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Como se controlar as fontes de energia perigosas de modo
que essas não causem acidentes?
Engº Antonio Fernando Navarro1

Introdução
O controle das energias ditas perigosas é um dos grandes desafios com que se
deparam os técnicos e engenheiros de segurança do trabalho, principalmente pela caracterização do
que é uma energia perigosa.
Quase sempre, quando de menciona perigo, os olhos se voltam para painéis
elétricos. Discos de serra, rebolos de afiação de ferramentas, trabalhos em espaços confinados, entre
outros. Um aspecto que deve ser destacado é que se está tratando de energias perigosas que passam
a existir nos ambientes onde serão realizadas atividades. Não se trata de equipamentos perigosos.
Assim, uma energia passa a ser perigosa quando seu deslocamento ou emprego passa a representar
riscos.
Por essa razão apresenta-se este paper de modo a não só explicar e exemplificar
como também oferecer subsídios que possibilitem o controle das mesmas.

O que é energia?
Energia é uma palavra de difícil definição. Na Física diz-se que é aquilo que gera
Trabalho, ou seja, para que haja trabalho é necessária energia. Aqui trabalho é deslocamento,
movimento, e energia força. Nós podemos ampliar este conceito dizendo que é tudo aquilo que gera
transformação e ou movimentação.
Um reservatório de água cheio é uma fonte de energia. Trata-se de energia
potencial. Quando essa água desce por uma tubulação, sob a forma de energia cinética, gera o atrito
(que é uma forma de energia) e esse, libera eletricidade estática, que é outra forma de energia. Se
essa tubulação é conectada a uma turbina, a força com que a água chega movimenta as pás da

1

Mestre em Saúde Pública e Meio Ambiente, Professor do Curso de Ciências Atuariais da Universidade Federal
Fluminense– navarro@vm.uff.br.

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turbina e as movimenta é energia cinética ou de movimento. Quando essa está conectada a um
gerador essa movimentação gera energia elétrica.
A simples água armazenada quando posta em movimento é capaz de gerar
eletricidade estática e energia elétrica. A energia elétrica gerada quando associada a equipamentos
gera força capaz de produzir algo, ou seja, a energia mecânica. Porém, como não se consegue obter
100% dessa transformação de energia elétrica em mecânica, há uma perda gerando calor.
A mesma eletricidade pode alimentar um circuito de iluminação, gerando energia
luminosa e calor. Ou seja, pode-se obter novas formas de energia através de transformações.
Nesse exemplo tratou-se de energia estática, cinética, dinâmica, elétrica, calor,
luminosidade (luz). Essas formas de energia não necessariamente são perigosas. A eletricidade
estática produzida no atrito do fluido na tubulação pode ser perigosa se o ambiente onde isso
ocorrer contiver uma atmosfera perigosa. Assim, o problema se inicia com a forma de energia e o
ambiente onde se processa a atividade.
Muitas vezes a energia perigosa é perceptível, como por exemplo, a existente em
uma subestação elétrica, onde a sinalização já indica o risco. Porém, nem sempre temos essa rápida
percepção. Um vaso de plantas em uma varanda de um apartamento pode ser capaz de gerar energia
mecânica, de impacto. Para isso, basta que o vento em movimento gere energia suficiente para
deslocar o vaso (energia cinética) e esse caia sobre o solo.
O Homem, apesar de toda sua engenhosidade ainda não conseguiu obter a
máquina perfeita que não gere desperdícios. Ao longo dos séculos ainda persegue a idéia do moto
perpetuum, ou moto contínuo. Um moto-contínuo, ou máquina de movimento perpétuo (o termo
em latim perpetuum mobile não é incomum) são classes de máquinas hipotéticas as quais
reutilizariam indefinidamente a energia gerada por seu próprio movimento. A existência de um
dispositivo moto-contínuo é geralmente aceita como sendo impossível, de acordo com o nosso atual
conhecimento das leis da física.
Quando um guindaste eleva uma carga ele precisar despender energia mecânica na
movimentação de suas engrenagens. A carga suspensa passa a representar a energia estática.
Quando desprendida atinge o solo causando danos, através da energia cinética, gerando quantidade
de movimento, expressa pelo produto da massa pela velocidade. Peso é a massa multiplicada pela
força da gravidade. Isso ocorre segundo as Leis da Física que tratam da energia estática cinética e
dinâmica.

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O que é energia perigosa?
Energia perigosa é toda aquela que conduz a um perigo, ou seja, apresenta riscos.
Assim, deve ser controlada ou monitorada para que esses riscos não atinjam pessoas, bens ou
propriedades.
Quando se eleva uma carga pesada através de um guindaste, quase sempre essa
carga é suspensa por cabos de aço. Os cabos, pelo próprio peso da carga ficam tensionados. Pelas
normas de segurança existem coeficientes de segurança para o dimensionamento dos cabos, de
modo que o coeficiente mínimo é superior a três, havendo coeficientes de segurança iguais ou
maiores do que 10. Assim, com a carga elevada tem-se uma energia potencial, que é distribuída
através dos cabos. Quando um deles se rompe, por qualquer razão, essa energia potencial é
imediatamente transformada em energia cinética. A carga fica em desequilíbrio forçando os demais
cabos, e aquele que se rompeu é projetado aleatoriamente, podendo atingir pessoas. A forma de
como ele atinge as pessoas é como se fosse um chicote lançado. O mesmo efeito chicote ocorre com
a coluna de um motorista que trafega em uma rodovia a uma determinada velocidade. Quando seu
carro bate contra um objeto fixo, a cabeça e a coluna vertebral do motorista se projetam para frente
na mesma velocidade com que o carro se encontrava. Como o motorista está usando cinto de
segurança, o tronco não acompanha o movimento da cabeça e de parte da coluna (cervical), fazendo
com que tanto uma quanto outra retorne sob o efeito de um chicote, podendo causar graves lesões
na coluna cervical.
A energia cinética possuída por um corpo em virtude de seu deslocamento pode
ser de rotação, translação, linear ou de oscilação. No primeiro exemplo da carga suspensa, o
movimento pode ser pendular ou de oscilação e no segundo exemplo do motorista, o movimento
pode ser linear, segundo o trajeto que o carro se encontrava antes de bater contra um objeto fixo.
Essa energia pode produzir trabalho ocasionando não só o deslocamento do objeto, causando atrito,
como mudando a temperatura.
O ser humano, para satisfazer suas necessidades costuma armazenar energia,
como uma forma de disponibilizá-la de imediato, como as pilhas e baterias, que ao serem
conectadas aos equipamentos fornecem energia elétrica. Outras formas de energia ele produz mas
não armazena. A energia elétrica pode ser resultado de uma fonte de força elétrica, da eletricidade
estática, como da fricção de um pedaço de madeira sobre gravetos, como fazia o homem para
acender sua fogueira.

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No caso da eletricidade gerada, a força elétrica pode ser ligada ou desligada
através de um interruptor, chave ou disjuntor. Dependendo do circuito elétrico, mesmo desligandose o circuito uma parte dessa energia ainda continua presente, como no caso dos circuitos
capacitivos, que armazenam energia.
A energia estática não pode ser desligada e sim, e tão somente dissipada. Essa
dissipação pode ocorrer com o escoamento dela através de um dispositivo de aterramento elétrico,
como o empregado em pára-raios.
Assim, uma energia pode ser empregada especificamente para um fim como
também para fins distintos, como o caso da fogueira. Se energia é a capacidade de realizar trabalho,
mede-se a energia de um corpo pelo trabalho que ele realiza. O trabalho poderá então ser medido
pelo produto da força pelo deslocamento.
A energia potencial é aquela possuída por um corpo em virtude de sua posição,
em um campo de gravidade, que é a força com que o nosso planeta Terra nos atrai para seu centro.
Graças a essa força de atração tem-se a atmosfera que rodeia nosso Planeta. Essa energia está
relacionada à massa do corpo atraída pela força da gravidade. Essa pode ser devida à pressão (acima
ou abaixo da pressão atmosférica), gerada por molas comprimidas ou distendidas ou pela própria
ação da gravidade.
Manutenções são sempre conduzidas em ambientes com gravidade. Por isso uma
ferramenta cai da mão de um trabalhador quando não está corretamente presa, por isso uma caixa de
ferramentas cai de uma plataforma de andaime quando o andaime não tem rodapé. As formas de
como a energia potencial podem ser armazenadas em quantidade suficiente para representar riscos
incluem:
•

Pressão hidráulica ou pneumática;

•

Pressão inferior a atmosférica, como em câmaras de vácuo;

•

Molas comprimidas ou estendidas;

