3. Ramo da filosofia que trata de questões
sobre como devemos viver e, portanto,
sobre a natureza de certo e errado, bem
e mal, dever, obrigação e outros
conceitos.
4. Abordagem filosófica baseada na
suposição de que a humanidade é a
coisa mais importante que existe e que
não pode haver conhecimento de um
mundo sobrenatural – caso ele exista.
5. Século IV a.C. Aristóteles, em sua
Ética a Nicômaco, argumenta que, para
ser virtuosa, uma pessoa deve ser
sociável e cultivar relacionamentos
verdadeiros. Só um homem bestial ou
um deus podem ficar sozinhos
6. Final do século XVIII O Clérigo
evangélico anglicano Richard Cecil
afirma que “A solidão nos mostra o que
devemos ser; a sociedade nos mostra o
que somos”.
7. Final do século XIX Nietzsche
descreve a solidão como necessária para
a auto-investigação, afirmando que só
ela pode libertar os seres humanos da
tentação de seguir irrefletidamente a
massa.
8. A tranquilidade depende
do desprendimento em
relação à opinião dos
outros.
Se buscamos fama – que é
glória aos olhos alheios
– devemos buscar sua
opinião favorável.
Se buscamos fama, não
alcançamos o
desprendimento.
A fama e a tranquilidade
nunca podem ser
companheiras.
9. Montaigne dedicou-se a um tema que
tem sido popular desde os tempos
antigos: os perigos intelectuais e morais
de se viver entre os outros e o valor da
solidão.
10. Montaigne não salientou a importância
da solidão física, mas, mais
exatamente, o desenvolvimento da
capacidade de resistir à tentação de
aquiescer indiferentemente às opiniões
e ações da massa.
11. Ele relacionou nosso desejo pela
aprovação de colega com o de estar
demasiadamente ligado à riqueza e à
posse.
12. Ambas as paixões que nos diminuem,
afirmou Montaigne, mas ele não
concluiu que devemos renunciar a elas:
apenas devemos cultivar o
desprendimento.
13. Ao fazer isso, podemos desfrutá-las – e
até mesmo nos beneficiarmos –, mas
não nos tornaremos emocionalmente
escravizados por elas ou ficaremos
devastados se as perdermos.
14. Da solidão considera como nosso
desejo de aprovação pela massa está
ligado à busca pela glória ou fama.
15. Ao contrário de pensadores como
Maquiavel, que via a glória como um
objetivo digno, Montaigne acreditava
que o empenho constante pela fama é a
maior barreira à paz de espírito ou
tranquilidade.
16. Ele dizia, sobre aqueles que apresentam
a glória como um objetivo desejável,
que “só têm seus braços e pernas
destacados da multidão; suas almas,
suas vontades, estão mais
comprometidas com ela do que nunca”.
17. Montaigne não se preocupava se
alcançamos ou não a glória. Seu ponto
principal é que devemos nos livrar do
desejo de glória aos olhos das outras
pessoas –
18. Que não devemos sempre pensar na
aprovação e na admiração alheias como
sendo valiosas.
19. Ele foi além ao recomendar que, em vez
de procurar a aprovação daqueles à
nossa volta, devemos imaginar que
algum ser verdadeiramente notável e
nobre está sempre conosco, observando
nossos pensamentos mais íntimos:
20. Um ser em cuja presença até os loucos
esconderiam seus defeitos. Ao fazer
isso, aprendemos a pensar clara e
objetivamente, nos comportando de
maneira mais séria e racional.
21. Montaigne afirma que preocupar-se
demasiadamente com a opinião dos
outros pode nos corromper, porque
acabamos imitando aqueles que são
maus ou ficando tão consumidos pelo
ódio contra eles que perdemos a razão.
22. Montaigne retomou seu ataque contra
a busca pela glória em textos
posteriores, mostrando que a aquisição
da glória é tão recorrentemente uma
questão de sorte que faz pouco sentido
considerá-la com tal reverência.
23. “Muitas vezes vi [a sorte] sair à frente
do mérito, e frequentemente muito à
frente”, ele escreveu.
24. Montaigne também disse que encorajar
homens de Estado e líderes políticos a
valorizar a glória acima de todas as
coisas, como Maquiavel fez, apenas os
ensina a nunca se esforçar...
25. ... a menos que um público que
manifeste aprovação esteja disponível,
pronto e ávido para testemunhar a
extraordinária natureza de seus
poderes e realizações.
26. “
O contágio é muito
perigoso nas multidões.
Ou você imita o perverso
ou o odeia.
Michel de Montaigne
”
27. Montaigne sentiu os resultados da
violência da massa irracional durante as
Guerras Religiosas na França (1562-98),
incluindo as atrocidades do Massacre do
Dia de São Bartolomeu, em 1572
28.
29.
30. Michel Eyquem
de Montaigne
nasceu e cresceu
no château da sua
rica família, perto
de Bordeaux.
31.
32. No entanto, foi
enviado para viver com
uma família pobre de
camponeses até a
idade de três anos,
para se familiarizar
com a vida dos
trabalhadores comuns.
33. Recebeu toda a sua
educação em casa e,
até os seis anos, só
lhe foi permitido
falar em latim: o
francês era, de fato,
sua segunda língua.
34. A partir de 1557 Montaigne passou
treze anos como membro do
parlamento local, mas renunciou em
1571, ao herdar as propriedades da
família.
35. Publicou o primeiro volume dos
Ensaios em 1580, escrevendo mais dois
volumes antes da morte, em 1592.
36. Em 1580, iniciou uma extensa viagem
pela Europa, em parte para encontrar a
cura para cálculos renais. Retornou à
política em 1581, quando foi eleito
prefeito de Bourdeaux, cargo que
manteve até 1585.
37. 1569 Apologia de
Raymond Sebond
1580-81 Diário de
viagem
1580, 1588, 1595
Ensaios (3 volumes)