SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 6
Downloaden Sie, um offline zu lesen
ANÁLISE LITERÁRIA: POEMA PORTUGUÊS X POEMA
CONTEMPORÂNEO
Ana Carolina Polo da Cruz Felício - R.A B621EE-4
Camila Cristina Pereira da Silva - R.A B88711-7
Dea Dilma Correa de Souza - R.A B804AB-8
Patrícia Carreira de Carvalho - R.A B87DBI-1
Thabata Paganotti da Costa - R.A B88GEJ-6
Resumo
Este artigo tem como objetivo realizar a análise literária entre dois textos de épocas
diferentes: a música Anos Dourados, de Tom Jobim e Chico Buarque, e a cantiga Ondas do
Mar de Vigo, de Martin Codax.
Palavras-chave: Análise literária, contexto histórico.
Abstract
This article aims to conduct literary analysis between two texts from different eras: the
Golden Years music by Tom Jobim and Chico Buarque, and the ditty Ondas do Mar de Vigo,
Martin Codax.
Keywords: literary analysis, historical context.
Introdução
Analisaremos aspectos estéticos e o contexto histórico-social para melhor compreensão da
análise como um todo. Também faremos uso de métodos aprendidos em Teoria Literária,
como identificar diferenças e semelhanças, verificar se há rimas e como classificá-las,
compreender a estrutura dos textos e se seguem os modelos adotados da época em que foram
escritos.
1. ESTÉTICA DE ANOS DOURADOS - CHICO BUARQUE/TOM JOBIM
A história da letra musical que iremos analisar em nosso trabalho é um tanto quanto
curiosa. Anos Dourados, na voz de Chico Buarque, foi uma encomenda que a TV Globo fez
ao compositor Tom Jobim para criar a trilha sonora de abertura da minissérie “Anos
Dourados”, exibida pela primeira vez em 1986. Logo que recebeu o pedido, Tom pediu ao seu
amigo que escrevesse a letra enquanto ele estaria ocupado compondo a música. No entanto,
Chico não conseguiu escrevê-la a tempo e a abertura da minissérie ficou apenas com a
melodia composta pelo Tom. Somente em 1987 que a música foi gravada pela UNIVERSAL.
A respeito de seu atraso, Chico disse na época que não estava atrasado, mas a minissérie que
fora precipitada.
Observe abaixo a letra de Anos Dourados:
2
Parece que dizes,
Te amo, Maria
Na fotografia
Estamos felizes
Te ligo afobada
E deixo confissões no gravador
Vai ser engraçado
Se tens um novo amor.
Me vejo a teu lado
Te amo?
Não lembro
Parece dezembro
De um ano dourado
Parece bolero
Te quero, te quero
Dizer que não quero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais
Não sei se eu ainda
Te esqueço de fato
No nosso retrato
Pareço tão linda
Te ligo ofegante
E digo confusões no gravador
É desconcertante
Rever o grande amor
Meus olhos molhados
Insanos dezembros
Mas quando eu me lembro
São anos dourados
Ainda te quero
Bolero, nossos versos são banais
Mas como eu espero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais.
A música, assim como na cantiga de amigo, relata os desabafos de uma mulher
angustiada pelo seu grande amor. Podemos perceber que o eu-lírico já não tem certeza sobre
os sentimentos de seu amado e para ela, a paixão chegou ao fim – “Vai ser engraçado/Se tens
um novo amor/Me vejo a teu lado/Te amo?/Não lembro”. Ela está falando diretamente com
ele, dizendo que ainda o quer e recordando dos momentos que passaram juntos – “Parece que
dizes,/Te amo, Maria/Na fotografia
Estamos felizes”. Mas sabe que no fim, a história deles acabou – “Teus beijos nunca mais”.
As rimas que compõem a música dão um toque especial no bolero e o modo como
foram organizadas, confirma a ideia de que é um desabafo, pois os versos são curtos, como se
o eu-lírico estivesse hesitante em contar a sua história. Observe abaixo:
3
Parece que dizes, (A)
Te amo, Maria (B)
Na fotografia (B)
Estamos felizes (A)
Te ligo afobada (C)
E deixo confissões no gravador (D)
Vai ser engraçado (E)
Se tens um novo amor. (D)
Me vejo a teu lado (E)
Te amo? (F)
Não lembro (G)
Parece dezembro (G)
De um ano dourado (E)
Parece bolero (H)
Te quero, te quero (H)
Dizer que não quero (H)
Teus beijos nunca mais (I)
Teus beijos nunca mais (I)
Não sei se eu ainda (J)
Te esqueço de fato (K)
No nosso retrato (K)
Pareço tão linda (J)
Te ligo ofegante (L)
E digo confusões no gravador (M)
É desconcertante (L)
Rever o grande amor (M)
Meus olhos molhados (N)
Insanos dezembros (G)
Mas quando eu me lembro (G)
São anos dourados (N)
Ainda te quero (H)
Bolero, nossos versos são banais (I)
Mas como eu espero (H)
Teus beijos nunca mais (I)
Teus beijos nunca mais. (I)
Ao todo, podemos classificar quatorze rimas em todas as estrofes da música. As rimas
variam, porque os sentimentos do eu-lírico também sofrem essa mudança. Não há certezas
sobre o rumo que sua vida irá tomar agora que está sem seu grande amor. As rimas seguem
pausadamente durante a música e se alternando, como podemos ilustrar em – “Parece que
dizes, (A)/Te amo, Maria (B)/Na fotografia (B)/Estamos felizes (A)” e “Te ligo ofegante (L)/E
digo confusões no gravador (M)/É desconcertante (L)/Rever o grande amor (M)”.
2. ESTÉTICA DE ONDAS DO MAR DE VIGO - MARTIM CODAX
No século XII, em plena Idade Média, Portugal teve a sua primeira manifestação
literária, conhecida como Trovadorismo e representada por poetas líricos que compunham
versos e os adequavam às melodias, formando assim, as famosas cantigas.
4
A cantiga de amigo “Ondas de Mar de Vigo” foi escrita por Martin Codax, é
um dos poucos exemplos de poesia trovadoresca subordinada a ritmo poético e a melodia,