•

Energia potencial devido a gravidade;

•

Energia mecânica como nos volantes;

•

Energia térmica devido ao calor residual ou às baixas temperaturas;

•

Produtos químicos residuais em tubulações que podem causar acúmulo de pressão ou calor.
Outra forma de energia perigosa é a térmica. Ela é devido ao fato de encontrar-se

acumulada em um corpo ou ser fruto do deslocamento do corpo no ar ou em outro fluido. Uma
caldeira, pelo aquecimento através de uma fornalha a carvão, elétrica ou a gás esquenta a água que
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circula em tubulações. Uma geladeira usa o princípio da expansão de um gás preso em um circuito
para reduzir a temperatura.
A energia térmica pode ser obtida como resultado do trabalho mecânico (fricção,
por exemplo), radiação, reação química ou resistência elétrica. A energia se manifesta através da
medida da temperatura, alta ou baixa. O trabalhador pode ser queimado com temperaturas elevadas
ou temperaturas baixas. A queimadura provocada pelo frio é denominada de geladura, produzindo a
necrose dos tecidos. Essa energia também não pode ser simplesmente desligada, mas sim dissipada
com o tempo.
Uma energia pode ser considerada como isolada, bloqueada ou dissipada quando
são empregados meios que a contenham ou dissipem. Essa precaução deve ser tomada todas as
vezes que um local que contenha alguma forma de energia venha a sofrer intervenção através do
trabalho humano.
Outra fonte de energias perigosas são os circuitos pressurizados que conduzem
líquidos ou gases inflamáveis. Qualquer atividade nesses circuitos requer, além do completo
isolamento das linhas a inertização das mesmas. Ainda assim, se não houver o contínuo controle de
explosividade pode ocorrer acidentes. O Nitrogênio é o gás preferido nas inertizações. Ocorre que
se há movimento de pessoas ou de materiais no interior dessas áreas o percentual de Nitrogênio
reduzirá, em relação ao volume da atmosfera local, podendo ser a causa de explosões. A situação
ideal nesses casos é o emprego de substâncias que encapsulem as moléculas das micelas do produto
perigoso, evitando assim o contato dessas com o oxigênio.

Tipos de Energia
Há vários tipos de energia. O que as torna perigosa ao ser humano é a força dessas
ou o seu descontrole. Por exemplo, temos a energia eólica, ou produzida pelos ventos. Quando
corretamente captada por geradores eólicos produz energia elétrica, energia mecânica e energia
cinética, entre outras.
Mecânica: Resultado típico de ação / reação de transformação de energia primária,
tem como exemplo o movimento de partes unidas com objetivo de realizar um trabalho.
Química: Diversos elementos químicos encontrados na natureza possuem
características que, associada a outras substâncias químicas simples e/ou compostas, permitem a
liberação de energia em diferentes formas.

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Hidráulica: É uma das mais difundidas fontes de energia e muito empregada na
movimentação de cargas e provedora de “força” para a movimentação de braços e pistões. Uma
empilhadeira é um exemplo clássico do uso deste tipo de energia. Sendo o fluido mais eficaz que os
gases para este tipo de trabalho, é portanto mais empregado porém não

menos perigoso.

Energia Residual: Este é um tipo espacial que compreende basicamente qualquer
tipo de energia que possa ser acumulada através de confinamento e/ou reação. Uma tubulação de ar
comprimido, um pistão hidráulico, tubulação de água ou

outro fluido contém energia acumulada

seja através da força de gravidade ou por meio de bombas em determinado ponto da rede.
Energia Pneumática: Este tipo de energia é empregado para prover movimentação
rápida de partes de uma máquina ou equipamento, movimentação de pistões, motores, pressurização
de câmaras diversas e etc.
Temos também a energia elétrica, a energia térmica (onde o calor e o frio são mais
conhecidos por seus nomes), a energia cinética, capaz de mover, a energia potencial, que muito
embora não esteja realizando “trabalho”, tem capacidade (ou potencial) para tal, a energia gerada
pela fricção entre partes, causando o aumento da temperatura e a eletricidade estática.
Energia Elétrica: compreende-se como energia elétrica perigosa a vida, para efeito
desta norma, às que se enquadram como baixa, média e alta tensão aonde o perigo tornar-se-á
imediato por contato ou na transformação em energia cinética e/ou térmica e seus subprodutos. Na
imagem a seguir observa-se um painel elétrico típico onde não há indicações dos circuitos e das
proteções. Se tivermos que isolar uma parte para atuar em um equipamento o isolamento deverá ser
total,

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Não podemos nos esquecer da energia solar. Em nossa estrela, grandes pressões
produzidas pela gravidade transformam o Hidrogênio do Hélio. O resultado é o calor e a luz.
Tem-se a energia nuclear, onde a transformação do Hidrogênio do Sol passa a
Hélio, por fissão, e a energia causada pela fusão.
Há a energia gravitacional e a energia atômica. Nos ambientes normais de
trabalho as formas de energia mais comuns são: calor ou frio, eletricidade, gravidade, energia
mecânica, produzida pela energia cinética, entre outras, a energia produzida pelo acúmulo de gás,
pelo ar comprimido, pelo vapor de fluido e a gerada pela alteração da pressão atmosférica normal,
seja em ambientes com pressões mais elevadas, como em escavações junto a áreas com lençol de
água raso, ou em ambientes com vácuo.
Quando essas energias ocorrem em processos junto aos empregados, ou têm o
potencial de passarem a ocorrer, como a energia elétrica produzida pela descarga de um raio em
uma atividade a céu aberto, passa a ser necessário que haja não só o controle, como também o
isolamento, bloqueio e aviso.
Através de um Plano de Intervenção e Controle de Fontes de Energia – PICFE,
podem ser desenvolvidas estratégias de segurança dos trabalhadores. Uma das mais conhecidas é a
LIBRA. Acrônimo onde as letras significam: liberação, isolamento, bloqueio, raqueteamento e
aviso.

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O PICFE deve ser elaborado de maneira clara e especifica, informando o resultado
esperado, os níveis de autoridade na condução das atividades, os métodos e meios necessários para
o isolamento e controle das fontes de energia e os meios de garantir o cumprimento destes
procedimentos e deve conter no mínimo o seguinte:
•

Todas as etapas necessárias para a parada das atividades e a intervenção, o isolamento e
bloqueio de máquinas, equipamentos e sistemas, com fins de assegurar o controle das fontes
de energia;

•

Todas as etapas necessárias para a colocação e remoção de cadeados e raquetes, ou
dispositivos equivalentes;

•

Exigências específicas para testes de verificação da eficácia dos dispositivos de bloqueio,
identificação, aviso e de outras medidas de controle de energia;

•

A indicação de um local específico para a guarda das etiquetas, cadeados, correntes, pinos,
cintas e outros dispositivos capazes de bloquear máquinas e equipamentos de fontes de
energia, com a finalidade de mantê-los disponíveis e em condições adequadas de uso.
Pelo que se pode observar, todas as vezes que um trabalho for executado deve-se

observar que existe a fonte de energia e o equipamento, sistema ou local onde serão realizadas as
atividades de manutenção, instalação ou correção. O que se deve fazer é interromper,
momentaneamente, o trajeto entre as fontes e os equipamentos. É importante salientar-se que nem
todas as fontes de energia podem ser bloqueadas, mas sim, e tão somente controladas ou
monitoradas, como no caso de queda de raios e da energia gravitacional. Para essas deve-se apenas
monitorar, ou, como no caso de queda de raios em atividades a céu aberto, construir abrigos com
sistemas de proteção contra descargas atmosféricas – SPDA.

LIBRA
O acrônimo LIBRA, como dito anteriormente significa:
•

Liberação – da área e das atividades de modo que venham a ser executadas dentro dos níveis
de segurança exigidos;

•

Isolamento – restringindo o acesso de pessoas não autorizadas ao local. O isolamento é
realizado através da interposição de barreiras físicas, como cercas, por exemplo, ou
tapumes;

•

Bloqueio – impedindo que a energia perigosa venha a fluir nos locais sob intervenção;

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•

Raqueteamento – a raquete é uma peça metálica, com a forma de uma raquete de praia,
inserida nas conexões das tubulações, quando esses trechos possuem flanges aparafusados
entre sí;

•

Aviso – significa a divulgação de uma informação. O aviso pode ser sonoro ou por meio de
placas e de sinalizadores.

Execução das ações de bloqueio e de isolamento
Ao se estabelecer os procedimentos, que tem como princípio primeiro o de
reconhecer os riscos e de isolá-los, protegendo os executantes, devem ser tomadas algumas ações
como por exemplo:
a) Preparação para a intervenção
Essa etapa é a mais importante de todas. Nela devem estar inseridas questões
como:
•

O que fazer?

