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DOSAGEM DO CONCRETO
CONCRETO
Conceito:
Concreto é um material de construção constituído de
 aglomerante, água e agregados graúdos e miúdos.


Dosagem é a determinação do traço do concreto ou
 argamassas.
Características do Concreto
 Fresco:
  CONCRETO FRESCO E O NOME DADO AO
CONCRETO EM SEU ESTADO MALEÁVEL ANTES
DO INÍCIO DA PEGA.


O concreto fresco deve ser trabalhável e coeso.

O concreto endurecido deve ser resistênte e durável.
TRAÇO:



Traço é a proporção da quantidade de agregados e
 água para uma certa quantidade de cimento.


O traço pode ser determinado em peso ou
 volume.
Dosagem Empírica: dosagem obtida pela experiência
 acumulada em outras obras. São dosagens para obras
 de portes pequeno e médio.




Dosagem       Experimental: é determinada em
 laboratório levando em consideração a umidade dos
 agregados (absorção e inchamento), quantidade de
 água exata e quantidade de cimento para se obter o
 concreto com as características exigidas no projeto e
 com menor custo possível.
INFORMAÇÕES        A SEREM CONSIDERADAS NA
 DOSAGEM:


Resistência; (FCK – resistência característica à
 compressão);
Dimensões das formas;

Nível de acabamento das peças estruturais;

Transporte e lançamento;
O concreto – A resistência do concreto- O Fck, a relação
  água/cimento, o slump e as betoneiras do mercado

A composição do concreto:



O concreto é uma mistura de:

Pedras grandes e pequenas - agregados graúdos.

Areia – agregados míudos

Cola – cimento



O concreto é uma tentativa de reconstrução de pedra natural. Tudo o que
 aproxima o concreto da pedra natural é bom para ele. As pedras e a
 areia(inertes) são usadas umas para ocupar os espaços deixados pelas outras
 e o cimento molhado ligará tudo.
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        Quinto nível
Para ter um bom concreto é fundamental uma boa
 mistura de pedra, areia, cimento é água, sempre tendo
 em vista produzir um produto sem vazios, que serão
 ocupados pelo ar.
Como se fazer essa mistura? Primeiro pela escolha
 granulométrica de seus componentes e, segundo pela sua
 própria qualidade.
Essa mistura pode ser feita:

Manual: só para pequenas quantidades ou obras de
 pequeno porte.
Nas betoneiras de obras.

Comprando de usinas.
Lembremos que, ao comprar concreto usinado de
 usina, está é na pratica um betoneira localizada fora
 da obra. Só isso. As exigências que se fariam para a
 produção na obra devem ser feitas para compra de
 concreto de usina, além das exigências de transporte.
O material CONCRETO e seus componentes: pedra,
cimento, areia, água e fôrma. Os Fck recomendados :
O concreto é uma tentativa de fazer uma pedra artificial com vantagem
 enorme de ter a forma, resistência e dimensões que se queira.


Usa-se para produzir o concreto a mistura de:

Pedra, usualmente de dois tamanhos, de maneira que a pedra de maior
 tamanho, gerando uma mistura bem densa(pouco vazios);
Areia, que ocupará os espaços entre as pedras;

Cimento, que é um material industrial pulverulento, que depois de
 molhado, começa a ganhar resistências e age como cola;
Água, que hidratará o cimento transformando-o em
 uma cola e a água dá plasticidade à mistura.
Formas, que darão forma e dimensões à mistura ainda
 plástica e que serão removidas depois. Normalmente
 as formas são de madeira ou aço.
Escoramento, que dá estabilidade as fôrmas, enquanto
 essas fôrmas protegerem o concreto, ainda plástico;
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Nota:

Há uma tendência de se apresentar as fôrmas de
 concreto sempre com formas geométricas lineares. No
 caso de lajes, vigas e pilares comuns é assim mesmo.
 Lembremos todavia que a arquitetura poderá exigir
 fôrmas sinuosas. Afinal fazemos esculturas com
 concreto armado e a arquitetura brasileira que o diga.
Claro que aí o trabalho das fôrmas é então decisivo e
 então fazemos qualquer forma com o concreto.
A resistência do Concreto – O fck
O projeto da obra indica a resistência do concreto
 deseja.
Normalmente:

Fck >= 200 kgf/cm² = 20 Mpa para obras de médio
 vulto como por exemplo, prédio de apartamentos.
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Depois de lançado o concreto nas fôrmas, ele ainda
 ficará plástico por minutos. Depois de alguns horas ele
 ganhará uma resistência que irá aumentando com o
 passar dos dias;
Tão logo o concreto seja lançado nas formas devemos
 fazer sua acomodação, usando vibradores ou
 mecânicos ou até manuais. É para expulsar o ar que
 ficou preso e que se não for expulso, com o tempo
 gerará vazios, que diminuirão significativamente a
 resistências à compressão do concreto;
Depois de horas de lançamento do concreto nas
 fôrmas e quando ele ganhou alguma resistência,
 devemos manter sua superfície exposta bastante
 úmida, operação essa chamada de cura. A cura
 prolongada do concreto, seja por esborrifamento, seja
 pelo uso de superfícies molhadas, etc. Melhora
 bastante a resistência do concreto à compressão, que é
 sempre o grande parâmetro de analise da qualidade do
 concreto. Devemos fazer cura pelo menos sete dias.
Como dito, uma das mais importante características do
 concreto é sua resistências à compressão. Normalmente o
 concreto costuma ter as seguintes resistências à compressão:
100 kgf/cm² (10 MPa) muito usada no passado;

150 kgf/cm² (15 MPA) mínima resistências aceitável para um
 concreto estrutural e hoje só pode ser usada em fundações;
200 kgf/cm² (20 MPa) resistências mínima estrutural do
 concreto a partir da nova de concreto NBR 6118 de 2003;
500 kgf/cm² concretos especiais chamados de CAD, concreto
 alto desempenho, ou mais.
A melhor prova de que o concreto é uma pedra
 artificial, de fraca resistência se comparada com as
 pedras mais comumente encontradas, estas tem
 resistências a compressão variando de 800 kgf/cm²
 =80 MPa a mais de 2000 kgf/cm²=200MPa.
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Na prática, não tiram centenas de corpos de prova, mas com
 penas alguns exemplares e baseado nessas regras
 estatísticas, é possível se ter o valor do fck.