ganhando vida através do canto e do gesto.
Martin Codax (meados do século XIII, ínicio do século XIV) foi um galego, pouco se
conhece da sua biografia, a começar pela sua origem, o mais provavel é que seja no municipio
do Vigo, onde ele cita em varios de seus poemas. Com apenas cantigas de amigos Codax é o
mais publicado e estudado galego-português do século XIII. Seus textos foram os únicos
acompanhados com notações musicais, é em 1914 foi encontrado um manuscrito conhecido
como “Pergaminho Vindel”.
Vigo é um município da Espanha na província de Pontevedra (Capital da província).
Durante a Idade Média, a igreja dominou a sociedade galega, Vigo dependeu durante muitos
anos do mosteiro cisterciense de Melón.
Esta cantiga representa o eu-lírico feminino, mas com um a voz masculina, a cantiga
de amigo tem como principal característica a mulher esperando seu amado que foi para
guerra, por exemplo, porem na cantiga “Ondas do Mar de Vigo” mostra também o sofrimento
da mulher que espera ansiosa a volta de seu amado.
A cantiga foi escrita no trovadorismo o primeiro movimento literário Português, na
mesma época que o feudalismo, havendo grande influencia da cultura teocêntrica, eram
escritas e cantadas no galego-português, às cantigas eram popular por isso eram ambientadas
em lugares simples como campos igrejas e no caso da cantiga ondas do mar de vigo, em vigo
que é um município.
A poesia era escrita não para ler lida, mas sim para ser cantada por isso a estrutura
paralelística que é basicamente repedir as mesmas palavras para poder gravar é um efeito
hipnótico, e geralmente acompanhado com instrumentos musicais, por isso o nome cantiga.
Observe abaixo a letra de Ondas do Mar de Vigo
Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo?
e ai Deus, se verrá cedo?
Ondas do mar levado,
se vistes meu amado?
e ai Deus, se verrá cedo?
Se vistes meu amigo,
o por que eu sospiro?
e ai Deus, se verrá cedo?
Se vistes meu amado,
o por que hei gram coidado?
e ai Deus, se verrá cedo?
5
Na cantiga, o eu-lírico é representado por uma mulher humilde e ingênua,
apaixonada por alguém que está longe dela e anseia por sua volta – “se vistes meu amigo?/e ai
Deus, se verrá cedo?”.
Desconsolada, a mulher fala ao mar de Vigo sobre esse amor e pergunta ao mar se ele
o viu. A natureza torna-se a sua confidente, por quem a moça dirige as suas palavras e os seus
anseios como se fosse uma mãe ou uma amiga próxima – “Ondas do mar de Vigo,/se vistes
meu amigo?”.
Também podemos fazer algumas relações entre a natureza e a moça que está a procura
de seu amado. As ondas podem refletir o que a donzela está sentindo, como se fossem o seu
estado de espírito e o mar, representa a distância que existe entre ela e o seu amado. O mar
não é apenas o seu confidente como também é a representação do seu amor.
É interessante ressaltar, que a cantiga de amigo possui refrãos e sua estrutura é
paralelística, como podemos observar a seguir:
Ondas do mar de Vigo, (A)
se vistes meu amigo?(A)
e ai Deus, se verrá cedo?(REFRÃO)
Ondas do mar levado,(B)
se vistes meu amado?(B)
e ai Deus, se verrá cedo?(REFRÃO)
Se vistes meu amigo,(A)
o por que eu sospiro?(A)
e ai Deus, se verrá cedo?(REFRÃO)
Se vistes meu amado,(B)
o por que hei gram coidado?(B)
e ai Deus, se verrá cedo?(REFRÃO)
A estrutura paralelística causa um efeito encantatório na poesia, quase hipnótico. São
os refrãos da cantiga que tornam a lírica dançante, assim como as rimas alternadas e A e B
nas doze estrofes da cantiga.
Conclusão
Verificamos neste artigo a comparação de dois poemas de épocas diferentes, um datado do
momento histórico Trovadorismo, onde uma de suas características é a cantiga de amigo, aqui
tratada, que mostram de forma geral a relação de amizade entre duas pessoas, onde o trovador
assume o papel de uma mulher triste que canta o infortúnio de não ter seu amor
correspondido. Uma outra característica desse poema, fala sobre a ausência do amor bem
educado, como os da corte portuguesa, mas sobre a desesperança de mulheres que perderam
seus maridos para a guerra. O outro poema é datado de uma época mais atual, a
contemporânea, que procura romper com a tradição do passado na busca constante pela
6
personalidade/originalidade na escrita criativa, utilizando uma linguagem verbal com
mais liberdade, evitando o apego das regras gramaticas. Apesar das diferenças os dois poemas
falam sobre amor, amizade e comportamento, porém com o estilo predominante em cada
período.
Referências bibliográficas
http://cantigas.fcsh.unl.pt/versoesmusicais.asp?cdcant=1308&vm1=38&vm2=45&vm4=114&
vm5=236&vm6=287&vm7=305&vm8=322&vm9=346&vm10=373 acessado no dia
10/05/2014.
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/trovadorismo---poesia-cantigas-de-amor-de-
amigo-e-de-escarnio-e-maldizer.htm acessado no dia 10/05/2014.
http://www.brasilescola.com/literatura/trovadorismo.htm - 10/05/2014
http://portrasdaletra.blogspot.com.br/2010/03/anos-dourados.html - acessado no dia
11/05/2014.
http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/antonio-carlos-jobim/anos-dourados/883244 -
acessado no dia 11/05/2014.
http://canalviva.globo.com/programas/vivapedia/materias/saiba-tudo-sobre-a-minisserie-anos-
dourados.html - acessado no dia 11/05/2014.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Mensagem - Antemanhã
Mensagem - AntemanhãMensagem - Antemanhã
Mensagem - AntemanhãSofia_Afonso
 
Corrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os MaiasCorrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os Maiasmauro dinis
 
Análise comparativa - Mostrengo e Adamastor
Análise comparativa - Mostrengo e AdamastorAnálise comparativa - Mostrengo e Adamastor
Análise comparativa - Mostrengo e AdamastorMarisa Ferreira
 
Novo 11 f_texto[teste3]
Novo 11 f_texto[teste3]Novo 11 f_texto[teste3]
Novo 11 f_texto[teste3]omeireles
 
Alberto caeiro eu nunca guardei rebanhos- análise
Alberto caeiro   eu nunca guardei rebanhos- análiseAlberto caeiro   eu nunca guardei rebanhos- análise
Alberto caeiro eu nunca guardei rebanhos- análiseAnabela Fernandes
 
Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Lurdes Augusto
 
Resumo por Capítulos Amor de Perdição
Resumo por Capítulos Amor de PerdiçãoResumo por Capítulos Amor de Perdição
Resumo por Capítulos Amor de PerdiçãoAlexandre R
 
Filosofia 10ºano 1ºperiodo (resumos)
Filosofia 10ºano 1ºperiodo (resumos)Filosofia 10ºano 1ºperiodo (resumos)
Filosofia 10ºano 1ºperiodo (resumos)Mariana Monteiro
 
Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel TorgaGabriela
 
Conjunções e Locuções Conjuncionais
Conjunções e Locuções ConjuncionaisConjunções e Locuções Conjuncionais
Conjunções e Locuções ConjuncionaisRosalina Simão Nunes
 
Simbolos químicos, unidades estruturais e iões cópia
Simbolos químicos, unidades estruturais e iões   cópiaSimbolos químicos, unidades estruturais e iões   cópia
Simbolos químicos, unidades estruturais e iões cópiaPaula Pinto
 
Rochas sedimentares classificação biogénicas
Rochas sedimentares  classificação biogénicasRochas sedimentares  classificação biogénicas
Rochas sedimentares classificação biogénicasIsabel Lopes
 
Poema Liberdade, de Fernando Pessoa
Poema Liberdade, de Fernando PessoaPoema Liberdade, de Fernando Pessoa
Poema Liberdade, de Fernando PessoaDina Baptista
 
Maias Episódio Corrida no Hipódromo
Maias Episódio Corrida no HipódromoMaias Episódio Corrida no Hipódromo
Maias Episódio Corrida no HipódromoPedro Oliveira
 
Exercícios de aplicação Geologia 10 ano
Exercícios de aplicação Geologia 10 anoExercícios de aplicação Geologia 10 ano
Exercícios de aplicação Geologia 10 anoCatir
 
Os Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IVOs Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IVDina Baptista
 
Conjunções e locuções conjuncionais (orações)
Conjunções e locuções conjuncionais (orações) Conjunções e locuções conjuncionais (orações)
Conjunções e locuções conjuncionais (orações) Pework
 
Nomes Comuns Coletivos
Nomes Comuns ColetivosNomes Comuns Coletivos
Nomes Comuns Coletivosvera martins
 

Was ist angesagt? (20)

Tabela de iões
Tabela de iõesTabela de iões
Tabela de iões
 
Mensagem - Antemanhã
Mensagem - AntemanhãMensagem - Antemanhã
Mensagem - Antemanhã
 
Corrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os MaiasCorrida De Cavalos - Os Maias
Corrida De Cavalos - Os Maias
 
poema bucólica
poema bucólicapoema bucólica
poema bucólica
 
Análise comparativa - Mostrengo e Adamastor
Análise comparativa - Mostrengo e AdamastorAnálise comparativa - Mostrengo e Adamastor
Análise comparativa - Mostrengo e Adamastor
 
