1° levantamento das intenções de confinamento em mato grosso
Top 50 confinamentos Brasil 2010
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Pesquisa Top 50 BeefPoint de
Confinamentos
Os 50 maiores confinamentos do Brasil em 2010
Patrocínio:
Realização:
www.beefpoint.com.br
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Introdução
A pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos é uma iniciativa do BeefPoint e objetiva levantar dados sobre os 50
maiores confinamentos do Brasil, analisando tendências entre esses produtores e gerando conteúdo para o setor.
O levantamento é realizado anualmente com dados referentes ao ano anterior à pesquisa e projeções para o ano
corrente. No começo de junho de 2011, iniciou-se a nona edição do estudo, que busca sempre fornecer informações
de maneira confiável e completa.
Este relatório é uma compilação dos dados obtidos na pesquisa e possui o número de animais confinados, o perfil das
empresas quanto a aspectos técnicos e gerenciais e as perspectivas para a atividade no Brasil.
A iniciativa contou com o patrocínio das empresas Nutron Alimentos, Dow AgroSciences e Elanco Saúde Animal, sendo
o apoio destas, fundamental para o sucesso do trabalho.
Metodologia utilizada
A pesquisa utilizou como fonte para a identificação dos grandes confinamentos as indicações dos usuários do portal
BeefPoint, que conta hoje com mais de 80 mil usuários assinantes da newsletter semanal por email e tem mais de 1,7
milhão de acessos por mês, além das informações disponíveis em levantamentos anteriores.
A coleta de dados foi feita durante o mês de julho, através de inserções no portal BeefPoint e nas newsletters e de e-
mails para os usuários cadastrados. Além disso, foi feito um contato individual com inúmeros formadores de opinião
do setor, com pedido de indicações.
A partir das sugestões recebidas dos usuários do BeefPoint de todo o Brasil, dos profissionais consultados e dos
resultados dos anos anteriores foi realizado um levantamento preliminar dos estabelecimentos que serviu de base
para a fase seguinte do estudo.
Na segunda etapa, foram realizadas consultas e checagem de dados com os proprietários, gestores ou responsáveis
técnicos pelos empreendimentos. Em função da necessidade de contato individualizado, entrevistas e especialmente
autorização para publicação dos dados, alguns produtores passíveis de serem incluídos no ranking dos 50 maiores,
não foram listados, por impossibilidade de contato ou por pedido expresso de não participação. Um dos grandes
frigoríficos optou por não participar, não informando os dados de seus confinamentos, por exemplo.
Durante o processo de consulta e entrevista aos confinadores, levantaram-se dados sobre o número de animais
confinados em 2010 e a projeção para 2011. Esse levantamento individual foi feito de 26 de junho de 2011 a 27 de
julho de 2011. Também foram levantadas informações técnicas de cada projeto, práticas de comercialização e
perspectivas para a atividade.
Como critério para classificação dos estabelecimentos, utilizou-se o número de animais confinados em 2010. E como
critério de desempate utilizou-se a projeção do total de animais a serem confinados em 2011.
É importante lembrar que a lista de propriedades que figuram no atual levantamento pode variar em relação às
pesquisas anteriores, devido a diversos fatores como a interrupção da atividade, redução do número de animais
confinados ou o contato com propriedades maiores não consultadas anteriormente. Ou seja, nem todos os
confinamentos presentes na pesquisa do ano passado estão presentes nessa, e vice-versa.
A seguir são apresentados os resultados tabulados e as análises sobre a atividade nos confinamentos listados.
