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DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ




               Profa. MSc. Ana Paula
               Oliveira Gonçalves Fac.
               Enfermagem/UFPa
Identificando os fatores de risco –
          Saúde da Gestante




Idade
                     Hipertensão

          Estatura                    Doenças prévias




                                   Gemelar
        Intervalo
Identificando os fatores de risco
       - Saúde da Gestante.

                                           Ganho↓ de 7 kg
    Grande multípara




           Drogadição
                                 Gestação prolongada
                                 (que passa da 42ª semanas)

       Trabalho de parto prematuro /
       Bolsa rôta

        Gestante com sangramento durante a gestação
        Início: abortamento
        Final: descolamento da placenta
VERIFICAÇÃO DA PA.


        Detectar precocemente estados
        hipertensivos que se constituem em risco
        materno e perinatal.

        Aferir com técnica correta.
Hipertensão Arterial
                 .È  o aumento excessivo da
                 força que o sangue exerce
                 sobre os vasos sanguíneos
                 pelos quais ele passa, ou seja,
                 é um sinal de que o coração e
                 vasos estão sobrecarregados.
                 . As conseqüências podem ser
                 desde sintomas leves como
                 dor de cabeça, formigamento,
                 embasamento da visão, até
                 situações mais graves como
Ateroesclerose   aterosclerose e insuficiência
                 cardíaca congestiva.
                 . Doença cardíaca contribui
                 para 75% de todos os ataques
                 cardíacos e acidentes
                 vasculares cerebrais.
A hipertensão durante a gestação pode ser
classificada em dois tipos:
-A hipertensão crônica associada a gravidez ; e
-A doença hipertensiva específica da gravidez
(DHEG)
                     DHEG
É um aumento da pressão arterial em uma
gestante, que antes da gravidez não
apresentava um quadro hipertensivo
(normotensa).
A DHEG normalmente inicia-se na 20a semana
de gestação e é detectada quando os níveis
pressóricos ultrapassam " 14/9", 140 mmHg
( pressão arterial sistólica- PAS) e 90 mmHg
(pressão arterial diastólica-PAD), ou quando
ocorre um aumento acima de 30 mmHg (3
cmHg) na PAS e 15 mmHg (1,5 cmHg) na PAD
com base no valor medido antes de 20 semanas
de gestação.
Epidemiologia
• Incidência: 6-10% das gestações
• Fatores de risco:
  –   Nulíparas
  –   História familiar positiva
  –   Gemelaridade
  –   Diabetes
  –   HAS crônica
  –   DHEG anterior
  –   Doença vascular e do tecido conjuntivo
  –   Nefropatia
  –   Idade > 35 anos
Etiopatogenia
• Hereditária.
• Aloenxerto fetal.
• Aumento da resistência vascular por
  constrição arteriolar generalizada.
  Elevação da sensibilidade a
  angiotensina?
• Aumento de TXA2 em 3 vezes.
• Substituição das camadas mucoelásticas
  (rígidas) por tecido fibrinóide não atinge o
  miométrio.
Alterações Sistêmicas
• Decorrentes de vasoconstrição generalizada que
  leva a necrose hemorrágica.