Novo 11 f_texto[teste3]
Novo 11 f_texto[teste3]Novo 11 f_texto[teste3]
Novo 11 f_texto[teste3]
 
Alberto caeiro eu nunca guardei rebanhos- análise
Alberto caeiro   eu nunca guardei rebanhos- análiseAlberto caeiro   eu nunca guardei rebanhos- análise
Alberto caeiro eu nunca guardei rebanhos- análise
 
Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca Literatura trovadoresca
Literatura trovadoresca
 
Resumo por Capítulos Amor de Perdição
Resumo por Capítulos Amor de PerdiçãoResumo por Capítulos Amor de Perdição
Resumo por Capítulos Amor de Perdição
 
Filosofia 10ºano 1ºperiodo (resumos)
Filosofia 10ºano 1ºperiodo (resumos)Filosofia 10ºano 1ºperiodo (resumos)
Filosofia 10ºano 1ºperiodo (resumos)
 
Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel Torga
 
Conjunções e Locuções Conjuncionais
Conjunções e Locuções ConjuncionaisConjunções e Locuções Conjuncionais
Conjunções e Locuções Conjuncionais
 
Simbolos químicos, unidades estruturais e iões cópia
Simbolos químicos, unidades estruturais e iões   cópiaSimbolos químicos, unidades estruturais e iões   cópia
Simbolos químicos, unidades estruturais e iões cópia
 
Rochas sedimentares classificação biogénicas
Rochas sedimentares  classificação biogénicasRochas sedimentares  classificação biogénicas
Rochas sedimentares classificação biogénicas
 
Poema Liberdade, de Fernando Pessoa
Poema Liberdade, de Fernando PessoaPoema Liberdade, de Fernando Pessoa
Poema Liberdade, de Fernando Pessoa
 
Maias Episódio Corrida no Hipódromo
Maias Episódio Corrida no HipódromoMaias Episódio Corrida no Hipódromo
Maias Episódio Corrida no Hipódromo
 
Exercícios de aplicação Geologia 10 ano
Exercícios de aplicação Geologia 10 anoExercícios de aplicação Geologia 10 ano
Exercícios de aplicação Geologia 10 ano
 
Os Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IVOs Maias, capítulos I a IV
Os Maias, capítulos I a IV
 
Conjunções e locuções conjuncionais (orações)
Conjunções e locuções conjuncionais (orações) Conjunções e locuções conjuncionais (orações)
Conjunções e locuções conjuncionais (orações)
 
Nomes Comuns Coletivos
Nomes Comuns ColetivosNomes Comuns Coletivos
Nomes Comuns Coletivos
 

Andere mochten auch

Literatura portuguesa
Literatura portuguesaLiteratura portuguesa
Literatura portuguesacassab96
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismorafabebum
 
Pobreza, questão social, e seu enfrentamento
Pobreza, questão social, e seu enfrentamentoPobreza, questão social, e seu enfrentamento
Pobreza, questão social, e seu enfrentamentoRosane Domingues
 
Análise de poemas de Fernando Pessoa
Análise de poemas de Fernando PessoaAnálise de poemas de Fernando Pessoa
Análise de poemas de Fernando PessoaMargarida Rodrigues
 

Andere mochten auch (6)

Literatura portuguesa
Literatura portuguesaLiteratura portuguesa
Literatura portuguesa
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Cantigas de amigo
Cantigas de amigoCantigas de amigo
Cantigas de amigo
 
Pobreza, questão social, e seu enfrentamento
Pobreza, questão social, e seu enfrentamentoPobreza, questão social, e seu enfrentamento
Pobreza, questão social, e seu enfrentamento
 
Análise de poemas de Fernando Pessoa
Análise de poemas de Fernando PessoaAnálise de poemas de Fernando Pessoa
Análise de poemas de Fernando Pessoa
 
As cantigas de amigo
As cantigas de amigoAs cantigas de amigo
As cantigas de amigo
 

Ähnlich wie Análise literária: poema português x poema contemporâneo

Questoes literatura prof. carlos alexandre(reformado por aluno felipe)‏
Questoes literatura   prof. carlos alexandre(reformado por aluno felipe)‏Questoes literatura   prof. carlos alexandre(reformado por aluno felipe)‏
Questoes literatura prof. carlos alexandre(reformado por aluno felipe)‏tamandarealfamanha
 
Exercícios sobre gêneros literários
Exercícios sobre gêneros literáriosExercícios sobre gêneros literários
Exercícios sobre gêneros literáriosma.no.el.ne.ves
 
O PARALELISMO COMO RECURSO ESTILÍSTICO DAS CANTIGAS DE MARTIM CODAX
O PARALELISMO COMO RECURSO ESTILÍSTICO DAS CANTIGAS DE MARTIM CODAXO PARALELISMO COMO RECURSO ESTILÍSTICO DAS CANTIGAS DE MARTIM CODAX
O PARALELISMO COMO RECURSO ESTILÍSTICO DAS CANTIGAS DE MARTIM CODAXAndriane Cursino
 