•

Por que fazer?

•

Como fazer?

•

Quem irá fazer?

•

Quando deverá ser feito?

•

De que forma deverá ser feito?

•

A que custo deve ser feito?

•

Em que tempo deve ser feito?

•

Quais as exceções que poderão ser admitidas?
Enfim, esses e outros questionamentos devem estar contidos na preparação para a

intervenção. Qualquer esquecimento, por menor que seja, pode redundar em um acidente futuro.
Por exemplo, quando se trabalha com ar comprimido não adianta somente desligar-se o motor,
porque continuará existindo ar comprimido no cilindro.
Da mesma forma quando se trabalha com equipamentos que produzem frio ou
calor, ou que em seus processos há a geração de frio ou calor deve-se planejar o tempo de início de
execução das atividades, já que o frio ou o calor se dissipam e não se desligam ou desconectam.

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Antes que um equipamento ou sistema seja retirado de operação, os empregados
que executarão as tarefas devem ter conhecimento do tipo e magnitude da energia, dos riscos a
serem controlados e os métodos e meios para controlar esta energia.
b) Parada da máquina ou equipamento
O equipamento ou sistema deve ser retirado de operação seguindo-se os
procedimentos operacionais específicos. Após a emissão das autorizações para o início das
atividades, providenciada pelo pessoal que opera os equipamentos, devem ser estabelecidos o
desligamento, bloqueio e liberação dos equipamentos e ou sistemas envolvidos na intervenção, bem
como a instalação de dispositivos de isolamento de energia – DIE, que impeçam o reacionamento
acidental dos mesmos, como as válvulas de bloqueio, chaves seccionadoras operadas manualmente,
disjuntores, raquetes, flanges cegos, figura oito e outros dispositivos que melhor se apliquem.
Os dispositivos de bloqueio e aviso devem ser os padronizados para essa
utilização. Também devem conter a identificação de quem os afixou, o motivo, a data, hora de
início e término previsto. Nesses dispositivos deve existir campo específico para a anotação dos
riscos decorrentes da remoção dos mesmos.
Trava de segurança: Trata-se de uma trava que embora seja de uso particular,
permite a colocação de outros cadeados de segurança, indicando que há mais de um colaborador
trabalhando em um mesmo equipamento impossibilitando ainda o religamento do painel principal
ou de outras fontes de energia que foram desenergizadas. A trava de segurança substitui a retirada
do fusível, pois este pode ser recolocado.

Trava de segurança.

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Etiqueta de Segurança: Não substitui o cadeado, deve ser usado após a aplicação
do cadeado nos painéis secundários da máquina ou durante testes de funcionamento em que o
colaborador da manutenção necessite operar a máquina ou equipamento para finalizar o trabalho.

Alívio e dissipação da energia residual armazenada
Uma das causas dos acidentes ocorridos em áreas já liberadas mas que possuem
ou nela existem energias perigosas é a do alívio de linhas, para a dissipação da energia residual
armazenada. Em soldas oxi acetilênicas há um par de mangueiras de borracha, uma conduzindo o
oxigênio e outra o acetileno. Quanto os trabalhos terminam o normal, que é o praticado, é o dos
soldadores fecharem os registros no maçarico e depois nas garrafas de gases. Ao procederem desta
maneira estão mantendo o acetileno pressurizado na linha. Se houver necessidade de reparo nos
registros podem-se ter explosões.
O mesmo ocorre com cilindros de gases abastecidos por motores. O fato de
desligarem-se os motores não significa que o ambiente está seguro, pois há gás pressurizado nos
cilindros. As energias residuais devem ser aliviadas utilizando-se um dos meios descritos abaixo:
•

Aterrar equipamentos elétricos;

•

Dissipar a energia dos capacitores;

•

Dissipar vapores de vasos e tubulações;

•

Reduzir temperaturas extremas;

•

Aliviar pressões internas;

•

Descontaminar e ou administrar resíduos químicos;

•

Drenar produtos de vasos de pressão e tubulações;

•

Aliviar tensões de equipamentos com molas ou por gravidade;

•

Proteger as partes móveis dos equipamentos que serão objeto de intervenção com
dispositivos especiais;

•

Em equipamentos com grande energia cinética mesmo após o desligamento aguardar a
paralisação dos mesmos sem intervenção.
Durante as ações de preparação para a intervenção em ambientes com energias

perigosas podem ocorrer alguns erros que podem ser fatais, como por exemplo:
1. Falha ao desligar um aparelho;
2. Falha ao desconectar o equipamento de sua fonte de energia;
3. Falha ao eliminar a energia residual;

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4. Falha ao religar acidentalmente o equipamento;
5. Falha ao não afastar objetos que possam interferir quando o equipamento for ativado.

Verificação do bloqueio e isolamento da fonte de energia
Após inseridos os dispositivos de isolamento e bloqueio, e estando a área já
liberada para o início das operações, o encarregado pelos serviços deverá aplicar um check list a fim
de identificar eventuais falhas no atendimento aos procedimentos. Alguns aspectos de verificação
devem ser ressaltados, como:
•

Verificar se o equipamento ou sistema encontra-se no “estado zero de energia”;

•

Empregar métodos testados para avaliação se efetivamente a energia perigosa foi isolada,
bloqueada oi dissipada nas áreas onde o pessoal executará as tarefas requeridas;

•

Verificar se há possibilidade de re-acúmulo de energia em níveis perigosas;

•

Verificar se foram instalados equipamentos ou dispositivos de medição adequados aos riscos
e se esses são mantidos calibrados.

Identificação dos limites de bloqueio da fonte de energia
Alguns procedimentos empregados para reduzir os níveis de periculosidade das
instalações e equipamentos, para a realização de reparos “rápidos” apenas atenuam o problema de
um acidente, não o elimina e nem o mitiga. Não se deve trilhar atalhos no cumprimento dos
procedimentos e muito menos empregar-se os materiais inadequados. Já tivemos a oportunidade de
analisar acidentes em atividades em dutos empregados para transporte de produtos perigosos, onde
o tampão de bentonita cedeu à movimentação da tubulação, antes mesmo do início dos serviços.
Os limites dos bloqueios de intervenção devem ser identificados com faixas auto
adesivas, indicando em qual lado do bloqueio há energia perigosa e em qual lado está liberado para
execução das atividades.

Quem é o responsável pela liberação das áreas?
Inicialmente, em todo o trabalho que envolve energias perigosas há uma grande
quantidade de “donos” da área, isso porque o acidente quase nunca fica restrito ao local onde
ocorreu. Por exemplo, uma intervenção em uma linha pressurizada de gás, ar comprimido ou vapor
pode atingir outras áreas próximas.
Uma queima de um motor pode paralisar as instalações locais ou afetar outras
áreas. Nesses casos é importante empregar-se uma técnica de simples aplicação denominada de
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Série de Riscos, que mais posteriormente recebeu o título de Técnica dos Dominós, e agora, mais
recentemente, Técnica do Queijo Suíço. O conceito é exatamente o mesmo, mas cada pesquisador
atribui nomes distintos. Uma série de riscos é um evento onde os riscos se sucedem, iniciado o
primeiro risco.
Para cada um dos riscos que se manifestam podem surgir outros riscos paralelos
ou não. Isso significa que podemos ter uma área de risco ampliada. Exemplificando, supondo que
alguém mal intencionado resolva remover um parafuso importante de uma torre de transmissão de
energia elétrica, certamente não estará preocupado com a queda da torre, mas sim, a queda da
energia elétrica. Essa, por sua vez, poderá atingir residências, pois a dona de casa não terminará a
limpeza da sala com o aspirador de pó, atingir um hospital, já que a máquina de hemodiálise irá
parar, uma escola, que poderá não aplicar uma prova à noite, ou uma fábrica que ficará sem
produzir. Assim, o simples parafuso pode causar inúmeros outros problemas, encadeados ou em
paralelo.
Assim, diante deste quadro o importante é que todas as pessoas envolvidas
tenham conhecimento do que será realizado e possam apresentar suas considerações a respeito.

Exemplos de dispositivos de proteção
As ilustrações a seguir são resultado de pesquisa em normas específicas sobre o
assunto, material de divulgação publicados na Internet, e, principalmente, de fotos enviadas pelo
Amigo Renato Pereira, que por quase quarenta anos atua na fiscalização de serviços nessa área e
qye gentilmente cedeu as fotos e alguns dos dados apresentados.

