2. CIRILO QUARTIM
Sobre o artista
Cirilo Quartim é artista plástico de Brasília e articulador cultural. Estudou artes visuais na UnB e destaca-se na
cidade com ações artísticas em diversas vertentes: intervenção urbana, desenho, pintura, computação gráfica,
instalações interativas e, principalmente, combinando essas linguagens.
Participa de exposições individuais e coletivas como artista e curador. Integrou, em 2008, no Museu da República, a
I Bienal Internacional de Poesia na mostra "Obranome". Como proponente do projeto Fora do Eixo foi contemplado
no edital "Conexões Artes Visuais" da Funarte. Representou Brasília no Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana
(MG) em 2007 com mostra individual e oficina.
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3. CIRILO QUARTIM
Depoimentos
Território da arte digital
"Cirilo Quartim brinca com nossos sentidos, com nossas referências, com nossos espaços físicos, geográficos,
sensoriais. Seu trabalho é pesquisa, é exploração no universo das potencialidades técnicas e poéticas de diferentes
tecnologias. Pode estar impresso, pode ser luz, ação, cor.
Uma provocação para aqueles que desejam fazer e questionar a produção artística contemporânea."
Maria Luiza Fragoso
Artista, mestre em artes pela
George Washington University,
A arte digital de Cirilo
"Cirilo é um artista da geração digital, que utiliza o computador com competência e talento.
Sua paleta descende das cores RGBs e não das CMKYs dos pintores tradicionais.As cores Vermelho(R),Verde(G) e
azul(B) como primárias, oferecem a possibilidade de uma paleta mais completa, vibrante e rica em saturação cromática.
Esta maior intensidade, analogicamente é a mesma intensidade das notas musicais dos rocks-pops, que tanto encantam
os jovens. Assim como na música eletrônica, os trabalhos de Cirilo nascem com a necessidade de serem amplificados
para que possam falar alto aos olhos do espectador.
Bit a byte, as imagens são construídas em um "bit map" uma espécie de mosaico eletrônico, onde a intensidade e
coloração dos pontos geram a representação bidimensional da composição."
Darlan Rosa
Artista Plástico
Cor e atitude
"Ao apreciar a obra de Cirilo Quartim é visível sua busca pelo equilíbrio. O artista varia o ritmo visual dos
trabalhos com repetições de elementos e garante a harmonia com criatividade. Cirilo é um colorista nato, e mostra
isso em suas composições equilibradas, com linguagem contemporânea e uso da cor muito especial.
São trabalhos pensados e avaliados, o que não os impede, contudo, de ter força expressiva. O resultado demonstra
desenvoltura no emprego das cores com intensidade máxima (saturadas) sem que nada fique exagerado.
Sua obra é forte, vibrante, harmônica e ficou muito bem no painel projetado para a parede externa do Espaço
Cultural da 508 Sul - um local histórico no apoio à arte brasiliense.
Parabenizo-o por sua iniciativa e seu interesse em estar sempre crescendo."
Lygia Saboia
Mestre em Arte e Tecnologia da Imagem pela Universidade de Brasília
Doutora em Multimeios pela UNICAMP
Professora do Instituto de ArtesVisuais da UnB
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4. CIRILO QUARTIM
Mídia e artigos
Arte no dia-a-dia
Não, dinheiro não nasce em árvore. Mas no mundo de Cirilo Quartim, há espaço para a fantasia. Há mais
de uma semana as folhas do flamboyant em frente ao Café Eldorado do Conic dividem os galhos com notas
de R$ 2. Nos primeiros dias, as notas eram verdadeiras. Cirilo pendurou na árvore R$ 500 recebidos para
montar a instalação, uma das oito intervenções urbanas do projeto Ar Livre. O artista inaugurou a árvore ao
amanhecer de uma sexta-feira. Naquele horário, as pessoas atravessavam a Praça do Conic em direção ao
trabalho. Quem percebeu colheu dinheiro. Hoje, sobraram apenas as reproduções de notas. Mas o pastor
Marlei de Lima celebra a idéia do artista. “É a árvore da prosperidade, como se fosse uma videira. Qualquer
pessoa pode colher da árvore e ver que existe esperança. Foi uma idéia divina”, acredita.
