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III Seminário de Pesquisa da APA Itupararanga
Água e Saneamento, desafios à Conservação

28 a 29 de novembro de 2012

Sorocaba – SP

      DIAGNÓSTICO DE QUATRO METODOLOGIAS DE NUCLEAÇÃO
          IMPLANTADAS EM PASTO ABANDONADO NA FAZENDA
                         ITUPARARANGA, VOTORANTIM/SP


                    Martins, Vinícius Augusto Figueiredo Bistão; Almeida, Vilma Palazetti de
                                                      (Universidade Católica de São Paulo)
                                                                               Pesquisador
                                                              biologiavinicius@gmail.com.br
                                          RESUMO
Recuperação de áreas degradadas, em foco as matas ciliares, tem grande importância para a
manutenção e conservação das bacias hidrográficas, já que a proteção da mata protege os corpos
da água das ações de erosão e assoreamento. Esse projeto encontra-se em uma área de mata
ciliar localizada na área de proteção ambiental (APA) Itupararanga. Com o intuito de dinamizar os
processos de recuperação ecológica natural na área, foi desenvolvido em janeiro de 2007, um
projeto de Recuperação da Floresta Estacional do Reservatório Itupararanga, coordenado pela
PUC-SP. Nesse projeto implantou-se a técnica de nucleação, para isso dividiu-se a área em 20
parcelas e para cada 4 parcelas uma técnica foi implantada, essas foram: plantio de mudas,
instalação de poleiros artificiais, semeadura direta, transposição de serapilheira e as ultimas 4
serviram de controle. Após 4 anos de implantação do projeto este foi avaliado através de
indicadores ecológicos. Esses indicadores são divididos em paisagem, estrutura, função,
perturbações antrópicas e composição.      Na aplicação dos indicadores descobriu-se que as
perturbações antrópicas estão, atualmente, devidamente controladas. Em relação à cobertura
vegetal o local possui 100% de ocupação pelo indivíduo do gênero Brachiaria, esse aspecto é
negativo já que a Brachiaria irá competir com as espécies regenerantes no local. Ao comparar as
quatro técnicas nucleadoras com o controle, observamos que a regeneração natural está o
correndo de forma lenta, as técnicas de nucleação não estão influenciando nos processos
sucessionais. Portanto o melhoramento dessas técnicas no local é essencial para que o objetivo
central do projeto seja cumprido.

