.
                Yaneth Moreira                                Jardim Botânico                                     Museu da Ciência



Alunos das turmas TG3 e 12º C visitam 9ª Mostra da Universidade do Porto

  N     uma actividade integrada no Plano Anual de
        Actividades, os alunos das turmas TG3 e 12º
C, acompanhados por professores da nossa escola,
efectivaram, recentemente, uma Visita de Estudo à
9ª Mostra da Universidade do Porto.

     Página 10
III Milénio | Nº 12 | Abril 2011                                                              Visitas de Estudo


As Drogas Sociais - formandos do curso EFA visitam Visionarium

                                        N      o passado dia 26 de
                                               Fevereiro de 2011, os
                                       formandos do curso EFA –
                                                                          “quase” cientistas pois tiveram
                                                                          a oportunidade única de testar o
                                                                          efeito das Drogas Sociais
                                                                                                              preciosa colaboração da moni-
                                                                                                              tora do Visionarium.
                                                                                                                Esta visita é a prova viva de
                                       Nível Secundário – da Escola       (cafeína, nicotina e o álcool) no   que nunca é tarde para aprender
                                       Básica e Secundária de Ferreira    ritmo cardíaco das misteriosas      e descobrir o mundo que nos
                                       de Castro, realizaram uma visi-    Dáfnias. Estas experiências não     rodeia, quer através da ciência
                                       ta de estudo ao Visionarium em     poderiam deixar de ficar regis-     quer através das novas tecnolo-
                                       Santa Maria da Feira.              tadas e, para isso, nada melhor     gias.
                                         No laboratório do Visiona-       do que aprender a criar um
 Formandos do curso EFA no Visiona-
                                       rium os formandos sentiram-se      blogue, tarefa facilitada com a
     rium, em S. Maria da Feira


Alunos do curso de Panificação e Pastelaria de visita a Bruxelas
                                                     O      s alunos
                                                            da turma
                                                   do curso de Pani-
                                                   ficação e Pastela-
                                                   ria, da Escola
                                                   Básica e Secun-
                                                   dária Ferreira de
                                                   Castro, realiza-
                                                   ram entre os dias
                                                   28 e 30 de Mar-
                                                   ço, uma Visita de
                                                   Estudo à cidade
                                                   de Bruxelas -
                                                   Bélgica. Tiveram
                                                   oportunidade de
                                                   visitar o Parla-
                                                   mento Europeu e,
                                                   assim, compreender melhor o
                                                                                         so chocolate. Houve ainda tempo para visitar a parte
                                                   funcionamento da União Euro-
                                                                                         histórica e turística da cidade: a Grand Place, o
                                                   peia. Um dos pontos altos da
                                                                                         Manneken Pis, as “Chocolateries” e o famoso Ato-
                                                   visita foi a participação num
                                                                                         mium. Uma viagem inesquecível para muitos destes
                                                   worshop de chocolate, ou não
                                                                                         alunos.
                                                   fosse a Bélgica o país do delicio-



Alunos do CEF - Empregado Comercial
visitam hipermercado 8ª Avenida

 N      o passado dia 24 de Fevereiro de 2011, os alunos do Curso CEF –
        Empregado Comercial – da Escola Básica e Secundária de Ferreira
de Castro, realizaram uma visita de estudo ao Hipermercado Continente e
ao Centro Comercial 8ª Avenida - S. João da Madeira. Os alunos tive-
ram oportunidade de visitar os armazéns do Hipermercado com uma expli-
cação especializada acerca dos procedimentos de gestão e controlo de
stocks, disposição, localização, ” ilhas” de produtos no espaço comercial e
serviços pós-venda. Identificaram e caracterizaram ainda, os diferentes
estabelecimentos comerciais e a sua localização no centro comercial.
  É longo o caminho por meio de teorias, mas breve e eficaz por meio de
exemplos.

“A sabedoria do mestre, não deverá estar somente em cumprir
metas e leccionar conteúdos, mas acima de tudo, desocultar as
    inúmeras competências que existem em cada jovem”
                                                      Séneca
                                                                                                                                Página 11
Visitas de estudo                                                         III Milénio | Nº 12 | Abril 2011



Visita a Mafra dos alunos do 3º ano do Ensino Profissional

                                    N     o passado dia 11 de Março, as quatro
                                          turmas do 3º ano do Ensino Profissional
                                  deslocaram-se a Mafra para mais uma visita de
                                  estudo dinamizada pela disciplina de Português.
                                  A visita estava relacionada com um dos conteú-           “Achei a visita muito enriquecedora!
                                  dos programáticos a abordar no módulo 12 dos             Já tinha estado antes no Convento de
                                  cursos profissionais: Textos Narrativos e Descri-
                                  tivos - Memorial do Convento, de José Sarama-              Mafra, mas nunca tinha sido tão
                                  go (obra de leitura integral) pelo que a visualiza-         esclarecida como fui desta vez”
                                  ção da representação da peça, Memorial do                                        Ana Monteiro
                                  Convento e a visita temática ao Palácio Nacional
                                  de Mafra eram de grande importância para
                                  incentivar e facilitar a leitura e compreensão              “Na parte da manhã, visitámos o
                                  desta obra e as expectativas de professores e             convento, acompanhadas pela guia
                                  alunos eram elevadas.                                           Ana Rita Pinto, uma guia
                                     De facto, esta visita não só permitiu aos alu-       extremamente simpática que explicava
                                  nos visitar o espaço onde se desenrola a ação                        tudo muito bem.
                                  principal da obra, como também lhes deu a pos-           Adorei conhecer o convento, aprendi
                                  sibilidade de contatar diretamente com aspetos
                                  da época, locais reais onde viveram algumas das            muito com a nossa guia, consegui
                                  personagens históricas referidas em Memorial                tirar bastantes apontamentos, ao
                                  do Convento.                                               longo da visita, na qual obtive um
                                     De salientar igualmente a importância da visi-        conhecimento mais abrangente sobre
                                  ta temática que foi orientada por um guia que
                                  forneceu aos alunos informações importantíssi-                           a obra.”
                                  mas acerca da intriga da obra, acerca da sua                                   Andreia Oliveira
                                  dimensão
                                  crítica, acer-                                            “Estou convicta que esta visita de
                                  ca de aspe-
                                  tos simbóli-                                            estudo nos enriqueceu bastante não só
                                  cos ligadas                                                 porque a nossa guia explicava
                                  ao espaço e                                              bastante bem as coisas, fazendo-nos
                                  às persona-                                              uma boa contextualização histórica
                                  gens, para
                                  além       de                                            apesar de falar rápido, mas também
                                  outros ele-                                                 porque estávamos no local dos
                                  mentos rele-                                                      acontecimentos.”
                                  vantes para                                                                   Catarina Santos
                                  “penetrar”
                                  no universo
                                  ficcional sugerido na obra.                                “No convento, à tarde, fomos ver a
                                     A visualização da representação da peça, que          peça de teatro sobre o Memorial do
                                  constitui uma adaptação do texto integral, con-          Convento e tenho a dizer que gostei
                                  tribuiu certamente para que os discentes perce-         muito, o elenco era muito bom e estes
                                  bessem a parte ficcionada da obra, a crítica nela         incentivaram-me a ler o livro, pois
                                  presente e até alguns aspetos que poderiam pas-            transmitiram ao público uma boa
                                  sar despercebidos se não assistissem à represen-        história, cheia de emoção, ironia e um
                                  tação no próprio local. É sempre enriquecedor                     pouco de comédia.”
                                  ver o texto em ação, em particular um texto                                   Adriana Santos
                                  escrito num estilo muito especial como o de
                                  Saramago.                                                  “Em suma, gostei da visita no seu
                                     Como balanço global podemos afirmar que a             todo, mas principalmente por me ter
                                  atividade superou as expectativas. As alunas do          dado uma noção geral da obra e por
                                  3º ASC em resposta ao desafio lançado pela               me ser possível agora lê-la e analisá-
                                  professora no blog da disciplina confirmam                   la sem grandes obstáculos!”
                                  largamente esta conclusão.                                                         Arlete Silva




Memorial do Convento, de José Saramago
  Página 12
III Milénio | Nº 12 | Abril 2011                                                        Visitas de Estudo