Vários fatores influenciam o fck de um lote de concreto,
 mas os mais importantes são:
Teor de cimento por m³ do concreto

Relação água cimento da mistura



O cimento é componente mais caro do concreto e há
 sempre o interesse econômico de usar o mínimo desse
 componente.
O uso de água na mistura auxilia a produção de um
 concreto mais plástica e mais trabalhável e portanto é
 muito tentador colocar muita água no concreto, mas
 isso tem uma enorme problema, pois reduz
 significativamente a resistência do concreto. Um
 adequado estudo da mistura:


a, um concreto econômico;

b, um concreto razoavelmente plástico e adequado
 para ser colocado nas fôrmas, evitando a ocorrência de
 bicheiras(vazios);
c, um concreto resistente (alto fck)
O concreto, como visto, é chamado de concreto
 simples e é usado depois com armadura de aço
 chamado de concreto armado.


O concreto sem armadura ou seja, o concreto simples
 é usado:
- na fabricação de blocos de concreto

- na confecção de tubos de diâmetros pequenos

- no cimentado de piso
Terminologia do concreto
Concreto: mistura de pedra grossa com pedra fina com cimento, areia e água.
 A pedra grossa costuma ser a brita nº2 e a pedra fina costuma ser a brita nº1;


Concreto armado: concreto + armadura de aço;



Argamassa: areia mais cimento mais água;



Pasta: cimento mais água



Concreto magro: concreto sem função estrutural e com pouco cimento. É
 usado por exemplo com enchimento e camada de proteção.


Argamassa armada: cimento mais areia mais água armadura. A argamassa
 armada é usada em pequenas obras como bancos de jardim, abrigo de ônibus,
 vasos e tanques.
Cuidado na produção do concreto:



Antes de falar do cuidado com concreto, vamos dar os
 tamanhos comerciais das pedra usadas no concreto:
Areia grossa

Brita zero: dimensões variando entre 5 a 9,5mm;

Brita um: dimensões variando 9,5mm a 22mm;

Brita dois: dimensões variando de 22 32 mm;

Brita três: dimensões variando de 32 a 50mm



Brita um e brita dois: tipos mais usados
Nota


Consumo: 30% do cimento produzidos no Brasil vai
 para grandes obras e mais de 70% vai para o
 “consumidor formiga”, na construção de pequenas
 obras(argamassa de assentamento, cimentado e
 pequenas edificações)
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Recomenda-se os seguintes cuidados mínimos na produção do concreto:

Produzido o concreto este deve até em uma hora ser
  colocado nas formas;
Retirada de fôrmas das faces laterais, só depois de 3 dias do
  lançamento do concreto nas fôrmas
Retirada de fôrmas de faces inferiores e tomando cuidado
  com os apoios (pontaletes), só depois de 14 dias;
Retirada total de fôrmas e de proteção dos apoios(retirada de
  apoios), só depois de 21 dias;
Fazer cura por no mínimo 7 dias.

Com 28 dias se analisam os resultados da resistências do
  concreto à compressão pelos resultados das analises dos
  corpos de prova que foram para laboratório para serem
  rompidos em prensa .
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Pergunta e resposta:
Por que se usa o prazo de 28 dias para definir a
 resistências do concreto?


Após alguns dias de sua produção, o concreto tem
 grande variabilidade em termos de amostras para
 serem ensaiadas ao teste de compressão em prensas. A
 partir de algo com 30 dias, essa variabilidade diminui.
 Escolheu-se então 28 dias, que é o múltiplo de 7 dias.
 Como as concretagens costumam ser feitas em dias
 úteis, o rompimento dos corpos de provas também
 será em dias úteis.
A resistência do concreto – O fck
O projeto da obra indica a resistência do concreto
 desejada.


Normalmente:



Fck >= 20MPa para obra de médio vulto como por
 exemplo prédio de apartamentos
Fck – 250 kg/cm²=25 Mpa para grandes obras de
 concreto armado
O que é fck?
Fck é uma        mensagem, uma ordem do projetista ao
 construtor. O concreto deve ser tal que, de cada 100 corpos
 de prova, somente 5 poderão ter resistência à compressão
 inferior ao fck fixado ou no máximo 5% dos corpos de prova .
A medida de resistência do concreto é feita em corpos de
 prova (cilindros com 15 cm de diâmetro de base e 30cm de
 altura), que são rompidos em prensa depois de 28 dias.
O valor médio (média aritmética) dos valores é chamado fcj.
 O fcj é o valor encontrado nas tabelas de traço e corresponde
 à expectativa de um valor médio aritmético.
O cálculo de uma estrutura de concreto é feito com base no projeto arquitetônico da obra
 e no valor de algumas variáveis, como por exemplo, a resistência do concreto que será
 utilizado na estrutura.

Portanto, a Resistência Característica do Concreto à Compressão (fck) é um dos dados
 utilizados no cálculo estrutural. Sua unidade de medida é o MPa (Mega Pascal), sendo:

Pascal: Pressão exercida por uma força de 1 newton, uniformemente distribuída sobre uma
 superfície plana de 1 metro quadrado de área, perpendicular à direção da força.

Mega Pascal (MPa) = 1 milhão de Pascal = 10,00 Kgf/cm².
Por exemplo: O Fck 30 MPa tem uma resistência à compressão de 300,00 Kgf/cm².

O valor desta resistência (fck) é um dado importante e será necessário em diversas etapas
 da obra, como por exemplo:

Para cotar os preços do concreto junto ao mercado, pois o valor do metro cúbico de
 concreto varia conforme a resistência (fck), o slump, o uso de adições, etc.
Exemplo
10 Mpa = 100 kg/cm² (Ou seja, uma tensão que aplica
 o peso de 100 Kg numa área de 1,0 cm²)
Dessa forma, se um concreto deve ter um Fck de 20
 Mpa, isso significa que este deverá suportar uma
 tensão de 200 kg numa área de 1,0 cm².
No recebimento do concreto na obra, devendo o valor do fck, fazer parte do
 corpo da nota fiscal de entrega, juntamente o slump.