Bem, Quartim não vê bem assim. É mais uma crítica. “Arte sempre lida com objetos do desejo, então é
irônico colocar o dinheiro diretamente na árvore.
Nahima Maciel
Jornalista
6/2/2008
Correio Braziliense – DF
A multiplicidade da anedota na arte contemporânea:
a produção de espaços e o enfrentamento do poder
Uma mesma palavra pode assumir diferentes significados de acordo com cada contexto. A palavra ‘árvore’, por
exemplo, está em composição permanente com outras palavras e conceitos que, juntas, assumirão a efemeridade
significante no momento da fala, da ação. Sendo assim a linguagem não é a transcrição do objeto árvore para um
conceito ‘árvore’ imutável, nem a descrição da árvore de um primeiro para um segundo indivíduo — alguém que viu e
alguém que não viu uma ‘árvore’ de dinheiro — a linguagem se dá quando acontece a desterritorialização do conceito
‘árvore’ para utilizá-lo em múltiplos outros contextos. É quando compreendemos que ‘árvores’ existem muitas, cada
qual diferente da outra, e mesmo sabendo disso ainda insistimos em uma denominação geral de ‘árvore’, seja essa
árvore um Gonçalo Alves, um Ipê, uma Banha de Galinha, um Pequizeiro, uma Lobeira ou, uma árvore de dinheiro.
Assumimos, deste modo, nossa falência total de compreender o real a partir da linguagem. Somos obrigados a recorrer
à anedota como forma de especular e complexificar a nossa triste realidade fracassada. Inventamos o dinheiro e
queremos um pé dele!
A árvore de dinheiro pertence ao imaginário popular e marca presença concreta na linguagem cotidiana. As
expressões ‘você acha que eu tenho pé de dinheiro’ são recorrentes e praticamente todo mundo já disse ou ouviu essa
frase que significa, na maior parte dos casos, que não se tem muito dinheiro para esbanjar. Assim, essa árvore de
dinheiro tão sonhada não possui existência física mas ninguém pode dizer que ela não exista na prática
Assim, ‘Fruto Capital’ é a obra que Cirilo Quartim fez em Brasília, capital dos 3 únicos poderes. Realizada em
frente ao CONIC, tradicional ponto underground da cidade, a intervenção urbana contou com uma árvore
endinheirada. No pé de dinheiro foram pendurados R$ 500 em notas de R$ 2 mais R$ 800 em notas ‘falsas’, alteradas
artisticamente.
Ao trazer para a realidade palpável uma árvore de dinheiro Cirilo Quartim desvirgina os campos semânticos da
linguagem e estraçalha a pragmática do cotidiano ao colocar todos os transeuntes de pescoço virado pra cima
procurando notas verdadeiras em meio a tantas outras falsas. Esta situação anedótica (ação) não pode ser descrita, nem
mesmo utilizando todos os recursos da linguagem e muito menos teorizando a descrição da ação. O dinheiro é
só um: o deles.A anedota concretizada!
Fernando Aquino
Artista e pesquisador,
Mestre em artes visuais pela UnB
Artigo publicado na revista Travessias – Nº02
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5. CIRILO QUARTIM
Mídia e artigos
A metaviagem de Cirilo
A vertente plástica adotada desde muito cedo por Cirilo em sua trajetória artística revela, antes de qualquer
consideração, um forte instinto de percepção do movimento contemporâneo de retomada nas grandes cidades da
criação de painéis monumentais. Seja como obra de intervenção urbana, seja como retorno a uma prática não exaurida
pelos modernistas do século passado.