Figura oito extraída da norma P N 0120, rev. 2010
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A figura oito, como é conhecida, é uma “raquete” dupla, onde um lado deixa
passar o fluido pelo interior da tubulação, e do outro lado veda a passagem, o “lado cego”.
Normalmente essa peça fica presa entre flanges de tubulações que requerem manutenção periódica.
Existem vários processos para a limpeza de tubulações, variando desde escovas rotativas especiais
até a “pigs”, que são inseridos nos dutos.
Há vários tipos de pigs. Um pig, ou porco, em português, é um dispositivo que é
inserido em uma linha para vários fins e efeitos. Existe pigs que avaliam o grau de ovalização de
uma linha, os pontos de corrosão ou de defeitos de soldagem, também servem para a limpeza e
outros fins. O de maior sofisticação, empregado para avaliar os defeitos existentes em uma linha de
dutos é o pig instrumentado. Esse pode ser guiado e rastreado através de GPS, identificando o ponto
de falha onde será feita a intervenção, que pode ser a substituição de um pequeno trecho de linha,
seja pela soldagem de um trecho, ou pela inserção de um carretel.

A raquete é uma peça em aço, “cega”, ou seja, sem deixar passar fluido, que é
inserida entre flanges. É uma peça muito utilizada em dutos de grande diâmetro, para a manutenção
de trechos, reparos ou substituições. O anel espaçador a seguir, ainda no mesmo conjunto de
desenhos é uma peça semelhante a uma raquete, com o detalhe de não dedar a passagem de fluido e
sim de garantir o correto espaçamento entre flanges.

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Flange típico, onde se observa no anel os orifícios para a passagem de parafusos de fixação ao
flange na extremidade do outro trecho de tubulação, formando uma linha de dutos.
Um flange é uma peça de conexão. Uma linha de dutos é um conjunto de
tubulações soldadas em suas extremidades, entre si gerando uma continuidade. Assim, quando são
construídas as linhas chega-se a soldar dez trechos de cada vez. Porém, quando há necessidade de se
reparar uma linha pode-se cortá-la no trecho a ser reparado e inserir outro trecho, ou então
montarem-se os flanges e a seguir inserir um tubo de menor comprimento, em torno de dois metros,
e conectá-lo. Esse tubo de menor comprimento é flangeado nas duas extremidades e recebe o nome
de carretel.

Flanges conectados um ao outro através dos parafusos. Muitas vezes empregam-se estojos com as
porcas em cada extremidade rosqueadas.
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Estojo é um parafuso com roscas nas duas extremidades. Ele é inserido nos
orifícios os flanges e colocadas porcas nas extremidades que são apertadas através de sistemas
pneumáticos, mais usual, ou através de chaves de impacto, essas quando o espaço de trabalho é
limitado.

Carretel é um pequeno trecho de tubulação, flangeada em seus extremos, inserida entre um trecho
de uma linha, seja para complementar a instalação com a adição de equipamentos ou sistemas de
monitoramento, seja para substituir trechos reparados.
Há normas específicas que determinam o tamanho máximo de um carretel, em
termos de comprimento. A conexão entre esses e a linha existente é feita por parafusos. Em
condições normais existe uma peça de vedação.

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Válvula globo de controle do fluxo da linha.

Trava empregada em válvulas esfera, impedindo a sua abertura acidental.

Cadeado pera válvula de fecho rápido

Cadeado reforçado para válvulas universal

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Cadeados para interruptores internos.

Cadeados para plug macho.

Proteção para as extremidades das extensões, evitando que essas venham a ser incidentalmente
conectadas.

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Proteção para conexões.

Cadeados múltiplos. As atividades somente podem ser retomadas em condições normais após a
remoção do último cadeado.
Em cada um deles há uma etiqueta com as informações necessárias e a foto de
quem está realizando o serviço. Isso pode ocorrer quando um equipamento precisa ser revisado em
suas várias disciplinas. Por exemplo, desliga-se o painel de uma bomba para fazer a manutenção do
painel, trocar uma extensão, substituir uma junta da bomba, trocar-se um calço do equipamento,
entre outras ações. Cada um que vier a concluir seu serviço informa aos demais, dá baixa na OS e

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retira seu cadeado. Desta maneira, enquanto todos os envolvidos não tiverem retirado seus cadeados
o equipamento não poderá ser energizado.

Lacre para evitar a remoção de uma porca.

Dispositivo de controle para impedir que o volante da válvula registro seja movimentado.

Pino se segurança adicionado para evitar a movimentação de um motor, neutralizando a energia
cinética.

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Dispositivo para a proteção das extremidades das extensões.

Tampa de segurança para painéis elétricos, evitando a instalação de múltiplos cadeados.

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Cadeado múltiplo para seis cadeados.

Cunhas de segurança.

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Cadeado sendo passado antes do início das atividades.

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Sinalização de segurança a ser colocada antes do início dos serviços. Sinalização de segurança não
deve ser confundida com barreiras de segurança, pois enquanto as primeiras sinalizam as demais
evitam que alguém ultrapasse os limites.

Etiquetas auto adesivas. Neste caso, ela é genérica. A etiqueta ideal é aquela que informa
corretamente o lado do equipamento onde não pode haver contato. Assim, esta etiqueta é
simplesmente de alerta.

Adesivos colocados nas partes mais sensíveis dos equipamentos ou nas tampas dos painéis de
controle.

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Técnica dos Três pontos, onde o trabalhador responde mentalmente as perguntas formuladas.

Adesivo da Técnica dos Três pontos, a ser fixada no lado do equipamento que será mantido isolado
para manutenção ou reparo.

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Cadeado de proteção contra o religamento de disjuntor.

Cadeado contra o religamento de disjuntor.
Neste caso, protege-se exclusivamente o equipamento onde ocorrerá a
manutenção ou reparo, deixando os demais livres para serem operados. Para isso, deve-se ter a
certeza de que não haverá a possibilidade de, por uma falha interna do painel o equipamento vir a
ser realimentado com corrente.

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Removendo os Bloqueios
A remoção dos bloqueios se dá na sequência inversa da instalação dos mesmos.
Assim, é importante que sejam observados os seguintes quesitos:
1. Verifique ao término se alguma ferramenta, parte do equipamento solta, fio desencapado por
esquecimento tenha ficado no interior do equipamento.
2. Avise a todos os envolvidos que o sistema de bloqueio será desativado.
3. Afaste todos os trabalhadores do equipamento antes de restabelecer a energia.
4. Cadeados e etiquetas devem então ser removidos somente por quem os instalou.
5. Fazer os testes de funcionamento com representantes do local.
6. Limpar toda a área de trabalho.
7. Terminar a permissão de Trabalho de acordo com o procedimento.
8. Devolver a Permissão de Trabalho para o Segurança Industrial.

Lembretes importantes
1. Em hipótese alguma retire um cadeado que não seja seu próprio.
2. Se ao término do trabalho não for encontrado algum cadeado esquecido bloqueando e o
proprietário não for encontrado, somente o supervisor poderá cortá-lo na presença do
supervisor da área.
Lembre-se este procedimento visa assegurar não só a sua integridade física como
também a de terceiros.

Conclusão
O controle das fontes de energia é uma das partes de um processo de salvaguarda
da vida dos trabalhadores, principalmente por se tratarem de energias perigosas. A eletricidade é
uma energia perigosa. Assim, o cuidado que se deve ter para trocar-se uma lâmpada deve ser o
mesmo do de substituir a peça de um motor. A lâmpada queimada não é menos importante do que a
peça do motor. Para que cheguemos a este nível de interpretação é necessário que tenhamos uma
cultura de segurança.
27 de 28
Quando esta Cultura encontra-se em seu último estágio, não haveria nem a
necessidade de se instalar cadeados ou outros dispositivos. Isso porque, o trabalhador capacitado
não toca em nada sem saber quais serão as consequências posteriores. Mas não podemos nos
esquecer também que em muitos casos, a deficiência de um layout, ou o acréscimo de equipamentos
em um ambiente pode fazer com que equipamentos passem a ficar próximos demais das passagens,
podendo, nesses casos, virem a ter contato com as pessoas que transitam por alí. Assim, nesses
casos os cadeados e demais dispositivos de proteção contra as energias perigosas é indicado.
Outro aspecto que também deve ser ressaltado é o de que não deve haver uma lista
padrão de checagem do ambiente, porque os ambientes são sempre distintos. Quando se padroniza a
inspeção através de um único formulário padroniza-se também o pensamento e o raciocínio de
quem está aplicando o check list. Se houver mudanças não tão perceptíveis assim o inspetor nem as
notará.
Por fim, e o mais importante, é que quem tem que se preocupar com a segurança é
o próprio trabalhador que ficará exposto. Cabe a ele identificar os problemas e tomar as iniciativas
cabíveis. Ele não deve ficar esperando que outros pensem por ele, já que “a segurança somos todos
nós”.

