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Cadernos de Seguro: Segurança de sistemas industriais - parte iii
o seguro e a segurança
patrimonial 3~ parte
Antonio Fernando
Navarro
·Engenheiro civil
·Engenheiro de Segurança do Trabalho
·Professor da Funenseg
I D lando seqüência a nossa série,intitulada "O Seguro e a Segu-
rança Patrimonial", continuaremos
abordando o dimensionamento de
equipes de vigilância, bem como os
controles exercidos sobre as edifica-
ções e instalações, com vistas à me-
Ihoria das condições de segurança.
Até o presente momento fizemos
algumas abordagens sobre as rotinas
a serem seguidas quando se deseja im-
plantar um razoável sistema de segu-
rança patrimonial. A não adoção de
qualquer tipo de sistema não implica,
necessariamente, a falta de seguran-
ça, visto que os mesmos dependem
. diretamente de uma série de fatores,
dentre os quais podemos destacar:
· conscientização pela direção da
empresa e pelos funcionários das van-
tagens do sistema;
· adoção de sistemas de seguran-
ça compatíveis com as atividades e o
vulto da empresa;
· capitalização de recursos neces-
sários para a implantação de progra-
.mas eficientes;
· correta atualização dos progra-
mas implantados, principalmente sob
o ponto de vista tecnológico.
Deve frisar-se que a cada dia mais
e mais sistemas de segurança são cria-
dos, visando a detecção de problemas
em menor tempo, e com mais perfei-
ção. A título de exemplo, para o con-
trole de acesso a áreas restritas, exis-
tem mecanismos de detecção d~ pres-
são exercida quando da assinatura de
fichas, mapeamento das veias ocula-
res e a confrontação com gabaritos,
cartões magnéticos perceptíveis à dis-
tância, placas metálicas sob o piso de-
tectando a pressão exercida pelo an-
dar, elementos sensores de calor etc.
Entretanto, por mais sofisticados
que sejam os sistemas, ainda não in-
ventaram os que funcionam sem o ho-
mem. Ébem verdade que o computa-
dor controla quase tudo hoje em dia,
porém tem que ter alguém que o pro-
grame. Por essa razão, o que poderia
ser o mais simples elemento do nOS7
so complexo sistema não o é, visto tra.
tar-se do homem. Esse componente
comporta-se ou age de diferentes ma-
neiras, de acordo com o momento, in-
viabilizando a concepção de sistema
infalível.
Como se não bastasse esse fato, os
nossos meios de comunicação, prin-
cipalmente a televisão, levam aos nos-
sos lares mirabolantes projetos de des-
truição da coisa alheia, através de sa-
botagens, invasões etc., transforma-
dos de mera ficção em realidade con-
tinuamente, por mentes deturpadas.
As estórias policiais estão repletas de
fatos ocorridos imitando situacões
passadas nas telas das televisões.
Vigilância de
áreas internas
I A I maiorou menorcomplexidadeatribuída à atividade de vigilân-
cia depende, fundamentalmente, das
obstruções à visão do vigilante, pos-
sibilidades de refúgio, luminosidade
interna, tipo de operação executada,
densidade populacional e de equipa-
mentos etc. Por essas razões, a vigi-
lância executada em áreas internas é
sempre mais difícilde ser feita, além de
exigir um maior conhecimento técni-
co por parte dos vigilantes, os quais
devem ser capazes de deteçtar e iden-
tificar falhas e situacões anormais em
equipamentos e ins'talações, além de
saber integrar-se perfeitamente ao
ambiente.
o vigilahte não é uma vedete o...
estrela que fica desfilando pelos
corredores da empresa postando
ostensivamente uma arma, ou exi-
bindo os seus músculos, mas, sim.
um funcionário da empresa treina-
do para detectar situações anor-
mais ou inibir ações predatórias
contra o patrimônio da empresa.
Nasáreas internas a vigilânda de-
ve ser executada da seguinte forMa:
Vigilância durante o horário de
expediente
Durante o horáriode expedief"tevá-
rios são os problemas normalrner'te
encontrados pejos vigilantes, dertre
os quais destacam-se a maior aglorne-
racão de funcionários e o trabalho
co'ntínuo dos equipamentos e Maqui-
nismos.
Uma rotina de trabalho sugerida
nessas situações é a seguinte:
a) vigilância executada por rOf"das
móveis;
b) verificação do sistema de fecha-
mento de aberturas;
c) inspeção visual dos equipamen-
tos de deteccão e combate a incên-
dios; ,
d) inspeção nos corredores e circu-
lações de pessoal e material de forma
a evitar obstruções que dificultem a
evacuação das áreas'
e) verifica cão de situacões anor-
mais nos equipamentos e instalações
(falta de dispositivos de proteção dos
circuitos, vazamentos, superaqueci-
mentos, produção anormal de fagu-
lhas, produção de fumaça etc.);
f) verificação das placas de sinali-
zacão, controles e avisos (através das
plácas consegue-se obter a informa-
ção necessária ao comando dos equí-
pamentos. A título de curiosidade
lembramos que ainda existem pessoas
CADERNOSDESEGURO 27
que sentem prazerem danificaravisas,
au mesma retirá-Ias para guardar ca-
ma sauveniers);
g) acampanhamenta das serviças
das aperárias, natadamente as das
empresas cantratadas, abjetivanda
inibi-Ias quanta à iniciativa de ações
predatórias;
h) check-up das dispasitivas ele-
trônicas de vigilância e segurança;
j) check-up das sistemas de ilumi-
nação.,principalmente as de emergên-
cia, analisanda-se as luminárias, pra-
jetares, dutas, tamadas e baterias.
É impartante que a vigilância seja
executada par hamens desarmadas,
em rondas cam intervalas de tempo.
nunca superiores a três haras.
Vigilância fora do horário de
expediente
Após as jarnadas de trabalha a ro-
tina a ser adatada pelas vigilantes sa-
fre uma brusca transfarmaçãa, em de-
carrência da menar mavimentaçãa de
pessaal, paralisação. das equipamen-
tas, maiar silêncio. etc.