Com a premonição própria dos artistas jovens e talentosos, Cirilo dirige agora sua criatividade para expressar na ,
um projeto que guarda uma característica revolucionária, na medida em que consegue conjugar duas linguagens
plásticas – o azulejo e o mosaico - para tirar partido visual daquilo que vai representar.
Com a técnica de agregação harmoniosa das peças de azulejos, através da soma, da união, da coleção e da
assemblage, que o artista estará falando do objeto de que trata o mural.
E ainda mais: por ser um painel de azulejos, homenageia o que há de melhor na tradição formada em Brasília pela
escola do mestre muralista e azulejista Athos Bulcão, ao mesmo tempo em que revoluciona a arte, configurando-a a
partir de uma situação absolutamente nova, de sentido plástico característico do mosaico.
É obra de talento e inspiração, nascida de um procedimento digital aparentemente simples, mas de alcance
imprevisível pela força do experimentalismo, que mexe com os sentidos e com o futuro do muralismo de azulejos
conectando-o com o mosaico contemporâneo.
Gougon
Artista plástico e jornalista
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6. CIRILO QUARTIM
Registro de obras e ações em arte
Praça Zumbi dos Palmares
Conic – Setor de Diversões Sul
Brasília – DF
2008
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7. Praça Zumbi dos Palmares
Conic – Setor de Diversões Sul
Brasília – DF
2008 7
9. CIRILO QUARTIM
Pintura
Título: Engarrafamento
Técnica mista sobre couro sintético
Acervo do artista
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10. CIRILO QUARTIM
Pintura
Título: Sobre pintura
Técnica mista sobre tela
Dimensões: 80 x 80 cm
Valor: R$2.000,00
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11. CIRILO QUARTIM
Pintura
Título: Batatas
Técnica mista sobre couro papel cartão
Dimensões: 100 x 70 com
Coleção particular
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12. CIRILO QUARTIM
Pintura
Título: Batatas II
Técnica mista sobre couro papel cartão
Dimensões: 100 x 70 cm
R$2,200,00
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13. CIRILO QUARTIM
Pintura
Título: Macaca
Técnica: Acrílica sobre tela
Dimensões: 60 x 85 cm
Coleção particular
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14. CIRILO QUARTIM
Pintura
Título: Carros na paisagem
Técnica: Acrílica sobre tela
Dimensões: 60 x 40 cm
Valor: R$ 2.200,00
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15. CIRILO QUARTIM
Pintura
Título: Escorregad’olho
Técnica mista sobre tela
Dimensões: 80 x 90 cm
Acervo do artista
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16. CIRILO QUARTIM
Pintura
Título: São Jorge e o dragão
Técnica: Acrílica sobre tela
Dimensões: 75 x 60 cm
R$ 3.000,00
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17. CIRILO QUARTIM
Pintura
Título: TV
Técnica: Acrílica sobre tela
Dimenções 60 x 60 cm
Valor: R$ 3.000,00
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18. CIRILO QUARTIM
Pintura
Título: Estudo Escher
Técnica: Tinta vitral sobre vidro
Dimensões: 30 x 45 cm
Acervo do artista
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19. CIRILO QUARTIM
Pintura mural
Pintura mural no Bar e restaurante Santo Chopp - 2008
Técnica: Acrílica sobre aço
Dimensões: 500 x 90 cm
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20. CIRILO QUARTIM
Pintura mural
Pintura mural para os 90 Anos de Carmen Miranda
Centro Cultural da Caixa Econômica - Brasília - 2004
Técnica: Acrílica e spray sobre lona e parede
Dimensões: duas salas
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21. CIRILO QUARTIM