Viagem à Turquia no âmbito do projecto „The colour red‟ - Comenius

 N      o âmbito do projecto
        „The colour red‟ -
Comenius foi realizada uma
                                   dentro das escolas é proibido o
                                   uso do véu, bem como de cal-
                                   ças de ganga.
                                                                     conhecer alguns aspectos do
                                                                     nosso país. Foram apresentados
                                                                     quatro trabalhos: o primeiro
                                                                                                         nos e os professores foram
                                                                                                         brindados com algumas surpre-
                                                                                                         sas. Assistiram a uma recriação
viagem, entre os dias 27 de          De acordo com a opinião dos                                         de um casamento turco e a dan-
Fevereiro e 6 de Março, à Tur-     participantes nesta viagem, a                                         ças do ventre e realizaram algu-
quia. Cinco intervenientes esti-   participação em rituais nas                                           mas actividades como a “Art of
veram envolvidos na visita, três   mesquitas foi bastante interes-                                       marbelling‟, que consiste na
alunos do 11ºA (Ana Margari-       sante, visto que testemunharam                                        marmorização de papel numa
da, André e Micael), a profes-     realmente a rotina religiosa
sora coordenadora do projecto      muçulmana, desde o prestar
Alexandra Esteves e o professor    culto a Alá até aos costumes
Mário Matos.                       mais minuciosos como a ablu-
  A estadia com as famílias de     ção (“lavagem”) antes de cada
acolhimento foi uma parte          oração, o descalçar-se para
importante no intercâmbio, pois    entrar nas mesquitas, o acordar   sobre dados estatísticos nacio-
puderam compartilhar a sua         ao som dos minaretes (do turco    nais sobre os casamentos ou
vida com uma família diferente     minare), local de onde o almua-   divórcios, o segundo também
observando as diferentes                                             de estatística, mas neste caso
maneiras de viver a vida dos                                         como resposta ao questionário       superfície aquosa. Criaram
                                                                     „Emotions and Drives‟, o ter-       verdadeiras obras de arte que
                                                                     ceiro em relação ao Bispo Con-      trouxeram para Portugal!
                                                                     de Manuel Pina e a sua influên-       Os objectivos alcançados
                                                                                                         foram a melhoria das compe-
                                                                                                         tências dos alunos no uso de
                                                                                                         línguas estrangeiras (inglês) e o
                                                                                                         desenvolvimento da tolerância
                                                                                                         e do trabalho de equipa.
                                   dem anuncia as cinco chamadas                                           Os representantes da Alema-
                                   diárias à oração, entre outros.                                       nha, Bélgica, Itália, Noruega,
turcos. Os alunos ficaram sur-       Visitaram também alguns                                             Portugal (Cuba) e Turquia
preendidos ao saberem, entre       monumentos importantes de                                             encontrar-se-ão em mobilidade
outras coisas, que os homens se    Istambul como a Mesquita Azul                                         em Portugal no período de 3 a
beijam, em forma de cumpri-        e o Grande Bazar.                                                     11 de Maio de 2011. Na nossa
mento; que as pessoas não            Além da visita a Istambul,      cia na sociedade e, por último, a   Escola as actividades desenvol-
usam calçado dentro das suas       visitaram as grutas em Eregli     apresentação do filme sobre o       ver-se-ão de 3 a 7 de Maio.
                                   onde, segundo a mitologia,        Amor de D. Pedro e Inês de            Apelamos a toda a comunida-
                                   Hércules matou Cêrberus – o       Castro.                             de escolar para um acolhimento
                                   cão de três cabeças que guarda-      Estes trabalhos receberam        tipicamente português, de modo
                                   va o inferno. Visitaram, tam-     uma avaliação positiva por          a que no final professores e
                                   bém, Amasra e Safranbolu,         parte dos professores envolvi-      alunos estrangeiros possam
                                   onde os professores e os alunos   dos dos outros países que consi-    dizer como o Papa Bento XVI:
                                   aprenderam mais sobre a cultu-    deraram muito boa a apresenta-      "Guardo na alma a cordialidade
                                   ra turca.                         ção bem como o envolvimento         e acolhimento afectuoso, a
                                     Esta estadia na Turquia não     dos alunos e dos professores        forma calorosa e espontânea do
                                   foi meramente turística, mas      nas diversas actividades realiza-   povo português".
habitações; que as mulheres,       também envolveu trabalhos         das na Turquia.
durante o período menstrual,       realizados pelos alunos que         Além da apresentação dos
estão proibidas de rezar e que     tinham por objectivo dar a        trabalhos portugueses, os alu-



Alunos de vários países europeus vão
estar na nossa Escola no dia 5 de Maio

 D       e 3 a 7 de Maio, alunos belgas, italianos, noruegueses, ale-
         mães, turcos e portugueses, vão participar em diversas iniciati-
vas do projecto Comenius. Neste âmbito, no dia 5 de Maio estes estu-
dantes irão passar o dia na Escola Básica e Secundária Ferreira de Cas-
tro, o que constituirá um grande momento de intercâmbio cultural.

                                                                                                                            Página 13
Iniciativas e Projectos                                                         III Milénio | Nº 12 | Abril 2011



                                                        Projecto Diversão Solidária
                                   está aberto em quase todos os        No Espaço Diversão Solidária      educativa e uma parte é gasta
                                   períodos do tempo lectivo,         desenvolvem-se iniciativas          na aquisição de materiais para a
                                   graças à existência de um          diversificadas. A base deste        manutenção do Espaço Diver-
                                   número já bem significativo de     espaço é a utilização de jogos      são Solidária.
                                   voluntários. Importa esclarecer    variados, mas, por vezes, são
                                   que estes voluntários fazem        concretizadas outras iniciativas.
                                   atendimento no Espaço Diver-       No final do primeiro período
                                   são Solidária, mas também          montou-se uma “Árvore de
                                   triagem dos materiais doados e     Natal Solidária”, que consistiu
                                   organização dos mesmos na
                                   arrecadação criada para o efei-
                                   to, já que além do EDS, o PDS
                                   também tem uma arrecadação

 I    niciou-se na nossa escola,   onde organiza bens doados,
      no primeiro período, o       para depois serem encaminha-                                             Os objectivos a que este pro-
Projecto Diversão Solidária        dos.                                                                   jecto se propôs estão a ser con-
(PDS). Projectado e aprovado          No final do primeiro período                                        seguidos na sua plenitude. Exis-
no ano lectivo transacto, foi      foi feito um balanço, sob forma                                        te agora na escola um espaço
neste ano lectivo que começou      de relatório, que foi encaminha-                                       onde os alunos se divertem e
a ser concretizado.                do para o Conselho Pedagógi-       em receber donativos de mate-       ocupam os seus tempos livres,
  A implementação deste pro-       co. Desse balanço transcrevem-     rial escolar, em que os doadores    uma oportunidade da comuni-
jecto teve como objectivos         se aqui alguns pontos de maior     os colocavam na mesma árvore        dade educativa ser solidária e
proporcionar aos alunos da         relevância:                        de modo a preenchê-la com           um apoio extra a elementos da
escola um espaço para ocupa-          “…                              enfeites diferentes e solidários.   comunidade educativa mais
rem os seus tempos livres,            1.No Projecto Diversão Soli-    Esta árvore foi um sucesso,         carenciados financeiramente.
envolver a comunidade educati-     dária trabalham 87 voluntários;    tendo-se conseguido preenchê-          Julga-se justo fazer um
                                                                      la por completo com inúmeros        balanço extremamente positivo
va numa iniciativa solidária/         2.Já foram feitas 57 doações,   lápis, canetas, marcadores…         deste projecto, até ao momento.
divertida e apoiar pessoas da      com um aproveitamento de 469
comunidade educativa da nossa                                         que podem agora ser encami-         Obrigada a todos os que têm
                                   bens materiais para o PDS;         nhados.                             participado, doando, fazendo
escola que mais necessitam.
                                      3.O Espaço Diversão Solidá-        Neste segundo período já         voluntariado, apoiando, incenti-
                                   ria tem à disposição para a        decorreu a “Feirinha Solidária”,    vando e frequentando o espaço.
                                   comunidade educativa 69 jogos      onde foram vendidos, a preços       Graças a todos, o projecto
                                   para requisição;                   simbólicos, bens materiais          arrancou com sucesso!
                                      4. Com a requisição dos         novos doados por empresas que         "A solidariedade é o senti-
                                   jogos arrecadou-se, até meados     têm familiares a frequentar a       mento que melhor expressa o
                                   de Fevereiro, 116,81€;             nossa escola. Esta iniciativa       respeito pela dignidade
                                                                      também correu muito bem,            humana."
                                      5.O projecto tem sinalizados    tendo-se arrecadado uma quan-                          Franz Kafka
                                   8 casos para auxílio;              tia bastante satisfatória.            CONTINUE
  A sala de jogos (Espaço             Já foi possível encaminhar
Diversão Solidária - EDS) abriu                                          Quase todo o dinheiro que se       A AJUDAR-NOS
                                   104 bens materiais para os         consegue adquirir serve para          A AJUDAR!
no dia da inauguração no novo      beneficiários sinalizados.
Bar da escola, a 2 de Dezembro                                        colmatar necessidades materiais
                                      …”                              que existam na comunidade             A COORDENADORA:
de 2010. Actualmente, o EDS


Peddy Paper - um dia diferente, mas divertido

 N      a sexta-feira dia 8 de Abril, 92 alunos do ensino básico da nossa escola participaram no Peddy Paper “Gestão em
        Movimento” com organização do 2.º e 3.º anos do curso profissional de Técnico de Gestão. Os grupos encontraram
-se no átrio da escola entre os dois blocos onde lhes foram atribuídas as identificações e instruções.
  Um Peddy Paper consta de jogos de observação e de muita atenção para poderem descobrir as pistas que lhe são dadas.
  Os grupos iam saindo e respondendo a diversas perguntas para encontrar as pistas e avançar. À medida que respondiam,
descobriam curiosidades sobre questões económicas e financeiras. Neste contexto de crise é importante alertar os alunos e
pôr à prova os seus conhecimentos sobre curiosidades do concelho, da Europa e também sobre reciclagem.
  No último posto cada grupo (eram 23 o que demonstra o êxito desta iniciativa da Área Disciplinar de Ciências Sociais e Gestão) teve que
escrever o refrão de uma música num mural preparado para o efeito.
  Este jogo serviu para, de forma pedagógica e divertida, fomentar a educação para a cidadania e o exercício pleno da mesma.
  Com este dia diferente aprendemos a trabalhar em grupo, a observar, a orientar e reconhecer a importância dos ensinamentos da escola no
nosso dia-a-dia.
  Embora tenha sido cansativo, divertimo-nos muito e queremos repetir.

