1. Filosofia da arte
Mesmo quando não estão travando lutas políticas, os artistas tendem a preocupar os
donos do poder e são vistos como ameaças à ordem vigente
04/01/2011
Leandro Konder
Defrontamo-nos hoje com uma incrível diversidade que se manifesta nas funções e nos
meios das artes. As palavras, os sons, as imagens, a ficção literária, as comédias, os
dramas, os poemas líricos e os filmes de cinema nos interpelam, nos convocam para
múltiplos encontros.
Percebemos a variedades de linguagens que se expressam desde artigos de jornais e
ensaios até o vastíssimo continente da música. Acrescente-se a esta lista interminável o
texto das obras teatrais, das reportagens e das crônicas, sem a menor pretensão de
esgotar o tema.
Todas estas atividades podem ser homenageadas com a designação de “artes”. No plano
da vida cotidiana a arte é tudo o que é feito com esmero e chega a ser considerado “bem
feito”. No entanto, são óbvias as diferenças existentes entre o caráter dessas produções
da mão e do espírito. As peças artesanais, as tragédias de Shakeaspere, os jarros de
cerâmica e os desenhos a lápis ocupam espaços bastante diversos na classificação de
seus poderes “artísticos”. Um filme de Eisenstein, um romance de Balzac, uma
moqueca de camarão pertencem a um todo que os torna parentes no espaço da expressão
espiritual do ser humano. E isso independentemente das notórias diferenças que existem
entre as obras de arte.
O leitor hesita, teme que o reconhecimento dessa diferença interna engendre
desigualdades e fortaleça preconceitos. Mas não podemos deixar de indagar:
Mestre Vitalino, com suas figurinhas de barro, é um escultor tal qual Michelangelo?
A expressão mais vigorosa da arte é considerada aquela que proporciona ao sujeito
humano um conhecimento especial de si mesmo. Ele aproveita a percepção sensível e
mobiliza todos os seus recursos, reflexivos ou não, para se servir de todos os meios
potencialmente úteis para o entendimento da realidade.
O sujeito na arte – digamos, na grande arte, para evitar dúvidas – só se interessa
profundamente pela sua realidade específica. E como essa realidade é inesgotável, ele
não pode desperdiçar a dimensão de descoberta, nem a dimensão de invenção. O que ele
cria é algo que não existia antes. Mas não há dúvida de que passou a existir.
2. A complexidade do conhecimento, que abrange a integração constituída pela apreensão
da realidade infinita, nos adverte contra os avanços exageradamente comemorados
quando se festeja a aplicação da capacidade humana de conhecer simultaneamente a
parte e o todo. O conhecimento avança se movendo em todas as trilhas que ele encontra
ou inventa. A arte não se deixa reduzir à dimensão da sua pertinência no recurso à
coleta de informações, por preciosas que sejam essas informações.
A arte, então, é ela própria uma fonte inesgotável de conhecimentos. Por isso, mesmo
quando não estão travando lutas políticas, os artistas tendem a preocupar os donos do
poder e são vistos com ameaças à ordem vigente.
Leandro Konder é colunista semanal do Brasil de Fato
Texto publicado na edição 410 do jornal Brasil de Fato
http://www.brasildefato.com.br/node/5385 16/04/12 as 18:12
Estética
A filosofia da arte invade nossa alma e a deixa sensibilizada ao contemplar imagens que
anestesiam nosso ser. A estética, desde os tempos mais remotos da filosofia já era algo
impressionante e sublime, as primeiras obras de arte que foram repassadas até nós, as
esculturas eternas que contagia milhões de povos, na Idade Média, as construções excelsas
das catedrais, a arte barroca que paralisa os sentidos e os olhos contemplam o sublime, o
choque de cores que o barroco possui é uma visão de glória. No mundo moderno estas obras
ainda despertam admirações e age como se fosse um colírio para os olhos. Esse é o papel da
estética, ir a fundo ao que é belo o que é agradável ao ser humano. Muitas vezes o que é belo
para muitos pode não ser para outros, o belo corresponde ao mundo particular de cada um.
Mas a beleza está em todos, não existe nenhum ser humano que não ache nada belo. Enfim, o
que agrada aos olhos é belo, por mais feio que seja a obra, no entanto passa a ser a coisa mais
bela e perfeita do mundo.
A Estética consiste num ramo da filosofia que se ocupa das questões relacionadas à arte, como
o belo. O feio, o gosto, o sublime e também estuda as teorias da criação e da percepção
artísticas.
O conhecimento estético estuda racionalmente o belo e o sentimento que este desperta nos
homens. Em geral estética é sinônimo de beleza e entre as mais variadas formas a estética é
aplicada no mundo de hoje, especialmente no que se diz a respeito da beleza feminina até
academias de ginástica.
A palavra estética vem do grego aisthesis e significa "faculdade de sentir", "compreensão pelos
sentidos", "percepção totalizante". Contudo a obra de arte, sendo, em primeiro lugar,
individual, concreta e sensível, oferece-se aos nossos sentidos; em segundo lugar, sendo uma
interpretação simbólica do mundo, sendo uma atribuição de sentido ao real e uma forma de
3. organização que transforma o vivido em objeto de conhecimento, proporciona a compreensão
pelos sentidos; ao se dirigir, enquanto conhecimento intuitivo, à nossa imaginação e ao
sentimento (não à razão lógica), toma-se em objeto estético por excelência. Não devemos
esquecer de vista que o estudo da arte consiste no ponto de vista histórico, cientifico e
filosófico.
http://www.artigos.com/artigos/humanas/filosofia/filosofia-da-arte-12893/artigo/ 16/04/12
as 18:14hrs.