O documento descreve o gerenciador de janelas Window Maker para Linux, incluindo suas origens, características e funcionalidades como áreas de trabalho virtuais, dock, clip e configurações avançadas.
1. Gerenciador de Janelas
No Linux, o funcionamento da interface gráfica depende de dois componentes:
Servidor X: que controla a exibição dos pixels na tela
Gerenciador de janelas: que controla a aparência (largura, altura, posicionamento,
efeitos 3D, bordas) e o comportamento do ambiente de trabalho.
O usuário comunica-se com o gerenciador de janelas através do teclado e do mouse e o
gerenciador se comunica com o servidor-X para retornar os dados na tela. Uma analogia
seria a do DOS no Windows 95.
Gerenciador
de Servidor X Hardware
Usuário Janelas
Desta forma, o usuário pode escolher o gerenciador de janelas que mais se adapta ao seu
modo de trabalho, a que oferece mais recursos, a que mais o agrada, tanto do ponto de
vista estético, quanto do ponto de vista funcional. No Linux, há uma grande variedade
de gerenciadores de janelas disponíveis para o usuário. Existem ambientes de trabalho
completos como o Gnome e o KDE, gerenciadores mais leves como o Blackbox e o
Icewm, o XFCE parecido com CDE, e Enlightment, que de beleza e consumo de
memória não têm concorrentes e o Window Maker que é a interface padrão de várias
distribuições e muito semelhante ao Unix Solares.
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2. O Window Maker
Window Maker (inicialmente chamado WindowMaker) é um gerenciador de janelas que
segue o desenho básico do NeXTStep, o sistema criado pela empresa de Steve Jobs
depois incorporada à Apple. Foi criado pelo brasileiro Alfredo Kojima que iniciou seu
desenvolvimento logo após a versão 1.0 do AfterStep, que também buscava replicar o
visual e comportamento do NeXTStep. No desenvolvimento da versão 2 do AfterStep,
Kojima havia sugerido a reescrita do código a partir do zero, porque a manutenção do
sistema era muito difícil na época e porque muitos dos recursos desejados para a nova
versão requeriam uma reestruturação considerável do código.
Enquanto discutiam o que fazer ou não fazer, Kojima resolveu começar a escrever o
AfterStep 2, ao invés de ficar esperando que alguém mais o fizesse. Depois de algum
tempo, percebeu que as pessoas não consideravam o Window Maker uma continuação
do AfterStep. Então, resolveu fazer do Window Maker um projeto independente do
AfterStep.
O Window Maker chegou a ser a interface gráfica default no Conectiva 3 e 4, mas
acabou perdendo o posto para o KDE. Está incluído em muitos sistemas operacionais
Unix-like como, por exemplo, o Fedora Core, o Mandriva Linux, Debian e Ubuntu que
têm um pacote chamado quot;wmakerquot; e FreeBSD, NetBSD, OpenBSD e a coleção de
software Blastwave para Solaris que oferecem-no na forma de um pacote.
O Window Maker possui as seguintes características:
beleza estética;
rápido e consome poucos recursos do computador em comparação com muitos
outros gerenciadores de janelas e sistemas operacionais;
bastante usado em máquinas mais antigas;
facilmente configurável por meio de aplicativos gráficos;
suporte à temas;
possuir as dockapps (aplicações que residem dentro de um ícone);
oferecer suporte para aplicações escritas para outros ambientes como o Gnome ou
KDE;
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3. gerenciamento de janelas completo. A janela pode ser miniaturizada, escondida,
maximizada, quot;sombreadaquot;, redimensionada, movida, fechada ou destruída, focada
ou desfocada, mantida sobre outras janelas ou abaixo delas;
possuir múltiplas áreas de trabalho, além de um dock para acoplar aplicações;
possuir um menu de aplicações e um menu de janelas que podem ser abertos através
de cliques de mouse ou atalhos de teclado;
possuir suporte para temas e idiomas: português, japonês, espanhol, holandês,
italiano, alemão, tcheco, coreano, francês, sueco e inglês.
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4. O Ambiente
O Window Maker oferece várias maneiras para controlar e configurar os diversos
aspectos da área de trabalho, tais como janelas, menus, aplicações, etc.