Poesia e poema
Poesia e poemaPoesia e poema
Poesia e poemaionasilva
 
Poesia e poema
Poesia e poemaPoesia e poema
Poesia e poemaionasilva
 
Revisando o romantismo, 05
Revisando o romantismo, 05Revisando o romantismo, 05
Revisando o romantismo, 05ma.no.el.ne.ves
 
TROVADORISMO EM PORTUGAL MOVIMENTO LITERÁRIO DO SÉCULO XII
TROVADORISMO EM PORTUGAL MOVIMENTO LITERÁRIO DO SÉCULO XIITROVADORISMO EM PORTUGAL MOVIMENTO LITERÁRIO DO SÉCULO XII
TROVADORISMO EM PORTUGAL MOVIMENTO LITERÁRIO DO SÉCULO XIIpatriciasofiacunha18
 
Tipos De Poesias
Tipos De PoesiasTipos De Poesias
Tipos De Poesiasklauddia
 

Ähnlich wie Análise literária: poema português x poema contemporâneo (20)

Questoes literatura prof. carlos alexandre(reformado por aluno felipe)‏
Questoes literatura   prof. carlos alexandre(reformado por aluno felipe)‏Questoes literatura   prof. carlos alexandre(reformado por aluno felipe)‏
Questoes literatura prof. carlos alexandre(reformado por aluno felipe)‏
 
Exercícios sobre gêneros literários
Exercícios sobre gêneros literáriosExercícios sobre gêneros literários
Exercícios sobre gêneros literários
 
1 ano prof karol
1 ano prof karol1 ano prof karol
1 ano prof karol
 
O PARALELISMO COMO RECURSO ESTILÍSTICO DAS CANTIGAS DE MARTIM CODAX
O PARALELISMO COMO RECURSO ESTILÍSTICO DAS CANTIGAS DE MARTIM CODAXO PARALELISMO COMO RECURSO ESTILÍSTICO DAS CANTIGAS DE MARTIM CODAX
O PARALELISMO COMO RECURSO ESTILÍSTICO DAS CANTIGAS DE MARTIM CODAX
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
eletiva 25_09 (1).pdf
eletiva 25_09 (1).pdfeletiva 25_09 (1).pdf
eletiva 25_09 (1).pdf
 
Cantigas de amigo
Cantigas de amigoCantigas de amigo
Cantigas de amigo
 
Trovadorismo1
Trovadorismo1Trovadorismo1
Trovadorismo1
 
Trovadorismo1
Trovadorismo1Trovadorismo1
Trovadorismo1
 
Trovadorismo1
Trovadorismo1Trovadorismo1
Trovadorismo1
 
Poesia e poema
Poesia e poemaPoesia e poema
Poesia e poema
 
Poesia e poema
Poesia e poemaPoesia e poema
Poesia e poema
 
Revisando o romantismo, 05
Revisando o romantismo, 05Revisando o romantismo, 05
Revisando o romantismo, 05
 
TROVADORISMO EM PORTUGAL MOVIMENTO LITERÁRIO DO SÉCULO XII
TROVADORISMO EM PORTUGAL MOVIMENTO LITERÁRIO DO SÉCULO XIITROVADORISMO EM PORTUGAL MOVIMENTO LITERÁRIO DO SÉCULO XII
TROVADORISMO EM PORTUGAL MOVIMENTO LITERÁRIO DO SÉCULO XII
 
literatura_trovadorismo.ppt
literatura_trovadorismo.pptliteratura_trovadorismo.ppt
literatura_trovadorismo.ppt
 
literatura_trovadorismo.ppt
literatura_trovadorismo.pptliteratura_trovadorismo.ppt
literatura_trovadorismo.ppt
 
Cantigas de amigos
Cantigas de amigosCantigas de amigos
Cantigas de amigos
 
Tipos De Poesias
Tipos De PoesiasTipos De Poesias
Tipos De Poesias
 
394643093-1-Teste-2-Cantigas-2.pdf
394643093-1-Teste-2-Cantigas-2.pdf394643093-1-Teste-2-Cantigas-2.pdf
394643093-1-Teste-2-Cantigas-2.pdf
 
Martim Codax - Ondas do mar de Vigo.pptx
Martim Codax - Ondas do mar de Vigo.pptxMartim Codax - Ondas do mar de Vigo.pptx
Martim Codax - Ondas do mar de Vigo.pptx
 

Mehr von Ana Polo

Direct and indirect speech through Literature in English
Direct and indirect speech through Literature in EnglishDirect and indirect speech through Literature in English
Direct and indirect speech through Literature in EnglishAna Polo
 
Pós modernidade
Pós modernidadePós modernidade
Pós modernidadeAna Polo
 
Plano de aula "Dom Casmurro"
Plano de aula "Dom Casmurro" Plano de aula "Dom Casmurro"
Plano de aula "Dom Casmurro" Ana Polo
 
Libertação em "Poética", de Manuel Bandeira
Libertação em "Poética", de Manuel BandeiraLibertação em "Poética", de Manuel Bandeira
Libertação em "Poética", de Manuel BandeiraAna Polo
 
Análise de imagens - Semiótica Social Visual
Análise de imagens - Semiótica Social VisualAnálise de imagens - Semiótica Social Visual
Análise de imagens - Semiótica Social VisualAna Polo
 
