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ESCOLA SECUNDÁRIA JOSÉ LOUREIRO BOTAS
                                          Vieira de Leiria




Ana Rocha
Elsa Gonçalves                               Área de projecto
Marina Pereira         Maio 2010             12.º Ano
1. JÁ OUVIU FALAR EM CUIDADOS PALIATIVOS?

  2. CONHECE ALGUMA UNIDADE DE CUIDADOS PALIATIVOS?


3. CONHECE ALGUÉM QUE TENHA RECEBIDO ESTES CUIDADOS?

      4. ACHA IMPORTANTE O DESENVOLVIMENTO E O
                 INVESTIMENTO NA ÁREA?

  5. ACHA QUE OS CUIDADOS PALIATIVOS PODEM SER UMA
                ALTERNATIVA À EUTANÁSIA?
Já ouviu falar dos Cuidados Paliativos?
                  Sim   Não




      47%

                                 53%
Conhece alguma Unidade de Cuidados
            Paliativos?
             Sim   Não




                         36%




      64%
Conhece alguém que já tenha recebido
          estes cuidados?
               Sim   Não




                       23%




         77%
Acha importante o desenvolvimento e o
       investimento nesta área?
                  Sim




                100%
Acha que os Cuidados Paliativos poderão ser uma
            alternativa à Eutanásia?
      Sim     Não    Não Sabe / Não Responde


                    8%



        21%




                                 71%
90%
   10%         Doença Crónica
Morte Súbita    e Prolongada
“Nascer é desde logo morrer um pouco… Morrer é desde sempre a
                única certeza de todo o homem.”

                                                  (Chantal, 2000)
Má notícia sobre a
    sua saúde!




Querem abrir?
São uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida dos doentes que
enfrentam problemas decorrentes de uma doença incurável com prognóstico
limitado, e/ ou doença grave (que ameaça a vida), e suas famílias, através da
       prevenção e alívio do sofrimento com recurso à identificação
 precoce, avaliação adequada e tratamento rigoroso dos problemas não só
      físicos, como a dor, mas também dos psicossociais e espirituais.”
                                                               OMS (2002)
Aceitam os valores próprios e
     prioridades do doente


 Afirmam a vida e encaram a
morte como um processo natural




 Não antecipam nem atrasam a
            morte


   Centram-se no bem-estar do
  doente, ajudando-o a viver tão
intensamente quanto possível até
              ao fim
Baseiam-se no acompanhamento, na
     humanidade, na compaixão, na
   disponibilidade e no rigor cientifico



           Abordam o sofrimento
 físico, psicológico, social e espiritual do
                   doente



  Só são prestada quando o doente e a
            família aceitam



 Respeitam o direito do doente escolher o
local onde deseja viver e ser acompanhado
             no final da vida
Controlo de          Equipa
  sintomas        multidisciplinar




Apoio à família    Comunicação
Os cuidados
  Paliativos são
  prestados por
     equipas
multidisciplinares
  com formação
específica na área.
A enfermidade hoje.....
“Quem não vê a urgência desta reflexão? A doença foi desde sempre o
espinho no lado da humanidade. Continua também a sê-lo no nosso
tempo. O homem cresce na conquista do espaço, mas não consegue
dominar-se a si mesmo. (...) Perante a doença, quando esta é grave e
incurável, o homem contemporâneo sente-se mais frágil que no
passado. Por outro lado, em virtude da fragmentação do tecido
comunitário, numa sociedade em que se corre cada vez mais e se tem
cada vez menos tempo para os outros, o doente encontra-se muitas
vezes isolado afectivamente. E a solidão é decerto mais triste em quem
padece de forte sofrimento físico, e por extrema desgraça, perde
também o dom e o conforto da espiritualidade (fé).
                Papa João Paulo II ( Dia Mundial do Doente, 2004)
Recebem a notícia de que estão muito doentes e
no tempo de arder um fósforo encontrem prioridades
               para a vossa vida?
Ficaram gélidos com a notícia
             ou
  Complicaram os desejos!
CUIDADOS PALIATIVOS

                                                Caminho feito em
Valoriza-se o essencial                            conjunto
à vida:
afectos, relações           A morte não se        Reorienta-se o
, pessoas…                esconde por detrás    sentido da própria
                             de máscaras               vida
                             profissionais




                                      Reunião entre ciência e
 Família : interveniente no               o humanismo
 cuidar e no processo da morte           “Ajudar o outro a
 e “objecto” a cuidar no luto               ajudar-se”
Cuidar integral e
                                         multidisciplinar
Obstinação terapêutica




 Sentido para a Vida                   Unidades/domicílios com condições
 Dignidade na morte                    físicas específicas e adequadas à
                                       privacidade com a família.


