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Capítulo 1: CLIMA E FORMAÇÕES
            VEGETAIS
   O estado do tempo varia de lugar para lugar e está dependente do conjunto
    das condições atmosféricas, que ocorrem num determinado momento e num
    determinado lugar. Quando falas que faz calor ou frio, ou vai chover, ou qual
    a intensidade do vento, estás a falar de estado do tempo.

   As condições atmosféricas que caracterizam o estado do tempo são:

   Temperatura;
   Precipitação;
   Humidade;
   Vento;
   Nebulosidade;
   Pressão atmosférica.
   Por outro lado, ao conjunto dos estados do tempo mais
    frequentes, observados e registados durante 30 anos, denomina-se clima.

    Por ex:
    Para se conhecer o estado do tempo em Faro durante um determinado
    dia, podemos consultar o site do Instituto de Meteorologia e ver a previsão (figura
    (04/02/2012))
   Para estudares o clima de uma dada região deves
    considerar os diferentes elementos climáticos.

Os principais elementos climáticos são a temperatura e
 precipitação.

Estes elementos variam no tempo e no espaço, devido
  aos factores climáticos:

   Latitude;
   Relevo;
   Proximidade ou afastamento do mar;
   Correntes marítimas.
   A temperatura do ar varia ao longo do dia e do ano, num mesmo
    lugar, mas também varia de lugar para lugar. A variação da
    temperatura depende, essencialmente, de dois factores:


   Inclinação dos raios solares – quanto maior for a
    inclinação dos raios solares, maior é superfície
    aquecida e mais baixa é a temperatura.

   Espessura da atmosfera – a espessura da atmosfera
    atravessada pelos raios solares é tanto mais quanto
    maior for a inclinação dos raios solares. Quanto maior
    é a inclinação, maior é o trajecto percorrido pelos raios
    solares, logo a energia dispersa-se e a temperatura
    diminui.
   A variação diurna da temperatura, ao longo de 24 horas, deve-se
    ao Movimento de Rotação da Terra (páginas 16,17,18 do manual):
   Ao nascer do Sol os raios solares incidem de forma oblíqua (Fig.1 – A), e a
    espessura de atmosfera por eles atravessada é maior. A temperatura do ar é
    relativamente baixa, porque a energia solar espalha-se por uma área maior (A1).

   Quando chegamos ao meio-dia, a radiação emitida pelo sol incide directamente
    sobre superfície, já que a inclinação dos raios solares é menor (Fig.1 B) e
    atravessa uma espessura de atmosfera mais pequena. A temperatura é mais
    elevada, mas não é a máxima diária.

   Ao pôr-do-sol, os raios solares voltam a estar oblíquos (Fig.1 – C), sendo, mais
    uma vez, grande a espessura de atmosfera atravessada pelos raios solares e a
    superfície aquecida volta a ser maior (C1). Desta forma, a temperatura volta a
    baixar.

   Ao longo da noite, a ausência de radiação solar juntamente com a libertação de
    energia calorífica da Terra para o espaço, a temperatura vai baixando
    gradualmente. No entanto, quando há presença de nuvens no céu, durante os
    períodos da noite, existe uma manutenção das temperaturas, não se perdendo
    toda a energia acumulada durante o período diurno.
A1 – Superfície aquecida ao princípio da manhã
B1 – Superfície aquecida ao meio-dia
C1 – Superfície aquecida ao fim da tarde
No dia 29/12/2009 registaram-se as seguintes temperaturas
    em Lisboa.
1. Para calcularmos a temperatura média daquele dia (TMD), temos que
    somar todos os valores de temperatura registados e dividi-los pelo
    número de observações (6, neste caso):

   TEMPERATURA MÉDIA DIÁRIA (TMD)

                  8º + 6º + 5º+ 11º + 13º + 10º
       TMD =                                      TMD = 8,8º C
                            6

2. Para calcularmos a amplitude térmica daquele dia (ATD), temos que
    encontrar a diferença entre a temperatura máxima e a mínima
    registadas ao longo do dia:

   AMPLITUDE TÉRMICA DIÁRIA (ATD)



    ATD = 13º - 5º = 8º C
   Os raios solares não incidem da mesma forma na superfície
    terrestre, devido à inclinação do eixo da Terra em relação à sua órbita.
   Como podes observar na figura 2, devido à forma arredondada
    da Terra, os raios solares atingem a superfície terrestre com
    diferentes graus de inclinação.

   Entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio, a inclinação dos
    raios solares é menor do que nas regiões polares. Por
    isso, entre os trópicos, a energia dos raios solares é
    distribuída por uma superfície menor do que nas regiões
    polares:

   Na região intertropical (entre o trópico de Câncer e o trópico
    de Capricórnio), há uma maior concentração da energia os
    raios solares e, por consequência, um maior aquecimento;

   Nas regiões polares, a menor concentração da energia dos
    raios solares provoca um menor aquecimento.
   Desta forma, podes concluir que quanto maior é o valor da
    latitude, menor é o aquecimento da superfície terrestre, ou
    seja, a temperatura diminui à medida que a latitude aumenta.
   O Movimento de Translação e a Variação da TEMPERATURA AO LONGO DO ANO
    (páginas 19, 20, 21 e 22 do manual).




                                                    O movimento de translação,
                                                     ou seja, o movimento que a
                                                     Terra executa à volta do Sol
                                                     (365 dias e 6 horas) e a
                                                     inclinação do eixo da Terra,
                                                     fazem com que a Terra não
                                                     tenha sempre a mesma
                                                     posição em relação ao Sol.

                                                    Este movimento origina as
                                                     variações anuais de
                                                     temperatura, ou seja, as
                                                     estações do ano e determina
                                                     também a duração dos dias e
                                                     das noites, assim como o nº
                                                     de horas de sol recebidas.
Solstício de junho    (21   Equinócios de março              Solstício de
     Lugares                    de junho)         e setembro (20 ou 21         dezembro (21 ou 22 de
                                                      de março e 22 ou 23 de         dezembro)
                                                            setembro)

A norte do Círculo    Dia natural =24 h           Dia natural = Noite          Dia natural =24 h
   Polar Ártico


 Entre o Círculo      .Dia natural > Noite;       Dia natural = Noite;         .Dia natural < Noite;
 Polar Ártico e o
    Equador                                       . As temperaturas:
 (Hemisfério Norte)
                      .Temperaturas mais           - descem entre              .Temperaturas mais
                      elevadas;                   setembro a março;            baixas;
                                                  - sobem entre março a
                                                  setembro;


     Equador          Dia natural = Noite         Dia natural = Noite          Dia natural = Noite

Entre o Equador e     Dia natural < Noite;        Dia natural = Noite          Dia natural > Noite;
  Círculo Polar
    Antártico         .Temperaturas mais          . As temperaturas:           .Temperaturas mais
  (Hemisfério Sul)                                 - sobem entre
                      baixas;                     setembro a março;
                                                                               elevadas;
                                                  -Descem entre março a
Temperatura Média Mensal (TMM) resulta da soma das temperaturas médias
     diurnas de um determinado mês a dividir pelo nº de dias do respetivo mês.

    Temperatura Média Anual (TMA) resulta da soma das Temperatura Médias
     Mensais do ano a dividir pelo nº total de meses.

    TEMPERATURA MÉDIA ANUAL (TMA)


                        Somatório das temp. méd. mensais
          TMA=    ____________________________________________
                             12 meses

    2. Amplitude Térmica ANUAL (ATA) resulta da diferença entre a temperatura
     média mensal mais elevada e a temperatura média mensal mais baixa.
   A Latitude do lugar          (páginas 21 e 22 do manual).

