SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
Baixar para ler offline
INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL
 vol. X N. X
 (2012) ISSN 1647-7308

 http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index




                        E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E
                 APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
                                               Artur Ramísio, Aldina Rodrigues
 Abstract: This study is an analysis of e-Portfolios for students and teachers of different educational levels, accessible
 on the Internet in order to understand how they are used in teaching and learning of mathematics in the areas of
 reflection, collaboration / cooperation and updating it over time. The results indicate that there are few online e-Portfolios
 in Mathematics, which are reduced to reflect the practices and collaboration, and that in many cases their use is not
 systematic and persistent. The study considers that there is more information and training leading to promotion of e-
 Portfolios as a resource for teaching and learning in order to get more out of their educational potential. The study also
 shows lines of research to be undertaken on the use of e-Portfolios as an educational resource of the future, particularly
 in the areas of personalization, collaboration and learning throughout life.

 Resumo: O presente estudo consiste numa análise de e-Portefólios de alunos e professores, de diferentes níveis de
 ensino, acessíveis na Internet, tendo em vista compreender como estes são utilizados no âmbito do ensino e da
 aprendizagem de Matemática, nos domínios da reflexão, da colaboração/cooperação e da sua atualização ao longo do
 tempo. Os resultados indiciam que há poucos e-Portefólios online no âmbito da Matemática, que são reduzidas as
 práticas de reflexão e de colaboração, e que em muitos casos a sua utilização não é sistemática e persistente. O
 estudo considera necessário que haja mais informação e formação conducente à promoção dos e-Portefólios como
 recurso de ensino e aprendizagem, de modo a obter mais proveito das suas potencialidades educativas. O estudo
 aponta, ainda, linhas de investigação a desenvolver sobre a utilização dos e-Portefólios como recurso educativo do
 futuro, nomeadamente nos domínios da personalização, da colaboração e da aprendizagem ao longo da vida.

 Keywords: e-Portefólios, portefólios digitais, Webfólio, Matemática, ensino e aprendizagem da Matemática.


                          ——————————                          Ж      ——————————


 P
       artindo da convicção de que a utilização de e-Portefólios é uma estratégia educativa com
       grandes potencialidades ao nível do desenvolvimento de práticas reflexivas e
       colaborativas, com o presente estudo pretende-se, a partir da averiguação sobre o modo
       como os e-Portefólios online estão a ser utilizados por professores e por alunos no
 ensino e aprendizagem de Matemática, contribuir para o aumento e melhoria da sua utilização
 no âmbito dessas práticas. Simultaneamente, pretende-se ainda averiguar aspetos indiciadores
 das motivações subjacentes à utilização dos e-Portefólios online.

 Este estudo justifica-se pelo reconhecimento de que as potencialidades educativas dos e-
 Portefólios podem ser aumentadas se estes estiverem online, sendo possível, desse modo, nos
 processos de aprendizagem (formais, não formais ou informais), tirar melhor partido da
 quantidade, sempre crescente, de informação e das suas fontes, disponibilizadas no
 ciberespaço.




___________________________

Artur Ramísio, aluno do Programa Doutoral em Multimédia em Educação, Universidade de Aveiro, 3770-059 Oiã, Portugal. E-
                                                                                                            -1–
mail: artur.ramisio @ua.pt
 E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
 ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
Aldina Rodrigues, aluna do Programa Doutoral de Didática e Formação, Universidade de Aveiro, 3810-193, Aveiro, Portugal.
E-mail: aldinacrodriguesl@ua.pt
INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL
vol. X N. X
(2012) ISSN 1647-7308

http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index




A UTILIZAÇÃO DOS E-PORTEFÓLIOS EM CONTEXTO EDUCACIONAL

                                      1
        O e O e-Portefólio , tal como o portefólio tradicional que em que se baseia, é constituído
por um conjunto de trabalhos que fazem o registo de um determinado percurso do seu autor,
significando a letra “e” o facto de ser um artefacto eletrónico do âmbito das tecnologias digitais.
Em contexto educativo, como o define Barrete (2006), o e-Portefólio é uma seleção de
materiais que o aluno recolheu, selecionou e que sobre eles tem a possibilidade de refletir e de
transformar numa mostra da evolução dos seus conhecimentos.

       De entre os vários tipos de portefólios/e-Portefólios, destacam-se os de apresentação,
pelo seu propósito de ilustrar competências através da evidenciação dos melhores trabalhos;
os de desenvolvimento, por permitirem o realce de evoluções, por exemplo, de aprendizagens;
os de avaliação formativa e/ou sumativa, através de artefactos demonstrativos de
competências, habilidades e reflexões. (Johnson e Doyle, 2006; Bernardes e Miranda, 2003).

      Em contexto educacional, os e-Portefólios podem ser focados na escola, com o objetivo
de apresentar e divulgar a própria instituição, nos alunos, como estratégia promotora de
aprendizagens e da sua avaliação, e nos professores, como instrumento ou processo de
desenvolvimento profissional e/ou da avaliação do seu desempenho (Lorenzo e Ittelson, 2005).

      Podendo ser uma coleção em diferentes formatos (gráfico, vídeo, áudio e hipermédia),
os e-Portefólios educativos possibilitam que “os alunos, à medida que constroem a sua
colecção, tenham a oportunidade em analisarem o seu trabalho e de porem em prática, com a
ajuda do feedback fornecido pelo professor, as suas capacidades (…), tornando-se estudantes
mais autónomos e responsáveis quer pela sua aprendizagem quer pela sua avaliação” (Alves &
Maria João, 2007, p. 2).

      Para Scallon (2003, apud Alves, 2007), os portefólios são instrumentos de aprendizagem
e de avaliação que se fundamentam na capacidade metacognitiva e de autorregulação,
expressas no envolvimento do aluno na reflexão e autoavaliação da sua aprendizagem,
produzindo o desenvolvimento de ações visando a sua melhoria.

       Além disso, o portefólio/e-Portefólio facilita a regulação das atividades de ensino e de
aprendizagem entre professor e aluno, dado que através do seu exame regular é possível fazer
os ajustes que em cada momento são vistos como necessários (Asturias, 1994, Garrison
(1999). Esta faculdade é acrescida quando os e-Portefólios se apoiam na Web e as condições
de acesso à tecnologia são adequadas, refletindo-se, por exemplo, na “possibilidade de um
muito frequente e célere feedback entre o professor e o aluno”, em “momentos de partilha e
colaboração entre (…) alunos (…) ou entre uma comunidade de aprendizagem mais alargada,
privilegiando a motivação do aluno e o seu envolvimento na construção do seu conhecimento”
(Barca et al., 2007, p. 1036-1037).

       A utilização dos e-Portefólios na Internet leva a que possam ser descritos como
documentos digitais “com caraterísticas fluidas e multimodais” (Barbas, 2010, p. 17), por um
lado porque passam a fazer parte dos fluxos de informação “que navegam pelas redes e nós
que compõem a geografia do espaço Internet” (Barbas, 2010, p. 25) e, por outro lado, porque
os diferentes formatos através dos quais é possível interagir (síncrono, assíncrono e híbrido)
1
    Passamos a adotar o termo e-Portefólio para todas as situações que o conceito abarque.

                                                                                               -2–
E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL
vol. X N. X
(2012) ISSN 1647-7308

http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index




facilitam modos de aprendizagem que tanto podem ser formais como não formais (Barbas,
2010, apud Ferrão Tavares, 2005).

       Neste contexto em que a aprendizagem “não depende unicamente da perícia
tecnológica”, mas também da capacidade para “aprender a aprender, já que a maior parte da
informação se encontra online, e do que realmente se necessita é de habilidade para decidir o
que queremos procurar” (Castells, 2004, p. 299-300), os e-Portefólios, pelo conjunto de
caraterísticas que lhe são intrínsecas, entre as quais a de reflexão, é um instrumento
privilegiado para desenvolver uma “nova aprendizagem (…) orientada para o desenvolvimento
da capacidade educativa que permite transformar a informação em conhecimento e o
conhecimento em acção” (Dutton, 1999, apud Castells, 2004, p. 300).

        Os e-Portefólios podem, assim, influenciar positivamente as formas como se ensina, se
aprende e se avalia, dando origem a uma outra visão dos processos de aprendizagem, na qual
os conhecimentos se vão construindo individualmente ao ritmo de cada um e ao mesmo tempo
em conjunto, valorizando experiências, intuições e saberes de cada aluno e superando
dificuldades através de uma maior motivação. Deste modo, os e-Portefólios, além de
instrumentos de aprendizagem que potenciam a construção de conhecimento, são também
uma estratégia de avaliação de caráter formativo, dada a possibilidade de, através deles, cada
indivíduo se poder apropriar de modo próprio da informação e dessa forma reconstruir os seus
conhecimentos prévios (Sá-Chaves, 2005).

       Os e-Portefólios propiciam ainda a aplicação de práticas de avaliação baseadas em
fontes mais diversificadas, ou seja, podem servir como instrumentos de aprendizagem e
simultaneamente de avaliação, evitando que esta se cinja apenas aos testes que
tradicionalmente se efetuam no final de cada matéria lecionada (Barca, 2007). Estas
potencialidades fazem com que sejam cada vez mais utilizados em diversos níveis de ensino
como estratégia de aprendizagem e instrumento de avaliação, bem como “no desenvolvimento
profissional dos professores, especialmente como actividade reflexiva da prática pedagógica”
(Barca et al., 2007, p. 1036).

      O conceito de reflexão associado ao e-Portefólio é uma das suas mais importantes
componentes, devendo “acompanhar os trabalhos ou realizações produzidas pelo seu autor”
na medida em que é através dela que efetua a seleção dos seus conteúdos e, no caso de ser
aluno, que “toma consciência dos seus progressos” (Monteiro, 2008, p. 67). Ou seja, para que
o e-Portefólio seja uma seleção criteriosa de conteúdos, é necessário que haja um processo
de permanente autorreflexão e tomada de decisão relativamente aos critérios e à
seleção a proceder.



OBJETIVOS DO ESTUDO E QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO

      Como contributo para a melhoria da qualificação tecnológica escolar e profissional de
alunos e de professores, este estudo está em correspondência com as orientações
preconizadas pela “Agenda Digital 2015” que, entre outros aspetos, tem por objetivos promover
o acesso e desenvolvimento de competências para o uso das tecnologias digitais. Tal como se
enquadra, igualmente, numa perspetiva de desenvolvimento de processos de aprendizagem,
de modo a que respondam de forma adequada às alterações que ocorrem no mundo e às
                                                                                          -3–
E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL
vol. X N. X
(2012) ISSN 1647-7308

http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index




exigências do futuro, as quais se preveem pautadas pela omnipresença das tecnologias digitais
e pela visão da aprendizagem como um processo a ser desenvolvido ao longo da vida de
forma personalizada, colaborativa e informalizada (Redecker et al., 2011). Para esta
aprendizagem do futuro, o e-Portefólio é considerado como uma das ferramentas tecnológicas
que reúne as caraterísticas mais adequadas.

      Neste contexto, o estudo tem como objetivo explorar e descrever o modo como os e-
Portefólios online estão a ser utilizados relativamente às suas caraterísticas reflexivas e
colaborativas, por professores e por alunos no ensino e na aprendizagem de Matemática, e
procura ainda identificar aspetos relacionados com o interesse e a motivação subjacentes à
criação e utilização dos e-Portefólios estudados.

     Pretende-se, com este conhecimento, contribuir para o incremento de medidas que
possam estimular a utilização de e-Portefólios nos processos de ensino e aprendizagem, bem
como apontar linhas de investigação futura.

