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Como	se	pode	identificar	um	risco?	
Engº Antonio Fernando Navarro1

Nas atividades de Engenharia de Segurança do Trabalho, se fosse dito que
existem várias maneiras de se identificar um risco poderíamos ficar preocupados com a notícia e ao
mesmo tempo ansiosos, já que o desejo daqueles que têm o risco como sua ferramenta de trabalho,
pois que passam tanto tempo lidando com ele que terminam por identifica-los facilmente. Porém,
não existe uma “mágica” que permita a identificação fácil de um risco. Várias são as razões que
impossibilitam essa tão fácil identificação.
Em primeiro lugar, o risco não é a estrela principal de nosso espetáculo, e sim, e
tão somente um coadjuvante. A estrela principal é o “Perigo”. Esse sim, é fácil de ser identificado.
Para que isso ocorra é necessário que o profissional tenha uma mente aberta e um elevado nível de
percepção. Pode-se somar isso a um nível de conhecimento específico.
Se o perigo pode ser facilmente identificado, por que os riscos não o podem ser
também? Pelo simples fato de que muitos dos riscos costumam surgir associados a outros. Heinrich,
escreveu um artigo cujo título era: os cinco fatores na sequência do acidente, em 1959. Atribuiu a
cada um dos fatores nomes como: personalidade; falhas humanas no exercício do trabalho; causas
de acidentes (Atos Inseguros e Condições Inseguras); acidente e lesão.
Os fatores foram dispostos igualmente como peças de dominós, de modo que,
com a queda do primeiro todos os demais cairiam. Se a queda ocorresse com o segundo os fatores
subsequentes cairiam, ou seja, as peças subsequentes sempre cairiam. Todavia, segundo seu estudo,
quando um desses fatores era suprimido ou eliminado, no caso dos dominós, retirada a peça, perdiase a conexão das quedas e, em assim o sendo, havia apenas uma queda que não influenciava nas
demais. A lógica era interessante na época, há mais de cinquenta anos atrás, e ainda hoje é motivo
de muitos estudos, inclusive este agora.
Da mesma forma de Heinrich identificou os riscos como peças de dominós
enfileiradas, podemos hoje ampliá-las e dizer que podem existir muitas fileiras de dominós,
convergentes. Exemplificando, tomemos o caso de um vento forte que ocorra em um local onde
1

Antonio Fernando Navarro é físico, engenheiro civil, engenheiro de segurança do trabalho, mestre em saúde e meio
ambiente, doutorando em engenharia civil, especialista em gerenciamento de riscos, engenheiro e professor da
Universidade Federal Fluminense – UFF/RJ – e-mail: navarro@vm.uff.br; afnavarro@terra.com.br.
uma obra está em andamento. O vento pode atingir um andaime fachadeiro e o desloca-lo. No
deslocamento, o andaime em queda pode atingir um veículo que transita pelo local transportando
uma peça.
Na queda, a peça é danificada. Pode-se afirmar que o dano à peça foi decorrente
da queda do andaime? Pode, mas o que realmente foi o fator gerador foi o forte vento. Mas, não foi
só o forte vento.
O vento foi o agente que possibilitou que um andaime mal posicionado ou
protegido viesse a cair. Assim, um procedimento foi descumprido e houve a ocorrência do forte
vento. Se o andaime ainda não estava preparado para ser utilizado, a área ao ser redor deveria estar
interditada. Se isso também não ocorreu, houve a possibilidade de um veículo transitar ao lado.
Neste exemplo simples poderíamos ter várias fileiras de dominós, relebrando Heinrich.
Na área de seguros, risco é um evento futuro, possível, independente da vontade
das partes para sua ocorrência, incerto e que pode materializar-se e quantificar-se. Assim, a “taxa”
de risco ou “risco” passa a ser traduzida como o resultado da multiplicação da Severidade da Perda
ocorrida pela Frequência com que as ocorrências se dão. Na área de Confiabilidade de Sistemas, há
uma semelhança na definição com a que ocorre na área de seguros, sendo que a frequência passa a
ser aplicada como o período em que ocorrem as falhas, período esse denominado de intervalo entre
falhas. Nessa área o intervalo entre falhas pode estar associado à Vida Útil de um bem ou
equipamento.
A seguir, iremos utilizar algumas imagens que costumamos empregar nos nossos
cursos de formação de engenheiros de segurança do trabalho e apresentar alguns comentários, a
título de reforço da idéia de que nem sempre podemos identificar um risco, se não estivermos
preparados para tal e sem que tenhamos vivenciado situações semelhantes.