• Renais: endoteliose capilar glomerular; proteinúria.
• Vasculares: vasoespasmo causa HAS, que junto
  com a hipóxia, leva a necrose hemorrágica.
• Hepáticas: necrose hemorrágica periportal leva a
  Sd. HELLP (elev. de enzimas + dor em QSD).
• Cerebrais: necrose hemorrágica, edema e trombos
  intravasculares originam as convulsões.
Alterações Sistêmicas
• Oculares: espasmo arteriolar, hemorragia na retina,
  edema papilar, escotomas.
• Hematopoéticas: HELLP, Coagulação Intravascular
  Disseminada (CID)
• Hidroeletrolíticas: retenção de Na+ e água ocasiona
  o edema generalizado.
• Uteroplacentárias: circulação está reduzida,
  predispondo a CIUR, DPP, sofrimento fetal crônico,
  infartos placentários e óbito perinatal.
• Sofrimento fetal.
Sinais de alerta
• Quando a hipertensão
  específica da gravidez
  (DHEG) estiver associada à
  perda de proteínas pela urina
  (proteinúria) ocorre a PRÉ-
  ECLÂMPSIA. Nesse caso,
  pode haver inchaço no
  rosto, nas mãos e nos pés.
Apesar de na maioria das vezes o
 inchaço não representar perigo,
 a equipe de saúde sempre está
 atenta a sinais que podem
 indicar problemas:
6)inchaço maior do que o normal,
7) ganho de peso muito intenso – mais de um quilo por
semana ,
8)limitação no movimento dos dedos das mãos,
formigamento dos braços e dor de cabeça na região da
nuca. Nesse caso, a gestante pode estar com algum
problema renal ou sofrendo com pressão alta, que pode
levar à pré-eclampsia.
Hipertensão crônica associada à gestação
. Considera-se hipertensão crônica associada à
  gravidez, quando os níveis pressóricos estão
  altos antes de 20 semanas de gestação, ou
  quando a gestante já tinha histórico de
  hipertensão antes de engravidar. Como os
  níveis de pressão arterial costumam diminuir
  durante o início da gestação, se a paciente for
  hipertensa crônica e engravidar, seus níveis
  pressóricos poderão diminuir ou não. Entretanto
  pacientes hipertensas devem sempre ser
  avaliadas pela equipe de saúde e informadas
  dos problemas que podem surgir com a
  gestação. E durante a gestação o uso de
  algumas medicações freqüentemente utilizadas
  para controle da pressão arterial é indevido,
  pois podem levar à má formação fetal.
Como diagnosticar a DHEG:
• O diagnóstico inclui
  acompanhamento regular no
  pré-natal com medida de
  pressão arterial e comparação
  com os níveis anteriores à
  gravidez, pesquisa de edema e
  dosagem das proteínas na urina
  (acima de 300 mg de proteína
  na urina coletada durante 24
  horas).
• Exames adicionais:
   – Fundo de olho: alt. retinianas;
   – Biopsia renal: pouco valor prático,
     patognomônica;
   – Doppler de artérias uterinas: alto
     valor preditivo.
Pré-eclâmpsia
•    É um problema que ocorre em algumas mulheres durante a gravidez.
     A pressão arterial aumenta e proteína aparece na urina. Isso
     geralmente ocorre durante a segunda metade da gravidez e em 5%
     -8% das gestações.
• Divide-se em:
 - Pré- eclâmpsia leve e moderada
   (PA > ou = 140/90mmHg; proteinúria > ou = 1 + ,ou > ou = 0,5-1 g/l).
    -Tríade clássica, em mulheres com PA prévia normal. Associa-se com
     distúrbios visuais, cefaléia e dor epigástrica.