       A escolha, para tema de estudo, dos e-Portefólios online no âmbito do ensino e
aprendizagem de Matemática, corresponde, por um lado, a interesses e motivações
relacionados com as áreas de ensino dos autores (Informática e Matemática) e, por outro lado,
à convicção de que os e-Portefólios possuem potencialidades pedagógicas que justificam a
promoção da sua utilização em processos educativos e formativos.

      Definido o problema de investigação, “primeiro e vital passo” para tornar “explícita a área
de investigação” (Souza & Souza, 2011, p. 2), bem como a metodologia a seguir, tivemos em
consideração que, em investigações qualitativas, parte do seu planeamento deve ser destinado
a tentar perceber quais as questões mais importantes a que a investigação deve responder,
sem presumir que à partida já se sabe o suficiente para identificar as que são mais importantes
(Bogdan, 1994).

       Assim, no sentido de definirmos “a abrangência do corpus de dados” para dar resposta
ao problema sem que a investigação se perca “com «acessórios»” (Souza & Souza, 2011, p.
2), partimos para a realização de um primeiro levantamento de e-Portefólios alojados na
Internet, com a finalidade de, através do contato com os e-Portefólios encontrados nessa
navegação, recolhermos a informação necessária para a definição das questões pertinentes
para a investigação.

       Nesse sentido, atendendo a que os dados disponíveis no corpus latente na Internet
constituem por natureza uma potencial fonte de informação para a formulação das questões de
investigação, realizámos “leituras flutuantes” (Souza & Souza, 2011, p. 3) por um alargado
número de locais da Web, na procura de maior massa crítica de e-Portefólios relacionados com
a Matemática.

      No passo seguinte, com o objetivo de obtermos respostas esclarecedoras e importantes
para o estudo, a partir da informação recolhida elencámos um conjunto alargado de perguntas
possíveis de serem formuladas no âmbito da investigação. Deste conjunto alargado de
hipóteses, selecionámos as seguintes questões respeitantes aos e-Portefólios online de
professores e de alunos, no âmbito do ensino e da aprendizagem de Matemática:

                1. Os e-Portefólios online dos alunos e dos professores são reflexivos?


                                                                                             -4–
E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL
vol. X N. X
(2012) ISSN 1647-7308

http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index




                2. Os e-Portefólios online dos alunos e dos professores são colaborativos ou
                   manifestam essa intenção?

                3. Os e-Portefólios online dos alunos e dos professores revelam interesse e
                   motivação na sua utilização?




METODOLOGIA

      Nos estudos de natureza qualitativa, as preocupações da investigação são orientadas
para a procura de significados pessoais, para o estudo das interações entre indivíduos e entre
estes e os contextos, assim como para a compreensão de formas de pensar, atitudes e
perceções. Implica, por isso, que o investigador tenha uma visão holística que favoreça a
obtenção dos dados necessários para fundamentar a narrativa relacionada com o fenómeno
em estudo (Denzin e Lincoln, 2000, Bogdan & Bilken, 1994).

       Neste sentido, o paradigma escolhido para o presente estudo é qualitativo ou
interpretativo, na medida em que, como define Coutinho (2011), procura obter a compreensão
e o significado do fenómeno que é estudado, para, de forma indutiva, construir uma teoria que
o explique, num processo que conduz “à produção de um ‘outro’ tipo de conhecimento” (Shaw,
1999, apud Coutinho, 2011, p. 17).

       A utilização, a nível conceptual, do método indutivo para responder às questões de
investigação em torno da utilização de e-Portefólios online de professores e alunos, insere-se
na perspetiva de tentar “compreender a situação sem impor expectativas prévias ao fenómeno
estudado” (Mertens, 1997, apud Coutinho, 2011, p. 26).

       No início do estudo optámos por efetuar uma revisão de literatura, com o objetivo de
munir a investigação com uma teoria prévia para “fornecer a direcção ao estudo” (Meirinhos &
Osório, 2010, p 7), ao mesmo tempo que realizávamos uma pesquisa alargada de dados com
vista a fornecer a informação necessária à construção das questões de investigação.

       Elaboradas as questões de investigação, demos início a uma nova fase de pesquisa
direcionada para a recolha de dados, orientada pelas questões de investigação entretanto
definidas.

      Durante o processo de recolha de dados a par das nossas interpretações dos e-
Portefólios analisados, procurámos registar diversos pormenores observáveis, como, por
exemplo, indícios que pudessem revelar o interesses e motivações subjacentes a cada e-
Portefólio, com a finalidade de tornar mais rigorosa e rica a análise dos dados e “ilustrar e
substanciar” (Rausch, 2007) a sua posterior apresentação.

       O procedimento de recolha de dados adotado na investigação foi o da análise, na
medida em que, mais do que notações e descrições dos objetos alvo da investigação, os
investigadores procuraram “…inferir traços, significados e relações” (Charles, 1998, apud
Coutinho, 2011, p. 100), orientados pelos objetivos específicos traçados para o estudo. Estes
dados foram primeiramente registados numa grelha criada para o efeito numa folha de cálculo
e, posteriormente, foram transpostos para o programa WebQDA, software de apoio à análise

                                                                                          -5–
E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL
vol. X N. X
(2012) ISSN 1647-7308

http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index




de dados qualitativos, "desde a fase da recolha de dados, até à fase da escrita das conclusões”
(Souza, Costa, & Moreira, 2011, p. 2).




ANÁLISE DOS DADOS

       Foram analisados 30 e-Portefólios, 19 de alunos e 11 de professores, tendo os dados
recolhidos sido registados numa tabela onde constavam as referências definidas para guiar a
investigação, tais como, os sujeitos da investigação (alunos e professores), evidências de
atividades reflexivas e de colaboração/cooperação e, ainda, aspetos indiciadores do interesse
e da motivação colocados na utilização dos e-Portefólios estudados, como, por exemplo, se
são ou não utilizados de forma sistemática e persistente.

       A população alvo do estudo é constituída pelos alunos e professores que, em Portugal,
utilizam e-Portefólios online no ensino e aprendizagem de Matemática.

      O corpus de dados é probabilístico, sendo constituído pelo conjunto de indivíduos/e-
Portefólios que, de uma forma aleatória, foram localizados na navegação efetuada na Internet.
Esta navegação foi realizada através do motor de pesquisa Google e orientada pelas palavras-
chave: “e-Portefólio”, “portefólio”, “portefólios digital” e “Webfólio”, conjugadas com a palavra
“Matemática”. Na dimensão do corpus de dados procurou-se atingir o número e-Portefólios
                                                                           2
considerado necessário para credibilizar os resultados da investigação .
                                              3
       Com a “leitura flutuante” dos dados recolhidos e da sua codificação no programa
informático WebQDA, sobressaiu informação que considerámos relevante para descrever o
fenómeno em estudo, da qual, em conformidade com as questões de investigação, resultou a
definição das seguintes categorias de análise:

                     Os e-Portefólios dos alunos são utilizados de forma reflexiva ou somente como
                      repositórios de conteúdos?

                     Os e-Portefólios dos professores são utilizados de forma reflexiva ou somente
                      como repositórios de conteúdos?

                     Os e-Portefólios dos alunos são utilizados de forma colaborativa ou manifestam
                      esse propósito?

                     Os e-Portefólios dos professores são utilizados de forma colaborativa ou
                      manifestam esse propósito?

                     Os e-Portefólios dos alunos são utilizados de forma sistemática e persistente
                      revelando interesse e motivação dos seus autores?
2
  Coutinho (2011, p. 93) refere que “amostras inferiores a 30” podem “comprometer os
resultados da investigação.”
3
  Nome dado às primeiras leituras dos materiais recolhidos durante o processo de recolha de
dados com a finalidade de fazer emergir as primeiras explicações do fenómeno observado
(Bardin, 1997, apud Coutinho, 2011).

                                                                                                -6–
E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL
vol. X N. X
(2012) ISSN 1647-7308

http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index




                     Os e-Portefólios dos professores são utilizados de forma sistemática e
                      persistente revelando interesse e motivação dos seus autores?

      Na definição das categorias procurámos assegurar que estas possuem as qualidades de
exclusão mútua, homogeneidade, pertinência e objetividade/fidelidade.

       Assim, cada um dos três elementos associados aos sujeitos da investigação (alunos e
professores) só existe numa categoria; cada categoria só contém uma das caraterísticas:
reflexividade, colaboração e utilização sistemática e persistente dos e-Portefólios; as categorias
são pertinentes dado que correspondem aos objetivos da pesquisa de conhecer o modo como
os e-Portefólios são utilizados por professores e por alunos no ensino e aprendizagem de
Matemática no que concerne à reflexão, à colaboração e à sua utilização regular e sistemática;
a objetividade e fidelidade na definição das categorias é de modo a que outros pesquisadores
possam chegar aos mesmos resultados.




RESULTADOS

       Como é salientado por Amado (2009), na investigação interpretativa, mais do que
“generalizar”, o principal interesse é o de “particularizar” (p. 73), sendo nesse sentido que
procuramos interpretar os dados, procurando encontrar a sua relação com os sujeitos da
investigação e com cada uma das dimensões de análise.

      Deste modo, a interpretação dos dados referentes à questão: “Os e-Portefólios online
dos alunos e dos professores são reflexivos?”, permite chegar aos seguintes resultados nas
respetivas categorias de análise:

      Na resposta à pergunta: “Os e-Portefólios dos alunos são utilizados de forma reflexiva ou
somente como repositórios de conteúdos?”, verificamos que só menos de metade dos alunos
(42%) efetua algum tipo de reflexão e que a maioria apenas utiliza os e-Portefólios como
repositórios de conteúdos. Alguns exemplos: “O plano de trabalho proposto para esta sessão
consistia na aplicação de um programa, que bem explorado, tem potencialidades para tornar
mais agradável a interiorização de alguns temas da Matemática” (formando em curso de
formação); “Este primeiro período correu bem (…). Penso que a maneira como são lecionadas
as aulas facilitam a aprendizagem dos conteúdos (…), uma vez que não há nada melhor do
que a resolução de exercícios para pôr os conhecimentos adquiridos em prática” (aluna do
Ensino Secundário); “A minha disciplina preferida é Matemática. O meu jogo favorito agora é a
macaca" (aluna do 1º Ciclo).

       Na resposta à pergunta: “Os e-Portefólios dos professores são utilizados de forma
reflexiva ou somente como repositórios de conteúdos?”, constatamos que um pouco mais de
metade (54,5%) contêm registos de reflexão sobre conteúdos relacionados não só com a
Matemática mas também sobre outros assuntos, como, por exemplo, a lecionação de aulas e o
próprio meio onde estão a exercer a docência. Alguns exemplos: “…penso ser importante a
abordagem de aspetos relacionados com a História da Matemática, de modo a evidenciar a
construção da Matemática ao longo dos tempos”; “…um dos meus maiores receios na prática
do ensino, centrava-se no controlo da turma, quanto à disciplina a ser mantida na sala de aula.
Julgo ser importante a existência de normas e regras, como o respeito pelo próximo, sendo a
                                                                                              -7–
E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL
vol. X N. X
(2012) ISSN 1647-7308

http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index




base para que exista um bom funcionamento numa aula”; “a minha personalidade não se
adapta à rigidez, à máscara de um general que tem de comandar com pulso firme as suas
tropas. Prefiro dar valor às relações humanas que se estabelecem no dia-a-dia (…) e que
podem conduzir à resolução pacífica de pequenos problemas que vão surgindo”; “Fiz pesquiza
na internet de sites sobre temas específicos dos programas de matemática do secundário,
nomeadamente, probabilidades, poliedros, funções logarítmicas e números complexos”.