Palavras-chave
Técnica de Nucleação, Restauração florestal, Represa de Itupararanga
INTRODUÇÃO:
As matas ciliares, áreas próximas a nascentes e cursos d’água, têm sido o foco da recuperação
florestal, para a conservação das bacias hidrográficas existentes, tal qual sua importância que são
consideradas como áreas de preservação permanente (APPs) segundo a lei federal nº 4771 de
1965 (BRASIL, 1965). A restauração das matas ciliares é tradicionalmente executada em
programas com uma visão fortemente dendrológica, com uso quase exclusivo de espécies
arbóreas e a utilização de espécies exóticas, propiciando contaminação biológica local e
potencializando a degradação (REIS et al., 2003).
Monitoramentos realizados em áreas restauradas por meio de plantio convencional de mudas,
especialmente no estado de São Paulo, mostram que tais iniciativas podem não garantir a auto-
sustentabilidade do sistema (DAMASCENO, 2005; SOUZA; BATISTA, 2004). Os resultados
destas pesquisas confirmaram que, as espécies regenerantes foram as mesmas das espécies
plantadas. Não houve abertura para a eventualidade se expressar. Os espaços de regeneração
foram limitados à ocupação das mesmas espécies introduzidas pelo modelo tradicional. Outros
resultados mostraram que, este tipo de intervenção não está garantindo a restauração da
diversidade e funcionalidade destas áreas, uma vez que geraram plantações de árvores com
grande desenvolvimento de DAP e altura, porém com baixa diversidade de formas de vida
(predomínio de espécies arbóreas), baixa complexidade florística, baixa regeneração (um estrato
regenerativo dominado por gramíneas exóticas invasoras) e ausência de epífitas (que são
funcionalmente nucleadoras) (SOUZA; BATISTA, 2004).
Para atingir o objetivo, que é o de “promover uma nova dinâmica de sucessão ecológica. Onde
ocorram níveis intensos de interação entre produtores, consumidores e de decompositores, num
ciclo contínuo de mortes e nascimentos”, é recomendada a utilização de técnicas de nucleação
(SOARES, 2009). Esta técnica visa a recuperação a partir de ilhas de vegetação ou núcleos, com
isso a vegetação secundária se expande ao longo do tempo e acelera o processo de sucessão
natural na área degradada (MARTINS, 2007).
O objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência da técnica de nucleação implantada, que
visa a recuperação da área de estudo através da aplicação de indicadores ecológicos.
MATERIAIS E MÉTODOS:
3.1. Área de estudo:
A área de estudo (AE) está localizada em uma área de pasto abandonado de 03 ha na
propriedade da Fazenda Itupararanga, Rancho Alegre, Setor 02 próximo ao reservatório,
circundado de mata nativa. Esta por sua vez georreferenciada nas coordenadas UTM latitude =
23° 37’ 23,64800’’S, longitude = 47° 23’ 14,46687’’ W. A área de referencia (AR) é um
remanescente florestal de aproximadamente 54 hectares sendo classificada como uma Floresta
Estacional Seminedecidual.
3.2. Implantação:
Em janeiro de 2007 foram instaladas 20 parcelas para o desenvolvimento do projeto Recuperação
da Floresta Estacional no Reservatório Usina Hidroelétrica Estadual de Itupararanga, Rio
Sorocaba, São Paulo. Neste projeto as parcelas foram divididas em quatro diferentes técnicas
para implantação e avaliação de diferentes procedimentos de restauração da mata ciliar do local:
plantio de mudas de essências nativas, semeadura a lanço; transposição de serapilheira e
implantação de poleiros artificiais. Cada uma das técnicas utilizou quatro parcelas sendo que as
quatro restantes foram utilizadas como controle, onde não foram realizados intervenções de
restauração, totalizando assim as 20 parcelas.
3.3. Coleta de dados para o diagnóstico da regeneração natural:
Para avaliar a eficiência do processo de recuperação da área de estudo foram aplicados
indicadores ecológicos desenvolvidos por Fonseca (2011) e adaptados para o respectivo estudo.
Esses indicadores usam critérios e cenários que orientam de forma facilitada o estado da área de
recuperação com o intuito de descrever o grau de restauração de processos ecológicos,
caracterizar o ambiente e possibilitar a prevenção de práticas adequadas para as dificuldades
encontradas. Os indicadores compararam a área de estudos (AE), com a área de referência (AR)
e com a resolução SMA nº 08 de 2008, que fixa a orientação para o reflorestamento heterogêneo
de áreas degradadas. Os indicadores escolhidos para avaliação do local são classificados em
paisagem, perturbações antrópicas, composição, estrutura e função.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Caracterização da Área de estudo
A área de estudo possui no total 1 ha2, através dos indicadores de paisagem podemos observar
que o local possui solo argiloso, o que é favorável já que esse tipo de solo retém maior umidade e
são solos mais férteis (FONSECA, 2011), tem o relevo suavemente ondulado, possuindo uma
declividade de 5º, não sendo totalmente plano mas pouco declivoso e não possui rochosidade
fazendo com que o estabelecimento de novas plântulas ocorra com mais facilidade.
Até o presente momento não foi encontrado no local nenhum indício de perturbações antrópicas.
Historicamente a área de estudo foi área de tiro ao alvo do exército, plantação de milho e desde
2002 local de pastejo de gado, entretanto com o início do projeto houve o isolamento do local
evitando assim essa prática. Toron (2009) em seu trabalho relata que no ano de 2008, um ano
após a implantação do projeto, houve uma falha no isolamento da área causando a morte e a
perda das gemas apicais de mudas. O isolamento da área é uma etapa indispensável para a
eficácia da restauração, já que a não eliminação dos fatores de degradação prejudicam o
estabelecimento das espécies regenerantes e podem determinar o sucesso ou insucesso da
atividade (FONSECA, 2011; VIANA; PINHEIRO, 1998).
Observamos que não há a presença de espécies epífitas e ou herbáceas de subbosque. A
presença de epífitas indica o aumento da complexidade do sistema, raramente em uma área de
recuperação de até 4-5 anos esse tipo de indivíduo se estabelece (FONSECA, 2011).
De acordo com a resolução SMA nº08/08 a diversidade de espécie tem que atingir até o término
de vigência do projeto o mínimo de 80 espécies florestais nativas de ocorrência regional e/ou
identificadas em levantamentos florísticos regionais/hm2. No local constatou-se apenas 30
espécies, sendo 27 espécies provenientes do plantio de mudas e 3 espécies são regenerante
naturais: Gochnatia polymorpha (Cambará), Mimosa sp. (Bracatinga) e Dodonnea viscosa
(vassourão-vermelho).
A área possui 100% de cobertura morta que protege o solo das adversidades do clima reduzindo
a lixiviação e favorecendo a ciclagem dos nutrientes. Entretanto essa cobertura pertence somente
ao gênero Brachiaria que compete com as espécies regenerantes e aumenta o risco de
queimadas para a área.
4.2. Caracterização da área de referência.
A área de referência que se encontra muito próximo à área de estudo é tratada como uma
Floresta Estacional Semidecidual, apresenta uma importante relevância ambiental por estar um
estágio avançado de regeneração (CARVALHO; ALMEIDA, 2009).
Nas análises dos indicadores de paisagem encontramos as mesmas características da área de
estudo, isso ocorre devido a proximidade das duas áreas. Sendo que não foram encontrados
indícios de perturbações antrópicas
Existem epífitas (bromélias, orquídeas e briófitas), lianas, na área, porém essas são raras, a
presença desse grupo é um importante indicador de aumento da complexidade do sistema,
demonstrando estágios sucessionais mais tardios de vegetação secundária (FONSECA, 2011). A
presença de herbáceas no subbosque foi de 80% o que é vantajoso já que impede o
estabelecimento de espécies invasoras competidoras. Não há presença de gramíneas invasoras,
entretanto observamos que existem bambus no local formando em algumas áreas bambuzais. De
acordo com MATOS & PIVELLO (2009) a presença de bambus em fragmentos florestais pode
significar a diminuição da riqueza de espécies arbóreas, prejudica a chuva de sementes e está