No controle tecnológico do concreto (conforme normas da ABNT), através
 dos resultados dos ensaios de resistência à compressão.


Neste ensaio, a amostra do concreto é "capeada" e colocada em uma
 prensa. Nela, recebe uma carga gradual até atingir sua resistência
 máxima (kgs). Este valor é dividido pela área do topo da amostra
 (cm²). Teremos então a resistência em kgf/cm². Dividindo-se este valor por
 10,1972 se obtém a resistência em MPa.


A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), descreve com exatidão
 os ensaios de Resistência à Compressão e de Slump Test, através de suas
 normas.
Clique para editar os estilos do texto mestre
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   Terceiro nível
      Quarto nível
        Quinto nível
O concreto, dentro das variáveis que podem existir nos
 projetos estruturais, foi o item que mais evoluiu em termos
 de tecnologia. Antigamente muitos cálculos eram baseados
 no fck 18 MPa e hoje, conseguimos atingir no Brasil,
 resistências superiores a 100 MPa.


 Isto é uma ferramenta poderosa para os projetistas e para a
 engenharia em geral. Implica na redução das dimensões de
 pilares e vigas, no aumento da velocidade das obras, na
 diminuição do tamanho e do peso das estruturas, formas,
 armaduras, etc.
Como relacionar fcj com fck?



Fcj= resistência à compressão do concreto previsto para idade de “j” dias,
 em MPa


A NBR 12655 – Concreto de Cimento Portland –preparo, controle e
 recebimento, dá critérios para isso.


Fcj= fck + (1,65 .Sd)



Os valores de Sd:

Para obras de alto controle Sd = 40 kg/cm²

Para obras de bom com controle Sd = 55 Kg/cm²

Para obras d médio controle Sd = 70 kg/cm²
O que influi na qualidade do concreto?

a quantidade de cimento por m³ de concreto

a relação água/cimento usada

os cuidados na preparação, transporte, lançamento,
 vibração e cura do concreto nas formas
A relação água/cimento



Água é necessária ao concreto para:

Hidratar o cimento( o cimento hidratado vira cola).

Dar fluidez, plasticidade e trabalhabilidade.

Pouca água, atrapalha; muita água, desanda o
 concreto. Usa-se pois, o mínimo de água para as
 funções indicadas.
O consumo mínimo de cimento



Os teores mínimos de cimento recomendáveis são:



Para concreto magro (camada de concreto entre o terreno e
 o concreto estrutural): 100 a 150 kg/m³.


Para concreto estrutural: 300 kg/m³.



Para concreto exposto a condições agressivas ( por exemplo,
 em contato com água do mar); 350 kg/m³.
O teste do abatimento do cone – Slump teste
Para se controlar a trabalhabilidade do concreto e seu teor de água,
 recomenda-se o teste do abatimento de cone slump).
È um teste fácil e simples que pode ser feito, e deve, na obra. Ele
 fiscaliza e controla as aguaceiras do mestre de obras que tende sempre
 a pôr um pouquinho mais de água para facilitar a produção e
 lançamento do concreto.
Para fazer o teste, molda-se numa forma tronco-cônica ( com
 diâmetro de 10cm no topo, 20cm na base e 30cm de altura) o concreto,
 formado em três camadas igualmente adensadas cada um com 25
 golpes de barra com 16mm de diâmetro. Em seguida, coloca-se a forma
 sobre a forma e mede-se o abatimento.
As betoneiras do mercado
Quando se usa betoneira na preparação do concreto, obtém-se
 misturas mais homogêneas e produção maior do que a mistura
 anual.
A desvantagem é o custo da betoneira e sua instalação elétrica.
 Uma obra com betoneira exige um mínimo de produção para
 compensar seu uso. Há vários tipos de betoneiras e vários
 tamanhos:
Betoneiras comuns:

 Capacidade(L)                Potência do motor
     320                            3,0 cv
     500                            7,50cv
     600                            10,0cv
     750                             15,0cv
Há betoneiras de eixo inclinado(basculante), eixo
 horizontal e de eixo vertical.
Há betoneiras com carregadeira (fazem previamente a
 carga) sendo, por isso, mais eficientes que as de
 carregar pela boca.
A capacidade de produção de cada betoneira é parte
 de seu volume interno. Para betoneiras inclinadas, a
 capacidade de cada uma é de 70% de sua capacidade
 interna. Para as de eixo horizontal é da ordem de
 35,0%
O tempo de mistura na betoneira é da ordem de 1 a 3
 min.
A rotação das betoneiras é função de sua capacidade. As
 menores devem ter maior velocidade de rotação.
As betoneiras basculantes tem a rotação de cerca de 300
 rotações por minutos e as de eixo horizontal, 15 rotações
 por minutos.
Com a betoneira já em funcionamento, a sequência de
 colocação de material é:
Parte do agregado graúdo e parte da água (corresponde
 quase a uma lavagem interna).
Cimento mais a água que falta e areia.

Resto agregados graúdos
Ao final de cada dia, a betoneira deve ser lavada para
 evitar incrustrações. Deixa-la funcionar com água e
 pedra ajuda a lavagem (ação de atrito).
ConcretoBrasil–Nabetoneiraounobraço–Otestedaslatas




Há o desejo e há a realidade. O desejável é que, na
        preparação do concreto considere-se:
A classe do cimento

A granulometria da areia

Os tipos de britas a serem usadas (brita 1, brita 2 e
        outras).
A umidade da areia no cálculo da relação
        água/cimento.
Na realidade da pequena construção, pensar nisso é
 irreal. A areia é a que se tem. A brita nem sempre é
 classificada.
Não é tão fácil medir a umidade da areia. As vezes tem
 betoneiras; às vezes o concreto é misturado no braço.
Como fazer então um bom concreto? Que resistência
 esperar dele?
Vamos dar regras práticas para esse concreto bem
 brasileiro, sem apoio tecnológico, um concreto real.
Fórmula Mágica

A formula mágica é CAP : 1 :2 :3.