                                        TABELA 1 REFLEXIBILIDADE DOS E-PORTEFÓLIOS




      A interpretação dos dados referentes à questão: “Os e-Portefólios online dos alunos e
dos professores são colaborativos ou manifestam essa intenção?”, permite chegar nas
respetivas categorias de análise:

       Na resposta à pergunta: “Os e-Portefólios dos alunos são utilizados de forma
colaborativa ou manifestam esse propósito?”, constatamos que somente dois alunos os
utilizam desse modo ou que manifestam esse propósito, como é exemplo a seguinte
mensagem de um aluno aos visitantes do seu e-Portefólio: "Aqui poderá conhecer um pouco do
meu trabalho (…). Se necessitar de alguma informação (…) basta (…) seguir o link (…), assim
todos poderão dar a sua opinião".

       Na resposta à pergunta: “Os e-Portefólios dos professores são utilizados de forma
colaborativa ou manifestam esse propósito?”, verificamos que menos de metade (45,5%)
evidencia atividades ou propósitos nessa perspetiva. Num destes casos o professor descreve a
página online como sendo para “apoio aos meus alunos de Matemática (principalmente) ”, e
interagecom estes: “Cá estão duas fichas de avaliação de 12º ano. A primeira só foca o tema
Probabilidades (…). Bom trabalho!”



                                        TABELA 2 A COLABORAÇÃO NOS E-PORTEFÓLIOS




      A interpretação dos dados referentes à questão: “Os e-Portefólios online dos alunos e
dos professores revelam interesse e motivação na sua utilização?”, permite chegar aos
seguintes resultados em cada uma das categorias de análise:


                                                                                        -8–
E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL
vol. X N. X
(2012) ISSN 1647-7308

http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index




       Na resposta pergunta: “Os e-Portefólios dos alunos são utilizados de forma sistemática e
persistente revelando interesse e motivação dos seus autores?”, verificamos, através das datas
                                                                                     4
dos registos online, que somente 47% os utilizam regularmente e até data recente , e que a
maior parte destes são de alunos do ensino superior. Este resultado pode indiciar falta de
interesse e de motivação em relação aos e-Portefólios.

        Na resposta à pergunta: “Os e-Portefólios dos professores são utilizados de forma
sistemática e persistente revelando interesse e motivação dos seus autores?, constatamos que
em nenhum caso e-Portefólio dos professores é utilizado regularmente. Em vários e-Portefólios
identificam-se -se coincidências entre a sua criação e utilização e a frequência de
cursos/formações, expressando a ideia de que os e-Portefólios terão sido criados nesse
contexto e deixados de serem utilizados quando as ações formativas terminaram.



                              TABELA 3 REGULARIDADE DA UTILIZAÇÃO DOS E-PORTEFÓLIOS




CONCLUSÕES

       Movidos pela nossa convicção de que a utilização de e-Portefólios é vantajosa tanto para
alunos como para professores nas suas atividades educativas/formativas, com este estudo
procurámos conhecer melhor o modo como se perceciona a sua adoção no âmbito da
Matemática, tomando como alvo do estudo os e-Portefólios colocados online. Apesar de não
pretendermos generalizar os resultados a que chegámos, entendemos, contudo, que estes
contribuem para se ter uma perceção mais próxima da realidade acerca dos domínios
estudados, permitindo-nos chegar às seguintes conclusões:

       Que a dificuldade em pesquisar e-Portefólios na Internet com conteúdos relacionados
com a Matemática indicia que a sua utilização online é diminuta, tanto por alunos como por
professores. Atendendo a que são cada vez mais os alunos e os professores que recorrem às
tecnologias para os mais diversos fins do dia a dia, incluindo para as atividades educativas, a
reduzida utilização pode também significar o desaproveitamento de competências tecnológicas
de que estes já são possuidores.

       Que o exercício de atividades reflexivas nos e-Portefólios é igualmente diminuta,
funcionando estes, na maior parte dos caos, apenas como repositórios de conteúdos. Apesar
disso, alguns dos e-Portefólios analisados contêm exemplos significativos de autoavaliação e
de reflexão sobre experiências.

4
    Adotámos como critério de data recente os que fizeram atualizações em 2012.

                                                                                           -9–
E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL
vol. X N. X
(2012) ISSN 1647-7308

http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index




       Que é reduzida a colaboração verificada nos e-Portefólios, sobretudo nos dos alunos.
Dadas as potencialidades de comunicação/feedback e entreajuda que os e-Portefólios
proporcionam, bem como o facto de a sua utilização na Internet permitir “recorrer à inteligência
coletiva e beneficiar com ela” (Barbas, 2010, p. 26), é importante que alunos e professores
sejam incentivados a usarem este artefacto, bem como a sua partilha na Web.

        Que uma grande parte dos e-Portefólios que deixaram de ser utilizados terão sido
gerados em contextos de cursos e formações, e que apesar das causas para a sua não
utilização poderem ser diversas (domínio das tecnologias, falta de tempo, etc.), uma das
principais razões poderá ser a insuficiente informação, ou mesmo desconhecimento, sobre os
benefícios que os e-Portefólios podem proporcionar aos seus utilizadores. Mais informação e
formação poderão ser medidas importantes a tomar para que as vantagens que os e-
Portefólios têm para oferecer sejam melhor percecionadas.

       Acreditamos que os resultados deste estudo contribuem não só para uma visão mais
real sobre o modo como os e-Portefólios estão a ser utilizados no nosso país, como também
para perspetivar medidas adequadas para superar atrasos e dificuldades, bem como para
promover a adoção e o bom uso dos e-Portefólios no ensino e na aprendizagem de
Matemática, bem como na educação/formação em geral.

       Os resultados realçam, também, a necessidade de serem prosseguidas linhas futuras de
investigação, nomeadamente em torno de domínios como a personalização, a colaboração e a
aprendizagem ao longo da vida, de forma a contribuir para o conhecimento e a implementação
de ferramentas digitais que serão fundamentais nos processos de aprendizagem do futuro,
entre as quais se situa o e-Portefólo.




LIMITAÇÕES

      Como limitações ao desenvolvimento deste estudo destacamos, em primeiro lugar, a
grande dificuldade em localizar e-Potefólios na Internet, devido à sua notória escassez
revelada durante a pesquisa.

        Com o decorrer da investigação constatámos a necessidade de um maior detalhe
relativamente aos diferentes tipos de reflexividade e de colaboração que podem ser apreciados
nos e-Portefólios. Os resultados, nesses domínios, refletem, por isso, uma interpretação
genérica dos dados recolhidos. Ainda assim, consideramos que respondem aos objetivos
fundamentais da investigação: conhecer melhor o modo como os e-Portefólios online estão a
ser utilizados para, em função desse conhecimento, contribuir para estimular e melhorar a
utilização de e-Portefólios online nos processos de ensino e aprendizagem. As medidas que
propomos e as ideias para investigação futura, vão nesse sentido.




                                                                                           - 10 –
E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL
vol. X N. X
(2012) ISSN 1647-7308

http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Alves, A. P. G., & Maria João. (2007). Desenvolvimento de portefólios electrónicos no ensino da Matemática. Paper
      presented at the Congresso ProfMat-07, Lisboa.

Amado, J. (2009). Introdução à Investigação Qualitativa em Educação (Faculdade de Psicologia e de Ciências da
      Educação ed., pp. 334).

Asturias, H. (1994). Using Students’ Portfolios to Assess Mathematical Understanding. The Mathematics Teacher, 87
        (9), 698-701.

Barbas, M. (2010). E-PORTEFÓLIO 2.0: instrumento pedagógico de inclusão social e empregabilidade. Chamusca:
       Edições Cosmos.

Barca, A., Peralbo, M., Porto, A., Duarte da Silva, & B. e Almeida, L. (2007). E-PORTEFÓLIOS: UM ESTUDO DE
       CASO NO ENSINO DA MATEMÁTICA. Paper presented at the Congreso Internacional Galego-Portugués de
       Psicopedagoxía, Coruña.

Barrett,      C.      (2005).      The      Research      on      Portfolios  in    Education.     Disponível      em:
      http://electronicportfolios.org/ALI/research.html. Acedido em Maio de 2012.

Barret, H. (2006). Using Electronic Portfolios For Formative/ Classrom-based assessment. Disponível em:
        http://electronicportfolios.com/portfolios/ConnectedNewsletter.pdf. Acedido em Dezembro de 2011.

Barret, H. (2006). Using Electronic Portfolios For Formative/ Classrom-based assessment. Disponível em:
        http://electronicportfolios.com/portfolios/ConnectedNewsletter.pdf. Acedido em Dezembro de 2011.

Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Bogdan, R., & Bilken, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Porto: Porto Editora.

Booth, W., Colomb, G., e Williams, J. (2008). A arte da pesquisa. São Paulo: Martins Fontes.

Castells, M. (2004). A Galáxia Internet. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Coutinho, C. (2011). Metodologia de Investigação em Ciências Sociais e Humanas. Coimbra: Almedina.

Denzin, N. e Lincoln, Y. (2000). Handbook of qualitative research. Thousand Oaks, CA: Sage.

Erikson, F. (1986). Qualitative methods in research on teaching. In M. Wittrock (Ed.), Handbook of research on teaching
          (pp. 195-302). New York: Macmillan.

Garrison, L. (1999). Mathematical Portfolio: Using Mathematics Portfolios with Latino Students. In Walter G. Secada;
          Luis Ortiz-Franco; Norma G. Hernandez; Yolanda De la Cruz (editores). Changing the Faces of Mathematics,
          Perspectives on Latinos. Reston: National Council of Teachers of Mathematics, p. 85-97.

Gouveia, C. R. F. G. (2011). O e-portefólio como instrumento de avaliação e aprendizagem no contexto de cursos
    online:    A      perspectiva    dos     estudantes.   Mestrado,    Universidade   Aberta.  Retrieved   from
    http://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/1997/1/O_eportefolio_como_inst_de_aval_e_aprend_no_context
    o_de_cursos_online.pdf.

Guba, E. e Lincoln, Y. (1994). Competing paradigms in qualitative research. In: Denzin N. e Lincoln Y. (Eds.). Handbook
         of Qualitative Research (pp. 105-117). Thousand Oaks, CA: Sage Publications.

Johnson, R., e Doyle, A. (2006). Developing portfolios in education: a guide to reflection, inquiry, and assessment.
     Thousand Oaks, California: Sage Publications, Inc.

Lorenzo, G. e Ittelson, J. (2005). An Overview of E-Portfolios. Educause: Educause Learning Initiative, edited by Diana
     Oblinger. Disponível em: http://educause.edu/ir/library/pdf/ELI3001.pdf. Acedido em Novembro de 2008.

Meirinhos, M. e Osório, A. (2010). O estudo de caso como estratégia de investigação em educação. EDUSER: revista
      de educação, 2(2), 17.
                                                                                                          - 11 –
E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL
vol. X N. X
(2012) ISSN 1647-7308

http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index




Monteiro, M. M. (2008). Área de Projecto. Porto: Porto Editora.

Patton, M. (2002). Qualitative research e evaluation methods. Thousand Oaks, California: Sage Publications.

Rausch, R. B. (2007). A reflexibilidade promovida pela pesquisa na formação inicial de professores. Disponível em:
     http://www.anped.org.br/reunioes/32ra/arquivos/trabalhos/GT08-5113--Int.pdf. Acedido em Maio de 2012.