associado com a abertura de clareiras.
A área possui 100% de cobertura morta sendo essa formada principalmente de serapilheira que
forma em média uma camada de aproximadamente 5 cm de altura, como descrito por FONSECA
(2011) a serapilheira tem grande importância na ciclagem de nutrientes além de ser nela que
estão contidos as principais sementes e plântulas para a formação dos regenerantes naturais.
4.3. Poleiros Artificiais.
No local foram implantados quatro poleiros secos grandes de eucalipto com aproximadamente 9m
de altura, complementando envolta de cada um desses poleiros outros quatro menores em forma
de “T”. Nesse trabalho realizado por RODRIGUES et. al. (2009) foram observados no período de
180 horas, em 36 saídas a campo, 19 espécies de aves utilizando os poleiros, entretanto as
espécies vistas eram em sua grande maioria carnívoros, mostrando que os poleiros estavam
sendo utilizados como local de forrageamento.
Após três anos de implantação não foi observado nenhum regenerante em baixo dos poleiros.
Caso a dispersão de sementes por pássaros esteja ocorrendo é provável que não esteja
ocorrendo o desenvolvimento das plantas por competição com braquiária.
O regenerante encontrado nas áreas próximas aos poleiros foram o Gochnatia polymorpha
(Cambará) cuja síndrome de dispersão de sementes é por anemocoria e a Mimosa sp que é
barocoria ou seja as duas espécies não necessitam de aves para a dispersão das sementes. Em
trabalho realizado por CARVALHO; ALMEIDA (2009) na área de referência encontrou-se o
resultado de 68,1% de espécies de plantas com dispersão sendo zoocórica mostrando a
importância dos animais, principalmente as aves, na recuperação natural do ambiente.
Como alternativa para a área, recomendamos que os poleiros secos sejam substituídos por
poleiros vivos. O poleiro vivo imita o aspecto de galhos de árvores com folhagem, sendo que as
aves podem usá-lo para repouso, visualização de caça, abrigo e também para alimentação. (REIS
et. al. 2003).
4.4. Semeadura direta.
A técnica da semeadura direta feita na área foi de cavar covas com 5cm de profundidade e
colocar 7 sementes de uma mesma espécies em cada cova foram semeadas 19 espécies
florestais (CIPRIANO; ALMEIDA, 2009). Atualmente observou-se na área que das 19 espécies
semeadas em 2008 apenas o Enterolobium cortortisiliquum (Timburi) encontra-se presente, outras
espécies encontradas foram a Mimosa sp. e o Cambará essas duas são provenientes da
regeneração natural. Entretanto de acordo com o levantamento feito por CARVALHO; ALMEIDA
(2009) e JAMAS; ALMEIDA (dados não publicados) não foram registrados essa espécie na região,
podendo então tratar-se de uma espécie exótica.
A mortalidade desse tratamento foi de 85%, extremamente alto se considerarmos a SMA 08/08
que prevê como mortalidade máxima de 10%. Esse fator é explicado por CIPRIANO; ALMEIDA
(2009) onde concluíram que a inviabilidade das sementes ocorreu devido à herbivoria das
plântulas, o estresse hídrico e a competição com a Brachiaria, exigindo cuidados culturais com
maior frequência.
4.5. Plantio de mudas
Para o tratamento de plantio de mudas foi utilizado no local o plantio de mudas em tubetes, onde
foram feitas 12 linhas espaçadas por dois metros entrelinhas a as mudas distantes entre si por
três metros, foi realizado o manejo durante o período de dois sendo que a cada quatro meses era
realizado o controle de matocompetição, controle de formigas cortadeiras e adubação. Foram
plantadas 21 espécies, destas apenas Machaerium nyctitans (Bico de Pato), Croton floribundus
(Capixingui),    Gochnatia   polymorpha   (Cambará),   Syagrus   romanzoffiana   (Jerivá).   foram
identificadas no levantamentos florísticos da área de referência. Ao realizar um projeto de
reflorestamento primeiramente deve-se conhecer o local, a introdução de espécies arbóreas
exóticas, que não pertencem à região, podem prejudicar o projeto já que estas estarão
competindo por nichos que normalmente seriam utilizadas pelas espécies locais (FONSECA,
2011).
Os regenerantes encontrados foram os mesmos para os outros tratamentos entretanto a
quantidade de indivíduos foi menor, provavelmente devido ao fato de que as áreas dos plantios de
mudas sofreram frequentemente o processo de roçada, matando assim os regenerantes que ali
estavam se estabelecendo. A cobertura vegetal foi de 17,3% a maior de todos os tratamentos,
entretanto ainda é considerado como indesejável, ainda não existe um dossel formado que
consequentemente controlaria a distribuição da Brachiaria. A altura média dos indivíduos foi de
1,6m sendo compatíveis com plantios de restauração de 4-5 anos. A circunferência na altura da
base (CAB) foi de 4,6 cm é indesejável demonstra que os indivíduos estão investindo mais em
altura do que em crescimento secundário (FONSECA, 2011).
Para a taxa de mortalidade o ideal de acordo com a res. SMA 08/08 é de que a taxa de
mortalidade não ultrapasse os 10%. No local a mortalidade alta com 13,1% em 2008, 5,5% em
2009 e 15,6% em 2010 essa aumento no último ano deve-se ao abandono dos tratamentos
culturais, apesar da manutenção ter sido realizada durante dois anos como descrito pela
resolução SMA 08/08. MARTINS; ALMEIDA (2011) discutem em seus trabalhos que a
manutenção da área durante o período de dois anos pode ser insuficiente para o estabelecimento
das espécies.
A transposição de serapilheira é uma técnica utilizada que permite avaliar a situação do banco de
sementes da área de referência além de possuir as funções ecológicas de recompor o banco de
sementes, plântulas e de matéria orgânica (REIS et. al. 2003).
No local a transposição de serapilheira foi feita a partir desse material retirado da área de
referência e transportado para a área de estudo (SOARES; ALMEIDA, 2009), foram encontrados
51 morfoespécies de plântulas sendo a maioria trepadeira, herbácea, arbustiva e arbórea pioneira.
Como demonstrado na área de referência por de SOARES; ALMEIDA, (2009) a serapilheira
possui um banco de sementes viáveis. Esse banco de sementes transposto para a área a ser
recuperada traria a possibilidade de estabelecimento de espécies encontradas na área de
referência agilizando o processo de recuperação, entretanto as condições do local podem
inviabilizar o sucesso de transposição, como a competição com a Brachiaria.
4.7. Grupo controle
No grupo controle ocorreram basicamente as mesmas espécies regenerantes que também estão
presentes em outros tratamentos, demonstrando que em se tratando de espécies de regenerantes
a técnica não está produzindo resultados com grandes diversidades.
CONCLUSÃO
Através dos resultados obtidos conseguimos concluir que a regeneração natural está o correndo
de forma lenta, as técnicas de nucleação que possuem o objetivo de acelerar o processo de
regeneração natural não estão influenciando os processos sucessionais.
Existem poucos trabalhos que avaliam a metodologia de nucleação, além disso, não existem
padrões nessa técnica que definem seu tempo de duração, tudo irá depender do local onde a
técnica foi implantada e das interações ecológicas que ocorrem nesse ambiente.
O local de estudo ainda não atingiu o exigido pela resolução SMA 808/2008 quanto o número de
espécies por hectare, o enriquecimento da área é importante então para que se cumpra o
estabelecido pela resolução SMA 08/2008.
Como melhorias para o local o emprego de poleiros vivos ao invés de secos poderá atrair maior
avifauna frutífera para a região. O desbaste dos indivíduos presentes da semeadura direta
contribuirá para que estes tenham um melhor desenvolvimento. Para o plantio de muda o cuidado
na aplicação da roçada poderá facilitar o desenvolvimento de regenerantes, já que esses sofrem
com a sua retirada no momento do manejo. A transposição de serapilheira poderia ser realizada
diversas vezes com o intuito de trazer mais sementes e plântulas viáveis para a área.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL, 1965. Lei Federal nº4.771 de 15/09/1965, que institui o novo código florestal. (Disponível
em http://www.planalto.gov.br/ccvil_03?leis/l4771.htm. Acessado em 31/08/2011.)