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Tabela 1. Ranking dos 50 maiores confinamento do Brasil em 2010
N° de animais
Confinados em
Rank Nome do Confinamento Estado 2010
1 JBS confinamento SP/GO/MT 168.772
2 Fazenda Conforto GO 65.000
3 Grupo Golin - Fazenda Canadá GO 62.014
4 Fazenda Bonança SP 45.000
5 Fazenda Califórnia Confinamento GO 40.000
6 Confinamento BRF MT 35.000
7 Fazenda Sonho Real MS 35.000
8 Fazenda Rancho Alegre MT 31.500
9 Cotril Alimentos S.A. GO 30.000
10 Confinamento Rio Verde GO 25.440
11 Malibu Confinamento de Bovinos MS 25.000
12 Fazenda Toca do Boi GO 25.000
13 Boitel Chaparral SP 24.800
14 Confinamento Santa Fé MG 24.800
15 Grupo Estância Bahia MT 24.472
16 Confinamento Monte Alegre SP 23.832
17 Fazenda Santa Fé GO 23.500
18 Confinamento Ponto Alto MT 22.000
19 Agropecuária Paquetá Ltda MS 22.000
20 Fazenda Recreio Agropastoril MS 21.370
21 Confinamento Eldorado – Boitel Marca MT 21.350
22 Elite Confinamento MG 20.000
23 Agropecuária Córrego Azul MS 20.000
24 Fazenda Roncador MT 20.000
25 Fazenda Palmeiras e Crixazinho – Confinamento MP GO 20.000
26 Fazenda São Pedro SP 19.000
27 Confinamento Estiva SP 18.157
28 Confinamento Goiás Verde GO 18.000
29 Vera Cruz Confinamento GO 16.566
30 Fazenda Santa Rosa SP 16.471
31 Fazenda Fazendinha MG 15.320
32 Fazenda São João SP 15.000
33 Fazenda Mano Julio MT 15.000
34 Fazendas Reunidas Castilho SP 14.000
35 Fazenda Santa Cecília da OMF SP 13.600
36 Fazenda Campanário MS 12.916
37 Boi Nobre Confinamento MG 12.500
38 Estância Porteirinha - Confina + MT 12.000
39 Confinamento Guimarães MT 12.000
40 Fazenda Terra Verde SP 12.000
41 Usina Vale do Rosário SP 12.000
42 Confinamento São Marcelo MT 11.500
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43 Macaé Confinamento GO 11.426
44 VPJ Agropecuária GO 11.000
45 Estância JR GO 11.000
46 Fazenda Giruá MS 10.000
47 Agropecuária CFM SP/MS 9.210
48 Confinamento Conquista SP 8.150
49 Agropecuária Ipê PR 8.000
50 Confinamento Cibrapa MT 8.000
Tabela 2. Novos participantes do ranking 2010 que não entraram em 2009
Rank Novos Participantes
3 Grupo Golin - Fazenda Canadá
7 Fazenda Sonho Real
12 Malibu Confinamento de Bovinos
17 Fazenda Santa Fé
18 Confinamento Ponto Alto
27 Confinamento Estiva
40 Fazenda Terra Verde
44 VPJ Agropecuária
46 Fazenda Giruá
48 Confinamento Conquista
50 Confinamento Cibrapa
Tabela 3. Participantes do ranking 2009 que não entraram em 2010
Rank Participantes 2009
2 Comapi Agropecuária S.A.
4 Frigorifico Mataboi S.A.
13 Vanguarda do Brasil
21 Fazenda do Cristo Redentor
23 Confinamento F.Salles
24 Fazenda Nova Sapé
28 Chalet Agropecuária Confinamento
38 Confinamento Medalha
39 Fazenda Ayres da Cunha
40 Fazenda Ressaca
45 Confinamento Don Pedro
Resultados
Em 2010, os 50 maiores confinamentos do Brasil terminaram juntos 1.198.666 animais, o que representa uma
redução de 9,4% em relação à quantidade confinada entre os estabelecimentos listados na Pesquisa Top 50 BeefPoint
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de Confinamentos 2009/10, publicada no ano passado, que foi de 1.322.764 (Gráfico 1). Segundo perspectivas dos
confinamentos consultados, deverá ocorrer crescimento em 2011. A expectativa é de aumento de 32,6%, com uma
previsão de confinamento de 1.588.850 bovinos.