Cumplicidade, apoio, alív                 Durante o período nocturno e
                                          quando for desejo do doente ou

io e partilha com o doente   Dar de si    familiar, será permitida a
                                          presença de um acompanhante



                             Afectos


                                                Relação com a família/ resposta
                                                às suas necessidades
   UMA EQUIPA = UMA MISSÃO
EQUIPA        MULTIDISCIPLINAR




“Diversas áreas a trabalhar, em uníssono, pela
  qualidade da vida, até ao fim, é algo que se
 deve elogiar, num mundo onde até as ciências
        parecem estar de costas viradas”
                        Marie de Henneze “Nós não nos despedimos”
“...é antes de mais, acolher o outro... Ousar a
          comunicação, numa abertura feita de tolerância, de
          calor humano, de autenticidade” WARSON, 1998.


ACOMPANHAR
“ É percorrer uma parte do caminho ao lado de alguém
até um destino cuja natureza desconhecemos. Não se
trata de lhe propormos percorrer o caminho no seu
lugar” ( RAVEZ; 1998) , mas sim de o auxiliar na sua
caminhada.

                                  Confronto de
                                  emoções, exposição a
                                  diversos tipos de
                                  sofrimento para todos
CUIDADOS
       PALIATIVOS
   AMPLO ESPECTRO DE             Doente e família são alvo do
      INTERVENÇÃO
                                            cuidar
                                  (Dimensão física e social)



A solidão e a perda necessitam
        ser trabalhadas
     (Dimensão psíquica)

                                        (Dimensão espiritual)
                                   “Às vezes a tarefa do artista é
                                  descobrir quanta música ainda
                                  pode tocar com aquilo que lhe
                                     resta” Itzhak Perlman, 1995
 Cuidados dirigidos ao doente e família
 Cuidados na vida rumo a uma BOA MORTE.
 Trabalhar :
     as perdas,
     a limitação,
     a dignidade da vida,
     as conquistas possíveis
     A esperança realista
     A dignidade
     a reconciliação.
 Suporte Físico
 Suporte Psicológico:
    ›   Aceitação da condição de doente
    ›   Aceitação da terminalidade
    ›   Problemas psicológicos
    ›   Medos
    ›   Atitude perante a morte, etc.
   Suporte Espiritual:
    › Abordagem do “…sofrimento íntimo nascido da ausência de sentido”…
    › “…a espiritualidade existe além de qualquer religião, que ela é acima de
        tudo algo que tem a ver com a essência do homem.”
   Acompanhamento:
    › “…podendo ser, apenas, estar com…”
Conforto e acompanhamento em
              Paliativos


Controlo de sintomas
                                        Apoio à família




     Comunicação com o doente




                                Trabalho equipa multidisciplinar
Será que os doentes se sentem bem
      estando nestes cuidados?

         • Medo
        • Revolta
         • Raiva
    •Perda de rumo
    • Desesperança
                         • Apoio
                        • Carinho
                     • Orientação
                     • Segurança
                          •Alivio
                      • Aceitação
Tarefa Essencial dos Cuidados
                     Paliativos
   Ajudar os doentes e suas
   famílias a fazer a transição
     de ser vítimas passivas a
   pessoas com decisão e poder;

    E quando a morte se
           aproximar
rreversivelmente, parar de lutar
  contra ela e procurar a paz!
Não é a gravidade objectiva de uma
      doença, de uma perda ou de um
       acontecimento que ocasiona o
sofrimento, mas a significação que a pessoa
           atribui à experiência.
                       Béfecadu cit in Gameiro, 1999
“ O sentimento que cada um pode ter da sua
dignidade depende também do olhar do outro. É
no olhar do outro que vejo se ainda inspiro amor, é
na maneira como me falam, como cuidam de
mim, que sinto se ainda faço parte do mundo dos
vivos”
                                    Marie de Hennezel
“Morrer não é algo que se deixe a alguém fazer
   sózinho, precisa de acompanhamento”.
•Faz parte integrante dos cuidados palitaivos.
  •90% dos doentes morrem doença crónica e prolongada.