Redecker, C., Leedertse, M., Punie, Y., Gijsbers, G., Kirschner, P., Stoyanov, S., & Hoogveld, B. (2011). The Future of
     Learning: Preparing for Change. Luxembourg: Publications Office of the European Union.

Sá-Chaves, I. (2005). Os "Portfolios" Reflexivos (Também) Trazem Gente Dentro. Porto: Porto Editora.

Scallon, G. (2003). Le Portfolio ou Dossier D’apprentissage. Guide Abrégé.

Souza, F. N., Costa, A., & Moreira, A. (2011). Questionamento no Processo de Análise de Dados Qualitativos com
     apoio do software WebQDA. EDUSER: revista de educação, Vol 3(1).

Souza, F. N., & Souza, D. N. (2011). Editorial - Formular Questões de Investigação no Contexto do Corpus Latente na
       Internet. Internet Latent Corpus Journal, 2, N. 1, 5.




                                                                                                                 - 12 –
E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA
ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Mtc tarefa 6 - metodologia - final jvt
Mtc   tarefa 6 - metodologia - final jvtMtc   tarefa 6 - metodologia - final jvt
Mtc tarefa 6 - metodologia - final jvtJovert Freire
 
Balanço de inovações em educação a distância
Balanço de inovações em educação a distânciaBalanço de inovações em educação a distância
Balanço de inovações em educação a distânciaAndrea Filatro
 
Pigead – lante uff
Pigead – lante   uffPigead – lante   uff
Pigead – lante uffNiely Freitas
 
Avmc tarefa semana 5 e 6 Tarefa das Semanas 5 e 6 criando um curso no ambient...
Avmc tarefa semana 5 e 6 Tarefa das Semanas 5 e 6 criando um curso no ambient...Avmc tarefa semana 5 e 6 Tarefa das Semanas 5 e 6 criando um curso no ambient...
Avmc tarefa semana 5 e 6 Tarefa das Semanas 5 e 6 criando um curso no ambient...Jovert Freire
 
Artigo tic carmem 3 janeiro 2013
Artigo tic carmem 3 janeiro 2013Artigo tic carmem 3 janeiro 2013
Artigo tic carmem 3 janeiro 2013equipetics
 
PÔSTER: UMA INVESTIGAÇÃO DO USO DE REDES SOCIAIS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO A DISTÂ...
PÔSTER: UMA INVESTIGAÇÃO DO USO DE REDES SOCIAIS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO A DISTÂ...PÔSTER: UMA INVESTIGAÇÃO DO USO DE REDES SOCIAIS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO A DISTÂ...
PÔSTER: UMA INVESTIGAÇÃO DO USO DE REDES SOCIAIS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO A DISTÂ...Jovert Freire
 
Três de Maio - Claudenir Beatriz Grizotti
Três de Maio - Claudenir Beatriz GrizottiTrês de Maio - Claudenir Beatriz Grizotti
Três de Maio - Claudenir Beatriz GrizottiCursoTICs
 
São João do Polêsine - Diana Cervo Cassol
São João do Polêsine - Diana Cervo CassolSão João do Polêsine - Diana Cervo Cassol
São João do Polêsine - Diana Cervo CassolCursoTICs
 
Mtc tarefa 3 - lista de bibliografias - final jvt
Mtc   tarefa 3 - lista de bibliografias - final jvtMtc   tarefa 3 - lista de bibliografias - final jvt
Mtc tarefa 3 - lista de bibliografias - final jvtJovert Freire
 
Artigo: ensaio de b-learning num curso profissional do sector do turismo, TIC...
Artigo: ensaio de b-learning num curso profissional do sector do turismo, TIC...Artigo: ensaio de b-learning num curso profissional do sector do turismo, TIC...
Artigo: ensaio de b-learning num curso profissional do sector do turismo, TIC...Fernanda Ledesma
 
Artigo redes sociais peer-review_13.02.2014_versãosubmetida
Artigo redes sociais peer-review_13.02.2014_versãosubmetidaArtigo redes sociais peer-review_13.02.2014_versãosubmetida
Artigo redes sociais peer-review_13.02.2014_versãosubmetidaElizabeth Batista
 
Artigo blearning apr
Artigo blearning aprArtigo blearning apr
Artigo blearning aprarturramisio
 

Mais procurados (18)

Material Didatico Ead
Material Didatico EadMaterial Didatico Ead
Material Didatico Ead
 
Mtc tarefa 6 - metodologia - final jvt
Mtc   tarefa 6 - metodologia - final jvtMtc   tarefa 6 - metodologia - final jvt
Mtc tarefa 6 - metodologia - final jvt
 
Balanço de inovações em educação a distância
Balanço de inovações em educação a distânciaBalanço de inovações em educação a distância
Balanço de inovações em educação a distância
 
Pigead – lante uff
Pigead – lante   uffPigead – lante   uff
Pigead – lante uff
 
Avmc tarefa semana 5 e 6 Tarefa das Semanas 5 e 6 criando um curso no ambient...
Avmc tarefa semana 5 e 6 Tarefa das Semanas 5 e 6 criando um curso no ambient...Avmc tarefa semana 5 e 6 Tarefa das Semanas 5 e 6 criando um curso no ambient...
Avmc tarefa semana 5 e 6 Tarefa das Semanas 5 e 6 criando um curso no ambient...
 
Artigo tic carmem 3 janeiro 2013
Artigo tic carmem 3 janeiro 2013Artigo tic carmem 3 janeiro 2013
Artigo tic carmem 3 janeiro 2013
 
PÔSTER: UMA INVESTIGAÇÃO DO USO DE REDES SOCIAIS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO A DISTÂ...
PÔSTER: UMA INVESTIGAÇÃO DO USO DE REDES SOCIAIS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO A DISTÂ...PÔSTER: UMA INVESTIGAÇÃO DO USO DE REDES SOCIAIS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO A DISTÂ...
PÔSTER: UMA INVESTIGAÇÃO DO USO DE REDES SOCIAIS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO A DISTÂ...
 
Texto do artigo 2494-1-10-20170925
Texto do artigo 2494-1-10-20170925Texto do artigo 2494-1-10-20170925
Texto do artigo 2494-1-10-20170925
 
Três de Maio - Claudenir Beatriz Grizotti
Três de Maio - Claudenir Beatriz GrizottiTrês de Maio - Claudenir Beatriz Grizotti
Três de Maio - Claudenir Beatriz Grizotti
 
São João do Polêsine - Diana Cervo Cassol
São João do Polêsine - Diana Cervo CassolSão João do Polêsine - Diana Cervo Cassol
São João do Polêsine - Diana Cervo Cassol
 
Mtc tarefa 3 - lista de bibliografias - final jvt
Mtc   tarefa 3 - lista de bibliografias - final jvtMtc   tarefa 3 - lista de bibliografias - final jvt
Mtc tarefa 3 - lista de bibliografias - final jvt
 
Uso do laptop na sala de aula
Uso do laptop na sala de aulaUso do laptop na sala de aula
Uso do laptop na sala de aula
 
Artigo: ensaio de b-learning num curso profissional do sector do turismo, TIC...
Artigo: ensaio de b-learning num curso profissional do sector do turismo, TIC...Artigo: ensaio de b-learning num curso profissional do sector do turismo, TIC...
Artigo: ensaio de b-learning num curso profissional do sector do turismo, TIC...
 
Eleonora Jorge Ricardo
Eleonora Jorge RicardoEleonora Jorge Ricardo
Eleonora Jorge Ricardo
 
Artigo redes sociais peer-review_13.02.2014_versãosubmetida
Artigo redes sociais peer-review_13.02.2014_versãosubmetidaArtigo redes sociais peer-review_13.02.2014_versãosubmetida
Artigo redes sociais peer-review_13.02.2014_versãosubmetida
 
Artigo blog ufsm
Artigo blog ufsmArtigo blog ufsm
Artigo blog ufsm
 
Artigo blearning apr
Artigo blearning aprArtigo blearning apr
Artigo blearning apr
 
Parablog
ParablogParablog
Parablog
 

Destaque

1.DiseñO De PáGinas Web
1.DiseñO De PáGinas Web1.DiseñO De PáGinas Web
1.DiseñO De PáGinas WebJoaquin Galdon
 
Movilización de prácticas educativas abiertas
Movilización de prácticas educativas abiertasMovilización de prácticas educativas abiertas
Movilización de prácticas educativas abiertaslulinruiz
 
Portef ad tcrd_a_ramisio
Portef ad tcrd_a_ramisioPortef ad tcrd_a_ramisio
Portef ad tcrd_a_ramisioarturramisio
 
2.DiseñO De PáGinas Web
2.DiseñO De PáGinas Web2.DiseñO De PáGinas Web
2.DiseñO De PáGinas WebJoaquin Galdon
 
Ferramentas web 2_0_apresentacao
Ferramentas web 2_0_apresentacaoFerramentas web 2_0_apresentacao
Ferramentas web 2_0_apresentacaoarturramisio
 
Aula 1 2-pca_tic_8-c
Aula 1 2-pca_tic_8-cAula 1 2-pca_tic_8-c
Aula 1 2-pca_tic_8-carturramisio
 
Criação de páginas web 3
Criação de páginas web 3Criação de páginas web 3
Criação de páginas web 3arturramisio
 
Criação de páginas web 1
Criação de páginas web 1Criação de páginas web 1
Criação de páginas web 1arturramisio
 
Administração financeira 12
Administração financeira 12Administração financeira 12
Administração financeira 12Anderson Henrique
 
Como avaliar páginas na web
Como avaliar páginas na webComo avaliar páginas na web
Como avaliar páginas na webcarlamltavares
 
Projeto dreamweaver aula 3 a 5
Projeto dreamweaver aula 3 a 5Projeto dreamweaver aula 3 a 5
Projeto dreamweaver aula 3 a 5Élida Tavares
 
Módulo: 4 – Desenvolvimento de Páginas Web Estáticas: CSS
Módulo: 4 – Desenvolvimento de Páginas Web Estáticas: CSSMódulo: 4 – Desenvolvimento de Páginas Web Estáticas: CSS
Módulo: 4 – Desenvolvimento de Páginas Web Estáticas: CSSAgrupamento de Escolas da Batalha
 
Produção de documentos profissionais 11
Produção de documentos profissionais 11Produção de documentos profissionais 11
Produção de documentos profissionais 11Anderson Henrique
 

Destaque (20)

Tipos de Sites - By Rafael Barbosa
Tipos de Sites - By Rafael BarbosaTipos de Sites - By Rafael Barbosa
Tipos de Sites - By Rafael Barbosa
 
Dream 01
Dream 01Dream 01
Dream 01
 
Otimizando títulos de páginas web
Otimizando títulos de páginas webOtimizando títulos de páginas web
Otimizando títulos de páginas web
 
Dream 03
Dream 03Dream 03
Dream 03
 
Silencio
SilencioSilencio
Silencio
 
1.DiseñO De PáGinas Web
1.DiseñO De PáGinas Web1.DiseñO De PáGinas Web
1.DiseñO De PáGinas Web
 
Movilización de prácticas educativas abiertas
Movilización de prácticas educativas abiertasMovilización de prácticas educativas abiertas
Movilización de prácticas educativas abiertas
 
Portef ad tcrd_a_ramisio
Portef ad tcrd_a_ramisioPortef ad tcrd_a_ramisio
Portef ad tcrd_a_ramisio
 