CARVALHO, B. R.; ALMEIDA, V. P. CATHARINO, E. L. M. Fitossociologia de um remanescente
florestal às margens do Reservatório de Itupararanga município de Votorantim (sp).
Votorantim/SP. I Seminário de pesquisa da área de proteção ambiental (APA) Itupararanga, 2009.
1 CD-ROM.

CIPRIANO, T. C.; ALMEIDA, V. P. Estudo de técnica de semeadura direta na recuperação
Florestal de uma área abandonada de pastagem às margens do

Reservatório de Itupararanga, Sorocaba (sp). Votorantim/SP. I Seminário de pesquisa da área de
proteção ambiental (APA) Itupararanga, 2009. 1 CD-ROM.

DAMASCENO, A.C.F. Macrofauna edáfica, regeneração natural de espécies arbóreas, lianas e
epífitas em florestas em processo de restauração com diferentes idades no Pontal do
Paranapanema. 2005. 107p. Dissertação (Mestrado). Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz”, Universidade de São Paulo.

FONSECA V. H. C. 2011. Indicadores ecológicos aplicados na avaliação de planos de
recuperação de áreas degradadas na bacia hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio Tiête/SP. 91f.
Dissertação (Mestrado em Diversidade biológica e conservação) – Universidade federal de São
Carlos – UFSCAR, Sorocaba/SP. 2011.

MARTINS, V. A. F. B.; ALMEIDA V. P. Avaliação da Efetividade das ações da restauração da
Floresta Estacional no Reservatório usina Hidrelétrica de Itupararanga. VI Simpósio de
Restauração Ecológica: Desafios Atuais e Futuros, São Paulo/SP, Instituto de Botânica. 344p.
2011.

MARTINS, S. V. Recuperação de matas ciliares. Aprenda Fácil Editora. Viçosa, MG. 2 a edição,
255 p. 2007.

MATOS, D. M. S.; PIVELLO, V. R. O impacto das plantas invasoras nos recursos naturais de
ambientes terrestres: alguns casos brasileiros. Cienc. Cult., São Paulo, v. 61, n. 1,      2009 .
Disponível       em:       <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-
67252009000100012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 12 Nov. 2011.

REIS, A.; BECHARA, F.C.; EESPINDOLA, M.B.; VIEIRA, N.K. & SOUZA, L.L. 2003. Restauração
de áreas degradadas: a nucleação como base para incrementar os processos sucessionais.
Natureza & Conservação, vol. 1, nº1 p. 28-36.

RODRIGUES, B. M; SILVA, L. A. C.; CASTANHO, L. M. Utilização de poleiros artificiais para a
recuperação da vegetação em uma área de pastagem abandonada nas margens da represa de
Itupararanga, Votorantim/SP. I Seminário de pesquisa da área de proteção ambiental (APA)
Itupararanga, 2009. 1 CD-ROM.

SÃO PAULO. Resolução SMA n. 8, de 31 de Janeiro de 2008. Altera e amplia a Resolução SMA
21, de 26/11/2003; Fixa orientação para o reflorestamento heterogêneo de áreas degradadas e dá
providência correlatas.

SOARES, R. Z. L.; ALMEIDA, V. P. Transposição de serapilheira da floresta estacional às
margens do reservatório de Itupararanga, Sorocaba/SP para fins de recuperação florestal. I
Seminário de pesquisa da área de proteção ambiental (APA) Itupararanga, 2009. 1 CD-ROM.

SOUZA, F.M. & BATISTA, J.L.F. 2004. Restoration of seasonal semideciduous forests in Brazil:
influence of age and restoration design on forest structure. Forest Ecology and Management 191,
p. 185-200.

TORON, D. D.; BELTRÃO, M. I.; ALMEIDA, V. P. 2009. Adequação de um plantio de espécies
nativas, em uma área degradada no reservatório de Itupararanga/SP. Projeto de Iniciação
científica, Pontifícia Católica de São Paulo – PUCSP, Sorocaba/SP

VIANA, V. M.; PINHEIRO, L. F. V. 1998. Conservação da biodiversidade em fragmentos florestais.
Série Técnica IPEF. ESALQ/USP. V. 12, n. 32, p.25-42.

