2. Identificando os fatores de risco –
Saúde da Gestante
Idade
Hipertensão
Estatura Doenças prévias
Gemelar
Intervalo
3. Identificando os fatores de risco
- Saúde da Gestante.
Ganho↓ de 7 kg
Grande multípara
Drogadição
Gestação prolongada
(que passa da 42ª semanas)
Trabalho de parto prematuro /
Bolsa rôta
Gestante com sangramento durante a gestação
Início: abortamento
Final: descolamento da placenta
4. VERIFICAÇÃO DA PA.
Detectar precocemente estados
hipertensivos que se constituem em risco
materno e perinatal.
Aferir com técnica correta.
5. Hipertensão Arterial
.È o aumento excessivo da
força que o sangue exerce
sobre os vasos sanguíneos
pelos quais ele passa, ou seja,
é um sinal de que o coração e
vasos estão sobrecarregados.
. As conseqüências podem ser
desde sintomas leves como
dor de cabeça, formigamento,
embasamento da visão, até
situações mais graves como
Ateroesclerose aterosclerose e insuficiência
cardíaca congestiva.
. Doença cardíaca contribui
para 75% de todos os ataques
cardíacos e acidentes
vasculares cerebrais.
6. A hipertensão durante a gestação pode ser
classificada em dois tipos:
-A hipertensão crônica associada a gravidez ; e
-A doença hipertensiva específica da gravidez
(DHEG)
DHEG
É um aumento da pressão arterial em uma
gestante, que antes da gravidez não
apresentava um quadro hipertensivo
(normotensa).
A DHEG normalmente inicia-se na 20a semana
de gestação e é detectada quando os níveis
pressóricos ultrapassam " 14/9", 140 mmHg
( pressão arterial sistólica- PAS) e 90 mmHg
(pressão arterial diastólica-PAD), ou quando
ocorre um aumento acima de 30 mmHg (3
cmHg) na PAS e 15 mmHg (1,5 cmHg) na PAD
com base no valor medido antes de 20 semanas
de gestação.
7. Epidemiologia
• Incidência: 6-10% das gestações
• Fatores de risco:
– Nulíparas
– História familiar positiva
– Gemelaridade
– Diabetes
– HAS crônica
– DHEG anterior
– Doença vascular e do tecido conjuntivo
– Nefropatia
– Idade > 35 anos
8. Etiopatogenia
• Hereditária.
• Aloenxerto fetal.
• Aumento da resistência vascular por
constrição arteriolar generalizada.
Elevação da sensibilidade a
angiotensina?
• Aumento de TXA2 em 3 vezes.
• Substituição das camadas mucoelásticas
(rígidas) por tecido fibrinóide não atinge o
miométrio.
9. Alterações Sistêmicas
• Decorrentes de vasoconstrição generalizada que
leva a necrose hemorrágica.
• Renais: endoteliose capilar glomerular; proteinúria.
• Vasculares: vasoespasmo causa HAS, que junto
com a hipóxia, leva a necrose hemorrágica.
• Hepáticas: necrose hemorrágica periportal leva a
Sd. HELLP (elev. de enzimas + dor em QSD).
• Cerebrais: necrose hemorrágica, edema e trombos
intravasculares originam as convulsões.
10. Alterações Sistêmicas
• Oculares: espasmo arteriolar, hemorragia na retina,
edema papilar, escotomas.
• Hematopoéticas: HELLP, Coagulação Intravascular
Disseminada (CID)
• Hidroeletrolíticas: retenção de Na+ e água ocasiona
o edema generalizado.
• Uteroplacentárias: circulação está reduzida,
predispondo a CIUR, DPP, sofrimento fetal crônico,
infartos placentários e óbito perinatal.
• Sofrimento fetal.
11. Sinais de alerta
• Quando a hipertensão
específica da gravidez
(DHEG) estiver associada à
perda de proteínas pela urina
(proteinúria) ocorre a PRÉ-
ECLÂMPSIA. Nesse caso,
pode haver inchaço no
rosto, nas mãos e nos pés.