2.DiseñO De PáGinas Web
2.DiseñO De PáGinas Web2.DiseñO De PáGinas Web
2.DiseñO De PáGinas Web
 
Ferramentas web 2_0_apresentacao
Ferramentas web 2_0_apresentacaoFerramentas web 2_0_apresentacao
Ferramentas web 2_0_apresentacao
 
Aula 1 2-pca_tic_8-c
Aula 1 2-pca_tic_8-cAula 1 2-pca_tic_8-c
Aula 1 2-pca_tic_8-c
 
Criação de páginas web 3
Criação de páginas web 3Criação de páginas web 3
Criação de páginas web 3
 
Dream 04
Dream 04Dream 04
Dream 04
 
Criação de páginas web 1
Criação de páginas web 1Criação de páginas web 1
Criação de páginas web 1
 
Administração financeira 12
Administração financeira 12Administração financeira 12
Administração financeira 12
 
Como avaliar páginas na web
Como avaliar páginas na webComo avaliar páginas na web
Como avaliar páginas na web
 
Projeto dreamweaver aula 3 a 5
Projeto dreamweaver aula 3 a 5Projeto dreamweaver aula 3 a 5
Projeto dreamweaver aula 3 a 5
 
Avaliar Paginas Web
Avaliar Paginas WebAvaliar Paginas Web
Avaliar Paginas Web
 
Módulo: 4 – Desenvolvimento de Páginas Web Estáticas: CSS
Módulo: 4 – Desenvolvimento de Páginas Web Estáticas: CSSMódulo: 4 – Desenvolvimento de Páginas Web Estáticas: CSS
Módulo: 4 – Desenvolvimento de Páginas Web Estáticas: CSS
 
Produção de documentos profissionais 11
Produção de documentos profissionais 11Produção de documentos profissionais 11
Produção de documentos profissionais 11
 

Semelhante a Artigo3 grupo6 artur_aldina_final

ePortefólios e novas práticas
ePortefólios e novas práticasePortefólios e novas práticas
ePortefólios e novas práticasMilena Jorge
 
Seminário de projecto 2º trimestre susana alentejano
Seminário de projecto 2º trimestre   susana alentejanoSeminário de projecto 2º trimestre   susana alentejano
Seminário de projecto 2º trimestre susana alentejanoSusana Alentejano
 
Entrevista final 2
Entrevista final 2Entrevista final 2
Entrevista final 2Nuno Maria
 
Sistemas de Gestão de Conteúdos
Sistemas de Gestão de ConteúdosSistemas de Gestão de Conteúdos
Sistemas de Gestão de Conteúdosrubendacosta
 
Análise dos Dados E.E.M. Macário Borba
Análise dos Dados E.E.M. Macário BorbaAnálise dos Dados E.E.M. Macário Borba
Análise dos Dados E.E.M. Macário Borbajana_ramos
 
Um mix entre o aprendizado presencial e virtual estela s buenoetecgvdocx
Um mix entre o aprendizado presencial e virtual estela s buenoetecgvdocxUm mix entre o aprendizado presencial e virtual estela s buenoetecgvdocx
Um mix entre o aprendizado presencial e virtual estela s buenoetecgvdocxEstela Sales
 
Socialização ava na_escola_pública
Socialização ava na_escola_públicaSocialização ava na_escola_pública
Socialização ava na_escola_públicaAmorim Albert
 
Desafios e possibilidades da inclusão digital em curso on line
Desafios e possibilidades da inclusão digital em curso on lineDesafios e possibilidades da inclusão digital em curso on line
Desafios e possibilidades da inclusão digital em curso on lineJosé Lauro Martins
 
2012 desafios e possibilidades da inclusão digital em curso on line
2012 desafios e possibilidades da inclusão digital em curso on line2012 desafios e possibilidades da inclusão digital em curso on line
2012 desafios e possibilidades da inclusão digital em curso on lineJosé Lauro Martins
 
REA desafios para autoria e formação
REA desafios para autoria e formaçãoREA desafios para autoria e formação
REA desafios para autoria e formaçãojoaoppinto
 

Semelhante a Artigo3 grupo6 artur_aldina_final (20)

ePortefólios e novas práticas
ePortefólios e novas práticasePortefólios e novas práticas
ePortefólios e novas práticas
 
Almeida
AlmeidaAlmeida
Almeida
 
Almeida
AlmeidaAlmeida
Almeida
 
Seminário de projecto 2º trimestre susana alentejano
Seminário de projecto 2º trimestre   susana alentejanoSeminário de projecto 2º trimestre   susana alentejano
Seminário de projecto 2º trimestre susana alentejano
 
Cap5 Joao Jose Saraiva Da Fonseca
Cap5 Joao Jose Saraiva Da FonsecaCap5 Joao Jose Saraiva Da Fonseca
Cap5 Joao Jose Saraiva Da Fonseca
 
Entrevista final 2
Entrevista final 2Entrevista final 2
Entrevista final 2
 
Sistemas de Gestão de Conteúdos
Sistemas de Gestão de ConteúdosSistemas de Gestão de Conteúdos
Sistemas de Gestão de Conteúdos
 
Análise dos Dados E.E.M. Macário Borba
Análise dos Dados E.E.M. Macário BorbaAnálise dos Dados E.E.M. Macário Borba
Análise dos Dados E.E.M. Macário Borba
 
Um mix entre o aprendizado presencial e virtual estela s buenoetecgvdocx
Um mix entre o aprendizado presencial e virtual estela s buenoetecgvdocxUm mix entre o aprendizado presencial e virtual estela s buenoetecgvdocx
Um mix entre o aprendizado presencial e virtual estela s buenoetecgvdocx
 
Socialização ava na_escola_pública
Socialização ava na_escola_públicaSocialização ava na_escola_pública
Socialização ava na_escola_pública
 
Apresentação
Apresentação Apresentação
Apresentação
 
Unesp
UnespUnesp
Unesp
 
Unesp
UnespUnesp
Unesp
 
Unesp
UnespUnesp
Unesp
 
Unesp
UnespUnesp
Unesp
 
Unesp
UnespUnesp
Unesp
 
Desafios e possibilidades da inclusão digital em curso on line
Desafios e possibilidades da inclusão digital em curso on lineDesafios e possibilidades da inclusão digital em curso on line
Desafios e possibilidades da inclusão digital em curso on line
 
2012 desafios e possibilidades da inclusão digital em curso on line
2012 desafios e possibilidades da inclusão digital em curso on line2012 desafios e possibilidades da inclusão digital em curso on line
2012 desafios e possibilidades da inclusão digital em curso on line
 
REA desafios para autoria e formação
REA desafios para autoria e formaçãoREA desafios para autoria e formação
REA desafios para autoria e formação
 
97
9797
97
 

Mais de arturramisio

Reflexao critica formacao_fa_avaliacao_web_artur_ramisio
Reflexao critica formacao_fa_avaliacao_web_artur_ramisioReflexao critica formacao_fa_avaliacao_web_artur_ramisio
Reflexao critica formacao_fa_avaliacao_web_artur_ramisioarturramisio
 
Aula 1 2-apresentacao_conceitos
Aula 1 2-apresentacao_conceitosAula 1 2-apresentacao_conceitos
Aula 1 2-apresentacao_conceitosarturramisio
 
Recensao moran mod&avaliacao_ead__final_arturramísio_dmme
Recensao moran mod&avaliacao_ead__final_arturramísio_dmmeRecensao moran mod&avaliacao_ead__final_arturramísio_dmme
Recensao moran mod&avaliacao_ead__final_arturramísio_dmmearturramisio
 
Artigo3 grupo6 artur_aldina_final
Artigo3 grupo6 artur_aldina_finalArtigo3 grupo6 artur_aldina_final
Artigo3 grupo6 artur_aldina_finalarturramisio
 
Criação de páginas web 3
Criação de páginas web 3Criação de páginas web 3
Criação de páginas web 3arturramisio
 
Mapa mental 20_10_2011
Mapa mental 20_10_2011Mapa mental 20_10_2011
Mapa mental 20_10_2011arturramisio
 
Criação de páginas web 2
Criação de páginas web 2Criação de páginas web 2
Criação de páginas web 2arturramisio
 
Criação de páginas web
Criação de páginas webCriação de páginas web
Criação de páginas webarturramisio
 
Tecnicas investig questionario
Tecnicas investig questionarioTecnicas investig questionario
Tecnicas investig questionarioarturramisio
 
Tecnicas investig entrevista
Tecnicas investig entrevistaTecnicas investig entrevista
Tecnicas investig entrevistaarturramisio
 
Tecnicas investig livros-internet...
Tecnicas investig livros-internet...Tecnicas investig livros-internet...
Tecnicas investig livros-internet...arturramisio
 
Jornal selva final_11
Jornal selva final_11Jornal selva final_11
Jornal selva final_11arturramisio
 
Actividade2 tabela no_word
Actividade2 tabela no_wordActividade2 tabela no_word
Actividade2 tabela no_wordarturramisio
 
Actividade2 tabela no_word
Actividade2 tabela no_wordActividade2 tabela no_word
Actividade2 tabela no_wordarturramisio
 

Mais de arturramisio (20)

Reflexao critica formacao_fa_avaliacao_web_artur_ramisio
Reflexao critica formacao_fa_avaliacao_web_artur_ramisioReflexao critica formacao_fa_avaliacao_web_artur_ramisio
Reflexao critica formacao_fa_avaliacao_web_artur_ramisio
 
Aula 1 2-apresentacao_conceitos
Aula 1 2-apresentacao_conceitosAula 1 2-apresentacao_conceitos
Aula 1 2-apresentacao_conceitos
 
Recensao moran mod&avaliacao_ead__final_arturramísio_dmme
Recensao moran mod&avaliacao_ead__final_arturramísio_dmmeRecensao moran mod&avaliacao_ead__final_arturramísio_dmme
Recensao moran mod&avaliacao_ead__final_arturramísio_dmme
 
Artigo3 grupo6 artur_aldina_final
Artigo3 grupo6 artur_aldina_finalArtigo3 grupo6 artur_aldina_final
Artigo3 grupo6 artur_aldina_final
 
Criação de páginas web 3
Criação de páginas web 3Criação de páginas web 3
Criação de páginas web 3
 
Mapa mental 20_10_2011
Mapa mental 20_10_2011Mapa mental 20_10_2011
Mapa mental 20_10_2011
 
Criação de páginas web 2
Criação de páginas web 2Criação de páginas web 2
Criação de páginas web 2
 
Jornal selva 13
Jornal selva 13Jornal selva 13
Jornal selva 13
 
Criação de páginas web
Criação de páginas webCriação de páginas web
Criação de páginas web
 
Jornal selva 12_f
Jornal selva 12_fJornal selva 12_f
Jornal selva 12_f
 
Boletim pcpob 1
Boletim pcpob 1Boletim pcpob 1
Boletim pcpob 1
 
Tecnicas investig questionario
Tecnicas investig questionarioTecnicas investig questionario
Tecnicas investig questionario
 
Tecnicas investig entrevista
Tecnicas investig entrevistaTecnicas investig entrevista
Tecnicas investig entrevista
 
Tecnicas investig livros-internet...
Tecnicas investig livros-internet...Tecnicas investig livros-internet...
Tecnicas investig livros-internet...
 
