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Simbologia


e ainda



          Indícios
          Trágicos
Estrutura da Acção
  Introdução      (dois primeiros parágrafos) – apresentação       das
  personagens e descrição do ambiente em que vivem;


Desenvolvimento (até ao penúltimo parágrafo) – Descoberta do
tesouro, decisão de partilha e esforços para eliminar os concorrentes;

 Por sua vez, o desenvolvimento tem também uma estrutura tripartida:
                                                         tripartida
   •Descoberta do tesouro e decisão de o partilhar;
   • Rui e Rostabal decidem matar Guanes;
       morte de Guanes;
       morte de Rostabal;
   • Rui apodera-se do cofre e morre envenenado.
Conclusão     (dois últimos parágrafos) – Situação final.

   Da     conclusão      infere-se      que,      se
considerarmos a história dos “três irmãos de
Medranhos”, estamos perante uma narrativa
fechada; ao invés, se nos centrarmos sobre o
“tesouro”, teremos de considerar a narrativa
aberta, dado que ele continua por descobrir
(“...ainda lá está, na mata de Roquelanes.”).

        A articulação das sequências narrativas (momentos de avanço)
faz-se por encadeamento.
           encadeamento
        Os momentos de pausa abrem e fecham a narrativa e
interrompem regularmente a narração com descrições (espaço, objectos,
personagens) e reflexões.
Personagens
RUI
Caracterização física: gordo e ruivo.
Caracterização psicológica: “avisado”, calculista,
traiçoeiro.


GUANES
 Caracterização física: pele negra, pescoço de grou.
 Caracterização psicológica: desconfiado, calculista,
 traiçoeiro.


ROSTABAL
 Caracterização física: alto, cabelo comprido, barba longa,
 olhos raiados de sangue.
 Caracterização psicológica: ingénuo, impulsivo.
Predomina        o     processo        de

caracterização directa, visto que a
maior parte das informações são-nos dadas
pelo narrador. No entanto, os traços de traição
e   premeditação    de   Rui   e   Guanes     são
deduzidos a partir do seu comportamento
(caracterização indirecta).
        As personagens começam por ser
apresentadas colectivamente (“Os três irmãos
de Medranhos...”), mas, à medida que a acção
progride,   a    sua     caracterização     vai-se
individualizando, como que sublinhando o
predomínio do egoísmo individual sobre a
aparente fraternidade.
TEMPO
  Tempo histórico
        A referência ao “Reino das Astúrias” permite localizar a
acção por volta do século IX, já que os árabes invadiram a península
ibérica no século VIII (a ocupação iniciou-se em 711 e prolongou-se
por vários anos, sem nunca ter sido concluída); por outro lado, no
século X encontramos já constituído o Reino de Leão, que sucedeu
ao das Astúrias.
Tempo da história

       A acção decorre entre o Inverno e a Primavera,
mas concentra-se num domingo de Primavera,
estendendo-se de manhã até à noite.



         Quanta à ordenação dos acontecimentos, predomina o
 respeito pela sequência cronológica. Só na parte final nos surge uma
 analepse (recuo no tempo). o narrador abandona a postura de
 observador e adopta uma focalização omnisciente, para revelar o
 modo como Guanes tinha planeado o envenenamento dos irmãos,
 manifestando dessa forma a natureza traiçoeira do seu carácter.
Narrador
         No final da narrativa o narrador
 abandona    a   postura   de   observador

 (focalização externa)      e adopta uma

 focalização omnisciente, para revelar
 o modo como Guanes tinha planeado o
 envenenamento dos irmãos, manifestando
 dessa forma a natureza traiçoeira do seu
 carácter.
ESPAÇO
       A   acção    é   localizada       nas
Astúrias   e decorre, a parte inicial,   nos
“Paços de Medranhos” e, a parte central,
na mata de Roquelanes.           Somente o
episódio do envenenamento do vinho é situado

num local um pouco mais longínquo,   na vila
de Retorquilho.
O paço de Medranhos é descrito
negativamente, por exclusão (“...a que o vento da serra levara vidraça e
telha...”) , e os três irmãos circulam entre a cozinha (sem lume, nem
comida) e a estrebaria, onde dormem, “para aproveitar o calor das três
éguas lazarentas”.



    O facto de três fidalgos passarem os seus dias entre
    a cozinha e a estrebaria, os lugares menos nobres de
    um palácio, é significativo: caracteriza bem o grau de
    decadência económica em que vivem. A miséria em
    que vivem é acompanhada por uma degradação
    moral que o narrador não esconde (“E a miséria
    tornara estes senhores mais bravios que lobos.”).
De igual modo, o espaço exterior,     a mata de
Roquelanes,                 não é um simples cenário onde

decorre a acção.