Isso quer dizer:

C: volume de cimento, cerca de 35 litros que é o
  volume aparente de saco de 50kg.
A: volume de areia. Como o volume de cimento é de 35
  litros, vamos colocar 2 x 35 = 70 litros de areia.
P: volume de brita, ou seja 3 x35 litros = 105 litros.
Preparação e mistura:
Para facilitar a dosagem de areia e pedra, construa a caixa padrão:



Ou seja, a dosagem – 1:2:3 é uma dosagem volumetrica, corresponde à:

1 saco de cimento

2 caixas padrão de areia

3 caixas padrão de pedra



E água?

Para areia seca: 27 litros de água

Para areia pouco úmida (a mais comum) 24 litros de água

Para areia molhada água: 20 litros de água
Como se dá a sequência de colocação dos materiais
 para a mistura manual?
Sobre uma superfície rígida e impermeável ( piso de
 tábua ou cimentado), coloca-se areia formando uma
 camada de 15cm. Adiciona-se uniformemente o
 cimento e mistura-se bem. Recomenda-se pá de
 formato quadrado. Após uma boa mistura( cor
 homogênea de toda a massa misturada), junta-se a
 brita (pedra) e mistura-se, outra vez. Só então faz-se
 um buraco no meio da massa e adiciona-se lentamente
 a água, não deixando escapar nada. Mistura-se bem até
 se obter uma massa de visual homogêneo. Usa-se para
 isso um pá ou enxada.
Se a água usada for de rede pública não há problemas
 quanto a sua qualidade.


Qual a resistência esperada desse concreto?



Não conheço estudos a respeito. Conversando com
 vários colegas, tenho uma ideia. Esse concreto seria
 estimado como tendo um fcj de 120 a 150 kg/cm² .
O teste das latas
Quando há numa obra britas classificados (nº1 e nº2),
  dá para confiar na informação do vendedor que elas
  são realmente de brita nº1 e brita nº2?
Não há um processo mais elaborado que demonstre
  qual é a mistura que resulta em concreto mais denso
  ( com menor índice de vazios), menos porosos, mais
  resistente. Para que se descubra um concreto com
  essas características, existe o teste das latas.
Para se saber a melhor dosagem de pedra nº1 e nº2
  fazem-se várias misturas diferentes e colocam-se as
  mesmas em várias latas.
Após, adiciona-se água a cada lata. A lata que
 transbordar com menos quantidade desse líquido é a
 mistura com menor índice de vazios. Assim, em vez de
 especificar uma fórmula de dosagem, uma caixa de
 brita 1 e uma caixa de brita 2, alteremos essas
 proporções de acordo com a mistura que resultou
 mais densa (menor índice de vazios).
Como comprar concreto de usina(pré-misturado)



Para as obras em que não há espaço para produzir seu
  concreto, é comum comprá-lo de usina e esta é uma
  tendência dominante em todas as obras. Na central de
  concreto, os componentes são dosados e lançados no
  caminhão. Só não é adicionado a água necessária. Só
  parte da água é adicionada. E lá vai o caminhão em
  direção à obra misturando lentamente areia, a pedra,
  o cimento e parte da água. A mistura é lenta só para
  não deixar tudo se depositar no fundo ( da ordem de 2
  a 5 voltas por minuto).
Quando o caminhão-betoneira chega na obra( é
 importante que esta esteja preparada para receber o
 concreto), adiciona-se a água restante e começa a
 mistura final.


A rotação do tambor passa a girar de 5 de 16 voltas por
 minutos e mistura-se durante 5 a 10 minutos. Inicia-se
 o descarregamento e, em seguida, o transporte interno
 do concreto em carrinhos, caçambas, esteiras
 transportadoras ou bombeamento.
Cuidados na compra do concreto de usina
a, Pedir concreto pelo fck. Se na obra vamos produzir
 concreto visando o fck, o compraremos pelo fck. A
 questão do traço é problema de usina de concreto.
b, Fazem-se exigências também pelo tipo de pedra a usar,
 considerando o espaço entre as armaduras o
 bombeamento ou não do concreto, ou seja, fixa-se o
 diâmetro máximo.
c, Deve-se fixar também o abatimento(slump test)e, se
 necessário, o teor de cimento por m³.
d, O tempo máximo aceitável no transporte do concreto
 no caminhão é de 90min. Não adianta, pois, comprar
 concreto de usina muito afastada do local da obra
e, Você tem certeza de que no local de disposição do concreto não há
 obstáculo para a chegada do caminhão?
f, A usina entrega o caminhão cheio de concreto nas seguintes
 capacidades: 5, 7, 8 e 10 m³. A sua obra está capacitada para receber,
 transportar e lançar todo esse concreto? As concreteiras não
 entregam meio caminhão, ou se entregam há um sobrepreço.
g, O controle do concreto entregue, aferido por testes em corpos de
 provas, é um controle de concreto entregue(fim da responsabilidade
 da usina).Você deve fazer o controle adicional(não mais para a usina)
 do concreto lançado nas formas. Ás vezes, você pode ter um ótimo
 concreto na porta do caminhão, e um péssimo concreto nas formas
 por deficiências de transporte e lançamento. O controle pois a
 qualidade do concreto nas formas, tirando corpos de prova do
 concreto lançado nelas.
h, Não se esqueça, que mesmo comprando concreto
 de usina, você poderá precisar de uma betoneira na
 obra para trabalhos miúdos.


Lembremos a norma brasileira de Concreto pré
 misturado NBR 7212. Consultar também a norma de
 recebimento do concreto NBR 12.655
1º Caso: esta peça não é de concreto armado.
Critica: as armaduras estão muito espaçadas e com isso
 é mínimo o atrito armadura concreto. Toda a teoria e
 fórmulas do concreto armado prevêem a necessidade
 desse atrito. Barras de aço só devem ser colocados na
            periferia da peça e não no centro.


    2º Caso: Esta peça não é de concreto armado<
  Critica: as armaduras estão muito próximas e na
concretagem, as pedras não conseguirão penetrar por
                   entre as barras.


3º Caso: Esta peça sim é de concreto armado.Esta Peça
  sim obedece a exigência de uma distâncias mínima
  entre as barras. Há adequado espaço entre as barras
 (para passar o vibrador) e entre as barras e as formas.