Jornalismo3
Jornalismo3Jornalismo3
Jornalismo3
 
Jornalismo2
Jornalismo2Jornalismo2
Jornalismo2
 
Jornalismo1
Jornalismo1Jornalismo1
Jornalismo1
 
Jornal selva final_11
Jornal selva final_11Jornal selva final_11
Jornal selva final_11
 
Actividade2 tabela no_word
Actividade2 tabela no_wordActividade2 tabela no_word
Actividade2 tabela no_word
 
Actividade2 tabela no_word
Actividade2 tabela no_wordActividade2 tabela no_word
Actividade2 tabela no_word
 

Artigo3 grupo6 artur_aldina_final

  • 1. INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL vol. X N. X (2012) ISSN 1647-7308 http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA Artur Ramísio, Aldina Rodrigues Abstract: This study is an analysis of e-Portfolios for students and teachers of different educational levels, accessible on the Internet in order to understand how they are used in teaching and learning of mathematics in the areas of reflection, collaboration / cooperation and updating it over time. The results indicate that there are few online e-Portfolios in Mathematics, which are reduced to reflect the practices and collaboration, and that in many cases their use is not systematic and persistent. The study considers that there is more information and training leading to promotion of e- Portfolios as a resource for teaching and learning in order to get more out of their educational potential. The study also shows lines of research to be undertaken on the use of e-Portfolios as an educational resource of the future, particularly in the areas of personalization, collaboration and learning throughout life. Resumo: O presente estudo consiste numa análise de e-Portefólios de alunos e professores, de diferentes níveis de ensino, acessíveis na Internet, tendo em vista compreender como estes são utilizados no âmbito do ensino e da aprendizagem de Matemática, nos domínios da reflexão, da colaboração/cooperação e da sua atualização ao longo do tempo. Os resultados indiciam que há poucos e-Portefólios online no âmbito da Matemática, que são reduzidas as práticas de reflexão e de colaboração, e que em muitos casos a sua utilização não é sistemática e persistente. O estudo considera necessário que haja mais informação e formação conducente à promoção dos e-Portefólios como recurso de ensino e aprendizagem, de modo a obter mais proveito das suas potencialidades educativas. O estudo aponta, ainda, linhas de investigação a desenvolver sobre a utilização dos e-Portefólios como recurso educativo do futuro, nomeadamente nos domínios da personalização, da colaboração e da aprendizagem ao longo da vida. Keywords: e-Portefólios, portefólios digitais, Webfólio, Matemática, ensino e aprendizagem da Matemática. —————————— Ж —————————— P artindo da convicção de que a utilização de e-Portefólios é uma estratégia educativa com grandes potencialidades ao nível do desenvolvimento de práticas reflexivas e colaborativas, com o presente estudo pretende-se, a partir da averiguação sobre o modo como os e-Portefólios online estão a ser utilizados por professores e por alunos no ensino e aprendizagem de Matemática, contribuir para o aumento e melhoria da sua utilização no âmbito dessas práticas. Simultaneamente, pretende-se ainda averiguar aspetos indiciadores das motivações subjacentes à utilização dos e-Portefólios online. Este estudo justifica-se pelo reconhecimento de que as potencialidades educativas dos e- Portefólios podem ser aumentadas se estes estiverem online, sendo possível, desse modo, nos processos de aprendizagem (formais, não formais ou informais), tirar melhor partido da quantidade, sempre crescente, de informação e das suas fontes, disponibilizadas no ciberespaço. ___________________________ Artur Ramísio, aluno do Programa Doutoral em Multimédia em Educação, Universidade de Aveiro, 3770-059 Oiã, Portugal. E- -1– mail: artur.ramisio @ua.pt E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES Aldina Rodrigues, aluna do Programa Doutoral de Didática e Formação, Universidade de Aveiro, 3810-193, Aveiro, Portugal. E-mail: aldinacrodriguesl@ua.pt
  • 2. INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL vol. X N. X (2012) ISSN 1647-7308 http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index A UTILIZAÇÃO DOS E-PORTEFÓLIOS EM CONTEXTO EDUCACIONAL 1 O e O e-Portefólio , tal como o portefólio tradicional que em que se baseia, é constituído por um conjunto de trabalhos que fazem o registo de um determinado percurso do seu autor, significando a letra “e” o facto de ser um artefacto eletrónico do âmbito das tecnologias digitais. Em contexto educativo, como o define Barrete (2006), o e-Portefólio é uma seleção de materiais que o aluno recolheu, selecionou e que sobre eles tem a possibilidade de refletir e de transformar numa mostra da evolução dos seus conhecimentos. De entre os vários tipos de portefólios/e-Portefólios, destacam-se os de apresentação, pelo seu propósito de ilustrar competências através da evidenciação dos melhores trabalhos; os de desenvolvimento, por permitirem o realce de evoluções, por exemplo, de aprendizagens; os de avaliação formativa e/ou sumativa, através de artefactos demonstrativos de competências, habilidades e reflexões. (Johnson e Doyle, 2006; Bernardes e Miranda, 2003). Em contexto educacional, os e-Portefólios podem ser focados na escola, com o objetivo de apresentar e divulgar a própria instituição, nos alunos, como estratégia promotora de aprendizagens e da sua avaliação, e nos professores, como instrumento ou processo de desenvolvimento profissional e/ou da avaliação do seu desempenho (Lorenzo e Ittelson, 2005). Podendo ser uma coleção em diferentes formatos (gráfico, vídeo, áudio e hipermédia), os e-Portefólios educativos possibilitam que “os alunos, à medida que constroem a sua colecção, tenham a oportunidade em analisarem o seu trabalho e de porem em prática, com a ajuda do feedback fornecido pelo professor, as suas capacidades (…), tornando-se estudantes mais autónomos e responsáveis quer pela sua aprendizagem quer pela sua avaliação” (Alves & Maria João, 2007, p. 2). Para Scallon (2003, apud Alves, 2007), os portefólios são instrumentos de aprendizagem e de avaliação que se fundamentam na capacidade metacognitiva e de autorregulação, expressas no envolvimento do aluno na reflexão e autoavaliação da sua aprendizagem, produzindo o desenvolvimento de ações visando a sua melhoria. Além disso, o portefólio/e-Portefólio facilita a regulação das atividades de ensino e de aprendizagem entre professor e aluno, dado que através do seu exame regular é possível fazer os ajustes que em cada momento são vistos como necessários (Asturias, 1994, Garrison (1999). Esta faculdade é acrescida quando os e-Portefólios se apoiam na Web e as condições de acesso à tecnologia são adequadas, refletindo-se, por exemplo, na “possibilidade de um muito frequente e célere feedback entre o professor e o aluno”, em “momentos de partilha e colaboração entre (…) alunos (…) ou entre uma comunidade de aprendizagem mais alargada, privilegiando a motivação do aluno e o seu envolvimento na construção do seu conhecimento” (Barca et al., 2007, p. 1036-1037). A utilização dos e-Portefólios na Internet leva a que possam ser descritos como documentos digitais “com caraterísticas fluidas e multimodais” (Barbas, 2010, p. 17), por um lado porque passam a fazer parte dos fluxos de informação “que navegam pelas redes e nós que compõem a geografia do espaço Internet” (Barbas, 2010, p. 25) e, por outro lado, porque os diferentes formatos através dos quais é possível interagir (síncrono, assíncrono e híbrido) 1 Passamos a adotar o termo e-Portefólio para todas as situações que o conceito abarque. -2– E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
  • 3. INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL vol. X N. X (2012) ISSN 1647-7308 http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index facilitam modos de aprendizagem que tanto podem ser formais como não formais (Barbas, 2010, apud Ferrão Tavares, 2005). Neste contexto em que a aprendizagem “não depende unicamente da perícia tecnológica”, mas também da capacidade para “aprender a aprender, já que a maior parte da informação se encontra online, e do que realmente se necessita é de habilidade para decidir o que queremos procurar” (Castells, 2004, p. 299-300), os e-Portefólios, pelo conjunto de caraterísticas que lhe são intrínsecas, entre as quais a de reflexão, é um instrumento privilegiado para desenvolver uma “nova aprendizagem (…) orientada para o desenvolvimento da capacidade educativa que permite transformar a informação em conhecimento e o conhecimento em acção” (Dutton, 1999, apud Castells, 2004, p. 300). Os e-Portefólios podem, assim, influenciar positivamente as formas como se ensina, se aprende e se avalia, dando origem a uma outra visão dos processos de aprendizagem, na qual os conhecimentos se vão construindo individualmente ao ritmo de cada um e ao mesmo tempo em conjunto, valorizando experiências, intuições e saberes de cada aluno e superando dificuldades através de uma maior motivação. Deste modo, os e-Portefólios, além de instrumentos de aprendizagem que potenciam a construção de conhecimento, são também uma estratégia de avaliação de caráter formativo, dada a possibilidade de, através deles, cada indivíduo se poder apropriar de modo próprio da informação e dessa forma reconstruir os seus conhecimentos prévios (Sá-Chaves, 2005). Os e-Portefólios propiciam ainda a aplicação de práticas de avaliação baseadas em fontes mais diversificadas, ou seja, podem servir como instrumentos de aprendizagem e simultaneamente de avaliação, evitando que esta se cinja apenas aos testes que tradicionalmente se efetuam no final de cada matéria lecionada (Barca, 2007). Estas potencialidades fazem com que sejam cada vez mais utilizados em diversos níveis de ensino como estratégia de aprendizagem e instrumento de avaliação, bem como “no desenvolvimento profissional dos professores, especialmente como actividade reflexiva da prática pedagógica” (Barca et al., 2007, p. 1036). O conceito de reflexão associado ao e-Portefólio é uma das suas mais importantes componentes, devendo “acompanhar os trabalhos ou realizações produzidas pelo seu autor” na medida em que é através dela que efetua a seleção dos seus conteúdos e, no caso de ser aluno, que “toma consciência dos seus progressos” (Monteiro, 2008, p. 67). Ou seja, para que o e-Portefólio seja uma seleção criteriosa de conteúdos, é necessário que haja um processo de permanente autorreflexão e tomada de decisão relativamente aos critérios e à seleção a proceder. OBJETIVOS DO ESTUDO E QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO Como contributo para a melhoria da qualificação tecnológica escolar e profissional de alunos e de professores, este estudo está em correspondência com as orientações preconizadas pela “Agenda Digital 2015” que, entre outros aspetos, tem por objetivos promover o acesso e desenvolvimento de competências para o uso das tecnologias digitais. Tal como se enquadra, igualmente, numa perspetiva de desenvolvimento de processos de aprendizagem, de modo a que respondam de forma adequada às alterações que ocorrem no mundo e às -3– E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