              As descrições da natureza têm também um
   carácter    significativo.   A   “relva   nova   de   Abril”,
   manifestação visível do renascimento da natureza,
   sugere o renascimento espiritual que as personagens,
   como veremos, não são capazes de concretizar. Do
   mesmo modo, a “moita de espinheiros” e a “cova de
   rocha” simbolizam as dificuldades, os sacrifícios, que é
   necessário enfrentar para alcançar o objecto pretendido
   — são obstáculos que é necessário ultrapassar.
A     natureza,       calma,       pacífica,
renascente      (“...um fio de água, brotando entre
rochas, caía sobre uma vasta laje escavada, onde fazia
como um tanque, claro e quieto, antes de se escoar

para as relvas altas.”), contrasta   com o espaço
interior das personagens, que facilmente
imaginamos            inquietas,           agitadas,
perturbadas       pela     visão      do   ouro     e
ansiosas por dele se apoderarem, com
exclusão dos demais.
Enquanto isso “as duas éguas retouçavam
a boa erva pintalgada de papoulas e botões-de-
ouro”. Esse contraste tinha já sido posto em
evidência antes, depois dos três terem contemplado
o ouro (“...estalaram a rir, num riso de tão larga
rajada que as folhas tenras dos olmos, em roda,
tremiam...”). E, quando Rui e Rostabal esperam,
emboscados, o irmão, “um vento leve arrepiou na
encosta as folhas dos álamos”, como se a natureza
sentisse o horror do crime que estava para ser
cometido. Depois de assassinado Guanes, os dois
regressam à “clareira onde o sol já não dourava as
folhas”.
Simbologia
      A referência insistente
          ao número três
        Desde logo, são três os irmãos; e o três é também um símbolo da
família — pai, mãe, filho(s). Mas aqui encontramos uma família truncada,
imperfeita — nem pais, nem filhos, apenas três irmãos. Não há, aliás, a mais
leve referência aos progenitores dos fidalgos de Medranhos, como se eles
nunca tivessem existido. Essa ausência da narração é, de certo modo, um
símbolo da sua ausência na educação dos filhos. Sem a presença
modeladora dos pais (ou alguém que os substituísse), Rui, Guanes e
Rostabal dificilmente poderiam desenvolver sentimentos humanos: vivem
como “lobos”, porque — imaginamos nós — cresceram como lobos.
O cofre
        Um cofre protege, preserva, permite que o seu
conteúdo permaneça intocado ao longo do tempo. A sua
utilização é significativa do carácter precioso do conteúdo.
Igualmente significativo é o facto de o cofre ser de ferro,
material resistente, simultaneamente, à força e à corrupção.
O Ouro
        Material precioso e incorruptível, é ele próprio símbolo de perfeição.
Obviamente, para além do seu valor material, simboliza a salvação, a
elevação a uma forma superior de vida, mais espiritual, menos animal. É
esse o verdadeiro bem, o verdadeiro tesouro. Os fidalgos de Medranhos
vivem mergulhados na decadência material e na degradação moral. Não se
lhes conhece uma actividade útil, um sentimento mais elevado, um afecto.
Vivem com os animais e como animais. Mas para eles, como para todo o ser
humano, há uma possibilidade de redenção. O “tesouro” está ali, à sua
frente, é possível alcançá-lo; mas, para isso, é necessário enfrentar
dificuldades, largar a cobiça, vencer o egoísmo, criar laços de solidariedade
e verdadeira fraternidade.
A água
         Símbolo de vida (vemo-la na
clareira, escoando-se por entre a
relva   que   cresce   e   Rui procura
combater o veneno com ela) e de
purificação (com a água, Rostabal
pretende livrar-se do sangue do irmão
que assassinou).
INDÍCIOS TRÁGICOS
            Frequentemente,       na    narrativa,      a   tragédia    é
   anunciada        antecipadamente     por     indícios,     que      as
   personagens ignoram, mas não passam despercebidos ao
   leitor atento.



    A cantiga         que Guanes entoa ao dirigir-se à vila e continua a
cantarolar quando regressa.
                                   Olé! Olé!
                          Sale la cruz de la iglesia,
                           Vestida de negro luto...
    A “cruz” e o “negro luto” são referências claras à morte que Guanes
planeia para os irmãos. Mas ironicamente prenuncia também a sua própria
morte. Como se vê, nenhuma das três personagens é capaz de reconhecer
esse sinal.
As duas garrafas                 que
Guanes trouxe de Retorquilho. Rui
estranha o facto, mas não suspeita
da   traição.   Se   as   personagens
fossem capazes de interpretar esses
indícios poderiam fugir ao destino.
Mas são incapazes disso e é desse
lento aproximar do desenlace e da
incapacidade das personagens para
o evitar que resulta a dimensão
trágica da narrativa.
FIM
Adaptado do trabalho, na Internet, de JORGE SANTOS
         • ESC. SEC. D.MARIA II • BRAGA