A metadalagia de trabalha sugeri-
da é a que se segue:
a) vigilância feita par hamens ar-
madas e cam sistema de radiacamu-
nicadar;
b) verifica cão. e testes das sistemas
de fechamento. d~ aberturas e passa-
gens;
c) inspeção. visual nas equipamen-
tas de deteccãa e cambate a incên-
dias; ,
d) inspeção. em tadas as carreda-
res evias de circulação., não.se permi-
tindo. as abstruções, mesma que pra-
visórias;
e) verificacãa das candicões de
manutenção. de tadas as placa's de avi-
sas;
f) verificacãa de situacões anar-
mais nas equipamentas e instalações;
g) check-up nas quadros e painéis
de cantrale, verificanda-se as candi-
ções de anarmalidade;
h) rondas em intervalas de tempo.
nunca superiares a uma hara;
j) check-up das dispasitivas eletrô-
nicas de segurança;
j) check-up da sistema de ilumina-
ção.de emergência;
I) verificação. das depósitas de lí-
quidas e gases, principalmente as
cantenda pradutas perigasas (infla-
máveis, explasivas, carrasivas), visan-
do. detectar vazamentas.
Durante aexecucãa de suastarefas
as vigilantes devém camunicar-se
cam a respansável pela equipe através
de radiacamunicadar, em intervalas
de tempo. nunca superiares a 30 minu-
tas, transmitindo. uma senha para si-
tuações narmais e autra para situa-
ções anarmais.
28 FUNENSEG
Após a passagem da serviço. a vi-
gilante deverá apresentar um relatório.
cantenda infarmações acerca das
anarmalidades encantradas e as pra-
vidências tamadas para saná-Ias.
 naite a número de vigilantes de-
ve ser sempre superiar ao. existente
durante a dia, em cerca de 50%.
Dimensionamento da equipe
efetiva para controle de áreas
internas
Par questões de simplifica<;ãade
raciacínia cansideremas a mesma
exemplo. descrita na 2~ parte:
. superfície de terreno. - 118mil
m2;
· área tatal canstruída - 46 mil
m2;
três turnas de trabalha.
Influencia bastante na dimensiana-
menta da equipe de vigilância sa-
ber-se:
· a área canstruída carrespande a
uma só edificacãa au a várias?
. a área tatál canstruída está dis-
tribuída em um só nível au em várias?
· as canstruções passuem uma
densidade de equipamentas, maqui-
nismas e instalações grande au pe-
quena?
Imaginemas que, após respandidas
as perguntas feitas, abtivemas a se-
guinte resultada:
· tratam-se de várias canstruções,
quase tadas isaladas umas dasautras,
senda a maiar cam aita mil m2 de área
canstruída;
·excetuanda-se a maiar canstru-
çãa,tadas asdemais passuem mais de
um pavimenta;
· em todas as contruções os espa-
ços ocupados por maquinismos, equi-
pamentos e instalações não são supe-
riores a 40% da área total.
Paraum dimensionamento de equi-
pe fica difícil analisar-se todos esses
dados de par si e atingir-se um deno-
minador comum. Por isto, em nosso
processo, fizemos a seguinte tabula-
cão:
. · área construída, distribuída em
uma única edificacão - fator 1,0;
· área construida, distribuída em
várias edificacões - fator 0,7.
Com o fator determinado, verifi-
ca-se na tabela a seguirqual é a área
máximaconstruída,admitidaparaca-
da vigilante,em efetivoserviço:
Fig.3
pequena
um nível.
mais de um
6.000 m2
5.000 m2
Densidade pequena é aquela na
'quala área ocupada por maquinismos,
equipamentos ou instalações está
compreendida entre Oe 20% da área
total construída, avaliada pela proje-
ção dos equipamentos no solo.
Densidade média é a correspon-
dente ao intervalo entre 21 e 40% da
área total construída.
Densidade grande é aquela na qual
o somatório da projeção das áreas dos
equipamentos, maquinismos e insta-
lações é superior a 40% da área total
construída.
No nosso. exemplo tem-se que:
·área total construída: 46..000 m2
· densidade de ocupação: 40%
(média) ,
·mais de um nível
·várias construções: fator 0,7
Com os dados acima, entra-se na
tabela da figura 3 e obtem-se 3.000
m2.
3.000m2xO,7 = 2.100m2paraca-
da vigilante.
46.000 m2 : 2.100 m2
= 21,9 vigi-
lantes (considera-se 22).
Tendo em vista que os mesmos se
acham distribuídos em três turnos, e
o da noite com no mínimo mais de
50% de pessoal, chega-se ao seguin-
te resultado:
1? turno: a - 22 = 3,5a - 1?tur-
no: 6 vigilantes.
2? turno: a - a = 6,3 (considerar
6) - 2? turno: 6 vigilantes.
3? turno: a + 0,5 a - 3? turno: 10
vigilantes.
Total = 3,5 a.
média
tuais faltas ao serviço e escala de fé-
rias.
A cada turno de servico deve ser
feito um relatório de ocorrências pelo
chefe da equipe de vigilantes, conten-
do todas as anormalidades e fatos
ocorridos em seu turno. No turno da
noite esse relatório deverá conter os
relatos das principais comunicações
feitas pelos vigilantes em ronda, como
o horário em que essas foram feitas.
grande
4.500 m2
3.000 m2
3.000 m2
1.500 m2
Esse número mínimo não inclui o
pessoal de reserva, para suprir even-
RElATORIO DE OCORRÊNCIA POR TURNO DE
VIGilÂNCIA
CHEFEDA EQUIPE
HORA/COMUNICAÇOESEMPRESA
COMPONENTES DA EQUIPE
OCORR~NCIAS/LOCAlIHORA
ASSINATURA
Fig.4 - Modelo de relatório de ocorrências por turno de vigilância.
CADERNOSDE.SEGURO29
Controle das
instalações e
edificações
durante e após
as jornadas de.servIço
fEl m qualquer empresa o contro-~ le sobre as condições de fun-
cionamento e manutenção é executa-
do pela área industrial. No tocante ao
controle com vistas à segurança patri-
monial esse deve ser exercido pelo se-
tor de segurança. Ésempre difícilfa-
zer-se essa divisão de atribuições por-
que os interesses se conflitam. Aárea
industrial cuida da produtividade e efi-
ciência das instalações, cabendo à
área de segurança evitar que as mes-
mas sejam atingidas por atos de
sabotagem.
