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História 18

                                       "O Índiozinho Tahiti"

   Na clareira da floresta, estava o indiozinho Tahiti sentado quase a porta de sua cabana.
                                               Lá dentro seus irmãos dormiam. Era noite alta.
                                               Olhando o céu, contemplava a imensidão de estrelas e
                                            o brilho claro da lua. Tudo era luar.

                                             Ao longe a onça pintada rugia ameassadoramente.




                                             Os curumins temiam o feros
                                          animal.

   Tahiti pensava na armadilha que seu irmão mais velho havia deixado na
branca areia, as margens do rio.

   Haverá amanha com certeza alguma caça presa.

   Com as fibras do caruá, que é uma planta, ele fazia laços para pegar
antas.




                                             Quero um laço também, pediu-lhe Tahiti.

                                            Para que ? Laço só serve para caçar e você é criança
                                          demais para isso.




    Tahiti tinha um encantamento: em casa era criança ,fora
virava homem. Gostava de dar longos passeios.

   De ir até a cachoeira e ver a subida dos peixes para a
desova.




                                             As bananeiras
                                          e o milharal
                                          arcando sob o
                                          peso de cachos e espigas enormes. Tudo isso deliciava a
                                          vista do indiozinho.

                                          Quando saia para acompanhar outros meninos maiores
                                          passava dias embrenhado na mata




                                                                                                      1
Comiam o pernil de algum porco ou de alguma cotia que
se atrevesse cruzar o caminho onde eles estivessem.




                                            Do alto da montanha a vista era maravilhosa. O rio
                                         serpenteando na planície e as cabanas com fumaças de
                                         suas chaminés. Ao longe cordilheiras de montanhas de um
                                         azul dourado pelo sol.

                                         Algumas árvores mais altas a sobressair no meio da mata.

                                            O garoto era feliz, porem seu espirito valoroso e
                                         destemido ansiava por encontrar ou descobrir coisas
                                         desconhecidas.

   Certo dia aventurou-se em uma canoa. O sol já ia alto
no céu, mas o indiozinho distraído pescava e as horas se
passavam Os primeiro pássaros voltavam aos ninhos. Os
primeiros sapos coaxavam no brejo. Anoitecia.




                                            O sol
                                         lentamente
                                         parecia afundar-se nas águas do rio. Remou até a margem
                                         e aquela noite dormiu pela primeira vez ao relento ouvindo
                                         o canto do uirapuru.




   Era uma noite maravilhosa. De sua rede contemplava o
céu cheio de estrelas e seu coração sonhador vibrava mais
uma vez com a harmonia da natureza. Sonhou nesta noite
com Deus Tupã, que lhe dizia.




                                                                                                    2
Tahiti meu filho siga os ditames do teu coração

                                              Seja humilde e corajoso. Ajude os seus irmãos a serem
                                           melhores. As aves as plantas e os animais esperam o teu
                                           carinho.

                                              Seja bom para todos. Nisto acordou e o sol já estava
                                           queimando na mata.

                                              Sentiu-se satisfeito e feliz Que
                                           sentimento maravilhoso
                                           experimentou agora. Parecia
ainda ouvir aqueles sábios conselhos. Estava radiante , pôs-se a
cantarolar. Voltou para casa naquele dia, sabendo que alguém muito
importante vela por nós Andou distraído por uma trilha, de sua tribo.




                                              Eis que deparou com uma
                                           campina florida. Múltiplas flores
                                           coloridas se lhe apresentaram aos olhos. Mas entre elas
                                           viu uma plantinha que sentia sobremaneira a estiagem.




  Correu até o lago , trazendo uma cabaça de água.
Achando que poderia dedicar amor àquela,

Plantinha, tratou-a com carinho




                                              E qual foi a sua surpresa quando depois de algum
                                           tempo, esta plantinha transformo-se em arbusto e depois
                                           em uma frondosa árvore, sobe a qual os pássaros vieram
                                           fazer os seus ninhos.

                                              Floriu e das flores, vieram os frutos abundantes.


                                               E das sementes daqueles
                                           frutos encheu-se a mata.

   Foi o agradecimento da planta e o bom coração de Tahiti que pode
apresentar o milagre do amor e da fraternidade para com tudo o que vive
neste mundo de Deus nosso Pai.


