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Literatura de viagens e jesuítica
 O problema das origens da nossa literatura:
- lento processo de aculturação do português e do negro
à terra e às raças primitivas.
 “A colônia só deixa de o ser quando se faz sujeito da sua
própria história” (p. 13);
 Primeiros séculos de ocupação: ilhas sociais
(arquipélago cultural);
- Divisão do país em subsistemas regionais;
- Sequência de influxos da Europa paralelos às poucas e
esparsas manifestações literárias e artísticas.
 Caráter luso-brasileiro da literatura.
 Estático:
- Se exaure na menção da paisagem;
 Dinâmico:
- Integra o ambiente e o homem na fantasia poética.
 O limite do nativismo é a ideologia dos inconfidentes
de Minas, Rio, Bahia e Recife;
 Mesmo assim o Brasil pede emprestado à França as
formas de pensar burguesas e liberais para interpretar
sua realidade.
 Informações que os viajantes e missionários europeus
colheram sobre a natureza e o homem brasileiro;
 Pura crônica histórica.
 Por que interessa estudar esses textos?
 A Carta de Pero Vaz de Caminha a El-Rei D. Manuel;
 O Tratado da Terra do Brasil e a História da Província
de Santa Cruz a que Vulgarmente chamamos de Brasil;
 Cartas do s missionários jesuítas;
 Notícias da terra achada;
 Espírito observador, ingenuidade e uma transparente
ideologia mercantilista, zelo missionário por uma
cristandade medieval;
 O Tratado da Terra do Brasil e a História da Província de
Santa Cruz a que Vulgarmente chamamos de Brasil são
“propaganda da imigração”, pois cifram-se em arrolar os
bens e o clima da Colônia;
 Não se deve enxergar seus louvores ao clima e ao solo mais
do que uma curiosidade a serviço da coroa portuguesa;
 Nativismo em nível descritivo sem nenhuma conotação
subjetiva ou polêmica;
 Leitmotiv das descrições: “visão do paraíso”;
 Visão do índio (p. 17);
 Tônica da literatura informativa: ouro e pedras preciosas.
Gregório de Matos e Antônio Vieira
 Publicação de Prosopopéia, de Bento Teixeira;
 Começa a atividade literária que já pode ser considerada
expressão do Brasil-Colônia;
 Representantes iniciais:
- Prosa: Gabriel Soares Sousa
- Poesia: Bento Teixeira;
 O desenvolvimento da literatura foi de caráter local ;
 A invasões estrangeiras contribuíram para a formação da
consciência colonial;
 Manifestações do sentimento nativista;
 Dominada pelo estilo barroco peninsular;
 Cultismo: é o culto da forma do texto e procura
enfatizar a expressividade deste através do uso (e
abuso) das figuras de linguagem.
 Conceptismo: assim como o nome lembra (concepção
= ideia, conceito), enfatiza o plano das ideias do
texto, e procura ressaltá-las, evidenciando-as e as
tornando o mais claras possível.
 Poesia:
- Reflete a influência de Camões, Gongorra, Quvedo e
Marini;
- Teatro em verso, influenciado por Lope de Veja;
 Prosa:
- crônica, informação, narrativa, oratória;
 Preso aos reflexos tardios do quinhentismo português;
 Documenta a influência da poesia camoniana e da poesia
laudatória entre nós, com atitudes nativistas e certas
preocupações críticas de relevo;
 Inicia citando a Arte Poética, de Horácio, para justificar a
fraqueza de a imperfeição da obra;
 Dá uma vaga impressão de seguir o modelo épico
camoniano;
 A unidade do poemeto é discutível;
 Poema de tom encomiástico – homenageia Jorge
Albuquerque Coelho;
 “O que se lê é [...] um esboço ainda mal alinhavado” (p. 67)
 A atitude crítica do poeta: vontade inicia de escrever
para o Brasil;
 Já manifesta um autêntico sentimento nativista luso-
brasílico;
 Inaugura entre nós o ciclo épico camoniano;
 Emprega o cultismo e o conceptismo, sob influências
espanholas e portuguesas, estas principalmente
camonianas;
 Reparte-se entre a poesia lírica religiosa e amorosa e a
poesia satírica;
 Presença da influência de Gongorra e dos principais e
preferidos temas do barroco:
- O sentimento do desengano;
- O carpe diem horaciano;
- Renúncia aos prazeres com o arrependimento;
- A brevidade enganosa da vida;
- A ambição humana.