Como dissemos anteriormente, ca-
be ao setor de segurança patrimonial
a fiscalização dos bens, evitando que
os mesmos sejam atingidos por ações
danosas. Assim sendo, durante suas'
rondas, qualquer situação de anorma-
lidadedeve ser comunicada de imedia-
to à área responsável, para as provi-
dências necessárias. Como o objetivo
do servico não é o de se executar re-
paros, mas, sim, o controle da área, a
inspeção de anormalidades é sempre
visual. Excepcionalmente o vigilante
pode executar algum serviço, como,
por exemplo, o fechamento de uma
válvula deixada inadvertidamente
aberta.
.Controle sobre
as instalações
As instalacões normalmente en-
contradas em indústrias são as seguin-
tes:
· água potávele água industrial;
·luz e força;
· esgoto sanitário e industrial;
· ar comprimido;
·gases industriais (oxigênio, ace-
tileno, hidrogênio, gás carbônico);
· óleos combustíveis e inflamá-
veis;
· vapor;
· vácuo; etc.
Cada uma dessas instalações pos-
sui características diferentes e formas
de controle diferenciadas. As situa-
ções de anormalidades que podem ser
observadas durante uma inspeção vi-
sual são:
30 FII"iE'N:G
· vazamentos;
· amassamentos;
. flexão de tubulações pela ausên-
cia de suportes;
· perda de envoltórios térmicos;
. rompimentos;
. falta de equípamentos (cone-
xões, registros, válvulas etc.);
. ligaçôes aparentes sem isola-
mento;
. ausência de dispositivos de pro-
teção (disjuntores, fusíveis).
Em particular, pode-se enfocar as
instalações elétricas, principalmente
as chaves disjuntoras. Algumas vezes,
por sobrecarga na instalação, costu-
ma-se substituir os fusíveis ou disjun-
tores por moedas, arames, palha de
aço, fios de cobre, papellaminado de
cigarro etc., que só prejudicam a ins-
talação, podendo mesmo vira ser res-
ponsável por curtos-circuitos.
Ovigilante deverá ter o bom senso
para entender o que é uma situação
anormal e acionar de imediato o setor
responsável, para as providências ca-
bíveis. Apenas como caráter informa-
tivo e para facilitar a perfeita identifi-
cação das tubulações e os seus vários
usos, fornecemos o código de cores
indicadas na segurança do trabalho e
para tubulações, baseado nas normas
da Associacão Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT):
· vermelho - sistemasdecomba-
te a incêndio;
. alaranjado- produtos químicos
não gasosos, em geral;
· amarelo - gases não liquefeitos;
. verde claro - água em geral;
· azul - ar comprimido;
--
1-
.marrom- materiaisfragmenta-
dos (minérios);
. cinza claro - vácuo;
. cinzaescuro - eletrodutos;
. branco - vapor dágua;
.preto - inflamáveis e combustí-
veis de alta viscosidade;
· alumínio - gases liquefeitos,in-
flamáveis e combustíveis de baixa vis-
cosidade.
Controle sobre
as edificações
Da mesma forma como no contro-
ledas instalações, o controle sobre as
edificações, executado pelo setor de
segurança patrimonial, é apenas vi-
sual, tendo por meta evitar ações pre-
datórias contra o patrimônio da em-
presa. Considera-se como fazendo
parte das edificações não só a cons-
trução, como também as melhorias a
elas incorporadas.
Os principais itens a serem obser-
vados são os seguintes:
·pisos;
. paredes internas e externas;
. estruturas da construção (colu-
nas, vigas, lajes);
.aberturas internas e externas;
. dispositivos de isolamento con-
tra fogo (porta corta-fogo e parede
corta-fogo);
· proteção contra a entrada de es-
tranhos;
· telhado e travejamento.
As anormalidades encontradas de-
vem ser comunicadas de imediato e
anotadas no relatório diário, elabora-
do após o turno de trabalho.
.
.I
'.:t---. . ...
r
.
A segurança deva avitar atos da sabotagem na áraa industrial
- - ---
. ,,--Jf 12:t..:'"
Nas situações de emerglncia, a equipe de segurança deve iso/ar as áreds afetadas
Controle de
situações
de emergência
rc'onstituem situações de emer-
~ gência aquelas que pela sua
existência e gravidade podem pôr em
risco a saúde ou a vida de terceiros.
São exemplos de situações de
emergência:
· artefatos explosivos (bombas);
· incêndios;
· acidentes pessoais, incluindo cri-
mes;
· acidentes envolvendo as instala-
ções e edificações (explosões de equi-
pamentos, acidentes elétricos, rompi-
mento de tubulações, desabamentos,
vazamento de efluentes);
· inundação e alagamento;
· seqüestros;
· sabotagens;
· roubos e assaltos;
· contaminação ambienta I;
· vazamentos de produtos tóxicos,
inflamáveis ou corrosivos.
A equipe de Segurança Patrimonial
deve estar preparada para prestar
apoio a cada uma dessas situações. O
seu envolvimento nunca é direto, ex-
cetuando-se em casos da existência
de artefatos explosivos, seqüestros,
sabotagens, roubos. Afora estes, sua
participação é a do isolamento e con-
trole das áreas afetadas e a evacuação
dos locais.
Atítulode ilustraçãovejamosalgu-
mas dessâs situações, imaginando
que ocorram durante o expediente
normal, situação essa a mais crítica
quanto à segurança das pessoas.
Artefatos explosivos
A colocação de bombas, visando a
intimidação, obtenção de vantagens
financeiras ou sabotagens cria sempre
uma situação de pânico, bastante pre-
judicial e de difícil controle.
Os artefatos explosivos são forma-
dos por uma substância explosiva, só-
lida (granulada ou não) ou pastosa,
com um elemento detonador (mecâ-
nico, elétrico, eletrônico ou manual).