Gráfico 1. Animais confinados
1.599.465 1.588.850
1.600.000
1.400.000 1.322.764
1.257.063
1.198.666
1.200.000
1.000.000 933.967
801.583
800.000
666.065
600.000 524.663
438.293
400.000
200.000
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011*
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
Mesmo com a retração no número de animais confinados entre 2009 e 2010, a quantidade levantada pela pesquisa
apresenta crescimento acumulado de 173,5% em relação ao ano de início da pesquisa em 2003. Nos últimos cinco
anos de pesquisa, o crescimento acumulado foi de 49,5% em relação aos 801.583 animais confinados em 2005.
Vale notar que quando considerados somente os 39 participantes da Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos
2009/10 que também integraram a pesquisa 2010/11, também há decréscimo no número de animais terminados
(Gráfico 2). Essa queda no volume confinado é de 2,8%, tendo sido confinados 991.749 animais em 2009 contra
963.845 em 2010. Entretanto, esses confinamentos têm previsão de aumentar em 34,9% o número de animais
confinados em 2011 com relação a 2010.
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Gráfico 2. Variação do total de animais confinados em 39 confinamentos participantes das pesquisas 2008/09 e
2009/10
1.400.000 1.299.850
1.200.000
991.749 963.845
1.000.000
800.000
600.000
400.000
200.000
0
2009 2010 2011*
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
Até 2007, os 50 maiores confinamentos do Brasil apontaram previsões otimistas, pretendendo crescer 43,1% em 2006
e 35,7% em 2007. De acordo com os números levantados, em 2008 o crescimento real foi de 27,2%, e em 2009, houve
queda de 17,3%. Em 2010, houve projeção de quedada de 4,2%, confinando 1.267.500 animais, entretanto a queda
real foi de 9,4% (Gráfico 3).
Gráfico 3. Taxas de crescimento
50%
40%
30%
20%
10%
0%
-10%
-20%
-30%
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Pretendido 20,0% 28,3% 25,8% 20,0% 43,1% 35,7% 4,6% -4,2% 32,6%
Realizado 19,7% 27,0% 20,3% 16,5% 34,6% 27,2% -17,3% -9,4%
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
Embora em todos os levantamentos anteriores o número de animais confinados pelos Top 50 Confinamentos tenha
ficado abaixo do projetado (Gráfico 4), os crescimentos previstos e o realizados seguiam uma mesma tendência
(Gráfico 2). Porém, em 2009, isso não ocorreu, era previsto um crescimento de 4,6% e o que ocorreu foi um
decréscimo de 17,3%. Já em 2010, era prevista uma queda de 4,2% e a queda real foi de 9,4%, enquanto para 2011, há
previsão de crescimento de 32,9% (Gráfico 3).
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Gráfico 4. Previsões de animais confinados comparadas ao realizado
1.600.000
1.400.000
1.200.000
1.000.000
800.000
600.000
400.000
200.000
0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011*
Realizado 438.293 524.663 666.065 801.583 933.967 1.257.063 1.599.465 1.322.764 1.198.666
Previsto 526.100 673.000 838.000 961.720 1.336.700 1.705.625 1.673.500 1.267.250 1.588.850
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
Quanto à distribuição por estado, a maioria dos estabelecimentos está localizada em Goiás (28%), seguido por São
Paulo com 26%, Mato Grosso com 22% e Mato Grosso do Sul com 14% (Gráfico 5). No caso das empresas que
possuem confinamentos em mais de um estado, considerou-se como localização o estado em que concentram o
maior número de animais confinados.
Gráfico 5. Distribuição dos 50 maiores confinamentos por estado
30% 28%
26%
25%
22%
20%
14%
15%
10% 8%
5%
2%
0%
GO SP MT MS MG PR
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
Em relação à pesquisa anterior, o estado de Mato Grosso manteve o número 11 de propriedades classificadas entre as
50 maiores, de 2009, para 2010. Minas Gerais reduziu o numero de propriedades, passando de 10% em 2009 para 8%
em 2010. Mato Grosso do Sul também manteve o numero de propriedades, correspondendo a 14% do total (Gráfico
6).