•As famílias vivem situações de grande stress
  •As famílias não estão preparadas para cuidar dos seus
  entes queridos

•Maioria prefere a morrte em casa, embora não aconteça.
  •Família prefere cuidar em casa, se tiver apoio adequado.
   Morte solitária
                                      Encarniçamento terapêutico
                                      Descrença/desilusão

    Morte humanizada                  Visitas reduzidas e fixas
                                      Despersonalização da morte
                                      Luto – processo
   Morte acompanhada
                                       desacompanhado
   Alívio do desconforto
                                  MORTE à verdade clínica
                                     Fuga
   Apoio espiritual/ moralização

                       INSTITUCIONALIZADA
    Envolvimento da família
                                     Morte = fracasso

                                      Evita-se falar na morte
   Acompanhamento nas perdas e
                                       /terminus da vida
    preparação para o luto
                                      Doença terminal
   Prevenir o luto patológico
   Comunicação franca
   Morte = etapa do ciclo vital   Morte medicalizada
   Redefinição de objectivos
   Doente terminal
Conheci a dor da separação, a impotência perante os
   progressos da doença. Momentos de revolta face ao
   sofrimento e à degradação física daqueles que assistia,
   momentos de esgotamento...
..., mesmo assim, tenho a sensação de me ter enriquecido. De
     ter conhecido momentos de densidade humana
     incomparável, de uma profundidade que não trocaria;
     momentos de alegria e doçura, por incrível que isso pareça.
     E, alegro-me pois, sei que não fui a única a tê-los vivido ...
                                     Marie Hennezel, 1999
“Você é importante porque você é único. Você será
 importante para nós até o último dia de sua vida, e
nós faremos tudo o que pudermos, não apenas para
que você morra em paz, mas para que você viva até
            o momento de sua morte”.
                  CECILY SAUNDERS
“O que acrescentaste tu ao mundo?

Pede-se que deixes este lugar mais belo que o
        encontraste quando chegaste”
            Yvan Amar´cit in Marie de Hennezel “Morrer de olhos abertos”, 2006




Não podemos impedir a angústia do outro, mas
podemos contê-la e transmitir o sentimento de
que, apesar de tudo, somos um sustentáculo.
                                                       Marie de Hennezel
       Que importância existe ao tratar doentes mais vulneráveis e os
                       que estão no final da sua vida?



        Porque é que as pessoas recorrem às unidades de cuidados
                                 paliativos?



              Que vantagens oferecem os cuidados paliativos?



         De que maneira estes cuidados proporcionam aos doentes
                       uma melhor qualidade de vida.


   Quais as normas regulamentadas nestas unidades?
“Se eu acreditasse em
     anjos, concerteza,
vestiriam batas brancas,
 possuíam asas invisíveis,
  tinham olhos doces e
    vagueavam por este
        corredor de
caminhos condenados …


(Delgado, Familiar de um doente em fase
                terminal, 2003)




