Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Folclore brasileiro: mitos, lendas e tradições populares
1. História 63
FOLCLORE
Para crianças e jovens de todas idades
Palavra de origem Inglesa
FOLCK= POVO
LORE = CIÊNCIA
Logo = Ciência do povo
Comemorado em Agosto no dia 17.
No folclore, entreve-se as raízes de um povo. É o conjunto de tradições, conhecimentos e
crenças populares expressas em provérbios, costumes, lendas, festas, canções e danças.
etc....
Considera-se fato folclórico toda maneira de sentir, pensar e agir que constitui uma
expressão de experiência peculiar de vida de uma coletividade humana integrada numa
sociedade civilizada. No Brasil em cada lugar, o povo canta, dança, e contam as suas histórias
que remontam de um passado glorioso. Existem os mitos, as lendas, as festas, as músicas e as
danças folclóricas.
MITOS E LENDAS
São histórias antigas que o povo conta, mas que não são reais, isto é, não existem
verdadeiramente estes personagens. Existem somente como histórias.
SASI
Assim é a sua história: Um negrinho de uma
perna só, capuz vermelho na cabeça, e que segundo
alguns, usa um cachimbo. Não é maldoso. Só gosta
de fazer travessuras, como por exemplo, dar nó no
abo dos cavalos. É muito popular em todas as regiões
do Brasil, onda o caipira muitas vezes o invoca para
encontrar objetos ou animais perdidos.
MÃE DÁGUA OU IARA
Crendice popular de todas as regiões
brasileiras.
No sul habita as lagoas tranqüilas, mas atrai os
pescadores para seus domínios, Aparece nas águas
como uma flor que canta e aos poucos vai-se
tornando uma bela moça, que enfeitiça com sua voz e
sua beleza.
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2. NEGRINHO DO PASTOREIO
Lenda popular do Rio Grande do Sul. É a estória do
pobre negrinho escravo, sacrificado pelo seu malvado senhor,
porque não encontrou um petiço, (cavalinho) que se desgarrara
da manada. Depois de açoitado, foi abandonado e no dia
seguinte achado ao lado de Nossa Senhora que o levou para o
céu. É invocado pelos campeiros, para auxilio, na busca de
animais perdidos.
A COBRA GRANDE
A lenda do indiozinho que a noite era curumim
(criança indígena) e ficava com a mãe. Durante o dia
sumia no mato e se transformava em grande cobra.
Cresceu como belo moço durante a noite e durante o
dia transformava-se em monstruosa serpente. Foi
salvo por um seu amigo, que escondido as margens
do Tocantins, atacou a serpente com um golpe na
cabeça e algumas gotas de leite de mulher, também
na cabeça.
O encanto se desfez.
A cobra desapareceu e no seu lugar, surgiu o
belo índio, que nunca mais voltou a ser serpente.
O UIRAPURU
Lenda do pássaro da voz mais melodiosa da
mata. Conta a história que um belo índio, disputado
por todas as jovens da tribo, foi morto por seu rival.
Mas como que por encanto, o corpo desapareceu,
transformado num pássaro invisível. Desse dia em
diante, apaixonadas e saudosas as índias ouviam
apenas um canto maravilhoso, povoando de
harmonias os ermos da floresta, mas que afastava-se
sempre que elas o perseguiam. Era o belo índio que
haviam perdido para sempre, encantado no pássaro
da voz mais melodiosa da mata. Era o Uirapuru.
COMO SURGIU A NOITE
Outra lenda indígena.
Conta-se que no principio a noite estava escondida no fundo das águas. Era sempre dia.
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3. A filha do cacique, queria se casar, mas como festejar o casamento, iluminando a floresta
com fogueiras se o sol brilhava sempre? É só mandar buscar a (noite) no fundo do rio.
O noivo chamou 3 índios e ordenou: Tragam do rio, um caroço de tucumã Tragam com cuidado.
Se o abrirem, muita coisa pode acontecer.
Mas a curiosidade foi maior. Derreteram o breu que fechava o coco e tudo escureceu
subitamente Soltaram a noite. A festa do casamento foi bonita. Cheia de fogueiras.
Mas lá pelas tantas, a noiva viu a estrela dálva, e resolveu fazer a madrugada. Separou a
noite do dia. Depois enrolou uns fios e disse: Serás o pássaro cujubim. Pintou-lhe a cabeça de
branco com tabatinaga, as penas de vermelho uruçu e e mandou: Cante sempre ao raiar do dia.