  • 4. INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL vol. X N. X (2012) ISSN 1647-7308 http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index exigências do futuro, as quais se preveem pautadas pela omnipresença das tecnologias digitais e pela visão da aprendizagem como um processo a ser desenvolvido ao longo da vida de forma personalizada, colaborativa e informalizada (Redecker et al., 2011). Para esta aprendizagem do futuro, o e-Portefólio é considerado como uma das ferramentas tecnológicas que reúne as caraterísticas mais adequadas. Neste contexto, o estudo tem como objetivo explorar e descrever o modo como os e- Portefólios online estão a ser utilizados relativamente às suas caraterísticas reflexivas e colaborativas, por professores e por alunos no ensino e na aprendizagem de Matemática, e procura ainda identificar aspetos relacionados com o interesse e a motivação subjacentes à criação e utilização dos e-Portefólios estudados. Pretende-se, com este conhecimento, contribuir para o incremento de medidas que possam estimular a utilização de e-Portefólios nos processos de ensino e aprendizagem, bem como apontar linhas de investigação futura. A escolha, para tema de estudo, dos e-Portefólios online no âmbito do ensino e aprendizagem de Matemática, corresponde, por um lado, a interesses e motivações relacionados com as áreas de ensino dos autores (Informática e Matemática) e, por outro lado, à convicção de que os e-Portefólios possuem potencialidades pedagógicas que justificam a promoção da sua utilização em processos educativos e formativos. Definido o problema de investigação, “primeiro e vital passo” para tornar “explícita a área de investigação” (Souza & Souza, 2011, p. 2), bem como a metodologia a seguir, tivemos em consideração que, em investigações qualitativas, parte do seu planeamento deve ser destinado a tentar perceber quais as questões mais importantes a que a investigação deve responder, sem presumir que à partida já se sabe o suficiente para identificar as que são mais importantes (Bogdan, 1994). Assim, no sentido de definirmos “a abrangência do corpus de dados” para dar resposta ao problema sem que a investigação se perca “com «acessórios»” (Souza & Souza, 2011, p. 2), partimos para a realização de um primeiro levantamento de e-Portefólios alojados na Internet, com a finalidade de, através do contato com os e-Portefólios encontrados nessa navegação, recolhermos a informação necessária para a definição das questões pertinentes para a investigação. Nesse sentido, atendendo a que os dados disponíveis no corpus latente na Internet constituem por natureza uma potencial fonte de informação para a formulação das questões de investigação, realizámos “leituras flutuantes” (Souza & Souza, 2011, p. 3) por um alargado número de locais da Web, na procura de maior massa crítica de e-Portefólios relacionados com a Matemática. No passo seguinte, com o objetivo de obtermos respostas esclarecedoras e importantes para o estudo, a partir da informação recolhida elencámos um conjunto alargado de perguntas possíveis de serem formuladas no âmbito da investigação. Deste conjunto alargado de hipóteses, selecionámos as seguintes questões respeitantes aos e-Portefólios online de professores e de alunos, no âmbito do ensino e da aprendizagem de Matemática: 1. Os e-Portefólios online dos alunos e dos professores são reflexivos? -4– E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
  • 5. INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL vol. X N. X (2012) ISSN 1647-7308 http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index 2. Os e-Portefólios online dos alunos e dos professores são colaborativos ou manifestam essa intenção? 3. Os e-Portefólios online dos alunos e dos professores revelam interesse e motivação na sua utilização? METODOLOGIA Nos estudos de natureza qualitativa, as preocupações da investigação são orientadas para a procura de significados pessoais, para o estudo das interações entre indivíduos e entre estes e os contextos, assim como para a compreensão de formas de pensar, atitudes e perceções. Implica, por isso, que o investigador tenha uma visão holística que favoreça a obtenção dos dados necessários para fundamentar a narrativa relacionada com o fenómeno em estudo (Denzin e Lincoln, 2000, Bogdan & Bilken, 1994). Neste sentido, o paradigma escolhido para o presente estudo é qualitativo ou interpretativo, na medida em que, como define Coutinho (2011), procura obter a compreensão e o significado do fenómeno que é estudado, para, de forma indutiva, construir uma teoria que o explique, num processo que conduz “à produção de um ‘outro’ tipo de conhecimento” (Shaw, 1999, apud Coutinho, 2011, p. 17). A utilização, a nível conceptual, do método indutivo para responder às questões de investigação em torno da utilização de e-Portefólios online de professores e alunos, insere-se na perspetiva de tentar “compreender a situação sem impor expectativas prévias ao fenómeno estudado” (Mertens, 1997, apud Coutinho, 2011, p. 26). No início do estudo optámos por efetuar uma revisão de literatura, com o objetivo de munir a investigação com uma teoria prévia para “fornecer a direcção ao estudo” (Meirinhos & Osório, 2010, p 7), ao mesmo tempo que realizávamos uma pesquisa alargada de dados com vista a fornecer a informação necessária à construção das questões de investigação. Elaboradas as questões de investigação, demos início a uma nova fase de pesquisa direcionada para a recolha de dados, orientada pelas questões de investigação entretanto definidas. Durante o processo de recolha de dados a par das nossas interpretações dos e- Portefólios analisados, procurámos registar diversos pormenores observáveis, como, por exemplo, indícios que pudessem revelar o interesses e motivações subjacentes a cada e- Portefólio, com a finalidade de tornar mais rigorosa e rica a análise dos dados e “ilustrar e substanciar” (Rausch, 2007) a sua posterior apresentação. O procedimento de recolha de dados adotado na investigação foi o da análise, na medida em que, mais do que notações e descrições dos objetos alvo da investigação, os investigadores procuraram “…inferir traços, significados e relações” (Charles, 1998, apud Coutinho, 2011, p. 100), orientados pelos objetivos específicos traçados para o estudo. Estes dados foram primeiramente registados numa grelha criada para o efeito numa folha de cálculo e, posteriormente, foram transpostos para o programa WebQDA, software de apoio à análise -5– E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
  • 6. INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL vol. X N. X (2012) ISSN 1647-7308 http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index de dados qualitativos, "desde a fase da recolha de dados, até à fase da escrita das conclusões” (Souza, Costa, & Moreira, 2011, p. 2). ANÁLISE DOS DADOS Foram analisados 30 e-Portefólios, 19 de alunos e 11 de professores, tendo os dados recolhidos sido registados numa tabela onde constavam as referências definidas para guiar a investigação, tais como, os sujeitos da investigação (alunos e professores), evidências de atividades reflexivas e de colaboração/cooperação e, ainda, aspetos indiciadores do interesse e da motivação colocados na utilização dos e-Portefólios estudados, como, por exemplo, se são ou não utilizados de forma sistemática e persistente. A população alvo do estudo é constituída pelos alunos e professores que, em Portugal, utilizam e-Portefólios online no ensino e aprendizagem de Matemática. O corpus de dados é probabilístico, sendo constituído pelo conjunto de indivíduos/e- Portefólios que, de uma forma aleatória, foram localizados na navegação efetuada na Internet. Esta navegação foi realizada através do motor de pesquisa Google e orientada pelas palavras- chave: “e-Portefólio”, “portefólio”, “portefólios digital” e “Webfólio”, conjugadas com a palavra “Matemática”. Na dimensão do corpus de dados procurou-se atingir o número e-Portefólios 2 considerado necessário para credibilizar os resultados da investigação . 3 Com a “leitura flutuante” dos dados recolhidos e da sua codificação no programa informático WebQDA, sobressaiu informação que considerámos relevante para descrever o fenómeno em estudo, da qual, em conformidade com as questões de investigação, resultou a definição das seguintes categorias de análise:  Os e-Portefólios dos alunos são utilizados de forma reflexiva ou somente como repositórios de conteúdos?  Os e-Portefólios dos professores são utilizados de forma reflexiva ou somente como repositórios de conteúdos?  Os e-Portefólios dos alunos são utilizados de forma colaborativa ou manifestam esse propósito?  Os e-Portefólios dos professores são utilizados de forma colaborativa ou manifestam esse propósito?  Os e-Portefólios dos alunos são utilizados de forma sistemática e persistente revelando interesse e motivação dos seus autores? 2 Coutinho (2011, p. 93) refere que “amostras inferiores a 30” podem “comprometer os resultados da investigação.” 3 Nome dado às primeiras leituras dos materiais recolhidos durante o processo de recolha de dados com a finalidade de fazer emergir as primeiras explicações do fenómeno observado (Bardin, 1997, apud Coutinho, 2011). -6– E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
  • 7. INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL vol. X N. X (2012) ISSN 1647-7308 http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index  Os e-Portefólios dos professores são utilizados de forma sistemática e persistente revelando interesse e motivação dos seus autores? Na definição das categorias procurámos assegurar que estas possuem as qualidades de exclusão mútua, homogeneidade, pertinência e objetividade/fidelidade. Assim, cada um dos três elementos associados aos sujeitos da investigação (alunos e professores) só existe numa categoria; cada categoria só contém uma das caraterísticas: reflexividade, colaboração e utilização sistemática e persistente dos e-Portefólios; as categorias são pertinentes dado que correspondem aos objetivos da pesquisa de conhecer o modo como os e-Portefólios são utilizados por professores e por alunos no ensino e aprendizagem de Matemática no que concerne à reflexão, à colaboração e à sua utilização regular e sistemática; a objetividade e fidelidade na definição das categorias é de modo a que outros pesquisadores possam chegar aos mesmos resultados. RESULTADOS Como é salientado por Amado (2009), na investigação interpretativa, mais do que “generalizar”, o principal interesse é o de “particularizar” (p. 73), sendo nesse sentido que procuramos interpretar os dados, procurando encontrar a sua relação com os sujeitos da investigação e com cada uma das dimensões de análise. Deste modo, a interpretação dos dados referentes à questão: “Os e-Portefólios online dos alunos e dos professores são reflexivos?”, permite chegar aos seguintes resultados nas respetivas categorias de análise: Na resposta à pergunta: “Os e-Portefólios dos alunos são utilizados de forma reflexiva ou somente como repositórios de conteúdos?”, verificamos que só menos de metade dos alunos (42%) efetua algum tipo de reflexão e que a maioria apenas utiliza os e-Portefólios como repositórios de conteúdos. Alguns exemplos: “O plano de trabalho proposto para esta sessão consistia na aplicação de um programa, que bem explorado, tem potencialidades para tornar mais agradável a interiorização de alguns temas da Matemática” (formando em curso de formação); “Este primeiro período correu bem (…). Penso que a maneira como são lecionadas as aulas facilitam a aprendizagem dos conteúdos (…), uma vez que não há nada melhor do que a resolução de exercícios para pôr os conhecimentos adquiridos em prática” (aluna do Ensino Secundário); “A minha disciplina preferida é Matemática. O meu jogo favorito agora é a macaca" (aluna do 1º Ciclo). Na resposta à pergunta: “Os e-Portefólios dos professores são utilizados de forma reflexiva ou somente como repositórios de conteúdos?”, constatamos que um pouco mais de metade (54,5%) contêm registos de reflexão sobre conteúdos relacionados não só com a Matemática mas também sobre outros assuntos, como, por exemplo, a lecionação de aulas e o próprio meio onde estão a exercer a docência. Alguns exemplos: “…penso ser importante a abordagem de aspetos relacionados com a História da Matemática, de modo a evidenciar a construção da Matemática ao longo dos tempos”; “…um dos meus maiores receios na prática do ensino, centrava-se no controlo da turma, quanto à disciplina a ser mantida na sala de aula. Julgo ser importante a existência de normas e regras, como o respeito pelo próximo, sendo a -7– E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