    Página 14
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Escola Ferreira de Castro Jornal Abril 2011

  • 1. A Selva — Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro III Milénio | Nº 12 Abril 2011 Perspectivas para a nossa escola À conversa com a Directora Com a nossa escola em grandes mudanças, a equipa redactorial d’ “A Selva” entrevistou a Directora, professora Ilda Ferreira, com o intuito de recolher as suas opiniões sobre a vida escolar no presente e no futuro…. (Pág. 3) 20 de Maio - 14 horas Aluno da E. B. S. F. Castro ganha Ministra da Educação Diploma internacional de Língua Francesa visita a Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro No passado dia 9 de Dezembro de 2010, na Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira em Espinho, Christophe da Silva, aluno da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro, recebeu na presença dos represen- 24 de Maio tantes do Ministério da Educação Francês, da Alliance Française do Porto Dia da Escola e da Direcção Regional de Educação do Norte, o Diploma Elementar em Língua Francesa, nível B2 (DELF B2). (Pág. 2) Workshops, mob dancing show, desporto, música e muito mais... (Pág. 21) Alunas da E. B. S. F. Castro apuradas para a prova de corta-mato... Nesta edição: A Isa e a Diana, alunas do Notícias 2 9º e do 11º Anos da nossa Grande entrevista 3-5 escola, foram apuradas Leituras 5-6 para o Campeonato Ambiente 7 Nacional de Corta - Mato. (Pág. 31) Novas oportunidades 8-9 Comemoramos o 37º Visitas de estudo 10-13 Aniversário da Revolução Iniciativas / Projectos 14-22 de Abril. Como funciona o processo de certificação Poesia 22-23 Teatro 24 No próximo número do de competências dos adultos (RVCC) Opinião /Reflexão 25-27 jornal “A Selva” serão Entrevista com a professora Paula Catela Línguas 28-30 publicados trabalhos Dar a conhecer as várias oportunidades que existem na nossa Passatempos 30 alusivos a esta data tão escola para que os adultos possam certificar as suas competências, Desporto escolar 31 importante para Portugal é o objectivo da entrevista realizada pelo jornal “A Selva” à coor- denadora do CNO – CENTRO NOVAS OPORTUNIDADES, A nova Escola 32 professora Paula Catela. (Pág. 9)
  • 2. Notícias III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 Editorial Diploma de Língua internacional de Língua Francesa para aluno da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro Cá estamos a procurar cumprir a promessa de uma nova era para o nosso jornal, marcada pela responsabilidade que nos foi atribuída de língua francesa, no âmbito do Quadro editarmos o jornal da Escola. Europeu Comum de Referência para as Durante o 2º período lectivo lançámos uma Línguas (QECR). À luz deste documen- campanha no sentido da alteração do logótipo do to, os exames, iguais para todos os paí- jornal e de fomentar a N o passado dia 9 de Dezembro de 2010, na Escola Secundária Dr. Manuel Laranjeira em Espinho, 1 ses europeus, dividem-se por quatro níveis de competência linguística (A1, A2, B1, B2) e são promovidos, no nosso participação de aluno da Escola Básica e Secundária país, pelo Serviço Educativo da Embai- toda a Ferreira de Castro recebeu, na presen- xada Francesa em Portugal e pela comunidade ça dos representantes do Ministério da Alliance Française, em articulação com educativa na Educação Francês, da Alliance Fran- as Direcções Regionais de Educação e a elaboração do çaise do Porto e da Direcção Regional Associação de Professores de Francês jornal. de Educação do Norte, o Diploma (APPF). Relativamente Elementar em Língua Francesa, nível Este tipo de diploma poderá facilitar, ao logótipo, não B2 (DELF B2). O aluno agora distin- futuramente, a entrada numa universida- guido chama-se Christophe da Silva. de francesa e trazer vantagens no acesso obtivemos Em Maio de 2010, este aluno realizou, ao mercado de trabalho. propostas, por isso mantém-se o actual. Mas com excelentes resultados, o exame A este aluno, desejamos as maiores quanto à colaboração de alunos e professores, oral e escrito que, agora, lhe conferiu felicidades para o seu futuro académico, isso sim, foi uma aposta bem ganha, pois, como esta certificação. profissional e pessoal e esperamos que este número do jornal revela, foram muitas e Estas provas, realizadas em contexto outros alunos, agora no 9º ano, sigam o variadas as notícias que nos fizeram chegar. escolar, desde há três anos, são da exemplo do seu colega e se inscrevam O próximo número ainda vai ser melhor! responsabilidade do Ministério da para a realização dos exames DELF que Educação Francês e regem-se pelos terá lugar na Escola Secundária Dr. A turma do 12º E critérios europeus de certificação do Manuel Laranjeira, nos dias 12 e 13 de nível de proficiência linguística em Maio de 2011. Propriedade: Escola Básica e Secundária Ferreira de Escritor e jornalista Vítor Hugo na Feira do Livro Castro - Rua Dr. Silva Lima da Escola 3720-298 Oliveira de Azeméis Tel. 256 666 070 | Fax. 256 681 314 N o dia 28 de Março, a Biblioteca recebeu o jornalista e escritor Vítor Hugo Carmo que “abriu” a Feira do Directora: Ilda Ferreira Livro que ali decorreu. O escritor falou com alunos do ensino http://www.esfcastro.net secundário acerca dos seus projectos jornalaselva@gmail.com (como a conclusão de um romance e uma incursão no cinema), das suas actividades profissionais e da forma como consegue Responsabilidade pela edição, conciliar o trabalho diário com a escrita. redacção e composição Respondeu também às várias questões apresentadas por um conjunto de alunos Alunos: Cátia Fonte, Lorina Gaspar, bastante atento e interessado! Mónica Pereira, Sílvia Choupeiro, Vítor Hugo Carmo já publicou o livro de Encontro do escritor e jornalista Vítor Hugo com alu- Vanessa Lima (edição); Diana Con- contos “O mel e o fel” e o livro de poesia nos da Ferreira de Castro ceição, Diogo Silva, Miguel Teixeira, “A outra página em branco”. Em prepara- Rosa Silva (redacção); Ana Carvalho, ção está um romance… ficaremos à espera que ele chegue à nossa BECRE! Sara Agostinho, Tânia Paiva, Yhony Até lá, se tiverem curiosidade, procurem na net o programa “Fa-las curtas”, da RTP2, e Alves (composição). encontrarão uma curta-metragem de Vítor Hugo Carmo. Professores: Artur Ramísio (Área de Dia do PI Projecto) e Maria João Moreira (Português). Impressão: Escola Básica e Secundá- 3 ,141592653589793… Este é apenas o início de um número muito especial com uma infinidade de casa deci- mais: o número π – a razão entre o perímetro de um círculo e o seu diâmetro. ria Ferreira de Castro No dia 14 de Março comemorou-se na Escola B. Secundária Ferreira de Castro este dia, com Tiragem da versão impressa: 200 ex. o objectivo de promover junto dos alunos o gosto pela matemática, aproveitando o interesse que o π tem suscitado ao longo dos tempos em todas as culturas. Página 2
  • 3. III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 Grande entrevista Perspectivas para a nossa escola À conversa com a Directora As obras de remodelação da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro aproximam-se do fim e, a par disso, há também notícias relacionadas com a reorganização das escolas e dos currículos. Com a intenção de saber de que modo estas alterações se poderão reflectir na vida escolar, no presente e no futuro, a equipa redactorial d’ “A Selva” entrevistou a Directora da escola, professora Ilda Ferreira. Que balanço é que faz deste ano lectivo? Faço um balanço francamente positivo, até porque comecei há pouco torno do nosso patrono: construímos um Projecto Educativo, apro- tempo. É o segundo ano do meu mandato e penso que estou a conseguir vado no ano anterior, um novo Regulamento Interno e uma nova levar avante aquilo a que me propus em termos do Projecto de Inter- imagem da escola, um novo logótipo, tudo numa tentativa de criar e venção na escola. Como sabem, há dois anos realizou-se um processo reforçar a identidade da nossa escola. O nosso Projecto Educativo de candidatura para o Director da escola, existiu mais do que uma can- foi considerado, pela Agência Nacional de Qualificações, um dos didatura, sendo o projecto apresentado por mim aquele que mereceu o seis mais interessantes e consistentes, num universo de sessenta acolhimento da maioria dos membros do Conselho Geral. Por isso, irei escolas. cumprir aquilo a que me propus. Como é que vai ser dirigido, isto é: haverá novas funções? Em relação ao ano passado, o número de alunos tem aumentado Para o quinto ano? Sim, será nomeado um coordenador que irá ou diminuído? acompanhar este novo ciclo. Este, como já mencionei, será o nosso Sensivelmente o mesmo. No ano passado tínhamos 1094 e este ano próximo desafio. 1050. O que temos é mais turmas: para além do ensino regular, este ano temos mais 2 Cursos de Educação e Formação (CEF), tipo 6; relativa- Estão anunciadas alterações aos currículos como, por exem- mente aos cursos profissionais, temos mais uma turma do primeiro ano plo, vão deixar de existir as aulas de Área de Projecto. Que mais de Animação Sociocultural e menos uma turma, do Curso Técnico de alterações poderão vir a existir? Gestão; continuamos a ter dois cursos de Educação e Formação, tipo 2, O que já está na lei para funcionar, a partir de Setembro, no próxi- o de Empregado Comercial e o de Padaria e Pastelaria. O nosso objecti- mo ano lectivo, é o término da Área de Projecto e do Estudo Acom- vo é aumentar a oferta formativa, não só no ensino profissional, como panhado, no 3.