Sua aparência não deve servir como
elemento comparador de seu poder de
destruicão.
As p'rovidências a serem tomadas
pelo setor de segurança patrimonial
são as seguintes:
· verificar a exata localização do
artefato e as características visuais do
mesmo, procurando fazer com que o
mesmo não seja tocado ou deslocado;
· avisar à polícia civilou militar;
· criarum cordão de isolamento ao
redor da área, formando uma regiãode
segurança ao redor do artefato;
· providenciar a desocupação do
locar, encaminhando as pessoas para
um local seguro, até que novas ordens
venham a ser dadas;
· oartefato somente deve serma-
nuseado pela políciamilitarou do exér-
cito, a qual poderá optar pela sua re-
moção imediata ou sua desmonta-
gem;
· antes de a área ser liberada deve-
rá sofrer uma completa varredura, com
vista a detectar-se qualquer outra
anormalidade;
· após a liberaçãodaáreapelapo-
lícia,encaminhar os funcionáriosàs
suas atividades normais;
· acompanhar posteriormente o
desenvolvimento dos serviços no fo-
cal, principalmente quanto ao com-
portamento dos funcionários.
Incêndio
Ocorrendo um incêndio, ou um
principiode incêndio, várias são as ati-
vidades que devem ser iniciadas de
imediato e simultaneamente:
· identificação do locale do tipo de
fogo;
· aviso à brigada de incêndio pró-
pria ou à guarnição do Corpo de Bom-
beiros mais próxima, em função da ex-
tensão do incêndio;
· evacuação do local;
· criação de um cordão de isola-
mento ao redor da área atingida;
· deslocamento dos equipamen-
tos de combate a incêndio-para o lo-
cal;
· início do combate ao incêndio,
apoiando as atividades da brigada de
incêndio;
. retirada de materiais e equipa-
mentos valiosos, situados próximo ao
fogo, se houver possibilidade.
Caberá unicamente ao chefe da bri-
gada de incêndio a responsabilidade
pela avaliação das condições do fogo
e as possibilidades do mesmo vira las-
trar-se a outras áreas, e, com isso, avi-
sar ou não à guarnição do Corpo de
Bombeiros mais próxima.
A evacuação do local do incêndio
pode ser executada contando-se com
o auxílio do grupo de apoio existente
na área, treinado para essas ocasiões.
O encaminhamento do pessoal
evacuado será feito para um local se-
guro, quer quanto à incidência de ca-
lorradiante, quer quanto à possibilida-
de de intoxicação por fumaças e ga-
ses tóxicos, e afastado dos centros de
atividades e das rotas de deslocamen-
to.
O isolamento da área afetada pelo
fogo poderá ser conseguido forman-
do-se cordões de isolamento. E mui-
to importante que na área de ataque
ao fogo só estejam as pessoas em
condições de combatê-Io. Durante o
isolamento não deve ser permitido o
ingresso de pessoas que desejem rea-
ver os seus objetos de uso pessoal.
Após o rescaldo a área atingida de-
verá ser mantida isolada para fins de
perícia técnica e apuração das causas
do incêndio. Nessa ocasião a segura-
dora djls instalações será comunicada
oficialmente, sendo solicitada imedia-
ta inspeção no local sinistrado e a libe-
ração da área afetada.
Em princípio, o combate ao incên-
dio deve feito ser pela brigada de in-
cêndio. Porém, como o pessoal da Se-
gurança Patrimonialtem conhecimen-
CADERNOSDE SEGURO 31
Em caso de acidente, a responsabilidade é do Serviço Especializado em Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho
tos específicos e treinamento adequa-
do, poderá auxiliá-Ia.
Acidentes pessoais,
incluindo crimes
Os acidentes sem gravidade, ocor-
ridos em indústrias, são os mais co-
muns, consistindo de luxações, into-
xicações leves, arranhaduras e esfola-
duras, picadas de insetos ou animais
daninhos, especialmente vetores. En-
tretanto, não estamos descartando a
possibilidade da existência de fraturas
múltiplas, lesões por objetos pontea-
gudos, queimaduras de 2? e 1?graus,
intoxicações graves pneumõnicas etc.
O que fazer nessas situações?
Em princípio, havendo Serviço Es-
pecializado em Segurança, Higiene e
Medicina do Trabalho, a responsabili-
dade pelo atendimento ao acidentado
será unicamente desse serviço.
Dificilmente poderá ocorrer dos vi-
gilantes terem de prestar os primeiros
socorros. Porém, o exigido da equipe
de vigilância é o isolamento da área
onde o acidentado se encontra e a ga-
rantia de sua remoção para um localde
atendimento mais adequado, sob a
supervisão de um médico ou de um-
enfermeiro.
Após a remoção do acidentado, e
32 rUNOO:G
em conjunto com o setor de seguran-
ça do trabalho, deverão ser apuradas
as causas do acidente, sobretudo em
apurações de casos de sabotagens ou
crimes. O resultado da apuração deve-
ráconstar do Livrode Ocorrências e da
Ficha do Funcionário.
A ocorrência de óbito, seja ou não
por crime, é sempre mais trabalhosa,
haja vista que a polícia deverá ser no-
tificada de imediato, não podendo ser
desfeito o local até a liberacão defini-
tiva pela polícia. .
Vazamentos de efluentes
e contaminação ambiental
Efluentes são todos os despejos re-
sultantes de um dado processamento.
Podem ser sólidos, líquidos ou gaso-
sos. Tem-se os efluentes resultantes
do processo industrial, da mesma for-
ma que os derivados de cozinhas ou
sanitários.
Independente de sua origem, os
efluentes antes de serem lançados no
meio exterior sofrem um processo de
depuração e tratamento. Esses pro-
cessos de tratamento variam de acor-
do com o tipo de material a ser trata-
do, sendo alguns: lavadores de gases,
filtros manga, ciclones, precipitado-
res, valas de infiltração,decantadores,
aeradores, gradeamento etc.
Eventualmente, por uma falha no
processo, no sistema de tratamento
ou condições ambientais adversas, há
possibilidade dos efluentes vazarem
para o meio exterior, contaminando o
ambiente. Periodicamente, surgem
notícias nos jornais a respeito de in-
dústrias que poluíram determinado rio
ou cidade, com grandes prejuízos fi-
nanceiros.