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Concreto - A dosagem, resistência e cuidados na produção

  • 2. CONCRETO Conceito: Concreto é um material de construção constituído de aglomerante, água e agregados graúdos e miúdos. Dosagem é a determinação do traço do concreto ou argamassas.
  • 3. Características do Concreto Fresco: CONCRETO FRESCO E O NOME DADO AO CONCRETO EM SEU ESTADO MALEÁVEL ANTES DO INÍCIO DA PEGA. O concreto fresco deve ser trabalhável e coeso. O concreto endurecido deve ser resistênte e durável.
  • 4. TRAÇO: Traço é a proporção da quantidade de agregados e água para uma certa quantidade de cimento. O traço pode ser determinado em peso ou volume.
  • 5. Dosagem Empírica: dosagem obtida pela experiência acumulada em outras obras. São dosagens para obras de portes pequeno e médio. Dosagem Experimental: é determinada em laboratório levando em consideração a umidade dos agregados (absorção e inchamento), quantidade de água exata e quantidade de cimento para se obter o concreto com as características exigidas no projeto e com menor custo possível.
  • 6. INFORMAÇÕES A SEREM CONSIDERADAS NA DOSAGEM: Resistência; (FCK – resistência característica à compressão); Dimensões das formas; Nível de acabamento das peças estruturais; Transporte e lançamento;
  • 7. O concreto – A resistência do concreto- O Fck, a relação água/cimento, o slump e as betoneiras do mercado A composição do concreto: O concreto é uma mistura de: Pedras grandes e pequenas - agregados graúdos. Areia – agregados míudos Cola – cimento O concreto é uma tentativa de reconstrução de pedra natural. Tudo o que aproxima o concreto da pedra natural é bom para ele. As pedras e a areia(inertes) são usadas umas para ocupar os espaços deixados pelas outras e o cimento molhado ligará tudo.
  • 8. Clique para editar os estilos do texto mestre  Segundo nível  Terceiro nível  Quarto nível  Quinto nível
  • 9. Para ter um bom concreto é fundamental uma boa mistura de pedra, areia, cimento é água, sempre tendo em vista produzir um produto sem vazios, que serão ocupados pelo ar. Como se fazer essa mistura? Primeiro pela escolha granulométrica de seus componentes e, segundo pela sua própria qualidade. Essa mistura pode ser feita: Manual: só para pequenas quantidades ou obras de pequeno porte. Nas betoneiras de obras. Comprando de usinas.
  • 10. Lembremos que, ao comprar concreto usinado de usina, está é na pratica um betoneira localizada fora da obra. Só isso. As exigências que se fariam para a produção na obra devem ser feitas para compra de concreto de usina, além das exigências de transporte.
  • 11. O material CONCRETO e seus componentes: pedra, cimento, areia, água e fôrma. Os Fck recomendados : O concreto é uma tentativa de fazer uma pedra artificial com vantagem enorme de ter a forma, resistência e dimensões que se queira. Usa-se para produzir o concreto a mistura de: Pedra, usualmente de dois tamanhos, de maneira que a pedra de maior tamanho, gerando uma mistura bem densa(pouco vazios); Areia, que ocupará os espaços entre as pedras; Cimento, que é um material industrial pulverulento, que depois de molhado, começa a ganhar resistências e age como cola;
  • 12. Água, que hidratará o cimento transformando-o em uma cola e a água dá plasticidade à mistura. Formas, que darão forma e dimensões à mistura ainda plástica e que serão removidas depois. Normalmente as formas são de madeira ou aço. Escoramento, que dá estabilidade as fôrmas, enquanto essas fôrmas protegerem o concreto, ainda plástico;
  • 13. Clique para editar os estilos do texto mestre  Segundo nível  Terceiro nível  Quarto nível  Quinto nível
  • 14. Clique para editar os estilos do texto mestre  Segundo nível  Terceiro nível  Quarto nível  Quinto nível
  • 15. Nota: Há uma tendência de se apresentar as fôrmas de concreto sempre com formas geométricas lineares. No caso de lajes, vigas e pilares comuns é assim mesmo. Lembremos todavia que a arquitetura poderá exigir fôrmas sinuosas. Afinal fazemos esculturas com concreto armado e a arquitetura brasileira que o diga. Claro que aí o trabalho das fôrmas é então decisivo e então fazemos qualquer forma com o concreto.
  • 16. A resistência do Concreto – O fck O projeto da obra indica a resistência do concreto deseja. Normalmente: Fck >= 200 kgf/cm² = 20 Mpa para obras de médio vulto como por exemplo, prédio de apartamentos.
  • 17. Clique para editar os estilos do texto mestre  Segundo nível  Terceiro nível  Quarto nível  Quinto nível
  • 18. Depois de lançado o concreto nas fôrmas, ele ainda ficará plástico por minutos. Depois de alguns horas ele ganhará uma resistência que irá aumentando com o passar dos dias; Tão logo o concreto seja lançado nas formas devemos fazer sua acomodação, usando vibradores ou mecânicos ou até manuais. É para expulsar o ar que ficou preso e que se não for expulso, com o tempo gerará vazios, que diminuirão significativamente a resistências à compressão do concreto;
  • 19. Depois de horas de lançamento do concreto nas fôrmas e quando ele ganhou alguma resistência, devemos manter sua superfície exposta bastante úmida, operação essa chamada de cura. A cura prolongada do concreto, seja por esborrifamento, seja pelo uso de superfícies molhadas, etc. Melhora bastante a resistência do concreto à compressão, que é sempre o grande parâmetro de analise da qualidade do concreto. Devemos fazer cura pelo menos sete dias.
  • 20. Como dito, uma das mais importante características do concreto é sua resistências à compressão. Normalmente o concreto costuma ter as seguintes resistências à compressão: 100 kgf/cm² (10 MPa) muito usada no passado; 150 kgf/cm² (15 MPA) mínima resistências aceitável para um concreto estrutural e hoje só pode ser usada em fundações; 200 kgf/cm² (20 MPa) resistências mínima estrutural do concreto a partir da nova de concreto NBR 6118 de 2003; 500 kgf/cm² concretos especiais chamados de CAD, concreto alto desempenho, ou mais.