    Regra geral, a temperatura diminui à medida que a latitude
     aumenta, ou seja, ou seja as temperaturas médias anuais são
     mais elevadas nas regiões próximas do equador e vão
     diminuindo com a aproximação às regiões polares.
     A explicação: à medida que a latitude aumenta, a inclinação dos
     raios solares vai sendo cada vez maior e, portanto, a temperatura
     vai diminuindo.
   A temperatura diminui com o aumento da latitude e o mesmo
    acontece com a altitude, ou seja, à medida que vai aumentando a
    altitude vai diminuindo a temperatura.
   A temperatura baixa 6,5°C por cada mil metros – gradiente
    térmico vertical. Esta situação acontece porque diminui a
    capacidade de absorção da radiação solar e da radiação
    terrestre, em virtude da diminuição da quantidade de vapor de
    água e dióxido de carbono, entre outros.


   Contudo, também a orientação das vertentes pode fazer varia a
    temperatura:

   As vertentes expostas a Sul no hemisfério Norte e expostas a
    Norte no hemisfério Sul são vertentes soalheiras – temperatura
    elevada;
   Vertentes expostas a Norte no hemisfério Norte expostas a Sul no
    hemisfério Sul são vertentes umbrias – temperaturas baixas.
   A proximidade ou afastamento de um lugar em relação ao mar
    explica as diferenças de temperatura entre o litoral e o interior.

   De facto, a água tem um papel de regulador térmico, diminuindo o
    efeito das diferenças de temperatura – temperaturas muito
    elevadas e temperaturas muito baixas. Nas áreas próximas do
    litoral é menor a amplitude térmica, sendo que não são muito
    elevadas no Verão nem muito baixas no inverno. Por outro lado, as
    regiões afastadas do mar registam maiores amplitudes térmicas
    anuais, ou seja, o Verão é muito quente e o inverno é muito frio.


   De facto, estas as amplitudes térmicas explicam-se com base na
    capacidade calorífica dos continentes e dos oceanos. Os
    continentes ganham e perdem muito facilmente o calor que
    recebem durante o dia, ao passo que os oceanos aquecem menos e
    de forma mais lenta.
   As características das correntes marítimas – quentes ou
    frias – influenciam a temperatura e a humidade das
    regiões junto ao litoral. Desta forma, nas regiões
    influenciadas por uma corrente marítima fria, as
    temperaturas      são    muito    mais     baixas    no
    Inverno, enquanto nas regiões banhadas por uma
    corrente quente, as temperaturas são sempre
    amenas, mesmo no Inverno.

   As correntes quentes contribuem para moderar as
    temperaturas dos lugares localizados junto à costa são
    mais amenas no Inverno. A corrente quente do Golfo do
    México     desloca-se    para     o    Noroeste     da
    Europa, permitindo que os Invernos sejam mais amenos.

   As correntes frias contribuem para um maior
    arrefecimento do ar no Inverno e temperaturas mais
    amenas no Verão.
   Como e por que é que ocorre precipitação?

   A precipitação está associada à existência de nuvens, no entanto, nem sempre
    ocorre. Para que ocorra precipitação é necessário que as gotículas em
    suspensão que formam as nuvens originem gotas de água maiores e com um
    peso que lhes permita vencer a gravidade e atingir o solo.
    Mas para ocorrer precipitação é necessário que exista a subida do ar. Deste
    facto, o ar ao subir, vai expandir-se e arrefecer, até atingir o ponto de
    saturação, a partir deste momento o ar pode condensar, formando nuvens, que
    por sua vez podem levar à ocorrência de precipitação.

 Tipos de precipitação
A subida do ar pode acontecer através de quatro processos diferentes,
  originando quatro tipos de precipitação:

   Orográficas – subida do ar ao longo das vertentes montanhas;
   Convergentes – subida do ar devido à convergência dos ventos numa
    determinada zona;
   Convectiva – subida do ar, causada pelo seu aquecimento, após ter contactado
    com uma superfície mais quente. Ao aquecer, torna-se mais leve e sobe;
   Frontalis – subida do ar devido ao contacto de duas massas de ar diferente.
   A precipitação, como a temperatura é influenciada pela latitude, altitude,
    afastamento e proximidade do mar e das correntes marítimas, o que explica
    a sua desigual distribuição à superfície da Terra.