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Gráfico 6. Evolução da distribuição geográfica dos confinamentos
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
SP 36% 34% 28% 34% 34% 28% 28% 26%
GO 24% 22% 28% 28% 34% 38% 24% 28%
MT 10% 8% 12% 18% 14% 16% 22% 22%
MS 14% 20% 18% 16% 14% 12% 14% 14%
MG 8% 12% 14% 4% 4% 4% 10% 8%
PR 6% 4% 0% 0% 0% 2% 2% 2%
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
Considerando-se o número de animais confinados, Goiás fica a frente com 37% dos animais contra 26% de São Paulo e
18% de Mato Grosso (Gráfico 7).
Gráfico 7. Distribuição de animais confinados por estado
40% 37%
35%
30%
26%
25%
20% 18%
15% 12%
10%
6%
5%
1%
0%
GO SP MT MS MG PR
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
Essa liderança exercida por Goiás em número de animais vem sendo observada na pesquisa desde 2003. Embora se
mantenha na primeira posição, o número de animais confinados no estado de Goiás sofreu redução em relação ao
ano de 2009 (-15,3%), caindo de 519.773 cabeças para 439.997 (Gráfico 8). Um dos motivos para essa retração foi a
redução no número de animais terminados por dois grandes confinamentos do estado.
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Gráfico 8. Evolução da distribuição geográfica dos animais confinados
800.000
700.000
600.000
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
GO 178.385 219.801 368.728 448.304 615.961 756.867 519.773 439.997
SP 157.399 199.820 152.301 214.812 276.554 388.350 368.711 307.634
MT 57.713 46.625 72.142 140.095 238.842 238.320 235.600 220.629
MS 89.193 139.874 152.301 93.397 113.136 123.959 105.655 149.786
MG 26.233 46.625 48.095 28.019 12.571 33.269 84.025 72.620
PR 10.493 13.321 0 0 0 10.077 9.000 8.000
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
Dos confinamentos listados no ranking desse ano, 80% pretende aumentar o número de animais confinados com
relação a 2010, 6% prevêem redução desse número e os 14% restantes, manutenção da quantidade realizada em
2010.
Os motivos mais apontados pelos produtores para a manutenção ou o aumento do número de animais confinados
foram:
• Estratégia de negócio;
• Lucro sobre a arroba produzida;
• Aumento de estrutura;
• Aumento da demanda;
• Necessidade de ajuste de lotação das pastagens durante a seca.
Os produtores que pretendem reduzir o número de bovinos confinados ou abandonar a atividade de confinamento
em 2011, apontam como principais causas para essa decisão, o alto custo de animais para reposição e o alto custo de
insumos.
O alto custo de insumos foi apontado como o principal desafio em 2011. Outros desafios mais apontados pelos
entrevistados foram a comercialização do boi gordo e a dificuldade na compra da reposição. Ou seja, esses grandes
confinamentos têm mais dificuldade na comercialização (compra e venda) do que na operação, na produção.
Em 2010, o número de confinadores que utilizaram o mercado futuro como mecanismos de gerenciamento de risco,
aumentou em reação a 2009, já os contratos de boi a termo caiu em relação aos anos anteriores (Gráfico 9).