º ciclo. O também aumentar o número de turmas no ensino regular/normal. No Estudo acompanhado vai próximo ano lectivo vamos ter um grande desafio: o segundo ciclo funcionar apenas como “Nestes últimos anos tentamos nesta escola, com turmas do quinto ano, que vamos acolher pela pri- apoio educativo. Em relação ao ensino secun- reforçar a identidade da escola, meira vez, a partir de Setembro. O desafio do ano em curso foi, de facto, conviver pacificamente com as obras; no próximo será o novo dário, ainda não foi nada em torno do nosso patrono: ciclo do ensino básico! publicado, embora exista construímos um Projecto uma proposta que se Com as novas instalações, a escola irá fazer parte de algum agru- encontra em discussão Educativo, aprovado no ano pamento? pública. anterior, um novo Regulamento Com a construção do Centro Escolar, que está previsto para os terre- Interno e uma nova imagem da nos contíguos à Escola, já cumprimos o estipulado na lei, pois passa- Sabe se existem casos mos a constituir um Agrupamento Vertical, com alunos desde o pré- de violência aqui na escola, um novo logótipo, tudo escolar até ao décimo segundo ano. A decisão ainda não está tomada. A escola? numa tentativa de criar e reforçar DREN irá decidir depois de ouvir a Escola e o Município. No entanto, Esse foi um desafio Legenda que descreve a ima- a identidade da nossa escola.” estou com a esperança de que, tornando-se um Agrupamento Vertical, inicial, primeiro, no gem ou gráfico. a escola se vai tornar muito grande e difícil de gerir. Mais complicado projecto de Intervenção seria gerir um agrupamento com mais do que um núcleo escolar. do Director e depois no Nestes últimos anos tentamos reforçar a identidade da escola, em Projecto Educativo. (Cont. p. 4) Página 3
  • 4. Grande entrevista III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 Entrevista com a Directora Perspectivas para a nossa escola Professora Ilda Ferreira (Cont. da p. 3) Nestes documentos, um dos objecti- guração. Vamos apontar para Abril... vos era melhorar as relações inter- pessoais entre os pares da escola, E vem alguém especial? “O nosso Projecto reduzindo os casos de indisciplina e Também não sabemos. Sabem que isso é tudo organizado pela Educativo foi considerado, violência. A escola tem uma equi- empresa e a gestão é feita por ela. pela Agência Nacional de pa, designada Equipa de Qualidade, que faz a avaliação contínua da Mas não queria que viesse aqui alguém como o Presidente da Qualificações, um dos seis escola e, portanto, também dos Câmara, por exemplo? mais interessantes e casos de violência. Apercebemo- Sim, faço muita questão que venham pessoas tais como o Presi- consistentes, num universo nos do elevado número de casos de dente da Câmara, o Vereador da Educação. Seria importante a pre- de sessenta escolas.” indisciplina e da existência de mui- sença de um membro do governo, pois daria um maior significado tos procedimentos disciplinares. ao acto. Neste sentido, foram elaborados inquéritos aos alunos sobre a vio- Que perspectivas tem para o futuro em relação à escola? lência. Os alunos pronunciaram-se Espero cumprir aquilo a que me propus e levar as coisas com sobre aquilo que sentiam na escola. Fizemos uma análise e pedimos calma, até porque sou uma pessoa calma e gosto de ouvir toda a sugestões aos alunos sobre formas de minorar este fenómeno e surgi- Comunidade Escolar. Adopto uma ram várias ideias. liderança “com as pessoas” e não Foi, neste contexto, que nasceu o Projecto da Diversão Solidária, “sobre as pessoas”. É essencialmente coordenado pela professora Yaneth Moreira. Um dos objectivos deste nisso que eu aposto e também na “Espero cumprir projecto é a criação e reforço de laços de solidariedade, entre alunos, criação de uma rede de lideranças. aquilo a que me propus dando-lhes maiores responsabilidades. Outra forma de reduzir a violên- Penso que caminhamos exactamente e levar as coisas com cia foi o movimento associativo dos para isso. calma, até porque sou alunos. Incentivámos o ressurgimento da uma pessoa calma e Associação de Estudantes. Acho muito O espaço escolar aumentou. gosto de ouvir toda a importante este tipo de iniciativas por- “Incentivamos o Acha que há um número suficiente Comunidade Escolar. que, ao mesmo tempo, os alunos criam ressurgimento da de funcionários? Adopto uma liderança hábitos de cidadania responsável através Associação de Olhem, não há! Nós temos menos da participação nos órgãos próprios, e Estudantes. Acho muito 10 funcionários do que os necessá- «com as pessoas» e não também dão voz aos estudantes. importante este tipo de rios. Temos feito sentir isso à tutela. «sobre as pessoas» . Ainda em relação à violência, criámos iniciativas porque, ao Os pais têm ajudado no que toca a o Gabinete de Apoio ao Aluno no senti- mesmo tempo, os esse assunto porque também é impor- do de evitarmos situações de violência. tante a sua colaboração. Os alunos com problemas comportamen- alunos criam hábitos de Como sabem, a escola triplicou o tais são sinalizados e é efectuado um cidadania responsável seu espaço e são necessários muitos plano de acompanhamento. A prevenção através da participação mais funcionários. No entanto, como é sabido, o orçamento de esta- deste fenómeno evitará situações extre- nos órgãos próprios, e do não permite mais contratos. Foi sugerida pela DREN a contratua- mas de procedimentos disciplinares. também dão voz aos lização externa dos serviços de limpeza, o que já nos ajudava, se Reduzimos substancialmente os proces- estudantes.” fosse concretizada. Isto porquê? Se os nossos funcionários cumpris- sos disciplinares. O trabalho de preven- sem o horário só para estarem em determinados sectores e se a lim- ção é mais importante do que o de puni- peza fosse feita pela empresa teríamos horários diferentes, porque os ção. funcionários poderiam entrar mais tarde e cumprir o seu horário só nos sectores. Não teriam que fazer a limpeza. Existe uma participação activa dos A vinda de uma empresa de serviços de limpeza teria ainda outras pais (Encarregados de Educação) na vida escolar? vantagens. Por exemplo, os vidros do exterior do 1.º andar, têm de Os elementos da Direcção da Associação de Pais são pessoas activas, ser limpos por uma empresa que tenha determinados equipamentos que gostam de colaborar e têm participado em vários projectos da esco- específicos. la, nomeadamente no Projecto da Diversão Solidária, ofereceram as É impensável as nossas funcionárias andarem de esfregona, por se setas electrónicas e outros equipamentos. É importante o envolvimento tratar de espaços enormes. Assim, pedimos já, no projecto de orça- dos pais nos projectos escolares. A associação reúne-se mensalmente e mento para este ano civil, um valor para a contratualização de um eu participo nas reuniões, ouço o que têm a dizer e presto esclarecimen- serviço de limpezas externo. tos em relação àquilo que questionam. É importante a sua participação. Temos pais muito atentos. E com o aumento do espaço escolar, teremos também novos professores, correcto? Em relação às obras, nós sabemos que estão a terminar. Quando Não sei. Porque sabem que o fim das Áreas Curriculares (Área de será o dia certo paraa ima- a inauguração? Projecto e Estudo Acompanhado) irá libertar professores. Mas, Legenda que descreve Não sabemos. O prazo inicialmente apontado para a conclusão é 14 como vamos ter mais um ciclo, o 5.º ano, vamos necessitar de pro- gem ou gráfico. de Março de 2011, mas dificilmente será nesse dia. Como sabem, quem fessores de outras Áreas Disciplinares, portanto, aí poderá haver está a conduzir as obras não é a escola mas sim a empresa Parque Esco- alguma mudança, mas não será um grande aumento de professores. lar, que faz a sua gestão e que terá a decisão final sobre a data da inau- (Cont. p. 5) Página 4
