3. ANTES
Século IV a.C. Aristóteles define os seres humanos como
“animais políticos”, sugerindo não apenas que somos seres
naturais, mas que a produção da cultura é parte da nossa
natureza.
Século I a.C. O poeta romano Tito Lucrécio Caro escreve
Sobre a natureza das coisas, em que explora as raízes
naturais da cultura humana.
1859 O naturalista Charles Darwin publica A origem das
espécies, argumentando que toda vida evoluiu por um
processo de seleção natural.
4. DEPOIS
A partir de 1980 Richard Dawkins e Mary Midgley
debatem as implicações do darwinismo em nossa
concepção de natureza humana.
5. Na obra Beast and man,
Publicada em 1978, a filósofa britânica Mary Midgley avaliou
o impacto das ciências naturais sobre nosso entendimento da
natureza humana. As descobertas da paleontologia e da
biologia evolutiva prejudicam nossa visão sobre o que é ser
humano. Midgley tratou tanto as coisas que nos separam dos
outros animais como as quais compartilhamos com eles.
6. Natureza e cultura na vida humana
Uma das questões tratadas foi a relação entre natureza e
cultura na vida humana, abordando o fato que muitas
pessoas veem a natureza e a cultura como opostas por
alguma razão, como se a cultura fosse algo não natural
acrescentado à nossa natureza animal.
7. Midgley discordava...
...da ideia de que a cultura é algo de ordem totalmente
diversa da natureza. Segundo ela, a cultura é um fenômeno
natural, ou seja, evoluímos para ser o tipo de criatura que
tem cultura.
8. Podemos dizer que tecemos cultura tão naturalmente
quanto as aranhas produzem teias.
9. Assim sendo, não podemos ficar sem cultura, assim como
a aranha não pode ficar sem teia: nossa necessidade de
cultura é inata e natural. Midgley justifica a singularidade
humana nos colocando num contexto mais amplo do nosso
passado evolucionário.
10. “Nós equivocadamente nos isolamos dos outros animais,
tentando não acreditar que temos uma natureza animal.”
Mary Midgley