Em 2008, 38% dos estabelecimentos haviam negociado contratos futuros na bolsa e 54% fecharam contratos
antecipados com frigoríficos. Em 2009, esses números caíram para 34% e 46%, respectivamente. Em 2010, houve
aumento para 40% na negociação com contratos futuros, e queda para 38% na negociação com contratos de boi a
termo. (Gráfico 9)
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Gráfico 9. Utilização de ferramentas de administração de risco
Opções Futuros Boi a termo
70%
58%
60% 56% 54%
50% 46% 46%
40%
40% 38% 38% 38% 38%
34%
30%
18%
20%
10%
10% 6%
0%
2005 2006 2007 2008 2009 2010
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
Em termos de volume, em 2009, entre os ranqueados no Top 50 BeefPoint de Confinamentos, 173.774 (13,1%)
animais haviam sido comercializados na bolsa e 295.157 (22,3%) em contratos de boi a termo. Enquanto em 2010,
213.984 cabeças, ou seja, 17,9% de todos os animais confinados por esses estabelecimentos foram negociados em
contratos futuros na BM&FBovespa e 195.948 (16,3%) via contratos de boi a termo (Gráfico 10).
Os contratos de opções aumentaram em relação à pesquisa anterior, mas continuam sendo usados por poucos
confinadores (Gráfico 9). Em 2009, 25.680 cabeças foram negociadas dessa forma, representando 1,9% de toda a
produção dos 50 maiores confinamentos do Brasil. Em 2010, 95.777 cabeças foram negociadas através de contratos
de opções, representando 7,9% de toda a produção (Gráfico 10). Mesmo representando um pequeno número, é
importante frisar o aumento de 4 vezes no percentual de animais comercializados utilizando-se opções, no ultimo
ano.
Gráfico 10. Animais negociados em contratos futuros na bolsa e de boi a termo
500.000
450.000
400.000
350.000
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010
Opções 2.905 25.680 95.777
Futuros 141.945 187.715 175.005 306.912 173.774 213.984
Boi a termo 170.207 441.941 412.113 295.157 195.948
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Desde 2008, tem aumentado o interesse dos confinadores em realizar vendas à vista como forma de evitar o risco de
inadimplência dos frigoríficos. Cerca de 11% da produção dos 50 maiores confinadores foi negociada à vista em 2008
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(Gráfico 11). Em 2009, esse número subiu para 22% da produção e em 2010, subiu para 46%. É importante notar que a
porcentagem prevista da venda de animais à vista tem ficado sempre abaixo da porcentagem realizada.
Gráfico 11. Vendas à vista
Realizado Previsto
50% 46%
45%
40% 38%
35%
30% 26%
25% 22%
20% 18%
15% 11%
10%
5%
0%
2008 2009 2010 2011
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
No ano de 2008, o interesse dos confinadores consultados em rastrear seus animais no Sisbov caiu e 80% dos
estabelecimentos estavam cadastrados nesse sistema. Em 2009, os confinadores voltaram a se interessar pelo Sisbov,
sendo que 86% dos confinamentos listados na pesquisa estão cadastrados no sistema. Mas, em 2010, o interesse
voltou a cair, correspondendo a 82% dos confinamentos cadastrados (Gráfico 13). Apenas 2% dos confinamentos
pretendem se cadastrar para o próximo ano.
Devido ao interesse dos frigoríficos em exportar para a União Européia (UE) e ao ágio no preço pago ao produtor pela
arroba do boi gordo, o número de estabelecimentos que integra a Lista Traces aumentou de 2008 para 2009. Em
2008, 34% dos 50 maiores confinamentos estavam habilitados para produzir animais para a UE, e essa proporção mais
do que dobrou em 2009, chegando a 76% (Gráfico 12). Embora essa porcentagem tenha se mantido em 2010, a
tendência é de aumento para 2011, pois 6% dos produtores consultados ainda não fazem parte dela, mas têm
interesse em integrá-la.
Gráfico 12. Confinamentos cadastrados no Sisbov e na Lista Traces
Sisbov Lista Traces
96% 98% 98%
100% 94%
86%
80% 82%
80% 76% 76%
60%
40% 34%
20%
0%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
- 11 -
12. Rua Tiradentes, 848 - 13º andar
Centro - 13400 760 - Piracicaba - SP
Fone (19) 3432 2199 - Fax (19) 3433 3518
A tendência de queda no número de estabelecimentos que trabalham com sistema de Boitel, que havia sido notada
na pesquisa do ano anterior não se manteve esse ano (Gráfico 13). Em 2009, 34% dos confinamentos prestavam
serviço de Boitel, e no ano passado, esse número aumentou para 46%.
