1. História 43
OS AMIGOS DO CRAVO VERMELHO
TEMA:- FRATERNIDADE. Ciclo: Jardim.
Era uma linda manhã de céu azul. Num jardinzinho bonito e
agradável, estava uma linda borboleta de asas coloridas,
voando feliz, de flor em flor, cumprimentando-as sempre com
alegria e gentileza. Em dado momento, aproximou-se de uma
rosa amarela, beijou-a e assim falou:
_Bom dia bela rosa amarela! Que manhã linda, não?
_Bom dia borboleta colorida, está mesmo um lindo dia,
respondeu, rosa amarela.
_Desde cedinho que estou visitando as flores, tornou a borboleta agitando as asas.
_Sim? fez a rosa, interessada. E como vai o cravo no jardim da frente da casa? Que andava
doente, tão triste e acabado...
_AH!....O cravo vermelho?- respondeu a borboleta colorida. Coitadinho!...Não está doente não,
está morrendo de sede, isto sim.
Rosa amarela deu um longo suspiro, lançando no ar um doce perfume.
Depois perguntou aflita:
_O que eu queria saber é que com este sol tão quente, entra dia e sai dia, e o menino que
mora naquela casinha, não se lembra de por uma gota de água no pé do cravo, COITADINHO!....Está
murchando.....murchando....Vai morrer....
Rosa amarela estremeceu e começou a chorar, e lágrimas perfumosas caíram no chão.
Toc...toc....toc...
_Não chore, meu bem disse a borboleta, enxugando-lhe as lágrimas com as asa coloridas, não
chore...assim vai gastar todo o seu perfume. Mas a rosa cada vez chorava mais, toc... toc... toc... e o
perfume enchia o ar.
Nisto, ouviram um ruído, zum...zum...zum....e aproximando-se ligeira, uma linda a vespinha
dourada.
_Que perfume tão forte! Exclamou a vespinha dourada. De longe eu senti.
_É a rosa que está chorando, porque o menino da casa da
frente não rega o pé de cravo que está morrendo de sede....
exclamou a borboleta, também chorando.
_Que pena! - zumbiu a vespinha.- E porque vocês não ajudam
o cravo?
Rosa amarela, soluçando ainda, respondeu tristemente:
_Eu já fiz o que pude... já derramei todo o meu perfume... e é
só isso que sei fazer...
1
2. _ Fez muito bem, replicou a vespinha dourada. Foi o seu perfume que me chamou aqui....e eu
quero ajudar o cravo que é muito meu amigo.
_Meu também disse a borboleta.
_E meu também disse uma voz grossa, ao pé da roseira.
Rosa, borboleta e a vespinha, estremeceram de susto e olharam para baixo. Era o Sapo
Grande que havia falado. O sapo grande sorriu e falou:
_Ouvi tudo o que vocês disseram. Rosa amarela já fez o que pode, perfumou o ar e chamou a
vespinha... Agora é nossa vez de ajudar.
_Vamos para a casa da frente...
_Fazer o que lá? - perguntou a borboleta, noz não podemos
ajudar o menino, pois não podemos regar uma flor.
_Mas assim mesmo podemos ajudar o menino, disse o sapo,
com voz forte.
A vespinha dourada e borboleta colorida nem puderam falar
de tão assombradas. Até rosa amarela parou de soluçar e olhou
para o Sapo Grande esperando a explicação. E então o sapo
explicou faceiro:
_Não é tão difícil assim. Os meninos gostam de brincar com água... Só temos que arranjar um
meio...
_Sê vocês podem salvar o cravo- interrompeu a rosa, vão depressa, antes que ele morra de
sede. Ela estava tão aflita que sacudiu as pétalas com força.
A borboleta e a vespinha voaram logo para a casa da frente, enquanto sapo grande ia atras em
saltos largos e ligeiros. Quando lá chegaram, perguntou o sapo:
_Onde está o regador?