  • 21. A melhor prova de que o concreto é uma pedra artificial, de fraca resistência se comparada com as pedras mais comumente encontradas, estas tem resistências a compressão variando de 800 kgf/cm² =80 MPa a mais de 2000 kgf/cm²=200MPa.
  • 22. Clique para editar os estilos do texto mestre  Segundo nível  Terceiro nível  Quarto nível  Quinto nível
  • 23. Na prática, não tiram centenas de corpos de prova, mas com penas alguns exemplares e baseado nessas regras estatísticas, é possível se ter o valor do fck. Vários fatores influenciam o fck de um lote de concreto, mas os mais importantes são: Teor de cimento por m³ do concreto Relação água cimento da mistura O cimento é componente mais caro do concreto e há sempre o interesse econômico de usar o mínimo desse componente.
  • 24. O uso de água na mistura auxilia a produção de um concreto mais plástica e mais trabalhável e portanto é muito tentador colocar muita água no concreto, mas isso tem uma enorme problema, pois reduz significativamente a resistência do concreto. Um adequado estudo da mistura: a, um concreto econômico; b, um concreto razoavelmente plástico e adequado para ser colocado nas fôrmas, evitando a ocorrência de bicheiras(vazios); c, um concreto resistente (alto fck)
  • 25. O concreto, como visto, é chamado de concreto simples e é usado depois com armadura de aço chamado de concreto armado. O concreto sem armadura ou seja, o concreto simples é usado: - na fabricação de blocos de concreto - na confecção de tubos de diâmetros pequenos - no cimentado de piso
  • 26. Terminologia do concreto Concreto: mistura de pedra grossa com pedra fina com cimento, areia e água. A pedra grossa costuma ser a brita nº2 e a pedra fina costuma ser a brita nº1; Concreto armado: concreto + armadura de aço; Argamassa: areia mais cimento mais água; Pasta: cimento mais água Concreto magro: concreto sem função estrutural e com pouco cimento. É usado por exemplo com enchimento e camada de proteção. Argamassa armada: cimento mais areia mais água armadura. A argamassa armada é usada em pequenas obras como bancos de jardim, abrigo de ônibus, vasos e tanques.
  • 27. Cuidado na produção do concreto: Antes de falar do cuidado com concreto, vamos dar os tamanhos comerciais das pedra usadas no concreto: Areia grossa Brita zero: dimensões variando entre 5 a 9,5mm; Brita um: dimensões variando 9,5mm a 22mm; Brita dois: dimensões variando de 22 32 mm; Brita três: dimensões variando de 32 a 50mm Brita um e brita dois: tipos mais usados
  • 28. Nota Consumo: 30% do cimento produzidos no Brasil vai para grandes obras e mais de 70% vai para o “consumidor formiga”, na construção de pequenas obras(argamassa de assentamento, cimentado e pequenas edificações)
  • 29. Clique para editar os estilos do texto mestre  Segundo nível  Terceiro nível  Quarto nível  Quinto nível
  • 30. Clique para editar os estilos do texto mestre  Segundo nível  Terceiro nível  Quarto nível  Quinto nível
  • 31. Recomenda-se os seguintes cuidados mínimos na produção do concreto: Produzido o concreto este deve até em uma hora ser colocado nas formas; Retirada de fôrmas das faces laterais, só depois de 3 dias do lançamento do concreto nas fôrmas Retirada de fôrmas de faces inferiores e tomando cuidado com os apoios (pontaletes), só depois de 14 dias; Retirada total de fôrmas e de proteção dos apoios(retirada de apoios), só depois de 21 dias; Fazer cura por no mínimo 7 dias. Com 28 dias se analisam os resultados da resistências do concreto à compressão pelos resultados das analises dos corpos de prova que foram para laboratório para serem rompidos em prensa .
  • 32. Clique para editar os estilos do texto mestre  Segundo nível  Terceiro nível  Quarto nível  Quinto nível
  • 33. Pergunta e resposta: Por que se usa o prazo de 28 dias para definir a resistências do concreto? Após alguns dias de sua produção, o concreto tem grande variabilidade em termos de amostras para serem ensaiadas ao teste de compressão em prensas. A partir de algo com 30 dias, essa variabilidade diminui. Escolheu-se então 28 dias, que é o múltiplo de 7 dias. Como as concretagens costumam ser feitas em dias úteis, o rompimento dos corpos de provas também será em dias úteis.
  • 34. A resistência do concreto – O fck O projeto da obra indica a resistência do concreto desejada. Normalmente: Fck >= 20MPa para obra de médio vulto como por exemplo prédio de apartamentos Fck – 250 kg/cm²=25 Mpa para grandes obras de concreto armado
  • 35. O que é fck? Fck é uma mensagem, uma ordem do projetista ao construtor. O concreto deve ser tal que, de cada 100 corpos de prova, somente 5 poderão ter resistência à compressão inferior ao fck fixado ou no máximo 5% dos corpos de prova . A medida de resistência do concreto é feita em corpos de prova (cilindros com 15 cm de diâmetro de base e 30cm de altura), que são rompidos em prensa depois de 28 dias. O valor médio (média aritmética) dos valores é chamado fcj. O fcj é o valor encontrado nas tabelas de traço e corresponde à expectativa de um valor médio aritmético.
  • 36. O cálculo de uma estrutura de concreto é feito com base no projeto arquitetônico da obra e no valor de algumas variáveis, como por exemplo, a resistência do concreto que será utilizado na estrutura.  Portanto, a Resistência Característica do Concreto à Compressão (fck) é um dos dados utilizados no cálculo estrutural. Sua unidade de medida é o MPa (Mega Pascal), sendo:  Pascal: Pressão exercida por uma força de 1 newton, uniformemente distribuída sobre uma superfície plana de 1 metro quadrado de área, perpendicular à direção da força.  Mega Pascal (MPa) = 1 milhão de Pascal = 10,00 Kgf/cm². Por exemplo: O Fck 30 MPa tem uma resistência à compressão de 300,00 Kgf/cm².  O valor desta resistência (fck) é um dado importante e será necessário em diversas etapas da obra, como por exemplo:  Para cotar os preços do concreto junto ao mercado, pois o valor do metro cúbico de concreto varia conforme a resistência (fck), o slump, o uso de adições, etc.