  • 5. III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 Grande entrevista Entrevista com a Directora Perspectivas para a nossa escola Professora Ilda Ferreira (Cont. da p. 4) Porque alteraram os horários neste ano lectivo? ciada a confecção na cozinha da escola se poderiam dar outras Por razões pedagógicas, ou seja, tentar concentrar os alunos de forma garantias de melhoria. Relativamente à quantidade servida e varie- a que eles, saindo mais cedo, consigam mais tempo para organizarem o dade das ementas fomos informados de que estão a ser respeitadas seu estudo em casa: ter apoios, ter música, entre outras actividades, normas indicadas superiormente. Disponibilizaram-se, também, para concentrando durante a manhã os tempos lectivos, para que de tarde aceitar a presença de Pais/Encarregados de Educação que quisessem possam desenvolver outro tipo de actividades. almoçar na cantina da escola e “testar” a comida servida. Tudo indica que, após o período de interrupção do Carnaval, as Soubemos da existência de várias queixas em relação à comida refeições possam ser confeccionadas na escola. servida na Cantina da escola. Que comentário faz sobre este pro- Que mensagem gostaria de deixar à comunidade escolar? blema? Irá existir solução? A nossa escola está prestes a inaugurar Por motivo de obras na escola, durante o ano de 2009-2010, o serviço instalações totalmente renovadas e de refeições passou a ser feito na modalidade de catering. Ao longo melhores. desse ano esta escola denunciou aos responsáveis quer da Direcção A Direcção espera e deseja que as “É preciso (…) Regional de Educação do Norte, quer da novas instalações contribuam para o zelar pela empresa adjudicatária - Eurest, várias defi- bem-estar e sucesso de todos. Cabe a conservação e ciências no serviço de refeições. Menciona- cada um de nós tirar o melhor partido limpeza dos novos ram-se, essencialmente, questões relaciona- “...ficaram das condições oferecidas em benefício espaços e das com a pouca quantidade e falta de quali- decididas algumas do estudo, do ensino-aprendizagem e dade de alguns pratos confeccionados. Estas medidas (…) equipamentos.” também do convívio. É preciso, por queixas, apoiadas em inquéritos preenchidos relacionadas com o exemplo, zelar pela conservação e lim- “Contamos (…) pelos alunos, reclamações de Encarregados cumprimento de peza dos novos espaços e equipamentos. com a Associação de de Educação, levaram à substituição do local horários, melhoria Só com a colaboração de todos neste Estudantes para onde se confeccionavam os alimentos. do serviço de aspecto será possível termos, realmente, colocar em prática No início deste ano lectivo, repetiram-se refeições, uma escola melhor. este apelo.” alguns problemas e acrescentaram-se outros, Contamos, ainda, com a Associação quantidade e como o cumprimento dos horários no início de Estudantes para colocar em prática do serviço, que foram imediatamente repor- qualidade da este apelo. tados à empresa. Foi solicitada uma reunião comida.” com os responsáveis da empresa que ocorreu Nota da Redacção: a entrevista foi realizada em 18 de Fevereiro no dia 27 de Janeiro e nela ficaram decididas algumas medidas, nomeadamente relaciona- de 2011 e, entretanto, algumas das situações relatadas sofreram das com o cumprimento de horários, melho- alterações, nomeadamente as questões relacionadas com Estudo ria do serviço de refeições, quantidade e qualidade da comida. Acompanhado e Área de Projecto do Ensino Básico. No entanto, nessa reunião, foi também referido que só depois de ini- O que andamos a ler Apreciação crítica do conto “Tanta Gente Mariana” A o ler este conto de Maria Judite de Car- valho fiquei absorvida pela ela diz (escreve). O conto con- tém um grande centro de refle- xão e quando acabamos de o ler savam na morte; ambos intera- gem com poucas pessoas e passam muito tempo no quarto forma como ela escreve! a nossa vida muda, porque ela sozinhos. Enfim, ambos não A história em si não me faz-nos pensar tanto que não têm convivência social, falam encantou muito, mas a conseguimos ficar indiferentes. da angústia existencial e do forma como ela escreve é, O mesmo acontece quando isolamento. na minha opinião, espeta- leio Fernando Pessoa. Ele faz- Na minha opinião, estes dois cular. Gostei imenso! me refletir! escritores têm uma forma de Ela tem frases que se des- Fernando Pessoa também fala transformar as mais simples tacam pela sua profundida- (escreve) muito sobre o porquê palavras em frases cativantes, de de sentimentos e pelo de existirmos… de grande reflexão e de pura realismo. Por detrás delas Ambos os autores tentam simplicidade. existe também, por vezes, compreender as pessoas, alguma ironia. E isso agra- “pessoas estranhas” para eles; Adriana Santos da-me! ambos se sentem sós; ambos Para além disto, é pratica- tentam encontrar uma solução mente impossível não para as suas vidas, mas acabam ficarmos a pensar no que por não fazer nada; ambos pen- Página 5
  • 6. Leituras III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 O que andamos a ler… Maria Judite de Carvalho M aria Judite de Carvalho nasceu em Lisboa a 18 de Setembro de 1921. Autora de inúmeros contos e crónicas, a com uma escrita fluida e cujo universo fic- cional revela personagens de perturbante atualidade. Inebriadas pela complexa perso- sua obra encontra-se afastada dos compên- nalidade de Fernando Pessoa, as alunas do 3º dios escolares, permanecendo desconheci- ASC foram convidadas a entrar neste univer- da para a maioria do público escolar, ape- so e o balanço foi muito positivo. sar de ter sido galardoada com inúmeros prémios literários. Trata-se de uma autora Maria Judite de Carvalho Resumo do Conto Paisagem sem Barcos J oana é anos e é pro- de 38 uma rapariga no colégio a falar com a Diretora, liga-lhe Mário Sena, um ex- seu relacionamento. Depois de Joana ter acabado fessora de Físico- namorado. Mário ligou a Joana com Artur, recebe uma chama- Química num colégio. para se poderem encontrar, pas- da de Mário a informar que vai Uma rapariga calma, sados vinte anos, depois de ele voltar para o Brasil, pois tem descontraída, bonita, ter ido para o Brasil. Mário tinha uns papéis muito importantes muito preocupada com vindo passar uns tempos a Portu- para tratar antes de se casar as opiniões dos outros. gal, antes de se casar, ele iria com a rapariga de 18 anos. Tem uma amiga cha- casar-se com uma rapariga de 18 Chegam ainda a combinar mada Paula (apesar de anos, e queria revê-la. talvez um dia irem os três Joana não a considerar Artur é um homem, que traba- passar uns dias ao campo. propriamente uma lha num banco, com o qual Joana Nessa mesma noite, Joana amiga íntima), que é pensa vir casar, mas existe um falou com Paula, mas sentia-se casada com Francisco. problema: ele só admite casar-se como se sentia no princípio, Elas telefonam uma à depois de a sua filha de 17 anos sozinha, abandonada, sem outra diariamente para se casar, ou seja, daí a muito ninguém. Joana chega a dizer contarem os pormeno- tempo. Joana não concordava, “Sou uma ilha.”. Pois é uma res mais interessantes mas como gostava dele, tinha de ilha perdida no oceano desco- de cada dia. É uma aceitar. Na vida de Artur, Joana nhecido com um nevoeiro espécie de desabafo, estava sempre em segundo lugar. denso que não deixa ver os pois Joana está longe Ele nunca lhe prestava muita barcos. Joana volta à sua rotina de casa, longe de tudo atenção, gostava que fosse tudo à anterior, dar aulas, dar explica- e como só tem Paula sua maneira. Certo dia, Joana ções e pouco mais. conta-lhe as coisas, os seus toma a decisão de acabar com medos, os seus acontecimentos. Artur, pois andava bastante can- Andreia Silva Certo dia, quando Joana estava sada, exausta com o impasse do Apreciação crítica do conto “Palavras Poupadas” E u confesso que inicial- mente a minha vontade de ler este conto era inexistente curiosa para saber mesmo o que realmente Leda tinha a dizer a Graça. Fiquei revoltada porque rem sentido. A afinidade entre Graça e Fernando Pessoa é que ambos e, quando finalmente arranjava nunca vou saber, mas definiti- nunca estão realmente felizes coragem para ler, o livro torna- vamente considero que a ideia e satisfeitos (“à espera do va-se confuso e complicado e do final do conto ser igual ao amor, à espera de que o pai eu desistia. Portanto, li o início começo é engraçada e até dá compreendesse, à espera de umas cinco vezes. No entanto, um toque pessoal agradável. que Clotilde falasse, à espera no momento em que percebi Gostei muito da história em do perdão que nunca havia de que a autora regressa ao passa- si: a infância de Graça é clara- chegar, à espera, inconscien- do conjugando o presente mente marcante e toca qualquer temente à espera da liberdade, simultaneamente, achei interes- pessoa. Achei curioso o facto à espera de regressar onde já sante e emocionante a história. de a autora também ter utiliza- nada a esperava, à espera de Apesar de ter gostado do final, do a estratégia de dizer umas Leda… De que mais?”) e não só por estar a acabar de coisas e só, praticamente, no ler (estou a brincar), fiquei final nós as entendermos e faze- Joana Carvalho Página 6
  • 7. III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 Ambiente Limpeza da Minhoteira voluntários para este evento. de erradicação de lixeiras, cum- Pelas 8:30 da manhã já se prindo o compromisso assumi- e n c o n t r a v a m do com a autarquia de Oliveira na Minhoteira vários voluntá- de Azeméis, «Este foi o primei- rios de todas as idades ro passo e a partir daqui vamos (crianças, jovens e adultos) com procurar eliminar todos os boa disposição para ajudar na focos poluidores», concretizou recolha. A câmara cedeu os F. Pinho. tractores e a GNR e os Bombei- No fim, como forma de con- ros Voluntários de Oliveira de vívio, os voluntários desloca- Azeméis estiveram no terreno ram-se para a junta de freguesia prontos para ajudar a erradicar do Pinheiro da Bemposta, esta mega-lixeira. Para uma onde foi oferecido um almoço maior higiene e segurança pela câmara municipal. foram distribuídas luvas e t- Também é de notar que no shirts. dia 20 de Março foi realizada Já no final da manhã, pelas 12 uma caminha pela serra da horas, dava-se por concluída a Freita, que estava inserida nas limpeza desta lixeira, tendo comemorações do primeiro P ara comemorar o primei- sido retiradas cerca de 100 aniversário do Limpar Portugal, ro aniversário do toneladas de lixo. que contou com a participação “Limpar Portugal”, no dia 19 de Este evento contou com a de alguns voluntários. Março de 2011, foi limpa a presença do Sr. Presidente da Comentário de Fernando