Cabe ao setor de Segurança Patri-
monial, após ser cientificado do vaza-
mento, como órgão de apoio, verificar
a extensão dos danos e as áreas atin-
gidas. Émuito comum surgirem recla-
mações de pessoas que não foram
atingidas só porque a região em que
moram o foi. Há sempre uma tendên-
cia das pessoas de tirarem proveito de
situações envolvendo empresas de
grande porte.
Em nosso próximo artigo conclui-
remos a nossa série, abordando:
· iluminação ambiental externa;
· condições de limpeza externa;
· controle de documentos;
·análisede pontos críticos;
· dimensionamentoda equipe de
segurança patrimonial;
· barreiras de proteção.
o

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Cadernos de Seguro: Segurança de sistemas industriais - parte iii

  • 2. o seguro e a segurança patrimonial 3~ parte Antonio Fernando Navarro ·Engenheiro civil ·Engenheiro de Segurança do Trabalho ·Professor da Funenseg I D lando seqüência a nossa série,intitulada "O Seguro e a Segu- rança Patrimonial", continuaremos abordando o dimensionamento de equipes de vigilância, bem como os controles exercidos sobre as edifica- ções e instalações, com vistas à me- Ihoria das condições de segurança. Até o presente momento fizemos algumas abordagens sobre as rotinas a serem seguidas quando se deseja im- plantar um razoável sistema de segu- rança patrimonial. A não adoção de qualquer tipo de sistema não implica, necessariamente, a falta de seguran- ça, visto que os mesmos dependem . diretamente de uma série de fatores, dentre os quais podemos destacar: · conscientização pela direção da empresa e pelos funcionários das van- tagens do sistema; · adoção de sistemas de seguran- ça compatíveis com as atividades e o vulto da empresa; · capitalização de recursos neces- sários para a implantação de progra- .mas eficientes; · correta atualização dos progra- mas implantados, principalmente sob o ponto de vista tecnológico. Deve frisar-se que a cada dia mais e mais sistemas de segurança são cria- dos, visando a detecção de problemas em menor tempo, e com mais perfei- ção. A título de exemplo, para o con- trole de acesso a áreas restritas, exis- tem mecanismos de detecção d~ pres- são exercida quando da assinatura de fichas, mapeamento das veias ocula- res e a confrontação com gabaritos, cartões magnéticos perceptíveis à dis- tância, placas metálicas sob o piso de- tectando a pressão exercida pelo an- dar, elementos sensores de calor etc. Entretanto, por mais sofisticados que sejam os sistemas, ainda não in- ventaram os que funcionam sem o ho- mem. Ébem verdade que o computa- dor controla quase tudo hoje em dia, porém tem que ter alguém que o pro- grame. Por essa razão, o que poderia ser o mais simples elemento do nOS7 so complexo sistema não o é, visto tra. tar-se do homem. Esse componente comporta-se ou age de diferentes ma- neiras, de acordo com o momento, in- viabilizando a concepção de sistema infalível. Como se não bastasse esse fato, os nossos meios de comunicação, prin- cipalmente a televisão, levam aos nos- sos lares mirabolantes projetos de des- truição da coisa alheia, através de sa- botagens, invasões etc., transforma- dos de mera ficção em realidade con- tinuamente, por mentes deturpadas. As estórias policiais estão repletas de fatos ocorridos imitando situacões passadas nas telas das televisões. Vigilância de áreas internas I A I maiorou menorcomplexidadeatribuída à atividade de vigilân- cia depende, fundamentalmente, das obstruções à visão do vigilante, pos- sibilidades de refúgio, luminosidade interna, tipo de operação executada, densidade populacional e de equipa- mentos etc. Por essas razões, a vigi- lância executada em áreas internas é sempre mais difícilde ser feita, além de exigir um maior conhecimento técni- co por parte dos vigilantes, os quais devem ser capazes de deteçtar e iden- tificar falhas e situacões anormais em equipamentos e ins'talações, além de saber integrar-se perfeitamente ao ambiente. o vigilahte não é uma vedete o... estrela que fica desfilando pelos corredores da empresa postando ostensivamente uma arma, ou exi- bindo os seus músculos, mas, sim. um funcionário da empresa treina- do para detectar situações anor- mais ou inibir ações predatórias contra o patrimônio da empresa. Nasáreas internas a vigilânda de- ve ser executada da seguinte forMa: Vigilância durante o horário de expediente Durante o horáriode expedief"tevá- rios são os problemas normalrner'te encontrados pejos vigilantes, dertre os quais destacam-se a maior aglorne- racão de funcionários e o trabalho co'ntínuo dos equipamentos e Maqui- nismos. Uma rotina de trabalho sugerida nessas situações é a seguinte: a) vigilância executada por rOf"das móveis; b) verificação do sistema de fecha- mento de aberturas; c) inspeção visual dos equipamen- tos de deteccão e combate a incên- dios; , d) inspeção nos corredores e circu- lações de pessoal e material de forma a evitar obstruções que dificultem a evacuação das áreas' e) verifica cão de situacões anor- mais nos equipamentos e instalações (falta de dispositivos de proteção dos circuitos, vazamentos, superaqueci- mentos, produção anormal de fagu- lhas, produção de fumaça etc.); f) verificação das placas de sinali- zacão, controles e avisos (através das plácas consegue-se obter a informa- ção necessária ao comando dos equí- pamentos. A título de curiosidade lembramos que ainda existem pessoas CADERNOSDESEGURO 27