- Pré-eclâmpsia grave
  (PA > ou = 160/110mmHg; proteinúria > ou = 3 + ,ou > ou = 5g/l).
    – Duas medições da PA > 160 x 110 mmHg;
    – Proteinúria > 5g/24h ou > 3+, em 2 amostras;
    – Oligúria < 500ml/24h;
    – Distúrbios cerebrais ou visuais;
    – Edema pulmonar ou cianose;
    – Dor epigástrica
Tratamento da Pré-eclâmpsia:
• Os tratamentos vão
  desde repouso em DLE,
  controle da pressão
  arterial, uso de
  medicamentos e até
  indução do parto se
  possível, levando-se em
  consideração o tempo de
  gestação, a gravidade da
  pré-eclâmpsia e os riscos
  para a mãe e feto. A
  DHEG é curável pois o
  parto elimina as causas
  da doença.
                              X
Dieta da Gestante Hipertensa
TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA LEVE E
        MODERADA (PA > ou = 140/90mmHg;
       proteinúria > ou = 1 + ,ou > ou = 0,5-1g/l).

Tratamento ambulatorial (agendar consultas
  semanais)
• 1. Dieta livre.
• 2. Repouso no leito em decúbito lateral.
• 3. Diazepínicos,10mg,1comp.2/dia.
• 4. Aspirina (minidose)50-60mg/dia.
• 5. Avaliação clínico laboratorial.
   - PA e proteinúria
   - Cefaléia, dor epigástrica, transtornos visuais.
TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA LEVE E
        MODERADA (PA > ou = 140/90mmHg;
       proteinúria > ou = 1 + ,ou > ou = 0,5-1g/l).
• 6. Avaliação da vitalidade fetal.
• 7. Interrupção da gravidez sempre com 37
  semanas (teste de Clements positivo).
• 8. Interrupção antes de 37 semanas (utilizar
  corticóide se até 34 semanas.
   - Tratamento insatisfatório (PD = 100mmhg)
   - Pré-eclâmpsia recorrente
   - Sofrimento fetal
Obs: não utilizar dieta assódica, diuréticos e
  hipotensores orais.
Edema na gestação como cuidar:
             •   O uso de meia elástica pode ajudar,
                 mas são muito quentes para se usar
                 no verão.
             •   Fazer caminhadas ou hidroginástica
                 com recomendação médica também
                 ajudam a aliviar esse mal.
             •   Frutas como melancia, melão,
                 abacaxi, carambola, fruta-do-conde e
                 laranja têm ação diurética e aliviam a
                 retenção de líquidos.Recomenda-se,
                 ainda, beber muita água, diminuir o sal
                 na comida, evitar o calor e elevar as
                 pernas por 15 minutos três vezes ao
                 dia.
TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE (PA > ou =
                    160/110mmHg;
 proteinúria > ou = 3 + ,ou > ou = 5g/l) e ECLÂMPSIA.

• Hospitalização imediata
• 1. Controle dos sinais vitais: PA, pulso,
  temperatura, respiração, reflexos e
  diurese.
• 2. Manutenção das vias aéreas livres,
  contensão da paciente e proteção da
  língua durante a convulsão.
• 3. Sulfato de magnésio (amp. 20 ml a
  20%): 4g em10minutos; depois 2g/h .
TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE
              (PA > ou = 160/110mmHg;
 proteinúria > ou = 3 + ,ou > ou = 5g/l) e ECLÂMPSIA.
Só manter o sulfato de magnésio se:
•   Reflexo tendinoso estiver presente.
•   Diurese > 25-30ml/h.
•   Respiração > ou = 16 mov.min
    Obs: Considerar sulfato de magnésio medicamento
    perigoso, posto que em doses tóxicas, deprime a
    respiração e causa parada cardíaca.
        Combater a sua toxidez com 1 g de gliconato de
    cálcio IV (10 ml de solução a 10%), administrndo
    lentamente em cerca de três minutos.
TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE
              (PA > ou = 160/110mmHg;
 proteinúria > ou = 3 + ,ou > ou = 5g/l) e ECLÂMPSIA.
• 4. Se contra-indicado o sulfato de magnésio, utilizar a
  mistura M1: 100mg de meperidina + 50 mg de
  cloropromazida + 50 mg de prometazina em 500 ml de
  solução glicosada a 5% em infusão venosa.
• 5. Se não cederem as convulsões ministrar M2:
  diazepam,5-10mg IV em 1 a 2 min. Depois 3-5 mg/kg
  peso 24/h.
• 6. Se PD > ou = 110-120mmHg, utilizar hidralazina
  5-10mg IV a cada 20 min, Monitoração frequente da PA,
  mantendo os níveis de PD 90-100mmHg. A hidralazina
  também pode ser utilizada em infusão contínua, na dose
  de 3 mg/min (150 mg de hidralazina em 150 ml de soro
  fisiológico, 60 microgotas/min).
TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE
                (PA > ou = 160/110mmHg;
  proteinúria > ou = 3 + ,ou > ou = 5g/l) e ECLÂMPSIA.
• 7. Administrar oxigênio, se houver depressão
  respiratória.
• 8. Digitálico e furosemida IV, presente o edema
  agudo de pulmão.
• 9. Avaliação da vitalidade fetal.
• 10. Interrupção da gravidez após estabilizado o
  quadro de 4 a 6 horas, pela operação cesariana
  (utilizar anestesia geral).
• 11. Manter o tratamento até 24-48 horas do pós-
  parto.
. Montenegro, C.A.Barbosa – Toxemia in Rotinas em Obstetrícia da
      Maternidade-Escola da UFRJ. Livraria Atheneu Editora, Rio de Janeiro, São
      Paulo, 2000.