lixeira da Minhoteira. câmara de Oliveira de Azeméis, Nogueira, de 40 anos: Esta lixeira, considerada “o Sr. Hermínio Loureiro, que “Havia de haver mais eventos ponto negro” de todas as lixei- declarou esta lixeira como “um como este. Como iniciativa é de ras deste concelho, contava problema muito grave do ponto com uma existência de 30 anos de vista ambi ental” e e era uma das mais problemáti- como «falta de educação das “era muito bom que cas porque, além da quantidade, pessoas e de respeito pelo meio ambiente». Apelou também a houvesse muito mais havia grande variedade de lixo lá presente: desde pneus, latões, que “quem presencie a prática iniciativas como esta, ferro velho, colchões, a lixo desses crimes os denun- porque é bom para o doméstico (fraldas, garrafas, cie». Este evento contou ainda com a presença do Vereador ambiente e para a sacos de erva,…). Antes do dia 19, foram feitas Isidro Figueiredo e com um comunidade” algumas reuniões de preparação enviado da RTP1 que relatou o para este evento em Carregosa acontecimento. e Oliveira de Azeméis. Nestas Segundo Fernando Pinho, reuniões foram discutidas todas coordenador do núcleo de Oli- louvar, principalmente porque as normas de segurança, os veira de Azeméis, «a questão não envolve instituições, apenas meios que iriam ser disponibili- essencial a retirar depois deste o esforço de cada um e, tal zados para este dia… para que trabalho é que se crie uma como já disse, era muito bom no dia estivesse tudo organiza- onda de sensibilização ambien- que houvesse muito mais inicia- do. tal, em particular junto das tivas como esta, porque é bom No dia 19, as condições cli- crianças e jovens». O movi- para o ambiente e para a comu- matéricas eram muito boas e mento irá continuar a dar nidade. Um bem-haja!” isso favoreceu a vinda de vários sequência ao plano municipal Miguel Teixeira, 12ºE Exposição de trabalhos de Físico - Química na Biblioteca da Escola O s alunos do 8º Ano, que ainda recentemente realizaram uma visita de estudo ao Jardim Botânico e ao Museu da Ciência, em Coimbra, têm desenvolvido trabalhos com grande qualidade na disciplina de Físico-Química, os quais têm sido, por isso mesmo, expostos na Biblioteca da nossa escola. O olho humano e periscópios pelos 0itavos anos Tema: Luz de Físico-Química Página 7
  • 8. Novas Oportunidades III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 CNO - Certificações do mês de Março O Centro Novas Oportu- nidades Ferreira de Castro, no passado mês de Mar- ço, dinamizou algumas sessões de júri que primaram pela origi- nalidade e demonstração prática de competências. No dia 16 de Março, a adulta Nazaré Santos, certificada com o nível B3, fez uma pequena demonstração ao júri, presidido pelo Avaliador Externo Dr. Nuno Cardoso, de como se faz um arranjo floral. bros do júri puderam adquirir novos conhecimentos. Ainda no dia 25, o CNO rea- lizou uma sessão de júri nas instalações da “Moldit”, empre- sa de moldes, situada em Ul/ Loureiro, onde foram certifica- dos 10 colaboradores desta empresa. No dia 25 de Março, foram a A sessão na Moldit júri dois Bombeiros Profissio- nais dos Bombeiros de Fajões, consistiu numa visita Carlos Teixeira e Hugo Soares, que foram certificados com o guiada pela mesma, nível B3. onde cada candidato A apresentação a Júri foi feita em conjunto e incidiu sobre o evidenciou as suas Suporte Básico de Vida Adulto, passos a dar, modos de actua- competências no seu ção, etc. Foi uma sessão muito posto de trabalho. útil uma vez que todos os mem- CNO da Ferreira de Castro participa em formação internacional A profissional Alexandra Leal participou na semana de 21 a 25 de Fevereiro numa formação que decorreu em Gent, na Bélgica. A Formação incidiu sobre a temática da educação de adultos, nomeadamente na motivação dos mesmos para o investimento no aumento das suas qualificações e nas diversas estratégias passíveis de utilizar. A profissional partilhou as temáticas abordadas na formação com a restante equipa, nomeadamente as profissionais, técnica de diagnóstico e coordenadora do CNO. Página 8
  • 9. III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 Novas Oportunidades Como funciona o processo de certificação de competências dos adultos (RVCC) Entrevista com a professora Paula Catela Dar a conhecer as oportunidades de formação disponíveis na nossa escola e o modo como funciona o processo de certificação de competências dos adultos (RVCC), é o objectivo da presente entrevista realizada pela equipa de redacção do jornal “A Selva” à coordenadora do CENTRO NOVAS OPORTUNIDADES (CNO), professora Paula Maria Simões Catela. O que quer dizer RVCC? a ter muitas inscrições. É um processo de reconheci- 6 – Há quanto tempo está à começam aqui na escola e com- mento, validação, certificação de frente deste projecto? formadores de TIC e de Mate- pletam todo o seu percurso aqui competências, que os adultos Desde Setembro de 2009. mática para a Vida. Com esses na escola, mas também desenvol- adquiriram ao longo da vida. formadores alternados, o for- vemos itinerâncias, isto é, deslo- Qual o propósito desta escola mando vai desenvolvendo as camo-nos a juntas de freguesia, Quais são os objectivos deste ter sido escolhida para alber- suas competências de acordo empresas e desenvolvemos o pro- projecto? gar esta iniciativa? com a sua história de vida. No cesso nesses locais. Portanto, Reconhecer a história vivida Eu penso que a escola aderiu final, quando os formadores dentro da escola ou fora dela. dos adultos, as competências que porque se apercebeu que havia, acharem que eles têm as compe- eles adquiriram ao longo da vida de facto, adultos que, ao longo da tências necessárias, são propos- Que tipo de formações são tos para ir a uma sessão de júri, a nível pessoal, profissional e a sua história de vida, têm muitas essas? nível de instituições comunitá- competências quer a nível profis- isto no nível básico. No nível A formação é geralmente orga- rias em que estejam inseridos. sional, quer a nível comunitário e secundário a sequência é a mes- nizada da seguinte forma: primei- não havia uma resposta em ter- ma, mas os formadores são ro temos uma Técnica, que é a Estes objectivos estão a ser mos de ensino curricular para diferentes, o nível é mais exi- Dra. Liliana que, quando tem um cumpridos? essas pessoas. Então, o centro gente e prolonga-se em termos número de inscrições suficientes, Sim estão. Nos primeiros anos abriu no sentido de reconhecer a de tempo. No nível secundário faz em grupo uma sessão de escla- houve muita adesão uma vez que essas pessoas as competências existem só três áreas: CLC- recimento acerca das ofertas for- as pessoas vinham de livre von- que de facto elas adquiriram ao Cultura Língua e Comunicação, mativas que os adultos têm ao seu tade e havia um maior grau de longo da vida e acharam que STC – Sociedade, Tecnologia e dispor para completarem o ciclo competências; no entanto, com o eram úteis. Foi nessa perspectiva Ciências, CP – Cidadania e de estudos. Depois, a partir daí, a tempo, como eram subsidiadas que aderiram a esta iniciativa. Profissionalidade. No final o doutora faz sessões diagnósticas pelos centros de emprego, viram processo é o mesmo: os forma- individuais para ver qual o perfil -se obrigadas a frequentar o O que motiva as pessoas a dores vão avaliar se têm compe- do adulto e qual o processo que se Centro para aumentar a sua esco- ingressar neste projecto? tência para irem a júri. adequa melhor ao mesmo - se será laridade. Os objectivos ficaram Por um lado a motivação é o processo de RVCC ou não, pois um pouco comprometidos por- verem, de certa forma, reconheci- Os formadores são professo- poderá ser necessário um processo que os formandos não trabalham das as suas competências e de res da escola? mais formativo como os cursos de de forma tão eficaz, já que não alguma forma terem a equivalên- A maior parte sim. educação e formação de adultos são tão bons como eram no pri- cia a estudos que não completa- que são os EFA‟s. Após essas meiro „boom‟. O número de ram noutra fase da sua vida. Qual a variação entre as sessões e depois de esclarecido o certificações ao longo do ano idades dos formandos? percurso ao adulto pela técnica começou a baixar; se eles não As pessoas que frequentam o É muito variada, vai desde os diagnóstica, o encaminhamento tiverem as competências neces- RVCC prosseguem os estudos? dezoito até cerca dos setenta do adulto passa para os profissio- sárias são encaminhados para Já temos vários casos em que anos. nais de RVCC, que são pessoas outro tipo de formação para de facto continuaram com os normalmente licenciadas na área terminarem o curso. estudos, alguns para licenciaturas da Psicologia ou das Ciências No final da entrevista a no Ensino Superior, outros para Sociais, entre outras, que vão Há quanto tempo está em cursos de educação tecnológica, acompanhar os adultos e explicar professora Paula Catela fez funcionamento? os CET‟s, que são cursos de em que consiste o processo que ainda a seguinte proposta: Desde de Setembro de 2006, especialização tecnológica e vai iniciar. A partir de certa altura, aqui na escola. temos vários casos que estão no e depois de várias sessões com os “se conhecerem alguém que Ensino Superior nesses cursos de adultos, entram os formadores de ainda não tenha o nono ano ou Tem muita adesão? educação tecnológica. áreas específicas de acordo com o Nos primeiros anos mais, só currículo. o décimo segundo, aconselhem que neste momento o número de As formações são feitas den- Se for um currículo básico têm os mesmos a virem alunos que nos procuram são, de tro ou fora da escola? de entrar formadores de LC - certa forma, obrigados. Mas sim, Nós temos situações de forma- Línguas e Comunicação - e de CE experimentar o RVCC” neste momento estamos de novo ção dentro da escola, grupos que - Cidadania e Empregabilidade - e Página 9