Gráfico 13. Estabelecimentos que trabalham com sistema de Boitel
70%
58%
60%
52%
48% 48% 46%
50%
42% 42%
40% 34%
32%
30%
20%
10%
0%
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
Entre os 50 maiores confinamentos, 36% adquiriram menos de 60% dos animais que confinarão este ano e 64% já
possuem mais de 60% dos animais. Mesmo com a dificuldade de aquisição de animais para reposição, 48% dos
confinadores entrevistados já tem entre 81% e 100% dos animais que pretendem confinar em 2011 (Gráfico 14). Esses
confinadores ou terminarão animais próprios ou se adiantaram na compra e fechamento de acordos de Boitel e
parcerias.
Gráfico 14. Distribuição dos confinamentos conforme porcentagem de animais já adquiridos
60%
48%
50%
40%
30%
22%
20% 16%
10%
10% 4%
0%
0 a 20% 21 a 40% 41 a 60% 61 a 80% 81 a 100%
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
Como citado anteriormente, a reposição representa um grande desafio nos confinamentos e tem custo significativo
no processo. Os confinadores consultados na pesquisa estimam que a reposição represente em média 67% dos custos
totais do confinamento.
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Gráfico 15. Mudanças nos animais de reposição em relação à qualidade genética
50% 46%
45%
40%
34%
35%
30%
25%
20% 16%
15%
10%
4%
5%
0%
Melhorou Igual SR* Piorou
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
*SR = sem reposição
Quando perguntado sobre o que mudou na reposição em relação à qualidade genética dos animais em 2010, 46% dos
estabelecimentos alegaram que houve melhora e apenas 4% alegaram que houve piora na qualidade dos animais em
relação ao ano anterior (Gráfico 15).
Quanto ao preço pago pela reposição, 60% responderam que houve aumento e 6% responderam que a reposição
estava mais barata em relação ao ano anterior (Gráfico 16).
Gráfico 16. Mudanças nos animais de reposição em relação ao preço pago
70%
60%
60%
50%
40%
30%
20% 16% 16%
8%
10%
0%
Aumentou Igual SR* Diminuiu
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
*SR = sem reposição
Em relação ao local de compra da reposição, 74% responderam que não houve mudanças, enquanto 8% responderam
que houve necessidade de ir comprar os animais de reposição em locais mais distantes, em relação ao local de compra
do ano passado. É importante destacar que dos 50 estabelecimentos participantes da pesquisa, 14% não fazem
compra da reposição, pois são estabelecimentos de cria, recria e engorda.
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Gráfico 17. Mudanças nos animais de reposição em relação ao local de compra
80% 74%
70%
60%
50%
40%
30%
20% 16%
8%
10%
2%
0%
Igual SR* Mais longe Mais perto
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
*SR = sem reposição
A respeito da distribuição de abate ao longo do ano, foi solicitado aos confinadores que indicassem o mês de maior
saída de animais em 2010. A maioria, 36% dos estabelecimentos listados, apontou outubro como o mês de pico de
abate em 2010 e 24% deles prevê que esse também seja o mês de pico em 2011.
Gráfico 18. Meses de pico de abate
2010 2011*
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
Outros meses que se destacaram foram julho com 10% em 2010 e 10% previsto para 2011, setembro com 18% e
previsão de 36%, e novembro com 22% e 16% previsto (Gráfico 18). As previsões para 2011 apontam para
adiantamento do abate, com mais confinadores pretendendo realizar o pico de saída de animais em setembro ao
invés de outubro.