Menu
No Window Maker não temos uma barra de tarefas. O menu iniciar é acessado clicando
com o botão direito sobre uma área vazia da área de trabalho e tem o objetivo de
centralizar e facilitar o acesso aos aplicativos e outras funções do sistema, abrir qualquer
comando ou programa. O menu é configurável, ou seja, o usuário pode acrescentar
atalhos para as aplicações que escolher, deixar o menu visível na área de trabalho, ao
alcance do ponteiro do mouse.
Appicon
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5. Representa aplicações ou janelas minimizadas que aparecem no
canto inferior da tela na forma de ícones. Pode assumir 3 estados:
fechado (representado por 3 pontinhos no canto do quadrado),
executando (nenhum ponto no quadrado) e escondido (um ponto
no seu canto). Ao clicar com o botão direito sobre a barra de título
de um aplicativo, aparecerá um menu com a opção de maximizar,
minimizar, shade (enrolar a janela, deixando apenas a barra de
título) e também de enviar a janela para outra área de trabalho
virtual (Move to).
Outro recurso interessante do Window Maker é a possibilidade de
escolher opções diferentes para cada programa. Assim, o usuário
pode configurar os aplicativos para inicializarem em modo full-
screen por default, outros para não terem barra de título e assim
por diante. A opção quot;Full screen Maximizationquot; faz com que a
janela ocupe a tela inteira, incluindo a área do dock e do clip.
Dockapps
Dockapps são pequenas aplicações executadas em um pequeno espaço do
tamanho de um ícone e têm função de promover interação com o usuário,
executando várias funções. Podem ser botões, jogos, monitores de sistema
ou simples relógios, indicadores de atividade da CPU e consumo da
memória; tudo isso no próprio Appicon.
Área do Dock
Até agora vimos que ao abrir uma aplicação, aparece um Appicon na
parte inferior da tela e desaparece quando a aplicação é terminada; isso
não diferencia muito do conceito de barra de tarefas (tão comum na
maioria dos gerenciadores de janelas). Mas, é no conceito de áreas
(dock e clip) que a coisa muda e o potencial dos Appicons se mostra
presente.
O dock é um ícone especial, onde podemos quot;acoplarquot; (dockar) ícones e
dock apps. O dock pode ficar em qualquer canto da tela, basta clicar e
arrastá-lo para o lugar desejado, porém só aceita ícones na vertical e o
conjunto de ícones que aparecem nele é o mesmo em todas as áreas de
trabalho virtuais.
A vantagem de dockar aplicações é o controle que você terá dela;
quando se fecha uma aplicação dockado, seu Appicon não some e fica
com 3 pontinhos; para abrir novamente a aplicação basta usar um
duplo clique no appicon dela; e, ao clicar com o botão direito sobre ele,
o menu do Appicon apresentará uma opção a mais: configurações.
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6. Clip
O Window Maker também suporta o uso de áreas de trabalho virtuais.
Você pode alternar entre elas usando o clip, encontrado no canto superior
esquerdo. O clip e o dock têm funções parecidas, só que o clip é específico
para cada área de trabalho e pode ter ícones colados em qualquer direção.
Ele também pode ser configurado para guardar os ícones dos aplicativos minimizados,
entretanto os Appicons neles dockados não aparecem em todas as áreas de trabalho
virtuais, assim pode-se organizar as aplicações de forma mais fácil.
Configurações
O Window Maker tem também uma ferramenta de configuração centralizada, o
Wmaker Config. Pode ser encontrada em um dos ícones do dock. Ele oferece uma
quantidade espantosa de opções: mouse, teclado, cores, animações, ícones, efeitos,
entradas no menu de programas, comportamento das janelas, etc.
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7. Conclusão
Se o usuário procura um gerenciador de janelas rápido, graficamente atraente e com
algumas características interessantes, como as dockapps, então o Window Maker pode
ser uma boa opção. Também é recomendado por sua rapidez e performance em
computadores com poucos recursos de processamento e memória. Por isso, pode ser
uma boa opção para portáteis, que normalmente não são tão poderosos como os
computadores pessoais.
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