                                          Enfª Ana Rocha CROC S.A
                                           "Reflectindo sobre a morte"   67
“Sou uma estudante de enfermagem, e
estou a MORRER…
Escrevo esta carta com vontade de
       partilhar o que sinto a todos
 aqueles que se preparam para ser
     enfermeiros, para que um dia
    estejam mais capacitados para
            ajudar os moribundos...
Resta-me
um ano e
meio de
vida, um ano
talvez, mas
ninguém
quer falar
disso
comigo…
Encontro-me
diante de um
muro sólido e
abandonado,
   sendo isto
  tudo o que
  me resta…
As pessoas simplesmente não vêem o doente
moribundo como pessoa, e por isso não
conseguem comunicar comigo…
Sou o símbolo do vosso medo, seja ele qual
   for, e que um dia terão que o enfrentar…
Vocês, enfermeiro
 s, deslizam para o
   meu quarto para
             prestar
cuidados, avaliar a
       tensão, e na
       mesma hora
  eclipsam-se logo
    que terminam a
            tarefa…
Como estudante
de enfermagem e
como ser
humano, tenho
consciência do
vosso medo, e sei
que o vosso medo
é o MEU MEDO…
De que é
 que vocês
têm medo?
Sou eu que
   estou a
 morrer…!
Apercebo-me do vosso mal estar, mas não sei o
    que dizer ou o que fazer. Por favor, se têm
interesse por mim NÃO ME PODEM FAZER ISTO!
Admitam apenas que têm interesse
          por mim…
  Não vos peço mais nada, nem
           respostas!
Não se vão
  embora. Tenham
  paciência, aquilo
    que preciso de
 saber é se haverá
alguém que me DÊ
 a MÃO quando eu
     mais precisar.
   TENHO MEDO…
Talvez a morte vos afaste, mas
    para mim é algo de novo...
   MORRER é algo que nunca
       aconteceu comigo…
     …e de certa forma é uma
             ocasião única…
Falam da minha juventude, mas quando se dão
conta que estou prestes a morrer… já não sou
assim tão jovem, pois não?
Há coisas que
eu gostaria de
falar convosco
e que não
exigiam muito
tempo…
tão pouco que
nem iam
reparar que
me fizeram
sorrir...
Será que
confessarmos
juntos os
nossos medos
iria contra a
vossa
preciosa
competência
profissional??
Está tão severamente proibido comunicarmos
como pessoas, de maneira a que, quando chegar a
  minha hora de morrer, eu terei comigo AMIGOS?
Sou
estudante de
enfermagem
e estou a
morrer…”
Carta escrita por uma estudante de
enfermagem espanhola dirigida aos seus
colegas….




Obrigada pela vossa atenção!
SUGESTÕES
             Filmes
Pacth Adams
Escafandro E A Borboleta
Mar Adentro
Antes De Partir (The Bucket List)
Minha Vida (My Life)
                                             Livros
Uma Lição De Vida (Wit)          A última aula
                                Às terças com Morrie
                                Escafandro e a borboleta
                                O Diálogo com a morte
                                Morrer é só não ser visto
OBRIGADA
BIBLIOGRAFIA
• PORTUGAL. Direcção-Geral Da Saúde – Programa
  Nacional de Cuidados Paliativos. Lisboa: DGS, 2004

• ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS
Disponível na Internet: http://www.apcp.com.pt

• Manual de Cuidados Paliativos, Lisboa: Núcleo de
  Cuidados Paliativos do Centro de Bioética da
  Faculdade de Medicina de Lisboa, 2006.

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Palestra "cuidados paliativos"