Todas as imagens a seguir, apesar de bizarras, nos conduzem a uma reflexão sobre
a questão dos perigos e dos riscos. São imagens que nos foram enviadas para utilização durante os
treinamentos e não temos como apontar os autores das mesmas, a quem, antecipadamente
agradecemos e elogiamos, mas sim e tão somente a disponibilidade das mesmas através dos créditos
no rodapé das imagens: show.on.iSNiGHWAHR.com (http://www.isnichwahr.de/)
Nesta primeira imagem temos uma atividade perigosa, representada pela execução
de uma atividade em altura. Isso é percebido ao olhar-se um trabalhador executando uma atividade
no alto de uma escada.
Pelo conhecimento geral, sabe-se que uma atividade em altura é perigosa e o
principal risco é o de queda de altura. Porém, observando-se melhor a imagem, verifica-se que o
risco não necessariamente pode estar associado ao trabalho em altura, como percebido. Esse, apenas
pode ser o principal contributário para a ocorrência.
Alguém deixou um cachorro solto na sala. O cachorro começou a brincar puxando
a lona plástica sobre a qual se encontra a escada e que foi ali deixada para evitar que o piso de
madeira viesse a ficar respingado de tinta, ou seja, a lona está protegendo o piso.
O trabalhador encontra-se apoiado sobre os últimos degraus da escada, e na ponta
dos pés. Essa posição, além de ser cansativa, faz com que ele possa em algum momento ficar mal
posicionado e balançar a escada com o seu peso. Se isso vier a ocorrer a escada pode cair
juntamente com o trabalhador.
Pelo fato do trabalhador não ter uma plataforma de trabalho, pendurou as latas de
tinta de um lado da escada, fazendo com que houvesse o desequilíbrio da mesma, pela distribuição
dos pesos. Ao molhar o rolo de pintura para recomeçar sua atividade o trabalhador ao torcer o dorso
do corpo pode desequilibrar-se vindo a cair.
Para abstrair-se do seu trabalho o pintor deixou o rádio ligado no chão. O ataque
do cachorro, a queda de tinta ou do próprio rolo de pintura sobre o rádio pode provocar a distração e
a queda do trabalhador.
Para darmos um último exemplo, vamos avaliar a questão sob a ótica da
ergonomia. O fato do mesmo ficar longo período com a cabeça posicionada para trás pode provocar
o estreitamento das carótidas, reduzindo o fluxo de sangue para o cérebro e levando-o a ficar tonto.
Enfim, muitas podem ser as razões que conduzirão à queda do trabalhador. Mas,
devemos pensar também que a lata de tinta ou o rolo de pintura podem cair e provocar perdas.
Essa imagem é surreal? Não, já que cada um de nós, em algum momento, vamos
nos deparar com situações como essas. O cenário não necessariamente precisa ser o mesmo.
Podemos ter um trabalhador no alto de uma escada trocando uma lâmpada queimada, ou
substituindo uma telha quebrada, ou posicionando um fio elétrico em uma nova instalação, enfim,
podemos ter situações assemelhadas ocorrendo diariamente, e, o que é pior, sem nos darmos conta
dos riscos decorrentes.
Até mesmo pelo fato do trabalhador ser obeso isso já seria motivo de
preocupação. A obesidade pode estar associada a hipertensão arterial, que também gera suas
consequências.
Antes de prosseguirmos é interessante saber como poderemos evitar os riscos.
1. A escada deve ter um travamento interno, por meio de cordas, que impeça sua total abertura,
e os pés devem ser dispositivos de borracha, para não deslizarem;
2. O trabalhador não deve empregar uma escada para essa atividade e sim andaimes sobre
rodas, onde haja uma plataforma de trabalho segura;
3. Na impossibilidade de não se poder utilizar andaime, o trabalhador deve ser assistido por um
auxiliar, que o apoiará em sua atividade;
4. Em hipótese alguma o tronco do trabalhador deverá estar acima do último degrau da escada,
pois dessa maneira ele não terá o apoio físico suficiente;
5. A proteção do piso deve ser fixada de maneira a não se soltar com facilidade;
6. Deve-se evitar dispositivos ou meios que possam distrair o trabalhador de suas atividades,
tirando momentaneamente sua atenção do que está fazendo, como a entrada do cachorro ou
o uso de rádios.