   A circulação do ar na atmosfera influência a pressão atmosférica, que por
    sua vez influência o estado do tempo. O ar desloca-se sempre das altas para
    as baixas pressões, o que origina a convergência e a subida do ar nas áreas
    de baixas pressões, e divergência e descida do ar nos centros de altas
    pressões.

   Altas pressões polares (no hemisfério norte e hemisfério sul);
   Baixas pressões subpolares (no hemisfério norte e hemisfério sul);
   Altas pressões subtropicais (no hemisfério norte e hemisfério sul);
   Baixas pressões equatoriais.


   A distribuição dos principais centros de pressão atmosférica em latitude
    influencia a distribuição da precipitação mundial.
Os centros de baixas pressões estão associados a céu muito nublado e ao
mau tempo – contribuem para o aumento da precipitação.

Os centros de altas pressões estão associados a céu limpo e a tempo
seco – contribuem para a diminuição da precipitação.
   Assim, podemos verificar:

   Nas regiões equatoriais, onde há elevadas
    temperaturas, o ar sobe, formando centros de baixas
    pressões que originam precipitação muito abundante.

   Próximo dos trópicos, o ar desce, originando altas
    pressões, que são responsáveis pelo tempo seco
    predominante nessas latitudes.

   Nas latitudes médias, dá-se a convergência do ar
    tropical com o ar polar, formando-se as baixas
    pressões que explicam a ocorrência de precipitação
    abundante.

   Nos pólos, onde há baixas temperaturas, formam-se
    altas pressões e, por isso, há baixos valores de
    precipitação.
   As áreas próximas do mar são influenciadas
    pelos ventos húmidos marítimos registando
    valores elevados de precipitação, à medida
    que os ventos marítimos vão avançando para
    o interior do território, perdem humidade e o
    seu efeito amenizador da temperatura.
    Assim, verifica-se um contraste
    litoral/interior.
   A precipitação é influenciada pela altitude e pela
    sua exposição em relação à linha de costa. De
    facto, a precipitação é mais elevada em áreas de
    maior altitude e nas áreas montanhosas
    concordante. As áreas de montanhas concordantes
    são paralelas à linha de costa e são fortemente
    influenciadas pelos ventos húmidos.


   As montanhas podem ter vertentes
    barlavento, que estão expostas aos ventos
    húmidos e vertentes sotavento, que estão
    abrigadas dos ventos húmidos. Nas vertentes
    barlavento é maior a precipitação do que nas
    vertentes sotavento, que normalmente são muito
    secas.
   Formas de Precipitação
    ◦   Chuva
    ◦   Granizo
    ◦   Saraiva
    ◦   Neve

   Formas de condensação
    ◦ Nevoeiro
    ◦ Geada
    ◦ Orvalho
Abrigo meteorológico
                       Cata-ventos e anemómetro   Tina evaporimétrica




  Heliógrafo
                                                  Termómetro de máxima e mínima

                       Udómetro ou Pluviómetro
   Os principais climas do mundo

   A conjugação dos factores climáticos origina três grandes tipos de clima –
    quentes, temperados e frios.
   Os climas distribuem-se em três zonas climáticas:

   Zona Quente ou Intertropical – temperaturas médias
    mensais e anuais elevadas e pouca variação anual;

   Zona Temperada do Norte e do Sul – temperaturas
    médias anuais moderadas e com variação das
    temperaturas médias mensais ao longo do ano;

   Zona Fria do Norte e do Sul – temperaturas médias
    anuais negativas e um grande contraste nas
    temperaturas médias mensais.
   Portugal tem características climáticas das regiões
    de clima temperado mediterrâneo, mas apresenta
    grandes contrastes regionais.

Assim, podemos distinguir várias regiões climáticas:

   Região mediterrânica – Sul de Portugal Continental
    e Região Autónoma da Madeira;
   Região atlântica – Litoral Norte e Região Autónoma
    dos Açores;
   Região continental do norte – Interior Norte;
   Região de influência da altitude – Áreas de
    montanhas de maior altitude.
   As características climáticas reflectem-se no tipo de
    vegetação. Desta forma, podemos encontrar em
    Portugal continental, espécies diferentes, consoante
    os traços climáticos dominantes:

   Floresta caducifólia;
   Floresta mediterrânea;
   Maquis;
   Garrigues.