No ano de 2010, o ganho médio diário foi de 1.596 gramas/dia, e os animais ganharam em média 150 kg de peso vivo
durante o tempo de confinamento (Gráfico 19). Na pesquisa anterior a média havia sido de 1.511 gramas/dia, sendo
que os animais ganharam, em média, 149,5 kg de peso vivo. Dois quartos dos confinamentos pesquisados tiveram
ganho médio diário entre 1.503 gramas/dia e 1.704 gramas/dia. A mediana (número central) foi de 1.600 gramas/dia.
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É importante salientar que houve redução na permanência média dos animais no confinamento de 2009 para 2010;
entretanto, houve aumento no ganho médio de peso dos animais, o que demonstra que os confinadores estão
buscando cada vez mais a melhoria no desempenho de seus animais (Gráfico 19).
Gráfico 19. Dias de permanência dos animais no confinamento e ganho de peso vivo (PV, em kg)
Permanência (dias) Kg PV
160 149,6 150,0
134,6
140 128,1
120
99 94
100 85 88
80
60
40
20
0
2007 2008 2009 2010
Pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11
Nos estabelecimentos listados na pesquisa, a permanência média dos animais em confinamento foi de 94 dias. Ao
calcularem-se os quartis – valores obtidos da divisão da série de dados em quatro partes iguais – constatou-se que
dois quartos dos estabelecimentos tiveram o período médio de permanência dos animais no confinamento entre 83 e
102 dias (1º e 3º quartil). Ocorreu diminuição em relação ao dado levantado na pesquisa de 2009, quando o valor
médio foi de 99 dias e dois quartos dos dados ficaram entre 84 e 100 dias. Os valores médios apurados anteriormente
foram 85 e 88, para os anos de 2007 e 2008, respectivamente (Gráfico 19).
Interessante lembrar que o número médio de dias no cocho tende a aumentar com altos preços de reposição e baixos
preços de grãos, o que vem ocorrendo. Isso acontece porque os confinadores tentam colocar mais arrobas por animal,
diluindo o custo elevado do gado magro.
Conclusões
De acordo com os dados levantados pela pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos 2010/11, houve queda na
quantidade de animais confinados em 2010. Os principais fatores para essa retração são: alto preço da reposição e
também o alto custo de insumos. Vale lembrar que estes dados não abrangem a situação dos confinamentos
brasileiros como um todo, e sim, apenas dos 50 maiores.
A retração no número de animais confinados pelos 50 maiores estabelecimentos não pode ser extrapolada, estimando
redução em todo esse segmento da pecuária de corte. Quando analisamos os dados de todas as pesquisas notamos
que este grupo vinha apresentado crescimento ano após ano e apenas apresentou encolhimento em 2009 e 2010.
Nos últimos oito anos, o aumento do volume de animais terminados por estes confinadores foi de 173,5%,
representando uma taxa média de crescimento de 13,4%, ritmo inferior ao observado em 2009, que era de 17,1%.
Observando-se a previsão para 2010, a expectativa dos confinadores era de redução no crescimento em 4,2%, mas o
que efetivamente ocorreu foi uma redução de 9,4%.
Em relação à distribuição das propriedades por estados, Goiás retornou ao primeiro lugar e se manteve na liderança
em quantidade de animais confinados. São Paulo encontra-se no segundo lugar e em terceiro está o Mato Grosso,
tanto em número de cabeças confinadas, quanto em número de estabelecimentos entre os Top 50.
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Com relação ao período de saída de animais para o abate, em 2010 a concentração ocorreu nos meses de setembro,
outubro e novembro. E para 2011 existe a pretensão de manter a concentração nos mesmos meses. Entretanto, o
maior pico de abate poderá ser adiantado de outubro, em 2010 para setembro, em 2011.
Em 2010, o número de confinamentos que utilizaram contratos futuros na BM&FBovespa como ferramenta de
administração de risco aumentou em relação ao ano anterior. A porcentagem de animais negociados na bolsa com
contratos futuros também aumentou. Já a utilização dos contatos de opções pelos confinadores vem aumentando
desde 2008 e porcentagem de animais comercializados por esse meio também aumentou.