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O Tesouro e a Queda dos Irmãos de Medranhos

  • 1.
  • 2. Simbologia e ainda Indícios Trágicos
  • 3. Estrutura da Acção Introdução (dois primeiros parágrafos) – apresentação das personagens e descrição do ambiente em que vivem; Desenvolvimento (até ao penúltimo parágrafo) – Descoberta do tesouro, decisão de partilha e esforços para eliminar os concorrentes; Por sua vez, o desenvolvimento tem também uma estrutura tripartida: tripartida •Descoberta do tesouro e decisão de o partilhar; • Rui e Rostabal decidem matar Guanes; morte de Guanes; morte de Rostabal; • Rui apodera-se do cofre e morre envenenado.
  • 4. Conclusão (dois últimos parágrafos) – Situação final. Da conclusão infere-se que, se considerarmos a história dos “três irmãos de Medranhos”, estamos perante uma narrativa fechada; ao invés, se nos centrarmos sobre o “tesouro”, teremos de considerar a narrativa aberta, dado que ele continua por descobrir (“...ainda lá está, na mata de Roquelanes.”). A articulação das sequências narrativas (momentos de avanço) faz-se por encadeamento. encadeamento Os momentos de pausa abrem e fecham a narrativa e interrompem regularmente a narração com descrições (espaço, objectos, personagens) e reflexões.
  • 5. Personagens RUI Caracterização física: gordo e ruivo. Caracterização psicológica: “avisado”, calculista, traiçoeiro. GUANES Caracterização física: pele negra, pescoço de grou. Caracterização psicológica: desconfiado, calculista, traiçoeiro. ROSTABAL Caracterização física: alto, cabelo comprido, barba longa, olhos raiados de sangue. Caracterização psicológica: ingénuo, impulsivo.
  • 6. Predomina o processo de caracterização directa, visto que a maior parte das informações são-nos dadas pelo narrador. No entanto, os traços de traição e premeditação de Rui e Guanes são deduzidos a partir do seu comportamento (caracterização indirecta). As personagens começam por ser apresentadas colectivamente (“Os três irmãos de Medranhos...”), mas, à medida que a acção progride, a sua caracterização vai-se individualizando, como que sublinhando o predomínio do egoísmo individual sobre a aparente fraternidade.
  • 7. TEMPO Tempo histórico A referência ao “Reino das Astúrias” permite localizar a acção por volta do século IX, já que os árabes invadiram a península ibérica no século VIII (a ocupação iniciou-se em 711 e prolongou-se por vários anos, sem nunca ter sido concluída); por outro lado, no século X encontramos já constituído o Reino de Leão, que sucedeu ao das Astúrias.
  • 8. Tempo da história A acção decorre entre o Inverno e a Primavera, mas concentra-se num domingo de Primavera, estendendo-se de manhã até à noite. Quanta à ordenação dos acontecimentos, predomina o respeito pela sequência cronológica. Só na parte final nos surge uma analepse (recuo no tempo). o narrador abandona a postura de observador e adopta uma focalização omnisciente, para revelar o modo como Guanes tinha planeado o envenenamento dos irmãos, manifestando dessa forma a natureza traiçoeira do seu carácter.
  • 9. Narrador No final da narrativa o narrador abandona a postura de observador (focalização externa) e adopta uma focalização omnisciente, para revelar o modo como Guanes tinha planeado o envenenamento dos irmãos, manifestando dessa forma a natureza traiçoeira do seu carácter.
  • 10. ESPAÇO A acção é localizada nas Astúrias e decorre, a parte inicial, nos “Paços de Medranhos” e, a parte central, na mata de Roquelanes. Somente o episódio do envenenamento do vinho é situado num local um pouco mais longínquo, na vila de Retorquilho.
  • 11. O paço de Medranhos é descrito negativamente, por exclusão (“...a que o vento da serra levara vidraça e telha...”) , e os três irmãos circulam entre a cozinha (sem lume, nem comida) e a estrebaria, onde dormem, “para aproveitar o calor das três éguas lazarentas”. O facto de três fidalgos passarem os seus dias entre a cozinha e a estrebaria, os lugares menos nobres de um palácio, é significativo: caracteriza bem o grau de decadência económica em que vivem. A miséria em que vivem é acompanhada por uma degradação moral que o narrador não esconde (“E a miséria tornara estes senhores mais bravios que lobos.”).