   Nas regiões Autónomas, a vegetação natural também
    apresenta características predominantemente
    mediterrânicas. Devido à influência do oceano, que
    modera as temperaturas e gera grande humidade,
    ainda se preserva a floresta laurisilva, que em tempos
    remotos, cobriu uma boa parte da Europa do Sul.
O clima
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O clima

  • 1. Capítulo 1: CLIMA E FORMAÇÕES VEGETAIS
  • 2. O estado do tempo varia de lugar para lugar e está dependente do conjunto das condições atmosféricas, que ocorrem num determinado momento e num determinado lugar. Quando falas que faz calor ou frio, ou vai chover, ou qual a intensidade do vento, estás a falar de estado do tempo.  As condições atmosféricas que caracterizam o estado do tempo são:  Temperatura;  Precipitação;  Humidade;  Vento;  Nebulosidade;  Pressão atmosférica.  Por outro lado, ao conjunto dos estados do tempo mais frequentes, observados e registados durante 30 anos, denomina-se clima. Por ex: Para se conhecer o estado do tempo em Faro durante um determinado dia, podemos consultar o site do Instituto de Meteorologia e ver a previsão (figura (04/02/2012))
  • 3. Para estudares o clima de uma dada região deves considerar os diferentes elementos climáticos. Os principais elementos climáticos são a temperatura e precipitação. Estes elementos variam no tempo e no espaço, devido aos factores climáticos:  Latitude;  Relevo;  Proximidade ou afastamento do mar;  Correntes marítimas.
  • 4.
  • 5. A temperatura do ar varia ao longo do dia e do ano, num mesmo lugar, mas também varia de lugar para lugar. A variação da temperatura depende, essencialmente, de dois factores:  Inclinação dos raios solares – quanto maior for a inclinação dos raios solares, maior é superfície aquecida e mais baixa é a temperatura.  Espessura da atmosfera – a espessura da atmosfera atravessada pelos raios solares é tanto mais quanto maior for a inclinação dos raios solares. Quanto maior é a inclinação, maior é o trajecto percorrido pelos raios solares, logo a energia dispersa-se e a temperatura diminui.
  • 6. A variação diurna da temperatura, ao longo de 24 horas, deve-se ao Movimento de Rotação da Terra (páginas 16,17,18 do manual):  Ao nascer do Sol os raios solares incidem de forma oblíqua (Fig.1 – A), e a espessura de atmosfera por eles atravessada é maior. A temperatura do ar é relativamente baixa, porque a energia solar espalha-se por uma área maior (A1).  Quando chegamos ao meio-dia, a radiação emitida pelo sol incide directamente sobre superfície, já que a inclinação dos raios solares é menor (Fig.1 B) e atravessa uma espessura de atmosfera mais pequena. A temperatura é mais elevada, mas não é a máxima diária.  Ao pôr-do-sol, os raios solares voltam a estar oblíquos (Fig.1 – C), sendo, mais uma vez, grande a espessura de atmosfera atravessada pelos raios solares e a superfície aquecida volta a ser maior (C1). Desta forma, a temperatura volta a baixar.  Ao longo da noite, a ausência de radiação solar juntamente com a libertação de energia calorífica da Terra para o espaço, a temperatura vai baixando gradualmente. No entanto, quando há presença de nuvens no céu, durante os períodos da noite, existe uma manutenção das temperaturas, não se perdendo toda a energia acumulada durante o período diurno.
  • 7. A1 – Superfície aquecida ao princípio da manhã B1 – Superfície aquecida ao meio-dia C1 – Superfície aquecida ao fim da tarde
  • 8. No dia 29/12/2009 registaram-se as seguintes temperaturas em Lisboa. 1. Para calcularmos a temperatura média daquele dia (TMD), temos que somar todos os valores de temperatura registados e dividi-los pelo número de observações (6, neste caso):  TEMPERATURA MÉDIA DIÁRIA (TMD) 8º + 6º + 5º+ 11º + 13º + 10º TMD = TMD = 8,8º C 6 2. Para calcularmos a amplitude térmica daquele dia (ATD), temos que encontrar a diferença entre a temperatura máxima e a mínima registadas ao longo do dia:  AMPLITUDE TÉRMICA DIÁRIA (ATD) ATD = 13º - 5º = 8º C