Na segunda imagem, extraída do mesmo crédito, tem-se uma situação onde dois
trabalhadores se encontram no alto de uma edificação montando uma antena de televisão, em um
dia onde há nuvens e descarga de raios.
O trabalho é perigoso pelo fato de estar sendo realizado ao ar livre com a queda de
raios nas proximidades. O risco consequente é o da eletrocussão pela descarga do raio sobre os
trabalhadores, atraído ou não pela estrutura metálica da antena. Apesar de imaginar-se uma cena
surreal, em atividades de instalação e montagem, para áreas industriais, muitas vezes as atividades
não são interrompidas com a aproximação das nuvens, pelo fato dos profissionais acreditarem que
as estruturas metálicas irão favorecer a descarga e escoamento dos raios para a terra. Há muitas
atividades que não costumam ser interrompidas, como o trabalho com guindastes, com máquinas
niveladoras, os trabalhos manuais de escavação de terra, entre outros.
Os profissionais de segurança do trabalho devem ter suas atenções voltadas para
as mudanças súbitas das condições climáticas, especialmente com a proximidade de nuvens e a
descarga de raios. Em áreas mais amplas, onde o deslocamento do efetivo de pessoal é mais
complexo, costuma-se montar coberturas provisórias com dispositivos SPDA – sistema de proteção
contra descargas atmosféricas, quando então os trabalhadores podem ficar abrigados até que as
nuvens sejam dispersas pelos ventos.
Em obras de grande porte é adequado a contratante firmar acordos com empresas
que possam informar, com razoável antecedência, a proximidade de nuvens que possam causar
descargas atmosféricas. A contratante pode fixar limites de proximidade e de afastamento das
nuvens.

Na imagem anterior, há um trabalhador (eletricista), examinando um painel
elétrico, com os pés apoiados em um aquário com água. Nossa vontade de rir da situação passa a ser
maior do que a de imaginar que isso ocorre a todo o instante.
Por exemplo, em nossas casas, os painéis elétricos com o quadro de disjuntores
fica normalmente na área de serviço ou na cozinha. Quando abrimos o painel para avaliar o
funcionamento do mesmo e não tomamos os cuidados necessários de calçar um sapato adequado
com solado de borracha, ou não nos certificamos de que o piso ao redor esteja seco de água,
estaremos trabalhando da mesma forma que na imagem.
Em obras residenciais ou industriais com painéis elétricos dispostos em locais
específicos poderemos estar correndo riscos de eletrocussão, se não protegermos o local. A
fotografia a seguir, de AFANP, ilustra um painel elétrico posicionado em uma área aberta para a
montagem de uma planta industrial, onde o painel encontra-se corretamente identificado e isolado,
com um extintor de CO2 ao lado, e uma camada de brita ao redor. Essa camada de brita ≠ 1 e ≠ 2
deve ter de 5cm a 10cm ao redor de todo o painel, de maneira que o trabalhador fique
permanentemente protegido.
Deve-se ter em mente que há distinção entre sinalização e isolamento. A corrente
plástica é uma sinalização ou aviso de área controlada. A tela “cerquite” alaranjada é um isolamento
do local. À direita tem-se o painel elétrico montado sobre uma estrutura de madeira, bastante
sinalizado e com saídas laterais para a conexão de tomadas industriais. Toda a instalação foi
projetada para evitar o contato, mesmo que acidental, com partes do circuito elétrico energizado.
A imagem, que chega a ser hilária, trata de uma questão bastante problemática em
termos de segurança do trabalho. A primeira é a da ergonomia para a realização dos serviços. A
segunda é a da cultura dos trabalhadores que não possuem a cultura necessária para a realização dos
serviços em ambiente organizado e utilizando as ferramentas apropriadas, ou seja, há uma “mania”,
por assim dizer, de improvisar-se o uso de ferramentas. As questões ergonômicas podem ser
observadas em distintas atividades. Quase sempre os acidentes decorrem em função da fadiga do
trabalhador, em manter-se na mesma postura durante longos períodos de tempo.
Os riscos decorrentes podem ser atribuídos não só às posturas, seja na posição da
imagem anterior, como também na primeira imagem deste artigo, com o operário sobre uma escada
e com a cabeça inclinada para trás para a pintura do teto da sala, ou atividades em espaços exíguos,
onde haja restrição de movimentos.