Pintura mural
Pintura mural no Bar Capela - 2009
Técnica: Acrílica sobre aço
Dimensões: 350 x 50 cm
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22. CIRILO QUARTIM
Pintura mural
Pintura mural Olhômetro
Espaço cultura da 508 sul - Brasília - 2007
Técnica: Acrílica sobre parede
Dimensões: 110 m2
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23. CIRILO QUARTIM
Instalação
Título: 1=0
Técnica: Instalação com moeda holográfica
Dimensões: 2 m2
Acervo do Museu Nacional da República
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24. CIRILO QUARTIM
Instalação
Título: Sêmencírculo
Local: Museu Nacional da República
Técnica: Instalação com ovos e preservativos
Dimensões: 7 m2
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25. CIRILO QUARTIM
Instalação
Título: Era
Local: Museu de Arte de Brasília (MAB)
Técnica: Instalação com cédulas falsas de Real e adesivos
Dimensões: 4 m2
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26. CIRILO QUARTIM
Obranome
Título: Tempo - 2010
Local: Museu Nacional da República e Parque Lage- RJ
Técnica: Instalação com relógio e som
Dimensões: todas
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27. CIRILO QUARTIM
Intervenção urbana
Título: E3
Técnica: intervenção urbana com escorregador, esfera e escada
Marquise externa da Funarte - Brasília - 2009
Dimensões: 10 m2
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28. CIRILO QUARTIM
Cronologia de atividades relevantes em artes visuais
2010 2007
SEMICÍRCULO O CÍRCULO
Exposição coletiva Obra: 1=0
Técnica: Instalação Técnica: Objeto interativo
Museu da República – Brasília – DF Museu da República – Brasília – DF
MOVIOLA - BRASÍLIA 50 ANOS ÁGORAGORA
Exposição coletiva e curadoria Exposição coletiva de arte e tecnologia
Comemoração dos 50 anos da cidade Obra: Ex-cultura
e do Cine Brasília. Técnica: Instalação multimídia
STJ – Supremo Tribunal de Justiça – Brasília - DF
2009 OCUPAÇÃO – FUNARTE
Intervenção coletiva em espaço público
OBRANOME III Área externa da Funarte – Brasília – DF
Exposição coletiva
Poesia visual “Tempo” TERRITÓRIO DA ARTE DIGITAL
Parque Lage – RJ Oficina sobre arte digital e graffiti durante o Festival de
Inverno de Ouro Preto e Mariana (Fórum das Artes) e
mostra individual durante o evento.
2008 Ouro Preto – MG
I BIENAL INTERNACIONAL 2006
DE POESIA DE BRASILIA
Exposição “Obranome II”
Poesia visual “Tempo” OCUPAÇÃO 2006 - FUNARTE
Museu Nacional da República – Brasília – DF Intervenção coletiva em espaço público
Obra: Escorregador, esfera e escada
Área externa da Funarte - Brasília – DF
PROJETO FORA DO EIXO
Realização, identidade visual, curadoria e exposição
coletiva na Galeria Espaço Piloto – UnB. SINALIZAÇÃO CRÍTICA
Projeto contemplado pelo edital “Conexões Visuais” da Curadoria: Wagner Barja
Funarte/Minc/Petrobrás Exposição individual de gravuras digitais impressas em
Galeria Dulcina de Morais – Conic, Museu da República adesivo sobre os corredores do prédio da Casa da
– Esplanada dos Ministérios, América Latina/Livraria e Editora da UnB.
Galeria Espaço Piloto – UnB, Espaço Cultural 508 Sul e Setor Comercial Sul – Brasília – DF
áreas públicas de Brasília
UM OLHAR SOBRE A ARTE DIGITAL
AR LIVRE ARTES VISUAIS E O GRAFFITI
Intervenção urbana “Fruto Capital”. Pesquisa, curadoria, produção e exposição
Projeto contemplado no edital no Espaço Cultural da 508 Sul – Brasília – DF.
“Conexões Visuais” da Funarte/Minc/Petrobrás (Projeto apoiado pelo FAC – Fundo de Arte e Cultura
Praça Zumbi dos Palmares – Conic – Brasília – DF do Distrito Federal).
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