O documento apresenta a biografia do escritor português Camilo Castelo Branco (1825-1890). Ele nasceu fora do casamento e viveu na infância com uma tia. Aos 16 anos casou-se, mas sua esposa faleceu alguns anos depois. Camilo tentou estudar medicina e trabalhou como jornalista, onde conheceu Ana Plácido com quem teve um escândalo de adultério. Ele se dedicou à literatura para sustentar a família e foi reconhecido por seu trabalho, recebendo o título de vis
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scritor português, filho natural de Manuel Joaquim
Botelho Castelo Branco.
ai, com a irmã Carolina, viver para Vila Real, a cargo de
uma tia paterna, Rita Emília.
m 1839 vai viver para Vilarinho da Samardã e aí, por entre
os acasos de uma adolescência nem sempre fácil, recebe
a sua primeira formação cultural com as lições do Padre
António de Azevedo.
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os 16 anos (em 18|8|1841), casa com Joaquina Pereira da
França, camponesa do lugar.
A adolescente, que lhe dera uma filha, nascida a 25|10|
1841, morreria em 25|11|1847, poucos meses antes dessa
filha, falecida a 10|3|1848.
Numa longa cadeia de amores que o levará
sucessivamente aos braços de Patrícia Emília, que dele
teve também uma filha, Bernardina Amélia, nascida a 25|
6|1848; de Isabel Cândida Mourão, religiosa do Convento
da Avé Maria; e, por fim, aos de Ana Plácido, a mulher
fatal da sua vida.
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ensa formar-se em Medicina e matricula-se, na Escola
Médico-Cirúrgica do Porto, que frequenta de 1842 a 1845.
olta a Vila Real, mas, a partir de 1848, fixa-se no Porto,
decidido a ganhar a vida como jornalista.
É neste período que conhece Ana Augusta Plácido,
fazendo dela o objecto de uma desordenada paixão
romântica. Seduzida e igualmente apaixonada, Ana
abandona o marido e foge com Camilo para Lisboa.
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onhecido o escândalo, a esposa adúltera é posta em
reclusão no Convento da Conceição de Braga (Julho de
1859), mas ao fim de pouco mais de um mês foge,
retomando a convivência com Camilo. Instaurado o
processo por adultério, é presa na Cadeia da Relação do
Porto e Camilo, depois de vaguear pelo Minho e Trás-os-
Montes, ali se entrega também a 1|10|1859. Absolvidos,
vão viver para Lisboa, onde lhes nasceria o filho Jorge
(28|6|1863), até que, em 1864, falecido Pinheiro Alves
(15|7|1863), se instalam em São Miguel de Ceide.
om uma família a sustentar e sem outros recursos além
dos do seu trabalho, Camilo faz da pena o ganha-pão
único numa ansiosa e febril necessidade de escrever para
viver.
6. Casa Museu
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em Famalicão
m 1858, por proposta de Alexandre Herculano, é eleito
para a Academia das Ciências e em 18|6|1885 é
agraciado por D. Luís com o título de visconde de
Correia Botelho.
tormentado pela doença, mergulhado em insanável
tristeza, joguete permanente da sua alucinante
instabilidade psíquica, ameaçado pela cegueira, julgando
caminhar para a loucura Camilo afunda-se no
pessimismo até que, vencido, se suicida.
7. Primeiramente trata-se de uma obra
metalinguística, pois o livro conta a história da
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origem do próprio livro_ melhor explicando a
obra é uma herança deixada para um amigo, o
seu conteúdo é a biografia do autor que após
morrer endividado explica o porquê de tê-lo
escrito: dar explicação para o saber viver - ou
savoir – vivre dito pelos franceses, aproveitar a
vida de modo a conquistar dela o máximo.
Acreditava o autor que tal obra seria de grande
valia para a humanidade e isto alçaria a obra à
lista dos best–sellers e sanaria as suas dívidas
póstumas.
Ano de Lançamento: 1862
Género: Clássico Juvenil É um típico romance balzaquiano, pois a
procura do conforto material, o ascender social
e o gozo são caricaturas dos personagens,
muitas vezes satirizados nas situações que
enfrentam.
8. O livro começa com o autor a descrever num
prólogo como lhe veio parar às mãos uma carta
O B R A S
desesperada escrita por uma jovem, a Marta de
Prazins a José Dias, o homem que ama e que
está a morrer. O autor recorre então a um
conhecido que lhe relata a história.
O romance em si, conta duas histórias. Após
introduzir as personagens que vão ser centrais
na segunda parte do livro, este passa a centrar-
se na história de um falso D. Miguel que se
esconde na casa de um padre minhoto. Deste
modo Camilo procura dar ao leitor um retrato
das condições sociais, políticas e económicas
Ano de Lançamento: 1882 do Minho no período pós-Lutas liberais.
Género: Romance
A segunda parte do livro conta a história de
Marta e do seu amor por José Dias, e como ela
acaba conhecida como a Brasileira de Prazins.
9. O B R A S
O livro foi publicado simultaneamente ao
processo que o autor sofreu pelo seu romance
com uma mulher casada, em 1862.
O autor retrata uma sociedade preconceituosa,
onde o amor se transforma em desespero e
morte.
Ano de Lançamento: 1861
Género: Romance
10. O B R A S
Para o amor maldito, 200 páginas. Para o amor
de salvação, as páginas restantes. O volume
que descrevesse um amor de bem
aventuranças terrenas, seria uma fábula.
Ano de Lançamento: 1864
Género: Romance
11. Noite de carnaval, duas pessoas fantasiadas de
dominó encontram-se no clube. Um de cetim –
O B R A S
homem, outro de veludo – mulher. A mulher
identifica o cetim – chama-se Carlos. Ela
conhece-o, porém ele, não fazia ideia de quem
se escondia por trás da fantasia de veludo.
Após um breve diálogo, o cetim é conduzido
pela misteriosa dama até um camarote onde
uma estranha conversa começou a ser travada
com uma jovem chamada Laura. Através do
diálogo percebe-se que existe um segredo
entre as duas senhoras, algo que envolve o
passado de ambas. Ao lado do veludo, Carlos
ouviu toda a conversa, e percebeu que a
Género: Romance mulher fantasiada de dominó chamava-se
Henriqueta, e Laura, em outros tempos
chamava-se Eliza. Carlos descobrira também,
que Eliza fora abandonada pelo marido, um tal
Vasco de Seabra...
12. O B R A S
O brasileiro Hermenegildo Fialho tem a sua
casa, no Porto, assaltada. O sumisso de alguns
brilhantes leva-o a desconfiar de sua mulher e
a difamá-la, no que é apoiado por seus amigos
intrigantes.
Ano de Lançamento: 1869
Género: Romance
13. O B R A S
(…) A sociedade, a família, e o homem expiam
incessantemente a culpa do homem, da família
e da sociedade. Opera-se uma contínua
redenção do género humano.
(…)
É forçoso recorrer ao inconcebível, ao
sobrenatural, ao misticismo da providência
oculta para compreender o que vulgarmente se
diz "fatalidade".
Na história, que vai ser lida, é tão sensível esta
necessidade, tão aterrado se sente o espírito
diante de um fato consumado, que não se deve
Ano de Lançamento: 1882 ter escrúpulo religioso ou filosófico em
Género: Romance subordinar um encadeamento de infortúnios
de uma família à praga rogada nas escadas da
forca.