  • 9. Os raios solares não incidem da mesma forma na superfície terrestre, devido à inclinação do eixo da Terra em relação à sua órbita.
  • 10. Como podes observar na figura 2, devido à forma arredondada da Terra, os raios solares atingem a superfície terrestre com diferentes graus de inclinação.  Entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio, a inclinação dos raios solares é menor do que nas regiões polares. Por isso, entre os trópicos, a energia dos raios solares é distribuída por uma superfície menor do que nas regiões polares:  Na região intertropical (entre o trópico de Câncer e o trópico de Capricórnio), há uma maior concentração da energia os raios solares e, por consequência, um maior aquecimento;  Nas regiões polares, a menor concentração da energia dos raios solares provoca um menor aquecimento.  Desta forma, podes concluir que quanto maior é o valor da latitude, menor é o aquecimento da superfície terrestre, ou seja, a temperatura diminui à medida que a latitude aumenta.
  • 11. O Movimento de Translação e a Variação da TEMPERATURA AO LONGO DO ANO (páginas 19, 20, 21 e 22 do manual).  O movimento de translação, ou seja, o movimento que a Terra executa à volta do Sol (365 dias e 6 horas) e a inclinação do eixo da Terra, fazem com que a Terra não tenha sempre a mesma posição em relação ao Sol.  Este movimento origina as variações anuais de temperatura, ou seja, as estações do ano e determina também a duração dos dias e das noites, assim como o nº de horas de sol recebidas.
  • 12.
  • 13. Solstício de junho (21 Equinócios de março Solstício de Lugares de junho) e setembro (20 ou 21 dezembro (21 ou 22 de de março e 22 ou 23 de dezembro) setembro) A norte do Círculo Dia natural =24 h Dia natural = Noite Dia natural =24 h Polar Ártico Entre o Círculo .Dia natural > Noite; Dia natural = Noite; .Dia natural < Noite; Polar Ártico e o Equador . As temperaturas: (Hemisfério Norte) .Temperaturas mais - descem entre .Temperaturas mais elevadas; setembro a março; baixas; - sobem entre março a setembro; Equador Dia natural = Noite Dia natural = Noite Dia natural = Noite Entre o Equador e Dia natural < Noite; Dia natural = Noite Dia natural > Noite; Círculo Polar Antártico .Temperaturas mais . As temperaturas: .Temperaturas mais (Hemisfério Sul) - sobem entre baixas; setembro a março; elevadas; -Descem entre março a
  • 14. Temperatura Média Mensal (TMM) resulta da soma das temperaturas médias diurnas de um determinado mês a dividir pelo nº de dias do respetivo mês. Temperatura Média Anual (TMA) resulta da soma das Temperatura Médias Mensais do ano a dividir pelo nº total de meses.  TEMPERATURA MÉDIA ANUAL (TMA) Somatório das temp. méd. mensais  TMA= ____________________________________________ 12 meses  2. Amplitude Térmica ANUAL (ATA) resulta da diferença entre a temperatura média mensal mais elevada e a temperatura média mensal mais baixa.
  • 15. A Latitude do lugar (páginas 21 e 22 do manual). Regra geral, a temperatura diminui à medida que a latitude aumenta, ou seja, ou seja as temperaturas médias anuais são mais elevadas nas regiões próximas do equador e vão diminuindo com a aproximação às regiões polares. A explicação: à medida que a latitude aumenta, a inclinação dos raios solares vai sendo cada vez maior e, portanto, a temperatura vai diminuindo.