Fez outro novelinho e polvilhou-o com cinzas e ordenou desta vez: Serás o pássaro
inambu e cantaras durante a noite. E os 3 desobedientes, ao chegar tiveram o seu castigo.
Transformaram-se em macacos, e pior ainda, ficaram com a cara preta, pois o breu derretido
sujou os 3 quando abriram o coco de tucomã.
Existem muitas lendas, mas escolhemos estas para contar.
FESTAS, MÚSICA, CANÇA, COSTUMES, PROVÉRBIOS, INSTRUMENTOS MUSICAIS E
ARTESANATO EM DIVERSAS REIÕES BRASILEIRAS
O nosso folclore tem sua origem nas raízes de três
raças. O índio, o negro, e o português. Em cada região de
nosso imenso país existe uma tradição e por conseguinte, uma
maneira de expressão, seja nos costumes ou nas artes. É a
ciência do povo, (folclore).
E a "voz do povo, é a voz de Deus".
O nosso pais tem a forma de um grande coração, onde
habita um povo generoso. No dizer de Humberto de Campos, o
Brasil é o Coração do mundo, Pátria do Evangelho.
Existem inúmeras festas com danças típicas, entre elas a
festa do Divino, trazida pelos portugueses.
Caruru a mais antiga e brasileira de todas as danças
populares.
Dança de São Gonçalo, também trazida pelos
portugueses.
Gongada, bailado dramático, de criação Jesuítica, que aproveitava o gosto que os
escravos tinham pela dança, para difundir e propagar os princípios religiosos, afastando os
negros de sua prática pagã.
Moçambique, Caípó, Terno de Zabumba, Reisado, Guerreiro, Maracatu.
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4. Mas as festas juninas, trazidas pelos
portugueses, alcançaram maior brilho em todo o
Brasil.
Festejando Santo Antônio, São João e São
Pedro.
Juntamente com as festas juninas, veio o Leilão
de prendas.
Em muitas cidades, a festa tem caráter oficial e
conta com a colaboração das autoridades municipais.
É escolhido por sorteio uma personalidade, de alto
conceito na comunidade.
Há um deslumbrante foguetório, atração máxima da festa. No largo da Igreja, ponto da
comunicação popular, existem as barraquinhas das prendas que vai desde os frangos assados,
doces, frutas, bolos, artigos de artesanatos, até caixinhas de surpresas. O leiloeiro figura central
é indispensável, pois diverte os circunstantes com sua arenga pitoresca, entremeada de ditos
chistosos, mantendo o maior lucro possível em benefício da Igreja e suas obras de assistência.
TIRANA
Festejada dança do Rio Grande Do Sul. Há
grande variedade de Tiranas que se dança com
batidas de palmas e de pés, esporas e troca de pares,
numa coreografia harmoniosa e vistosa, ao som de
violas e acordeões.
VILÃO DO LENÇO
Tipo de dança encontrada em São Paulo e
Goivas, originária de Portugal. Vilão, significa,o
habitante da vila. É dança de salão, acompanhada de
violas, executada em duas fileira de pares que se
defrontam, formando um arco, segurando lenços
esticados.
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5. CATERETÊ
Também chamada CATIRA, segundo alguns de
origem indígena derivada do Tupi (Cateram-etê)
Conta-se que o padre Anchieta, teria aproveitado uma
dança indígena- o CATERETÊ Para o seu trabalho de
catequizar os curumins. Muito apreciada na zona
rural...
BUMBA MEU BOI
O Boi- Bumba é um folguedo popular no Norte e
Nordeste do ciclo do Natal, mas que também se
apresenta no Carnaval. Não tem coreografia própria e
a dança se executa de acordo com as circunstâncias,
ao ritmo da batucada. A figura central é o Boi de
papelão colorido e ricamente vestido conduzido por
um folião, ao redor do qual se desenvolve a dança.
INSTRUMENTOS MUSICAIS
De origem Indígena, Africana e Portuguesa. Os
instrumentos musicais, principalmente os de
percussão e ritmos são confeccionados pelos próprios
sertanejos. Notável é o Pife flauta de taquara, de sete
furos, que alguns nordestinos manejam com maestria.
A viola descende da guitarra portuguesa. Pandeiro
Atabaque, Tambor, Tamborim, Zabumba, Ganzá,
Cuíca, Agogô, Reco- reco, Berimbau.