•    www.saude.pr.gov.br/.../print.php?conteudo
Fatores de risco e tratamento da hipertensão na gestação
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Fatores de risco e tratamento da hipertensão na gestação

  • 1. DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ Profa. MSc. Ana Paula Oliveira Gonçalves Fac. Enfermagem/UFPa
  • 2. Identificando os fatores de risco – Saúde da Gestante Idade Hipertensão Estatura Doenças prévias Gemelar Intervalo
  • 3. Identificando os fatores de risco - Saúde da Gestante. Ganho↓ de 7 kg Grande multípara Drogadição Gestação prolongada (que passa da 42ª semanas) Trabalho de parto prematuro / Bolsa rôta Gestante com sangramento durante a gestação Início: abortamento Final: descolamento da placenta
  • 4. VERIFICAÇÃO DA PA. Detectar precocemente estados hipertensivos que se constituem em risco materno e perinatal. Aferir com técnica correta.
  • 5. Hipertensão Arterial .È o aumento excessivo da força que o sangue exerce sobre os vasos sanguíneos pelos quais ele passa, ou seja, é um sinal de que o coração e vasos estão sobrecarregados. . As conseqüências podem ser desde sintomas leves como dor de cabeça, formigamento, embasamento da visão, até situações mais graves como Ateroesclerose aterosclerose e insuficiência cardíaca congestiva. . Doença cardíaca contribui para 75% de todos os ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais.
  • 6. A hipertensão durante a gestação pode ser classificada em dois tipos: -A hipertensão crônica associada a gravidez ; e -A doença hipertensiva específica da gravidez (DHEG) DHEG É um aumento da pressão arterial em uma gestante, que antes da gravidez não apresentava um quadro hipertensivo (normotensa). A DHEG normalmente inicia-se na 20a semana de gestação e é detectada quando os níveis pressóricos ultrapassam " 14/9", 140 mmHg ( pressão arterial sistólica- PAS) e 90 mmHg (pressão arterial diastólica-PAD), ou quando ocorre um aumento acima de 30 mmHg (3 cmHg) na PAS e 15 mmHg (1,5 cmHg) na PAD com base no valor medido antes de 20 semanas de gestação.
  • 7. Epidemiologia • Incidência: 6-10% das gestações • Fatores de risco: – Nulíparas – História familiar positiva – Gemelaridade – Diabetes – HAS crônica – DHEG anterior – Doença vascular e do tecido conjuntivo – Nefropatia – Idade > 35 anos
  • 8. Etiopatogenia • Hereditária. • Aloenxerto fetal. • Aumento da resistência vascular por constrição arteriolar generalizada. Elevação da sensibilidade a angiotensina? • Aumento de TXA2 em 3 vezes. • Substituição das camadas mucoelásticas (rígidas) por tecido fibrinóide não atinge o miométrio.
  • 9. Alterações Sistêmicas • Decorrentes de vasoconstrição generalizada que leva a necrose hemorrágica. • Renais: endoteliose capilar glomerular; proteinúria. • Vasculares: vasoespasmo causa HAS, que junto com a hipóxia, leva a necrose hemorrágica. • Hepáticas: necrose hemorrágica periportal leva a Sd. HELLP (elev. de enzimas + dor em QSD). • Cerebrais: necrose hemorrágica, edema e trombos intravasculares originam as convulsões.
  • 10. Alterações Sistêmicas • Oculares: espasmo arteriolar, hemorragia na retina, edema papilar, escotomas. • Hematopoéticas: HELLP, Coagulação Intravascular Disseminada (CID) • Hidroeletrolíticas: retenção de Na+ e água ocasiona o edema generalizado. • Uteroplacentárias: circulação está reduzida, predispondo a CIUR, DPP, sofrimento fetal crônico, infartos placentários e óbito perinatal. • Sofrimento fetal.