  • 12. De igual modo, o espaço exterior, a mata de Roquelanes, não é um simples cenário onde decorre a acção. As descrições da natureza têm também um carácter significativo. A “relva nova de Abril”, manifestação visível do renascimento da natureza, sugere o renascimento espiritual que as personagens, como veremos, não são capazes de concretizar. Do mesmo modo, a “moita de espinheiros” e a “cova de rocha” simbolizam as dificuldades, os sacrifícios, que é necessário enfrentar para alcançar o objecto pretendido — são obstáculos que é necessário ultrapassar.
  • 13. A natureza, calma, pacífica, renascente (“...um fio de água, brotando entre rochas, caía sobre uma vasta laje escavada, onde fazia como um tanque, claro e quieto, antes de se escoar para as relvas altas.”), contrasta com o espaço interior das personagens, que facilmente imaginamos inquietas, agitadas, perturbadas pela visão do ouro e ansiosas por dele se apoderarem, com exclusão dos demais.
  • 14. Enquanto isso “as duas éguas retouçavam a boa erva pintalgada de papoulas e botões-de- ouro”. Esse contraste tinha já sido posto em evidência antes, depois dos três terem contemplado o ouro (“...estalaram a rir, num riso de tão larga rajada que as folhas tenras dos olmos, em roda, tremiam...”). E, quando Rui e Rostabal esperam, emboscados, o irmão, “um vento leve arrepiou na encosta as folhas dos álamos”, como se a natureza sentisse o horror do crime que estava para ser cometido. Depois de assassinado Guanes, os dois regressam à “clareira onde o sol já não dourava as folhas”.
  • 15. Simbologia A referência insistente ao número três Desde logo, são três os irmãos; e o três é também um símbolo da família — pai, mãe, filho(s). Mas aqui encontramos uma família truncada, imperfeita — nem pais, nem filhos, apenas três irmãos. Não há, aliás, a mais leve referência aos progenitores dos fidalgos de Medranhos, como se eles nunca tivessem existido. Essa ausência da narração é, de certo modo, um símbolo da sua ausência na educação dos filhos. Sem a presença modeladora dos pais (ou alguém que os substituísse), Rui, Guanes e Rostabal dificilmente poderiam desenvolver sentimentos humanos: vivem como “lobos”, porque — imaginamos nós — cresceram como lobos.
  • 16. O cofre Um cofre protege, preserva, permite que o seu conteúdo permaneça intocado ao longo do tempo. A sua utilização é significativa do carácter precioso do conteúdo. Igualmente significativo é o facto de o cofre ser de ferro, material resistente, simultaneamente, à força e à corrupção.
  • 17. O Ouro Material precioso e incorruptível, é ele próprio símbolo de perfeição. Obviamente, para além do seu valor material, simboliza a salvação, a elevação a uma forma superior de vida, mais espiritual, menos animal. É esse o verdadeiro bem, o verdadeiro tesouro. Os fidalgos de Medranhos vivem mergulhados na decadência material e na degradação moral. Não se lhes conhece uma actividade útil, um sentimento mais elevado, um afecto. Vivem com os animais e como animais. Mas para eles, como para todo o ser humano, há uma possibilidade de redenção. O “tesouro” está ali, à sua frente, é possível alcançá-lo; mas, para isso, é necessário enfrentar dificuldades, largar a cobiça, vencer o egoísmo, criar laços de solidariedade e verdadeira fraternidade.
  • 18. A água Símbolo de vida (vemo-la na clareira, escoando-se por entre a relva que cresce e Rui procura combater o veneno com ela) e de purificação (com a água, Rostabal pretende livrar-se do sangue do irmão que assassinou).
  • 19. INDÍCIOS TRÁGICOS Frequentemente, na narrativa, a tragédia é anunciada antecipadamente por indícios, que as personagens ignoram, mas não passam despercebidos ao leitor atento. A cantiga que Guanes entoa ao dirigir-se à vila e continua a cantarolar quando regressa. Olé! Olé! Sale la cruz de la iglesia, Vestida de negro luto... A “cruz” e o “negro luto” são referências claras à morte que Guanes planeia para os irmãos. Mas ironicamente prenuncia também a sua própria morte. Como se vê, nenhuma das três personagens é capaz de reconhecer esse sinal.
  • 20. As duas garrafas que Guanes trouxe de Retorquilho. Rui estranha o facto, mas não suspeita da traição. Se as personagens fossem capazes de interpretar esses indícios poderiam fugir ao destino. Mas são incapazes disso e é desse lento aproximar do desenlace e da incapacidade das personagens para o evitar que resulta a dimensão trágica da narrativa.
  • 21. FIM Adaptado do trabalho, na Internet, de JORGE SANTOS • ESC. SEC. D.MARIA II • BRAGA