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DIAGNÓSTICO DE QUATRO METODOLOGIAS DE NUCLEAÇÃO IMPLANTADAS EM PASTO ABANDONADO NA FAZENDA ITUPARARANGA, VOTORANTIM/SP

  • 1. III Seminário de Pesquisa da APA Itupararanga Água e Saneamento, desafios à Conservação 28 a 29 de novembro de 2012 Sorocaba – SP DIAGNÓSTICO DE QUATRO METODOLOGIAS DE NUCLEAÇÃO IMPLANTADAS EM PASTO ABANDONADO NA FAZENDA ITUPARARANGA, VOTORANTIM/SP Martins, Vinícius Augusto Figueiredo Bistão; Almeida, Vilma Palazetti de (Universidade Católica de São Paulo) Pesquisador biologiavinicius@gmail.com.br RESUMO Recuperação de áreas degradadas, em foco as matas ciliares, tem grande importância para a manutenção e conservação das bacias hidrográficas, já que a proteção da mata protege os corpos da água das ações de erosão e assoreamento. Esse projeto encontra-se em uma área de mata ciliar localizada na área de proteção ambiental (APA) Itupararanga. Com o intuito de dinamizar os processos de recuperação ecológica natural na área, foi desenvolvido em janeiro de 2007, um projeto de Recuperação da Floresta Estacional do Reservatório Itupararanga, coordenado pela PUC-SP. Nesse projeto implantou-se a técnica de nucleação, para isso dividiu-se a área em 20 parcelas e para cada 4 parcelas uma técnica foi implantada, essas foram: plantio de mudas, instalação de poleiros artificiais, semeadura direta, transposição de serapilheira e as ultimas 4 serviram de controle. Após 4 anos de implantação do projeto este foi avaliado através de indicadores ecológicos. Esses indicadores são divididos em paisagem, estrutura, função, perturbações antrópicas e composição. Na aplicação dos indicadores descobriu-se que as perturbações antrópicas estão, atualmente, devidamente controladas. Em relação à cobertura vegetal o local possui 100% de ocupação pelo indivíduo do gênero Brachiaria, esse aspecto é negativo já que a Brachiaria irá competir com as espécies regenerantes no local. Ao comparar as quatro técnicas nucleadoras com o controle, observamos que a regeneração natural está o correndo de forma lenta, as técnicas de nucleação não estão influenciando nos processos sucessionais. Portanto o melhoramento dessas técnicas no local é essencial para que o objetivo central do projeto seja cumprido. Palavras-chave Técnica de Nucleação, Restauração florestal, Represa de Itupararanga
  • 2. INTRODUÇÃO: As matas ciliares, áreas próximas a nascentes e cursos d’água, têm sido o foco da recuperação florestal, para a conservação das bacias hidrográficas existentes, tal qual sua importância que são consideradas como áreas de preservação permanente (APPs) segundo a lei federal nº 4771 de 1965 (BRASIL, 1965). A restauração das matas ciliares é tradicionalmente executada em programas com uma visão fortemente dendrológica, com uso quase exclusivo de espécies arbóreas e a utilização de espécies exóticas, propiciando contaminação biológica local e potencializando a degradação (REIS et al., 2003). Monitoramentos realizados em áreas restauradas por meio de plantio convencional de mudas, especialmente no estado de São Paulo, mostram que tais iniciativas podem não garantir a auto- sustentabilidade do sistema (DAMASCENO, 2005; SOUZA; BATISTA, 2004). Os resultados destas pesquisas confirmaram que, as espécies regenerantes foram as mesmas das espécies plantadas. Não houve abertura para a eventualidade se expressar. Os espaços de regeneração foram limitados à ocupação das mesmas espécies introduzidas pelo modelo tradicional. Outros resultados mostraram que, este tipo de intervenção não está garantindo a restauração da diversidade e funcionalidade destas áreas, uma vez que geraram plantações de árvores com grande desenvolvimento de DAP e altura, porém com baixa diversidade de formas de vida (predomínio de espécies arbóreas), baixa complexidade florística, baixa regeneração (um estrato regenerativo dominado por gramíneas exóticas invasoras) e ausência de epífitas (que são funcionalmente nucleadoras) (SOUZA; BATISTA, 2004). Para atingir o objetivo, que é o de “promover uma nova dinâmica de sucessão ecológica. Onde ocorram níveis intensos de interação entre produtores, consumidores e de decompositores, num ciclo contínuo de mortes e nascimentos”, é recomendada a utilização de técnicas de nucleação (SOARES, 2009). Esta técnica visa a recuperação a partir de ilhas de vegetação ou núcleos, com isso a vegetação secundária se expande ao longo do tempo e acelera o processo de sucessão natural na área degradada (MARTINS, 2007). O objetivo do presente trabalho foi avaliar a eficiência da técnica de nucleação implantada, que visa a recuperação da área de estudo através da aplicação de indicadores ecológicos. MATERIAIS E MÉTODOS: 3.1. Área de estudo: A área de estudo (AE) está localizada em uma área de pasto abandonado de 03 ha na propriedade da Fazenda Itupararanga, Rancho Alegre, Setor 02 próximo ao reservatório, circundado de mata nativa. Esta por sua vez georreferenciada nas coordenadas UTM latitude = 23° 37’ 23,64800’’S, longitude = 47° 23’ 14,46687’’ W. A área de referencia (AR) é um remanescente florestal de aproximadamente 54 hectares sendo classificada como uma Floresta Estacional Seminedecidual.