  • 8. INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL vol. X N. X (2012) ISSN 1647-7308 http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index base para que exista um bom funcionamento numa aula”; “a minha personalidade não se adapta à rigidez, à máscara de um general que tem de comandar com pulso firme as suas tropas. Prefiro dar valor às relações humanas que se estabelecem no dia-a-dia (…) e que podem conduzir à resolução pacífica de pequenos problemas que vão surgindo”; “Fiz pesquiza na internet de sites sobre temas específicos dos programas de matemática do secundário, nomeadamente, probabilidades, poliedros, funções logarítmicas e números complexos”. TABELA 1 REFLEXIBILIDADE DOS E-PORTEFÓLIOS A interpretação dos dados referentes à questão: “Os e-Portefólios online dos alunos e dos professores são colaborativos ou manifestam essa intenção?”, permite chegar nas respetivas categorias de análise: Na resposta à pergunta: “Os e-Portefólios dos alunos são utilizados de forma colaborativa ou manifestam esse propósito?”, constatamos que somente dois alunos os utilizam desse modo ou que manifestam esse propósito, como é exemplo a seguinte mensagem de um aluno aos visitantes do seu e-Portefólio: "Aqui poderá conhecer um pouco do meu trabalho (…). Se necessitar de alguma informação (…) basta (…) seguir o link (…), assim todos poderão dar a sua opinião". Na resposta à pergunta: “Os e-Portefólios dos professores são utilizados de forma colaborativa ou manifestam esse propósito?”, verificamos que menos de metade (45,5%) evidencia atividades ou propósitos nessa perspetiva. Num destes casos o professor descreve a página online como sendo para “apoio aos meus alunos de Matemática (principalmente) ”, e interagecom estes: “Cá estão duas fichas de avaliação de 12º ano. A primeira só foca o tema Probabilidades (…). Bom trabalho!” TABELA 2 A COLABORAÇÃO NOS E-PORTEFÓLIOS A interpretação dos dados referentes à questão: “Os e-Portefólios online dos alunos e dos professores revelam interesse e motivação na sua utilização?”, permite chegar aos seguintes resultados em cada uma das categorias de análise: -8– E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
  • 9. INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL vol. X N. X (2012) ISSN 1647-7308 http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index Na resposta pergunta: “Os e-Portefólios dos alunos são utilizados de forma sistemática e persistente revelando interesse e motivação dos seus autores?”, verificamos, através das datas 4 dos registos online, que somente 47% os utilizam regularmente e até data recente , e que a maior parte destes são de alunos do ensino superior. Este resultado pode indiciar falta de interesse e de motivação em relação aos e-Portefólios. Na resposta à pergunta: “Os e-Portefólios dos professores são utilizados de forma sistemática e persistente revelando interesse e motivação dos seus autores?, constatamos que em nenhum caso e-Portefólio dos professores é utilizado regularmente. Em vários e-Portefólios identificam-se -se coincidências entre a sua criação e utilização e a frequência de cursos/formações, expressando a ideia de que os e-Portefólios terão sido criados nesse contexto e deixados de serem utilizados quando as ações formativas terminaram. TABELA 3 REGULARIDADE DA UTILIZAÇÃO DOS E-PORTEFÓLIOS CONCLUSÕES Movidos pela nossa convicção de que a utilização de e-Portefólios é vantajosa tanto para alunos como para professores nas suas atividades educativas/formativas, com este estudo procurámos conhecer melhor o modo como se perceciona a sua adoção no âmbito da Matemática, tomando como alvo do estudo os e-Portefólios colocados online. Apesar de não pretendermos generalizar os resultados a que chegámos, entendemos, contudo, que estes contribuem para se ter uma perceção mais próxima da realidade acerca dos domínios estudados, permitindo-nos chegar às seguintes conclusões: Que a dificuldade em pesquisar e-Portefólios na Internet com conteúdos relacionados com a Matemática indicia que a sua utilização online é diminuta, tanto por alunos como por professores. Atendendo a que são cada vez mais os alunos e os professores que recorrem às tecnologias para os mais diversos fins do dia a dia, incluindo para as atividades educativas, a reduzida utilização pode também significar o desaproveitamento de competências tecnológicas de que estes já são possuidores. Que o exercício de atividades reflexivas nos e-Portefólios é igualmente diminuta, funcionando estes, na maior parte dos caos, apenas como repositórios de conteúdos. Apesar disso, alguns dos e-Portefólios analisados contêm exemplos significativos de autoavaliação e de reflexão sobre experiências. 4 Adotámos como critério de data recente os que fizeram atualizações em 2012. -9– E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
  • 10. INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL vol. X N. X (2012) ISSN 1647-7308 http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index Que é reduzida a colaboração verificada nos e-Portefólios, sobretudo nos dos alunos. Dadas as potencialidades de comunicação/feedback e entreajuda que os e-Portefólios proporcionam, bem como o facto de a sua utilização na Internet permitir “recorrer à inteligência coletiva e beneficiar com ela” (Barbas, 2010, p. 26), é importante que alunos e professores sejam incentivados a usarem este artefacto, bem como a sua partilha na Web. Que uma grande parte dos e-Portefólios que deixaram de ser utilizados terão sido gerados em contextos de cursos e formações, e que apesar das causas para a sua não utilização poderem ser diversas (domínio das tecnologias, falta de tempo, etc.), uma das principais razões poderá ser a insuficiente informação, ou mesmo desconhecimento, sobre os benefícios que os e-Portefólios podem proporcionar aos seus utilizadores. Mais informação e formação poderão ser medidas importantes a tomar para que as vantagens que os e- Portefólios têm para oferecer sejam melhor percecionadas. Acreditamos que os resultados deste estudo contribuem não só para uma visão mais real sobre o modo como os e-Portefólios estão a ser utilizados no nosso país, como também para perspetivar medidas adequadas para superar atrasos e dificuldades, bem como para promover a adoção e o bom uso dos e-Portefólios no ensino e na aprendizagem de Matemática, bem como na educação/formação em geral. Os resultados realçam, também, a necessidade de serem prosseguidas linhas futuras de investigação, nomeadamente em torno de domínios como a personalização, a colaboração e a aprendizagem ao longo da vida, de forma a contribuir para o conhecimento e a implementação de ferramentas digitais que serão fundamentais nos processos de aprendizagem do futuro, entre as quais se situa o e-Portefólo. LIMITAÇÕES Como limitações ao desenvolvimento deste estudo destacamos, em primeiro lugar, a grande dificuldade em localizar e-Potefólios na Internet, devido à sua notória escassez revelada durante a pesquisa. Com o decorrer da investigação constatámos a necessidade de um maior detalhe relativamente aos diferentes tipos de reflexividade e de colaboração que podem ser apreciados nos e-Portefólios. Os resultados, nesses domínios, refletem, por isso, uma interpretação genérica dos dados recolhidos. Ainda assim, consideramos que respondem aos objetivos fundamentais da investigação: conhecer melhor o modo como os e-Portefólios online estão a ser utilizados para, em função desse conhecimento, contribuir para estimular e melhorar a utilização de e-Portefólios online nos processos de ensino e aprendizagem. As medidas que propomos e as ideias para investigação futura, vão nesse sentido. - 10 – E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
  • 11. INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL vol. X N. X (2012) ISSN 1647-7308 http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alves, A. P. G., & Maria João. (2007). Desenvolvimento de portefólios electrónicos no ensino da Matemática. Paper presented at the Congresso ProfMat-07, Lisboa. Amado, J. (2009). Introdução à Investigação Qualitativa em Educação (Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação ed., pp. 334). Asturias, H. (1994). Using Students’ Portfolios to Assess Mathematical Understanding. The Mathematics Teacher, 87 (9), 698-701. Barbas, M. (2010). E-PORTEFÓLIO 2.0: instrumento pedagógico de inclusão social e empregabilidade. Chamusca: Edições Cosmos. Barca, A., Peralbo, M., Porto, A., Duarte da Silva, & B. e Almeida, L. (2007). E-PORTEFÓLIOS: UM ESTUDO DE CASO NO ENSINO DA MATEMÁTICA. Paper presented at the Congreso Internacional Galego-Portugués de Psicopedagoxía, Coruña. Barrett, C. (2005). The Research on Portfolios in Education. Disponível em: http://electronicportfolios.org/ALI/research.html. Acedido em Maio de 2012. Barret, H. (2006). Using Electronic Portfolios For Formative/ Classrom-based assessment. Disponível em: http://electronicportfolios.com/portfolios/ConnectedNewsletter.pdf. Acedido em Dezembro de 2011. Barret, H. (2006). Using Electronic Portfolios For Formative/ Classrom-based assessment. Disponível em: http://electronicportfolios.com/portfolios/ConnectedNewsletter.pdf. Acedido em Dezembro de 2011. Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70. Bogdan, R., & Bilken, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Porto: Porto Editora. Booth, W., Colomb, G., e Williams, J. (2008). A arte da pesquisa. São Paulo: Martins Fontes. Castells, M. (2004). A Galáxia Internet. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Coutinho, C. (2011). Metodologia de Investigação em Ciências Sociais e Humanas. Coimbra: Almedina. Denzin, N. e Lincoln, Y. (2000). Handbook of qualitative research. Thousand Oaks, CA: Sage. Erikson, F. (1986). Qualitative methods in research on teaching. In M. Wittrock (Ed.), Handbook of research on teaching (pp. 195-302). New York: Macmillan. Garrison, L. (1999). Mathematical Portfolio: Using Mathematics Portfolios with Latino Students. In Walter G. Secada; Luis Ortiz-Franco; Norma G. Hernandez; Yolanda De la Cruz (editores). Changing the Faces of Mathematics, Perspectives on Latinos. Reston: National Council of Teachers of Mathematics, p. 85-97. Gouveia, C. R. F. G. (2011). O e-portefólio como instrumento de avaliação e aprendizagem no contexto de cursos online: A perspectiva dos estudantes. Mestrado, Universidade Aberta. Retrieved from http://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/1997/1/O_eportefolio_como_inst_de_aval_e_aprend_no_context o_de_cursos_online.pdf. Guba, E. e Lincoln, Y. (1994). Competing paradigms in qualitative research. In: Denzin N. e Lincoln Y. (Eds.). Handbook of Qualitative Research (pp. 105-117). Thousand Oaks, CA: Sage Publications. Johnson, R., e Doyle, A. (2006). Developing portfolios in education: a guide to reflection, inquiry, and assessment. Thousand Oaks, California: Sage Publications, Inc. Lorenzo, G. e Ittelson, J. (2005). An Overview of E-Portfolios. Educause: Educause Learning Initiative, edited by Diana Oblinger. Disponível em: http://educause.edu/ir/library/pdf/ELI3001.pdf. Acedido em Novembro de 2008. Meirinhos, M. e Osório, A. (2010). O estudo de caso como estratégia de investigação em educação. EDUSER: revista de educação, 2(2), 17. - 11 – E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES
  • 12. INTERNET LATENT CORPUS JOURNAL vol. X N. X (2012) ISSN 1647-7308 http://revistas.ua.pt//index.php/ilcj/index Monteiro, M. M. (2008). Área de Projecto. Porto: Porto Editora. Patton, M. (2002). Qualitative research e evaluation methods. Thousand Oaks, California: Sage Publications. Rausch, R. B. (2007). A reflexibilidade promovida pela pesquisa na formação inicial de professores. Disponível em: http://www.anped.org.br/reunioes/32ra/arquivos/trabalhos/GT08-5113--Int.pdf. Acedido em Maio de 2012. Redecker, C., Leedertse, M., Punie, Y., Gijsbers, G., Kirschner, P., Stoyanov, S., & Hoogveld, B. (2011). The Future of Learning: Preparing for Change. Luxembourg: Publications Office of the European Union. Sá-Chaves, I. (2005). Os "Portfolios" Reflexivos (Também) Trazem Gente Dentro. Porto: Porto Editora. Scallon, G. (2003). Le Portfolio ou Dossier D’apprentissage. Guide Abrégé. Souza, F. N., Costa, A., & Moreira, A. (2011). Questionamento no Processo de Análise de Dados Qualitativos com apoio do software WebQDA. EDUSER: revista de educação, Vol 3(1). Souza, F. N., & Souza, D. N. (2011). Editorial - Formular Questões de Investigação no Contexto do Corpus Latente na Internet. Internet Latent Corpus Journal, 2, N. 1, 5. - 12 – E-PORTEFÓLIOS NO ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA ARTUR RAMÍSIO, ALDINA RODRIGUES