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GLÁUCIA DE SOUZA
POESIA
Poemas orais: cantigas, parlendas,
 adivinhas etc;
Poemas autorais;
Narrativas em versos.
   NARRATIVAS:

Mitos: relatos universais cuja finalidade é
 explicar fatos relativos à origem e à
 evolução o universo;
Lendas: como os mitos, têm por
 finalidade explicar o desconhecido, mas
 em âmbito local;
Fábulas: narrativas curtas, com tom
 moralista, em que ocorre a analogia
 entre as personagens (muitas delas
 animais) e o comportamento humano;
Contos maravilhosos: apresentam
 situações humanas em que o fantástico
 é fundamental;
Adaptações de clássicos;
Narrativas autorais.
VÍNCULOS
    ENTRE A
LITERATURA E A
  ORALIDADE
•

•Na  lírica grega e latina, havia o endereçamento da
poesia para alguém.
• Os poemas eram feitos para serem
performatizados.
• Havia um forte vínculo entre poema, música e
performance.
•Na poesia grega, não havia virtuosidade vocal,
nem de instrumentos para aproximar a plateia dos
poemas cantados.
• A primeira função da poesia coral grega foi
religiosa (tematizando deuses e heróis).
• Na poesia épica, a sonoridade também foi
fundamental.
   Entre os romanos, o vínculo entre o cantor e sua plateia
    também tinha de existir. Horácio, em sua Epistula ad
    Pisones, afirma a relação íntima poeta-sentimento-
    poema-ouvinte:

    “Não basta serem belos os poemas, têm de ser
    emocionantes, de conduzir o sentimento do ouvinte
    aonde quiserem” (Horácio, 1997, p. 28).
   Albert Lord e Millman Parry (Finnegan 1977),
    estudaram, a partir de pesquisa entre
    cantores orais épicos iugoslavos, que os
    poemas homéricos foram feitos a partir de
    uma estrutura formulaica.
   Assim o ouvinte poderia se identificar com o
    poema e se tornar parte dele.
    Os poemas orais também tinham uma
    função social (cantos laborais, enigmas etc).
 Enquanto no Norte da França as
  canções de gesta falavam sobre o
  espírito guerreiro da aristocracia, no
  Sul, a lírica occitânica apresentava
  composições sentimentais.
 Bernart de Ventadorn: Quan vei la
  lauzeta mover
 Beatriz de Dia: A chantar m'er de
  so q’ieu no voldria
  Cantigas de amor
Dom Dinis "O que vos nunca cuidei a dizer”
http://www.youtube.com/watch?v=CkzqAH8y0uY
 Cantigas de amigo

Martin Codax "Mia irmana fremosa“
http://www.youtube.com/watch?v=3zaYD-k0P4I
 Cantigas de escárnio



   Cantigas de maldizer
 Nas sociedades em que não havia a
  escrita, eram a memória do povo.
 Passadas    de geração em geração,
  essas narrativas eram muitas vezes
  veiculadas em versos (epopeias).
 Por serem orais, ganharam diferentes
  versões ao ganharem o registro escrito.
Retomando o que
hoje costumamos
     chamar de
 literatura infantil
 Contos da Mamãe Gansa (Contes de ma
  Mère l´Oye)– 1697;
 Reinado de Luís XIV;

 Contos coletados junto a fontes populares;

 Há nos contos uma moral, um fundo
  didático.
Exemplo: Cinderela
 Contos de fadas para crianças e adultos
  (Kinder und Hausmaerchen), 1812-1822;
 Estudos de Gramática Comparativa e
  Filologia;
 Principais informantes: Katherina Wieckmann
  (camponesa) e Jeannette Hassenpflug.
Exemplo: Rosinha dos espinhos
 Poeta e novelista dinamarquês;
 Fusão entre o pensamento mágico das
  origens arcaicas e o pensamento racional dos
  novos tempos;
 Textos autorais/ fontes da cultura popular;

Exemplo: A pequena vendedora de fósforos.
   COELHO, Nelly Novaes. O conto de fadas: símbolos, mitos e
    arquétipos. São Paulo: DCL, 2005.
   FINNEGAN, Ruth H. Oral poetry. Cambridge: Cambridge
    University, 1977.
    HORÁCIO. Epistula ad pisones. In: ARISTÓTELES; HORÁCIO;
    LONGINO. A poética clássica. São Paulo: Cultrix, 1997. p.
    55-68.
   SPINA, Segismundo. A lírica trovadoresca. São Paulo: Edusp,
    1996.
   Páginas interessantes:
   Dobras da Leitura: http://www.dobrasdaleitura.com/index.html
   Imaginária: http://www.imaginaria.com.ar/
   Tigre Albino (revista de poesia): http://www.tigrealbino.com.br/
   Jangada Brasil: http://www.jangadabrasil.com.br/index.asp
   Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil:
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   O Balainho:
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   Literatura Infantil (site português):
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Vínculos entre literatura e oralidade