  • 3. 3.2. Implantação: Em janeiro de 2007 foram instaladas 20 parcelas para o desenvolvimento do projeto Recuperação da Floresta Estacional no Reservatório Usina Hidroelétrica Estadual de Itupararanga, Rio Sorocaba, São Paulo. Neste projeto as parcelas foram divididas em quatro diferentes técnicas para implantação e avaliação de diferentes procedimentos de restauração da mata ciliar do local: plantio de mudas de essências nativas, semeadura a lanço; transposição de serapilheira e implantação de poleiros artificiais. Cada uma das técnicas utilizou quatro parcelas sendo que as quatro restantes foram utilizadas como controle, onde não foram realizados intervenções de restauração, totalizando assim as 20 parcelas. 3.3. Coleta de dados para o diagnóstico da regeneração natural: Para avaliar a eficiência do processo de recuperação da área de estudo foram aplicados indicadores ecológicos desenvolvidos por Fonseca (2011) e adaptados para o respectivo estudo. Esses indicadores usam critérios e cenários que orientam de forma facilitada o estado da área de recuperação com o intuito de descrever o grau de restauração de processos ecológicos, caracterizar o ambiente e possibilitar a prevenção de práticas adequadas para as dificuldades encontradas. Os indicadores compararam a área de estudos (AE), com a área de referência (AR) e com a resolução SMA nº 08 de 2008, que fixa a orientação para o reflorestamento heterogêneo de áreas degradadas. Os indicadores escolhidos para avaliação do local são classificados em paisagem, perturbações antrópicas, composição, estrutura e função. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. Caracterização da Área de estudo A área de estudo possui no total 1 ha2, através dos indicadores de paisagem podemos observar que o local possui solo argiloso, o que é favorável já que esse tipo de solo retém maior umidade e são solos mais férteis (FONSECA, 2011), tem o relevo suavemente ondulado, possuindo uma declividade de 5º, não sendo totalmente plano mas pouco declivoso e não possui rochosidade fazendo com que o estabelecimento de novas plântulas ocorra com mais facilidade. Até o presente momento não foi encontrado no local nenhum indício de perturbações antrópicas. Historicamente a área de estudo foi área de tiro ao alvo do exército, plantação de milho e desde 2002 local de pastejo de gado, entretanto com o início do projeto houve o isolamento do local evitando assim essa prática. Toron (2009) em seu trabalho relata que no ano de 2008, um ano após a implantação do projeto, houve uma falha no isolamento da área causando a morte e a perda das gemas apicais de mudas. O isolamento da área é uma etapa indispensável para a eficácia da restauração, já que a não eliminação dos fatores de degradação prejudicam o estabelecimento das espécies regenerantes e podem determinar o sucesso ou insucesso da atividade (FONSECA, 2011; VIANA; PINHEIRO, 1998).
  • 4. Observamos que não há a presença de espécies epífitas e ou herbáceas de subbosque. A presença de epífitas indica o aumento da complexidade do sistema, raramente em uma área de recuperação de até 4-5 anos esse tipo de indivíduo se estabelece (FONSECA, 2011). De acordo com a resolução SMA nº08/08 a diversidade de espécie tem que atingir até o término de vigência do projeto o mínimo de 80 espécies florestais nativas de ocorrência regional e/ou identificadas em levantamentos florísticos regionais/hm2. No local constatou-se apenas 30 espécies, sendo 27 espécies provenientes do plantio de mudas e 3 espécies são regenerante naturais: Gochnatia polymorpha (Cambará), Mimosa sp. (Bracatinga) e Dodonnea viscosa (vassourão-vermelho). A área possui 100% de cobertura morta que protege o solo das adversidades do clima reduzindo a lixiviação e favorecendo a ciclagem dos nutrientes. Entretanto essa cobertura pertence somente ao gênero Brachiaria que compete com as espécies regenerantes e aumenta o risco de queimadas para a área. 4.2. Caracterização da área de referência. A área de referência que se encontra muito próximo à área de estudo é tratada como uma Floresta Estacional Semidecidual, apresenta uma importante relevância ambiental por estar um estágio avançado de regeneração (CARVALHO; ALMEIDA, 2009). Nas análises dos indicadores de paisagem encontramos as mesmas características da área de estudo, isso ocorre devido a proximidade das duas áreas. Sendo que não foram encontrados indícios de perturbações antrópicas Existem epífitas (bromélias, orquídeas e briófitas), lianas, na área, porém essas são raras, a presença desse grupo é um importante indicador de aumento da complexidade do sistema, demonstrando estágios sucessionais mais tardios de vegetação secundária (FONSECA, 2011). A presença de herbáceas no subbosque foi de 80% o que é vantajoso já que impede o estabelecimento de espécies invasoras competidoras. Não há presença de gramíneas invasoras, entretanto observamos que existem bambus no local formando em algumas áreas bambuzais. De acordo com MATOS & PIVELLO (2009) a presença de bambus em fragmentos florestais pode significar a diminuição da riqueza de espécies arbóreas, prejudica a chuva de sementes e está associado com a abertura de clareiras. A área possui 100% de cobertura morta sendo essa formada principalmente de serapilheira que forma em média uma camada de aproximadamente 5 cm de altura, como descrito por FONSECA (2011) a serapilheira tem grande importância na ciclagem de nutrientes além de ser nela que estão contidos as principais sementes e plântulas para a formação dos regenerantes naturais. 4.3. Poleiros Artificiais. No local foram implantados quatro poleiros secos grandes de eucalipto com aproximadamente 9m de altura, complementando envolta de cada um desses poleiros outros quatro menores em forma de “T”. Nesse trabalho realizado por RODRIGUES et. al. (2009) foram observados no período de 180 horas, em 36 saídas a campo, 19 espécies de aves utilizando os poleiros, entretanto as