Uma recomendação nesses casos é a da limitação temporal dos trabalhos, com
intervalos de descanso, e a certeza de que estarão junto ao trabalhador as ferramentas e
equipamentos estritamente necessários para a realização das atividades.
Em uma foto de AFANP percebe-se trabalhador executando acabamento em
extremidade de platibanda de edifício em posição corporal que possibilita elevado risco de queda.
Nesta última imagem, um operador de rolo compactador de pavimentação está
com a echarpe quase presa ao rolo compactador. Um dos exemplos que podemos apresentar é a de
trabalhador que ao passar junto a um motor em funcionamento teve o talabarte de seu cinto de
segurança enrolado no eixo do motor, vindo a falecer, esmagado pela tração do talabarte do cinto
pelo eixo. Em outro exemplo, sem as imagens, um trabalhador, ao sair do refeitório da empresa foi
ao banheiro escovar os dentes. Quando estava bochechando a água para a limpeza da boca a fita que
prendia seu crachá no pescoço ficou presa à torneira do lavatório, causando um trauma na coluna
cervical.
Os perigos, como mencionamos anteriormente, podem ser facilmente percebidos
pelos profissionais mais experientes. Entretanto, os riscos derivados muitas vezes não. Quando isso
ocorre, as medidas de proteção do trabalhador passam a não ser eficazes, possibilitando a ocorrência
de acidentes, sem ou com afastamento. Por exemplo, durante a desforma das estruturas em uma
construção civil, por não serem corretamente aplicados os desmoldantes nas fôrmas, muitas vezes
essas são removidas das estruturas com “pés de cabra”, ou seja, são arrancadas. Como as atividades
são rápidas, muitas vezes tábuas com pregos são esquecidas pelo chão, provocando inúmeros
acidentes, que variam desde a perfuração de parte da bota de segurança do trabalhador até a
perfuração do calçado. A solução mais imediata é a da remoção das tábuas para um local seguro,
para que sejam removidos os pregos. Porém, os encarregados preferem mobilizar suas equipes para
a remoção das formas, enquanto que o restante do efetivo encontra-se montando novas formas.
Assim, em função da produtividade exigida, expõem-se desnecessariamente os trabalhadores.
Por fim, vem a resposta: Os riscos podem ser facilmente reconhecidos e
neutralizados desde que as atividades sejam corretamente planejadas e acompanhadas por
encarregados experientes.

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Como se pode identificar um risco?

  • 1. Como se pode identificar um risco? Engº Antonio Fernando Navarro1 Nas atividades de Engenharia de Segurança do Trabalho, se fosse dito que existem várias maneiras de se identificar um risco poderíamos ficar preocupados com a notícia e ao mesmo tempo ansiosos, já que o desejo daqueles que têm o risco como sua ferramenta de trabalho, pois que passam tanto tempo lidando com ele que terminam por identifica-los facilmente. Porém, não existe uma “mágica” que permita a identificação fácil de um risco. Várias são as razões que impossibilitam essa tão fácil identificação. Em primeiro lugar, o risco não é a estrela principal de nosso espetáculo, e sim, e tão somente um coadjuvante. A estrela principal é o “Perigo”. Esse sim, é fácil de ser identificado. Para que isso ocorra é necessário que o profissional tenha uma mente aberta e um elevado nível de percepção. Pode-se somar isso a um nível de conhecimento específico. Se o perigo pode ser facilmente identificado, por que os riscos não o podem ser também? Pelo simples fato de que muitos dos riscos costumam surgir associados a outros. Heinrich, escreveu um artigo cujo título era: os cinco fatores na sequência do acidente, em 1959. Atribuiu a cada um dos fatores nomes como: personalidade; falhas humanas no exercício do trabalho; causas de acidentes (Atos Inseguros e Condições Inseguras); acidente e lesão. Os fatores foram dispostos igualmente como peças de dominós, de modo que, com a queda do primeiro todos os demais cairiam. Se a queda ocorresse com o segundo os fatores subsequentes cairiam, ou seja, as peças subsequentes sempre cairiam. Todavia, segundo seu estudo, quando um desses fatores era suprimido ou eliminado, no caso dos dominós, retirada a peça, perdiase a conexão das quedas e, em assim o sendo, havia apenas uma queda que não influenciava nas demais. A lógica era interessante na época, há mais de cinquenta anos atrás, e ainda hoje é motivo de muitos estudos, inclusive este agora. Da mesma forma de Heinrich identificou os riscos como peças de dominós enfileiradas, podemos hoje ampliá-las e dizer que podem existir muitas fileiras de dominós, convergentes. Exemplificando, tomemos o caso de um vento forte que ocorra em um local onde 1 Antonio Fernando Navarro é físico, engenheiro civil, engenheiro de segurança do trabalho, mestre em saúde e meio ambiente, doutorando em engenharia civil, especialista em gerenciamento de riscos, engenheiro e professor da Universidade Federal Fluminense – UFF/RJ – e-mail: navarro@vm.uff.br; afnavarro@terra.com.br.