A vespinha voou ao redor do jardim e voltou logo dizendo:
_O regador está em baixo da torneira do jardim.
_Muito bem, falou o sapo. Agora precisamos chamar o menino para o jardim.
_Eu posso fazer isso disse a borboleta colorida. As crianças gostam de mim. E, num vôo
rápido, entrou na casa da frente.
O menino estava desenhando, sentado a uma mesa. A
borboleta sentou-se no outro lado da mesa e o menino vendo-a quis
pega-la. Ela, porém, fugiu. O menino correu atrás. A borboleta voou
para o jardim e sentou-se em cima da torneira que lá havia.
O menino já ia voltar para o seu desenho, quando a vespinha
dourada, vendo que era a sua vez de colaborar, rápida, entrou no
regador e começou a zumbir alto:
_Zum...Zum... Zum...Zum...
2
3. Vendo o menino aquele zumbido. Olhou dentro do regador. Vendo a vespinha dentro do
regador e julgando que ela estivesse com sede, abriu a torneira o regador começou a encher-se.
A vespinha dourada, esvoaçava sobre a água zum....zum... zum...zum...E a água caia : tché-
é....tche-é.....tche-é..... O menino olhava para a vespinha, cuidando para que ela não se afogasse.
Quando o regador ficou cheio, a vespinha levantou vôo, e voando foi depressa pousar na rosa
amarela.
Então sapo grande chegou pulando, plóque....plóque... plóque....plóque.....e saltou nos pés do
menino. Este assustado, olhou para baixo, mas vendo o sapo, sorriu e falou:
_Ah! queres um banho? Espera um pouco...
Sapo Grande, deu um pulo para a frente - plóque.
O menino ergueu o regador e foi atras do sapo que
continuava a pular: plóque.... plóque.....plóque.... E o menino
divertido com a brincadeira, também continuava atras. Em dado
momento, sapo grande parou perto da cerca, bem ao pé do cravo.
O menino mais que depressa virou o regador em cima do sapo
enquanto a água escorria com força, a terra chupava a água, e a
água refrescava o sapo ou melhor, o pé de cravo. O cravo criava
força e o sapo dava risada. Quando a água acabou, sapo saltou
ligeiro - plóque... plóque... plóque....e saltando sempre, foi para foi para junto da roseira onde estavam
os companheiros.
O menino de longe, olhava aquele grupo estranho; a linda rosa amarela, balançava de cá, para
lá. Borboleta colorida, e a vespinha dourada, voavam faceiras, fazendo voltas e mais volta, pousando
de quando em quando sobre em rosa amarela e no esperto sapo, que de vez em vez dava
engraçados saltos. Então o menino pensou: que interessante, parecem tão contentes e alegres... E,
enquanto assim pensava, sentiu um perfume delicioso ali por perto. Virou-se e viu o cravo vermelho
que derramava no ar a sua alegria por ter sido salvo.
_Pobrezinho... disse o menino. Havia-me esquecido de que tu também tinha sede. De hoje em
diante vou sempre me lembrar de ti.
E, tornando a encher o regador, despejou mais água no pé do cravo vermelho. Novamente,
mais uma vez espalhou o cravo o seu perfume. E se o menino pudesse ouvir o que diziam naquele
momento, a linda rosa amarela, a bonita borboleta colorida, a simpática a vespinha dourada e o
engraçado sapo grande, teria então escutado:
_Estamos muito felizes, muito felizes.
VERIFICAÇÂO:
1)- Porque estava murchando o cravo vermelho?
2)- Como foi que borboleta colorida trouxe o menino para fora?
3)- Que fez o menino ao cravo vermelho?
4)- Que fez o sapo?
5)- Como se chama ao que fizeram a borboleta colorida, o sapo, a
rosa amarela, e a vespinha dourada?
Oferta do Departamento, de Evangelização infantil "ICLéa"
Associação Espírita " Allan Kardec" SÃO JOSÉ DO RIO PRETO.
3