  • 11. Sinais de alerta • Quando a hipertensão específica da gravidez (DHEG) estiver associada à perda de proteínas pela urina (proteinúria) ocorre a PRÉ- ECLÂMPSIA. Nesse caso, pode haver inchaço no rosto, nas mãos e nos pés.
  • 12. Apesar de na maioria das vezes o inchaço não representar perigo, a equipe de saúde sempre está atenta a sinais que podem indicar problemas: 6)inchaço maior do que o normal, 7) ganho de peso muito intenso – mais de um quilo por semana , 8)limitação no movimento dos dedos das mãos, formigamento dos braços e dor de cabeça na região da nuca. Nesse caso, a gestante pode estar com algum problema renal ou sofrendo com pressão alta, que pode levar à pré-eclampsia.
  • 13. Hipertensão crônica associada à gestação . Considera-se hipertensão crônica associada à gravidez, quando os níveis pressóricos estão altos antes de 20 semanas de gestação, ou quando a gestante já tinha histórico de hipertensão antes de engravidar. Como os níveis de pressão arterial costumam diminuir durante o início da gestação, se a paciente for hipertensa crônica e engravidar, seus níveis pressóricos poderão diminuir ou não. Entretanto pacientes hipertensas devem sempre ser avaliadas pela equipe de saúde e informadas dos problemas que podem surgir com a gestação. E durante a gestação o uso de algumas medicações freqüentemente utilizadas para controle da pressão arterial é indevido, pois podem levar à má formação fetal.
  • 14. Como diagnosticar a DHEG: • O diagnóstico inclui acompanhamento regular no pré-natal com medida de pressão arterial e comparação com os níveis anteriores à gravidez, pesquisa de edema e dosagem das proteínas na urina (acima de 300 mg de proteína na urina coletada durante 24 horas). • Exames adicionais: – Fundo de olho: alt. retinianas; – Biopsia renal: pouco valor prático, patognomônica; – Doppler de artérias uterinas: alto valor preditivo.
  • 15. Pré-eclâmpsia • É um problema que ocorre em algumas mulheres durante a gravidez. A pressão arterial aumenta e proteína aparece na urina. Isso geralmente ocorre durante a segunda metade da gravidez e em 5% -8% das gestações. • Divide-se em: - Pré- eclâmpsia leve e moderada (PA > ou = 140/90mmHg; proteinúria > ou = 1 + ,ou > ou = 0,5-1 g/l). -Tríade clássica, em mulheres com PA prévia normal. Associa-se com distúrbios visuais, cefaléia e dor epigástrica. - Pré-eclâmpsia grave (PA > ou = 160/110mmHg; proteinúria > ou = 3 + ,ou > ou = 5g/l). – Duas medições da PA > 160 x 110 mmHg; – Proteinúria > 5g/24h ou > 3+, em 2 amostras; – Oligúria < 500ml/24h; – Distúrbios cerebrais ou visuais; – Edema pulmonar ou cianose; – Dor epigástrica
  • 16. Tratamento da Pré-eclâmpsia: • Os tratamentos vão desde repouso em DLE, controle da pressão arterial, uso de medicamentos e até indução do parto se possível, levando-se em consideração o tempo de gestação, a gravidade da pré-eclâmpsia e os riscos para a mãe e feto. A DHEG é curável pois o parto elimina as causas da doença. X
  • 17. Dieta da Gestante Hipertensa
  • 18. TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA LEVE E MODERADA (PA > ou = 140/90mmHg; proteinúria > ou = 1 + ,ou > ou = 0,5-1g/l). Tratamento ambulatorial (agendar consultas semanais) • 1. Dieta livre. • 2. Repouso no leito em decúbito lateral. • 3. Diazepínicos,10mg,1comp.2/dia. • 4. Aspirina (minidose)50-60mg/dia. • 5. Avaliação clínico laboratorial. - PA e proteinúria - Cefaléia, dor epigástrica, transtornos visuais.