  • 10. Visitas de estudo III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 Viagem de estudo a Mafra E ra uma vez 121 adoles- centes e 8 adultos. Era uma vez 3 autocarros. Era uma nho que falta… Mas o que é bom acaba depressa: bastou uma pequena solicitados. Depois… Bem, depois foi lanchar, passear e regressar de vez o relógio a bater as escassas paragem para que todos acor- autocarro em grande festa e horas da madrugada. Era uma dassem e entrassem em amena animação. O corpo estava can- vez uma viagem até Mafra. cavaqueira. sado, o dia seguinte ia ser duro 6 horas da manhã e já alguns Fim da paragem. Aqui vamos (desculpem, mas não era possí- alunos estão à porta da escola. nós rumo a Mafra. Chegámos a vel adiar o teste…), mas ainda O percurso é longo, mas certa- horas, tratámos dos bilhetes e havia muita garganta para mente vai ser muito agradável, assistimos à peça que a grande aguentar a viagem até OAZ. pois estão reunidas as vontades maioria dos espectadores muito 20 horas 52 minutos: a chega- necessárias para assistir à repre- apreciou. Depois do almoço – da a horas depois de uma via- sentação d‟O Memorial do entre o parque do Palácio e os gem sem percalços. Só falta Convento, de José Saramago, e restaurantes ou tasquinhas da “entregar os meninos” e des- para visitar o Palácio que Sua zona – chegou a hora da visita. cansar não sem antes perguntar: Majestade, el-rei D. João V Parabéns aos guias que soube- Valeu a pena? mandou construir com o ouro ram cativar os estudantes com MJ do Brasil e o suor do povo. algumas curiosidades bem Que silêncio! Pudera, vão “picantes” e responder pronta- todos a dormir aquele bocadi- mente aos esclarecimentos Alunos do 8º Ano visitam Coimbra J á vemdesta escola partici- alunos sendo hábito os parem em actividades extracur- riculares que lhes permitem aprofundar os conhecimentos que adquirem nas aulas e enri- quecer os laços que unem alu- nos e professores. Neste ano lectivo, os oitavos anos realiza- ram, no passado dia 21 de Janeiro de 2011, uma visita de estudo a Coimbra. Nela conhe- cerem o Museu da Ciência (no âmbito de Físico-Química), a Biblioteca Joanina Biblioteca Joanina (no âmbito de História) e o Jardim Botâni- co (no âmbito de Ciências Naturais). A adesão foi extraor- dinária, tendo faltado apenas uma aluna por se encontrar doente. Os alunos manifestaram -se bastante satisfeitos com a visita de estudo. Seguem-se algumas fotografias da visita de estudo. Yaneth Moreira Jardim Botânico Museu da Ciência Alunos das turmas TG3 e 12º C visitam 9ª Mostra da Universidade do Porto N uma actividade integrada no Plano Anual de Actividades, os alunos das turmas TG3 e 12º C, acompanhados por professores da nossa escola, efectivaram, recentemente, uma Visita de Estudo à 9ª Mostra da Universidade do Porto. Página 10
  • 11. III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 Visitas de Estudo As Drogas Sociais - formandos do curso EFA visitam Visionarium N o passado dia 26 de Fevereiro de 2011, os formandos do curso EFA – “quase” cientistas pois tiveram a oportunidade única de testar o efeito das Drogas Sociais preciosa colaboração da moni- tora do Visionarium. Esta visita é a prova viva de Nível Secundário – da Escola (cafeína, nicotina e o álcool) no que nunca é tarde para aprender Básica e Secundária de Ferreira ritmo cardíaco das misteriosas e descobrir o mundo que nos de Castro, realizaram uma visi- Dáfnias. Estas experiências não rodeia, quer através da ciência ta de estudo ao Visionarium em poderiam deixar de ficar regis- quer através das novas tecnolo- Santa Maria da Feira. tadas e, para isso, nada melhor gias. No laboratório do Visiona- do que aprender a criar um Formandos do curso EFA no Visiona- rium os formandos sentiram-se blogue, tarefa facilitada com a rium, em S. Maria da Feira Alunos do curso de Panificação e Pastelaria de visita a Bruxelas O s alunos da turma do curso de Pani- ficação e Pastela- ria, da Escola Básica e Secun- dária Ferreira de Castro, realiza- ram entre os dias 28 e 30 de Mar- ço, uma Visita de Estudo à cidade de Bruxelas - Bélgica. Tiveram oportunidade de visitar o Parla- mento Europeu e, assim, compreender melhor o so chocolate. Houve ainda tempo para visitar a parte funcionamento da União Euro- histórica e turística da cidade: a Grand Place, o peia. Um dos pontos altos da Manneken Pis, as “Chocolateries” e o famoso Ato- visita foi a participação num mium. Uma viagem inesquecível para muitos destes worshop de chocolate, ou não alunos. fosse a Bélgica o país do delicio- Alunos do CEF - Empregado Comercial visitam hipermercado 8ª Avenida N o passado dia 24 de Fevereiro de 2011, os alunos do Curso CEF – Empregado Comercial – da Escola Básica e Secundária de Ferreira de Castro, realizaram uma visita de estudo ao Hipermercado Continente e ao Centro Comercial 8ª Avenida - S. João da Madeira. Os alunos tive- ram oportunidade de visitar os armazéns do Hipermercado com uma expli- cação especializada acerca dos procedimentos de gestão e controlo de stocks, disposição, localização, ” ilhas” de produtos no espaço comercial e serviços pós-venda. Identificaram e caracterizaram ainda, os diferentes estabelecimentos comerciais e a sua localização no centro comercial. É longo o caminho por meio de teorias, mas breve e eficaz por meio de exemplos. “A sabedoria do mestre, não deverá estar somente em cumprir metas e leccionar conteúdos, mas acima de tudo, desocultar as inúmeras competências que existem em cada jovem” Séneca Página 11
  • 12. Visitas de estudo III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 Visita a Mafra dos alunos do 3º ano do Ensino Profissional N o passado dia 11 de Março, as quatro turmas do 3º ano do Ensino Profissional deslocaram-se a Mafra para mais uma visita de estudo dinamizada pela disciplina de Português. A visita estava relacionada com um dos conteú- “Achei a visita muito enriquecedora! dos programáticos a abordar no módulo 12 dos Já tinha estado antes no Convento de cursos profissionais: Textos Narrativos e Descri- tivos - Memorial do Convento, de José Sarama- Mafra, mas nunca tinha sido tão go (obra de leitura integral) pelo que a visualiza- esclarecida como fui desta vez” ção da representação da peça, Memorial do Ana Monteiro Convento e a visita temática ao Palácio Nacional de Mafra eram de grande importância para incentivar e facilitar a leitura e compreensão “Na parte da manhã, visitámos o desta obra e as expectativas de professores e convento, acompanhadas pela guia alunos eram elevadas. Ana Rita Pinto, uma guia De facto, esta visita não só permitiu aos alu- extremamente simpática que explicava nos visitar o espaço onde se desenrola a ação tudo muito bem. principal da obra, como também lhes deu a pos- Adorei conhecer o convento, aprendi sibilidade de contatar diretamente com aspetos da época, locais reais onde viveram algumas das muito com a nossa guia, consegui personagens históricas referidas em Memorial tirar bastantes apontamentos, ao do Convento. longo da visita, na qual obtive um De salientar igualmente a importância da visi- conhecimento mais abrangente sobre ta temática que foi orientada por um guia que forneceu aos alunos informações importantíssi- a obra.” mas acerca da intriga da obra, acerca da sua Andreia Oliveira dimensão crítica, acer- “Estou convicta que esta visita de ca de aspe- tos simbóli- estudo nos enriqueceu bastante não só cos ligadas porque a nossa guia explicava ao espaço e bastante bem as coisas, fazendo-nos às persona- uma boa contextualização histórica gens, para além de apesar de falar rápido, mas também outros ele- porque estávamos no local dos mentos rele- acontecimentos.” vantes para Catarina Santos “penetrar” no universo ficcional sugerido na obra. “No convento, à tarde, fomos ver a A visualização da representação da peça, que peça de teatro sobre o Memorial do constitui uma adaptação do texto integral, con- Convento e tenho a dizer que gostei tribuiu certamente para que os discentes perce- muito, o elenco era muito bom e estes bessem a parte ficcionada da obra, a crítica nela incentivaram-me a ler o livro, pois presente e até alguns aspetos que poderiam pas- transmitiram ao público uma boa sar despercebidos se não assistissem à represen- história, cheia de emoção, ironia e um tação no próprio local. É sempre enriquecedor pouco de comédia.” ver o texto em ação, em particular um texto Adriana Santos escrito num estilo muito especial como o de Saramago. “Em suma, gostei da visita no seu Como balanço global podemos afirmar que a todo, mas principalmente por me ter atividade superou as expectativas. As alunas do dado uma noção geral da obra e por 3º ASC em resposta ao desafio lançado pela me ser possível agora lê-la e analisá- professora no blog da disciplina confirmam la sem grandes obstáculos!” largamente esta conclusão. Arlete Silva Memorial do Convento, de José Saramago Página 12