                                                                                                     3
Tabajara (Canto)

        Foi Tabajara, foi Tabajara
    Foi Tabajara lá na Terra de Tupã
    Tem papagaio , arara, maracanã
Todas aves do céu,quem nos deu foi Tupã.
          Foi Tupã foi Tupã......
              Os peixinhos
        Deus quem fez os peixes
         Para o rio e para o mar
        Deus quem fez os peixes
             Pô-los a nadar.
          Vejam como nadam
            Para o fundo vão
          Vejam como nadam
          Contentes eles estão
             Um é pequenino
          Outro é bem grandão
            Um é delgadinho
           Outro é gorduchão
          Gostam de minhocas
         E de migalhas de pão
         Fogem bem depressa
             Do seu tubarão




                                           4

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16827515 Espiritismo Infantil Historia 18

  • 1. História 18 "O Índiozinho Tahiti" Na clareira da floresta, estava o indiozinho Tahiti sentado quase a porta de sua cabana. Lá dentro seus irmãos dormiam. Era noite alta. Olhando o céu, contemplava a imensidão de estrelas e o brilho claro da lua. Tudo era luar. Ao longe a onça pintada rugia ameassadoramente. Os curumins temiam o feros animal. Tahiti pensava na armadilha que seu irmão mais velho havia deixado na branca areia, as margens do rio. Haverá amanha com certeza alguma caça presa. Com as fibras do caruá, que é uma planta, ele fazia laços para pegar antas. Quero um laço também, pediu-lhe Tahiti. Para que ? Laço só serve para caçar e você é criança demais para isso. Tahiti tinha um encantamento: em casa era criança ,fora virava homem. Gostava de dar longos passeios. De ir até a cachoeira e ver a subida dos peixes para a desova. As bananeiras e o milharal arcando sob o peso de cachos e espigas enormes. Tudo isso deliciava a vista do indiozinho. Quando saia para acompanhar outros meninos maiores passava dias embrenhado na mata 1
  • 2. Comiam o pernil de algum porco ou de alguma cotia que se atrevesse cruzar o caminho onde eles estivessem. Do alto da montanha a vista era maravilhosa. O rio serpenteando na planície e as cabanas com fumaças de suas chaminés. Ao longe cordilheiras de montanhas de um azul dourado pelo sol. Algumas árvores mais altas a sobressair no meio da mata. O garoto era feliz, porem seu espirito valoroso e destemido ansiava por encontrar ou descobrir coisas desconhecidas. Certo dia aventurou-se em uma canoa. O sol já ia alto no céu, mas o indiozinho distraído pescava e as horas se passavam Os primeiro pássaros voltavam aos ninhos. Os primeiros sapos coaxavam no brejo. Anoitecia. O sol lentamente parecia afundar-se nas águas do rio. Remou até a margem e aquela noite dormiu pela primeira vez ao relento ouvindo o canto do uirapuru. Era uma noite maravilhosa. De sua rede contemplava o céu cheio de estrelas e seu coração sonhador vibrava mais uma vez com a harmonia da natureza. Sonhou nesta noite com Deus Tupã, que lhe dizia. 2
  • 3. Tahiti meu filho siga os ditames do teu coração Seja humilde e corajoso. Ajude os seus irmãos a serem melhores. As aves as plantas e os animais esperam o teu carinho. Seja bom para todos. Nisto acordou e o sol já estava queimando na mata. Sentiu-se satisfeito e feliz Que sentimento maravilhoso experimentou agora. Parecia ainda ouvir aqueles sábios conselhos. Estava radiante , pôs-se a cantarolar. Voltou para casa naquele dia, sabendo que alguém muito importante vela por nós Andou distraído por uma trilha, de sua tribo. Eis que deparou com uma campina florida. Múltiplas flores coloridas se lhe apresentaram aos olhos. Mas entre elas viu uma plantinha que sentia sobremaneira a estiagem. Correu até o lago , trazendo uma cabaça de água. Achando que poderia dedicar amor àquela, Plantinha, tratou-a com carinho E qual foi a sua surpresa quando depois de algum tempo, esta plantinha transformo-se em arbusto e depois em uma frondosa árvore, sobe a qual os pássaros vieram fazer os seus ninhos. Floriu e das flores, vieram os frutos abundantes. E das sementes daqueles frutos encheu-se a mata. Foi o agradecimento da planta e o bom coração de Tahiti que pode apresentar o milagre do amor e da fraternidade para com tudo o que vive neste mundo de Deus nosso Pai. 3
  • 4. Tabajara (Canto) Foi Tabajara, foi Tabajara Foi Tabajara lá na Terra de Tupã Tem papagaio , arara, maracanã Todas aves do céu,quem nos deu foi Tupã. Foi Tupã foi Tupã...... Os peixinhos Deus quem fez os peixes Para o rio e para o mar Deus quem fez os peixes Pô-los a nadar. Vejam como nadam Para o fundo vão Vejam como nadam Contentes eles estão Um é pequenino Outro é bem grandão Um é delgadinho Outro é gorduchão Gostam de minhocas E de migalhas de pão Fogem bem depressa Do seu tubarão 4