  • 16. A temperatura diminui com o aumento da latitude e o mesmo acontece com a altitude, ou seja, à medida que vai aumentando a altitude vai diminuindo a temperatura.  A temperatura baixa 6,5°C por cada mil metros – gradiente térmico vertical. Esta situação acontece porque diminui a capacidade de absorção da radiação solar e da radiação terrestre, em virtude da diminuição da quantidade de vapor de água e dióxido de carbono, entre outros.  Contudo, também a orientação das vertentes pode fazer varia a temperatura:  As vertentes expostas a Sul no hemisfério Norte e expostas a Norte no hemisfério Sul são vertentes soalheiras – temperatura elevada;  Vertentes expostas a Norte no hemisfério Norte expostas a Sul no hemisfério Sul são vertentes umbrias – temperaturas baixas.
  • 17. A proximidade ou afastamento de um lugar em relação ao mar explica as diferenças de temperatura entre o litoral e o interior.  De facto, a água tem um papel de regulador térmico, diminuindo o efeito das diferenças de temperatura – temperaturas muito elevadas e temperaturas muito baixas. Nas áreas próximas do litoral é menor a amplitude térmica, sendo que não são muito elevadas no Verão nem muito baixas no inverno. Por outro lado, as regiões afastadas do mar registam maiores amplitudes térmicas anuais, ou seja, o Verão é muito quente e o inverno é muito frio.  De facto, estas as amplitudes térmicas explicam-se com base na capacidade calorífica dos continentes e dos oceanos. Os continentes ganham e perdem muito facilmente o calor que recebem durante o dia, ao passo que os oceanos aquecem menos e de forma mais lenta.
  • 18. As características das correntes marítimas – quentes ou frias – influenciam a temperatura e a humidade das regiões junto ao litoral. Desta forma, nas regiões influenciadas por uma corrente marítima fria, as temperaturas são muito mais baixas no Inverno, enquanto nas regiões banhadas por uma corrente quente, as temperaturas são sempre amenas, mesmo no Inverno.  As correntes quentes contribuem para moderar as temperaturas dos lugares localizados junto à costa são mais amenas no Inverno. A corrente quente do Golfo do México desloca-se para o Noroeste da Europa, permitindo que os Invernos sejam mais amenos.  As correntes frias contribuem para um maior arrefecimento do ar no Inverno e temperaturas mais amenas no Verão.
  • 19. Como e por que é que ocorre precipitação?  A precipitação está associada à existência de nuvens, no entanto, nem sempre ocorre. Para que ocorra precipitação é necessário que as gotículas em suspensão que formam as nuvens originem gotas de água maiores e com um peso que lhes permita vencer a gravidade e atingir o solo. Mas para ocorrer precipitação é necessário que exista a subida do ar. Deste facto, o ar ao subir, vai expandir-se e arrefecer, até atingir o ponto de saturação, a partir deste momento o ar pode condensar, formando nuvens, que por sua vez podem levar à ocorrência de precipitação.  Tipos de precipitação A subida do ar pode acontecer através de quatro processos diferentes, originando quatro tipos de precipitação:  Orográficas – subida do ar ao longo das vertentes montanhas;  Convergentes – subida do ar devido à convergência dos ventos numa determinada zona;  Convectiva – subida do ar, causada pelo seu aquecimento, após ter contactado com uma superfície mais quente. Ao aquecer, torna-se mais leve e sobe;  Frontalis – subida do ar devido ao contacto de duas massas de ar diferente.
  • 20. A precipitação, como a temperatura é influenciada pela latitude, altitude, afastamento e proximidade do mar e das correntes marítimas, o que explica a sua desigual distribuição à superfície da Terra.  A circulação do ar na atmosfera influência a pressão atmosférica, que por sua vez influência o estado do tempo. O ar desloca-se sempre das altas para as baixas pressões, o que origina a convergência e a subida do ar nas áreas de baixas pressões, e divergência e descida do ar nos centros de altas pressões.  Altas pressões polares (no hemisfério norte e hemisfério sul);  Baixas pressões subpolares (no hemisfério norte e hemisfério sul);  Altas pressões subtropicais (no hemisfério norte e hemisfério sul);  Baixas pressões equatoriais.  A distribuição dos principais centros de pressão atmosférica em latitude influencia a distribuição da precipitação mundial.