  • 19. TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA LEVE E MODERADA (PA > ou = 140/90mmHg; proteinúria > ou = 1 + ,ou > ou = 0,5-1g/l). • 6. Avaliação da vitalidade fetal. • 7. Interrupção da gravidez sempre com 37 semanas (teste de Clements positivo). • 8. Interrupção antes de 37 semanas (utilizar corticóide se até 34 semanas. - Tratamento insatisfatório (PD = 100mmhg) - Pré-eclâmpsia recorrente - Sofrimento fetal Obs: não utilizar dieta assódica, diuréticos e hipotensores orais.
  • 20. Edema na gestação como cuidar: • O uso de meia elástica pode ajudar, mas são muito quentes para se usar no verão. • Fazer caminhadas ou hidroginástica com recomendação médica também ajudam a aliviar esse mal. • Frutas como melancia, melão, abacaxi, carambola, fruta-do-conde e laranja têm ação diurética e aliviam a retenção de líquidos.Recomenda-se, ainda, beber muita água, diminuir o sal na comida, evitar o calor e elevar as pernas por 15 minutos três vezes ao dia.
  • 21. TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE (PA > ou = 160/110mmHg; proteinúria > ou = 3 + ,ou > ou = 5g/l) e ECLÂMPSIA. • Hospitalização imediata • 1. Controle dos sinais vitais: PA, pulso, temperatura, respiração, reflexos e diurese. • 2. Manutenção das vias aéreas livres, contensão da paciente e proteção da língua durante a convulsão. • 3. Sulfato de magnésio (amp. 20 ml a 20%): 4g em10minutos; depois 2g/h .
  • 22. TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE (PA > ou = 160/110mmHg; proteinúria > ou = 3 + ,ou > ou = 5g/l) e ECLÂMPSIA. Só manter o sulfato de magnésio se: • Reflexo tendinoso estiver presente. • Diurese > 25-30ml/h. • Respiração > ou = 16 mov.min Obs: Considerar sulfato de magnésio medicamento perigoso, posto que em doses tóxicas, deprime a respiração e causa parada cardíaca. Combater a sua toxidez com 1 g de gliconato de cálcio IV (10 ml de solução a 10%), administrndo lentamente em cerca de três minutos.
  • 23. TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE (PA > ou = 160/110mmHg; proteinúria > ou = 3 + ,ou > ou = 5g/l) e ECLÂMPSIA. • 4. Se contra-indicado o sulfato de magnésio, utilizar a mistura M1: 100mg de meperidina + 50 mg de cloropromazida + 50 mg de prometazina em 500 ml de solução glicosada a 5% em infusão venosa. • 5. Se não cederem as convulsões ministrar M2: diazepam,5-10mg IV em 1 a 2 min. Depois 3-5 mg/kg peso 24/h. • 6. Se PD > ou = 110-120mmHg, utilizar hidralazina 5-10mg IV a cada 20 min, Monitoração frequente da PA, mantendo os níveis de PD 90-100mmHg. A hidralazina também pode ser utilizada em infusão contínua, na dose de 3 mg/min (150 mg de hidralazina em 150 ml de soro fisiológico, 60 microgotas/min).
  • 24. TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE (PA > ou = 160/110mmHg; proteinúria > ou = 3 + ,ou > ou = 5g/l) e ECLÂMPSIA. • 7. Administrar oxigênio, se houver depressão respiratória. • 8. Digitálico e furosemida IV, presente o edema agudo de pulmão. • 9. Avaliação da vitalidade fetal. • 10. Interrupção da gravidez após estabilizado o quadro de 4 a 6 horas, pela operação cesariana (utilizar anestesia geral). • 11. Manter o tratamento até 24-48 horas do pós- parto.
  • 25. . Montenegro, C.A.Barbosa – Toxemia in Rotinas em Obstetrícia da Maternidade-Escola da UFRJ. Livraria Atheneu Editora, Rio de Janeiro, São Paulo, 2000. • www.saude.pr.gov.br/.../print.php?conteudo