  • 1. ESCOLA SECUNDÁRIA JOSÉ LOUREIRO BOTAS Vieira de Leiria Ana Rocha Elsa Gonçalves Área de projecto Marina Pereira Maio 2010 12.º Ano
  • 2. 1. JÁ OUVIU FALAR EM CUIDADOS PALIATIVOS? 2. CONHECE ALGUMA UNIDADE DE CUIDADOS PALIATIVOS? 3. CONHECE ALGUÉM QUE TENHA RECEBIDO ESTES CUIDADOS? 4. ACHA IMPORTANTE O DESENVOLVIMENTO E O INVESTIMENTO NA ÁREA? 5. ACHA QUE OS CUIDADOS PALIATIVOS PODEM SER UMA ALTERNATIVA À EUTANÁSIA?
  • 3. Já ouviu falar dos Cuidados Paliativos? Sim Não 47% 53%
  • 4. Conhece alguma Unidade de Cuidados Paliativos? Sim Não 36% 64%
  • 5. Conhece alguém que já tenha recebido estes cuidados? Sim Não 23% 77%
  • 6. Acha importante o desenvolvimento e o investimento nesta área? Sim 100%
  • 7. Acha que os Cuidados Paliativos poderão ser uma alternativa à Eutanásia? Sim Não Não Sabe / Não Responde 8% 21% 71%
  • 8. 90% 10% Doença Crónica Morte Súbita e Prolongada
  • 9.
  • 10. “Nascer é desde logo morrer um pouco… Morrer é desde sempre a única certeza de todo o homem.” (Chantal, 2000)
  • 11. Má notícia sobre a sua saúde! Querem abrir?
  • 12. São uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida dos doentes que enfrentam problemas decorrentes de uma doença incurável com prognóstico limitado, e/ ou doença grave (que ameaça a vida), e suas famílias, através da prevenção e alívio do sofrimento com recurso à identificação precoce, avaliação adequada e tratamento rigoroso dos problemas não só físicos, como a dor, mas também dos psicossociais e espirituais.” OMS (2002)
  • 13.
  • 14. Aceitam os valores próprios e prioridades do doente Afirmam a vida e encaram a morte como um processo natural Não antecipam nem atrasam a morte Centram-se no bem-estar do doente, ajudando-o a viver tão intensamente quanto possível até ao fim
  • 15. Baseiam-se no acompanhamento, na humanidade, na compaixão, na disponibilidade e no rigor cientifico Abordam o sofrimento físico, psicológico, social e espiritual do doente Só são prestada quando o doente e a família aceitam Respeitam o direito do doente escolher o local onde deseja viver e ser acompanhado no final da vida
  • 16. Controlo de Equipa sintomas multidisciplinar Apoio à família Comunicação
  • 17. Os cuidados Paliativos são prestados por equipas multidisciplinares com formação específica na área.
  • 18.
  • 19. A enfermidade hoje..... “Quem não vê a urgência desta reflexão? A doença foi desde sempre o espinho no lado da humanidade. Continua também a sê-lo no nosso tempo. O homem cresce na conquista do espaço, mas não consegue dominar-se a si mesmo. (...) Perante a doença, quando esta é grave e incurável, o homem contemporâneo sente-se mais frágil que no passado. Por outro lado, em virtude da fragmentação do tecido comunitário, numa sociedade em que se corre cada vez mais e se tem cada vez menos tempo para os outros, o doente encontra-se muitas vezes isolado afectivamente. E a solidão é decerto mais triste em quem padece de forte sofrimento físico, e por extrema desgraça, perde também o dom e o conforto da espiritualidade (fé). Papa João Paulo II ( Dia Mundial do Doente, 2004)
  • 20. Recebem a notícia de que estão muito doentes e no tempo de arder um fósforo encontrem prioridades para a vossa vida?
  • 21. Ficaram gélidos com a notícia ou Complicaram os desejos!
  • 22. CUIDADOS PALIATIVOS Caminho feito em Valoriza-se o essencial conjunto à vida: afectos, relações A morte não se Reorienta-se o , pessoas… esconde por detrás sentido da própria de máscaras vida profissionais Reunião entre ciência e Família : interveniente no o humanismo cuidar e no processo da morte “Ajudar o outro a e “objecto” a cuidar no luto ajudar-se”
  • 23. Cuidar integral e multidisciplinar Obstinação terapêutica Sentido para a Vida Unidades/domicílios com condições Dignidade na morte físicas específicas e adequadas à privacidade com a família. Cumplicidade, apoio, alív Durante o período nocturno e quando for desejo do doente ou io e partilha com o doente Dar de si familiar, será permitida a presença de um acompanhante Afectos Relação com a família/ resposta às suas necessidades
  • 24. UMA EQUIPA = UMA MISSÃO