  • 21. Os centros de baixas pressões estão associados a céu muito nublado e ao mau tempo – contribuem para o aumento da precipitação. Os centros de altas pressões estão associados a céu limpo e a tempo seco – contribuem para a diminuição da precipitação.
  • 22.
  • 23. Assim, podemos verificar:  Nas regiões equatoriais, onde há elevadas temperaturas, o ar sobe, formando centros de baixas pressões que originam precipitação muito abundante.  Próximo dos trópicos, o ar desce, originando altas pressões, que são responsáveis pelo tempo seco predominante nessas latitudes.  Nas latitudes médias, dá-se a convergência do ar tropical com o ar polar, formando-se as baixas pressões que explicam a ocorrência de precipitação abundante.  Nos pólos, onde há baixas temperaturas, formam-se altas pressões e, por isso, há baixos valores de precipitação.
  • 24. As áreas próximas do mar são influenciadas pelos ventos húmidos marítimos registando valores elevados de precipitação, à medida que os ventos marítimos vão avançando para o interior do território, perdem humidade e o seu efeito amenizador da temperatura. Assim, verifica-se um contraste litoral/interior.
  • 25.
  • 26. A precipitação é influenciada pela altitude e pela sua exposição em relação à linha de costa. De facto, a precipitação é mais elevada em áreas de maior altitude e nas áreas montanhosas concordante. As áreas de montanhas concordantes são paralelas à linha de costa e são fortemente influenciadas pelos ventos húmidos.  As montanhas podem ter vertentes barlavento, que estão expostas aos ventos húmidos e vertentes sotavento, que estão abrigadas dos ventos húmidos. Nas vertentes barlavento é maior a precipitação do que nas vertentes sotavento, que normalmente são muito secas.
  • 27. Formas de Precipitação ◦ Chuva ◦ Granizo ◦ Saraiva ◦ Neve  Formas de condensação ◦ Nevoeiro ◦ Geada ◦ Orvalho
  • 28. Abrigo meteorológico Cata-ventos e anemómetro Tina evaporimétrica Heliógrafo Termómetro de máxima e mínima Udómetro ou Pluviómetro
  • 29.
  • 30. Os principais climas do mundo  A conjugação dos factores climáticos origina três grandes tipos de clima – quentes, temperados e frios.
  • 31. Os climas distribuem-se em três zonas climáticas:  Zona Quente ou Intertropical – temperaturas médias mensais e anuais elevadas e pouca variação anual;  Zona Temperada do Norte e do Sul – temperaturas médias anuais moderadas e com variação das temperaturas médias mensais ao longo do ano;  Zona Fria do Norte e do Sul – temperaturas médias anuais negativas e um grande contraste nas temperaturas médias mensais.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37. Portugal tem características climáticas das regiões de clima temperado mediterrâneo, mas apresenta grandes contrastes regionais. Assim, podemos distinguir várias regiões climáticas:  Região mediterrânica – Sul de Portugal Continental e Região Autónoma da Madeira;  Região atlântica – Litoral Norte e Região Autónoma dos Açores;  Região continental do norte – Interior Norte;  Região de influência da altitude – Áreas de montanhas de maior altitude.
  • 38.
  • 39. As características climáticas reflectem-se no tipo de vegetação. Desta forma, podemos encontrar em Portugal continental, espécies diferentes, consoante os traços climáticos dominantes:  Floresta caducifólia;  Floresta mediterrânea;  Maquis;  Garrigues.  Nas regiões Autónomas, a vegetação natural também apresenta características predominantemente mediterrânicas. Devido à influência do oceano, que modera as temperaturas e gera grande humidade, ainda se preserva a floresta laurisilva, que em tempos remotos, cobriu uma boa parte da Europa do Sul.