  • 5. espécies vistas eram em sua grande maioria carnívoros, mostrando que os poleiros estavam sendo utilizados como local de forrageamento. Após três anos de implantação não foi observado nenhum regenerante em baixo dos poleiros. Caso a dispersão de sementes por pássaros esteja ocorrendo é provável que não esteja ocorrendo o desenvolvimento das plantas por competição com braquiária. O regenerante encontrado nas áreas próximas aos poleiros foram o Gochnatia polymorpha (Cambará) cuja síndrome de dispersão de sementes é por anemocoria e a Mimosa sp que é barocoria ou seja as duas espécies não necessitam de aves para a dispersão das sementes. Em trabalho realizado por CARVALHO; ALMEIDA (2009) na área de referência encontrou-se o resultado de 68,1% de espécies de plantas com dispersão sendo zoocórica mostrando a importância dos animais, principalmente as aves, na recuperação natural do ambiente. Como alternativa para a área, recomendamos que os poleiros secos sejam substituídos por poleiros vivos. O poleiro vivo imita o aspecto de galhos de árvores com folhagem, sendo que as aves podem usá-lo para repouso, visualização de caça, abrigo e também para alimentação. (REIS et. al. 2003). 4.4. Semeadura direta. A técnica da semeadura direta feita na área foi de cavar covas com 5cm de profundidade e colocar 7 sementes de uma mesma espécies em cada cova foram semeadas 19 espécies florestais (CIPRIANO; ALMEIDA, 2009). Atualmente observou-se na área que das 19 espécies semeadas em 2008 apenas o Enterolobium cortortisiliquum (Timburi) encontra-se presente, outras espécies encontradas foram a Mimosa sp. e o Cambará essas duas são provenientes da regeneração natural. Entretanto de acordo com o levantamento feito por CARVALHO; ALMEIDA (2009) e JAMAS; ALMEIDA (dados não publicados) não foram registrados essa espécie na região, podendo então tratar-se de uma espécie exótica. A mortalidade desse tratamento foi de 85%, extremamente alto se considerarmos a SMA 08/08 que prevê como mortalidade máxima de 10%. Esse fator é explicado por CIPRIANO; ALMEIDA (2009) onde concluíram que a inviabilidade das sementes ocorreu devido à herbivoria das plântulas, o estresse hídrico e a competição com a Brachiaria, exigindo cuidados culturais com maior frequência. 4.5. Plantio de mudas Para o tratamento de plantio de mudas foi utilizado no local o plantio de mudas em tubetes, onde foram feitas 12 linhas espaçadas por dois metros entrelinhas a as mudas distantes entre si por três metros, foi realizado o manejo durante o período de dois sendo que a cada quatro meses era realizado o controle de matocompetição, controle de formigas cortadeiras e adubação. Foram plantadas 21 espécies, destas apenas Machaerium nyctitans (Bico de Pato), Croton floribundus (Capixingui), Gochnatia polymorpha (Cambará), Syagrus romanzoffiana (Jerivá). foram
  • 6. identificadas no levantamentos florísticos da área de referência. Ao realizar um projeto de reflorestamento primeiramente deve-se conhecer o local, a introdução de espécies arbóreas exóticas, que não pertencem à região, podem prejudicar o projeto já que estas estarão competindo por nichos que normalmente seriam utilizadas pelas espécies locais (FONSECA, 2011). Os regenerantes encontrados foram os mesmos para os outros tratamentos entretanto a quantidade de indivíduos foi menor, provavelmente devido ao fato de que as áreas dos plantios de mudas sofreram frequentemente o processo de roçada, matando assim os regenerantes que ali estavam se estabelecendo. A cobertura vegetal foi de 17,3% a maior de todos os tratamentos, entretanto ainda é considerado como indesejável, ainda não existe um dossel formado que consequentemente controlaria a distribuição da Brachiaria. A altura média dos indivíduos foi de 1,6m sendo compatíveis com plantios de restauração de 4-5 anos. A circunferência na altura da base (CAB) foi de 4,6 cm é indesejável demonstra que os indivíduos estão investindo mais em altura do que em crescimento secundário (FONSECA, 2011). Para a taxa de mortalidade o ideal de acordo com a res. SMA 08/08 é de que a taxa de mortalidade não ultrapasse os 10%. No local a mortalidade alta com 13,1% em 2008, 5,5% em 2009 e 15,6% em 2010 essa aumento no último ano deve-se ao abandono dos tratamentos culturais, apesar da manutenção ter sido realizada durante dois anos como descrito pela resolução SMA 08/08. MARTINS; ALMEIDA (2011) discutem em seus trabalhos que a manutenção da área durante o período de dois anos pode ser insuficiente para o estabelecimento das espécies. A transposição de serapilheira é uma técnica utilizada que permite avaliar a situação do banco de sementes da área de referência além de possuir as funções ecológicas de recompor o banco de sementes, plântulas e de matéria orgânica (REIS et. al. 2003). No local a transposição de serapilheira foi feita a partir desse material retirado da área de referência e transportado para a área de estudo (SOARES; ALMEIDA, 2009), foram encontrados 51 morfoespécies de plântulas sendo a maioria trepadeira, herbácea, arbustiva e arbórea pioneira. Como demonstrado na área de referência por de SOARES; ALMEIDA, (2009) a serapilheira possui um banco de sementes viáveis. Esse banco de sementes transposto para a área a ser recuperada traria a possibilidade de estabelecimento de espécies encontradas na área de referência agilizando o processo de recuperação, entretanto as condições do local podem inviabilizar o sucesso de transposição, como a competição com a Brachiaria. 4.7. Grupo controle No grupo controle ocorreram basicamente as mesmas espécies regenerantes que também estão presentes em outros tratamentos, demonstrando que em se tratando de espécies de regenerantes a técnica não está produzindo resultados com grandes diversidades.