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Como se controlar as fontes de energia perigosas de modo que essas não causem acidentes

  • 1. Como se controlar as fontes de energia perigosas de modo que essas não causem acidentes? Engº Antonio Fernando Navarro1 Introdução O controle das energias ditas perigosas é um dos grandes desafios com que se deparam os técnicos e engenheiros de segurança do trabalho, principalmente pela caracterização do que é uma energia perigosa. Quase sempre, quando de menciona perigo, os olhos se voltam para painéis elétricos. Discos de serra, rebolos de afiação de ferramentas, trabalhos em espaços confinados, entre outros. Um aspecto que deve ser destacado é que se está tratando de energias perigosas que passam a existir nos ambientes onde serão realizadas atividades. Não se trata de equipamentos perigosos. Assim, uma energia passa a ser perigosa quando seu deslocamento ou emprego passa a representar riscos. Por essa razão apresenta-se este paper de modo a não só explicar e exemplificar como também oferecer subsídios que possibilitem o controle das mesmas. O que é energia? Energia é uma palavra de difícil definição. Na Física diz-se que é aquilo que gera Trabalho, ou seja, para que haja trabalho é necessária energia. Aqui trabalho é deslocamento, movimento, e energia força. Nós podemos ampliar este conceito dizendo que é tudo aquilo que gera transformação e ou movimentação. Um reservatório de água cheio é uma fonte de energia. Trata-se de energia potencial. Quando essa água desce por uma tubulação, sob a forma de energia cinética, gera o atrito (que é uma forma de energia) e esse, libera eletricidade estática, que é outra forma de energia. Se essa tubulação é conectada a uma turbina, a força com que a água chega movimenta as pás da 1 Mestre em Saúde Pública e Meio Ambiente, Professor do Curso de Ciências Atuariais da Universidade Federal Fluminense– navarro@vm.uff.br. 1 de 28
  • 2. turbina e as movimenta é energia cinética ou de movimento. Quando essa está conectada a um gerador essa movimentação gera energia elétrica. A simples água armazenada quando posta em movimento é capaz de gerar eletricidade estática e energia elétrica. A energia elétrica gerada quando associada a equipamentos gera força capaz de produzir algo, ou seja, a energia mecânica. Porém, como não se consegue obter 100% dessa transformação de energia elétrica em mecânica, há uma perda gerando calor. A mesma eletricidade pode alimentar um circuito de iluminação, gerando energia luminosa e calor. Ou seja, pode-se obter novas formas de energia através de transformações. Nesse exemplo tratou-se de energia estática, cinética, dinâmica, elétrica, calor, luminosidade (luz). Essas formas de energia não necessariamente são perigosas. A eletricidade estática produzida no atrito do fluido na tubulação pode ser perigosa se o ambiente onde isso ocorrer contiver uma atmosfera perigosa. Assim, o problema se inicia com a forma de energia e o ambiente onde se processa a atividade. Muitas vezes a energia perigosa é perceptível, como por exemplo, a existente em uma subestação elétrica, onde a sinalização já indica o risco. Porém, nem sempre temos essa rápida percepção. Um vaso de plantas em uma varanda de um apartamento pode ser capaz de gerar energia mecânica, de impacto. Para isso, basta que o vento em movimento gere energia suficiente para deslocar o vaso (energia cinética) e esse caia sobre o solo. O Homem, apesar de toda sua engenhosidade ainda não conseguiu obter a máquina perfeita que não gere desperdícios. Ao longo dos séculos ainda persegue a idéia do moto perpetuum, ou moto contínuo. Um moto-contínuo, ou máquina de movimento perpétuo (o termo em latim perpetuum mobile não é incomum) são classes de máquinas hipotéticas as quais reutilizariam indefinidamente a energia gerada por seu próprio movimento. A existência de um dispositivo moto-contínuo é geralmente aceita como sendo impossível, de acordo com o nosso atual conhecimento das leis da física. Quando um guindaste eleva uma carga ele precisar despender energia mecânica na movimentação de suas engrenagens. A carga suspensa passa a representar a energia estática. Quando desprendida atinge o solo causando danos, através da energia cinética, gerando quantidade de movimento, expressa pelo produto da massa pela velocidade. Peso é a massa multiplicada pela força da gravidade. Isso ocorre segundo as Leis da Física que tratam da energia estática cinética e dinâmica. 2 de 28
  • 3. O que é energia perigosa? Energia perigosa é toda aquela que conduz a um perigo, ou seja, apresenta riscos. Assim, deve ser controlada ou monitorada para que esses riscos não atinjam pessoas, bens ou propriedades. Quando se eleva uma carga pesada através de um guindaste, quase sempre essa carga é suspensa por cabos de aço. Os cabos, pelo próprio peso da carga ficam tensionados. Pelas normas de segurança existem coeficientes de segurança para o dimensionamento dos cabos, de modo que o coeficiente mínimo é superior a três, havendo coeficientes de segurança iguais ou maiores do que 10. Assim, com a carga elevada tem-se uma energia potencial, que é distribuída através dos cabos. Quando um deles se rompe, por qualquer razão, essa energia potencial é imediatamente transformada em energia cinética. A carga fica em desequilíbrio forçando os demais cabos, e aquele que se rompeu é projetado aleatoriamente, podendo atingir pessoas. A forma de como ele atinge as pessoas é como se fosse um chicote lançado. O mesmo efeito chicote ocorre com a coluna de um motorista que trafega em uma rodovia a uma determinada velocidade. Quando seu carro bate contra um objeto fixo, a cabeça e a coluna vertebral do motorista se projetam para frente na mesma velocidade com que o carro se encontrava. Como o motorista está usando cinto de segurança, o tronco não acompanha o movimento da cabeça e de parte da coluna (cervical), fazendo com que tanto uma quanto outra retorne sob o efeito de um chicote, podendo causar graves lesões na coluna cervical. A energia cinética possuída por um corpo em virtude de seu deslocamento pode ser de rotação, translação, linear ou de oscilação. No primeiro exemplo da carga suspensa, o movimento pode ser pendular ou de oscilação e no segundo exemplo do motorista, o movimento pode ser linear, segundo o trajeto que o carro se encontrava antes de bater contra um objeto fixo. Essa energia pode produzir trabalho ocasionando não só o deslocamento do objeto, causando atrito, como mudando a temperatura. O ser humano, para satisfazer suas necessidades costuma armazenar energia, como uma forma de disponibilizá-la de imediato, como as pilhas e baterias, que ao serem conectadas aos equipamentos fornecem energia elétrica. Outras formas de energia ele produz mas não armazena. A energia elétrica pode ser resultado de uma fonte de força elétrica, da eletricidade estática, como da fricção de um pedaço de madeira sobre gravetos, como fazia o homem para acender sua fogueira. 3 de 28
  • 4. No caso da eletricidade gerada, a força elétrica pode ser ligada ou desligada através de um interruptor, chave ou disjuntor. Dependendo do circuito elétrico, mesmo desligandose o circuito uma parte dessa energia ainda continua presente, como no caso dos circuitos capacitivos, que armazenam energia. A energia estática não pode ser desligada e sim, e tão somente dissipada. Essa dissipação pode ocorrer com o escoamento dela através de um dispositivo de aterramento elétrico, como o empregado em pára-raios. Assim, uma energia pode ser empregada especificamente para um fim como também para fins distintos, como o caso da fogueira. Se energia é a capacidade de realizar trabalho, mede-se a energia de um corpo pelo trabalho que ele realiza. O trabalho poderá então ser medido pelo produto da força pelo deslocamento. A energia potencial é aquela possuída por um corpo em virtude de sua posição, em um campo de gravidade, que é a força com que o nosso planeta Terra nos atrai para seu centro. Graças a essa força de atração tem-se a atmosfera que rodeia nosso Planeta. Essa energia está relacionada à massa do corpo atraída pela força da gravidade. Essa pode ser devida à pressão (acima ou abaixo da pressão atmosférica), gerada por molas comprimidas ou distendidas ou pela própria ação da gravidade. Manutenções são sempre conduzidas em ambientes com gravidade. Por isso uma ferramenta cai da mão de um trabalhador quando não está corretamente presa, por isso uma caixa de ferramentas cai de uma plataforma de andaime quando o andaime não tem rodapé. As formas de como a energia potencial podem ser armazenadas em quantidade suficiente para representar riscos incluem: • Pressão hidráulica ou pneumática; • Pressão inferior a atmosférica, como em câmaras de vácuo; • Molas comprimidas ou estendidas; • Energia potencial devido a gravidade; • Energia mecânica como nos volantes; • Energia térmica devido ao calor residual ou às baixas temperaturas; • Produtos químicos residuais em tubulações que podem causar acúmulo de pressão ou calor. Outra forma de energia perigosa é a térmica. Ela é devido ao fato de encontrar-se acumulada em um corpo ou ser fruto do deslocamento do corpo no ar ou em outro fluido. Uma caldeira, pelo aquecimento através de uma fornalha a carvão, elétrica ou a gás esquenta a água que 4 de 28
