2. Continua seu rosário neste
mundo.
Cascatas por encostas verdejantes
Vêm saciar a sede dos que sofrem,
Vêm inundar de êxtase o amor em
chamas.
3. Serpenteia em ondas límpidas
seu canto
No lago azul que guarda bem
ao fundo
Segredos de amor, doce
amargura
Dos corações que sofrem em
desventura...
4. Agigantam-se os rios que a
carregam
Em seu bojo por prados
florescentes,
Aqui e ali aos borbotões formando
Mares e oceanos que este mundo
encantam.
5. Tristonha , quieta, a soluçar
baixinho,
Vem morrendo sozinha num
gemido
Para perder-se no horror estático
que guardam os pantanais em
que agoniza...
6. Enfurecida esquece a doçura
que um dia
A fez tão soberana e bela.
Destrói pontes, casas e cidades.
Enche de dor o coração do
homem.
7. Corroem sua alma as
impurezas,
Morrem em seu leito de água
imunda
Os seres marinhos, no afã de
uma procura
E só encontram detritos a
infestar o rio.
8. bençoada pelos Céus que assiste
triste luta de manter-se pura
água que hoje é testemunha
o desamor que habita o mundo...
9. Grandiosos mananciais, mares e rios!
Quem a vós se referiu um dia:
“O mar secará em suas entranhas
E o sertão virará um oceano”.
10. Água sagrada que o mundo
desdenhou um dia!
Poemas de : Fausta Nogueira Pacheco
Apresentação:Valdirdemathe@ig.com.br