12. Apesar de na maioria das vezes o
inchaço não representar perigo,
a equipe de saúde sempre está
atenta a sinais que podem
indicar problemas:
6)inchaço maior do que o normal,
7) ganho de peso muito intenso – mais de um quilo por
semana ,
8)limitação no movimento dos dedos das mãos,
formigamento dos braços e dor de cabeça na região da
nuca. Nesse caso, a gestante pode estar com algum
problema renal ou sofrendo com pressão alta, que pode
levar à pré-eclampsia.
13. Hipertensão crônica associada à gestação
. Considera-se hipertensão crônica associada à
gravidez, quando os níveis pressóricos estão
altos antes de 20 semanas de gestação, ou
quando a gestante já tinha histórico de
hipertensão antes de engravidar. Como os
níveis de pressão arterial costumam diminuir
durante o início da gestação, se a paciente for
hipertensa crônica e engravidar, seus níveis
pressóricos poderão diminuir ou não. Entretanto
pacientes hipertensas devem sempre ser
avaliadas pela equipe de saúde e informadas
dos problemas que podem surgir com a
gestação. E durante a gestação o uso de
algumas medicações freqüentemente utilizadas
para controle da pressão arterial é indevido,
pois podem levar à má formação fetal.
14. Como diagnosticar a DHEG:
• O diagnóstico inclui
acompanhamento regular no
pré-natal com medida de
pressão arterial e comparação
com os níveis anteriores à
gravidez, pesquisa de edema e
dosagem das proteínas na urina
(acima de 300 mg de proteína
na urina coletada durante 24
horas).
• Exames adicionais:
– Fundo de olho: alt. retinianas;
– Biopsia renal: pouco valor prático,
patognomônica;
– Doppler de artérias uterinas: alto
valor preditivo.
15. Pré-eclâmpsia
• É um problema que ocorre em algumas mulheres durante a gravidez.
A pressão arterial aumenta e proteína aparece na urina. Isso
geralmente ocorre durante a segunda metade da gravidez e em 5%
-8% das gestações.
• Divide-se em:
- Pré- eclâmpsia leve e moderada
(PA > ou = 140/90mmHg; proteinúria > ou = 1 + ,ou > ou = 0,5-1 g/l).
-Tríade clássica, em mulheres com PA prévia normal. Associa-se com
distúrbios visuais, cefaléia e dor epigástrica.
- Pré-eclâmpsia grave
(PA > ou = 160/110mmHg; proteinúria > ou = 3 + ,ou > ou = 5g/l).
– Duas medições da PA > 160 x 110 mmHg;
– Proteinúria > 5g/24h ou > 3+, em 2 amostras;
– Oligúria < 500ml/24h;
– Distúrbios cerebrais ou visuais;
– Edema pulmonar ou cianose;
– Dor epigástrica
16. Tratamento da Pré-eclâmpsia:
• Os tratamentos vão
desde repouso em DLE,
controle da pressão
arterial, uso de
medicamentos e até
indução do parto se
possível, levando-se em
consideração o tempo de
gestação, a gravidade da
pré-eclâmpsia e os riscos
para a mãe e feto. A
DHEG é curável pois o
parto elimina as causas
da doença.
X
18. TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA LEVE E
MODERADA (PA > ou = 140/90mmHg;
proteinúria > ou = 1 + ,ou > ou = 0,5-1g/l).
Tratamento ambulatorial (agendar consultas
semanais)
• 1. Dieta livre.
• 2. Repouso no leito em decúbito lateral.
• 3. Diazepínicos,10mg,1comp.2/dia.
• 4. Aspirina (minidose)50-60mg/dia.
• 5. Avaliação clínico laboratorial.
- PA e proteinúria
- Cefaléia, dor epigástrica, transtornos visuais.
19. TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA LEVE E
MODERADA (PA > ou = 140/90mmHg;
proteinúria > ou = 1 + ,ou > ou = 0,5-1g/l).