  • 2. uma obra está em andamento. O vento pode atingir um andaime fachadeiro e o desloca-lo. No deslocamento, o andaime em queda pode atingir um veículo que transita pelo local transportando uma peça. Na queda, a peça é danificada. Pode-se afirmar que o dano à peça foi decorrente da queda do andaime? Pode, mas o que realmente foi o fator gerador foi o forte vento. Mas, não foi só o forte vento. O vento foi o agente que possibilitou que um andaime mal posicionado ou protegido viesse a cair. Assim, um procedimento foi descumprido e houve a ocorrência do forte vento. Se o andaime ainda não estava preparado para ser utilizado, a área ao ser redor deveria estar interditada. Se isso também não ocorreu, houve a possibilidade de um veículo transitar ao lado. Neste exemplo simples poderíamos ter várias fileiras de dominós, relebrando Heinrich. Na área de seguros, risco é um evento futuro, possível, independente da vontade das partes para sua ocorrência, incerto e que pode materializar-se e quantificar-se. Assim, a “taxa” de risco ou “risco” passa a ser traduzida como o resultado da multiplicação da Severidade da Perda ocorrida pela Frequência com que as ocorrências se dão. Na área de Confiabilidade de Sistemas, há uma semelhança na definição com a que ocorre na área de seguros, sendo que a frequência passa a ser aplicada como o período em que ocorrem as falhas, período esse denominado de intervalo entre falhas. Nessa área o intervalo entre falhas pode estar associado à Vida Útil de um bem ou equipamento. A seguir, iremos utilizar algumas imagens que costumamos empregar nos nossos cursos de formação de engenheiros de segurança do trabalho e apresentar alguns comentários, a título de reforço da idéia de que nem sempre podemos identificar um risco, se não estivermos preparados para tal e sem que tenhamos vivenciado situações semelhantes. Todas as imagens a seguir, apesar de bizarras, nos conduzem a uma reflexão sobre a questão dos perigos e dos riscos. São imagens que nos foram enviadas para utilização durante os treinamentos e não temos como apontar os autores das mesmas, a quem, antecipadamente agradecemos e elogiamos, mas sim e tão somente a disponibilidade das mesmas através dos créditos no rodapé das imagens: show.on.iSNiGHWAHR.com (http://www.isnichwahr.de/)
  • 3. Nesta primeira imagem temos uma atividade perigosa, representada pela execução de uma atividade em altura. Isso é percebido ao olhar-se um trabalhador executando uma atividade no alto de uma escada. Pelo conhecimento geral, sabe-se que uma atividade em altura é perigosa e o principal risco é o de queda de altura. Porém, observando-se melhor a imagem, verifica-se que o risco não necessariamente pode estar associado ao trabalho em altura, como percebido. Esse, apenas pode ser o principal contributário para a ocorrência. Alguém deixou um cachorro solto na sala. O cachorro começou a brincar puxando a lona plástica sobre a qual se encontra a escada e que foi ali deixada para evitar que o piso de madeira viesse a ficar respingado de tinta, ou seja, a lona está protegendo o piso. O trabalhador encontra-se apoiado sobre os últimos degraus da escada, e na ponta dos pés. Essa posição, além de ser cansativa, faz com que ele possa em algum momento ficar mal posicionado e balançar a escada com o seu peso. Se isso vier a ocorrer a escada pode cair juntamente com o trabalhador. Pelo fato do trabalhador não ter uma plataforma de trabalho, pendurou as latas de tinta de um lado da escada, fazendo com que houvesse o desequilíbrio da mesma, pela distribuição dos pesos. Ao molhar o rolo de pintura para recomeçar sua atividade o trabalhador ao torcer o dorso do corpo pode desequilibrar-se vindo a cair.