  • 2. POESIA Poemas orais: cantigas, parlendas, adivinhas etc; Poemas autorais; Narrativas em versos.
  • 3. NARRATIVAS: Mitos: relatos universais cuja finalidade é explicar fatos relativos à origem e à evolução o universo; Lendas: como os mitos, têm por finalidade explicar o desconhecido, mas em âmbito local;
  • 4. Fábulas: narrativas curtas, com tom moralista, em que ocorre a analogia entre as personagens (muitas delas animais) e o comportamento humano; Contos maravilhosos: apresentam situações humanas em que o fantástico é fundamental; Adaptações de clássicos; Narrativas autorais.
  • 5. VÍNCULOS ENTRE A LITERATURA E A ORALIDADE
  • 6. • •Na lírica grega e latina, havia o endereçamento da poesia para alguém. • Os poemas eram feitos para serem performatizados. • Havia um forte vínculo entre poema, música e performance. •Na poesia grega, não havia virtuosidade vocal, nem de instrumentos para aproximar a plateia dos poemas cantados. • A primeira função da poesia coral grega foi religiosa (tematizando deuses e heróis). • Na poesia épica, a sonoridade também foi fundamental.
  • 7. Entre os romanos, o vínculo entre o cantor e sua plateia também tinha de existir. Horácio, em sua Epistula ad Pisones, afirma a relação íntima poeta-sentimento- poema-ouvinte: “Não basta serem belos os poemas, têm de ser emocionantes, de conduzir o sentimento do ouvinte aonde quiserem” (Horácio, 1997, p. 28).
  • 8. Albert Lord e Millman Parry (Finnegan 1977), estudaram, a partir de pesquisa entre cantores orais épicos iugoslavos, que os poemas homéricos foram feitos a partir de uma estrutura formulaica.  Assim o ouvinte poderia se identificar com o poema e se tornar parte dele.  Os poemas orais também tinham uma função social (cantos laborais, enigmas etc).
  • 9.  Enquanto no Norte da França as canções de gesta falavam sobre o espírito guerreiro da aristocracia, no Sul, a lírica occitânica apresentava composições sentimentais.  Bernart de Ventadorn: Quan vei la lauzeta mover  Beatriz de Dia: A chantar m'er de so q’ieu no voldria
  • 10.
  • 11.  Cantigas de amor Dom Dinis "O que vos nunca cuidei a dizer” http://www.youtube.com/watch?v=CkzqAH8y0uY  Cantigas de amigo Martin Codax "Mia irmana fremosa“ http://www.youtube.com/watch?v=3zaYD-k0P4I  Cantigas de escárnio  Cantigas de maldizer
  • 12.  Nas sociedades em que não havia a escrita, eram a memória do povo.  Passadas de geração em geração, essas narrativas eram muitas vezes veiculadas em versos (epopeias).  Por serem orais, ganharam diferentes versões ao ganharem o registro escrito.
  • 13. Retomando o que hoje costumamos chamar de literatura infantil
  • 14.  Contos da Mamãe Gansa (Contes de ma Mère l´Oye)– 1697;  Reinado de Luís XIV;  Contos coletados junto a fontes populares;  Há nos contos uma moral, um fundo didático. Exemplo: Cinderela
  • 15.  Contos de fadas para crianças e adultos (Kinder und Hausmaerchen), 1812-1822;  Estudos de Gramática Comparativa e Filologia;  Principais informantes: Katherina Wieckmann (camponesa) e Jeannette Hassenpflug. Exemplo: Rosinha dos espinhos
  • 16.  Poeta e novelista dinamarquês;  Fusão entre o pensamento mágico das origens arcaicas e o pensamento racional dos novos tempos;  Textos autorais/ fontes da cultura popular; Exemplo: A pequena vendedora de fósforos.
  • 17. COELHO, Nelly Novaes. O conto de fadas: símbolos, mitos e arquétipos. São Paulo: DCL, 2005.  FINNEGAN, Ruth H. Oral poetry. Cambridge: Cambridge University, 1977.  HORÁCIO. Epistula ad pisones. In: ARISTÓTELES; HORÁCIO; LONGINO. A poética clássica. São Paulo: Cultrix, 1997. p. 55-68.  SPINA, Segismundo. A lírica trovadoresca. São Paulo: Edusp, 1996.
  • 18. Páginas interessantes:  Dobras da Leitura: http://www.dobrasdaleitura.com/index.html  Imaginária: http://www.imaginaria.com.ar/  Tigre Albino (revista de poesia): http://www.tigrealbino.com.br/  Jangada Brasil: http://www.jangadabrasil.com.br/index.asp  Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil: http://www.fnlij.org.br/  O Balainho: http://www.dobrasdaleitura.com/balainho/index.html  Literatura Infantil (site português): http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/infantil/autores.htm  IIBY: http://www.ibby.org  Projeto Memória de Leitura: http://www.unicamp.br/iel/memoria/