  • 13. III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 Visitas de Estudo Viagem à Turquia no âmbito do projecto „The colour red‟ - Comenius N o âmbito do projecto „The colour red‟ - Comenius foi realizada uma dentro das escolas é proibido o uso do véu, bem como de cal- ças de ganga. conhecer alguns aspectos do nosso país. Foram apresentados quatro trabalhos: o primeiro nos e os professores foram brindados com algumas surpre- sas. Assistiram a uma recriação viagem, entre os dias 27 de De acordo com a opinião dos de um casamento turco e a dan- Fevereiro e 6 de Março, à Tur- participantes nesta viagem, a ças do ventre e realizaram algu- quia. Cinco intervenientes esti- participação em rituais nas mas actividades como a “Art of veram envolvidos na visita, três mesquitas foi bastante interes- marbelling‟, que consiste na alunos do 11ºA (Ana Margari- sante, visto que testemunharam marmorização de papel numa da, André e Micael), a profes- realmente a rotina religiosa sora coordenadora do projecto muçulmana, desde o prestar Alexandra Esteves e o professor culto a Alá até aos costumes Mário Matos. mais minuciosos como a ablu- A estadia com as famílias de ção (“lavagem”) antes de cada acolhimento foi uma parte oração, o descalçar-se para importante no intercâmbio, pois entrar nas mesquitas, o acordar sobre dados estatísticos nacio- puderam compartilhar a sua ao som dos minaretes (do turco nais sobre os casamentos ou vida com uma família diferente minare), local de onde o almua- divórcios, o segundo também observando as diferentes de estatística, mas neste caso maneiras de viver a vida dos como resposta ao questionário superfície aquosa. Criaram „Emotions and Drives‟, o ter- verdadeiras obras de arte que ceiro em relação ao Bispo Con- trouxeram para Portugal! de Manuel Pina e a sua influên- Os objectivos alcançados foram a melhoria das compe- tências dos alunos no uso de línguas estrangeiras (inglês) e o desenvolvimento da tolerância e do trabalho de equipa. dem anuncia as cinco chamadas Os representantes da Alema- diárias à oração, entre outros. nha, Bélgica, Itália, Noruega, turcos. Os alunos ficaram sur- Visitaram também alguns Portugal (Cuba) e Turquia preendidos ao saberem, entre monumentos importantes de encontrar-se-ão em mobilidade outras coisas, que os homens se Istambul como a Mesquita Azul em Portugal no período de 3 a beijam, em forma de cumpri- e o Grande Bazar. 11 de Maio de 2011. Na nossa mento; que as pessoas não Além da visita a Istambul, cia na sociedade e, por último, a Escola as actividades desenvol- usam calçado dentro das suas visitaram as grutas em Eregli apresentação do filme sobre o ver-se-ão de 3 a 7 de Maio. onde, segundo a mitologia, Amor de D. Pedro e Inês de Apelamos a toda a comunida- Hércules matou Cêrberus – o Castro. de escolar para um acolhimento cão de três cabeças que guarda- Estes trabalhos receberam tipicamente português, de modo va o inferno. Visitaram, tam- uma avaliação positiva por a que no final professores e bém, Amasra e Safranbolu, parte dos professores envolvi- alunos estrangeiros possam onde os professores e os alunos dos dos outros países que consi- dizer como o Papa Bento XVI: aprenderam mais sobre a cultu- deraram muito boa a apresenta- "Guardo na alma a cordialidade ra turca. ção bem como o envolvimento e acolhimento afectuoso, a Esta estadia na Turquia não dos alunos e dos professores forma calorosa e espontânea do foi meramente turística, mas nas diversas actividades realiza- povo português". habitações; que as mulheres, também envolveu trabalhos das na Turquia. durante o período menstrual, realizados pelos alunos que Além da apresentação dos estão proibidas de rezar e que tinham por objectivo dar a trabalhos portugueses, os alu- Alunos de vários países europeus vão estar na nossa Escola no dia 5 de Maio D e 3 a 7 de Maio, alunos belgas, italianos, noruegueses, ale- mães, turcos e portugueses, vão participar em diversas iniciati- vas do projecto Comenius. Neste âmbito, no dia 5 de Maio estes estu- dantes irão passar o dia na Escola Básica e Secundária Ferreira de Cas- tro, o que constituirá um grande momento de intercâmbio cultural. Página 13
  • 14. Iniciativas e Projectos III Milénio | Nº 12 | Abril 2011 Projecto Diversão Solidária está aberto em quase todos os No Espaço Diversão Solidária educativa e uma parte é gasta períodos do tempo lectivo, desenvolvem-se iniciativas na aquisição de materiais para a graças à existência de um diversificadas. A base deste manutenção do Espaço Diver- número já bem significativo de espaço é a utilização de jogos são Solidária. voluntários. Importa esclarecer variados, mas, por vezes, são que estes voluntários fazem concretizadas outras iniciativas. atendimento no Espaço Diver- No final do primeiro período são Solidária, mas também montou-se uma “Árvore de triagem dos materiais doados e Natal Solidária”, que consistiu organização dos mesmos na arrecadação criada para o efei- to, já que além do EDS, o PDS também tem uma arrecadação I niciou-se na nossa escola, onde organiza bens doados, no primeiro período, o para depois serem encaminha- Os objectivos a que este pro- Projecto Diversão Solidária dos. jecto se propôs estão a ser con- (PDS). Projectado e aprovado No final do primeiro período seguidos na sua plenitude. Exis- no ano lectivo transacto, foi foi feito um balanço, sob forma te agora na escola um espaço neste ano lectivo que começou de relatório, que foi encaminha- onde os alunos se divertem e a ser concretizado. do para o Conselho Pedagógi- em receber donativos de mate- ocupam os seus tempos livres, A implementação deste pro- co. Desse balanço transcrevem- rial escolar, em que os doadores uma oportunidade da comuni- jecto teve como objectivos se aqui alguns pontos de maior os colocavam na mesma árvore dade educativa ser solidária e proporcionar aos alunos da relevância: de modo a preenchê-la com um apoio extra a elementos da escola um espaço para ocupa- “… enfeites diferentes e solidários. comunidade educativa mais rem os seus tempos livres, 1.No Projecto Diversão Soli- Esta árvore foi um sucesso, carenciados financeiramente. envolver a comunidade educati- dária trabalham 87 voluntários; tendo-se conseguido preenchê- Julga-se justo fazer um la por completo com inúmeros balanço extremamente positivo va numa iniciativa solidária/ 2.Já foram feitas 57 doações, lápis, canetas, marcadores… deste projecto, até ao momento. divertida e apoiar pessoas da com um aproveitamento de 469 comunidade educativa da nossa que podem agora ser encami- Obrigada a todos os que têm bens materiais para o PDS; nhados. participado, doando, fazendo escola que mais necessitam. 3.O Espaço Diversão Solidá- Neste segundo período já voluntariado, apoiando, incenti- ria tem à disposição para a decorreu a “Feirinha Solidária”, vando e frequentando o espaço. comunidade educativa 69 jogos onde foram vendidos, a preços Graças a todos, o projecto para requisição; simbólicos, bens materiais arrancou com sucesso! 4. Com a requisição dos novos doados por empresas que "A solidariedade é o senti- jogos arrecadou-se, até meados têm familiares a frequentar a mento que melhor expressa o de Fevereiro, 116,81€; nossa escola. Esta iniciativa respeito pela dignidade também correu muito bem, humana." 5.O projecto tem sinalizados tendo-se arrecadado uma quan- Franz Kafka 8 casos para auxílio; tia bastante satisfatória. CONTINUE A sala de jogos (Espaço Já foi possível encaminhar Diversão Solidária - EDS) abriu Quase todo o dinheiro que se A AJUDAR-NOS 104 bens materiais para os consegue adquirir serve para A AJUDAR! no dia da inauguração no novo beneficiários sinalizados. Bar da escola, a 2 de Dezembro colmatar necessidades materiais …” que existam na comunidade A COORDENADORA: de 2010. Actualmente, o EDS Peddy Paper - um dia diferente, mas divertido N a sexta-feira dia 8 de Abril, 92 alunos do ensino básico da nossa escola participaram no Peddy Paper “Gestão em Movimento” com organização do 2.º e 3.º anos do curso profissional de Técnico de Gestão. Os grupos encontraram -se no átrio da escola entre os dois blocos onde lhes foram atribuídas as identificações e instruções. Um Peddy Paper consta de jogos de observação e de muita atenção para poderem descobrir as pistas que lhe são dadas. Os grupos iam saindo e respondendo a diversas perguntas para encontrar as pistas e avançar. À medida que respondiam, descobriam curiosidades sobre questões económicas e financeiras. Neste contexto de crise é importante alertar os alunos e pôr à prova os seus conhecimentos sobre curiosidades do concelho, da Europa e também sobre reciclagem. No último posto cada grupo (eram 23 o que demonstra o êxito desta iniciativa da Área Disciplinar de Ciências Sociais e Gestão) teve que escrever o refrão de uma música num mural preparado para o efeito. Este jogo serviu para, de forma pedagógica e divertida, fomentar a educação para a cidadania e o exercício pleno da mesma. Com este dia diferente aprendemos a trabalhar em grupo, a observar, a orientar e reconhecer a importância dos ensinamentos da escola no nosso dia-a-dia. Embora tenha sido cansativo, divertimo-nos muito e queremos repetir. Página 14