  • 37. Exemplo 10 Mpa = 100 kg/cm² (Ou seja, uma tensão que aplica o peso de 100 Kg numa área de 1,0 cm²) Dessa forma, se um concreto deve ter um Fck de 20 Mpa, isso significa que este deverá suportar uma tensão de 200 kg numa área de 1,0 cm².
  • 38. No recebimento do concreto na obra, devendo o valor do fck, fazer parte do corpo da nota fiscal de entrega, juntamente o slump.  No controle tecnológico do concreto (conforme normas da ABNT), através dos resultados dos ensaios de resistência à compressão.  Neste ensaio, a amostra do concreto é "capeada" e colocada em uma prensa. Nela, recebe uma carga gradual até atingir sua resistência máxima (kgs). Este valor é dividido pela área do topo da amostra (cm²). Teremos então a resistência em kgf/cm². Dividindo-se este valor por 10,1972 se obtém a resistência em MPa.  A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), descreve com exatidão os ensaios de Resistência à Compressão e de Slump Test, através de suas normas.
  • 39. Clique para editar os estilos do texto mestre  Segundo nível  Terceiro nível  Quarto nível  Quinto nível
  • 40. O concreto, dentro das variáveis que podem existir nos projetos estruturais, foi o item que mais evoluiu em termos de tecnologia. Antigamente muitos cálculos eram baseados no fck 18 MPa e hoje, conseguimos atingir no Brasil, resistências superiores a 100 MPa.  Isto é uma ferramenta poderosa para os projetistas e para a engenharia em geral. Implica na redução das dimensões de pilares e vigas, no aumento da velocidade das obras, na diminuição do tamanho e do peso das estruturas, formas, armaduras, etc.
  • 41. Como relacionar fcj com fck? Fcj= resistência à compressão do concreto previsto para idade de “j” dias, em MPa A NBR 12655 – Concreto de Cimento Portland –preparo, controle e recebimento, dá critérios para isso. Fcj= fck + (1,65 .Sd) Os valores de Sd: Para obras de alto controle Sd = 40 kg/cm² Para obras de bom com controle Sd = 55 Kg/cm² Para obras d médio controle Sd = 70 kg/cm²
  • 42. O que influi na qualidade do concreto? a quantidade de cimento por m³ de concreto a relação água/cimento usada os cuidados na preparação, transporte, lançamento, vibração e cura do concreto nas formas
  • 43. A relação água/cimento Água é necessária ao concreto para: Hidratar o cimento( o cimento hidratado vira cola). Dar fluidez, plasticidade e trabalhabilidade. Pouca água, atrapalha; muita água, desanda o concreto. Usa-se pois, o mínimo de água para as funções indicadas.
  • 44. O consumo mínimo de cimento Os teores mínimos de cimento recomendáveis são: Para concreto magro (camada de concreto entre o terreno e o concreto estrutural): 100 a 150 kg/m³. Para concreto estrutural: 300 kg/m³. Para concreto exposto a condições agressivas ( por exemplo, em contato com água do mar); 350 kg/m³.
  • 45. O teste do abatimento do cone – Slump teste Para se controlar a trabalhabilidade do concreto e seu teor de água, recomenda-se o teste do abatimento de cone slump). È um teste fácil e simples que pode ser feito, e deve, na obra. Ele fiscaliza e controla as aguaceiras do mestre de obras que tende sempre a pôr um pouquinho mais de água para facilitar a produção e lançamento do concreto. Para fazer o teste, molda-se numa forma tronco-cônica ( com diâmetro de 10cm no topo, 20cm na base e 30cm de altura) o concreto, formado em três camadas igualmente adensadas cada um com 25 golpes de barra com 16mm de diâmetro. Em seguida, coloca-se a forma sobre a forma e mede-se o abatimento.
  • 46. As betoneiras do mercado Quando se usa betoneira na preparação do concreto, obtém-se misturas mais homogêneas e produção maior do que a mistura anual. A desvantagem é o custo da betoneira e sua instalação elétrica. Uma obra com betoneira exige um mínimo de produção para compensar seu uso. Há vários tipos de betoneiras e vários tamanhos: Betoneiras comuns:  Capacidade(L) Potência do motor  320 3,0 cv  500 7,50cv  600 10,0cv  750 15,0cv
  • 47. Há betoneiras de eixo inclinado(basculante), eixo horizontal e de eixo vertical. Há betoneiras com carregadeira (fazem previamente a carga) sendo, por isso, mais eficientes que as de carregar pela boca. A capacidade de produção de cada betoneira é parte de seu volume interno. Para betoneiras inclinadas, a capacidade de cada uma é de 70% de sua capacidade interna. Para as de eixo horizontal é da ordem de 35,0% O tempo de mistura na betoneira é da ordem de 1 a 3 min.
  • 48. A rotação das betoneiras é função de sua capacidade. As menores devem ter maior velocidade de rotação. As betoneiras basculantes tem a rotação de cerca de 300 rotações por minutos e as de eixo horizontal, 15 rotações por minutos. Com a betoneira já em funcionamento, a sequência de colocação de material é: Parte do agregado graúdo e parte da água (corresponde quase a uma lavagem interna). Cimento mais a água que falta e areia. Resto agregados graúdos
  • 49. Ao final de cada dia, a betoneira deve ser lavada para evitar incrustrações. Deixa-la funcionar com água e pedra ajuda a lavagem (ação de atrito).
  • 50. ConcretoBrasil–Nabetoneiraounobraço–Otestedaslatas Há o desejo e há a realidade. O desejável é que, na preparação do concreto considere-se: A classe do cimento A granulometria da areia Os tipos de britas a serem usadas (brita 1, brita 2 e outras). A umidade da areia no cálculo da relação água/cimento.
  • 51. Na realidade da pequena construção, pensar nisso é irreal. A areia é a que se tem. A brita nem sempre é classificada. Não é tão fácil medir a umidade da areia. As vezes tem betoneiras; às vezes o concreto é misturado no braço. Como fazer então um bom concreto? Que resistência esperar dele? Vamos dar regras práticas para esse concreto bem brasileiro, sem apoio tecnológico, um concreto real.