  • 5. circula em tubulações. Uma geladeira usa o princípio da expansão de um gás preso em um circuito para reduzir a temperatura. A energia térmica pode ser obtida como resultado do trabalho mecânico (fricção, por exemplo), radiação, reação química ou resistência elétrica. A energia se manifesta através da medida da temperatura, alta ou baixa. O trabalhador pode ser queimado com temperaturas elevadas ou temperaturas baixas. A queimadura provocada pelo frio é denominada de geladura, produzindo a necrose dos tecidos. Essa energia também não pode ser simplesmente desligada, mas sim dissipada com o tempo. Uma energia pode ser considerada como isolada, bloqueada ou dissipada quando são empregados meios que a contenham ou dissipem. Essa precaução deve ser tomada todas as vezes que um local que contenha alguma forma de energia venha a sofrer intervenção através do trabalho humano. Outra fonte de energias perigosas são os circuitos pressurizados que conduzem líquidos ou gases inflamáveis. Qualquer atividade nesses circuitos requer, além do completo isolamento das linhas a inertização das mesmas. Ainda assim, se não houver o contínuo controle de explosividade pode ocorrer acidentes. O Nitrogênio é o gás preferido nas inertizações. Ocorre que se há movimento de pessoas ou de materiais no interior dessas áreas o percentual de Nitrogênio reduzirá, em relação ao volume da atmosfera local, podendo ser a causa de explosões. A situação ideal nesses casos é o emprego de substâncias que encapsulem as moléculas das micelas do produto perigoso, evitando assim o contato dessas com o oxigênio. Tipos de Energia Há vários tipos de energia. O que as torna perigosa ao ser humano é a força dessas ou o seu descontrole. Por exemplo, temos a energia eólica, ou produzida pelos ventos. Quando corretamente captada por geradores eólicos produz energia elétrica, energia mecânica e energia cinética, entre outras. Mecânica: Resultado típico de ação / reação de transformação de energia primária, tem como exemplo o movimento de partes unidas com objetivo de realizar um trabalho. Química: Diversos elementos químicos encontrados na natureza possuem características que, associada a outras substâncias químicas simples e/ou compostas, permitem a liberação de energia em diferentes formas. 5 de 28
  • 6. Hidráulica: É uma das mais difundidas fontes de energia e muito empregada na movimentação de cargas e provedora de “força” para a movimentação de braços e pistões. Uma empilhadeira é um exemplo clássico do uso deste tipo de energia. Sendo o fluido mais eficaz que os gases para este tipo de trabalho, é portanto mais empregado porém não menos perigoso. Energia Residual: Este é um tipo espacial que compreende basicamente qualquer tipo de energia que possa ser acumulada através de confinamento e/ou reação. Uma tubulação de ar comprimido, um pistão hidráulico, tubulação de água ou outro fluido contém energia acumulada seja através da força de gravidade ou por meio de bombas em determinado ponto da rede. Energia Pneumática: Este tipo de energia é empregado para prover movimentação rápida de partes de uma máquina ou equipamento, movimentação de pistões, motores, pressurização de câmaras diversas e etc. Temos também a energia elétrica, a energia térmica (onde o calor e o frio são mais conhecidos por seus nomes), a energia cinética, capaz de mover, a energia potencial, que muito embora não esteja realizando “trabalho”, tem capacidade (ou potencial) para tal, a energia gerada pela fricção entre partes, causando o aumento da temperatura e a eletricidade estática. Energia Elétrica: compreende-se como energia elétrica perigosa a vida, para efeito desta norma, às que se enquadram como baixa, média e alta tensão aonde o perigo tornar-se-á imediato por contato ou na transformação em energia cinética e/ou térmica e seus subprodutos. Na imagem a seguir observa-se um painel elétrico típico onde não há indicações dos circuitos e das proteções. Se tivermos que isolar uma parte para atuar em um equipamento o isolamento deverá ser total, 6 de 28
  • 7. Não podemos nos esquecer da energia solar. Em nossa estrela, grandes pressões produzidas pela gravidade transformam o Hidrogênio do Hélio. O resultado é o calor e a luz. Tem-se a energia nuclear, onde a transformação do Hidrogênio do Sol passa a Hélio, por fissão, e a energia causada pela fusão. Há a energia gravitacional e a energia atômica. Nos ambientes normais de trabalho as formas de energia mais comuns são: calor ou frio, eletricidade, gravidade, energia mecânica, produzida pela energia cinética, entre outras, a energia produzida pelo acúmulo de gás, pelo ar comprimido, pelo vapor de fluido e a gerada pela alteração da pressão atmosférica normal, seja em ambientes com pressões mais elevadas, como em escavações junto a áreas com lençol de água raso, ou em ambientes com vácuo. Quando essas energias ocorrem em processos junto aos empregados, ou têm o potencial de passarem a ocorrer, como a energia elétrica produzida pela descarga de um raio em uma atividade a céu aberto, passa a ser necessário que haja não só o controle, como também o isolamento, bloqueio e aviso. Através de um Plano de Intervenção e Controle de Fontes de Energia – PICFE, podem ser desenvolvidas estratégias de segurança dos trabalhadores. Uma das mais conhecidas é a LIBRA. Acrônimo onde as letras significam: liberação, isolamento, bloqueio, raqueteamento e aviso. 7 de 28
  • 8. O PICFE deve ser elaborado de maneira clara e especifica, informando o resultado esperado, os níveis de autoridade na condução das atividades, os métodos e meios necessários para o isolamento e controle das fontes de energia e os meios de garantir o cumprimento destes procedimentos e deve conter no mínimo o seguinte: • Todas as etapas necessárias para a parada das atividades e a intervenção, o isolamento e bloqueio de máquinas, equipamentos e sistemas, com fins de assegurar o controle das fontes de energia; • Todas as etapas necessárias para a colocação e remoção de cadeados e raquetes, ou dispositivos equivalentes; • Exigências específicas para testes de verificação da eficácia dos dispositivos de bloqueio, identificação, aviso e de outras medidas de controle de energia; • A indicação de um local específico para a guarda das etiquetas, cadeados, correntes, pinos, cintas e outros dispositivos capazes de bloquear máquinas e equipamentos de fontes de energia, com a finalidade de mantê-los disponíveis e em condições adequadas de uso. Pelo que se pode observar, todas as vezes que um trabalho for executado deve-se observar que existe a fonte de energia e o equipamento, sistema ou local onde serão realizadas as atividades de manutenção, instalação ou correção. O que se deve fazer é interromper, momentaneamente, o trajeto entre as fontes e os equipamentos. É importante salientar-se que nem todas as fontes de energia podem ser bloqueadas, mas sim, e tão somente controladas ou monitoradas, como no caso de queda de raios e da energia gravitacional. Para essas deve-se apenas monitorar, ou, como no caso de queda de raios em atividades a céu aberto, construir abrigos com sistemas de proteção contra descargas atmosféricas – SPDA. LIBRA O acrônimo LIBRA, como dito anteriormente significa: • Liberação – da área e das atividades de modo que venham a ser executadas dentro dos níveis de segurança exigidos; • Isolamento – restringindo o acesso de pessoas não autorizadas ao local. O isolamento é realizado através da interposição de barreiras físicas, como cercas, por exemplo, ou tapumes; • Bloqueio – impedindo que a energia perigosa venha a fluir nos locais sob intervenção; 8 de 28