ARTESANATO
Em muitas regiões do nordeste. No centro e no
Sul, Há confecção de cerâmica utilitária. O que se
constitui em uma industria caseira. São as mulheres
que colaboram na despesa do lar, ajudando o marido
que se ocupa dos trabalhos da lavoura. Usam a
técnica primária dos índios, levantando as peças de
barro com as mãos, até formar os potes, moringas,
vasos e panelas estatuetas que são queimadas no
forno. As cerâmicas feitas na roda são as mais
perfeitas. Famosas são as cerâmicas de Carrapicho e
Traipu, que ocupa toda a população das margens do
Rio São Francisco.
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6. MÚSICAS FOLCLÓRICAS
I.
BRASIL, meu Brasil brasileiro,
Meu mulato isoneiro,
Vou cantar-te nos meus versos
II
Não há ó gente ó não luar
Como esse do sertão.
A lua nasce por detrás
Da verde mata
Mais parece um sol de prata
Iluminando o meu sertão
III
E fonte a cantar
Chuá....Chuá.....
E as água a correr
Chuê.....Chuê.......
Parece que alguém
Tão cheio de magoa
Deixar-se quem há
De dizer a saudade
No meio das águas rolando também.
IV
Ole mulhé rendeira
Ole mulhé renda
Tu me ensina a faze renda
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7. Que eu te ensino a namorá.
V
OH! mana deixa eu ir
Ho! mana eu vou só
Ho! Mana deixa eu ir
Para o sertão do Caicó
VI
Ele não sabe que seu dia é hoje
O céu forrado de veludo azul marinho
Veio ver devagarinho
Onde o boi ia dançar
Ele pediu prá não faze muito ruído
Que o santinho distraído
Foi dormir sem se lembrar.
VII
Vou trabalhar lá em Macau
Que tem salinas
A dar com pau
E para lá eu levarei
A moreninha que eu sempre amei.
VIII
Fiz a cama na varanda
Me esqueci do cobertor
Deu o vento na roseira
Mês cuidados me cobriu toda de flor.
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8. IX
Este São Paulo è colosso
Tem cafezais e algodão
Suas Industrias assombram
É a maior da nação.
X
Vou-me embora prenda minha
Tenho muito o que fazer
Tenho que ir para o rodeio
Prenda minha
No campo do bem querer.
XI
Meu limão meu limoeiro
Meu pé de jacarandá
Uma vez tindo lele.
Outra vez tindo lalá.
XII
Negrinho do pastoreio
Acendo esta vela pra ti
E peço que me devolva
A querência que eu perdi
Negrinho do pastoreio
Traz a mim o meu rincão
Eu te ascendo esta velinha
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9. Nela está meu coração
XIII
Minha jangada de vela
Que vento queres levar
De dia é vento de terra
De noite é vento do mar
Minha jangada de vela
Que vento queres levar
De dia é vento de terra
De noite é vento do mar.
XIV
Como pode o peixe vivo
Viver fora de água fria
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua sem a tua
Sem a tua companhia.
XV
O que è que a baiana tem
O que é que a baiana tem
Tem saia rendada tem
Tem bata rendada tem
Colares de ouro tem
Pulseiras de ouro tem
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10. Tem graça como ninguém
O que é que a baiana tem.
O que é que a baiana tem
O que é que a baiana tem.
XVI
Cidade Maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil.
PROVERDIOS
Anel de ouro não é para focinho de porco
Pau que nasce torto, tarde ou nunca se endireita
O porco morre na véspera, o homem no dia
Amor é um vento, vai um, vem outro.
Nunca falta um chinelo velho, para um pé inchado.
Nem por muito madrugar, amanhece mais cedo.
Chorar na cama que é lugar quente.
Meio dia, quem não almoça assobia.
Quem não tem cachorro, caça com gato, e quem não tem gato, bota o pé no mato.
Desgraça pouca é bobagem, comida de porco é lavagem. (Minas)
Desgraça pouca é bobagem. (S. Paulo)
Filosofia de vida
Quem ri por último, ri atrasado
Quem cedo madruga, fica com sono o dia inteiro.
Quem tem boca vai ao dentista.
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11. Gato escaldado, morre.
Em boca fechada, não entra comida.
Essa é dedicada aos velhinhos
Os velhos valem pelo que são e não pelo que rendem.
FIM
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