- O culto da divinização da mulher cede lugar ou se
concilia com solicitações ao prazer do amor;
- O uso de técnicas e expressões artificiosas que
caracterizam o estilo barroco.
Meu Deus, que estais pendente de um madeiro
em cuja lei protesto de viver,
em cuja santa lei hei de morrer
animoso, constante, firme e inteiro:
Neste lance, por ser o derradeiro
pois vejo a minha vida anoitecer,
é, meu Jesus, a hora de se ver
a brandura de um pai, o manso cordeiro.
Mui grande é o vosso amor e o meu delito:
porém pode ter fim todo o pecar,
e não o vosso amor, que é infinito.
Esta razão me obriga a confiar,
Que, por mais que pequei, neste conflito
Espero em vosso amor de me salvar.
 Celebrizou-se como satírico (o Boca do inferno);
 Criticou os aspectos mais característicos da vida social
do brasil colônia;
 Criticou o reinol e o brasileiro, tendo visado
principalmente ao clero e ao elemento português;
 Linguagem livre, ferina, licenciosa, agressiva, com
vocábulos às vezes de baixo calão.
Agradecimento de uns Doces a sua Freira
Senhora minha, se de tais clausuras
Tantos doces mandais a uma formiga,
Que esperais vós agora que eu vos diga
Se não forem murchíssimas doçuras?
Eu esperei de Amor outras venturas,
Mas ei-lo vai, tudo o que é dar obriga,
Ou já ceia de amor, ou já da figa,
Da vossa mão são tudo ambrósias puras.
O vosso doce a todos diz: comei-me,
De cheiroso, perfeito e asseado;
Eu por gosto lhe dar comi e fartei-me.
Bote a sua casaca de veludo,
E seja capitão sequer dois dias,
Converse à porta de Domingos Dias,
Que pega fidalguia mais que tudo.
Seja um magano, um pícaro, um abelhudo,
Vá a palácio, e após das cortesias
Perca quanto ganhar nas mercancias,
E em que perca o alheio, esteja mudo.
Sempre se ande na caça e montaria,
Dê nova solução, novo epíteto,
E diga-o, sem propósito, à porfia;
Quem em dizendo: "facção, pretexto, efecto".
Será no entendimento da Bahia
Mui fidalgo, mui rico, e mui discreto.
Análise de aspectos da poesia barroca em Gregório de Matos
Esse farol do céu, fímbria luzida,
Esse lenho das ondas, pompa inchada,
Essa flor da manhã, delicia amada,
Esse tronco de abril, galha florida,
É desmaio da noite escurecida,
É destroço da penha retirada,
É lastima da tarde abreviada,
É despojo da chama enfurecida.
Se o sol, se a nau, se a flor, se a planta toda
A ruína maior nunca se veda;
Se em seu mal a fortuna sempre roda;
Se alguém das vaidades não se arreda,
Há de ver (se nas pompas mais se engoda),
Do sol, da nau, da flor, da planta, a queda
Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
de vossa alta clemência me despido;
porque quanto mais tenho delinqüido,
vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto um pecado,
a abrandar-vos sobeja um só gemido:
que a mesma culpa, que vos há ofendido,
vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma orelha perdida e já cobrada,
glória tal e prazer tão repentino
vos deu, como afirmais na sacra história,
eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
perder na vossa ovelha a vossa glória.
Ao braço do mesmo Menino Jesus quando apareceu
O todo sem a parte não é todo,
A parte sem o todo não é parte,
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga, que é parte, sendo todo.
Em todo o Sacramento está Deus todo,
E todo assiste inteiro em qualquer parte,
E feito em partes todo em toda a parte,
Em qualquer parte sempre fica o todo.