  • 52. Fórmula Mágica A formula mágica é CAP : 1 :2 :3. Isso quer dizer: C: volume de cimento, cerca de 35 litros que é o volume aparente de saco de 50kg. A: volume de areia. Como o volume de cimento é de 35 litros, vamos colocar 2 x 35 = 70 litros de areia. P: volume de brita, ou seja 3 x35 litros = 105 litros.
  • 53. Preparação e mistura: Para facilitar a dosagem de areia e pedra, construa a caixa padrão: Ou seja, a dosagem – 1:2:3 é uma dosagem volumetrica, corresponde à: 1 saco de cimento 2 caixas padrão de areia 3 caixas padrão de pedra E água? Para areia seca: 27 litros de água Para areia pouco úmida (a mais comum) 24 litros de água Para areia molhada água: 20 litros de água
  • 54. Como se dá a sequência de colocação dos materiais para a mistura manual? Sobre uma superfície rígida e impermeável ( piso de tábua ou cimentado), coloca-se areia formando uma camada de 15cm. Adiciona-se uniformemente o cimento e mistura-se bem. Recomenda-se pá de formato quadrado. Após uma boa mistura( cor homogênea de toda a massa misturada), junta-se a brita (pedra) e mistura-se, outra vez. Só então faz-se um buraco no meio da massa e adiciona-se lentamente a água, não deixando escapar nada. Mistura-se bem até se obter uma massa de visual homogêneo. Usa-se para isso um pá ou enxada.
  • 55. Se a água usada for de rede pública não há problemas quanto a sua qualidade. Qual a resistência esperada desse concreto? Não conheço estudos a respeito. Conversando com vários colegas, tenho uma ideia. Esse concreto seria estimado como tendo um fcj de 120 a 150 kg/cm² .
  • 56. O teste das latas Quando há numa obra britas classificados (nº1 e nº2), dá para confiar na informação do vendedor que elas são realmente de brita nº1 e brita nº2? Não há um processo mais elaborado que demonstre qual é a mistura que resulta em concreto mais denso ( com menor índice de vazios), menos porosos, mais resistente. Para que se descubra um concreto com essas características, existe o teste das latas. Para se saber a melhor dosagem de pedra nº1 e nº2 fazem-se várias misturas diferentes e colocam-se as mesmas em várias latas.
  • 57. Após, adiciona-se água a cada lata. A lata que transbordar com menos quantidade desse líquido é a mistura com menor índice de vazios. Assim, em vez de especificar uma fórmula de dosagem, uma caixa de brita 1 e uma caixa de brita 2, alteremos essas proporções de acordo com a mistura que resultou mais densa (menor índice de vazios).
  • 58. Como comprar concreto de usina(pré-misturado) Para as obras em que não há espaço para produzir seu concreto, é comum comprá-lo de usina e esta é uma tendência dominante em todas as obras. Na central de concreto, os componentes são dosados e lançados no caminhão. Só não é adicionado a água necessária. Só parte da água é adicionada. E lá vai o caminhão em direção à obra misturando lentamente areia, a pedra, o cimento e parte da água. A mistura é lenta só para não deixar tudo se depositar no fundo ( da ordem de 2 a 5 voltas por minuto).
  • 59. Quando o caminhão-betoneira chega na obra( é importante que esta esteja preparada para receber o concreto), adiciona-se a água restante e começa a mistura final. A rotação do tambor passa a girar de 5 de 16 voltas por minutos e mistura-se durante 5 a 10 minutos. Inicia-se o descarregamento e, em seguida, o transporte interno do concreto em carrinhos, caçambas, esteiras transportadoras ou bombeamento.
  • 60. Cuidados na compra do concreto de usina a, Pedir concreto pelo fck. Se na obra vamos produzir concreto visando o fck, o compraremos pelo fck. A questão do traço é problema de usina de concreto. b, Fazem-se exigências também pelo tipo de pedra a usar, considerando o espaço entre as armaduras o bombeamento ou não do concreto, ou seja, fixa-se o diâmetro máximo. c, Deve-se fixar também o abatimento(slump test)e, se necessário, o teor de cimento por m³. d, O tempo máximo aceitável no transporte do concreto no caminhão é de 90min. Não adianta, pois, comprar concreto de usina muito afastada do local da obra
  • 61. e, Você tem certeza de que no local de disposição do concreto não há obstáculo para a chegada do caminhão? f, A usina entrega o caminhão cheio de concreto nas seguintes capacidades: 5, 7, 8 e 10 m³. A sua obra está capacitada para receber, transportar e lançar todo esse concreto? As concreteiras não entregam meio caminhão, ou se entregam há um sobrepreço. g, O controle do concreto entregue, aferido por testes em corpos de provas, é um controle de concreto entregue(fim da responsabilidade da usina).Você deve fazer o controle adicional(não mais para a usina) do concreto lançado nas formas. Ás vezes, você pode ter um ótimo concreto na porta do caminhão, e um péssimo concreto nas formas por deficiências de transporte e lançamento. O controle pois a qualidade do concreto nas formas, tirando corpos de prova do concreto lançado nelas.
  • 62. h, Não se esqueça, que mesmo comprando concreto de usina, você poderá precisar de uma betoneira na obra para trabalhos miúdos. Lembremos a norma brasileira de Concreto pré misturado NBR 7212. Consultar também a norma de recebimento do concreto NBR 12.655
  • 63. 1º Caso: esta peça não é de concreto armado. Critica: as armaduras estão muito espaçadas e com isso é mínimo o atrito armadura concreto. Toda a teoria e fórmulas do concreto armado prevêem a necessidade desse atrito. Barras de aço só devem ser colocados na periferia da peça e não no centro. 2º Caso: Esta peça não é de concreto armado< Critica: as armaduras estão muito próximas e na concretagem, as pedras não conseguirão penetrar por entre as barras. 3º Caso: Esta peça sim é de concreto armado.Esta Peça sim obedece a exigência de uma distâncias mínima entre as barras. Há adequado espaço entre as barras (para passar o vibrador) e entre as barras e as formas.

Hinweis der Redaktion

  1. Ergonomia – Projeto e Produção – Itiro Iida Ergonomia – Projeto e Produção – Itiro Iida