  • 25. EQUIPA MULTIDISCIPLINAR “Diversas áreas a trabalhar, em uníssono, pela qualidade da vida, até ao fim, é algo que se deve elogiar, num mundo onde até as ciências parecem estar de costas viradas” Marie de Henneze “Nós não nos despedimos”
  • 26.
  • 27. “...é antes de mais, acolher o outro... Ousar a comunicação, numa abertura feita de tolerância, de calor humano, de autenticidade” WARSON, 1998. ACOMPANHAR “ É percorrer uma parte do caminho ao lado de alguém até um destino cuja natureza desconhecemos. Não se trata de lhe propormos percorrer o caminho no seu lugar” ( RAVEZ; 1998) , mas sim de o auxiliar na sua caminhada. Confronto de emoções, exposição a diversos tipos de sofrimento para todos
  • 28. CUIDADOS PALIATIVOS AMPLO ESPECTRO DE Doente e família são alvo do INTERVENÇÃO cuidar (Dimensão física e social) A solidão e a perda necessitam ser trabalhadas (Dimensão psíquica) (Dimensão espiritual) “Às vezes a tarefa do artista é descobrir quanta música ainda pode tocar com aquilo que lhe resta” Itzhak Perlman, 1995
  • 29.  Cuidados dirigidos ao doente e família  Cuidados na vida rumo a uma BOA MORTE.  Trabalhar :  as perdas,  a limitação,  a dignidade da vida,  as conquistas possíveis  A esperança realista  A dignidade  a reconciliação.
  • 30.
  • 31.  Suporte Físico  Suporte Psicológico: › Aceitação da condição de doente › Aceitação da terminalidade › Problemas psicológicos › Medos › Atitude perante a morte, etc.  Suporte Espiritual: › Abordagem do “…sofrimento íntimo nascido da ausência de sentido”… › “…a espiritualidade existe além de qualquer religião, que ela é acima de tudo algo que tem a ver com a essência do homem.”  Acompanhamento: › “…podendo ser, apenas, estar com…”
  • 32.
  • 33. Conforto e acompanhamento em Paliativos Controlo de sintomas Apoio à família Comunicação com o doente Trabalho equipa multidisciplinar
  • 34. Será que os doentes se sentem bem estando nestes cuidados? • Medo • Revolta • Raiva •Perda de rumo • Desesperança • Apoio • Carinho • Orientação • Segurança •Alivio • Aceitação
  • 35. Tarefa Essencial dos Cuidados Paliativos Ajudar os doentes e suas famílias a fazer a transição de ser vítimas passivas a pessoas com decisão e poder; E quando a morte se aproximar rreversivelmente, parar de lutar contra ela e procurar a paz!
  • 36. Não é a gravidade objectiva de uma doença, de uma perda ou de um acontecimento que ocasiona o sofrimento, mas a significação que a pessoa atribui à experiência. Béfecadu cit in Gameiro, 1999
  • 37. “ O sentimento que cada um pode ter da sua dignidade depende também do olhar do outro. É no olhar do outro que vejo se ainda inspiro amor, é na maneira como me falam, como cuidam de mim, que sinto se ainda faço parte do mundo dos vivos” Marie de Hennezel
  • 38. “Morrer não é algo que se deixe a alguém fazer sózinho, precisa de acompanhamento”.
  • 39.
  • 40. •Faz parte integrante dos cuidados palitaivos. •90% dos doentes morrem doença crónica e prolongada. •As famílias vivem situações de grande stress •As famílias não estão preparadas para cuidar dos seus entes queridos •Maioria prefere a morrte em casa, embora não aconteça. •Família prefere cuidar em casa, se tiver apoio adequado.
  • 41. Morte solitária  Encarniçamento terapêutico  Descrença/desilusão Morte humanizada  Visitas reduzidas e fixas  Despersonalização da morte  Luto – processo  Morte acompanhada desacompanhado  Alívio do desconforto MORTE à verdade clínica  Fuga  Apoio espiritual/ moralização  INSTITUCIONALIZADA Envolvimento da família  Morte = fracasso  Evita-se falar na morte  Acompanhamento nas perdas e /terminus da vida preparação para o luto  Doença terminal  Prevenir o luto patológico  Comunicação franca  Morte = etapa do ciclo vital Morte medicalizada  Redefinição de objectivos  Doente terminal
  • 42. Conheci a dor da separação, a impotência perante os progressos da doença. Momentos de revolta face ao sofrimento e à degradação física daqueles que assistia, momentos de esgotamento... ..., mesmo assim, tenho a sensação de me ter enriquecido. De ter conhecido momentos de densidade humana incomparável, de uma profundidade que não trocaria; momentos de alegria e doçura, por incrível que isso pareça. E, alegro-me pois, sei que não fui a única a tê-los vivido ... Marie Hennezel, 1999