  • 3. que sentem prazerem danificaravisas, au mesma retirá-Ias para guardar ca- ma sauveniers); g) acampanhamenta das serviças das aperárias, natadamente as das empresas cantratadas, abjetivanda inibi-Ias quanta à iniciativa de ações predatórias; h) check-up das dispasitivas ele- trônicas de vigilância e segurança; j) check-up das sistemas de ilumi- nação.,principalmente as de emergên- cia, analisanda-se as luminárias, pra- jetares, dutas, tamadas e baterias. É impartante que a vigilância seja executada par hamens desarmadas, em rondas cam intervalas de tempo. nunca superiores a três haras. Vigilância fora do horário de expediente Após as jarnadas de trabalha a ro- tina a ser adatada pelas vigilantes sa- fre uma brusca transfarmaçãa, em de- carrência da menar mavimentaçãa de pessaal, paralisação. das equipamen- tas, maiar silêncio. etc. A metadalagia de trabalha sugeri- da é a que se segue: a) vigilância feita par hamens ar- madas e cam sistema de radiacamu- nicadar; b) verifica cão. e testes das sistemas de fechamento. d~ aberturas e passa- gens; c) inspeção. visual nas equipamen- tas de deteccãa e cambate a incên- dias; , d) inspeção. em tadas as carreda- res evias de circulação., não.se permi- tindo. as abstruções, mesma que pra- visórias; e) verificacãa das candicões de manutenção. de tadas as placa's de avi- sas; f) verificacãa de situacões anar- mais nas equipamentas e instalações; g) check-up nas quadros e painéis de cantrale, verificanda-se as candi- ções de anarmalidade; h) rondas em intervalas de tempo. nunca superiares a uma hara; j) check-up das dispasitivas eletrô- nicas de segurança; j) check-up da sistema de ilumina- ção.de emergência; I) verificação. das depósitas de lí- quidas e gases, principalmente as cantenda pradutas perigasas (infla- máveis, explasivas, carrasivas), visan- do. detectar vazamentas. Durante aexecucãa de suastarefas as vigilantes devém camunicar-se cam a respansável pela equipe através de radiacamunicadar, em intervalas de tempo. nunca superiares a 30 minu- tas, transmitindo. uma senha para si- tuações narmais e autra para situa- ções anarmais. 28 FUNENSEG Após a passagem da serviço. a vi- gilante deverá apresentar um relatório. cantenda infarmações acerca das anarmalidades encantradas e as pra- vidências tamadas para saná-Ias. Â naite a número de vigilantes de- ve ser sempre superiar ao. existente durante a dia, em cerca de 50%. Dimensionamento da equipe efetiva para controle de áreas internas Par questões de simplifica<;ãade raciacínia cansideremas a mesma exemplo. descrita na 2~ parte: . superfície de terreno. - 118mil m2; · área tatal canstruída - 46 mil m2; três turnas de trabalha. Influencia bastante na dimensiana- menta da equipe de vigilância sa- ber-se: · a área canstruída carrespande a uma só edificacãa au a várias? . a área tatál canstruída está dis- tribuída em um só nível au em várias? · as canstruções passuem uma densidade de equipamentas, maqui- nismas e instalações grande au pe- quena? Imaginemas que, após respandidas as perguntas feitas, abtivemas a se- guinte resultada: · tratam-se de várias canstruções, quase tadas isaladas umas dasautras, senda a maiar cam aita mil m2 de área canstruída; ·excetuanda-se a maiar canstru- çãa,tadas asdemais passuem mais de um pavimenta;
  • 4. · em todas as contruções os espa- ços ocupados por maquinismos, equi- pamentos e instalações não são supe- riores a 40% da área total. Paraum dimensionamento de equi- pe fica difícil analisar-se todos esses dados de par si e atingir-se um deno- minador comum. Por isto, em nosso processo, fizemos a seguinte tabula- cão: . · área construída, distribuída em uma única edificacão - fator 1,0; · área construida, distribuída em várias edificacões - fator 0,7. Com o fator determinado, verifi- ca-se na tabela a seguirqual é a área máximaconstruída,admitidaparaca- da vigilante,em efetivoserviço: Fig.3 pequena um nível. mais de um 6.000 m2 5.000 m2 Densidade pequena é aquela na 'quala área ocupada por maquinismos, equipamentos ou instalações está compreendida entre Oe 20% da área total construída, avaliada pela proje- ção dos equipamentos no solo. Densidade média é a correspon- dente ao intervalo entre 21 e 40% da área total construída. Densidade grande é aquela na qual o somatório da projeção das áreas dos equipamentos, maquinismos e insta- lações é superior a 40% da área total construída. No nosso. exemplo tem-se que: ·área total construída: 46..000 m2 · densidade de ocupação: 40% (média) , ·mais de um nível ·várias construções: fator 0,7 Com os dados acima, entra-se na tabela da figura 3 e obtem-se 3.000 m2. 3.000m2xO,7 = 2.100m2paraca- da vigilante. 46.000 m2 : 2.100 m2 = 21,9 vigi- lantes (considera-se 22). Tendo em vista que os mesmos se acham distribuídos em três turnos, e o da noite com no mínimo mais de 50% de pessoal, chega-se ao seguin- te resultado: 1? turno: a - 22 = 3,5a - 1?tur- no: 6 vigilantes. 2? turno: a - a = 6,3 (considerar 6) - 2? turno: 6 vigilantes. 3? turno: a + 0,5 a - 3? turno: 10 vigilantes. Total = 3,5 a. média tuais faltas ao serviço e escala de fé- rias. A cada turno de servico deve ser feito um relatório de ocorrências pelo chefe da equipe de vigilantes, conten- do todas as anormalidades e fatos ocorridos em seu turno. No turno da noite esse relatório deverá conter os relatos das principais comunicações feitas pelos vigilantes em ronda, como o horário em que essas foram feitas. grande 4.500 m2 3.000 m2 3.000 m2 1.500 m2 Esse número mínimo não inclui o pessoal de reserva, para suprir even- RElATORIO DE OCORRÊNCIA POR TURNO DE VIGilÂNCIA CHEFEDA EQUIPE HORA/COMUNICAÇOESEMPRESA COMPONENTES DA EQUIPE OCORR~NCIAS/LOCAlIHORA ASSINATURA Fig.4 - Modelo de relatório de ocorrências por turno de vigilância. CADERNOSDE.SEGURO29