O braço de Jesus não seja parte,
Pois que feito Jesus em partes todo,
Assiste cada parte em sua parte.
Não se sabendo parte deste todo,
Um braço, que lhe acharam, sendo parte,
Nos disse as partes todas deste todo.
Contemplando nas cousas do mundo desde o seu retiro, lhe retira
com o seu apage, com quem a nada escapou da tormenta
Neste mundo é mais rico o que mais rapa:
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa;
Com sua língua, ao nobre o vil decepa:
O velhaco maior sempre tem capa.
Mostra o patife da nobreza o mapa:
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
Quem menos falar pode, mais increpa:
Quem dinheiro tiver, pode ser Papa.
A flor baixa se inculca por tulipa;
Bengala hoje na mão, ontem garlopa,
Mais isento se mostra o que mais chupa.
Para a tropa do trapo vazo a tripa
E mais não igo, porque a Musa topa
Em apa, epa, ipa, opa, upa.
Pondera agora com mais atenção a formosura de D. Ângela
Não vira em minha vida a formosura,
Ouvia falar nela cada dia,
E ouvida me incitava, e me movia
A querer ver tão bela arquitetura:
Ontem a vi por minha desventura
Na cara, no bom ar, na galhardia
De uma mulher, que em Anjo se mentia:
De um sol, que se trajava em criatura:
Matem-me, disse eu vendo abrasar-me,
Se esta a cousa não é, que encarecer-me
Sabia o mundo, e tanto exagerar-me:
Olhos meus, disse então por defender-me,
Se a beleza heis de ver para matar-me,
Antes olhos cegueis, do que eu perder-me.
 Vieira aprimorou suas técnicas sob a fechada lógica do
conceptismo barroco;
 Buscava servir o ideal religioso e pedagógico da conversão e
da catequese;
 Procurando infundir nos espíritos uma visão pessimista da
vida terrena em contraste com a luz celeste;
 Alia ao estilo senecano a ênfase, a sutileza, o paradoxo, o
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manejo da metáfora.
 Amarrava-se sempre a passagens da sagrada
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Literatura de formação

  • 1. Literatura de viagens e jesuítica
  • 2.  O problema das origens da nossa literatura: - lento processo de aculturação do português e do negro à terra e às raças primitivas.  “A colônia só deixa de o ser quando se faz sujeito da sua própria história” (p. 13);  Primeiros séculos de ocupação: ilhas sociais (arquipélago cultural); - Divisão do país em subsistemas regionais; - Sequência de influxos da Europa paralelos às poucas e esparsas manifestações literárias e artísticas.  Caráter luso-brasileiro da literatura.
  • 3.  Estático: - Se exaure na menção da paisagem;  Dinâmico: - Integra o ambiente e o homem na fantasia poética.  O limite do nativismo é a ideologia dos inconfidentes de Minas, Rio, Bahia e Recife;  Mesmo assim o Brasil pede emprestado à França as formas de pensar burguesas e liberais para interpretar sua realidade.
  • 4.  Informações que os viajantes e missionários europeus colheram sobre a natureza e o homem brasileiro;  Pura crônica histórica.  Por que interessa estudar esses textos?
  • 5.  A Carta de Pero Vaz de Caminha a El-Rei D. Manuel;  O Tratado da Terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz a que Vulgarmente chamamos de Brasil;  Cartas do s missionários jesuítas;
  • 6.  Notícias da terra achada;  Espírito observador, ingenuidade e uma transparente ideologia mercantilista, zelo missionário por uma cristandade medieval;
  • 7.  O Tratado da Terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz a que Vulgarmente chamamos de Brasil são “propaganda da imigração”, pois cifram-se em arrolar os bens e o clima da Colônia;  Não se deve enxergar seus louvores ao clima e ao solo mais do que uma curiosidade a serviço da coroa portuguesa;  Nativismo em nível descritivo sem nenhuma conotação subjetiva ou polêmica;  Leitmotiv das descrições: “visão do paraíso”;  Visão do índio (p. 17);  Tônica da literatura informativa: ouro e pedras preciosas.