Análise da Revista Tititi para a disciplina de Morfossintaxe
Análise da Revista Tititi para a disciplina de MorfossintaxeAnálise da Revista Tititi para a disciplina de Morfossintaxe
Análise da Revista Tititi para a disciplina de MorfossintaxeAna Polo
 
PLANO DE AULA Fome Come LP/Artes
PLANO DE AULA Fome Come LP/ArtesPLANO DE AULA Fome Come LP/Artes
PLANO DE AULA Fome Come LP/ArtesAna Polo
 
Análise do conto Um Apólogo
Análise do conto Um ApólogoAnálise do conto Um Apólogo
Análise do conto Um ApólogoAna Polo
 
Análise das categorias de Atos de Fala
Análise das categorias de Atos de FalaAnálise das categorias de Atos de Fala
Análise das categorias de Atos de FalaAna Polo
 
Trabalho de Análise Literária - Teoria Literária - Segundo Semestre
Trabalho de Análise Literária - Teoria Literária - Segundo SemestreTrabalho de Análise Literária - Teoria Literária - Segundo Semestre
Trabalho de Análise Literária - Teoria Literária - Segundo SemestreAna Polo
 
Trabalho Prática de Ensino Maio13
Trabalho Prática de Ensino Maio13Trabalho Prática de Ensino Maio13
Trabalho Prática de Ensino Maio13Ana Polo
 
Trabalho de Análise da Conversação - Teorias do Texto
Trabalho de Análise da Conversação - Teorias do TextoTrabalho de Análise da Conversação - Teorias do Texto
Trabalho de Análise da Conversação - Teorias do TextoAna Polo
 

Mehr von Ana Polo (12)

Direct and indirect speech through Literature in English
Direct and indirect speech through Literature in EnglishDirect and indirect speech through Literature in English
Direct and indirect speech through Literature in English
 
Pós modernidade
Pós modernidadePós modernidade
Pós modernidade
 
Plano de aula "Dom Casmurro"
Plano de aula "Dom Casmurro" Plano de aula "Dom Casmurro"
Plano de aula "Dom Casmurro"
 
Libertação em "Poética", de Manuel Bandeira
Libertação em "Poética", de Manuel BandeiraLibertação em "Poética", de Manuel Bandeira
Libertação em "Poética", de Manuel Bandeira
 
Análise de imagens - Semiótica Social Visual
Análise de imagens - Semiótica Social VisualAnálise de imagens - Semiótica Social Visual
Análise de imagens - Semiótica Social Visual
 
Análise da Revista Tititi para a disciplina de Morfossintaxe
Análise da Revista Tititi para a disciplina de MorfossintaxeAnálise da Revista Tititi para a disciplina de Morfossintaxe
Análise da Revista Tititi para a disciplina de Morfossintaxe
 
PLANO DE AULA Fome Come LP/Artes
PLANO DE AULA Fome Come LP/ArtesPLANO DE AULA Fome Come LP/Artes
PLANO DE AULA Fome Come LP/Artes
 
Análise do conto Um Apólogo
Análise do conto Um ApólogoAnálise do conto Um Apólogo
Análise do conto Um Apólogo
 
Análise das categorias de Atos de Fala
Análise das categorias de Atos de FalaAnálise das categorias de Atos de Fala
Análise das categorias de Atos de Fala
 
Trabalho de Análise Literária - Teoria Literária - Segundo Semestre
Trabalho de Análise Literária - Teoria Literária - Segundo SemestreTrabalho de Análise Literária - Teoria Literária - Segundo Semestre
Trabalho de Análise Literária - Teoria Literária - Segundo Semestre
 
Trabalho Prática de Ensino Maio13
Trabalho Prática de Ensino Maio13Trabalho Prática de Ensino Maio13
Trabalho Prática de Ensino Maio13
 
Trabalho de Análise da Conversação - Teorias do Texto
Trabalho de Análise da Conversação - Teorias do TextoTrabalho de Análise da Conversação - Teorias do Texto
Trabalho de Análise da Conversação - Teorias do Texto
 

Kürzlich hochgeladen

A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 

Kürzlich hochgeladen (20)

XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 

Análise literária: poema português x poema contemporâneo

  • 1. ANÁLISE LITERÁRIA: POEMA PORTUGUÊS X POEMA CONTEMPORÂNEO Ana Carolina Polo da Cruz Felício - R.A B621EE-4 Camila Cristina Pereira da Silva - R.A B88711-7 Dea Dilma Correa de Souza - R.A B804AB-8 Patrícia Carreira de Carvalho - R.A B87DBI-1 Thabata Paganotti da Costa - R.A B88GEJ-6 Resumo Este artigo tem como objetivo realizar a análise literária entre dois textos de épocas diferentes: a música Anos Dourados, de Tom Jobim e Chico Buarque, e a cantiga Ondas do Mar de Vigo, de Martin Codax. Palavras-chave: Análise literária, contexto histórico. Abstract This article aims to conduct literary analysis between two texts from different eras: the Golden Years music by Tom Jobim and Chico Buarque, and the ditty Ondas do Mar de Vigo, Martin Codax. Keywords: literary analysis, historical context. Introdução Analisaremos aspectos estéticos e o contexto histórico-social para melhor compreensão da análise como um todo. Também faremos uso de métodos aprendidos em Teoria Literária, como identificar diferenças e semelhanças, verificar se há rimas e como classificá-las, compreender a estrutura dos textos e se seguem os modelos adotados da época em que foram escritos. 1. ESTÉTICA DE ANOS DOURADOS - CHICO BUARQUE/TOM JOBIM A história da letra musical que iremos analisar em nosso trabalho é um tanto quanto curiosa. Anos Dourados, na voz de Chico Buarque, foi uma encomenda que a TV Globo fez ao compositor Tom Jobim para criar a trilha sonora de abertura da minissérie “Anos Dourados”, exibida pela primeira vez em 1986. Logo que recebeu o pedido, Tom pediu ao seu amigo que escrevesse a letra enquanto ele estaria ocupado compondo a música. No entanto, Chico não conseguiu escrevê-la a tempo e a abertura da minissérie ficou apenas com a melodia composta pelo Tom. Somente em 1987 que a música foi gravada pela UNIVERSAL. A respeito de seu atraso, Chico disse na época que não estava atrasado, mas a minissérie que fora precipitada. Observe abaixo a letra de Anos Dourados:
  • 2. 2 Parece que dizes, Te amo, Maria Na fotografia Estamos felizes Te ligo afobada E deixo confissões no gravador Vai ser engraçado Se tens um novo amor. Me vejo a teu lado Te amo? Não lembro Parece dezembro De um ano dourado Parece bolero Te quero, te quero Dizer que não quero Teus beijos nunca mais Teus beijos nunca mais Não sei se eu ainda Te esqueço de fato No nosso retrato Pareço tão linda Te ligo ofegante E digo confusões no gravador É desconcertante Rever o grande amor Meus olhos molhados Insanos dezembros Mas quando eu me lembro São anos dourados Ainda te quero Bolero, nossos versos são banais Mas como eu espero Teus beijos nunca mais Teus beijos nunca mais. A música, assim como na cantiga de amigo, relata os desabafos de uma mulher angustiada pelo seu grande amor. Podemos perceber que o eu-lírico já não tem certeza sobre os sentimentos de seu amado e para ela, a paixão chegou ao fim – “Vai ser engraçado/Se tens um novo amor/Me vejo a teu lado/Te amo?/Não lembro”. Ela está falando diretamente com ele, dizendo que ainda o quer e recordando dos momentos que passaram juntos – “Parece que dizes,/Te amo, Maria/Na fotografia Estamos felizes”. Mas sabe que no fim, a história deles acabou – “Teus beijos nunca mais”. As rimas que compõem a música dão um toque especial no bolero e o modo como foram organizadas, confirma a ideia de que é um desabafo, pois os versos são curtos, como se o eu-lírico estivesse hesitante em contar a sua história. Observe abaixo:
  • 3. 3 Parece que dizes, (A) Te amo, Maria (B) Na fotografia (B) Estamos felizes (A) Te ligo afobada (C) E deixo confissões no gravador (D) Vai ser engraçado (E) Se tens um novo amor. (D) Me vejo a teu lado (E) Te amo? (F) Não lembro (G) Parece dezembro (G) De um ano dourado (E) Parece bolero (H) Te quero, te quero (H) Dizer que não quero (H) Teus beijos nunca mais (I) Teus beijos nunca mais (I) Não sei se eu ainda (J) Te esqueço de fato (K) No nosso retrato (K) Pareço tão linda (J) Te ligo ofegante (L) E digo confusões no gravador (M) É desconcertante (L) Rever o grande amor (M) Meus olhos molhados (N) Insanos dezembros (G) Mas quando eu me lembro (G) São anos dourados (N) Ainda te quero (H) Bolero, nossos versos são banais (I) Mas como eu espero (H) Teus beijos nunca mais (I) Teus beijos nunca mais. (I) Ao todo, podemos classificar quatorze rimas em todas as estrofes da música. As rimas variam, porque os sentimentos do eu-lírico também sofrem essa mudança. Não há certezas sobre o rumo que sua vida irá tomar agora que está sem seu grande amor. As rimas seguem pausadamente durante a música e se alternando, como podemos ilustrar em – “Parece que dizes, (A)/Te amo, Maria (B)/Na fotografia (B)/Estamos felizes (A)” e “Te ligo ofegante (L)/E digo confusões no gravador (M)/É desconcertante (L)/Rever o grande amor (M)”. 2. ESTÉTICA DE ONDAS DO MAR DE VIGO - MARTIM CODAX No século XII, em plena Idade Média, Portugal teve a sua primeira manifestação literária, conhecida como Trovadorismo e representada por poetas líricos que compunham versos e os adequavam às melodias, formando assim, as famosas cantigas.