• 6. Avaliação da vitalidade fetal.
• 7. Interrupção da gravidez sempre com 37
semanas (teste de Clements positivo).
• 8. Interrupção antes de 37 semanas (utilizar
corticóide se até 34 semanas.
- Tratamento insatisfatório (PD = 100mmhg)
- Pré-eclâmpsia recorrente
- Sofrimento fetal
Obs: não utilizar dieta assódica, diuréticos e
hipotensores orais.
20. Edema na gestação como cuidar:
• O uso de meia elástica pode ajudar,
mas são muito quentes para se usar
no verão.
• Fazer caminhadas ou hidroginástica
com recomendação médica também
ajudam a aliviar esse mal.
• Frutas como melancia, melão,
abacaxi, carambola, fruta-do-conde e
laranja têm ação diurética e aliviam a
retenção de líquidos.Recomenda-se,
ainda, beber muita água, diminuir o sal
na comida, evitar o calor e elevar as
pernas por 15 minutos três vezes ao
dia.
21. TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE (PA > ou =
160/110mmHg;
proteinúria > ou = 3 + ,ou > ou = 5g/l) e ECLÂMPSIA.
• Hospitalização imediata
• 1. Controle dos sinais vitais: PA, pulso,
temperatura, respiração, reflexos e
diurese.
• 2. Manutenção das vias aéreas livres,
contensão da paciente e proteção da
língua durante a convulsão.
• 3. Sulfato de magnésio (amp. 20 ml a
20%): 4g em10minutos; depois 2g/h .
22. TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE
(PA > ou = 160/110mmHg;
proteinúria > ou = 3 + ,ou > ou = 5g/l) e ECLÂMPSIA.
Só manter o sulfato de magnésio se:
• Reflexo tendinoso estiver presente.
• Diurese > 25-30ml/h.
• Respiração > ou = 16 mov.min
Obs: Considerar sulfato de magnésio medicamento
perigoso, posto que em doses tóxicas, deprime a
respiração e causa parada cardíaca.
Combater a sua toxidez com 1 g de gliconato de
cálcio IV (10 ml de solução a 10%), administrndo
lentamente em cerca de três minutos.
23. TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE
(PA > ou = 160/110mmHg;
proteinúria > ou = 3 + ,ou > ou = 5g/l) e ECLÂMPSIA.
• 4. Se contra-indicado o sulfato de magnésio, utilizar a
mistura M1: 100mg de meperidina + 50 mg de
cloropromazida + 50 mg de prometazina em 500 ml de
solução glicosada a 5% em infusão venosa.
• 5. Se não cederem as convulsões ministrar M2:
diazepam,5-10mg IV em 1 a 2 min. Depois 3-5 mg/kg
peso 24/h.
• 6. Se PD > ou = 110-120mmHg, utilizar hidralazina
5-10mg IV a cada 20 min, Monitoração frequente da PA,
mantendo os níveis de PD 90-100mmHg. A hidralazina
também pode ser utilizada em infusão contínua, na dose
de 3 mg/min (150 mg de hidralazina em 150 ml de soro
fisiológico, 60 microgotas/min).
24. TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE
(PA > ou = 160/110mmHg;
proteinúria > ou = 3 + ,ou > ou = 5g/l) e ECLÂMPSIA.
• 7. Administrar oxigênio, se houver depressão
respiratória.
• 8. Digitálico e furosemida IV, presente o edema
agudo de pulmão.
• 9. Avaliação da vitalidade fetal.
• 10. Interrupção da gravidez após estabilizado o
quadro de 4 a 6 horas, pela operação cesariana
(utilizar anestesia geral).
• 11. Manter o tratamento até 24-48 horas do pós-
parto.
25. . Montenegro, C.A.Barbosa – Toxemia in Rotinas em Obstetrícia da
Maternidade-Escola da UFRJ. Livraria Atheneu Editora, Rio de Janeiro, São
Paulo, 2000.
• www.saude.pr.gov.br/.../print.php?conteudo