  • 9. • Raqueteamento – a raquete é uma peça metálica, com a forma de uma raquete de praia, inserida nas conexões das tubulações, quando esses trechos possuem flanges aparafusados entre sí; • Aviso – significa a divulgação de uma informação. O aviso pode ser sonoro ou por meio de placas e de sinalizadores. Execução das ações de bloqueio e de isolamento Ao se estabelecer os procedimentos, que tem como princípio primeiro o de reconhecer os riscos e de isolá-los, protegendo os executantes, devem ser tomadas algumas ações como por exemplo: a) Preparação para a intervenção Essa etapa é a mais importante de todas. Nela devem estar inseridas questões como: • O que fazer? • Por que fazer? • Como fazer? • Quem irá fazer? • Quando deverá ser feito? • De que forma deverá ser feito? • A que custo deve ser feito? • Em que tempo deve ser feito? • Quais as exceções que poderão ser admitidas? Enfim, esses e outros questionamentos devem estar contidos na preparação para a intervenção. Qualquer esquecimento, por menor que seja, pode redundar em um acidente futuro. Por exemplo, quando se trabalha com ar comprimido não adianta somente desligar-se o motor, porque continuará existindo ar comprimido no cilindro. Da mesma forma quando se trabalha com equipamentos que produzem frio ou calor, ou que em seus processos há a geração de frio ou calor deve-se planejar o tempo de início de execução das atividades, já que o frio ou o calor se dissipam e não se desligam ou desconectam. 9 de 28
  • 10. Antes que um equipamento ou sistema seja retirado de operação, os empregados que executarão as tarefas devem ter conhecimento do tipo e magnitude da energia, dos riscos a serem controlados e os métodos e meios para controlar esta energia. b) Parada da máquina ou equipamento O equipamento ou sistema deve ser retirado de operação seguindo-se os procedimentos operacionais específicos. Após a emissão das autorizações para o início das atividades, providenciada pelo pessoal que opera os equipamentos, devem ser estabelecidos o desligamento, bloqueio e liberação dos equipamentos e ou sistemas envolvidos na intervenção, bem como a instalação de dispositivos de isolamento de energia – DIE, que impeçam o reacionamento acidental dos mesmos, como as válvulas de bloqueio, chaves seccionadoras operadas manualmente, disjuntores, raquetes, flanges cegos, figura oito e outros dispositivos que melhor se apliquem. Os dispositivos de bloqueio e aviso devem ser os padronizados para essa utilização. Também devem conter a identificação de quem os afixou, o motivo, a data, hora de início e término previsto. Nesses dispositivos deve existir campo específico para a anotação dos riscos decorrentes da remoção dos mesmos. Trava de segurança: Trata-se de uma trava que embora seja de uso particular, permite a colocação de outros cadeados de segurança, indicando que há mais de um colaborador trabalhando em um mesmo equipamento impossibilitando ainda o religamento do painel principal ou de outras fontes de energia que foram desenergizadas. A trava de segurança substitui a retirada do fusível, pois este pode ser recolocado. Trava de segurança. 10 de 28
  • 11. Etiqueta de Segurança: Não substitui o cadeado, deve ser usado após a aplicação do cadeado nos painéis secundários da máquina ou durante testes de funcionamento em que o colaborador da manutenção necessite operar a máquina ou equipamento para finalizar o trabalho. Alívio e dissipação da energia residual armazenada Uma das causas dos acidentes ocorridos em áreas já liberadas mas que possuem ou nela existem energias perigosas é a do alívio de linhas, para a dissipação da energia residual armazenada. Em soldas oxi acetilênicas há um par de mangueiras de borracha, uma conduzindo o oxigênio e outra o acetileno. Quanto os trabalhos terminam o normal, que é o praticado, é o dos soldadores fecharem os registros no maçarico e depois nas garrafas de gases. Ao procederem desta maneira estão mantendo o acetileno pressurizado na linha. Se houver necessidade de reparo nos registros podem-se ter explosões. O mesmo ocorre com cilindros de gases abastecidos por motores. O fato de desligarem-se os motores não significa que o ambiente está seguro, pois há gás pressurizado nos cilindros. As energias residuais devem ser aliviadas utilizando-se um dos meios descritos abaixo: • Aterrar equipamentos elétricos; • Dissipar a energia dos capacitores; • Dissipar vapores de vasos e tubulações; • Reduzir temperaturas extremas; • Aliviar pressões internas; • Descontaminar e ou administrar resíduos químicos; • Drenar produtos de vasos de pressão e tubulações; • Aliviar tensões de equipamentos com molas ou por gravidade; • Proteger as partes móveis dos equipamentos que serão objeto de intervenção com dispositivos especiais; • Em equipamentos com grande energia cinética mesmo após o desligamento aguardar a paralisação dos mesmos sem intervenção. Durante as ações de preparação para a intervenção em ambientes com energias perigosas podem ocorrer alguns erros que podem ser fatais, como por exemplo: 1. Falha ao desligar um aparelho; 2. Falha ao desconectar o equipamento de sua fonte de energia; 3. Falha ao eliminar a energia residual; 11 de 28
  • 12. 4. Falha ao religar acidentalmente o equipamento; 5. Falha ao não afastar objetos que possam interferir quando o equipamento for ativado. Verificação do bloqueio e isolamento da fonte de energia Após inseridos os dispositivos de isolamento e bloqueio, e estando a área já liberada para o início das operações, o encarregado pelos serviços deverá aplicar um check list a fim de identificar eventuais falhas no atendimento aos procedimentos. Alguns aspectos de verificação devem ser ressaltados, como: • Verificar se o equipamento ou sistema encontra-se no “estado zero de energia”; • Empregar métodos testados para avaliação se efetivamente a energia perigosa foi isolada, bloqueada oi dissipada nas áreas onde o pessoal executará as tarefas requeridas; • Verificar se há possibilidade de re-acúmulo de energia em níveis perigosas; • Verificar se foram instalados equipamentos ou dispositivos de medição adequados aos riscos e se esses são mantidos calibrados. Identificação dos limites de bloqueio da fonte de energia Alguns procedimentos empregados para reduzir os níveis de periculosidade das instalações e equipamentos, para a realização de reparos “rápidos” apenas atenuam o problema de um acidente, não o elimina e nem o mitiga. Não se deve trilhar atalhos no cumprimento dos procedimentos e muito menos empregar-se os materiais inadequados. Já tivemos a oportunidade de analisar acidentes em atividades em dutos empregados para transporte de produtos perigosos, onde o tampão de bentonita cedeu à movimentação da tubulação, antes mesmo do início dos serviços. Os limites dos bloqueios de intervenção devem ser identificados com faixas auto adesivas, indicando em qual lado do bloqueio há energia perigosa e em qual lado está liberado para execução das atividades. Quem é o responsável pela liberação das áreas? Inicialmente, em todo o trabalho que envolve energias perigosas há uma grande quantidade de “donos” da área, isso porque o acidente quase nunca fica restrito ao local onde ocorreu. Por exemplo, uma intervenção em uma linha pressurizada de gás, ar comprimido ou vapor pode atingir outras áreas próximas. Uma queima de um motor pode paralisar as instalações locais ou afetar outras áreas. Nesses casos é importante empregar-se uma técnica de simples aplicação denominada de 12 de 28
  • 13. Série de Riscos, que mais posteriormente recebeu o título de Técnica dos Dominós, e agora, mais recentemente, Técnica do Queijo Suíço. O conceito é exatamente o mesmo, mas cada pesquisador atribui nomes distintos. Uma série de riscos é um evento onde os riscos se sucedem, iniciado o primeiro risco. Para cada um dos riscos que se manifestam podem surgir outros riscos paralelos ou não. Isso significa que podemos ter uma área de risco ampliada. Exemplificando, supondo que alguém mal intencionado resolva remover um parafuso importante de uma torre de transmissão de energia elétrica, certamente não estará preocupado com a queda da torre, mas sim, a queda da energia elétrica. Essa, por sua vez, poderá atingir residências, pois a dona de casa não terminará a limpeza da sala com o aspirador de pó, atingir um hospital, já que a máquina de hemodiálise irá parar, uma escola, que poderá não aplicar uma prova à noite, ou uma fábrica que ficará sem produzir. Assim, o simples parafuso pode causar inúmeros outros problemas, encadeados ou em paralelo. Assim, diante deste quadro o importante é que todas as pessoas envolvidas tenham conhecimento do que será realizado e possam apresentar suas considerações a respeito. Exemplos de dispositivos de proteção As ilustrações a seguir são resultado de pesquisa em normas específicas sobre o assunto, material de divulgação publicados na Internet, e, principalmente, de fotos enviadas pelo Amigo Renato Pereira, que por quase quarenta anos atua na fiscalização de serviços nessa área e qye gentilmente cedeu as fotos e alguns dos dados apresentados. Figura oito extraída da norma P N 0120, rev. 2010 13 de 28