  • 43. “Você é importante porque você é único. Você será importante para nós até o último dia de sua vida, e nós faremos tudo o que pudermos, não apenas para que você morra em paz, mas para que você viva até o momento de sua morte”. CECILY SAUNDERS
  • 44. “O que acrescentaste tu ao mundo? Pede-se que deixes este lugar mais belo que o encontraste quando chegaste” Yvan Amar´cit in Marie de Hennezel “Morrer de olhos abertos”, 2006 Não podemos impedir a angústia do outro, mas podemos contê-la e transmitir o sentimento de que, apesar de tudo, somos um sustentáculo. Marie de Hennezel
  • 45. Que importância existe ao tratar doentes mais vulneráveis e os que estão no final da sua vida?  Porque é que as pessoas recorrem às unidades de cuidados paliativos?  Que vantagens oferecem os cuidados paliativos?  De que maneira estes cuidados proporcionam aos doentes uma melhor qualidade de vida.  Quais as normas regulamentadas nestas unidades?
  • 46.
  • 47.
  • 48.
  • 49.
  • 50.
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  • 65.
  • 66.
  • 67. “Se eu acreditasse em anjos, concerteza, vestiriam batas brancas, possuíam asas invisíveis, tinham olhos doces e vagueavam por este corredor de caminhos condenados … (Delgado, Familiar de um doente em fase terminal, 2003) Enfª Ana Rocha CROC S.A "Reflectindo sobre a morte" 67
  • 68.
  • 69. “Sou uma estudante de enfermagem, e estou a MORRER…
  • 70. Escrevo esta carta com vontade de partilhar o que sinto a todos aqueles que se preparam para ser enfermeiros, para que um dia estejam mais capacitados para ajudar os moribundos...
  • 71. Resta-me um ano e meio de vida, um ano talvez, mas ninguém quer falar disso comigo…
  • 72. Encontro-me diante de um muro sólido e abandonado, sendo isto tudo o que me resta…
  • 73. As pessoas simplesmente não vêem o doente moribundo como pessoa, e por isso não conseguem comunicar comigo…
  • 74. Sou o símbolo do vosso medo, seja ele qual for, e que um dia terão que o enfrentar…
  • 75. Vocês, enfermeiro s, deslizam para o meu quarto para prestar cuidados, avaliar a tensão, e na mesma hora eclipsam-se logo que terminam a tarefa…
  • 76. Como estudante de enfermagem e como ser humano, tenho consciência do vosso medo, e sei que o vosso medo é o MEU MEDO…
  • 77. De que é que vocês têm medo? Sou eu que estou a morrer…!
  • 78. Apercebo-me do vosso mal estar, mas não sei o que dizer ou o que fazer. Por favor, se têm interesse por mim NÃO ME PODEM FAZER ISTO!
  • 79. Admitam apenas que têm interesse por mim… Não vos peço mais nada, nem respostas!
  • 80. Não se vão embora. Tenham paciência, aquilo que preciso de saber é se haverá alguém que me DÊ a MÃO quando eu mais precisar. TENHO MEDO…
  • 81. Talvez a morte vos afaste, mas para mim é algo de novo... MORRER é algo que nunca aconteceu comigo… …e de certa forma é uma ocasião única…
  • 82. Falam da minha juventude, mas quando se dão conta que estou prestes a morrer… já não sou assim tão jovem, pois não?
  • 83. Há coisas que eu gostaria de falar convosco e que não exigiam muito tempo… tão pouco que nem iam reparar que me fizeram sorrir...
  • 84. Será que confessarmos juntos os nossos medos iria contra a vossa preciosa competência profissional??
  • 85. Está tão severamente proibido comunicarmos como pessoas, de maneira a que, quando chegar a minha hora de morrer, eu terei comigo AMIGOS?
  • 87. Carta escrita por uma estudante de enfermagem espanhola dirigida aos seus colegas…. Obrigada pela vossa atenção!
  • 88.
  • 89. SUGESTÕES Filmes Pacth Adams Escafandro E A Borboleta Mar Adentro Antes De Partir (The Bucket List) Minha Vida (My Life) Livros Uma Lição De Vida (Wit) A última aula Às terças com Morrie Escafandro e a borboleta O Diálogo com a morte Morrer é só não ser visto
  • 91. BIBLIOGRAFIA • PORTUGAL. Direcção-Geral Da Saúde – Programa Nacional de Cuidados Paliativos. Lisboa: DGS, 2004 • ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS Disponível na Internet: http://www.apcp.com.pt • Manual de Cuidados Paliativos, Lisboa: Núcleo de Cuidados Paliativos do Centro de Bioética da Faculdade de Medicina de Lisboa, 2006.