1. Agrupamento de Escolas nº4 de Évora - 135562
Sede: Escola Secundária André de Gouveia - 400853
Há 50 anos, Martin Luther King fez um discurso que ajudou a mudar a América
A maior parte dos americanos ouviu Martin Luther King discursar pela primeira vez há 50 anos em
Washington, na maior manifestação em defesa da igualdade racial nos Estados Unidos. Menos de três
meses depois, o Presidente Kennedy morria, assassinado a tiro. Esses dois momentos mudaram para
sempre as relações raciais na América. Fomos até ao Sul, onde o racismo foi mais virulento, ver como é
que uma comunidade branca elegeu um negro como James Fields, ainda antes de a América votar em
Barack Obama.
Quem hoje sobe os degraus do Lincoln Memorial, em Washington, pode ver onde é que Martin Luther
King estava quando proclamou "I have a dream...". Uma inscrição no granito marca o lugar onde ele
repetiu essas palavras uma e outra vez, como num estado de transe, a 28 de Agosto de 1963.
Mas o mais icónico discurso de King quase não aconteceu. King e os seus assessores trabalharam no
texto durante uma semana e o reverendo continuou a refazer o discurso até ao último minuto,
eliminando palavras e introduzindo novas frases. Na véspera do discurso, o rascunho não continha
qualquer referência a um "sonho".
Kathleen Gomes, Jornalista em Washington, «Martin Luther King - Há 50 anos ele teve um discurso com um final perfeito»,
disponível no sítio do Jornal Públicohttp://publico.pt/temas/jornal/ele-teve-um-sonho-26930400
Lê e ouve atentamente um excerto do discurso de Martin Luther King.
«Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para
a Geórgia, voltem para Luisiana, voltem para as favelas e guetos das nossas modernas cidades,
sabendo que, de alguma forma, essa situação pode e será alterada. Não nos embrenhemos no
vale do desespero.
Digo-lhes hoje, meus amigos, que, apesar das dificuldades e frustrações do momento, eu ainda
tenho um sonho.
É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Eu tenho um sonho que um dia essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da
sua crença: “Consideramos essas verdades como auto-evidentes que todos os homens são
criados iguais.”
Eu tenho um sonho que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes
de escravos e os filhos dos descendentes de donos de escravos poderão sentar-se juntos à
mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho que um dia mesmo o estado do Mississippi, um estado desértico sufocado
pelo calor da injustiça, e sufocado pelo calor da opressão, será transformado num oásis de
liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não
serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje.
Eu tenho um sonho que um dia o estado do Alabama, com seus racistas cruéis, cujo
governador cospe palavras de “interposição” e “anulação”, um dia bem lá no Alabama
meninos negros e meninas negras possam dar-se as mãos com meninos brancos e meninas
brancas, como irmãs e irmãos.
2. Eu tenho um sonho hoje.
Eu tenho um sonho que um dia “todos os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas
serão niveladas; os lugares mais acidentados se tornarão planícies e os lugares tortuosos se
tornarão retos e a glória do Senhor será revelada e todos os seres a verão conjuntamente”.
Essa é a nossa esperança. Essa é a fé com a qual eu regresso ao Sul. Com essa fé nós
poderemos esculpir na montanha do desespero uma pedra de esperança. Com essa fé
poderemos transformar as dissonantes discórdias do nosso país em uma linda sinfonia de
fraternidade.
Com essa fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ser presos juntos, defender
a liberdade juntos, sabendo que um dia haveremos de ser livres. Esse será o dia, esse será o
dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado:
Meu país é teu, doce terra da liberdade, de ti eu canto.
Terra onde morreram meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada lado das
montanhas ressoe a liberdade!
E se a América quiser ser uma grande nação, isso tem que se tornar realidade.
E que a liberdade ressoe então do topo das montanhas mais prodigiosas de Nova Hampshire.
Que a liberdade ressoe das poderosas montanhas de Nova Iorque.
Que a liberdade ressoe das elevadas montanhas Allegheny da Pensilvânia.