  • 14. A figura oito, como é conhecida, é uma “raquete” dupla, onde um lado deixa passar o fluido pelo interior da tubulação, e do outro lado veda a passagem, o “lado cego”. Normalmente essa peça fica presa entre flanges de tubulações que requerem manutenção periódica. Existem vários processos para a limpeza de tubulações, variando desde escovas rotativas especiais até a “pigs”, que são inseridos nos dutos. Há vários tipos de pigs. Um pig, ou porco, em português, é um dispositivo que é inserido em uma linha para vários fins e efeitos. Existe pigs que avaliam o grau de ovalização de uma linha, os pontos de corrosão ou de defeitos de soldagem, também servem para a limpeza e outros fins. O de maior sofisticação, empregado para avaliar os defeitos existentes em uma linha de dutos é o pig instrumentado. Esse pode ser guiado e rastreado através de GPS, identificando o ponto de falha onde será feita a intervenção, que pode ser a substituição de um pequeno trecho de linha, seja pela soldagem de um trecho, ou pela inserção de um carretel. A raquete é uma peça em aço, “cega”, ou seja, sem deixar passar fluido, que é inserida entre flanges. É uma peça muito utilizada em dutos de grande diâmetro, para a manutenção de trechos, reparos ou substituições. O anel espaçador a seguir, ainda no mesmo conjunto de desenhos é uma peça semelhante a uma raquete, com o detalhe de não dedar a passagem de fluido e sim de garantir o correto espaçamento entre flanges. 14 de 28
  • 15. Flange típico, onde se observa no anel os orifícios para a passagem de parafusos de fixação ao flange na extremidade do outro trecho de tubulação, formando uma linha de dutos. Um flange é uma peça de conexão. Uma linha de dutos é um conjunto de tubulações soldadas em suas extremidades, entre si gerando uma continuidade. Assim, quando são construídas as linhas chega-se a soldar dez trechos de cada vez. Porém, quando há necessidade de se reparar uma linha pode-se cortá-la no trecho a ser reparado e inserir outro trecho, ou então montarem-se os flanges e a seguir inserir um tubo de menor comprimento, em torno de dois metros, e conectá-lo. Esse tubo de menor comprimento é flangeado nas duas extremidades e recebe o nome de carretel. Flanges conectados um ao outro através dos parafusos. Muitas vezes empregam-se estojos com as porcas em cada extremidade rosqueadas. 15 de 28
  • 16. Estojo é um parafuso com roscas nas duas extremidades. Ele é inserido nos orifícios os flanges e colocadas porcas nas extremidades que são apertadas através de sistemas pneumáticos, mais usual, ou através de chaves de impacto, essas quando o espaço de trabalho é limitado. Carretel é um pequeno trecho de tubulação, flangeada em seus extremos, inserida entre um trecho de uma linha, seja para complementar a instalação com a adição de equipamentos ou sistemas de monitoramento, seja para substituir trechos reparados. Há normas específicas que determinam o tamanho máximo de um carretel, em termos de comprimento. A conexão entre esses e a linha existente é feita por parafusos. Em condições normais existe uma peça de vedação. 16 de 28
  • 17. Válvula globo de controle do fluxo da linha. Trava empregada em válvulas esfera, impedindo a sua abertura acidental. Cadeado pera válvula de fecho rápido Cadeado reforçado para válvulas universal 17 de 28
  • 18. Cadeados para interruptores internos. Cadeados para plug macho. Proteção para as extremidades das extensões, evitando que essas venham a ser incidentalmente conectadas. 18 de 28
  • 19. Proteção para conexões. Cadeados múltiplos. As atividades somente podem ser retomadas em condições normais após a remoção do último cadeado. Em cada um deles há uma etiqueta com as informações necessárias e a foto de quem está realizando o serviço. Isso pode ocorrer quando um equipamento precisa ser revisado em suas várias disciplinas. Por exemplo, desliga-se o painel de uma bomba para fazer a manutenção do painel, trocar uma extensão, substituir uma junta da bomba, trocar-se um calço do equipamento, entre outras ações. Cada um que vier a concluir seu serviço informa aos demais, dá baixa na OS e 19 de 28
  • 20. retira seu cadeado. Desta maneira, enquanto todos os envolvidos não tiverem retirado seus cadeados o equipamento não poderá ser energizado. Lacre para evitar a remoção de uma porca. Dispositivo de controle para impedir que o volante da válvula registro seja movimentado. Pino se segurança adicionado para evitar a movimentação de um motor, neutralizando a energia cinética. 20 de 28
  • 21. Dispositivo para a proteção das extremidades das extensões. Tampa de segurança para painéis elétricos, evitando a instalação de múltiplos cadeados. 21 de 28
  • 22. Cadeado múltiplo para seis cadeados. Cunhas de segurança. 22 de 28
  • 23. Cadeado sendo passado antes do início das atividades. 23 de 28
  • 24. Sinalização de segurança a ser colocada antes do início dos serviços. Sinalização de segurança não deve ser confundida com barreiras de segurança, pois enquanto as primeiras sinalizam as demais evitam que alguém ultrapasse os limites. Etiquetas auto adesivas. Neste caso, ela é genérica. A etiqueta ideal é aquela que informa corretamente o lado do equipamento onde não pode haver contato. Assim, esta etiqueta é simplesmente de alerta. Adesivos colocados nas partes mais sensíveis dos equipamentos ou nas tampas dos painéis de controle. 24 de 28
  • 25. Técnica dos Três pontos, onde o trabalhador responde mentalmente as perguntas formuladas. Adesivo da Técnica dos Três pontos, a ser fixada no lado do equipamento que será mantido isolado para manutenção ou reparo. 25 de 28
  • 26. Cadeado de proteção contra o religamento de disjuntor. Cadeado contra o religamento de disjuntor. Neste caso, protege-se exclusivamente o equipamento onde ocorrerá a manutenção ou reparo, deixando os demais livres para serem operados. Para isso, deve-se ter a certeza de que não haverá a possibilidade de, por uma falha interna do painel o equipamento vir a ser realimentado com corrente. 26 de 28
  • 27. Removendo os Bloqueios A remoção dos bloqueios se dá na sequência inversa da instalação dos mesmos. Assim, é importante que sejam observados os seguintes quesitos: 1. Verifique ao término se alguma ferramenta, parte do equipamento solta, fio desencapado por esquecimento tenha ficado no interior do equipamento. 2. Avise a todos os envolvidos que o sistema de bloqueio será desativado. 3. Afaste todos os trabalhadores do equipamento antes de restabelecer a energia. 4. Cadeados e etiquetas devem então ser removidos somente por quem os instalou. 5. Fazer os testes de funcionamento com representantes do local. 6. Limpar toda a área de trabalho. 7. Terminar a permissão de Trabalho de acordo com o procedimento. 8. Devolver a Permissão de Trabalho para o Segurança Industrial. Lembretes importantes 1. Em hipótese alguma retire um cadeado que não seja seu próprio. 2. Se ao término do trabalho não for encontrado algum cadeado esquecido bloqueando e o proprietário não for encontrado, somente o supervisor poderá cortá-lo na presença do supervisor da área. Lembre-se este procedimento visa assegurar não só a sua integridade física como também a de terceiros. Conclusão O controle das fontes de energia é uma das partes de um processo de salvaguarda da vida dos trabalhadores, principalmente por se tratarem de energias perigosas. A eletricidade é uma energia perigosa. Assim, o cuidado que se deve ter para trocar-se uma lâmpada deve ser o mesmo do de substituir a peça de um motor. A lâmpada queimada não é menos importante do que a peça do motor. Para que cheguemos a este nível de interpretação é necessário que tenhamos uma cultura de segurança. 27 de 28
  • 28. Quando esta Cultura encontra-se em seu último estágio, não haveria nem a necessidade de se instalar cadeados ou outros dispositivos. Isso porque, o trabalhador capacitado não toca em nada sem saber quais serão as consequências posteriores. Mas não podemos nos esquecer também que em muitos casos, a deficiência de um layout, ou o acréscimo de equipamentos em um ambiente pode fazer com que equipamentos passem a ficar próximos demais das passagens, podendo, nesses casos, virem a ter contato com as pessoas que transitam por alí. Assim, nesses casos os cadeados e demais dispositivos de proteção contra as energias perigosas é indicado. Outro aspecto que também deve ser ressaltado é o de que não deve haver uma lista padrão de checagem do ambiente, porque os ambientes são sempre distintos. Quando se padroniza a inspeção através de um único formulário padroniza-se também o pensamento e o raciocínio de quem está aplicando o check list. Se houver mudanças não tão perceptíveis assim o inspetor nem as notará. Por fim, e o mais importante, é que quem tem que se preocupar com a segurança é o próprio trabalhador que ficará exposto. Cabe a ele identificar os problemas e tomar as iniciativas cabíveis. Ele não deve ficar esperando que outros pensem por ele, já que “a segurança somos todos nós”. 28 de 28