  • 8. Gregório de Matos e Antônio Vieira
  • 9.  Publicação de Prosopopéia, de Bento Teixeira;  Começa a atividade literária que já pode ser considerada expressão do Brasil-Colônia;  Representantes iniciais: - Prosa: Gabriel Soares Sousa - Poesia: Bento Teixeira;  O desenvolvimento da literatura foi de caráter local ;  A invasões estrangeiras contribuíram para a formação da consciência colonial;  Manifestações do sentimento nativista;
  • 10.  Dominada pelo estilo barroco peninsular;  Cultismo: é o culto da forma do texto e procura enfatizar a expressividade deste através do uso (e abuso) das figuras de linguagem.  Conceptismo: assim como o nome lembra (concepção = ideia, conceito), enfatiza o plano das ideias do texto, e procura ressaltá-las, evidenciando-as e as tornando o mais claras possível.
  • 11.  Poesia: - Reflete a influência de Camões, Gongorra, Quvedo e Marini; - Teatro em verso, influenciado por Lope de Veja;  Prosa: - crônica, informação, narrativa, oratória;
  • 12.  Preso aos reflexos tardios do quinhentismo português;  Documenta a influência da poesia camoniana e da poesia laudatória entre nós, com atitudes nativistas e certas preocupações críticas de relevo;  Inicia citando a Arte Poética, de Horácio, para justificar a fraqueza de a imperfeição da obra;  Dá uma vaga impressão de seguir o modelo épico camoniano;  A unidade do poemeto é discutível;  Poema de tom encomiástico – homenageia Jorge Albuquerque Coelho;  “O que se lê é [...] um esboço ainda mal alinhavado” (p. 67)
  • 13.  A atitude crítica do poeta: vontade inicia de escrever para o Brasil;  Já manifesta um autêntico sentimento nativista luso- brasílico;  Inaugura entre nós o ciclo épico camoniano;
  • 14.  Emprega o cultismo e o conceptismo, sob influências espanholas e portuguesas, estas principalmente camonianas;  Reparte-se entre a poesia lírica religiosa e amorosa e a poesia satírica;  Presença da influência de Gongorra e dos principais e preferidos temas do barroco: - O sentimento do desengano; - O carpe diem horaciano; - Renúncia aos prazeres com o arrependimento; - A brevidade enganosa da vida; - A ambição humana.
  • 15. - O culto da divinização da mulher cede lugar ou se concilia com solicitações ao prazer do amor; - O uso de técnicas e expressões artificiosas que caracterizam o estilo barroco.
  • 16. Meu Deus, que estais pendente de um madeiro em cuja lei protesto de viver, em cuja santa lei hei de morrer animoso, constante, firme e inteiro: Neste lance, por ser o derradeiro pois vejo a minha vida anoitecer, é, meu Jesus, a hora de se ver a brandura de um pai, o manso cordeiro. Mui grande é o vosso amor e o meu delito: porém pode ter fim todo o pecar, e não o vosso amor, que é infinito. Esta razão me obriga a confiar, Que, por mais que pequei, neste conflito Espero em vosso amor de me salvar.
  • 17.  Celebrizou-se como satírico (o Boca do inferno);  Criticou os aspectos mais característicos da vida social do brasil colônia;  Criticou o reinol e o brasileiro, tendo visado principalmente ao clero e ao elemento português;  Linguagem livre, ferina, licenciosa, agressiva, com vocábulos às vezes de baixo calão.
  • 18. Agradecimento de uns Doces a sua Freira Senhora minha, se de tais clausuras Tantos doces mandais a uma formiga, Que esperais vós agora que eu vos diga Se não forem murchíssimas doçuras? Eu esperei de Amor outras venturas, Mas ei-lo vai, tudo o que é dar obriga, Ou já ceia de amor, ou já da figa, Da vossa mão são tudo ambrósias puras. O vosso doce a todos diz: comei-me, De cheiroso, perfeito e asseado; Eu por gosto lhe dar comi e fartei-me.