  • 4. 4 A cantiga de amigo “Ondas de Mar de Vigo” foi escrita por Martin Codax, é um dos poucos exemplos de poesia trovadoresca subordinada a ritmo poético e a melodia, ganhando vida através do canto e do gesto. Martin Codax (meados do século XIII, ínicio do século XIV) foi um galego, pouco se conhece da sua biografia, a começar pela sua origem, o mais provavel é que seja no municipio do Vigo, onde ele cita em varios de seus poemas. Com apenas cantigas de amigos Codax é o mais publicado e estudado galego-português do século XIII. Seus textos foram os únicos acompanhados com notações musicais, é em 1914 foi encontrado um manuscrito conhecido como “Pergaminho Vindel”. Vigo é um município da Espanha na província de Pontevedra (Capital da província). Durante a Idade Média, a igreja dominou a sociedade galega, Vigo dependeu durante muitos anos do mosteiro cisterciense de Melón. Esta cantiga representa o eu-lírico feminino, mas com um a voz masculina, a cantiga de amigo tem como principal característica a mulher esperando seu amado que foi para guerra, por exemplo, porem na cantiga “Ondas do Mar de Vigo” mostra também o sofrimento da mulher que espera ansiosa a volta de seu amado. A cantiga foi escrita no trovadorismo o primeiro movimento literário Português, na mesma época que o feudalismo, havendo grande influencia da cultura teocêntrica, eram escritas e cantadas no galego-português, às cantigas eram popular por isso eram ambientadas em lugares simples como campos igrejas e no caso da cantiga ondas do mar de vigo, em vigo que é um município. A poesia era escrita não para ler lida, mas sim para ser cantada por isso a estrutura paralelística que é basicamente repedir as mesmas palavras para poder gravar é um efeito hipnótico, e geralmente acompanhado com instrumentos musicais, por isso o nome cantiga. Observe abaixo a letra de Ondas do Mar de Vigo Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo? e ai Deus, se verrá cedo? Ondas do mar levado, se vistes meu amado? e ai Deus, se verrá cedo? Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro? e ai Deus, se verrá cedo? Se vistes meu amado, o por que hei gram coidado? e ai Deus, se verrá cedo?
  • 5. 5 Na cantiga, o eu-lírico é representado por uma mulher humilde e ingênua, apaixonada por alguém que está longe dela e anseia por sua volta – “se vistes meu amigo?/e ai Deus, se verrá cedo?”. Desconsolada, a mulher fala ao mar de Vigo sobre esse amor e pergunta ao mar se ele o viu. A natureza torna-se a sua confidente, por quem a moça dirige as suas palavras e os seus anseios como se fosse uma mãe ou uma amiga próxima – “Ondas do mar de Vigo,/se vistes meu amigo?”. Também podemos fazer algumas relações entre a natureza e a moça que está a procura de seu amado. As ondas podem refletir o que a donzela está sentindo, como se fossem o seu estado de espírito e o mar, representa a distância que existe entre ela e o seu amado. O mar não é apenas o seu confidente como também é a representação do seu amor. É interessante ressaltar, que a cantiga de amigo possui refrãos e sua estrutura é paralelística, como podemos observar a seguir: Ondas do mar de Vigo, (A) se vistes meu amigo?(A) e ai Deus, se verrá cedo?(REFRÃO) Ondas do mar levado,(B) se vistes meu amado?(B) e ai Deus, se verrá cedo?(REFRÃO) Se vistes meu amigo,(A) o por que eu sospiro?(A) e ai Deus, se verrá cedo?(REFRÃO) Se vistes meu amado,(B) o por que hei gram coidado?(B) e ai Deus, se verrá cedo?(REFRÃO) A estrutura paralelística causa um efeito encantatório na poesia, quase hipnótico. São os refrãos da cantiga que tornam a lírica dançante, assim como as rimas alternadas e A e B nas doze estrofes da cantiga. Conclusão Verificamos neste artigo a comparação de dois poemas de épocas diferentes, um datado do momento histórico Trovadorismo, onde uma de suas características é a cantiga de amigo, aqui tratada, que mostram de forma geral a relação de amizade entre duas pessoas, onde o trovador assume o papel de uma mulher triste que canta o infortúnio de não ter seu amor correspondido. Uma outra característica desse poema, fala sobre a ausência do amor bem educado, como os da corte portuguesa, mas sobre a desesperança de mulheres que perderam seus maridos para a guerra. O outro poema é datado de uma época mais atual, a contemporânea, que procura romper com a tradição do passado na busca constante pela
  • 6. 6 personalidade/originalidade na escrita criativa, utilizando uma linguagem verbal com mais liberdade, evitando o apego das regras gramaticas. Apesar das diferenças os dois poemas falam sobre amor, amizade e comportamento, porém com o estilo predominante em cada período. Referências bibliográficas http://cantigas.fcsh.unl.pt/versoesmusicais.asp?cdcant=1308&vm1=38&vm2=45&vm4=114& vm5=236&vm6=287&vm7=305&vm8=322&vm9=346&vm10=373 acessado no dia 10/05/2014. http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/trovadorismo---poesia-cantigas-de-amor-de- amigo-e-de-escarnio-e-maldizer.htm acessado no dia 10/05/2014. http://www.brasilescola.com/literatura/trovadorismo.htm - 10/05/2014 http://portrasdaletra.blogspot.com.br/2010/03/anos-dourados.html - acessado no dia 11/05/2014. http://www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/antonio-carlos-jobim/anos-dourados/883244 - acessado no dia 11/05/2014. http://canalviva.globo.com/programas/vivapedia/materias/saiba-tudo-sobre-a-minisserie-anos- dourados.html - acessado no dia 11/05/2014.