  • 7. CONCLUSÃO Através dos resultados obtidos conseguimos concluir que a regeneração natural está o correndo de forma lenta, as técnicas de nucleação que possuem o objetivo de acelerar o processo de regeneração natural não estão influenciando os processos sucessionais. Existem poucos trabalhos que avaliam a metodologia de nucleação, além disso, não existem padrões nessa técnica que definem seu tempo de duração, tudo irá depender do local onde a técnica foi implantada e das interações ecológicas que ocorrem nesse ambiente. O local de estudo ainda não atingiu o exigido pela resolução SMA 808/2008 quanto o número de espécies por hectare, o enriquecimento da área é importante então para que se cumpra o estabelecido pela resolução SMA 08/2008. Como melhorias para o local o emprego de poleiros vivos ao invés de secos poderá atrair maior avifauna frutífera para a região. O desbaste dos indivíduos presentes da semeadura direta contribuirá para que estes tenham um melhor desenvolvimento. Para o plantio de muda o cuidado na aplicação da roçada poderá facilitar o desenvolvimento de regenerantes, já que esses sofrem com a sua retirada no momento do manejo. A transposição de serapilheira poderia ser realizada diversas vezes com o intuito de trazer mais sementes e plântulas viáveis para a área. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BRASIL, 1965. Lei Federal nº4.771 de 15/09/1965, que institui o novo código florestal. (Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccvil_03?leis/l4771.htm. Acessado em 31/08/2011.) CARVALHO, B. R.; ALMEIDA, V. P. CATHARINO, E. L. M. Fitossociologia de um remanescente florestal às margens do Reservatório de Itupararanga município de Votorantim (sp). Votorantim/SP. I Seminário de pesquisa da área de proteção ambiental (APA) Itupararanga, 2009. 1 CD-ROM. CIPRIANO, T. C.; ALMEIDA, V. P. Estudo de técnica de semeadura direta na recuperação Florestal de uma área abandonada de pastagem às margens do Reservatório de Itupararanga, Sorocaba (sp). Votorantim/SP. I Seminário de pesquisa da área de proteção ambiental (APA) Itupararanga, 2009. 1 CD-ROM. DAMASCENO, A.C.F. Macrofauna edáfica, regeneração natural de espécies arbóreas, lianas e epífitas em florestas em processo de restauração com diferentes idades no Pontal do Paranapanema. 2005. 107p. Dissertação (Mestrado). Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. FONSECA V. H. C. 2011. Indicadores ecológicos aplicados na avaliação de planos de recuperação de áreas degradadas na bacia hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio Tiête/SP. 91f.
  • 8. Dissertação (Mestrado em Diversidade biológica e conservação) – Universidade federal de São Carlos – UFSCAR, Sorocaba/SP. 2011. MARTINS, V. A. F. B.; ALMEIDA V. P. Avaliação da Efetividade das ações da restauração da Floresta Estacional no Reservatório usina Hidrelétrica de Itupararanga. VI Simpósio de Restauração Ecológica: Desafios Atuais e Futuros, São Paulo/SP, Instituto de Botânica. 344p. 2011. MARTINS, S. V. Recuperação de matas ciliares. Aprenda Fácil Editora. Viçosa, MG. 2 a edição, 255 p. 2007. MATOS, D. M. S.; PIVELLO, V. R. O impacto das plantas invasoras nos recursos naturais de ambientes terrestres: alguns casos brasileiros. Cienc. Cult., São Paulo, v. 61, n. 1, 2009 . Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009- 67252009000100012&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 12 Nov. 2011. REIS, A.; BECHARA, F.C.; EESPINDOLA, M.B.; VIEIRA, N.K. & SOUZA, L.L. 2003. Restauração de áreas degradadas: a nucleação como base para incrementar os processos sucessionais. Natureza & Conservação, vol. 1, nº1 p. 28-36. RODRIGUES, B. M; SILVA, L. A. C.; CASTANHO, L. M. Utilização de poleiros artificiais para a recuperação da vegetação em uma área de pastagem abandonada nas margens da represa de Itupararanga, Votorantim/SP. I Seminário de pesquisa da área de proteção ambiental (APA) Itupararanga, 2009. 1 CD-ROM. SÃO PAULO. Resolução SMA n. 8, de 31 de Janeiro de 2008. Altera e amplia a Resolução SMA 21, de 26/11/2003; Fixa orientação para o reflorestamento heterogêneo de áreas degradadas e dá providência correlatas. SOARES, R. Z. L.; ALMEIDA, V. P. Transposição de serapilheira da floresta estacional às margens do reservatório de Itupararanga, Sorocaba/SP para fins de recuperação florestal. I Seminário de pesquisa da área de proteção ambiental (APA) Itupararanga, 2009. 1 CD-ROM. SOUZA, F.M. & BATISTA, J.L.F. 2004. Restoration of seasonal semideciduous forests in Brazil: influence of age and restoration design on forest structure. Forest Ecology and Management 191, p. 185-200. TORON, D. D.; BELTRÃO, M. I.; ALMEIDA, V. P. 2009. Adequação de um plantio de espécies nativas, em uma área degradada no reservatório de Itupararanga/SP. Projeto de Iniciação científica, Pontifícia Católica de São Paulo – PUCSP, Sorocaba/SP VIANA, V. M.; PINHEIRO, L. F. V. 1998. Conservação da biodiversidade em fragmentos florestais. Série Técnica IPEF. ESALQ/USP. V. 12, n. 32, p.25-42.