  • 5. Controle das instalações e edificações durante e após as jornadas de.servIço fEl m qualquer empresa o contro-~ le sobre as condições de fun- cionamento e manutenção é executa- do pela área industrial. No tocante ao controle com vistas à segurança patri- monial esse deve ser exercido pelo se- tor de segurança. Ésempre difícilfa- zer-se essa divisão de atribuições por- que os interesses se conflitam. Aárea industrial cuida da produtividade e efi- ciência das instalações, cabendo à área de segurança evitar que as mes- mas sejam atingidas por atos de sabotagem. Como dissemos anteriormente, ca- be ao setor de segurança patrimonial a fiscalização dos bens, evitando que os mesmos sejam atingidos por ações danosas. Assim sendo, durante suas' rondas, qualquer situação de anorma- lidadedeve ser comunicada de imedia- to à área responsável, para as provi- dências necessárias. Como o objetivo do servico não é o de se executar re- paros, mas, sim, o controle da área, a inspeção de anormalidades é sempre visual. Excepcionalmente o vigilante pode executar algum serviço, como, por exemplo, o fechamento de uma válvula deixada inadvertidamente aberta. .Controle sobre as instalações As instalacões normalmente en- contradas em indústrias são as seguin- tes: · água potávele água industrial; ·luz e força; · esgoto sanitário e industrial; · ar comprimido; ·gases industriais (oxigênio, ace- tileno, hidrogênio, gás carbônico); · óleos combustíveis e inflamá- veis; · vapor; · vácuo; etc. Cada uma dessas instalações pos- sui características diferentes e formas de controle diferenciadas. As situa- ções de anormalidades que podem ser observadas durante uma inspeção vi- sual são: 30 FII"iE'N:G · vazamentos; · amassamentos; . flexão de tubulações pela ausên- cia de suportes; · perda de envoltórios térmicos; . rompimentos; . falta de equípamentos (cone- xões, registros, válvulas etc.); . ligaçôes aparentes sem isola- mento; . ausência de dispositivos de pro- teção (disjuntores, fusíveis). Em particular, pode-se enfocar as instalações elétricas, principalmente as chaves disjuntoras. Algumas vezes, por sobrecarga na instalação, costu- ma-se substituir os fusíveis ou disjun- tores por moedas, arames, palha de aço, fios de cobre, papellaminado de cigarro etc., que só prejudicam a ins- talação, podendo mesmo vira ser res- ponsável por curtos-circuitos. Ovigilante deverá ter o bom senso para entender o que é uma situação anormal e acionar de imediato o setor responsável, para as providências ca- bíveis. Apenas como caráter informa- tivo e para facilitar a perfeita identifi- cação das tubulações e os seus vários usos, fornecemos o código de cores indicadas na segurança do trabalho e para tubulações, baseado nas normas da Associacão Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): · vermelho - sistemasdecomba- te a incêndio; . alaranjado- produtos químicos não gasosos, em geral; · amarelo - gases não liquefeitos; . verde claro - água em geral; · azul - ar comprimido; -- 1- .marrom- materiaisfragmenta- dos (minérios); . cinza claro - vácuo; . cinzaescuro - eletrodutos; . branco - vapor dágua; .preto - inflamáveis e combustí- veis de alta viscosidade; · alumínio - gases liquefeitos,in- flamáveis e combustíveis de baixa vis- cosidade. Controle sobre as edificações Da mesma forma como no contro- ledas instalações, o controle sobre as edificações, executado pelo setor de segurança patrimonial, é apenas vi- sual, tendo por meta evitar ações pre- datórias contra o patrimônio da em- presa. Considera-se como fazendo parte das edificações não só a cons- trução, como também as melhorias a elas incorporadas. Os principais itens a serem obser- vados são os seguintes: ·pisos; . paredes internas e externas; . estruturas da construção (colu- nas, vigas, lajes); .aberturas internas e externas; . dispositivos de isolamento con- tra fogo (porta corta-fogo e parede corta-fogo); · proteção contra a entrada de es- tranhos; · telhado e travejamento. As anormalidades encontradas de- vem ser comunicadas de imediato e anotadas no relatório diário, elabora- do após o turno de trabalho. . .I '.:t---. . ... r . A segurança deva avitar atos da sabotagem na áraa industrial - - ---
  • 6. . ,,--Jf 12:t..:'" Nas situações de emerglncia, a equipe de segurança deve iso/ar as áreds afetadas Controle de situações de emergência rc'onstituem situações de emer- ~ gência aquelas que pela sua existência e gravidade podem pôr em risco a saúde ou a vida de terceiros. São exemplos de situações de emergência: · artefatos explosivos (bombas); · incêndios; · acidentes pessoais, incluindo cri- mes; · acidentes envolvendo as instala- ções e edificações (explosões de equi- pamentos, acidentes elétricos, rompi- mento de tubulações, desabamentos, vazamento de efluentes); · inundação e alagamento; · seqüestros; · sabotagens; · roubos e assaltos; · contaminação ambienta I; · vazamentos de produtos tóxicos, inflamáveis ou corrosivos. A equipe de Segurança Patrimonial deve estar preparada para prestar apoio a cada uma dessas situações. O seu envolvimento nunca é direto, ex- cetuando-se em casos da existência de artefatos explosivos, seqüestros, sabotagens, roubos. Afora estes, sua participação é a do isolamento e con- trole das áreas afetadas e a evacuação dos locais. Atítulode ilustraçãovejamosalgu- mas dessâs situações, imaginando que ocorram durante o expediente normal, situação essa a mais crítica quanto à segurança das pessoas. Artefatos explosivos A colocação de bombas, visando a intimidação, obtenção de vantagens financeiras ou sabotagens cria sempre uma situação de pânico, bastante pre- judicial e de difícil controle. Os artefatos explosivos são forma- dos por uma substância explosiva, só- lida (granulada ou não) ou pastosa, com um elemento detonador (mecâ- nico, elétrico, eletrônico ou manual). Sua aparência não deve servir como elemento comparador de seu poder de destruicão. As p'rovidências a serem tomadas pelo setor de segurança patrimonial são as seguintes: · verificar a exata localização do artefato e as características visuais do mesmo, procurando fazer com que o mesmo não seja tocado ou deslocado; · avisar à polícia civilou militar; · criarum cordão de isolamento ao redor da área, formando uma regiãode segurança ao redor do artefato; · providenciar a desocupação do locar, encaminhando as pessoas para um local seguro, até que novas ordens venham