Embora os contratos de boi a termo sejam muito utilizados para garantir os preços futuros, o volume de animais
negociados com esta ferramenta se reduziu em 2010, e a porcentagem de contratos utilizados também reduziu.
Para 2010, realizou-se a expectativa de aumento no número de animais negociados à vista apontada pela pesquisa
anterior e 46% da produção foi negociada dessa forma. A projeção de vendas a vista para 2011 supera em 12% a
projeção de 2010. Este aumento é decorrente da decisão dos produtores de evitar grandes riscos com o não
pagamento por seus animais, mesmo havendo descontos nos preços pagos à vista em relação aos negociados a prazo.
Em 2010 houve uma queda na quantidade de participantes cadastrados no Sisbov, 82%, comparado aos 86% em 2009.
O número de estabelecimentos habilitados na lista da EU se manteve em 76% de 2009 para 2010.
Para 2011, muitos confinadores prevêem um aumento no lucro sobre a arroba produzida e outros têm como objetivo
o aumento da estrutura de seus estabelecimentos. Diante dessa expectativa, para 2011, 80% dos confinadores
encontra-se otimista e pretende aumentar a quantidade de animais confinados.
Equipe da pesquisa Top 50 BeefPoint de Confinamentos:
Miguel Cavalcanti
André Camargo
Tathiane Zulini
Contato:
top50@beefpoint.com.br
19 3432 2199
www.beefpoint.com.br/top50
Patrocinadores:
Nutron Alimentos
Elanco Saúde Animal
Dow AgroSciences
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17. Rua Tiradentes, 848 - 13º andar
Centro - 13400 760 - Piracicaba - SP
Fone (19) 3432 2199 - Fax (19) 3433 3518
Agradecimento especial (em ordem alfabética) aos que ajudaram na realização dessa pesquisa:
Alberto O`Farrill V. Pessina Gustavo Ubida
Alexandre Pasquali Parise Gutemberg de Oliveira Melo
Anderson Daniel Vargas Helio Augusto de Biasi
Anderson Zanetti Hélio Beraldo de Souza
André Luis Perrone dos Reis Janaina Brum Amaral
André Miller Carioba Janaína Flores
André Renato S. Silveira Jefferson Duque Albino
Aparecido Andrade da Silva José antonio alves
Armando Dias Teixeira Neto Luciano da Silva Beijo
Baiard Rogério P. Moreira Luciano Emanuel Moraes
Caio Augusto Arroio Barbosa Luis Francisco da Costa
Carlos Eduardo de Oliveira Luiz Antonio Carrijo
carlos eduardo ferreira Manoel Terra Verdi
Carlos Kind Marcela de Almeida Contadini
Claudio Braga Marcelo Catherino
Daniel Antunes Almeida Marcos Junqueira Cardoso
Décio Rother Filho Mario Pinto da Silva Júnior
Devanir Maia Nelson George Wentzel
Diéde Loreiro Neto Nilva de Fátima Borges
Edson Novaes Perez Paulo Cesar de Carvalho
Eduardo Mancebo Gonçlves Pedro Merola
Evandro Antonio jaroseski Priscila Blois do Amaral
Evandro Cassaro Rafael da Costa
Evandro Mendel Rafael Farias
Evandro Vettorello Regina Margarido
Fábio Maya Reinaldo Francisco Feitosa
Fabio Souza Ricardo Burgi
Fábio Yabuta Roberto Luiz dos Santos Júnior
Fernando Jacob Roberto Magnabosco
Fernando Nemi Costa Rodrio Otávio Spengler
Fernando Nunes Ribeiro Romarcio Barcelos de Souza
Florencio Queiroz Neto Sérgio Przepiorka
Gilberto Castilho Lima Thiago Costa Cavenaghi
Gilberto de Vitto Thiago Maluf
Gustavo de Lima e Reis Victor Paschoal Campanelli
Gustavo Guimarães Costa
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