  • 4. Para abstrair-se do seu trabalho o pintor deixou o rádio ligado no chão. O ataque do cachorro, a queda de tinta ou do próprio rolo de pintura sobre o rádio pode provocar a distração e a queda do trabalhador. Para darmos um último exemplo, vamos avaliar a questão sob a ótica da ergonomia. O fato do mesmo ficar longo período com a cabeça posicionada para trás pode provocar o estreitamento das carótidas, reduzindo o fluxo de sangue para o cérebro e levando-o a ficar tonto. Enfim, muitas podem ser as razões que conduzirão à queda do trabalhador. Mas, devemos pensar também que a lata de tinta ou o rolo de pintura podem cair e provocar perdas. Essa imagem é surreal? Não, já que cada um de nós, em algum momento, vamos nos deparar com situações como essas. O cenário não necessariamente precisa ser o mesmo. Podemos ter um trabalhador no alto de uma escada trocando uma lâmpada queimada, ou substituindo uma telha quebrada, ou posicionando um fio elétrico em uma nova instalação, enfim, podemos ter situações assemelhadas ocorrendo diariamente, e, o que é pior, sem nos darmos conta dos riscos decorrentes. Até mesmo pelo fato do trabalhador ser obeso isso já seria motivo de preocupação. A obesidade pode estar associada a hipertensão arterial, que também gera suas consequências. Antes de prosseguirmos é interessante saber como poderemos evitar os riscos. 1. A escada deve ter um travamento interno, por meio de cordas, que impeça sua total abertura, e os pés devem ser dispositivos de borracha, para não deslizarem; 2. O trabalhador não deve empregar uma escada para essa atividade e sim andaimes sobre rodas, onde haja uma plataforma de trabalho segura; 3. Na impossibilidade de não se poder utilizar andaime, o trabalhador deve ser assistido por um auxiliar, que o apoiará em sua atividade; 4. Em hipótese alguma o tronco do trabalhador deverá estar acima do último degrau da escada, pois dessa maneira ele não terá o apoio físico suficiente; 5. A proteção do piso deve ser fixada de maneira a não se soltar com facilidade; 6. Deve-se evitar dispositivos ou meios que possam distrair o trabalhador de suas atividades, tirando momentaneamente sua atenção do que está fazendo, como a entrada do cachorro ou o uso de rádios.
  • 5. Na segunda imagem, extraída do mesmo crédito, tem-se uma situação onde dois trabalhadores se encontram no alto de uma edificação montando uma antena de televisão, em um dia onde há nuvens e descarga de raios. O trabalho é perigoso pelo fato de estar sendo realizado ao ar livre com a queda de raios nas proximidades. O risco consequente é o da eletrocussão pela descarga do raio sobre os trabalhadores, atraído ou não pela estrutura metálica da antena. Apesar de imaginar-se uma cena surreal, em atividades de instalação e montagem, para áreas industriais, muitas vezes as atividades não são interrompidas com a aproximação das nuvens, pelo fato dos profissionais acreditarem que as estruturas metálicas irão favorecer a descarga e escoamento dos raios para a terra. Há muitas atividades que não costumam ser interrompidas, como o trabalho com guindastes, com máquinas niveladoras, os trabalhos manuais de escavação de terra, entre outros. Os profissionais de segurança do trabalho devem ter suas atenções voltadas para as mudanças súbitas das condições climáticas, especialmente com a proximidade de nuvens e a descarga de raios. Em áreas mais amplas, onde o deslocamento do efetivo de pessoal é mais complexo, costuma-se montar coberturas provisórias com dispositivos SPDA – sistema de proteção contra descargas atmosféricas, quando então os trabalhadores podem ficar abrigados até que as nuvens sejam dispersas pelos ventos. Em obras de grande porte é adequado a contratante firmar acordos com empresas que possam informar, com razoável antecedência, a proximidade de nuvens que possam causar
  • 6. descargas atmosféricas. A contratante pode fixar limites de proximidade e de afastamento das nuvens. Na imagem anterior, há um trabalhador (eletricista), examinando um painel elétrico, com os pés apoiados em um aquário com água. Nossa vontade de rir da situação passa a ser maior do que a de imaginar que isso ocorre a todo o instante. Por exemplo, em nossas casas, os painéis elétricos com o quadro de disjuntores fica normalmente na área de serviço ou na cozinha. Quando abrimos o painel para avaliar o funcionamento do mesmo e não tomamos os cuidados necessários de calçar um sapato adequado com solado de borracha, ou não nos certificamos de que o piso ao redor esteja seco de água, estaremos trabalhando da mesma forma que na imagem. Em obras residenciais ou industriais com painéis elétricos dispostos em locais específicos poderemos estar correndo riscos de eletrocussão, se não protegermos o local. A fotografia a seguir, de AFANP, ilustra um painel elétrico posicionado em uma área aberta para a montagem de uma planta industrial, onde o painel encontra-se corretamente identificado e isolado, com um extintor de CO2 ao lado, e uma camada de brita ao redor. Essa camada de brita ≠ 1 e ≠ 2 deve ter de 5cm a 10cm ao redor de todo o painel, de maneira que o trabalhador fique permanentemente protegido.