a ser dadas; · oartefato somente deve serma- nuseado pela políciamilitarou do exér- cito, a qual poderá optar pela sua re- moção imediata ou sua desmonta- gem; · antes de a área ser liberada deve- rá sofrer uma completa varredura, com vista a detectar-se qualquer outra anormalidade; · após a liberaçãodaáreapelapo- lícia,encaminhar os funcionáriosàs suas atividades normais; · acompanhar posteriormente o desenvolvimento dos serviços no fo- cal, principalmente quanto ao com- portamento dos funcionários. Incêndio Ocorrendo um incêndio, ou um principiode incêndio, várias são as ati- vidades que devem ser iniciadas de imediato e simultaneamente: · identificação do locale do tipo de fogo; · aviso à brigada de incêndio pró- pria ou à guarnição do Corpo de Bom- beiros mais próxima, em função da ex- tensão do incêndio; · evacuação do local; · criação de um cordão de isola- mento ao redor da área atingida; · deslocamento dos equipamen- tos de combate a incêndio-para o lo- cal; · início do combate ao incêndio, apoiando as atividades da brigada de incêndio; . retirada de materiais e equipa- mentos valiosos, situados próximo ao fogo, se houver possibilidade. Caberá unicamente ao chefe da bri- gada de incêndio a responsabilidade pela avaliação das condições do fogo e as possibilidades do mesmo vira las- trar-se a outras áreas, e, com isso, avi- sar ou não à guarnição do Corpo de Bombeiros mais próxima. A evacuação do local do incêndio pode ser executada contando-se com o auxílio do grupo de apoio existente na área, treinado para essas ocasiões. O encaminhamento do pessoal evacuado será feito para um local se- guro, quer quanto à incidência de ca- lorradiante, quer quanto à possibilida- de de intoxicação por fumaças e ga- ses tóxicos, e afastado dos centros de atividades e das rotas de deslocamen- to. O isolamento da área afetada pelo fogo poderá ser conseguido forman- do-se cordões de isolamento. E mui- to importante que na área de ataque ao fogo só estejam as pessoas em condições de combatê-Io. Durante o isolamento não deve ser permitido o ingresso de pessoas que desejem rea- ver os seus objetos de uso pessoal. Após o rescaldo a área atingida de- verá ser mantida isolada para fins de perícia técnica e apuração das causas do incêndio. Nessa ocasião a segura- dora djls instalações será comunicada oficialmente, sendo solicitada imedia- ta inspeção no local sinistrado e a libe- ração da área afetada. Em princípio, o combate ao incên- dio deve feito ser pela brigada de in- cêndio. Porém, como o pessoal da Se- gurança Patrimonialtem conhecimen- CADERNOSDE SEGURO 31
  • 7. Em caso de acidente, a responsabilidade é do Serviço Especializado em Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho tos específicos e treinamento adequa- do, poderá auxiliá-Ia. Acidentes pessoais, incluindo crimes Os acidentes sem gravidade, ocor- ridos em indústrias, são os mais co- muns, consistindo de luxações, into- xicações leves, arranhaduras e esfola- duras, picadas de insetos ou animais daninhos, especialmente vetores. En- tretanto, não estamos descartando a possibilidade da existência de fraturas múltiplas, lesões por objetos pontea- gudos, queimaduras de 2? e 1?graus, intoxicações graves pneumõnicas etc. O que fazer nessas situações? Em princípio, havendo Serviço Es- pecializado em Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, a responsabili- dade pelo atendimento ao acidentado será unicamente desse serviço. Dificilmente poderá ocorrer dos vi- gilantes terem de prestar os primeiros socorros. Porém, o exigido da equipe de vigilância é o isolamento da área onde o acidentado se encontra e a ga- rantia de sua remoção para um localde atendimento mais adequado, sob a supervisão de um médico ou de um- enfermeiro. Após a remoção do acidentado, e 32 rUNOO:G em conjunto com o setor de seguran- ça do trabalho, deverão ser apuradas as causas do acidente, sobretudo em apurações de casos de sabotagens ou crimes. O resultado da apuração deve- ráconstar do Livrode Ocorrências e da Ficha do Funcionário. A ocorrência de óbito, seja ou não por crime, é sempre mais trabalhosa, haja vista que a polícia deverá ser no- tificada de imediato, não podendo ser desfeito o local até a liberacão defini- tiva pela polícia. . Vazamentos de efluentes e contaminação ambiental Efluentes são todos os despejos re- sultantes de um dado processamento. Podem ser sólidos, líquidos ou gaso- sos. Tem-se os efluentes resultantes do processo industrial, da mesma for- ma que os derivados de cozinhas ou sanitários. Independente de sua origem, os efluentes antes de serem lançados no meio exterior sofrem um processo de depuração e tratamento. Esses pro- cessos de tratamento variam de acor- do com o tipo de material a ser trata- do, sendo alguns: lavadores de gases, filtros manga, ciclones, precipitado- res, valas de infiltração,decantadores, aeradores, gradeamento etc. Eventualmente, por uma falha no processo, no sistema de tratamento ou condições ambientais adversas, há possibilidade dos efluentes vazarem para o meio exterior, contaminando o ambiente. Periodicamente, surgem notícias nos jornais a respeito de in- dústrias que poluíram determinado rio ou cidade, com grandes prejuízos fi- nanceiros. Cabe ao setor de Segurança Patri- monial, após ser cientificado do vaza- mento, como órgão de apoio, verificar a extensão dos danos e as áreas atin- gidas. Émuito comum surgirem recla- mações de pessoas que não foram atingidas só porque a região em que moram o foi. Há sempre uma tendên- cia das pessoas de tirarem proveito de situações envolvendo empresas de grande porte. Em nosso próximo artigo conclui- remos a nossa série, abordando: · iluminação ambiental externa; · condições de limpeza externa; · controle de documentos; ·análisede pontos críticos; · dimensionamentoda equipe de segurança patrimonial; · barreiras de proteção. o