Que a liberdade ressoe dos cumes cobertos de neve das montanhas Rochosas do Colorado.
Que a liberdade ressoe dos picos curvos da Califórnia.
Mas não só isso; que a liberdade ressoe da montanha Stone da Geórgia.
Que a liberdade ressoe da montanha Lookout do Tennessee.
Que a liberdade ressoe de cada montanha e de cada pequena elevação do Mississippi. Que de
cada encosta a liberdade ressoe.
E quando isso acontecer, quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos
ressoar de cada vila e cada lugar, de cada estado e cada cidade, seremos capazes de fazer
chegar mais rápido o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios,
protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar as palavras da antiga canção
espiritual negra:
“Finalmente livres! Finalmente livres!
Graças a Deus Todo Poderoso, somos livres, finalmente."»
1. Depois da leitura do texto indica:
a) Tema
b) Ideias centrais
c) Argumentos
d) Exemplos
e) Conclusão
f) Apelo final
2. Regista, igualmente, alguns exemplos de repetição anafórica e reflete sobre o
seu papel neste tipo de discurso
3. Assiste ao documentário «sermão de Santo António aos peixes» de padre António Vieira
exibido em RTP- Ensina
Completa a ficha com as informações adequadas.
«Os peixes, que poderão ter eles a ver com os humanos?»
O catolicismo tinha sofrido um duro golpe com a perda de fieis e estava empenhado
em recuperar domínio, para isso o púlpito, local
________________________________ era o lugar perfeito para conduzir o
____________, para ____________, para ______________ e para
_________________.
Os sermões eram o ___________________________ , entusiasmavam os fieis e para
isso contribuíam os ______________, a quem cabia a difícil tarefa de ____________ e
______________ as almas.
A igreja controlava o perfil do ______________, a sua ___________ o seu
__________, a ___________, podemos dizer que eram as vedetas da época. Os
sermões de Vieira eram de tal forma apreciados que corria entre o povo o seguinte
ditado «Amanhã, vou por tapete em S. Roque», que significa:
______________________________________________________________________.
Padre António Vieira pode ser considerado como uma figura marcante da
__________________, um ________________________________________, como
dizia Fernando Pessoa.
A sua obra conta com _______________sermões e _________ cartas. Pregou em
Portugal, Brasil , Roma e Cabo Verde.
O desaparecimento de D. Sebastião, o domínio filipino e a perda de feitorias
portuguesas na Índia faz com que o interesse nacional se fixe no distante e exótico
Brasil, que estava a ser povoado por _______________________________, já que os
portugueses não queriam avançar para a colonização do território. Os maus tratos
infligidos aos índios fazem com que padre António Vieira lute em defesa dos mais
desfavorecidos. Essa luta fez com que fosse ___________ e ficasse à mercê da
_______________.
O sermão de Santo António aos peixes apresenta-se dividido em duas partes, na
primeira parte : ________________________________ e na
segunda________________________.
O orador elogia :__________________, __________________,__________________ e
____________________________mas critica ________________, ________________,
___________________e __________________________.
Na realidade todo o sermão é contra os ______________________, os
____________, os _______________________ e ______________________________.
Com a ascensão de D. João IV, Vieira é convidado para _____________________ do
rei e __________________ do príncipe, o seu auditório já não é os índios do Brasil,
mas as cortes europeias.
4. Continua contudo a sua luta em defesa dos índios, pelo que fica sob a mira da
Inquisição, especialmente pelos escritos inspirados nas _____________de
______________. Nesses seus escritos, Vieira profetizava a ressurreição de
________________________ e via a dinastia de Bragança como redentora e com uma
________________ ___________________, ideias que a igreja entendia como pouco
ortodoxas.
O projeto profético-político do 5ºImpério, traduz o sonho de um Portugal como
cabeça do Império, capaz de ______________ os povos , num tempo de ________,
plenitude e sem ________________. Para a construção deste sonho muito contribuiu
um clima profético vivido em torno do ano de 1666 ,que apontava a data como o
________ do ____________ e o início de uma _____________ __________________.