  • 19. Bote a sua casaca de veludo, E seja capitão sequer dois dias, Converse à porta de Domingos Dias, Que pega fidalguia mais que tudo. Seja um magano, um pícaro, um abelhudo, Vá a palácio, e após das cortesias Perca quanto ganhar nas mercancias, E em que perca o alheio, esteja mudo. Sempre se ande na caça e montaria, Dê nova solução, novo epíteto, E diga-o, sem propósito, à porfia; Quem em dizendo: "facção, pretexto, efecto". Será no entendimento da Bahia Mui fidalgo, mui rico, e mui discreto.
  • 20. Análise de aspectos da poesia barroca em Gregório de Matos
  • 21. Esse farol do céu, fímbria luzida, Esse lenho das ondas, pompa inchada, Essa flor da manhã, delicia amada, Esse tronco de abril, galha florida, É desmaio da noite escurecida, É destroço da penha retirada, É lastima da tarde abreviada, É despojo da chama enfurecida. Se o sol, se a nau, se a flor, se a planta toda A ruína maior nunca se veda; Se em seu mal a fortuna sempre roda; Se alguém das vaidades não se arreda, Há de ver (se nas pompas mais se engoda), Do sol, da nau, da flor, da planta, a queda
  • 22. Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, de vossa alta clemência me despido; porque quanto mais tenho delinqüido, vos tenho a perdoar mais empenhado. Se basta a vos irar tanto um pecado, a abrandar-vos sobeja um só gemido: que a mesma culpa, que vos há ofendido, vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma orelha perdida e já cobrada, glória tal e prazer tão repentino vos deu, como afirmais na sacra história, eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, cobrai-a; e não queirais, pastor divino, perder na vossa ovelha a vossa glória.
  • 23. Ao braço do mesmo Menino Jesus quando apareceu O todo sem a parte não é todo, A parte sem o todo não é parte, Mas se a parte o faz todo, sendo parte, Não se diga, que é parte, sendo todo. Em todo o Sacramento está Deus todo, E todo assiste inteiro em qualquer parte, E feito em partes todo em toda a parte, Em qualquer parte sempre fica o todo. O braço de Jesus não seja parte, Pois que feito Jesus em partes todo, Assiste cada parte em sua parte. Não se sabendo parte deste todo, Um braço, que lhe acharam, sendo parte, Nos disse as partes todas deste todo.
  • 24. Contemplando nas cousas do mundo desde o seu retiro, lhe retira com o seu apage, com quem a nada escapou da tormenta Neste mundo é mais rico o que mais rapa: Quem mais limpo se faz, tem mais carepa; Com sua língua, ao nobre o vil decepa: O velhaco maior sempre tem capa. Mostra o patife da nobreza o mapa: Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa; Quem menos falar pode, mais increpa: Quem dinheiro tiver, pode ser Papa. A flor baixa se inculca por tulipa; Bengala hoje na mão, ontem garlopa, Mais isento se mostra o que mais chupa. Para a tropa do trapo vazo a tripa E mais não igo, porque a Musa topa Em apa, epa, ipa, opa, upa.
  • 25. Pondera agora com mais atenção a formosura de D. Ângela Não vira em minha vida a formosura, Ouvia falar nela cada dia, E ouvida me incitava, e me movia A querer ver tão bela arquitetura: Ontem a vi por minha desventura Na cara, no bom ar, na galhardia De uma mulher, que em Anjo se mentia: De um sol, que se trajava em criatura: Matem-me, disse eu vendo abrasar-me, Se esta a cousa não é, que encarecer-me Sabia o mundo, e tanto exagerar-me: Olhos meus, disse então por defender-me, Se a beleza heis de ver para matar-me, Antes olhos cegueis, do que eu perder-me.
  • 26.  Vieira aprimorou suas técnicas sob a fechada lógica do conceptismo barroco;  Buscava servir o ideal religioso e pedagógico da conversão e da catequese;  Procurando infundir nos espíritos uma visão pessimista da vida terrena em contraste com a luz celeste;  Alia ao estilo senecano a ênfase, a sutileza, o paradoxo, o contraste, a repetição, a assimetria, o paralelo, o símile e o manejo da metáfora.  Amarrava-se sempre a passagens da sagrada escritura, evitando voos oratórios.