  • 7. Deve-se ter em mente que há distinção entre sinalização e isolamento. A corrente plástica é uma sinalização ou aviso de área controlada. A tela “cerquite” alaranjada é um isolamento do local. À direita tem-se o painel elétrico montado sobre uma estrutura de madeira, bastante sinalizado e com saídas laterais para a conexão de tomadas industriais. Toda a instalação foi projetada para evitar o contato, mesmo que acidental, com partes do circuito elétrico energizado.
  • 8. A imagem, que chega a ser hilária, trata de uma questão bastante problemática em termos de segurança do trabalho. A primeira é a da ergonomia para a realização dos serviços. A segunda é a da cultura dos trabalhadores que não possuem a cultura necessária para a realização dos serviços em ambiente organizado e utilizando as ferramentas apropriadas, ou seja, há uma “mania”, por assim dizer, de improvisar-se o uso de ferramentas. As questões ergonômicas podem ser observadas em distintas atividades. Quase sempre os acidentes decorrem em função da fadiga do trabalhador, em manter-se na mesma postura durante longos períodos de tempo. Os riscos decorrentes podem ser atribuídos não só às posturas, seja na posição da imagem anterior, como também na primeira imagem deste artigo, com o operário sobre uma escada e com a cabeça inclinada para trás para a pintura do teto da sala, ou atividades em espaços exíguos, onde haja restrição de movimentos. Uma recomendação nesses casos é a da limitação temporal dos trabalhos, com intervalos de descanso, e a certeza de que estarão junto ao trabalhador as ferramentas e equipamentos estritamente necessários para a realização das atividades. Em uma foto de AFANP percebe-se trabalhador executando acabamento em extremidade de platibanda de edifício em posição corporal que possibilita elevado risco de queda.
  • 9. Nesta última imagem, um operador de rolo compactador de pavimentação está com a echarpe quase presa ao rolo compactador. Um dos exemplos que podemos apresentar é a de trabalhador que ao passar junto a um motor em funcionamento teve o talabarte de seu cinto de segurança enrolado no eixo do motor, vindo a falecer, esmagado pela tração do talabarte do cinto pelo eixo. Em outro exemplo, sem as imagens, um trabalhador, ao sair do refeitório da empresa foi ao banheiro escovar os dentes. Quando estava bochechando a água para a limpeza da boca a fita que prendia seu crachá no pescoço ficou presa à torneira do lavatório, causando um trauma na coluna cervical.
  • 10. Os perigos, como mencionamos anteriormente, podem ser facilmente percebidos pelos profissionais mais experientes. Entretanto, os riscos derivados muitas vezes não. Quando isso ocorre, as medidas de proteção do trabalhador passam a não ser eficazes, possibilitando a ocorrência de acidentes, sem ou com afastamento. Por exemplo, durante a desforma das estruturas em uma construção civil, por não serem corretamente aplicados os desmoldantes nas fôrmas, muitas vezes essas são removidas das estruturas com “pés de cabra”, ou seja, são arrancadas. Como as atividades são rápidas, muitas vezes tábuas com pregos são esquecidas pelo chão, provocando inúmeros acidentes, que variam desde a perfuração de parte da bota de segurança do trabalhador até a perfuração do calçado. A solução mais imediata é a da remoção das tábuas para um local seguro, para que sejam removidos os pregos. Porém, os encarregados preferem mobilizar suas equipes para a remoção das formas, enquanto que o restante do efetivo encontra-se montando novas formas. Assim, em função da produtividade exigida, expõem-se desnecessariamente os trabalhadores. Por fim, vem a resposta: Os riscos podem ser facilmente reconhecidos e neutralizados desde que as atividades sejam corretamente planejadas e acompanhadas por encarregados experientes.